segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Capital recebe mostra fotográfica sobre preconceito a HIV/Aids


Capital recebe mostra fotográfica sobre preconceito a HIV/Aids

A cidade de João Pessoa vai sediar, a partir deste sábado (24) até o dia 3 de outubro, a exposição de fotografias denominada “Somos Iguais – Preconceito Não”. De caráter itinerante, o evento é uma iniciativa do Ministério da Saúde (MS) que tem a finalidade de combater o preconceito contra pessoas que convivem com o vírus HIV/Aids. As fotografias estarão expostas ao público das 8h às 12h e das 14h às 18h, na sede da Fundação Centro Integrado de Apoio à Pessoa com Deficiência (Funad), no Conjunto Pedro Gondim.

Ao todo, serão expostas 12 fotografias disponibilizadas em cubos, com quatro fotos cada um. As imagens mostram jovens com idades entre 18 e 24 anos que convivem com a Aids. Ao lado deles, aparecem artistas consagrados que aderiram ao projeto, entre eles Reinaldo Gianechini, Fábio Assunção, Du Moscovis, Rodrigo Santoro, Luana Piovani, Carolina Ferraz e Adriana Esteves.

Nas fotografias, as pessoas aparecem abraçadas ou de mãos dadas. O objetivo é mostrar para a sociedade que não se pega Aids com abraço, carinho ou aperto de mão. As imagens representam intimidade, proximidade e solidariedade, demonstrando que amor, carinho e respeito, além de serem bem-vindos, não transmitem o HIV.

Segundo a gerente operacional da DST/Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Estado da Saúde, Ivoneide Lucena Pereira, o objetivo central da iniciativa é colocar o jovem como protagonista para a concretização de uma mudança em relação ao preconceito e ao estigma do HIV/Aids. Com a mostra, pretende-se dar maior visibilidade às questões do viver com HIV/Aids, combater o estigma e a discriminação que recaem sobre as pessoas que vivem com HIV/Aids e contrapor a percepção equivocada de que as pessoas vivendo com HIV/Aids sejam cidadãos de segunda categoria.

Itinerante – Da sede da Funad, o material fotográfico seguirá para o Espaço Cultural José Lins do Rêgo, onde ficará exposto, a partir do dia 5, durante todo o mês de outubro. No mesmo período serão realizadas as conferências estaduais de mulheres e da saúde.

A exposição “Somos Iguais – Preconceito Não”, que esteve no hall do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande durante o período de 5 a 19 de setembro, corresponde ao início de diversas ações que a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência da DST/Aids e Hepatites Virais, fará com a Funad.

Sexualidade – Segundo Ivoneide Lucena, a Paraíba ocupa o primeiro lugar do País em índice percentual da população com algum tipo de deficiência. No Estado, esse índice é de 18%. E é exatamente junto a esse público que a SES e a Funad pretendem trabalhar a sexualidade e a prevenção das DST/Aids.

Entre as ações, serão oferecidas oficinas para os multiplicadores da Funad. São 16 jovens com deficiência auditiva que fazem diversas ações nas cidades do interior do Estado e que serão qualificados para trabalhar com a população que tem essa deficiência. “As pessoas com deficiência são esquecidas no que diz respeito a assuntos ligados à sexualidade. Por isso, é necessária a discussão da temática e, consequentemente, a prática do sexo seguro”, enfatizou Ivoneide Lucena.  

Mais do que camisinhas, alunos querem conscientização

DANIELLA ARRUDA 
22/09/2011 00h00 
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Foto: PAULO RIBAS/CORREIO DO ESTADO
Camisinhas: instalação de máquinas deve vir com conscientização, dizem alunos e educadores

A instalação de máquinas de preservativos nas escolas públicas e particulares de Campo Grande deve estar associada a trabalho de orientação, controle de acesso aos dispositivos e principalmente a projetos de formação da sexualidade a longo prazo. Essa é a opinião geral de educadores e alunos favoráveis à distribuição de camisinhas dentro de colégios, ouvidos ontem pelo Jornal Correio do Estado.
A iniciativa, já implantada em caráter de teste em seis escolas de três unidades da federação pelos ministérios da Saúde e da Educação, provocou polêmica em Mato Grosso do Sul, a ponto de a Câmara de Vereadores de Campo Grande ter se adiantado à discussão, aprovando projeto de lei que veta a colocação dos equipamentos nos colégios da Capital. A matéria aguarda agora sanção do prefeito, que encomendou pesquisa sobre o assunto entre a população para então decidir se veta ou não o projeto.
Independentemente do resultado do levantamento, a distribuição de preservativos nas escolas divide opiniões entre os estudantes e é vista com cautela pelos professores, que defendem maior discussão sobre a medida antes de sua implantação. Na Escola Estadual Joaquim Murtinho, uma das mais antigas de Campo Grande, por exemplo, a instalação de máquinas de camisinha é considerada positiva por alunos como Gabriel Batista, 18 anos, que cursa o segundo ano do ensino médio. "Sou a favor, por motivo de prevenção. Tem muita menina ficando grávida por falta do uso da camisinha. A escola seria uma opção a mais (de acesso ao preservativo)", acredita.
Willian Silva, 17 anos, que cursa o primeiro ano do ensino médio, também aprova a medida, desde que acompanhada de trabalho de orientação aos estudantes. "Acho certo (ter a distribuição), só que não para todo mundo. Tem gente que pode pegar a camisinha só pra ‘zoar’, pra fazer de bexiga. Por isso, precisa ter orientação, para não haver o uso errado do produto", comentou.
Essa também é a opinião de Thiely Peralta, 16 anos, aluna do terceiro ano do mesmo colégio. "Sou a favor, tem que ensinar a partir da escola, senão os jovens vão aprender lá fora. Além disso, é uma maneira de prevenção. Mas não é só colocar a máquina na escola e deixar lá. Tem que ter toda uma orientação para os alunos, um controle", acredita.
Já as amigas Jéssica de Souza, 14 anos, e Simony Teixeira, de 17 anos, manifestara-se contra a instalação de máquinas de preservativo nos colégios, por motivos religiosos — ambas são adventistas — e também por considerar que a distribuição de camisinhas nas unidades escolares vai "incentivar a sexualidade precoce". Elton Jacob, de 17 anos, estudante do primeiro ano do ensino médio, também é contrário à medida. "Escola é lugar para estudar, não para colocar máquina de camisinha. Para isso tem os postos de saúde", comentou.
Discussão
Em meio à polêmica, o professor Alexandre Prado, responsável pela disciplina de Educação Física no Colégio Joaquim Murtinho, defende que é preciso haver mais debate antes de se adotar esse tipo de medida. "A escola já tem o papel dela de orientar o aluno, mas oferecer o preservativo é uma outra questão", comentou.
Para a professora de Geografia Juliana de Paula, também é preciso fazer a discussão de forma mais ampliada, envolvendo as famílias. A educadora alerta para a situação de escolas que oferecem os ensinos fundamental e médio. "São crianças menores de 14 anos, que estão iniciando a formação da sexualidade. Será que isso (a máquina de camisinhas) não vai estimular uma precocidade? É preciso saber o que a família pensa sobre o assunto. Cabe a ela escolher se quer que se distribua camisinha ou não para o seu filho na escola. A gente, como professor, não pode passar à frente da família", comentou.
Se depender dos pais e mães de alunos da Escola Estadual Joaquim Murtinho, essa escolha já está bem clara, inclusive registrada em ata, conta o diretor da unidade, Lucílio Nobre. "Em outubro do ano passado, durante uma reunião com 1.500 pais de alunos, eles foram contra a instalação de máquinas de camisinha dentro da escola. Com tantos outros pontos de distribuição, porquê a necessidade de ser dentro da escola — esse foi o principal questionamento", explicou.
Leia mais no jornal Correio do Estado

Médico espanhol diz que muito sexo faz bem ao coração


26/09/2011 - 17h01
Para ter um coração saudável é preciso comer bem, beber pouco, controlar o estresse, não fumar, fazer exercícios moderados e, para quem pode, praticar muito sexo, de preferência com um parceiro estável, de acordo com o médico espanhol Josep María Caralps.
Essa é a fórmula "não infalível" do doutor Caralps para manter "em bom estado" a máquina perfeita que é o coração, que bate cerca de 100 mil vezes por dia e movimenta 10 mil litros de sangue. Um órgão também emocional, "muito ligado aos sentimentos mais íntimos", e que foi chamado por Aristóteles de "santuário da alma".
Os olhos e as mãos deste médico espanhol que tem quatro décadas dedicadas à cirurgia cardíaca viram e tocaram milhares de corações. Corações doentes e muito doentes, velhos e jovens, grandes e pequenos e de pessoas de todo tipo de raças, o que o permite falar com autoridade de "nosso músculo mais prezado", vital e carismático.
Josep María Caralps teve a honra de fazer o primeiro transplante de coração bem sucedido na Espanha, no dia 8 de abril de 1984, uma data que nunca esquecerá.
Tanta sabedoria acumulada sobre o coração o levaram a escrever "Super Corazón" ("Super Coração", na tradução livre), no qual descreve suas experiências e conhecimento.
O livro, que chega neste domingo às livrarias na Espanha, coincidindo com a celebração do Dia Mundial do Coração, é um guia "singelo e ameno" para ajudar a conhecer como trabalha e porque o coração adoece, além de ensinar a mantê-lo em forma.
Na conversa com o profissional da medicina, a reportagem ouvi repetidamente a palavra moderação: "Podemos fazer de tudo, mas com moderação, precisamos aprender que a degustação de um cigarro após uma boa refeição, uma taça de vinho no jantar ou no almoço, não pode se transformar em dependência."
"Temos ao nosso alcance coisas que fazem nossa vida melhor. Mas precisamos ser capazes de discernir sobre o que é bom e o que é ruim. A saúde não está separada do prazer. Ao contrário, se não há prazer não há saúde", considerou.
Caralps fala em educar desde a infância como forma de prevenção e criar bons hábitos. "Ensinar às crianças que fumar é prejudicial, que o álcool pode ser agradável, reconfortante e, em algumas ocasiões, até necessário, mas sempre, sempre com moderação, com muita moderação", detalhou o médico.
"Não nos preocupamos com isso, porque achamos que podemos controlar nossos vícios. Mas, na realidade, não podemos. Ser moderado em tudo é quase impossível. Daí a necessidade de aprendermos desde pequenos", afirmou, acrescentando que as escolas também devem ensinar a "controlar mentalmente as emoções, a sermos mais humanos, termos mais cuidado com nós mesmos e com os outros".

CASAIS BRIGAM 312 VEZES POR ANO, DIZ PESQUISA


Casais brigam mais por motivos banais, diz pesquisa. Foto: Getty Images
Casais brigam mais por motivos banais, diz pesquisa
Foto: Getty Images
Uma pesquisa britânica mostra que casais que vivem juntos brigam, em média, 312 vezes por ano. O levantamento, feito com três mil pessoas por um fabricante de artigos para banheiros, mostrou que os motivos das discussões são banais: problemas vão desde o comando do controle remoto, até a toalha molhada na cama.
Na maioria das vezes, as desavenças ocorrem às quintas-feiras, por volta das 20h, e têm duração de 10 minutos.
"As brigas acontecem porque, normalmente, as pessoas chegam irritadas do trabalho em casa. Estão tão sem paciência que não conseguem conversar, já partem logo para briga¿, diz a presidente da Associação Brasileira de Sexualidade, Carla Cecarello. Segundo ela, ao contrário do que muitos pensam, essas "briguinhas" não são saudáveis e atrapalham a relação.
Conversa franca
"A mulher é mais de questionar, cobrar, dizer que o parceiro não presta atenção nela. O homem suporta aquilo até um limite e, depois, estoura. O relacionamento, se não for estável, pode acabar¿, explica.
Para evitar tantas brigas, o segredo é a humildade: chame o(a) parceiro(a) para uma conversa franca, de cabeça fria. "É preciso que alguém tome a iniciativa de chamar para o diálogo, dizer o que sente e buscar harmonia. E que ambos se comprometam a fazer sua parte para que a relação melhore", orienta Carla.
O que irrita as mulheres:
1 - Deixa pelos na pia
2 - Esquece o vaso sanitário sujo
3 - "Surfa" entre canais de TV
4 - Não troca o rolo de papel higiênico
5 - Não abaixa a tampa da privada
6 - Deixa luzes acesas
7 - Não recolhe xícaras sujas pela casa
8 - Acumula toalhas molhadas no chão e na cama
9- Larga pertences espalhados
10- Não dá descarga
O que irrita os homens
1 - Demora para ficar pronta
2 - Reclama que ele não faz nada
3 - Deixa as luzes acesas
4 - Entope o ralo do chuveiro com cabelo
5 - Espalha pertences pela casa
6 - Enche a lata de lixo
7 - Deixa lenços de papel pela casa
8 - Não recolhe xícaras sujas pela casa
9 - "Surfa" entre canais de TV
10 - Assiste a novelas

Educadores participam de capacitação sobre sexualidade


22/09/2011 | Hora da publicação 16:21:47.



NOVA VENEZA - Cerca de 100 professores da rede municipal de ensino de Nova Veneza e da Escola Estadual Básica Humberto Hermes Hoffmann participaram de uma capacitação no auditório do Instituto Sagrada Família. A capacitação é a primeira etapa do Projeto Nossa Tribo, que irá trabalhar grupos de adolescentes nas escolas públicas do município. 

Os educadores foram divididos em dois grupos: um deles acompanhou a palestra do doutor João Celestino Quadros, Pediatra e Ebiatra, de Porto Alegre (RS), sobre "Sexualidade, Infância e Adolescência". E o segundo, as psicologas Maria Salete de Souza e Vivian Avila trabalharam o tema "Emoções relacionadas ao atendimento de crianças e adolescentes vítimas de violência." 


Segundo a secretária de Assistência Social, Carolina Ghislandi, serão criados três grupos nas unidades escolares do Caravaggio, e ano que vem o projeto se estenderá para as demais escolas. 



Informações de Cris Freitas

Práticas travestis lidam com identidades sociais de forma estratégica


Por Maria Teresa Manfredo
23/09/2011
Práticas travestis entre adolescentes, nos dias de hoje, têm sido construídas em moldes diferentes da geração anterior. Por meio de montagens e desmontagens do que se compreende socialmente como masculino e feminino, esses jovens têm buscado manipular identidades sociais de forma estratégica. Além disso, esses comportamentos seriam um misto de resistência e inserção em códigos já sedimentados de sexualidade e gênero. É o que afirma Tiago Duque no livro recém-lançado Montagens e Desmontagens: desejo, estigma e vergonha entre travestis adolescentes.

Entendendo por montagem e a desmontagem não só o fato de se vestir com roupa de mulher mas também o uso de hormônios femininos e técnicas de modificação do próprio corpo, Duque reforça que o comportamento desses jovens diz muito sobre o que rege a vida social, valores e relações de poder. Por trás do temor e da recusa da travestilidade está a busca da manutenção e reprodução de uma forma idealizada e predominante de sexualidade. Assim, a estratégia de saber, ou procurar saber, onde se pode ir montada ou desmontada (sem, contudo, perder a identidade travesti e, muitas vezes, ganhando outras - como a de gay e a de dragqueen), mostra o potencial de resistência e, ao mesmo tempo, controle, que o desejo aciona nesses sujeitos, transformando-os de acordo com as circunstâncias.

Em meio às reações repressoras e preconceituosas, os adolescentes pesquisados desenvolveram formas diversas de enfrentar as rejeições àqueles que buscam uma vivência da sexualidade e uma construção dos corpos em contradição às normas socialmente aceitas e constantemente impostas. Tratam-se de maneiras de vivenciar identidades sexuais de forma fluída, transitória e reversível.

Isso indicaria uma mudança nos referenciais e repertórios mais restritos de gerações travestis anteriores. Duque explica que tal fato ocorre porque, dentre outras coisas, o aprendizado de “como se tornar travesti” e as possibilidades de se concretizar a montagem têm ocupado, ainda que timidamente, um número maior de espaços sociais - como serviços públicos de saúde, o movimento social Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis (LGBT) ou mesmo boates de público Gay, Lésbicas e Simpatizantes (GLS). Esses espaços agregam novas características, novas referências e valores às experiências de travestilidade que, em contrapartida, tendem a transformá-los também. Dentre essas novidades no ato de ser travesti destaca-se a flexibilização do ideal de “estar como mulher 24 horas por dia”, o qual tem perdido força entre os mais jovens. Seriam maneiras de driblar as imposições das normas coercitivas e de realizar desejos não reconhecidos e não aceitos pela sociedade.

“O cenário das sexualidades atual é amplo, diverso e de difícil mapeamento”, expõe Duque, pois as fronteiras do que chama de culturais sexuais estão em constante modificação e interpenetração. As mudanças na esfera da sexualidade se associariam ao que chama de novas tecnologias corporais e a uma ampliação do debate de gênero e sexualidade para além das heterossexualidades. Além disso, as atuais possibilidades de construção do feminino (com cirurgias e tratamentos estéticos) teriam trazido novas implicações identitárias para as travestis e tornado os corpos mais plásticos à construção e desconstrução do que se deseja. Contudo, entre as travestis, estas novidades não se dariam de forma desconectada de padrões e práticas já legitimadas, o que contribui para uma reflexão sobre o que é ser travesti nos dias atuais.

Nesse sentido, a manipulação do estigma de forma estratégica ou tática parece ser uma característica marcante da geração que buscaria maior aceitabilidade e respeito, o que, talvez, substituiria, ao menos em parte, as estratégias cotidianas de escândalo que marcaram as gerações anteriores. Naquelas, “muitas travestis eram destituídas até mesmo da aspiração ao respeito social”, nas palavras de Duque. Assim, ele tenta compreender como esses adolescentes têm manipulado a travestilidade – o “virar travesti” – para terem acesso não somente a lugares públicos e privados, mas às relações afetivo-sexuais que desejam.

O pesquisador destaca que uma característica que revela certa continuidade no ser travesti ao longo dos últimos anos: o fato dessas jovens, quando montadas, buscarem uma condição de feminilidade que as faça “passar por mulher”, tentando legitimar uma feminilidade vista como “natural”, reproduzindo, assim, normas e padrões de gênero já reconhecidos e classificados hierarquicamente em seu meio. “O ideal de beleza travesti segue o padrão hegemônico disseminado pela mídia, sendo, portanto, branco, rico e sexualizado.”, afirma.

Sexualidade um fenômeno biológico e natural?

Atualmente, distintas perspectivas sociológicas convergem no sentido de compreender a sexualidade como histórica e culturalmente variável, além de ser uma das formas mais poderosas de diferenciação social e vetor de maneiras diversas de desigualdade. Portanto, para a sociologia, a sexualidade, para mais do que biológica e natural, é uma construção social e histórica de poder que procura ordenar o corpo por meio de práticas e saberes sociais a ele vinculadas.

Tendo isso como premissa, o estudo de Duque defende que a distinção homossexual/heterossexual serviu de base para a classificação, controle e até discriminação de sujeitos contemporâneos. Além disso, segundo o estudioso, mais do que numa identidade travesti universal, há uma constante construção e reconstrução desses sujeitos socialmente estigmatizados. Haveria multiplicidades das experiências travestis e elas revelam as ligações entre o desejo, a vergonha e o estigma. Esses sentimentos seriam relacionados com uma lógica de normalização social, fundamentada na heterossexualidade como valor central em nossa cultura.

O desejo que de alguma forma contraria com a sexualidade tida como padrão causa a vergonha, e até a dor de não atender às exigências no que toca à escolha de parceiros afetivos e sexuais. Se gostar de alguém do mesmo sexo é visto socialmente como algo vergonhoso, ainda mais punido é o desejo de se apresentar e viver em um gênero distinto do prescrito pelo sexo biológico.

Originalmente criado como dissertação de mestrado em sociologia na Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), o livro de Duque partiu de pesquisa etnográfica junto a adolescentes de Campinas (SP). 

Cancro: Tratamento de tumores em estado avançado e sexualidade dos pacientes reúne médicos em Évora


Cancro: Tratamento de tumores em estado avançado e sexualidade dos pacientes reúne médicos em Évora
Quinta, 22 Setembro 2011 12:42
hospitalespiritosantoA promoção de técnicas cirúrgicas menos intrusivas, a nova medicação para o tratamento de diversos tipos de tumores em estados avançados, a sexualidade no homem com cancro da próstata e os cuidados paliativos em Urologia, reúnem mais de 380 profissionais de saúde em Évora.
O Curso Internacional de Urologia do Hospital do Espírito Santo de Évora – Oncologia em Urologia, para além de palestras e debates inclui a transmissão em direto de cirurgias realizadas no Bloco Operatório do Hospital de Évora.
O urologista Cardoso de Oliveira, presidente do curso que decorre em Évora, destaca, como um dos pontos mais importantes deste evento, a apresentação de nova medicação que dá uma nova esperança aos doentes que têm tumores em estado muito avançado.
Em Évora o debate estende-se ainda a outras duas temáticas.
A sexologia e os cuidados paliativos.
Para o último dia está marcada uma das conferências mais aguardadas, segundo a organização, que conta com a participação da médica e deputada do CDS-PP Isabel Galriça Neto.
Em debate estará o “estado da arte” dos Cuidados Paliativos em Urologia.
O Curso Internacional de Urologia de Hospital do Espírito Santo de Évora termina esta sexta-feira, em Évora.