segunda-feira, 2 de abril de 2012

Grupo de Pesquisa, Sexualidade e Escola promove mais um curso de extensão



Foto: Divulgação/JA
Grupo de Pesquisa, Sexualidade e Escola promove mais um curso de extensão
Curso vai dicutir a diversidade sexual, o enfrentamento ao sexismo e a homofobia
    O Grupo de Pesquisa, Sexualidade e Escola (Gese) da Furg irá promover mais um curso de extensão. Intitulado“Sexualidade e Escola: discutindo a diversidade sexual, o enfrentamento ao sexismo e à homofobia”. O curso tem caráter presencial e conta com a parceria das Secretarias de Educação dos municípios de Canguçu, Jaguarão, Bagé e Uruguaiana e da 18ª Coordenadoria Regional de Educação em Rio Grande.
    O curso é financiado pelo Ministério da Educação e tem como objetivo oferecer aos profissionais da rede pública de Educação Básica e aos universitários dos cursos de licenciatura da região Sul conhecimentos acerca da promoção, respeito e valorização da diversidade sexual, de orientação sexual e identidade de gênero, dessa forma colaborando para o enfrentamento da violência sexista e homofóbica no âmbito das escolas.
    O projeto visa a atender um total de 500 participantes - profissionais da educação e universitários dos cursos de licenciatura – atuando além do Rio Grande, nos seguintes municípios: São José do Norte, Bagé, Canguçu, Uruguaiana e Jaguarão.
    As escolas que participarão do projeto serão selecionadas conjuntamente com a coordenação das Secretarias Municipais de Educação dos municípios mencionados, que se mostraram parceiras assumindo um comprometimento com o trabalho que será desenvolvido. Em Rio Grande, as inscrições podem ser feitas pelo e-mail: sexulidadeescola@furg.br ou com Teresa no Ceamecim/Furg Carreiros, no período de 2 a 5 de abril de 2012. Mais informações através do telefone (53) 3233.6674.
    O curso será de 80 horas de trabalho, sendo 60 horas presenciais e 20 horas a distância e começará em abril.


    http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=1&n=25965

    Religioso marroquino autoriza masturbação de mulheres solteiras


    27 de março de 2012  10h42  atualizado às 10h58

    Um célebre teólogo islamita marroquino autorizou as mulheres solteiras que se masturbem usando "cenouras ou garrafas" para evitar que mantenham relações sexuais proibidas fora do casamento.
    "O uso de uma cenoura ou uma garrafa está autorizada pelos ulemás (teólogos) e a sharia (lei muçulmana)", confirmou à AFP Abdelbari Zemzemi, um teólogo cujas fatwas (opinião jurídica de um teólogo) geralmente provocam polêmica na imprensa.
    No entanto, esta autorização "diz respeito a casos excepcionais: mulheres solteiras que não querem manter relações sexuais sem se casar e têm dificuldade de controlar sua libido", declarou Zemzemi, ex-deputado e presidente de uma associação religiosa de Casablanca.
    Zemzemi considera normal que suas declarações possam causar polêmica "porque a sexualidade é um tema tabu no Marrocos". No entanto, a "sharia evoca esses temas íntimos com muita liberdade e o objetivo é evitar as relações sexuais fora do matrimônio".
    A masturbação é proibida pelo Islã, mas tolerada por algumas das escolas. Essas escolas preveem que, se uma pessoa está dominada pelo desejo, não consegue controlar seus instintos e teme cair em Zina (pecado), pode recorrer à masturbação para acalmar-se, seguindo o princípio de que "entre dois males, é melhor escolher o menor".

    Estudantes de Terapia Ocupacional debatem sexualidade em paraplégicos e tetraplégicos



    sexualidade em paraplégicos e tetraplégicos vai ser debatida hoje no XVEncontro Nacional de Estudantes de Terapia Ocupacional (ENETO), que junta 200 alunos e 18 oradores na Praia da VieiraMarinha Grande.
    “É um assunto que não é muito discutido. É um tema muitas vezes considerado tabu, que joga muito com a intimidade das pessoas, mas muito importante para a vida diária de lesionados vertebro-medulares”, explicou hoje à agência Lusa o presidente do ENETO, Marco Ferreira.
    O estudante da Escola Superior de Saúde de Leiria (ESSlei) salienta que existe “uma série de produtos de apoio – como bombas de enchimento para promover a ereção – que permite reestruturar a vida e superar essa lacuna”, sendo essencial discutir estas questões “com abertura”.
    A conferência está marcada para as 14H30, e será realizada por uma terapeuta ocupacional especialista nesta área, Anabela Lopes.
    A edição deste ano do ENETO é da responsabilidade dos alunos do 2.º ano do curso de licenciatura em Terapia Ocupacional na ESSlei que, sob o título “Manta de Retalhos”, procura “promover a interação e a troca de saberes e ideias” entre os estudantes desta área, oriundos de várias escolas a nível nacional.
    Por outro lado, acrescenta o responsável pela organização da iniciativa, “os encontros deste género são um meio de primária importância para a renovação e atualização de conhecimentos, quer teóricos, quer práticos”.
    Desde quinta-feira, primeiro dia oficial do encontro, que os alunos debatem temas como a “Recuperação Pessoal em Saúde Mental e Psiquiatria Forense”, “Consciencialização Corporal através do Movimento” e “Integração Sensorial”.
    Marco Ferreira explica que a Terapia Ocupacional “é uma área muito ampla, não só ao nível físico, mas também mental, que procura, através de treinos de vida diária, reeducar pessoas que sofreram acidentes e ficaram limitadas em termos de movimento, mas que também pode ter uma intervenção precoce junto de autistas e crianças que nasceram prematuras”.
    O estudante frisa também que, mesmo em época de crise, “esta é uma profissão que ainda está em expansão”, existindo “mercado para absorver os licenciados na área de terapia Ocupacional”.

    Transexualidade: uma verdade incontestável


    Jornal do Brasil

    Breno Rosostolato

    O transexualismo é uma realidade para muitas pessoas que buscam sua felicidade na mudança definitiva de sexo e identidade. É a contradição de uma imagem fictícia e uma verdade incontestável. Pessoas que apresentam um comprometimento emocional e insatisfação sexual por conta da incompatibilidade quanto “àquilo” que são de fato e o que o corpo apresenta. O que me chama a atenção é que a  transexualidade não é um fenômeno, porque não é extraordinário, mas uma constatação de que discutir sexualidade vai muito além do sexo. É compreender mais sobre a constituição de identidade do que, meramente, órgãos sexuais. O transexual prova que seu destino não é traçado na maternidade, me permita assim o poeta.
    Conforme o CID-10 (classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados com a saúde), trata-se de um desejo de viver e ser aceito enquanto pessoa do sexo oposto. Este desejo é reprimido por conta de um sentimento de mal-estar ou de insatisfação em relação aos próprios genitais, envergonha-se evitando tocá-los. As frustrações no ato sexual são inevitáveis. De fato, os comprometimentos emocionais por conta desta confusão na identidade de gênero pode levar a um embotamento afetivo, a um isolamento social e a uma condição cada vez mais marginalizada. A identidade de gênero é a maneira como a pessoa se sente, se identifica e se apresenta para si e para os outros e independe do sexo biológico. O conflito do transexual é não se sentir completamente uma mulher porque o corpo masculino não corresponde à subjetividade feminina ou vice-versa.
    Existem ainda algumas variações sexuais que num primeiro momento podem confundir-se com o transexualismo: o travestismo e o crossdresser. No travestismoas pessoas se vestem como o sexo oposto e possui um ingrediente prazeroso em sentir-se como tal. O crossdresser é parecido com o travestismo, mas não implica, necessariamente, na orientação homossexual. Caso mais conhecido é o cartunista Laerte, exemplo de crossdresser.
    A questão é que sentir-se masculino ou feminino difere de sentir-se homem ou mulher, até porque estas últimas classificações são estereotipadas e reforçam a dicotomia social. O que determina a existência de uma pessoa é identificar-se com seus desejos, encontrar-se com as próprias referências e assumi-las, ou seja, masculino ou feminino.
    No caso dos transexuais admite-se a diferença sexual alicerçada pela identidade de gênero. Logo, ter um pênis ou uma vagina pode ser uma exigência pessoal. É então que a cirurgia de redesignação de sexo ou transgenitalização é o caminho mais provável e, na maioria dos casos, providencial. No Brasil, desde 1997 este procedimento é gratuito. Mas é bom salientar que cada caso é estudado com muito cuidado e adotando todos os critérios possíveis e necessários, principalmente no que diz respeito à psicoterapia e aos requisitos médicos.
    Depois de confirmado o diagnóstico de transexualismo, uma vez que a pessoa pode apresentar outros transtornos de personalidade concomitantes, iniciam-se os procedimentos fundamentais para a cirurgia. Hormonioterapia ajuda o indivíduo, aos poucos, a renunciar às características sexuais contrárias de sua real identidade sexual. No caso do transexual homem para mulher, hormônios antiendrogênios que promovem um atenuamento na voz e na pele, aumento de gordura e crescimento de mamas, e eliminam pelos através da eletrólise, uma depilação definitiva. Quanto à cirurgia, são retirados os testículos e o pênis (penectomia). A vaginoplastia aproveita os tecidos internos e constitui uma neovagina. Ainda, o nariz é afinado e o pomo de adão retirado.
    No transexual mulher para homem são administrados hormônios androgênios que promovem crescimento dos pelos, engrossamento da voz e ganho de massa muscular, e na cirurgia é feito o procedimento de mastectomia (retirada das mamas); histerectomia (retirada do útero) e oforectomia (retirada dos ovários). A faloplastia consiste em enxertos feitos para constituir um neofalo e, com ajuda de uma prótese, deixá-lo ereto.
    O impacto é grande na vida das pessoas que se submetem a estes procedimentos e, ainda assim, mesmo depois de todo este sacrifício, deve-se superar uma etapa não menos dolorosa: o preconceito. O transexual ainda possui muita dificuldade em se relacionar com alguém que compreenda o conflito vivido e a nova existência. No entanto, a sociedade deve acolher estas pessoas que desmistificam os determinismos genéticos, quebram estereótipos e classificações sociais, e provam que a identidade sexual não é uma característica secundária. Para o transexual, entre ser ou não ser, felicidade rima com reconhecimento e aceitação. 
    Breno Rosostolato é professor de Psicologia da Faculdade Santa Marcelina (São Paulo)

    Sexo? Não, obrigada!


    Por Carol Patrocínio | Preliminares – 4 horas atrás


    No sexo existem muitos tabus, mas nenhum é maior do que dizer por aí que você não se interessa por ele. Pode ser difícil de acreditar, mas tem gente que não gosta mesmo de praticar o 'esporte'. E não é porque nunca tentou, viu...
    Muita gente diz que ser assexual é uma opção. A pessoa decide que não vai transar e pronto, nada de contato desse tipo. Muitas pessoas com essa decisão namoram e têm relacionamentos normais, só que sem sexo. E a felicidade está ali, vivendo normalmente por perto, às vezes mais, às vezes menos.
    Na medicina, existe a "síndrome do desejo sexual hipoativo", que é o nome que especialistas deram para a falta de interesse sexual. Ela é catalogada como um problema, mas não há comprovação de nenhuma patologia relacionada a isso.
    Descobrir-se assexual não é fácil, como mostra reportagem da Folha de São Paulo. Ainda mais em uma sociedade como a nossa, que sexualiza tudo o tempo todo. Talvez seja a mesma barra de descobrir-se gay e sentir a cobrança por ser diferente do que alguém decidiu que era "normal".
    A assexualidade pode ter raízes em problemas físicos e emocionais, que deixam a libido lááááá embaixo. Quem está deprimido não pensa em sexo. Mulheres com vaginismo — contração involuntária na hora da relação sexual - tentam se afastar a todo custo de algo que gera sofrimento a elas. Problemas com hormônios e mais milhares de outras coisas podem gerar essa preferência, mas o psicológico influencia muito.
    Há muitos homens que reclamam que mulheres não gostam de sexo, mas assexualidade é algo que também existe entre os homens. A dificuldade de ter e manter a ereção é um dos motivos para a assexualidade masculina. Um dado interessante do Datafolha é que 5% dos jovens brasileiros não veem graça em sexo. Pode parecer uma porcentagem pequena, mas é um número bastante expressivo.
    Conheça os tipos de assexuado:
    Tampa da panela
    Ter alguém para dividir a vida faz parte dos planos dessas pessoas, mas o sexo não está na lista. Em alguns casos a pessoa até faz sexo, mas sem vontade. Outras vezes há vontade, mas na hora 'H' a pessoa não sente prazer, o que acaba aumentando a frustração.
    Eu me amo
    Alguns assexuais se bastam. O amor por si mesmo é suficiente e a masturbação já resolve as necessidades sexuais da pessoa. Ela sente prazer e quer sentí-lo, mas não sente interesse em ter alguém para compartilhar a sensação.
    Nada de sexo
    Nesse grupo o sexo não é bem-vindo, nem beijos, nem mãos-dadas. Viver com outra pessoa não é uma opção e o relacionamento romântico soa impossível para quem é assim.
    De vez em quando
    Nesse caso é bem comum que a pessoa não se identifique como assexual, já que o interesse sexual aparece de vez em quando. Pessoas assim ficam por alguns períodos longos sem vontade de fazer sexo, mas ela aparece e volta a desaparecer em seguida.
    A verdade é que ser assexual é como ser hétero, gay ou bi: não interessa a ninguém o que você quer — ou não — fazer entre quatro paredes. ;)
    Se você quiser saber mais sobre o assunto pode assistir ao documentário (A)sexual ou dar uma passadinha no Blog Assexualidades, da pesquisadora Elisabete Regina Oliveira.

    Defensoria Pública oferece palestra sobre sexualidade para adolescentes



    Da Redação
    Agência Pará de Notícias
    Atualizado em 30/03/2012 às 11:20

    Com a finalidade de fornecer informações e esclarecimentos sobre a sexualidade a 25 adolescentes assistidos pelo Núcleo de Atendimento Especializado da Criança e do Adolescente (Naeca), a Defensoria Pública do Estado do Pará realizou, na manhã desta quinta-feira (29), o 1º Momento Psicossociopedagógico da 4ª turma de adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas de prestação de serviços à comunidade. O evento teve como parceira a Casa da Mulher e abordou o tema “Dialogando sobre Planejamento Familiar, DST’S e Aids”, no auditório do prédio-sede da Defensoria.
    Coordenado respectivamente pela assistente social e pela psicóloga do Naeca, Ana Cristina Furtado e Carla Lakiss, o objetivo da oficina foi oportunizar o acesso à informação e à educação a estes adolescentes que desenvolvem medidas no Núcleo. De acordo com Ana Cristina Furtado, a proposta e o desafio da equipe interdisciplinar do Naeca é levar a educação para estes assistidos com estas temáticas.
    “Isto é de suma importância para a Defensoria Pública do Pará, pois promove sempre a inclusão e o acesso à informação. É este acesso à informação que favorece o exercício de cidadania. Uma pessoa informada vai estar com mais condições de ser incluída na rede de serviços. Estes adolescentes são pessoas em desenvolvimento que necessitam de informações sobre estes assuntos”, declarou a assistente social, Ana Cristina Furtado.
    Segundo a enfermeira da Casa da Mulher, Cristina Saldanha, que falou sobre Planejamento Familiar, este é um tema que está muito presente não só na fase adulta, como também na adolescência. Portanto, é preciso fazer com que os adolescentes se sintam informados, cultuando a responsabilidade na relação sexual. “É necessário que se tenha planejamento. Existe uma lei de 1996 pelo Ministério da Saúde decretando que todos os métodos contraceptivos estejam disponíveis na rede básica de saúde. É de suma responsabilidade do Governo fornecer não só as informações, assim como os materiais contraceptivos para esses adolescentes que são o nosso público alvo a ser atingido aqui neste evento”, ressaltou Cristina Saldanha.
    A assistente social do Psicossocial da Defensoria Pública do Pará, que trabalha no Programa de Família do órgão e é treinada pelo Ministério da Saúde em DST’S e Aids, Marilda de Paula Tavares, participou também do evento abordando um pouco sobre a prevenção das DST’S, da Aids e da testagem do HIV. “É imprescindível que eles tenham o conhecimento de como se prevenir usando a camisinha masculina ou feminina, sobre os sintomas das DST’S, o número de parceiros que possuem e como é a seleção dos mesmos. A Aids está aí, porém não aparece na testa quem a tem ou não. Vim fazer este trabalho com os adolescentes, fazendo distribuição da camisinha e oferecendo a testagem do HIV para quem quiser”, frisou Marilda.
    Para Tavares, como estes adolescentes são assistidos pelo Naeca, esta também é uma oportunidade para que eles realizem a prevenção na área da saúde, porque são iniciantes na vida sexual e podem viver uma gravidez precoce. “Todas essas informações são necessárias, devido a esse início de educação sexual, ao mesmo tempo em que pode evitar uma gravidez indesejada, uma DST ou a própria Aids”, esclareceu a assistente social Marilda Tavares.
    O adolescente assistido pelo Naeca, A. H., afirmou que este tipo de informação é algo muito bom, pois dessa forma os adolescentes podem aprender mais sobre a relação sexual. “A iniciativa da Defensoria do Estado é muito boa e essencial para que possamos ter mais conhecimento sobre sexualidade e como se prevenir das DST’S com o uso da camisinha para evitar a contaminação dessas doenças”, finalizou.

    Texto:
    Gilla Aguiar - Defensoria Pública
    Fone:  (91) 3201-2656 / 
    Email: gilparente@hotmail.com

    Defensoria Pública do Estado do Pará
    Travessa Padre Prudêncio, 154. Belém-PA. CEP: 66019-080
    Fone: (91) 3201-2712 / 2697 / 2713 
    Site: www.pa.gov.br Email: joaquim.figueiredo@defensoria.pa.gov.br

    http://www.agenciapara.com.br/noticia.asp?id_ver=96385

    Alunos repudiam manual de calouros que dita 'obrigações sexuais'


    29 de março de 2012  10h00  atualizado às 11h33



    Um "manual de sobrevivência" que afirma que garotas têm a obrigação de "manter uma relação sexual" com os homens causou indignação e polêmica ao ser distribuído por um grupo de alunos de direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O material de oito páginas, além de oferecer dicas dos melhores lugares para beber na região, mostra um tópico que ensina ao calouro "como se dar bem na vida amorosa utilizando a legislação brasileira".
    O livreto foi produzido pelo Partido Democrático Universitário (PDU), grupo que comandava o centro acadêmico da instituição até 2011, e foi distribuído neste mês aos estudantes. Os responsáveis estão sendo acusados por grupos feministas e de esquerda da universidade de machismo e de incitar a prática ao estupro . Os alunos que se sentiram ofendidos iriam se reunir nesta quarta-feira para decidir se fariam ou não uma reclamação à direção da faculdade.
    A Assembleia Nacional de Estudantes - Livre (Anel) publicou em seu blog uma nota escrita pelo Grupo de Gênero, também do curso de Direito da universidade, repudiando o ato. No documento de nome "Como cagar em cima dos humanos em 12 lições", os veteranos procuraram abordar de forma bem humorada o cotidiano dos alunos da faculdade, citando códigos penais para cada situação que possa vir a acontecer, como conhecer uma garota, por exemplo.
    Segundo o manual, a mulher tem o papel de cumprir as obrigações impostas pelo homem. "Ela prometeu e não cumpriu. Disse 'vamos com calma': art. 252,§ 1º Código Civil: 'Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra'. Ela vai ter que dar tudo de uma vez!", cita um dos parágrafos do livreto.
    Ainda na nota publicada, estudantes afirmam que "o manual em questão, que reitera a perspectiva de domínio masculino sobre a mulher, é claramente uma prática agressiva e atentatória à dignidade feminina", dizendo ainda que as pessoas não devem, então, levar a sério casos de estupro, visto que a mulher teria colaborado com o ato por estar usando uma roupa mais provocante ou dar atenção a um homem em uma festa.
    As mulheres que assinam o repúdio ao manual dizem em resposta: "temos autonomia sobre nossos corpos para dispor de nossa sexualidade como quisermos, e devemos ser respeitadas. Não somos os objetos de satisfação de prazer egoísta que a mídia impõe. Não viemos para servir a homens, veteranos, pdu's ou não".
    Com informações do jornal Folha de S. Paulo e do blog da Anel.

    http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5691952-EI8266,00-Alunos+repudiam+manual+de+calouros+que+dita+obrigacoes+sexuais.html