domingo, 13 de fevereiro de 2011

Prazer sexual é mais psicológico do que físico diz especialistas

Prazer sexual é mais psicológico do que físico diz especialistas

Sexo a três

Sexo a três: Duas mulheres ou dois homens? Como eles e elas vêem o ménage?





Mais um papinho quente com o urso... http://inblogs.com.br/pergunteaourso/

Você pergunta o Urso responde:


Olá Urso, sou casada, o sexo com meu marido é bom, mas gostaria que conversássemos mais sobre isso. Ele não me fala muito de suas fantasias, mas sei que a maior delas é transar com duas juntas. Não sou lésbica, mas confesso que essa fantasia também habita minha mente por saber que dará prazer ao meu parceiro ver e viver isso. Mas, como o amo, tenho medo de que, por parte dele, se ocorresse isso, pudesse rolar algum tipo de sentimento por outra pessoa ou querer sempre essa situação (o que da minha parte não aceitaria por mais de 1 vez, pois gosto de parceiro fixo) ou mesmo ele pensar algo de ruim de mim ao falar com ele sobre o assunto ou a possibilidade! Outra coisa, essa ser uma das fantasias das mulheres hetero é normal (duas com um homem)? E os homens o que acham da fantasia feminina de uma com dois, aceitam ou a acham uma vagabunda? Luma



Olá Luma, pelo que notei você está cheia de dúvidas e acho isso muito normal. Tudo bem, você é minha leitora e merece uma resposta, ainda mais porque acredito que tem muita mulher na mesma situação. Já tinha rolado uma pergunta parecida, mas muito menos complexa, por isso resolvi voltar a falar no assunto.
Já que você está tentando sair da rotina, vou responder de forma diferente, começando pelo final, sobre o que os homens acham do ménage masculino. Não existe uma unanimidade quanto a aceitação dele por parte da "machaiada", mas a grande maioria acha que a mulher que sai com dois caras uma grande vagabunda.
Não posso negar o óbvio, o homem tem na mulher o seu objeto de desejo, aquilo que "conquistou" e lhe pertence, pelo menos é assim que pensa. Como é que esse sujeito vai achar normal dividir o pão com um irmão? Não vai mesmo!
Por que os homens são encanados com mais um na cama? Medo de perder a mulher?




Só não vamos entrar na questão de que se um pode o outro também pode, porque, além de chato, não leva a nada a não ser a banalização de um assunto. Por favor, se for fazer, não deixe filmar senão pode ter sérios problemas.
Fora o fator da posse, temos outro delicado por igual, a maioria dos homens heterossexuais não gostaria de se roçar com outro. Então sempre fica aquele negócio esquisito, dois sujeitos e uma garota, todo mundo pelado. O sujeito já está "meiando a bisteca" e já pensou se o outro fica querendo encostar? Situação constrangedora.
A solução seria chamar um amigo, mas isso também inviabilizaria a continuidade do relacionamento ou da amizade. Não dá para trazer um amigo para jantar a esposa e depois ficar todo mundo convivendo como se tivessem apenas jogado dominó!
Será que você não estranharia se o seu marido chegasse com essa idéia? Já teve um caso assim no blog, clique aqui e leia.
Homem é um bicho encanado com uma porção de coisas, realmente acredita que se outro comer a mulher dele mais gostoso e tiver o bilau maior, levará o prêmio e lhe deixará com a brocha na mão.
Parece até que mulher entra no relacionamento com alguém só porque o sujeito tem empatia sexual com ela. Pode até entrar, mas só leva adiante se tiver outras coisas junto, fatores que passam longe da cama, como companheirismo, maturidade e caráter.
Levando isso em consideração, um sujeito pode perder a mulher para outro por causa de um ménage? Pode, mas é improvável, a não ser que o relacionamento já não estava como deveria ou que seja um mal fodedor.
Acho que nem toda fantasia precisa ser realizada. Para saber se vale a pena ou não basta perguntar se você toparia terminar seu relacionamento em troca dela. Mas não se desespere, dá para viajar sem pagar passagem também, oras. No caso do ménage masculino basta comprar uma venda, um consolo e usar a imaginação! Dupla penetração sem ressaca moral! Aí é só deixar claro para o companheiro que é só fantasia mesmo. Por favor, só um alerta, lugar de legumes é na salada!
O que eles acham do ménage feminino?


O que os homens acham do ménage feminino? Como eles recebem a proposta feita pela companheira?
Via de regra, quase todos os homens sonham com isso, mas na hora que a mulher decide, boa parte foge que nem galinha diante de raposa. Acha que não bate o medo de ser superado por outra mulher? Bate sim! Considerando a quantidade de e-mails que recebo de leitoras indignadas com o baixo desempenho de seus meliantes, considero razoável que eles temam em perder a mulher.
Pessoalmente acho bacana a relação a três desde que tudo esteja muito bem conversado e que as pessoas saibam exatamente o que pode acontecer. Não sou um dos maiores entusiastas do sexo a três, até porque não acharia bacana deixar de transar com a minha parceira para transar com outra, mas até toparia dividi-la com a outra garota se assim fosse um desejo dela. Acredito ser parte de uma minoria, pois o que mais escuto dos colegas que desejam o ménage é que preferem participar ativamente com as duas garotas, talvez se eu não tivesse envolvimento emocional com nenhuma delas poderia pensar diferente.
Realmente não acho que seria uma boa transar com outra garota na frente da mulher que me ama, mesmo que ela participasse, sei lá, posso estar vendo complicação onde não há, mas acho que isso só me traria mais problemas do que benefícios.
Como cada homem acha uma coisa, sugiro perguntar indiretamente sobre a situação, por exemplo, depois de ver um filme erótico com uma cena parecida. Colocar uma amiga na jogada, insinuando que ela fez com um casal, não é legal, pode ser que o sujeito fale para você que achou horrível ou pior, passe a vê-la com outros olhos.
Tem muito homem trouxa no mundo por isso não recomendo a pergunta direta, pois você corre o risco de irritar o babaca que tem.
Uma idéia seria convencê-lo a ir em uma casa de swing.
Caso aconteça, pode rolar algum sentimento dele pela outra?


Claro que pode! Da mesma forma que pode rolar um sentimento pela colega de trabalho, pela freira do convento ou até mesmo pela empacotadora do supermercado da esquina. Sentimento pode rolar em qualquer situação, mas não é porque acontece um sexo muito bom que o cidadão vai ficar apaixonado.
Duvido muito que um sujeito que tem uma relação estável se abale a ponto de trocar de parceira por conta de um ménage. Teria que ter motivações especiais, por exemplo, a outra garota faz sexo anal e você não. Quer dizer que você poderia ser trocada por que não cede o bumbum? Depende. Se for muito importante para seu parceiro que isso aconteça na relação, o risco é grande sim.
O que você precisa é ter certeza da decisão que está tomando sobre fazer o ménage. Se você estiver com isso na cabeça porque a relação não anda legal, melhor nem fazer. Se for apenas por um fetiche, para quebrar a rotina ou apimentar a relação, tudo bem.
É normal uma mulher heterossexual ter uma fantasia com outra mulher e o marido?

Não sei como era no passado, mas estou vendo certa aceitação por parte das moças em fantasiar sua relação com outra mulher, independentemente se é acompanhada pelo marido.
Para o deleite dos machos que lêem o blog fiz uma pequena enquete no twitter pedindo a participação das mulheres e até o momento que escrevia esse parágrafo os números eram: 17% acham nojento; 27% não faz, mas acha normal; 35% gostaria de experimentar; 14% acha normal e não se considera lésbica; 5% acha muito legal. Resumindo: cerca de metade das mulheres não tem restrições ao sexo com outra mulher.
Pode ser que antigamente tudo isso já rolava, mas poucas pessoas relatavam. Uma questão que fica é: se os meliantes mal estão dando conta de uma, que dirá de duas? Quem mandou não aprender a fazer sexo oral?
Espero ter respondido todas as suas dúvidas. Beijoka do Urso!
Achei um vídeo que pode ajudar:

http://www.youtube.com/watch?v=aIRO6z94gmU&feature=player_embedded
http://sabordaseducao.blogspot.com/2010/07/sexo-tres.html?spref=bl

Sabor da Sedução - O melhor conteúdo sobre sexo e sexualidade você encontra aqui!: Ponto G Masculino???

Ponto G Masculino
Para os Homens: Aprenda a prolongar o seu orgasmo


Para as Mulheres: Surpreenda seu o gato





Que sexo é bom, todo mundo sabe, mas sexólogos afirmam que pode ficar melhor. Não acredita? Então a gente te fala o que fazer, você faz o teste e conta se era tudo verdade, pode ser?

Muito se fala sobre o possível ponto G feminino, uma pequena área erógena de grande sensibilidade e que pode ser estimulada por meio da parede anterior da vagina. Já a discussão sobre a existência do ponto G masculino não é tão ampla assim, pelo menos fora do universo científico, talvez pelo fato de o assunto causar preconceito na maioria dos homens devido à relação com a penetração anal.

Segundo alguns sexólogos, o ponto G dos homens é a próstata, mais especificamente a área do períneo. Agora você perguntou: “pe o que?”, não foi? Períneo é um lugar do seu corpo, sabia? É... ele fica entre o ânus e os testículos e é um pequeno ponto macio naquela área sem pêlos. Lembrou dele? O desenho abaixo deve ajudar...


Os nervos que controlam as reações sexuais, como a ereção, o orgasmo e ejaculação, vão todos no sentido da próstata e do períneo. Isso quer dizer que a área é o “centro de comando” para o seu prazer sexual, rapaz!

Dizem os historiadores que, desde sempre, massagear a região da próstata é uma maneira usada para manter e aumentar a saúde sexual dos homens. E quem fez o teste afirma que essa massagem mágica pode causar o orgasmo mais incrível da sua vida, conhecido como "orgasmo dos sonhos" ou "super O".

Como fazer?

Você tem duas opções: pedir para sua namorada, amiga com vantagens ou seja lá quem faz sexo com você, para massagear a área com os nós dos dedos. Não precisa ter medo, ela não tem que colocar nada dentro de lugar nenhum. Na-da, entendido? Basta massagear a área certa com movimentos circulares e mudando a pressão exercida. Se isso for feito na hora exata do orgasmo, ele deve se estender por algum tempo a mais do que você está acostumado.


Outra opção é brincar sozinho e pra isso você pode usar um pequeno aparelho denominado “G-Men” que você encontra para comprar aqui na Sabor da Sedução. Esse grande amigo dos homens foi projetado originalmente para massagear a próstata, aliviar a congestão do fluido e promover a saúde geral do órgão. Mas como tudo pode ter outra utilidade... o aparelho tem sido descrito pelos usuários como responsável por proporcionar orgasmos inacreditáveis. A melhor parte é que não existe risco de o brinquedo escorregar para onde você não quer.

E então, preparado para testar uma das melhores sensações da sua vida?
Esse tema foi sugerido por uma leitora e esperamos que todos vocês, homens e mulheres, tenham gostado e possam aproveitar! Obrigada pela dica F.C.
Se você tem dúvidas sobre um assunto ou gostaria de sugerir um tema para o próximo artigo fique à vontade, envie um email para sabordaseducao.vendas@hotmail.com
http://sabordaseducao.blogspot.com/2010/07/ponto-g-masculino.html?spref=bl

De Olhos: Homossexualidade: o conhecimento científico pode v...

04/11/2010
Homossexualidade: o conhecimento científico pode vencer o preconceito?
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Ser ou não ser: esta (ainda) é a questão
A homossexualidade ainda é um assunto tabu. Mas o conhecimento científico pode vencer o preconceito
Por Vera Magyar, com Evany Leal de Castro

Na Grécia Antiga, a homossexualidade era uma prática natural e esteticamente bela. Com a civilização judaico-cristã, caiu em desgraça. Chegou a ser considerada doença, equívoco que se prolongou até 1974, quando a Organização Mundial de Saúde riscou-a de sua lista de enfermidades. As pesquisas sobre uma possível origem genética, realizadas a partir de 1991, causaram polêmica. Mas um novo caminho surgiu, embora os estudos não sejam conclusivos, nem descartem as causas emocionais e culturais. Hoje já se sabe que não se trata de uma opção, mas de uma condição. Tão humana quanto andar, comer ou respirar. Mesmo assim, às portas do segundo milênio, o assunto continua a ser tabu, envolto em preconceito e na falta de informação.

(Imagem: Características Booker Catherine PYMCA / Rex)

São milhões de pessoas, de todas as idades, classes sociais, culturas, raças, religiões e nacionalidades. Estão aí, pelo planeta, atuando, trabalhando, vivendo, amando. Pessoas iguais às outras. A diferença é que se relacionam sexualmente com parceiros do mesmo sexo. Segundo algumas estatísticas, chegam a representar cerca de 11% da população mundial. Não deixa de ser um número expressivo, mas, mesmo assim, não escapam do rótulo de minoria. E, como tal, são olhadas com desconfiança e preconceito pela maioria heterossexual, o grupo que determina o padrão de comportamento a seguir. Mas, ao contrário do que muita gente pensa, amar e sentir atração sexual por pessoas de um ou do outro sexo não é uma escolha. As pessoas apenas são heterossexuais ou homossexuais. Bem que os cientistas têm se esforçado para descobrir o que determina a orientação afetivo-sexual dos seres humanos, mas todos os estudos feitos até agora, nas áreas da biologia e da genética, não chegaram a resultados definitivos. Um dos trabalhos pioneiros no campo da sexualidade foi realizado pelo zoólogo norte-americano Alfred Kinsey, nas décadas de 40 e 50. O cientista propôs a famosa Escala Kinsey, utilizada até hoje pelos estudiosos da área. De acordo com essa escala, as pessoas podem variar de exclusivamente heterossexuais (50%) a exclusivamente homossexuais (4%). Entre esses dois extremos estariam os indivíduos predominantemente heterossexuais, os bissexuais e os predominantemente homossexuais.

As pesquisas de Kinsey mostraram que, numa amostra de 18 mil pessoas, 46% estariam nessas categorias intermediárias, podendo ir de um ponto a outro na escala, de acordo com a sua fase da vida, seu momento psicológico, ou as circunstâncias do meio em que vivem.

Várias décadas mais tarde, em agosto de 1991, o neurocientista norte-americano Simon Le Vay publicou na revista Science os resultados de uma pesquisa sobre o tamanho de um determinado grupo de células encontrado no hipotálamo - glândula nervosa situada na base do cérebro, ligada ao comportamento emocional e afetivo - que poderia estar relacionado com a orientação afetivo-sexual. Le Vay examinou esse grupo de células, chamado de INAH3, em mulheres heterossexuais e homens, tanto heterossexuais como homossexuais, que haviam morrido em decorrência da aids. Os estudos revelaram que o tamanho desse grupo celular nos homossexuais masculinos era menor do que nos heterossexuais masculinos, atingindo dimensões semelhantes aos das mulheres heterossexuais, o que poderia indicar alguma relação entre essa conformação celular e a orientação afetivo-sexual. A pesquisa sofreu várias críticas, uma delas a de que Le Vay não havia colhido amostras dessas células em mulheres homossexuais, que, para comprovar a teoria, teriam, a princípio, que apresentar células de tamanho semelhante às dos homens heterossexuais. O cientista alegou dificuldade de encontrar um número suficiente de mulheres homossexuais que tivessem morrido de aids. Outra ressalva feita ao estudo foi a possibilidade de que a própria doença poderia ter influenciado na diferenciação do tamanho do grupo celular, embora o próprio Le Vay tenha demonstrado que mesmo heterossexuais que morreram de outras doenças possuíam os grupos INAH3 maiores.

Outra tentativa de definir geneticamente a orientação afetivo-sexual foi levada a efeito, também em 1991, por Richard Pillard, professor de Psiquiatria da Universidade de Boston, e Michael Bailey, psicólogo da Universidade Northwestern, ambos americanos. A partir de uma comparação entre gêmeos idênticos (univitelinos) e não-idênticos (bivitelinos) do mesmo sexo, Pillard e Bailey descobriram maior coincidência na orientação homossexual entre os univitelinos, levando-os à conclusão de que talvez a homossexualidade seja influenciada por algum fator genético, já que os univitelinos têm a mesma configuração genética.

Herança maternaN essa busca das raízes genéticas para a homossexualidade, um dos trabalhos de maior repercussão foi o de Dean Hamer, geneticista do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos. Ele dirigiu uma pesquisa que selecionou 76 homens homossexuais para estudar seus familiares paternos e maternos. O resultado do estudo, publicado em julho de 1993, mostrou que, entre os familiares paternos dos pesquisados, havia a incidência de 2% de indivíduos homossexuais - o mesmo valor encontrado na população em geral, em um levantamento casual sem ligação familiar -, ao passo que no lado materno esse índice pulava para 7,5%. A pesquisa de Hamer levantou a hipótese de que a homossexualidade pudesse estar vinculada a um fator genético do lado materno, diretamente relacionado com o cromossomo X transmitido pela mãe. Posteriormente, sua equipe selecionou 40 pares de irmãos homossexuais. Em 33 deles (82,5% dos pares), uma parte do cromossomo X, conhecida como Xq28, apresentava a mesma seqüência de DNA, a fonte de informação genética dos seres vivos. Sua conclusão: algumas pessoas poderiam apresentar predisposição genética à homossexualidade. O estudo reacendeu na sociedade a discussão sobre as origens da escolha sexual. "O trabalho de Hamer representou uma grande virada nas pesquisas sobre a genética da homossexualidade", afirma Lyria Mori, professora de genética do Instituto de Biociências da USP. Mas ela ressalva: "Claro que esse estudo, para ser comprovado, ainda tem de ser repetido por outros grupos, o que é um procedimento básico na ciência para que uma hipótese seja aceita".

Entre maçã e jiló

A tualmente, há muitos grupos trabalhando na questão da genética da homossexualidade, mas depois das pesquisas de Hamer, nenhum outro estudo de impacto foi publicado. "Para o futuro, a tendência é tentar reduzir cada vez mais a região isolada, pois a Xq28 é um fragmento muito grande, que pode até conter centenas de genes", prevê Lyria Mori.

"A questão da orientação sexual é muito complexa e ninguém, até hoje, conseguiu definir, com certeza, o que leva uma pessoa a ser homossexual e a outra, heterossexual", reconhece o psicólogo Oswaldo Rodrigues, do Instituto Paulista de Sexualidade, e do Centro de Estudos e Pesquisas em Comportamento e Sexualidade (Cepcos), de São Paulo. "É como tentar explicar por que uma pessoa gosta de maçã e não gosta de jiló", conjectura o psicólogo.

Aproveitando a metáfora da maçã, a questão pode ser vista assim: uma pessoa pode ter desenvolvido preferência por esta fruta, porque passou por experiências positivas com ela, na infância. A maçã saciava a fome e era oferecida com afeto, pela mãe. Supria, portanto, necessidades físicas e afetivas. Já o jiló, que não entrava no cardápio familiar, nunca teve significado algum. A rejeição a ele resulta de escolha consciente, objetiva, não de determinante inconsciente, portanto, subjetiva.

"Nossa cabeça funciona como um arquivo, onde armazenamos sensações. São elas que, na vida adulta, aliadas a outros fatores, como o ambiente e a herança biológica, vão definir nossa orientação sexual", lembra Rodrigues. "É como se recebêssemos da natureza um terreno físico, concreto, sobre o qual vamos edificando construções e dando a ele uma outra configuração. Podemos mexer nesse espaço como quisermos, mas não podemos mudar de terreno", argumenta o psicólogo. Segundo John Money, psicólogo clínico, estudioso e pesquisador de intersexos da Universidade de Baltimore, nos Estados Unidos, antes mesmo do nascimento todos os seres humanos passam por momentos cruciais de definição biológica, que John Money chama de quatro encruzilhadas: a fecundação, a combinação dos cromossomos, a combinação dos hormônios sexuais e, finalmente, a "moldagem" dos órgãos sexuais. O sexo biológico - em linguagem científica, "características genotípicas e fenotípicas do corpo" - é o que vai nos dar a primeira definição sexual: menino ou menina.

Mas a composição da sexualidade humana vai muito além disso. O registro em cartório garante o sexo da criança, mas não sua sexualidade. A identidade sexual vai sendo construída ao longo da infância e passa por uma prova de fogo na adolescência. "Na construção da identidade sexual entram elementos inconscientes de pai e mãe, dinâmica familiar, e as expectativas em relação à criança", relaciona Paulo Roberto Ceccarelli, professor doutor em Psicopatologia e Psicanálise pela Universidade de Paris e autor da tese "A construção do sentimento de identidade sexual". Cecarelli, que é também participante do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas, lembra que o sexo biológico, ou seja, o corpo; a identidade sexual, quem a pessoa acha que é, e o papel sexual, que é como a pessoa se comporta, são três dos componentes da sexualidade.

Desejo e afeto
Há mais um: a orientação sexual, ou seja, por quem a pessoa sente desejo. Essa costuma se estruturar por volta dos 20 anos de idade, como resultado das experiências vividas na infância e na adolescência. "Uma determinada orientação sexual pode ser para a vida toda ou para uma fase apenas. São muito comuns, por exemplo, relações homossexuais na adolescência, quando a personalidade do indivíduo está ainda em formação. Mas pode estar também direcionada pelo desejo, pelo afeto, ou por ambos", lembra o
psicólogo Oswaldo Rodrigues.

Embora venham tentando, os cientistas ainda não encontraram uma resposta definitiva para a questão mais crucial: como se desenvolve uma orientação sexual em particular? Há respostas apontando para várias direções, de fatores hormonais, genéticos, congênitos a causas culturais e emocionais. O que todo mundo, hoje em dia, parece concordar é que a orientação sexual não é uma escolha. O que se tem observado é que ela emerge para a maioria das pessoas, no início da adolescência, sem ter havido nenhuma experiência sexual anterior. A maioria dos que se descobrem, nessa fase da vida, não enquadrados no padrão heterossexual, tentam mudar ou esconder sua orientação sexual. Ninguém escolhe ser o que é.

Cai por terra, portanto, a idéia de que a orientação sexual é uma opção. Como também não resta pedra sobre pedra da tese obscurantista de que a homossexualidade e todas as outras variações da sexualidade humana consideradas fora do padrão são doenças. Hoje, psicólogos, psiquiatras e outros profissionais de saúde mental concordam que homossexualidade não é doença, problema mental ou emocional. Até a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1995, reconsiderou o assunto e riscou a homossexualidade da sua lista de doenças. "Homossexualidade não pode mais ser considerada desvio ou escolha. Muito menos perversão. Perversão é um sujeito impor ao outro sua fantasia sexual", afirma o dr. Paulo Ceccarelli. Nesse emaranhado todo que é a sexualidade, convém lembrar que a homossexualidade é apenas uma dentre as inúmeras nuances da sexualidade humana. Há quem diga até que existem, na verdade, 11 sexos. Essa é a tese defendida por Ronaldo Pamplona da Costa, médico, psiquiatra e psicodramatista, registrada no livro Os

Onze Sexos - As Múltiplas Faces da Sexualidade Humana. Suas conclusões: "Depois de mais de dez anos de estudos, somados à minha experiência em consultório e à análise das escalas biológica, de gênero e afetivo-sexuais, posso concluir que existem 11 sexos: cinco na vertente masculina (heterossexual, bissexual, homossexual, travesti, transexual), cinco na vertente feminina (transexual, travesti, homossexual, bissexual e heterossexual) e mais o intersexo (hermafrodita).

Segundo Costa, entre os dois extremos, o masculino e o feminino, há, portanto, incontáveis possibilidades de combinação: homens afeminados, mas heterossexuais, mulheres masculinizadas, que tanto podem ser hetero ou homo, ou, ainda, homens e mulheres bissexuais que convivem sexualmente com ambos os sexos. Há um vai-e-vem permanente dos seres humanos, em constante mutação e transformação, na estrada da sexualidade. O problema maior é compreender e aceitar isso. "Vivemos numa sociedade hipócrita, que trancafia a sexualidade, que a relega a um papel inferior, apesar de ser ela o eixo principal de nossa personalidade. Não apenas forma de reprodução, mas fonte de prazer", destaca Costa.

Mais tolerância
Numa sociedade que condena qualquer tipo de nuance da sexualidade que ultrapasse o modelo heterossexual, não é difícil entender os conflitos sociais e pessoais que as minorias sexuais têm de enfrentar. Não é à toa que nos Estados Unidos, por exemplo, onde há mais estatísticas a respeito, o número de adolescentes homossexuais que cometem suicídio é de 2 a 6 vezes maior do que os não-homossexuais, representando a triste marca de 30% de todos os casos de suicídio registrados com adolescentes.

Violência contra si próprios, violência da sociedade contra eles. Os casos de assassinatos de homossexuais no Brasil vêm crescendo, segundo estudos feitos pelo Grupo Gay da Bahia, um dos mais atuantes do Brasil. Apesar da precariedade estatística foram registrados no ano passado 130 casos, um aumento de quatro casos em relação ao ano anterior.

Apesar desses percalços, os homossexuais continuam firmes em sua luta por respeito e dignidade. E alguns especialistas, como o psicólogo Oswaldo Rodrigues, prevêem um futuro mais tolerante: "Eu sou otimista", arrisca ele. "Com a atual interpenetração dos papéis sociais masculino e feminino, que marca hoje a sociedade moderna, está diminuindo o fosso que existia entre papel e escolha sexual. Essa 'androginia', expressa no vestir, na vida profissional, no papel de pai e mãe, menos dicotômicos, pode tornar nossa sociedade, neste final de século, um pouco mais indulgente com as diferenças."

Um cérebro diferente
Comparando hipotálamos dissecados de pessoas homossexuais e heterossexuais mortas pela aids, o cientista americano Simon Le Vay notou que o grupo celular chamado de INAH3 na área pré-óptica medial era mais que duas vezes maior nos homens que nas mulheres. O INAH3 também mostrou ser duas a três vezes maior em homens heterossexuais do que em homossexuais

Gênios além do gênero
Homossexuais e bissexuais - assumidos ou presumidos - que deixaram sua marca na História Safo ( 600 a.C.). Primeiro poeta ocidental a escrever sobre o amor romântico, passou a maior parte de sua vida na ilha de Lesbos, onde tinha uma escola de poesia para meninas. Amou tanto homens quanto mulheres. A palavra "lésbica" deriva da ilha onde viveu.

Sócrates (468?-399 a.C.). Um dos maiores filósofos gregos, nunca escondeu sua paixão por belos rapazes. Seu amante mais famoso foi Alcebíades, político e general ateniense.

Alexandre, o Grande (356-323 a.C.).
Rei da Macedônia aos 20 anos, expandiu seu império até a Índia, conquistando as civilizações mais poderosas da época, entre as quais a Pérsia. Durante toda a sua vida, teve um amigo muito íntimo,
Hefaistion, com quem dividia tudo.

Júlio César (100?-44 a.C.). Estadista romano brilhante, com enorme talento para estratégias militares e políticas. Sua vida sexual foi tão variada que mereceu o epíteto: "Marido de toda mulher e esposa de todo homem".

Leonardo da Vinci (1452-1519). Pintor italiano da Renascença, arquiteto e engenheiro, teve vários amantes homens. Seu último amante foi Francesco Melzi, que ficou ao seu lado até a morte.

Michelangelo Buonarroti (1475-1564). Autor do teto da Capela Sistina no Vaticano, teve vários envolvimentos amorosos com seus belíssimos modelos. Após a sua morte, seus poemas foram alterados para sugerir que haviam sido escritos para uma mulher. Só em 1960 os originais foram recuperados e publicados sem censura.

Piotr Tchaikovski (1840-1843). Considerado o mestre dos compositores para o balé clássico, o russo Tchaikovski, autor de composições para o balé comoO Lago dos Cisnes e da Suíte Quebra-nozes, levou uma vida solitária, marcada por tragédias familiares e crises nervosas. Morreu em circunstâncias misteriosas: acusado de envolvimento homossexual com um membro da família imperial russa, Tchaikovski teria sido induzido ao suicídio por envenenamento.

Pier Paolo Pasolini (1922-1975). Um dos principais cineastas do neo-realismo italiano, Pasolini trouxe os tabus da sociedade para o centro de suas obras. Homossexual assumido, o diretor de O Evangelho Segundo São Mateus e Comício de Amor morreu tragicamente aos 53 anos, assassinado
por um garoto de programa.

Todas as cores do arco-íris
A vida, nem sempre tão colorida, dos que pertencem às minorias sexuais
Homossexual masculino Tarcísio Mendes Lima, 27 anos, professor, não tem postura afeminada, mas é um homossexual resolvido e assumido, como ele mesmo se define. Descobriu ter desejos homossexuais aos 9 anos de idade. Aos 14, sua primeira relação sexual, com um menino de 13.

Bissexual
Douglas (nome fictício), 25 anos, solteiro, professor. Sempre gostou de homens mais novos e do lado sentimental das mulheres. Teve várias namoradas e nunca escondeu das mulheres com quem se relacionou as suas tendências bissexuais. Douglas descobriu ser bissexual aos 21 anos de idade, quando ele e um amigo encontraram uma garota que sugeriu fazerem sexo a três.

Lésbica
Tatiana (nome fictício), 28 anos, antropóloga, descasada, já passou por dois casamentos. O primeiro, aos 18 anos. Ficou casada quatro anos e teve um filho, hoje com 10 anos. Enquanto durou o relacionamento, foi feliz. Mas tinha atração por mulheres, e chegou a comentar o fato com o marido. Hoje mora há 11 meses com uma mulher.

Transexual masculino
Cláudia (nome fictício), 28 anos, cabeleireira, teve infância normal, foi criado como menino, mas só gostava de fazer serviços classificados como "femininos", como a limpeza doméstica, tricô, crochê. Aos 14 anos, entendeu que era transexual. Conversou com a mãe e começou a tomar hormônios por conta própria. Está à espera da cirurgia que vai lhe dar identidade feminina.

Transexual feminino
Zé Antônio (nome fictício), 39 anos, vendedor. Tinha genitais femininos, com alguma alteração externa. Foi criado como mulher, mas não se comportava como tal, desde a infância. Mudou sua identidade, sobrenome e sexo. Tem postura masculina, com barba, pêlos etc. Casou-se, aos 26 anos, com uma garota, na igreja, ela de noiva, ele de noivo.

Anote
Os livros que ajudam a entender as minorias sexuais
• Diferentes Desejos - Adolescentes Homo, Bi e Heterossexuais, de Cláudio Picazio, Edições GLS

• Tornar-se Gay - O Caminho da Auto-aceitação, de Richard Isay, Edições GLS

• Transexuais - Perguntas e Repostas, de Gerald Ramsey, Edi-ções GLS

• Adeus, Maridos - Mulheres que Escolheram Mulheres, de Deborah Abbot e Ellen Former, Edições GLS

• Os Onze Sexos - As Múltiplas Faces da Sexualidade Humana, Dr. Ronaldo Pamplona da Costa, Editora Gente

• A Inocência e o Vício - Estudos sobre Homoerotismo, de Jurandir Freire Costa, Relume Dumará.

• Sexualidades Brasileiras - Ricahrd Parker e Regina Maria Barbosa (orgs.) , Relume Dumará.
http://deolhos.blogspot.com/2010/11/homossexualidade-o-conhecimento.html

Dublês de Don Juan...

Dublês de Don Juan...
Achei este texto muito interessante e resolvi compartilhar com vcs amigos e amigas...

"...Ele é tão, tão maravilhoso que parece bom demais para ser verdade e pode acreditar, não é verdade mesmo. Quando consegue o que quer - e não precisa ser necessariamente sexo, "basta" a rendição da vítima, perde o interesse e desaparece. O comportamento é típico dos conquistadores compulsivos - retratado muitas vezes no cinema - e quem já conheceu um, conhece todos.

Embora haja de caso pensado, não é por perversidade que ele se comporta como um trapaceiro. Sofre do que os especialistas chamam de Síndrome de Dom Juanismo, referência ao lendário sedutor espanhol do século 17 que teve mais de mil mulheres e jamais amou alguma.

Esse tipo de homem é pura propaganda enganosa. A mulher pensa que está diante de um homem que é sensibilidade à flor da pele, quando o sujeito na verdade é emocionalmente um primata seguindo o velho instinto caçador do macho.

O sedutor retira prazer e satisfação do processo de conquista. Quando "ganha" uma mulher, ela deixa de ter serventia. Porém, verdadeiro, é um alerta para aquelas que resolvem pagar para ver. Sim, porque nem todas entram nessa por confundir sedução com afeto.

Há mulheres que percebem o jogo e vão em frente, pois querem ser seduzidas dessa forma. A carência afetiva pode ser um dos motivos, mas o mais comum, é haver entre os dois uma certa compatibilidade. São mulheres que não cresceram emocionalmente. Não se contentam com as dificuldades e alegrias corriqueiras. Querem que tudo aconteça como num sonho. E se a mulher percebe que o caso é a conquista pela conquista e continua, está sendo conivente.

Ele pode parecer poderoso e inabalável, mas sofre muito por ser como é. Pelo simples fato de que um homem desses nunca terá a certeza de que é feliz. Precisa repetir o ritual indefinidamente e, depois de alguns anos, pode perceber que não conseguiu construir nada. Se serve como vingança, o futuro do devorador de mulheres costuma ser a solidão."

(Créditos do Texto: Oswaldo Rodrigues Júnior)
Postado por Izabel às 06:04
http://visoesdeumasub.blogspot.com/2011/01/dubles-de-don-juan.html

A sexualidade invertida

A sexualidade invertida
Postado em 29 janeiro 2010. Tags: Bissexual - Bissexualidade, comportamento, crossdressers, heterossexualidade, Homossexual - Homossexualidade, inversão de papéis, Sexo, Sexualidade
heterossexual
he.te.ros.se.xu.al
(cs) adj (hétero+sexual)
1 Biol Relativo ou pertinente aos dois sexos.
2 Relativo ao sexo oposto, por oposição a homossexual.
homossexual
ho.mos.se.xu.al
(cs) adj (homo1+sexo+al3)
Referente a atos sensuais entre indivíduos do mesmo sexo.
adj e s m+f
Que, ou pessoa que tem afinidade sexual somente para indivíduos do mesmo sexo.
bissexual
bis.se.xu.al
(cs) adj m+f (bi+sexo+al3)
1 Que reúne os dois sexos: Escola bissexual.
2 Bot Que tem ao mesmo tempo estames e pistilos; hermafrodita.
3 Referente ao comportamento sexual dirigido aos dois sexos.
Ok, teorizar é fácil. Indivíduos que se interessam e/ou se relacionam com pessoas do sexo oposto são heterossexuais, com pessoas do mesmo sexo são homossexuais e com pessoas de ambos os sexos são bissexuais. Lindo! No melhor estilo Plunct, Plact, Zumm: “registrado, rotulado e avaliado”, mas… O que falar da inversão de papéis? Uma mulher que curte fazer strapon em seu amado é uma lésbica enrustida? E o homem que tem a fantasia de ser invertido pela amada?
Já me relacionei com muitos homens que curtiam a inversão de papéis, crossdresser, fantasias de feminização forçada, puta particular… No entanto, destes todos, raros, raríssimos se assumiam bissexuais, no sentido de ter desejo sexual por homens também. Quase todos o desejo sexual era explicitamente heterossexual, mesmo aqueles que curtem o fetiche de strapon. Alguns, só em eu falar ou cogitar uma figura masculina para a experiencia, simplesmente broxavam.
E o que falar das mulheres que praticam o strapon? Esqueçam o estereótipo atriz pornô ou a prostituta/Dominatrix… Foquem nas mulheres reais mesmo. As femininas e delicadas, as mais machonas (mas que não dispensam o sexo oposto), a amiga, a namorada, a esposa, as que praticam strapon pelo prazer, o prazer de dar prazer a seu parceiro, ou mesmo o prazer sádico da feminização forçada. Mulheres que fora do quarto são só mulheres e sequer desejam outras mulheres. O foco do seu prazer é ela e ele. Só!
Apesar de toda a carga erótica homo ou bissexual implícitamente envolvida no strapon (homem/mulher), a prática é totalmente heterossexual, independente das preferências sexuais de cada um. Independente das fantasias motivadoras, uma mulher dá prazer a um homem e vice-versa. A multiplicidade de possibilidades é só um prazer a mais.
Eu, que sou uma praticante eventual da inversão de papéis, vejo isso tudo de uma maneira muito lúdica. Amo as múltiplas possibilidades da inversão. Seja com a feminização e crossdresser ou apenas com a estimulação anal, massagem prostática e etc. Tenho que confessar que mesmo os parceiros assumidamente bissexuais, ou seja, que assumem claramente ter também desejos homossexuais, não me incomodam nem um pouco, mas…
E você? O que pensa disso?
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A Vida SecretaTrissexual, Como Assim?. AVS. Sexualidade e erotismo.

Trissexual, Como Assim?
Postado em 03 fevereiro 2011. Tags: BBB, BBB11, Big Brother Brasil, Bissexual - Bissexualidade, heterossexualidade, Homossexual - Homossexualidade, lésbicas, Sexualidade, trissexual
Recentemente a declaração da BBB Paulinha ao admitir-se trissexual decalcou uma grande interrogação na testa das pessoas. Afinal, o que é um trissexual? Esse termo existe?
“Em termos acadêmicos, não. É uma coisa de cultura popular. O terceiro sexo não existe, apesar de muita gente já ter defendido essa tese. A declaração quer dizer apenas que ela tem uma sexualidade mais fluida do que a maioria das pessoas E nada tem menos a ver com a fluidez do que um rótulo delimitador, como trissexual.”
Psicóloga Adriana Nunan, autora de “Homossexualidade: Do Preconceito aos Padrões de Consumo” (Ed. Caravansarai)
Fonte: Delas – IG
Desejo genuíno ou estratégia?
A declaração foi uma revelação libertária ou uma estratégia de guerra?Afinal, a mulherada estava em cima de seu objeto de desejo, o Cris. Se não pode com eles junte-se a eles?
(Não deixem de ler meu texto no Íntimo Contraste: O Fetiche Deles por Elas , principalmente a parte onde comento A Fantasia Deles como Agente Incentivador da Experimentação Delas)
Junto com Diana (pra mim a figura mais interessante e pegável desse BBB), Paula protagonizou cenas calientes com outra sister (Michelly, que já rodou no paredão passado) e o tal objeto de desejo.
Até aí, nenhuma novidade nesta cultura BBBmaníaca, afinal, quem não lembra da dentista Fernanda tentando seduzir o designer (e gay assumidérrimo) Serginho? Totalmente CAPS LOCK…
A questão é que a gordinha mais delicinha de todos os BBBs, não só admitiu uma bissexualidade como avalizou a existência de um terceiro sexo. O que abre precedentes pra muito mais, não acham? Sendo ela uma grande hetero curiosa, futura lésbica assumida ou o que mais desejar.
N Formas de Amar

Cena do Filme Três Formas de Amar (Threesome), onde uma mulher se apaixona por um gay, que é apaixonado por um hetero, que é apaixonado por ela. Complicado? Que isso...
Sub cultura BBB à parte (aliás, eu nem estou acompanhando para poder dizer A u B sobre o programa), o neologismo de Paulinha nos leva à reflexão que existem N maneiras de se relacionar com alguém, muito mais que os estabelecidos rótulos de Hetero, Homo ou Bissexual.
Pensando rápido, levando em conta este mundinho sexy, nada é tão branco e preto como bem questionou o ator James Franco. HM, HH ou MM é apenas o começo de infinitas possibilidades. Um breve exemplo?
Mulheres e homens que curtem pessoas do mesmo sexo, mas não relacionamentos
Curiosos que têm experiências homossexuais como uma exploração mais ampla da própria sexualidade
Bissexuais que curtem relacionamentos com ambos os sexos, não necessariamente ao mesmo tempo
Praticantes de swing e ménage-à-trois que interagem entre si sem necessariamente acontecer experiências homo (entre homens ou mulheres)
Mulheres que se relacionam afetivamente com gays sem necessariamente fazer sexo
Homens ou mulheres que tem desejo por travestis e/ou transsexuais
É claro que Mr. Boninho está mesmo interessado na audiência (que diga-se de passagem parece não ser a melhor de todos os BBBs), mas… Acho interessantíssima a oportunidade de trazer este tema ao debate.
Indico dois bons textos que li por aí:
Trissexual existe?
Mulheres assumem que gostam de ficar com gays
Trissexual? Nem sei, acho que todos somos potencialmente polissexuais, ou simplesmente sexuais, como queiram. Como iremos vivenciar essa jornada ainda é um grande mistério, até mesmo para nós…
O que importa é que a experimentação não define a nossa sexualidade. É a vivência e a troca de afeto que legitima ou não o desejo de cada um.
http://www.avidasecreta.com/trissexual-como-assim/