quinta-feira, 15 de setembro de 2011

"Sou boa de cama?”


“Sou boa de cama?” Essa é uma dúvida que persiste na imaginação feminina e aumenta ainda mais diante de tantos apelos, como dicas e novidades para melhorar o desempenho sexual. 

No discurso popular a mulher  “boa de cama” é aquela que faz tudo para atender aos desejos do homem, independente da sua satisfação. Por outro lado, nossa sociedade valoriza a mulher “certinha”, e é essa divisão que perpetua dúvidas e gera conflitos em muitas.
Outro aspecto que contribui para a insegurança feminina é a pouca experiência sexual. Porém, o desempenho do casal dificilmente é comprometido quando há envolvimento afetivo, boa comunicação e desinibição.
O fato é que não existe um padrão com características fixas que possam determinar se uma mulher é boa de cama ou não. Além do mais, não existe um perfil único de homem e nem de mulher, somos diferentes em interesses,necessidades e vida sexual. Podemos num momento desejar sexo extasiante e, em outro período, uma transa mais calma e carinhosa.
Outro fator importante é considerar o tipo de parceiro que se tem ao lado e conhecer seus interesses, motivações e prazeres na esfera sexual. Além disso, precisamos ter claro que não preenchemos o outro em todas as suas faltas ounecessidades, principalmente no que se refere às fantasias.
Surpreender um homem num primeiro encontro é fácil porque o próprio clima de sedução possibilita encenar ou assumir o papel de mulher fogosa – o que na verdade nem sempre é verdade. Na vida a dois, no entanto, é a intimidade que leva ao bom desempenho sexual.

Algumas atitudes são importantes durante o sexo para que você se sintaconfiante:


Fique à vontade com sua sexualidade, encare o sexo com naturalidade e com menos preconceito ou tabus;
- Faça sexo com vontade e não por obrigação ou pelo medo da traição;
- Tenha iniciativa, isso surpreende e faz com que o parceiro se sinta desejado;
- Conheça os interesses, as motivações e os estímulos que aguçam o seu desejo sexual;
- Compartilhe fantasias e sensações;
- Seja autoconfiante durante o sexo, tenha atitudes sem medo de errar;
- Seduza e se deixe seduzir, papéis fixos acabam com o mistério e a surpresa;
- Tenha prazer em tudo que fizer e assim você se sentirá uma mulher “boa de cama”.

Orgasmos múltiplos por quem já teve




“Senti isso na primeira vez que transei com o meu ex-marido, quando começamos a namorar. No sexto orgasmo ele perguntou: ‘impressão minha ou você está tendo vários?’”. Foi assim que Débora descobriu os orgasmos múltiplos, aos 28 anos. Até então a administradora, hoje aos 35, só tinha ido para a cama com outro namorado e nem sempre chegava ao clímax. “Acho que para ter muitos orgasmos depende do tesão, do envolvimento com o parceiro e o quanto você se conhece”, arrisca.

Os orgasmos múltiplos acontecem em sequência, na mesma transa, quando a mulher continua recebendo estímulos depois de um primeiro orgasmo. “Tenho vários seguidos, um mais fraco, um mais forte... No final meu corpo até treme”, relata Débora, que faz parte de uma minoria – ter orgasmos múltiplos é exceção na sexualidade feminina. “Muitas mulheres apresentam dificuldade para ter pelo menos um orgasmo, imagine vários”, diz a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello.

Apesar de incomuns, os picos de prazer seguidos não exigem uma condição especial: toda mulher sexualmente saudável  pode tê-los. Para algumas, porém, chegar lá vai ser mais fácil por conta de condições físicas ou psicológicas. “A sensibilidade de cada uma determina. As mais tranquilas e seguras têm mais chance, assim como aquelas que conhecem o próprio corpo”, explica Carolina Ambrogini, ginecologista, sexóloga e coordenadora do Projeto Afrodite da UNIFESP.

A lógica da resposta sexual em homens e mulheres
O processo que leva uma pessoa ao orgasmo começa pelo desejo e continua com a excitação, que cresce até chegar ao clímax. Os homens têm uma queda rápida do nível de excitação depois que gozam, diferente das mulheres, que podem continuar por mais tempo nesse estágio. Quando isso acontece é possível manter os estímulos e chegar ao orgasmo de novo em um curto espaço de tempo. “É uma possibilidade da fisiologia da mulher, porque ela não volta para a estaca zero”, explica Ambrogini. Ela ressalta, porém, que na maioria dos casos a mulher não tem mais disposição para o sexo depois do primeiro orgasmo. “São liberadas endorfinas, dá uma sensação de relaxamento e elas cessam o estímulo”, diz.

Não existe receita para ter orgasmos múltiplos: vai depender da excitação da mulher, dos estímulos que recebe e da disposição em continuar as carícias por mais tempo. “Os orgasmos não são sempre iguais. Pode ser mais rápido, mais intenso”, explica Carolina. A urologista Sylvia Marzano concorda que não existe fórmula do prazer: “uma hora acontece”. E ele pode, inclusive, ser atingido apenas com a masturbação.

Nem sempre é melhor ter vários

Débora vê sua facilidade em sentir prazer por muitas vezes como um "presente". “Acho que todo mundo deveria conseguir ter seus orgasmos”, diz. O consenso entre os especialistas, porém, é que a vida sexual plena de uma mulher não depende necessariamente da quantidade de orgasmos. Marzano resume a expectativa feminina: "Existem mulheres que querem isso por achar que é mais importante e erótico”, conta. Mas ter um orgasmo apenas, por exemplo, pode ser mais intenso que vários em sequência. "Nem sempre representa o prazer máximo”, completa.

Para Ambrogini, o importante é que a mulher saia satisfeita da relação. “Se tiver muitos, ótimo. Caso contrário, não significa que ela é inferior”, conclui.

Ato sexual ideal dura de 3 a 13 minutos, diz estudo



Uma relação sexual satisfatória dura entre três e 13 minutos, de acordo com um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade Penn State, no Estado americano da Pensilvânia.
A pesquisa contou com a participação de 50 integrantes americanos e canadenses da Sociedade de Pesquisa e Terapia Sexual, incluindo psicólogos, médicos, assistentes sociais, terapeutas familiares e enfermeiras. Todos os envolvidos recolheram dados de milhares de pacientes durante décadas.
O estudo, publicado na revista Journal of Sexual Medicine, afirma que um ato sexual "adequado" dura entre três e sete minutos; um "desejável", de sete a 13 minutos; um "curto demais", de um a dois minutos; e um "muito longo", de dez a 30 minutos.
"A interpretação de um homem ou de uma mulher de seu funcionamento sexual, ou o de sua (seu) parceira (o) tem como base crenças pessoais fundamentadas, em parte, nas mensagens da sociedade", afirmaram os pesquisadores.
"Infelizmente, a cultura popular atual reforçou estereótipos a respeito das atividades sexuais", acrescenta o estudo. "E muitos homens e mulheres parecem acreditar na fantasia de um pênis enorme, ereções duras como uma rocha e relações que duram a noite toda", afirmam os autores da pesquisa.
Pesquisas anteriores
Pesquisas anteriores indicavam que uma grande porcentagem de homens e mulheres gostaria que a relação sexual durasse 30 minutos ou mais. "Esta parece ser uma situação propícia para decepção e insatisfação", afirmou um dos autores da pesquisa, Eric Corty, da Universidade Penn State.
"Com essa pesquisa, esperamos dissipar estas fantasias e encorajar homens e mulheres com informações realistas a respeito de relações sexuais aceitáveis, evitando decepções e problemas sexuais", acrescentou o pesquisador. O estudo também poderá ajudar no tratamento de pessoas que já têm problemas sexuais.
"Se um paciente está preocupado com a duração da relação, estas informações podem ajudar a afastar a preocupação com problemas físicos e fazer com que ele seja tratado, inicialmente, com aconselhamento, ao invés de remédios", disse Corty.

A cama na varanda: Amor não correspondido



Por Regina Navarro Lins
Rio - Nos últimos sete meses eu lhe deixei dúzias de poemas e cartas de amor com a esperança de que você venha a se interessar por mim. Jodie, eu abandonaria a ideia de matar Reagan se ao menos pudesse conquistar seu coração e viver o resto de minha vida com você. O motivo que me faz levar adiante essa tentativa agora é porque não posso esperar mais para impressionar você. Ao sacrificar minha liberdade e talvez minha vida, espero que você mude de ideia a meu respeito. Jodie, estou lhe pedindo para pelo menos me dar uma chance, com esse feito histórico, de ganhar seu respeito e amor.” Esta é a carta que, em 1981, John W.Hinckley escreveu para a atriz Jodie Foster declarando o seu amor a ela, pouco antes de tentar assassinar o presidente americano Ronald Reagan. Casos extremos como o de Hinckley são raros. Mas a experiência do amor não correspondido é muito comum.

Na nossa cultura, submetidas ao mito do amor romântico, e à crença de que só é possível ser feliz tendo alguém ao lado, as pessoas procuram desesperadamente um par amoroso. Há mulheres  que estão sempre prontas a se enganar, a fazer mal a si próprias, a sofrer abusos e afrontas, até o desespero. Um bom exemplo é a história de Lady Di. Pouco antes de seu casamento, Diana desconfiou que Camila Parker-Bowles tinha um caso com seu futuro marido e o confrontou. “Recuso-me a ser o único príncipe de Gales que não tem uma amante”, foi a resposta dele. Desse dia em diante Lady Di perdeu a paz. Tentou o suicídio jogando-se do alto de uma escada, mas Charles chamou os criados e saiu para montar. A infelicidade tornou-se uma constante. Em uma de suas únicas entrevistas, pouco antes da separação, ela declarou: “Eram três pessoas no meu casamento desde o primeiro dia, alguém estava sempre sobrando.”

O psicólogo David Buss relata uma pesquisa que concluiu que 95% dos homens e mulheres indicaram que, por volta dos 25 anos, haviam experimentado amor não correspondido pelo menos uma vez, como um possível amante cujas paixões foram rejeitadas ou como o objeto dos desejos não aceitos de alguém. Só uma pessoa em 20 nunca experimentou amor não correspondido de nenhuma espécie. Portanto, penso que a saída é cada um desenvolver a capacidade de ficar bem sozinho, até para ter tranquilidade de escolher relações amorosas onde haja reciprocidade.

http://odia.terra.com.br/portal/cienciaesaude/html/2011/8/a_cama_na_varanda_amor_nao_correspondido_188018.html