A ditadura do orgasmo
Sexo não ameniza carência, diz sexóloga
19/11/2009
Por Maria Helena Matarazzo*
Em seu livro Fazendo Amor com Amor (Editora Rosa dos Tempos)¸ a terapeuta sexual americana Dagmar OConnor questiona se fazemos sexo ou amor. E mostra, em diálogo imaginário, a diferença entre homens e mulheres. O homem pergunta: "Foi bom para você?". A mulher responde: "Não foi mal". "Só não foi mal? Eu estava certo que você tinha dito...Sabe?" "Um orgasmo? Tive dois" "Ótimo! Então o que há de errado?" "Só que me sinto vazia. E mais sozinha do que antes de começarmos". "Que tal começarmos de novo?", propõe ele.
Fazer sexo é uma maneira perfeita de reprimirmos nossos sentimentos mais profundos e, ao mesmo tempo, fingirmos afeto. Podemos fazê-lo com entusiasmo, carne contra carne, alcançar orgasmos retumbantes e convencer-nos de havermos estabelecido contato intenso e íntimo um com o outro.
A maioria de nós, porém, não se deixa enganar por muito tempo. Percebemos, em geral, que falta alguma coisa fundamental e nos sentimos isolados, emocionalmente carentes e sós. Homens e mulheres dizem ficar "entorpecidos" com os parceiros.
Concentrar nas sensações genitais e no clímax, proporcionar gozo mútuo e terminar o mais rápido possível – diz Dagmar OConnor – priva-nos do melhor. Quando nos tornamos capazes de acariciar lentamente o corpo um do outro, da cabeça aos pés, quando procuramos despertar um ao outro, lentamente, em vez de passar rápido ao próximo estágio", o torpor cede lugar à sensação de prazer e as fronteiras que nos separam começam a cair.
Os encontros corporais normalmente são centrados na relação sexual. As carícias preliminares são um dos melhores momentos para serem degustados. É a hora dos beijos brincalhões, ternos ou apaixonados, sobre todo o corpo e de carícias excitantes ou apaziguantes no rosto, na nuca, nas costas.
Na relação homem/mulher em seu estado íntimo e profundo, o jogo do amor é o jogo das mãos. Existem pessoas, entretanto, que não gostam de dar nem de receber carícias. Não podemos dar aquilo que não recebemos. O fato de sermos abraçados, embalados, é o que nos leva a aprender a alisar, acariciar, envolver. Ser alimentados com ternura, carregados nos braços, acariciados induz a um comportamento sexual solto, espontâneo. Inversamente, a parcimônia dos toques e sua frieza engendram uma atividade sexual despida de imaginação e de expansividade.
Muitos homens recusam carícias por terem sido educados de maneira dura. Já muitas mulheres sofreram de carência de ternura tátil na infância e mais tarde podem vir a sentir fome insaciável e procurar o contato sexual incessantemente, como se tivessem uma hipertrofia do desejo sexual; na verdade, porém, o que têm é enorme frustração de estímulos táteis, de toques amorosos.
Aprendemos a andar, a falar, a escrever. Aprendemos a cozinhar, a tocar guitarra, a brigar. Tudo se aprende, menos o erotismo. Ao contrário, tudo é feito para desaprendê-lo. A sociedade com suas leis e a religião com suas regras tudo fazem para esfriar, reprimir, culpabilizar esse belo instinto. Porém, a força da vida não se rende. Ao se humanizar, a sexualidade transforma-se em amor.
Precisamos aprender a viajar sobre a superfície da pele, despertando na passagem os pontos sensíveis e nos concentrando em certas zonas para delas extrair a quintessência. Fazer amor é um duplo perder-se. Implica entrega: perder a nós mesmos e nos perdermos no outro. Flutuar juntos, comunicar, tocar, dar e receber prazer para fazermos a excitação crescer, diminuir e tornar a crescer, para só então atingir o clímax.
*Maria Helena Matarazzo é sexóloga e autora de Amar é Preciso e Encontros, Desencontros & Reencontros.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=7594
terça-feira, 19 de abril de 2011
Na hora H
Na hora H
Saiba por que os homens têm problemas para atingir o clímax, depois dos 50. E como resolver o problema
da redação
28/12/2010
Apenas 47,3% dos homens com 61 anos ou mais se consideram bons no que se trata de sexo, contra 39,5% que se classificam como regulares, 5,4% como ruins e 7,8% como excelentes. Os dados são de uma pesquisa que envolveu 3.502 brasileiros de diferentes faixas etárias publicada no livro “Descobrimento Sexual do Brasil”, da especialista em medicina sexual da USP Carmita Abdo. Já os homens de 41 a 60 anos são mais confiantes e 60,8% estão satisfeitos com seu desempenho, enquanto 17,6% se consideram regulares, 1,6% ruins e 20% excelentes. Os motivos para tanto pessimismo são muitos, mas entre eles está a dificuldade para se ter um orgasmo, um problema nada incomum, mas sobre o qual há pouca conversa.
Boa parte dos homens passa seus 20 e poucos anos tentando demorar o máximo para alcançar o orgasmo, mas depois dos 50 alguns simplesmente não conseguem “chegar lá”, por mais o sexo esteja bom.
Segundo especialistas, a dificuldade para atingir o orgasmo e ejacular tem solução. O primeiro passo é entender o que pode estar por trás do problema. “É necessária uma investigação clínica e, descartado algum problema orgânico, fazer uma avaliação psicológica”, diz a sexóloga Laura Meyer, da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH).
Na lista de possíveis culpados para a norgasmia masculina aparecem desde o processo natural do envelhecimento a complicações provocadas por estresse ou ansiedade. Conforme o homem envelhece, o pênis precisa de mais estímulo para poder ejacular. Isto é normal, mas pode ser embaraçoso. A idade também enfraquece os músculos da pélvis, cujas contrações ajudam na ejaculação. Quando estes músculos enfraquecem, a liberação do sêmem pode não dar mais tanto prazer quanto antes. Segundo Oswaldo Rodrigues, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade (INPASEX), o acúmulo de vivências de difícil administração, as frustrações do relacionamento conjugal e as dificuldades de se expressar emocionalmente também podem interferir. “Esta preocupação pode gerar angústia e, com isso, o homem poderá ter dificuldades para gozar e até mesmo de ereção”, alerta Meyer.
Condições médicas. Complicações neurológicas (diabetes, paraplegia, esclerose múltipla, etc.) podem danificar os nervos que controlam o orgasmo. Cirurgias de aumento benigno da próstata não têm efeito no orgasmo, mas elimina a ejaculação. E há um teste bem simples que pode ser feito para saber se alguma condição médica está causando o problema. É só se masturbar e ver se consegue chegar ao orgasmo. “Se o homem se autoerotizar, manipulando-se o pênis, e obter uma ejaculação, então não existe uma doença que impeça a ejaculação no relacionamento coital”, diz Rodrigues. “Há de se entender que o orgasmo acontece através de estímulos nervosos cerebrais e mesmo que o paciente seja portador de doenças degenerativas, poderá ter orgasmos,” diz Alcione Alves, especialista da SBRASH.
Drogas e medicamentos. Antidepressivos são notórios prejudicadores do desempenho sexual. O álcool é mais associado à disfunção erétil, mas em alguns homens pode causar problemas com o orgasmo. Analgésicos, calmantes, uma série de remédios para a pressão, medicamentos psiquiátricos, entre outros, também podem afetar. “Muitos medicamentos psiquiátricos podem causar a inibição ejaculatória”, explica Rodrigues. Boa parte destes remédios são, portanto, usados no tratamento da ejaculação precoce. Se eles estiverem atrapalhando a vida sexual, a solução é mais simples do que parece. “Isto facilmente seria resolvido com mudança de medicação”, afirma o diretor do INPASEX.
Estresse. “Estresse pode dar problema de ereção, ejaculação e baixa libido”, diz Meyer. Vários fatores de estresse emocional podem estar associados com o problema. Raiva por parte de um dos parceiros, medo de gravidez ou doenças sexualmente transmissíveis (DST) e até mesmo fundamentalismo religioso são alguns exemplos. A ansiedade mantém o corpo em determinado modo físico. “Esta circunstância produz condições que atrapalham o desempenho sexual”, alega Rodrigues.
Dar sem receber. O sexo envolve dar e receber prazer, mas alguns homens podem se limitar apenas a tentar satisfazer a parceira e esquecer de si próprios. “É comum, mas não normal”, alerta Rodrigues. Se um homem presta muita atenção na experiência de sua parceira, ele pode perder o foco erótico, interferindo diretamente na ejaculação e no orgasmo. Este tipo de ação pode se tornar uma regra que escraviza o homem – e mulheres estão propensas a sofrer com esta sensação de ter a obrigação de dar prazer ao outro. “Dedicar atenção ao bem estar próprio sempre deve vir antes de poder dar prazer ao outro”, defende o diretor do INPASEX. “Cada um é responsável pelo seu prazer”, alerta Meyer. Se isto não acontecer, o organismo se programará para estar sempre atento e cuidando da outra pessoa, gerando ansiedade e atrapalhando o desempenho sexual.
Uma vez que a causa for identificada, é a hora de saber como lidar com a situação.
O primeiro passo é consultar um médico. Ele deve investigar possíveis infecções, questões envolvendo drogas ou medicamentos, dores, problemas neurológicos, etc. Se a culpa for de antidepressivos, vale pedir a prescrição de um que não tenha tanto impacto na vida sexual.
Praticar o exercício de Kegel. É um exercício simples e discreto que tonifica os músculos pélvicos, intensificando o orgasmo e reforçando a ejaculação. Para praticá-lo, basta contrair e descontrair o músculo pélvico. Para maiores informações, é só consultar o médico. “A musculatura mais forte proporcionará uma melhor qualidade e intensidade do orgasmo”, diz Alves. Meyer explica que o exercício também pode ajudar a ereção e aumentar a libido.
Dar valor ao contexto erótico. Homens mais jovens podem funcionar sexualmente quase sob qualquer circunstância, mas depois dos 50 a importância do contexto só aumenta. A dica é identificar, com a ajuda da parceira, qual situação sexual é ideal e tentar criá-la sempre que a hora H estiver se aproximando. “Permitirá melhor desempenho sexual, e aumento do prazer”, explica Rodrigues.
Valorizar o próprio prazer. A função do homem no sexo não é apenas dar prazer à mulher, mas também buscar satisfação para si mesmo. Ele tem todo o direito de conversar sobre isso e pedir à parceira que o ajude na busca pelo prazer. Com a idade, a penetração vaginal pode não ser mais suficiente para a ejaculação. “Alguns homens sentem necessidade da uma maior pressão exercida sobre o pênis, como na masturbação manual”, afirma Alves, que explica que a pressão exercida pela vagina é menor e pode até ser suave, o que dificulta a sensação de prazer, atrasando a ejaculação e o orgasmo. Não é nenhuma vergonha precisar de estimulação manual ou oral.
Ensinar a parceira. Não é preciso ter medo de dizer ou mostrar à mulher exatamente o que se considera excitante e funciona na hora do sexo, e ensiná-la a fazer do jeito que se gosta. Falar sobre algo que geralmente é privado pode gerar timidez, mas além de ajudar a melhorar o sexo, esta conversa envolve auto-revelação, que faz bem para a intimidade do relacionamento. “Dizer com todas as palavras e de modo direto sempre será o melhor a fazer”, diz Rodrigues. “É importante o diálogo entre o casal para que cada um possa ir sinalizando o que lhe dá prazer”, afirma Meyer.
Respirar fundo. Inspirar, expirar... Uma boa respiração equilibra os batimentos cardíacos e dá uma maior sensação de relaxamento, além de acalmar o sistema nervoso. Está aí um ótimo modo de facilitar a ejaculação e o orgasmo. “Respirar bem sempre será bom”, defende Rodrigues. “Simplesmente por eliminar a ansiedade”, completa Alves.
Focar em fantasias. Relembrar as fantasias sexuais que serviram para excitar no passado também ajuda, mesmo que elas não incluam a amante. Elas só precisam dar aquela animada. Assistir a filmes adultos também pode funcionar. “Provavelmente os homens que conseguem ejacular na masturbação fazem bom uso das fantasias sexuais, do uso do espaço mental para elaborar idéias, imagens mentais e contextos que facilitam a excitação”, afirma Rodrigues. Levar estas fantasias para o sexo pode ser de grande ajuda. “Fantasias são o combustível que movimenta o cérebro para o erotismo e o prazer sexual”, diz Alvs.
Usar lubrificante. Lubrificantes genitais deixam os órgãos sexuais mais sensíveis ao toque e, portanto, mais propensos ao prazer. E ainda auxiliam na penetração, tanto vaginal quanto anal. Alves atenta para a importância de se escolher lubrificantes a base de água, que são fisiologicamente melhores.
Consultar um terapeuta sexual. Se a assistência médica e a auto-ajuda não forem o suficiente para aliviar o problema, terapeutas sexuais podem facilmente ajudar os homens a lidar com a situação. “A gama de benefícios é extensa”, diz Alves, que cita como exemplos a aceitação e a exploração do corpo, o estímulo do toque e a indicação de filmes e livros relacionados ao assunto.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t3.asp?conteudo_id=8111
Saiba por que os homens têm problemas para atingir o clímax, depois dos 50. E como resolver o problema
da redação
28/12/2010
Apenas 47,3% dos homens com 61 anos ou mais se consideram bons no que se trata de sexo, contra 39,5% que se classificam como regulares, 5,4% como ruins e 7,8% como excelentes. Os dados são de uma pesquisa que envolveu 3.502 brasileiros de diferentes faixas etárias publicada no livro “Descobrimento Sexual do Brasil”, da especialista em medicina sexual da USP Carmita Abdo. Já os homens de 41 a 60 anos são mais confiantes e 60,8% estão satisfeitos com seu desempenho, enquanto 17,6% se consideram regulares, 1,6% ruins e 20% excelentes. Os motivos para tanto pessimismo são muitos, mas entre eles está a dificuldade para se ter um orgasmo, um problema nada incomum, mas sobre o qual há pouca conversa.
Boa parte dos homens passa seus 20 e poucos anos tentando demorar o máximo para alcançar o orgasmo, mas depois dos 50 alguns simplesmente não conseguem “chegar lá”, por mais o sexo esteja bom.
Segundo especialistas, a dificuldade para atingir o orgasmo e ejacular tem solução. O primeiro passo é entender o que pode estar por trás do problema. “É necessária uma investigação clínica e, descartado algum problema orgânico, fazer uma avaliação psicológica”, diz a sexóloga Laura Meyer, da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH).
Na lista de possíveis culpados para a norgasmia masculina aparecem desde o processo natural do envelhecimento a complicações provocadas por estresse ou ansiedade. Conforme o homem envelhece, o pênis precisa de mais estímulo para poder ejacular. Isto é normal, mas pode ser embaraçoso. A idade também enfraquece os músculos da pélvis, cujas contrações ajudam na ejaculação. Quando estes músculos enfraquecem, a liberação do sêmem pode não dar mais tanto prazer quanto antes. Segundo Oswaldo Rodrigues, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade (INPASEX), o acúmulo de vivências de difícil administração, as frustrações do relacionamento conjugal e as dificuldades de se expressar emocionalmente também podem interferir. “Esta preocupação pode gerar angústia e, com isso, o homem poderá ter dificuldades para gozar e até mesmo de ereção”, alerta Meyer.
Condições médicas. Complicações neurológicas (diabetes, paraplegia, esclerose múltipla, etc.) podem danificar os nervos que controlam o orgasmo. Cirurgias de aumento benigno da próstata não têm efeito no orgasmo, mas elimina a ejaculação. E há um teste bem simples que pode ser feito para saber se alguma condição médica está causando o problema. É só se masturbar e ver se consegue chegar ao orgasmo. “Se o homem se autoerotizar, manipulando-se o pênis, e obter uma ejaculação, então não existe uma doença que impeça a ejaculação no relacionamento coital”, diz Rodrigues. “Há de se entender que o orgasmo acontece através de estímulos nervosos cerebrais e mesmo que o paciente seja portador de doenças degenerativas, poderá ter orgasmos,” diz Alcione Alves, especialista da SBRASH.
Drogas e medicamentos. Antidepressivos são notórios prejudicadores do desempenho sexual. O álcool é mais associado à disfunção erétil, mas em alguns homens pode causar problemas com o orgasmo. Analgésicos, calmantes, uma série de remédios para a pressão, medicamentos psiquiátricos, entre outros, também podem afetar. “Muitos medicamentos psiquiátricos podem causar a inibição ejaculatória”, explica Rodrigues. Boa parte destes remédios são, portanto, usados no tratamento da ejaculação precoce. Se eles estiverem atrapalhando a vida sexual, a solução é mais simples do que parece. “Isto facilmente seria resolvido com mudança de medicação”, afirma o diretor do INPASEX.
Estresse. “Estresse pode dar problema de ereção, ejaculação e baixa libido”, diz Meyer. Vários fatores de estresse emocional podem estar associados com o problema. Raiva por parte de um dos parceiros, medo de gravidez ou doenças sexualmente transmissíveis (DST) e até mesmo fundamentalismo religioso são alguns exemplos. A ansiedade mantém o corpo em determinado modo físico. “Esta circunstância produz condições que atrapalham o desempenho sexual”, alega Rodrigues.
Dar sem receber. O sexo envolve dar e receber prazer, mas alguns homens podem se limitar apenas a tentar satisfazer a parceira e esquecer de si próprios. “É comum, mas não normal”, alerta Rodrigues. Se um homem presta muita atenção na experiência de sua parceira, ele pode perder o foco erótico, interferindo diretamente na ejaculação e no orgasmo. Este tipo de ação pode se tornar uma regra que escraviza o homem – e mulheres estão propensas a sofrer com esta sensação de ter a obrigação de dar prazer ao outro. “Dedicar atenção ao bem estar próprio sempre deve vir antes de poder dar prazer ao outro”, defende o diretor do INPASEX. “Cada um é responsável pelo seu prazer”, alerta Meyer. Se isto não acontecer, o organismo se programará para estar sempre atento e cuidando da outra pessoa, gerando ansiedade e atrapalhando o desempenho sexual.
Uma vez que a causa for identificada, é a hora de saber como lidar com a situação.
O primeiro passo é consultar um médico. Ele deve investigar possíveis infecções, questões envolvendo drogas ou medicamentos, dores, problemas neurológicos, etc. Se a culpa for de antidepressivos, vale pedir a prescrição de um que não tenha tanto impacto na vida sexual.
Praticar o exercício de Kegel. É um exercício simples e discreto que tonifica os músculos pélvicos, intensificando o orgasmo e reforçando a ejaculação. Para praticá-lo, basta contrair e descontrair o músculo pélvico. Para maiores informações, é só consultar o médico. “A musculatura mais forte proporcionará uma melhor qualidade e intensidade do orgasmo”, diz Alves. Meyer explica que o exercício também pode ajudar a ereção e aumentar a libido.
Dar valor ao contexto erótico. Homens mais jovens podem funcionar sexualmente quase sob qualquer circunstância, mas depois dos 50 a importância do contexto só aumenta. A dica é identificar, com a ajuda da parceira, qual situação sexual é ideal e tentar criá-la sempre que a hora H estiver se aproximando. “Permitirá melhor desempenho sexual, e aumento do prazer”, explica Rodrigues.
Valorizar o próprio prazer. A função do homem no sexo não é apenas dar prazer à mulher, mas também buscar satisfação para si mesmo. Ele tem todo o direito de conversar sobre isso e pedir à parceira que o ajude na busca pelo prazer. Com a idade, a penetração vaginal pode não ser mais suficiente para a ejaculação. “Alguns homens sentem necessidade da uma maior pressão exercida sobre o pênis, como na masturbação manual”, afirma Alves, que explica que a pressão exercida pela vagina é menor e pode até ser suave, o que dificulta a sensação de prazer, atrasando a ejaculação e o orgasmo. Não é nenhuma vergonha precisar de estimulação manual ou oral.
Ensinar a parceira. Não é preciso ter medo de dizer ou mostrar à mulher exatamente o que se considera excitante e funciona na hora do sexo, e ensiná-la a fazer do jeito que se gosta. Falar sobre algo que geralmente é privado pode gerar timidez, mas além de ajudar a melhorar o sexo, esta conversa envolve auto-revelação, que faz bem para a intimidade do relacionamento. “Dizer com todas as palavras e de modo direto sempre será o melhor a fazer”, diz Rodrigues. “É importante o diálogo entre o casal para que cada um possa ir sinalizando o que lhe dá prazer”, afirma Meyer.
Respirar fundo. Inspirar, expirar... Uma boa respiração equilibra os batimentos cardíacos e dá uma maior sensação de relaxamento, além de acalmar o sistema nervoso. Está aí um ótimo modo de facilitar a ejaculação e o orgasmo. “Respirar bem sempre será bom”, defende Rodrigues. “Simplesmente por eliminar a ansiedade”, completa Alves.
Focar em fantasias. Relembrar as fantasias sexuais que serviram para excitar no passado também ajuda, mesmo que elas não incluam a amante. Elas só precisam dar aquela animada. Assistir a filmes adultos também pode funcionar. “Provavelmente os homens que conseguem ejacular na masturbação fazem bom uso das fantasias sexuais, do uso do espaço mental para elaborar idéias, imagens mentais e contextos que facilitam a excitação”, afirma Rodrigues. Levar estas fantasias para o sexo pode ser de grande ajuda. “Fantasias são o combustível que movimenta o cérebro para o erotismo e o prazer sexual”, diz Alvs.
Usar lubrificante. Lubrificantes genitais deixam os órgãos sexuais mais sensíveis ao toque e, portanto, mais propensos ao prazer. E ainda auxiliam na penetração, tanto vaginal quanto anal. Alves atenta para a importância de se escolher lubrificantes a base de água, que são fisiologicamente melhores.
Consultar um terapeuta sexual. Se a assistência médica e a auto-ajuda não forem o suficiente para aliviar o problema, terapeutas sexuais podem facilmente ajudar os homens a lidar com a situação. “A gama de benefícios é extensa”, diz Alves, que cita como exemplos a aceitação e a exploração do corpo, o estímulo do toque e a indicação de filmes e livros relacionados ao assunto.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t3.asp?conteudo_id=8111
Desejo perdido
Desejo perdido
O bem-estar psicológico do homem pode garantir o prazer na cama
Por Ilana Ramos 17/03/2011
O humor já não é mais o mesmo, os carinhos já não fazem mais parte da rotina do casal, e na cama então, nem se fala. O desinteresse sexual, apesar de ser mais comum entre as mulheres, também atinge a ala masculina. As razões são muitas e bem variadas. Além das mudanças que o corpo sofre ao longo do tempo, especialistas alertam para a importância da questão psicológica na busca pelo desejo perdido.
O interesse pelo sexo depende de um conjunto de fatores como, por exemplo, a saúde e o bem- estar físico, os relacionamentos interpessoais e o bom funcionamento da mente. E de acordo com o psicólogo Oswaldo Rodrigues, coordenador de pesquisas do Grupo de Estudos e Pesquisas do Instituto Paulista de Sexualidade (Inpasex), quando algum desses fatores vai mal, o rendimento na cama pode ser afetado.
“Se alguma coisa não anda bem, o homem pode sofrer com a diminuição do desejo sexual. A dificuldade em administrar as bases físicas, sociais e psicológicas produz e mantém essa queda do desejo. Isto significa que, mesmo que todos nos tenhamos problemas, o mais importante é pensar em como solucioná-los. E a dificuldade que o homem tem em lidar com os problemas, sejam eles de qualquer ordem, é exclusivamente psicológica”, garante ele.
Ovo de codorna, amendoim, banana, ostras, vale tudo para tentar recuperar o prazer no sexo. Porém, apesar de bastante antiga, a crença popular ainda não conseguiu provar sua eficiência. “A busca de algo externo que seja responsável pelo apetite sexual é muito comum em nossa cultura. E embora a procura seja tão antiga, ainda não encontraram nada similar que realmente produzisse algum tipo de interesse pelo sexo. Antes de qualquer coisa, é preciso querer melhorar. O desejo sexual exige que a pessoa se desenvolva em direção às atividades sexuais. Exige ação, exige que se tenha a intenção de mudar” aconselha o psicólogo.
Muito além de uma questão física, o bom sexo depende também do bom funcionamento da mente. Embora seja mais difícil para o homem, conversar, compartilhar problemas e buscar ajuda psicológica podem melhorar de vez a vida sexual. “Explicar um problema que não conhecemos é bastante difícil. Mas existe algo que este homem pode fazer: contar o que sente, sem precisar tentar explicar algo que não sabe, simplesmente desabafar. O segundo passo será dialogar com a parceira sobre o que ambos pretendem, aquilo que desejam do futuro. Assim, este homem terá apoio para buscar ajuda profissional correta e quem sabe, resolver seus problemas’, finaliza Rodrigues.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=8193
O bem-estar psicológico do homem pode garantir o prazer na cama
Por Ilana Ramos 17/03/2011
O humor já não é mais o mesmo, os carinhos já não fazem mais parte da rotina do casal, e na cama então, nem se fala. O desinteresse sexual, apesar de ser mais comum entre as mulheres, também atinge a ala masculina. As razões são muitas e bem variadas. Além das mudanças que o corpo sofre ao longo do tempo, especialistas alertam para a importância da questão psicológica na busca pelo desejo perdido.
O interesse pelo sexo depende de um conjunto de fatores como, por exemplo, a saúde e o bem- estar físico, os relacionamentos interpessoais e o bom funcionamento da mente. E de acordo com o psicólogo Oswaldo Rodrigues, coordenador de pesquisas do Grupo de Estudos e Pesquisas do Instituto Paulista de Sexualidade (Inpasex), quando algum desses fatores vai mal, o rendimento na cama pode ser afetado.
“Se alguma coisa não anda bem, o homem pode sofrer com a diminuição do desejo sexual. A dificuldade em administrar as bases físicas, sociais e psicológicas produz e mantém essa queda do desejo. Isto significa que, mesmo que todos nos tenhamos problemas, o mais importante é pensar em como solucioná-los. E a dificuldade que o homem tem em lidar com os problemas, sejam eles de qualquer ordem, é exclusivamente psicológica”, garante ele.
Ovo de codorna, amendoim, banana, ostras, vale tudo para tentar recuperar o prazer no sexo. Porém, apesar de bastante antiga, a crença popular ainda não conseguiu provar sua eficiência. “A busca de algo externo que seja responsável pelo apetite sexual é muito comum em nossa cultura. E embora a procura seja tão antiga, ainda não encontraram nada similar que realmente produzisse algum tipo de interesse pelo sexo. Antes de qualquer coisa, é preciso querer melhorar. O desejo sexual exige que a pessoa se desenvolva em direção às atividades sexuais. Exige ação, exige que se tenha a intenção de mudar” aconselha o psicólogo.
Muito além de uma questão física, o bom sexo depende também do bom funcionamento da mente. Embora seja mais difícil para o homem, conversar, compartilhar problemas e buscar ajuda psicológica podem melhorar de vez a vida sexual. “Explicar um problema que não conhecemos é bastante difícil. Mas existe algo que este homem pode fazer: contar o que sente, sem precisar tentar explicar algo que não sabe, simplesmente desabafar. O segundo passo será dialogar com a parceira sobre o que ambos pretendem, aquilo que desejam do futuro. Assim, este homem terá apoio para buscar ajuda profissional correta e quem sabe, resolver seus problemas’, finaliza Rodrigues.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=8193
Depois dos 60
Depois dos 60
Reflexões sobre solidão, prazer e sexualidade
11/12/2009
Por Dina Frutuoso*
Se para muitas de nós, o assunto sempre foi tabu, é hora de reavaliarmos: sexo é perfeitamente saudável nessa idade.
Muitas vezes, homens ou mulheres se apaixonam por pessoas mais velhas e a família fica achando que só existem interesses materiais na relação. Mas nós temos exemplos históricos, como Chiquinha Gonzaga ou Edit Piaf. Ambas ficaram com pessoas mais jovens e viveram intensamente a vida. Se a pessoa não tiver consciência, independentemente da idade, pode dar bens materiais em qualquer tempo.
A sexualidade está ligada a todo o corpo, à sensualidade, ao toque, a ficar junto, a realizar coisas juntos. O atletismo sexual não está mais na moda. Quando as pessoas contam muita vantagem, na realidade têm medo de sua performance. É preciso esclarecer que a sexualidade é maravilhosa para sempre, está muito ligada à amizade, ao afeto; há prazer sexual a dois mesmo sem penetração. É preciso aprender novas formas e deixar de pensar sobre a sexualidade apenas como penetração.
Por uma vida mais harmônica. O cuidado com a saúde e a espiritualidade.
Para que não pensemos que o prolongamento da vida seja uma maldição e sim uma benção é preciso perceber que o envelhecimento é mais uma etapa da vida. Para vivê-la plenamente é necessário que todas as pessoas a entendam, respeitando suas características, potencialidades, expectativas, sonhos, desmotivações e motivações.
Em geral, as pessoas precisam de uma religiosidade, mas como exercê-la é uma escolha independente e pessoal. Em minha experiência como psicóloga e terapeuta transacional, aprendo com cada um de meus pacientes, pois ao amadurecer há a necessidade de pensar e agir com mais flexibilidade.
Pela minha experiência clínica, nas pesquisas e teses, é fato que pessoas mais resolvidas conseguem passar por qualquer coisa. Eu não tive o menor problema ao vivenciar a menopausa. O médico dizia: Isto é um problema de cabeça. Existem pessoas que sentem calores, passam mal. As pessoas que estão harmônicas consigo mesmas têm conseguido passar por qualquer coisa. Agora, a saúde é fundamental, o cuidado com ela é imprescindível, é preciso acompanhar e não esperar adoecer.
Solidão não é apenas estar só. E estar só não é viver na solidão. Por isso, é importante, em qualquer idade, que você faça novas amizades, e aprenda coisas novas. A solidão é uma construção, e estar só, muitas vezes, é uma escolha. É preciso aprender a envelhecer, e garantir sua qualidade de vida mantendo a auto-estima.
*Dina Frutuoso é doutora em Educação e tem mais de 60 anos
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7634
Reflexões sobre solidão, prazer e sexualidade
11/12/2009
Por Dina Frutuoso*
Se para muitas de nós, o assunto sempre foi tabu, é hora de reavaliarmos: sexo é perfeitamente saudável nessa idade.
Muitas vezes, homens ou mulheres se apaixonam por pessoas mais velhas e a família fica achando que só existem interesses materiais na relação. Mas nós temos exemplos históricos, como Chiquinha Gonzaga ou Edit Piaf. Ambas ficaram com pessoas mais jovens e viveram intensamente a vida. Se a pessoa não tiver consciência, independentemente da idade, pode dar bens materiais em qualquer tempo.
A sexualidade está ligada a todo o corpo, à sensualidade, ao toque, a ficar junto, a realizar coisas juntos. O atletismo sexual não está mais na moda. Quando as pessoas contam muita vantagem, na realidade têm medo de sua performance. É preciso esclarecer que a sexualidade é maravilhosa para sempre, está muito ligada à amizade, ao afeto; há prazer sexual a dois mesmo sem penetração. É preciso aprender novas formas e deixar de pensar sobre a sexualidade apenas como penetração.
Por uma vida mais harmônica. O cuidado com a saúde e a espiritualidade.
Para que não pensemos que o prolongamento da vida seja uma maldição e sim uma benção é preciso perceber que o envelhecimento é mais uma etapa da vida. Para vivê-la plenamente é necessário que todas as pessoas a entendam, respeitando suas características, potencialidades, expectativas, sonhos, desmotivações e motivações.
Em geral, as pessoas precisam de uma religiosidade, mas como exercê-la é uma escolha independente e pessoal. Em minha experiência como psicóloga e terapeuta transacional, aprendo com cada um de meus pacientes, pois ao amadurecer há a necessidade de pensar e agir com mais flexibilidade.
Pela minha experiência clínica, nas pesquisas e teses, é fato que pessoas mais resolvidas conseguem passar por qualquer coisa. Eu não tive o menor problema ao vivenciar a menopausa. O médico dizia: Isto é um problema de cabeça. Existem pessoas que sentem calores, passam mal. As pessoas que estão harmônicas consigo mesmas têm conseguido passar por qualquer coisa. Agora, a saúde é fundamental, o cuidado com ela é imprescindível, é preciso acompanhar e não esperar adoecer.
Solidão não é apenas estar só. E estar só não é viver na solidão. Por isso, é importante, em qualquer idade, que você faça novas amizades, e aprenda coisas novas. A solidão é uma construção, e estar só, muitas vezes, é uma escolha. É preciso aprender a envelhecer, e garantir sua qualidade de vida mantendo a auto-estima.
*Dina Frutuoso é doutora em Educação e tem mais de 60 anos
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7634
Eles desejam mais sexo que as mulheres?
Eles desejam mais sexo que as mulheres?
Mitos e verdades sobre a sexualidade na meia idade
da redação
30/10/2009
Desejo varia com o gênero e, quando o assunto é disposição para o sexo, os homens seguem em disparada. Verdade? Tanto quanto afirmar que a libido acaba com a idade, afirmam especialistas. Contra esses e os muitos outros mitos que envolvem a sexualidade de homens e mulheres, principalmente após a meia idade, a informação ainda é um ótimo antídoto.
O urologista e terapeuta sexual Celzo Marzano, diretor dos Instituto de Urologia e Sexualidade Cedes e Isexp, explica que não há como afirmar que o homem tem mais ou menos desejo sexual do que a mulher. Segundo ele, além de variar muito de uma pessoa para outra, o homem tem uma resposta sexual diferente do sexo oposto em vários aspectos, devido ao hormônio testosterona, responsável pelo tão conhecido tesão. "Embora abundante e contínuo no homem, e em menor quantidade e só presente em poucos dias do ciclo sexual na mulher, é ele que estimula o desejo sexual tanto no sexo masculino quanto no feminino", afirma.
Marzano acrescenta que ainda estão envolvidos na questão do desejo aspectos como fantasias sexuais, sonhos, masturbação, a receptividade do companheiro, entre outros. "Algumas pessoas têm mais de uma relação sexual por dia, e outras só de vez em quando. Mais importante que tentar seguir um modelo de normal é encontrar um(a) parceiro(a) com o mesmo perfil sexual, ou o casal entrar em uma sintonia de freqüência boa para ambos", aconselha.
A motivação sexual, conforme explica Marzano, representa a vontade de comportar-se eroticamente para o parceiro, e esta varia de acordo com a cultura, a escala de valores pessoais, e depende da iniciativa e da receptividade das pessoas envolvidas naquele momento. Existem situações, no entanto, que inibem motivação sexual, e a depressão é uma delas. "Quando há sentimentos de mágoa, decepção e incompreensão, normalmente perde-se a motivação e a excitação sexual. As decepções da vida conjugal são as fortes responsáveis pela perda da motivação sexual, muito embora a pessoa frustrada possa continuar sentindo as manifestações de seu impulso sexual", destaca o urologista.
O sexólogo Arnaldo Risman, professor da Unati- Uerj, lembra que a cultura é responsável pelo mito de que o homem sente mais desejo do que a mulher. "A menina foi educada para ficar de pernas cruzadas, e os homens, de perna aberta. E, quando mulheres, continuam com as pernas fechadas", comenta.
Outro mito bastante comum é o de que o desejo sexual diminui com o passar dos anos. De acordo com Risman, a questão do desejo sexual está muito ligada, sobretudo acima dos 50 anos, a experiências anteriores. "Se o indivíduo aproveitou momentos bons na sua vida sexual, o desejo continua. Mas se viveu momentos desagradáveis, há uma diminuição", compara.
A comprovação de que o desejo sexual não morre com o tempo, Risman teve dentro de casa. Devido a um câncer, sua mãe, de 65 anos, foi submetida a uma cirurgia para retirar o intestino e tanto o ânus quanto a vagina foram fechados. Mesmo assim, ela perguntou ao filho se ela estava com algum problema por sentir desejo sexual. "Respondi a ela que não. Pelo contrário. Energia sexual é vida. O tesão é de cima para baixo, ou seja, começa na cabeça. Minha mãe sempre teve uma vida sexual saudável, então é normal ela sentir essa falta", ressalta.
Segundo Risman, é possível explorar esse desejo através da sexualidade, que se expande com o tempo. Após os 50, o coito já não é o principal. Prevalece a vontade de estar junto, o toque e o carinho. "Costumo dizer que a penetração é o fim da festa. E em uma comemoração, o melhor são os preparativos", compara.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7551
Mitos e verdades sobre a sexualidade na meia idade
da redação
30/10/2009
Desejo varia com o gênero e, quando o assunto é disposição para o sexo, os homens seguem em disparada. Verdade? Tanto quanto afirmar que a libido acaba com a idade, afirmam especialistas. Contra esses e os muitos outros mitos que envolvem a sexualidade de homens e mulheres, principalmente após a meia idade, a informação ainda é um ótimo antídoto.
O urologista e terapeuta sexual Celzo Marzano, diretor dos Instituto de Urologia e Sexualidade Cedes e Isexp, explica que não há como afirmar que o homem tem mais ou menos desejo sexual do que a mulher. Segundo ele, além de variar muito de uma pessoa para outra, o homem tem uma resposta sexual diferente do sexo oposto em vários aspectos, devido ao hormônio testosterona, responsável pelo tão conhecido tesão. "Embora abundante e contínuo no homem, e em menor quantidade e só presente em poucos dias do ciclo sexual na mulher, é ele que estimula o desejo sexual tanto no sexo masculino quanto no feminino", afirma.
Marzano acrescenta que ainda estão envolvidos na questão do desejo aspectos como fantasias sexuais, sonhos, masturbação, a receptividade do companheiro, entre outros. "Algumas pessoas têm mais de uma relação sexual por dia, e outras só de vez em quando. Mais importante que tentar seguir um modelo de normal é encontrar um(a) parceiro(a) com o mesmo perfil sexual, ou o casal entrar em uma sintonia de freqüência boa para ambos", aconselha.
A motivação sexual, conforme explica Marzano, representa a vontade de comportar-se eroticamente para o parceiro, e esta varia de acordo com a cultura, a escala de valores pessoais, e depende da iniciativa e da receptividade das pessoas envolvidas naquele momento. Existem situações, no entanto, que inibem motivação sexual, e a depressão é uma delas. "Quando há sentimentos de mágoa, decepção e incompreensão, normalmente perde-se a motivação e a excitação sexual. As decepções da vida conjugal são as fortes responsáveis pela perda da motivação sexual, muito embora a pessoa frustrada possa continuar sentindo as manifestações de seu impulso sexual", destaca o urologista.
O sexólogo Arnaldo Risman, professor da Unati- Uerj, lembra que a cultura é responsável pelo mito de que o homem sente mais desejo do que a mulher. "A menina foi educada para ficar de pernas cruzadas, e os homens, de perna aberta. E, quando mulheres, continuam com as pernas fechadas", comenta.
Outro mito bastante comum é o de que o desejo sexual diminui com o passar dos anos. De acordo com Risman, a questão do desejo sexual está muito ligada, sobretudo acima dos 50 anos, a experiências anteriores. "Se o indivíduo aproveitou momentos bons na sua vida sexual, o desejo continua. Mas se viveu momentos desagradáveis, há uma diminuição", compara.
A comprovação de que o desejo sexual não morre com o tempo, Risman teve dentro de casa. Devido a um câncer, sua mãe, de 65 anos, foi submetida a uma cirurgia para retirar o intestino e tanto o ânus quanto a vagina foram fechados. Mesmo assim, ela perguntou ao filho se ela estava com algum problema por sentir desejo sexual. "Respondi a ela que não. Pelo contrário. Energia sexual é vida. O tesão é de cima para baixo, ou seja, começa na cabeça. Minha mãe sempre teve uma vida sexual saudável, então é normal ela sentir essa falta", ressalta.
Segundo Risman, é possível explorar esse desejo através da sexualidade, que se expande com o tempo. Após os 50, o coito já não é o principal. Prevalece a vontade de estar junto, o toque e o carinho. "Costumo dizer que a penetração é o fim da festa. E em uma comemoração, o melhor são os preparativos", compara.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7551
Brinquedos sexuais
Brinquedos sexuais
Consultora sensual mostra maneiras divertidas de apimentar o sexo
Por Ilana Ramos
04/04/2011
Vibradores, ovinhos, estimuladores. A variedade de artigos sexuais está cada vez mais rica e acessível, até mesmo para aqueles que já passaram dos 50 anos. Quebrando tabus e preconceitos, mulheres de todas as faixas etárias têm aproveitado e explorado cada vez mais o seu próprio corpo em busca do prazer usando, para isso, brinquedos e acessórios que prometem apimentar o sexo – mesmo sem parceiro.
Você já viu o filme “De pernas pro ar”, do diretor Roberto Santucci e estrelado por Ingrid Guimarães? Se sim, sabe que é um filme hilário sobre uma executiva que, do dia pra noite, perde o emprego e o marido e decide ajudar sua vizinha a salvar uma sex shop falida. O que nem todos sabem é que essa comédia é inspirada na vida de Érica Rambalde, Consultora Sensual da loja Sexy Delícia. Conversamos um pouco com ela para saber como as mulheres com mais de 50 têm usado esses artigos para se divertir.
Por que uma sex shop precisa ser necessariamente uma loja vulgar? Se o sexo é uma diversão, uma forma especial de se conhecer e conhecer seu parceiro, o uso dos acessórios deve ser, também, uma maneira divertida de estimular o prazer. “Falta orientar o público, mostrar o mercado de outra maneira, de uma forma mais agradável, bonita e informativa. Levar a brincadeira com bom humor”, comenta Érica.
De acordo com a consultora, as mulheres ainda são as que mais frequentam lojas sensuais. “A mulher usa mais os sentidos. Ela é detalhista, quer ver, sentir, cheirar. Ela quer orientação, dica, bater papo. O homem é naturalmente mais prático e objetivo, gosta de comprar pela internet. Ele pesquisa o que quer, compra e usa”, diz Érica. “Mas ainda vai muito casal pra loja. Quem experimenta os produtos uma única vez que seja, vira usuário fiel”, promete.
Que produtos? Bem, a variedade é enorme. Tem de todos os tipos, formatos, tamanhos, pra atender a todos os gostos. Tem brinquedos para as preliminares, para usar sozinho ou com o parceiro. “As mulheres maduras são mais adeptas aos acessórios sexuais do que as mais jovens. Por elas já serem sexualmente desenvolvidas, já conhecem melhor seu próprio corpo e o que lhes causa prazer, não têm mais tanto constrangimento e sabe exatamente o que querem. Os vibradores ainda são os itens mais pedidos”, conta Rambalde.
Além da sensualidade envolvida no uso dos brinquedos sexuais, eles ainda trazem benefícios à saúde. A consultora explica que “acessórios ligados ao pompoarismo são ótimos, especialmente para as mulheres mais maduras, porque trabalham a musculatura pélvica, prevenindo a incontinência urinária, flacidez do músculo e ainda trazem a vantagem de melhorar a sensação de prazer, tanto dela quanto dele”.
Pra tudo tem uma primeira vez. Quem nunca usou nenhum tipo de acessório está perdendo uma ótima oportunidade de inovar e de mudar a rotina. “O primeiro passo para quem quer experimentar brinquedos sexuais é ter bom humor, que é sempre um quebra-gelo. Quem vai usar um artigo pela primeira vez, tem que testar inicialmente sozinha, pra entendê-lo, ver como ele se adapta ao seu corpo e às suas necessidades de prazer”, aconselha Érica.
Para conseguir usar os acessórios e dar uma reviravolta geral na sua vida sexual, a mulher deve, primeiro, se conhecer. “A masturbação é a melhor maneira para isso. Quando a mulher passa a se conhecer, ela começa a abrir a cabeça para outras coisas que podem lhe dar prazer. Para quem está começando, recomendo os acessórios menores, como o vibrador de dedo e o Bullet ou Ovinho, que é um artigo bem divertido, que trabalha a musculatura e estimula o prazer feminino. Esse brinquedo é um ovo que tem acoplado a ele um fio com um controle remoto para regulagem de intensidade de vibração. É uma ótima pedida para aquelas mulheres que têm parceiros que ficam a noite inteira com o controle remoto da televisão vendo o jogo. Dê o do Bullet pra ele”, ri a consultora.
Se você achar que vibrador é muito pra quem nunca fez nada, não se preocupe. De acordo com Érica, ainda existem inúmeras outras maneiras de complementar o sexo. “Géis, cápsulas, óleos de várias cores e sabores, que esquentam e esfriam. Ainda existe um brinquedinho chamado anel de compromisso, que é um anel vibratório que se coloca no pênis do homem que vibra e proporciona prazer aos dois”, sugere ela.
Depois de testado e aprovado, o receio fica em apresentar o brinquedo ao parceiro. Érica ainda sugere que, “para casais que nunca usaram nenhum tipo de acessório, é bom levar, no começo, coisas discretas, que não possuam aparência de pênis, o que acabaria chocando ou intimidando o parceiro. Não se esqueça, também, de levar a coisa com muito bom humor, faça piada, brinque. Tudo que for usado para aumentar a intimidade do casal, melhora a relação como um todo. Essa é a vantagem dos acessórios: eles proporcionam uma excelente oportunidade de descoberta do outro”, finaliza a consultora.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=8212
Consultora sensual mostra maneiras divertidas de apimentar o sexo
Por Ilana Ramos
04/04/2011
Vibradores, ovinhos, estimuladores. A variedade de artigos sexuais está cada vez mais rica e acessível, até mesmo para aqueles que já passaram dos 50 anos. Quebrando tabus e preconceitos, mulheres de todas as faixas etárias têm aproveitado e explorado cada vez mais o seu próprio corpo em busca do prazer usando, para isso, brinquedos e acessórios que prometem apimentar o sexo – mesmo sem parceiro.
Você já viu o filme “De pernas pro ar”, do diretor Roberto Santucci e estrelado por Ingrid Guimarães? Se sim, sabe que é um filme hilário sobre uma executiva que, do dia pra noite, perde o emprego e o marido e decide ajudar sua vizinha a salvar uma sex shop falida. O que nem todos sabem é que essa comédia é inspirada na vida de Érica Rambalde, Consultora Sensual da loja Sexy Delícia. Conversamos um pouco com ela para saber como as mulheres com mais de 50 têm usado esses artigos para se divertir.
Por que uma sex shop precisa ser necessariamente uma loja vulgar? Se o sexo é uma diversão, uma forma especial de se conhecer e conhecer seu parceiro, o uso dos acessórios deve ser, também, uma maneira divertida de estimular o prazer. “Falta orientar o público, mostrar o mercado de outra maneira, de uma forma mais agradável, bonita e informativa. Levar a brincadeira com bom humor”, comenta Érica.
De acordo com a consultora, as mulheres ainda são as que mais frequentam lojas sensuais. “A mulher usa mais os sentidos. Ela é detalhista, quer ver, sentir, cheirar. Ela quer orientação, dica, bater papo. O homem é naturalmente mais prático e objetivo, gosta de comprar pela internet. Ele pesquisa o que quer, compra e usa”, diz Érica. “Mas ainda vai muito casal pra loja. Quem experimenta os produtos uma única vez que seja, vira usuário fiel”, promete.
Que produtos? Bem, a variedade é enorme. Tem de todos os tipos, formatos, tamanhos, pra atender a todos os gostos. Tem brinquedos para as preliminares, para usar sozinho ou com o parceiro. “As mulheres maduras são mais adeptas aos acessórios sexuais do que as mais jovens. Por elas já serem sexualmente desenvolvidas, já conhecem melhor seu próprio corpo e o que lhes causa prazer, não têm mais tanto constrangimento e sabe exatamente o que querem. Os vibradores ainda são os itens mais pedidos”, conta Rambalde.
Além da sensualidade envolvida no uso dos brinquedos sexuais, eles ainda trazem benefícios à saúde. A consultora explica que “acessórios ligados ao pompoarismo são ótimos, especialmente para as mulheres mais maduras, porque trabalham a musculatura pélvica, prevenindo a incontinência urinária, flacidez do músculo e ainda trazem a vantagem de melhorar a sensação de prazer, tanto dela quanto dele”.
Pra tudo tem uma primeira vez. Quem nunca usou nenhum tipo de acessório está perdendo uma ótima oportunidade de inovar e de mudar a rotina. “O primeiro passo para quem quer experimentar brinquedos sexuais é ter bom humor, que é sempre um quebra-gelo. Quem vai usar um artigo pela primeira vez, tem que testar inicialmente sozinha, pra entendê-lo, ver como ele se adapta ao seu corpo e às suas necessidades de prazer”, aconselha Érica.
Para conseguir usar os acessórios e dar uma reviravolta geral na sua vida sexual, a mulher deve, primeiro, se conhecer. “A masturbação é a melhor maneira para isso. Quando a mulher passa a se conhecer, ela começa a abrir a cabeça para outras coisas que podem lhe dar prazer. Para quem está começando, recomendo os acessórios menores, como o vibrador de dedo e o Bullet ou Ovinho, que é um artigo bem divertido, que trabalha a musculatura e estimula o prazer feminino. Esse brinquedo é um ovo que tem acoplado a ele um fio com um controle remoto para regulagem de intensidade de vibração. É uma ótima pedida para aquelas mulheres que têm parceiros que ficam a noite inteira com o controle remoto da televisão vendo o jogo. Dê o do Bullet pra ele”, ri a consultora.
Se você achar que vibrador é muito pra quem nunca fez nada, não se preocupe. De acordo com Érica, ainda existem inúmeras outras maneiras de complementar o sexo. “Géis, cápsulas, óleos de várias cores e sabores, que esquentam e esfriam. Ainda existe um brinquedinho chamado anel de compromisso, que é um anel vibratório que se coloca no pênis do homem que vibra e proporciona prazer aos dois”, sugere ela.
Depois de testado e aprovado, o receio fica em apresentar o brinquedo ao parceiro. Érica ainda sugere que, “para casais que nunca usaram nenhum tipo de acessório, é bom levar, no começo, coisas discretas, que não possuam aparência de pênis, o que acabaria chocando ou intimidando o parceiro. Não se esqueça, também, de levar a coisa com muito bom humor, faça piada, brinque. Tudo que for usado para aumentar a intimidade do casal, melhora a relação como um todo. Essa é a vantagem dos acessórios: eles proporcionam uma excelente oportunidade de descoberta do outro”, finaliza a consultora.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=8212
Síndrome de Excitación Sexual Permanente
Síndrome de Excitación Sexual Permanente
Se trata de mujeres que se excitan fácilmente y ante cualquier situación, y que puede durar un largo período de tiempo. Sin embargo, este concepto no está aceptado universalmente, y correspondería a lo que antiguamente, en el lenguaje popular, se llamaba “Fiebre Uterina”. Se ha definido como Síndrome de Excitación Sexual Permanente a una excitación genital que aparece de pronto y además es persistente; la cual puede estar o no acompañada de orgasmos. Y al contrario de lo que suele creerse, no estaría relacionado con ningún tipo de deseo sexual.
Sin embargo, a juicio del gineco-obstetra, especialista en sexualidad humana, Dr. Pedro Escudero, este concepto no es aceptado universalmente. Y aclara que corresponde a lo que antiguamente, en el lenguaje popular, se llamaba “Fiebre Uterina”. Pero lo cierto es que la intensidad y/ o frecuencia sexual de cada persona, será negativa, sólo cuando se vean afectadas sus relaciones interpersonales, de pareja y sociales, entre otras.
“Este concepto de Síndrome de Excitación Sexual Permanente no es aceptado unánimemente, porque la intensidad y la frecuencia del deseo sexual ofrece una gran gama de variaciones de una persona a otra, sin que por ello, estén fuera de lo denominado normal.
Casos patológicos
Existen casos patológicos o clasificados fuera de lo normal, pero - según indica el facultativo -, son muy excepcionales. Según él, éstos se pueden dar en algunas mujeres que presentan tumores ováricos o suprarrenales productores de elevados niveles de andrógenos (hormonas masculinas) que tienden a provocar excitación sexual. Cabe señalar que toda mujer normal produce andrógenos, aunque en cantidades menores.
“Hay algunos tumores que estimulan una excesiva producción de andrógenos y ello puede llevar a un aumento desmedido del deseo sexual. Habitualmente, esto se acompaña de signos externos de virilización como aumento del vello corporal en general, aumento del tamaño del clítoris y disminución de algunos caracteres sexuales femeninos secundarios. Estas mujeres se relacionan con un antiguo dicho español que dice: ´Mujer con bozo, amor sabroso´. Lo que da a entender que la mujer que tiene un exceso de vellos es más apasionada en lo sexual”, indica.
Sin embargo, el profesional aclara que en la gran mayoría de los casos, el exceso de vellos no corresponde necesariamente a un aumento de hormonas masculinas, sino pieles que responden más intensamente a niveles normales de hormonas. Y por tanto, no se relaciona necesariamente con una mayor intensidad del deseo sexual.
La segunda causa de un aumento patológico del deseo sexual, son algunas psicopatías. A juicio del ginecólogo, la exacerbación del deseo sexual se puede dar en personas bipolares durante los periodos maniacos, en algunas esquizofrenias u otras personalidades psicopáticas.
“Para estos casos, existen diferentes tratamientos, ya sean quirúrgicos, medicamentosos y psiquiátricos según determine el especialista.
Pero dejando de lado estas dos condiciones, que son excepcionales, el resto pertenece a la gama de las variaciones personales. Así como hay personas que piensan en comida todo el día y otras comen sólo para vivir, lo mismo ocurre con el deseo sexual. Hay quienes tienen una disposición intensa hacia la sexualidad, otras mediana y otras baja”, aclara el doctor.
Pero, ¿hasta dónde está el límite de lo normal?
A juicio del especialista en sexualidad, el término “normal” prácticamente ya no se usa, porque es inadecuado. “Lo importante es que ese deseo sexual –ya sea alto, mediano o bajo-, no le complique la vida a la persona, ni a su entorno. Entonces, la normalidad o anormalidad está dada en relación a si le afecta positiva o negativamente en su vida, en sus relaciones de pareja, sociales y laborales, entre otras”, especifica.
A modo de ejemplo indica que si una mujer que siente deseos sexuales durante todo el día y todos los días del mes y a causa de ello no puede mantener una vida de pareja, ni trabajar, ni relacionarse socialmente, obviamente está en problemas y estaría dentro de la psicopatía. Pero si al contrario, esa intensidad de deseo sexual no la afecta en forma negativa, no hay inconvenientes. Estaría dentro de “su normalidad”.
“En resumen, la ´normalidad´ o ´anormalidad´ está asociado al grado de complicaciones que eso le incorpore a la vida de la persona, en sus relaciones de pareja, sociales, laborales. Y en su propia paz interior y sentido de la vida. Esto último, que quizás sea lo más importante de todo, tiene que ver más con aspectos culturales, valóricos y religiosos que con lo propiamente médico. Es por ello que en el último Congreso Europeo de Sexología –que fue en abril pasado-, cuando se trató el tema de Hiperactividad sexual o Hipoactividad sexual -dejando fuera los casos de hiper (o hipo) androgenismo o de sicopatía-, fue abordado sólo desde el punto de vista de las complicaciones que eso le trae a la persona en su diario vivir”, concluye.
http://www.hoycorrientes.com/vernota.asp?id_noticia=48841
Se trata de mujeres que se excitan fácilmente y ante cualquier situación, y que puede durar un largo período de tiempo. Sin embargo, este concepto no está aceptado universalmente, y correspondería a lo que antiguamente, en el lenguaje popular, se llamaba “Fiebre Uterina”. Se ha definido como Síndrome de Excitación Sexual Permanente a una excitación genital que aparece de pronto y además es persistente; la cual puede estar o no acompañada de orgasmos. Y al contrario de lo que suele creerse, no estaría relacionado con ningún tipo de deseo sexual.
Sin embargo, a juicio del gineco-obstetra, especialista en sexualidad humana, Dr. Pedro Escudero, este concepto no es aceptado universalmente. Y aclara que corresponde a lo que antiguamente, en el lenguaje popular, se llamaba “Fiebre Uterina”. Pero lo cierto es que la intensidad y/ o frecuencia sexual de cada persona, será negativa, sólo cuando se vean afectadas sus relaciones interpersonales, de pareja y sociales, entre otras.
“Este concepto de Síndrome de Excitación Sexual Permanente no es aceptado unánimemente, porque la intensidad y la frecuencia del deseo sexual ofrece una gran gama de variaciones de una persona a otra, sin que por ello, estén fuera de lo denominado normal.
Casos patológicos
Existen casos patológicos o clasificados fuera de lo normal, pero - según indica el facultativo -, son muy excepcionales. Según él, éstos se pueden dar en algunas mujeres que presentan tumores ováricos o suprarrenales productores de elevados niveles de andrógenos (hormonas masculinas) que tienden a provocar excitación sexual. Cabe señalar que toda mujer normal produce andrógenos, aunque en cantidades menores.
“Hay algunos tumores que estimulan una excesiva producción de andrógenos y ello puede llevar a un aumento desmedido del deseo sexual. Habitualmente, esto se acompaña de signos externos de virilización como aumento del vello corporal en general, aumento del tamaño del clítoris y disminución de algunos caracteres sexuales femeninos secundarios. Estas mujeres se relacionan con un antiguo dicho español que dice: ´Mujer con bozo, amor sabroso´. Lo que da a entender que la mujer que tiene un exceso de vellos es más apasionada en lo sexual”, indica.
Sin embargo, el profesional aclara que en la gran mayoría de los casos, el exceso de vellos no corresponde necesariamente a un aumento de hormonas masculinas, sino pieles que responden más intensamente a niveles normales de hormonas. Y por tanto, no se relaciona necesariamente con una mayor intensidad del deseo sexual.
La segunda causa de un aumento patológico del deseo sexual, son algunas psicopatías. A juicio del ginecólogo, la exacerbación del deseo sexual se puede dar en personas bipolares durante los periodos maniacos, en algunas esquizofrenias u otras personalidades psicopáticas.
“Para estos casos, existen diferentes tratamientos, ya sean quirúrgicos, medicamentosos y psiquiátricos según determine el especialista.
Pero dejando de lado estas dos condiciones, que son excepcionales, el resto pertenece a la gama de las variaciones personales. Así como hay personas que piensan en comida todo el día y otras comen sólo para vivir, lo mismo ocurre con el deseo sexual. Hay quienes tienen una disposición intensa hacia la sexualidad, otras mediana y otras baja”, aclara el doctor.
Pero, ¿hasta dónde está el límite de lo normal?
A juicio del especialista en sexualidad, el término “normal” prácticamente ya no se usa, porque es inadecuado. “Lo importante es que ese deseo sexual –ya sea alto, mediano o bajo-, no le complique la vida a la persona, ni a su entorno. Entonces, la normalidad o anormalidad está dada en relación a si le afecta positiva o negativamente en su vida, en sus relaciones de pareja, sociales y laborales, entre otras”, especifica.
A modo de ejemplo indica que si una mujer que siente deseos sexuales durante todo el día y todos los días del mes y a causa de ello no puede mantener una vida de pareja, ni trabajar, ni relacionarse socialmente, obviamente está en problemas y estaría dentro de la psicopatía. Pero si al contrario, esa intensidad de deseo sexual no la afecta en forma negativa, no hay inconvenientes. Estaría dentro de “su normalidad”.
“En resumen, la ´normalidad´ o ´anormalidad´ está asociado al grado de complicaciones que eso le incorpore a la vida de la persona, en sus relaciones de pareja, sociales, laborales. Y en su propia paz interior y sentido de la vida. Esto último, que quizás sea lo más importante de todo, tiene que ver más con aspectos culturales, valóricos y religiosos que con lo propiamente médico. Es por ello que en el último Congreso Europeo de Sexología –que fue en abril pasado-, cuando se trató el tema de Hiperactividad sexual o Hipoactividad sexual -dejando fuera los casos de hiper (o hipo) androgenismo o de sicopatía-, fue abordado sólo desde el punto de vista de las complicaciones que eso le trae a la persona en su diario vivir”, concluye.
http://www.hoycorrientes.com/vernota.asp?id_noticia=48841
Assinar:
Postagens (Atom)