Entre quatro paredes
O que realmente acontece na cama? As verdades que os manuais de auto-ajuda não contam
18/12/2009
*Por Maria Helena Matarazzo
No reino da fantasia, não há espaço para ansiedade, medo de engravidar, falta de desejo ou dificuldade de se entregar. No mundo real, a história é bem diferente - as dificuldades existem e o prazer está intimamente ligado à capacidade de se comunicar. Tentar ser um bom amante sem isso é praticar tiro ao alvo de olhos vendados.
Num mundo sexual imaginário, nunca nada machuca, nada arranha, nada fere, ninguém fica ansioso, cansado, tem medo de engravidar. Nesse reino de imaginação, nunca nada dá errado, tudo sempre se encaixa com perfeição, ereções sempre acontecem, orgasmos são fáceis. O desejo é constante, a camisinha não atrapalha e as pessoas se entregam com a maior facilidade.
Na vida real não é bem assim. O que de fato acontece na cama tem muito pouco a ver com o que está na literatura erótica, nos manuais de sexologia, nos filmes de Hollywood.
Existem muitos livros que dizem o que se deveria estar fazendo na cama e, além do mais, existe agora até CD-room erótico. Entretanto, é muito mais importante saber o que as pessoas estão fazendo, pensando e sentindo de verdade. Será que a única coisa que conta é a quantidade? Será que menos sexo significa menos intimidade ou será que certos casais descobriram outras maneiras de manifestar sua intimidade sem precisar ter "x" orgasmos por semana? Será que o vínculo depende de quantas relações sexuais cada um está tendo ou da qualidade dessas relações? E, numa relação a dois, quando se fala sobre isso?
Como disse a sexóloga americana Helen Kaplan, tentar ser um bom amante sem se comunicar é a mesma coisa que tentar aprender tiro ao alvo com uma venda nos olhos. Mas tirar essa venda significa perceber nossas expectativas sexuais reais e irreais e também poder falar sobre elas. Um homem pode sonhar com ter relações sexuais todos os dias e, de repente, descobrir que seu apetite sexual não vai além de uma ou duas vezes por semana e que seu desempenho não é tão magnífico assim. Uma mulher pode ter imaginado que bastava bater palmas e dizer "Abra-te, Sésamo" para ter uma relação.
Acontece que cada um é como é, diferente um do outro. Não gostamos todos das mesmas coisas, não queremos as mesmas coisas nem construímos as mesmas fantasias. Não. O nível de energia sexual ou de fome não segue um padrão. Por isso, é muito importante separar sexo de verdade de sexo de mentira, realidade de sonho. Fantasia é aquilo que acontece na nossa cabeça. Realidade é o que acontece em nossa cama.
Quando se pensa em sexo de verdade, se sabe que praticamente todas as pessoas tiveram, feliz ou infelizmente, alguma experiência inesquecível. Muito ou pouco sexo, bom ou mau, ou algo entre os dois extremos. De algum modo, todos escondem alguma coisa.
Cada segredo sexual é diferente do outro. O único denominador comum é que cada pessoa parece ter um. Algumas pessoas escondem sentimentos e desejos ("Sinto uma vontade inconfessável de transar com..."), outros escondem comportamentos, outros ainda mantêm segredo sobre sua biografia sexual. Um homem pode querer que ninguém saiba que ele teve uma caso, uma mulher pode não querer que seu parceiro saiba que ela está fingindo ter orgasmos e, sobretudo, ninguém quer que os outros saibam seus dilemas sexuais.
É verdade que se fazem muitas piadas e insinuações sobre o assunto, mas, mesmo quando se conversa, a maioria das pessoas faz somente alusões. Ninguém se sente muito à vontade contando seus medos, desapontamentos ou segredos sexuais. Para se proteger de uma hiperexposição, a maioria conta sua história sexual aos poucos, aos pedaços, aos sussurros.
Por quê? As pessoas se sentem vulneráveis quando falam de sexo. É difícil confessar. Por isso, umas inventam, outras se calam. Quem cresceu antes da revolução sexual dos anos 60 só se abre quando confia muito. Quem cresceu durante a revolução pode querer saber detalhes, mas por outro lado pode ter medo de perguntar.
A verdade é que ninguém tem sexo no vácuo. Cada vez que nos envolvemos numa relação, levamos conosco nossos medos, nossas fantasias, nossas experiências passadas. Mas só penetrando na realidade se penetra no outro.
*Maria Helena Matarazzo é sexóloga e autora de Namorantes, da Editora Mandarim.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=7647
terça-feira, 19 de abril de 2011
Desejo feminino
Desejo feminino
Além dos hormônios, estudo mostra os distúrbios que afetam a sexualidade e a libido das mulheres
Por Maria Fernanda Schardong
02/03/2010
Uma dor de cabeça repentina, um mal estar sem justificativa, a preocupação com a mãe doente, os filhos que não chegam, a reunião no dia seguinte. A lista de desculpas para evitar o sexo cresce na mesma proporção que o número de mulheres que sofrem do Distúrbio do Desejo Sexual Hipoativo, alertam pesquisadores europeus. A boa notícia é que é possível identificar e tratar o problema que pode trazer prejuízos emocionais também para os homens.
O estudo denominado DESIRE (em português, Desejo e seus Efeitos sobre a Sexualidade Feminina incluindo Relacionamentos) identificou 7.542 mulheres entre 18 e 88 anos, da França, Itália, Alemanha, Espanha e Reino Unido, com baixo desejo sexual e desconfortos associados ao sexo. Desse total, 5.098 participaram do resultado final da análise, que foi apresentada na edição de 2010 da reunião anual da Sociedade Internacional para o Estudo da Saúde Sexual da Mulher (ISSWSH), na Flórida, EUA.
As participantes do estudo foram questionadas sobre uma série de atitudes e comportamentos ligados às suas experiências de baixo desejo sexual. Os relatórios de frequência e nível de desejo sexual nos últimos 12 meses foram significativamente correlacionados com os relatórios do nível de angústia sobre o baixo apetite sexual e com cada uma dessas respostas negativas. Grande parte das mulheres relatou a experimentação, frequentemente ou sempre, durante os três meses anteriores, de emoções negativas como a insatisfação com o sexo, a culpa sobre as dificuldades sexuais e a angústia diante da vida sexual que levavam.
Para a especialista em Sexualidade e membro do Centro de Estudos e Pesquisas do Comportamento e Sexualidade (CEPCOS), Márcia Atik, a falta de apetite sexual, definitivamente, tem muito mais causas emocionais e culturais do que qualquer outra razão. “Não dá para negar que, depois de certa idade, mudanças físicas ocorrem. Porém, elas não precisam interferir diretamente no desejo pelo parceiro. Quando isso ocorre, não tenho dúvida que as causas são muito mais emocionais e culturais. Sabemos que quando a mulher tem autonomia sobre o seu corpo e desejo e mantém uma relação afetiva de qualidade, ela terá todas as respostas sexuais íntegras, independentemente da idade”, afirma ela.
O que a maioria das mulheres que sofre desse distúrbio quer ouvir é que os hormônios podem ser os grandes vilões dessa história. Porém, os distúrbios hormonais constituem a menor parte do problema. "Historicamente, a mulher se vê mais mulher quando tem capacidade de procriar. Mas isso não é verdade, e a maioria sabe. Entretanto, o tabu da menopausa, ligado à mulher que já cumpriu seu papel de mãe e mulher, acaba impedindo o sexo feminino de dar continuidade a uma vida sexual satisfatória. Sem falar na faixa etária dos 50 que ainda é fruto de uma geração onde o sexo era tratado como necessidade masculina e obrigação feminina”, explica e sexóloga.
Fugir do sexo nunca é a melhor opção. Uma conversa franca e aberta com o parceiro, a ajuda de um profissional capacitado e até um bate-papo entre amigas pode facilitar o entendimento debaixo dos lençóis. “Em casos mais graves, acompanhamento psicológico e tratamentos hormonais podem até ser indicados. Porém, conversas informais entre amigas e, principalmente, com um parceiro que a valorize e reconheça seu potencial faz com que a mulher reverta essa dificuldade e refaça seu caminho em busca de sua sexualidade prazerosa”, aconselha Márcia.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7771
Além dos hormônios, estudo mostra os distúrbios que afetam a sexualidade e a libido das mulheres
Por Maria Fernanda Schardong
02/03/2010
Uma dor de cabeça repentina, um mal estar sem justificativa, a preocupação com a mãe doente, os filhos que não chegam, a reunião no dia seguinte. A lista de desculpas para evitar o sexo cresce na mesma proporção que o número de mulheres que sofrem do Distúrbio do Desejo Sexual Hipoativo, alertam pesquisadores europeus. A boa notícia é que é possível identificar e tratar o problema que pode trazer prejuízos emocionais também para os homens.
O estudo denominado DESIRE (em português, Desejo e seus Efeitos sobre a Sexualidade Feminina incluindo Relacionamentos) identificou 7.542 mulheres entre 18 e 88 anos, da França, Itália, Alemanha, Espanha e Reino Unido, com baixo desejo sexual e desconfortos associados ao sexo. Desse total, 5.098 participaram do resultado final da análise, que foi apresentada na edição de 2010 da reunião anual da Sociedade Internacional para o Estudo da Saúde Sexual da Mulher (ISSWSH), na Flórida, EUA.
As participantes do estudo foram questionadas sobre uma série de atitudes e comportamentos ligados às suas experiências de baixo desejo sexual. Os relatórios de frequência e nível de desejo sexual nos últimos 12 meses foram significativamente correlacionados com os relatórios do nível de angústia sobre o baixo apetite sexual e com cada uma dessas respostas negativas. Grande parte das mulheres relatou a experimentação, frequentemente ou sempre, durante os três meses anteriores, de emoções negativas como a insatisfação com o sexo, a culpa sobre as dificuldades sexuais e a angústia diante da vida sexual que levavam.
Para a especialista em Sexualidade e membro do Centro de Estudos e Pesquisas do Comportamento e Sexualidade (CEPCOS), Márcia Atik, a falta de apetite sexual, definitivamente, tem muito mais causas emocionais e culturais do que qualquer outra razão. “Não dá para negar que, depois de certa idade, mudanças físicas ocorrem. Porém, elas não precisam interferir diretamente no desejo pelo parceiro. Quando isso ocorre, não tenho dúvida que as causas são muito mais emocionais e culturais. Sabemos que quando a mulher tem autonomia sobre o seu corpo e desejo e mantém uma relação afetiva de qualidade, ela terá todas as respostas sexuais íntegras, independentemente da idade”, afirma ela.
O que a maioria das mulheres que sofre desse distúrbio quer ouvir é que os hormônios podem ser os grandes vilões dessa história. Porém, os distúrbios hormonais constituem a menor parte do problema. "Historicamente, a mulher se vê mais mulher quando tem capacidade de procriar. Mas isso não é verdade, e a maioria sabe. Entretanto, o tabu da menopausa, ligado à mulher que já cumpriu seu papel de mãe e mulher, acaba impedindo o sexo feminino de dar continuidade a uma vida sexual satisfatória. Sem falar na faixa etária dos 50 que ainda é fruto de uma geração onde o sexo era tratado como necessidade masculina e obrigação feminina”, explica e sexóloga.
Fugir do sexo nunca é a melhor opção. Uma conversa franca e aberta com o parceiro, a ajuda de um profissional capacitado e até um bate-papo entre amigas pode facilitar o entendimento debaixo dos lençóis. “Em casos mais graves, acompanhamento psicológico e tratamentos hormonais podem até ser indicados. Porém, conversas informais entre amigas e, principalmente, com um parceiro que a valorize e reconheça seu potencial faz com que a mulher reverta essa dificuldade e refaça seu caminho em busca de sua sexualidade prazerosa”, aconselha Márcia.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7771
Estudo mostra os efeitos do suor masculino sobre as mulheres
Poder dos homens
Estudo mostra os efeitos do suor masculino sobre as mulheres
Por Andrea Guedes
19/01/2010
Amor, desejo, preocupação, dor de cabeça. Esses são efeitos, já conhecidos, causados pelos homens nas mulheres. Porém, eles não param por aí. Um estudo norte-americano revelou que os feromônios presentes no suor masculino podem reduzir a tensão, relaxar e até mesmo afetar o ciclo menstrual.
Embora seja um tema amplamente discutido no meio científico, ainda se sabe muito pouco sobre a ação dos feromônios no ser humano. Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Ricardo Meirelles, a substância, produzida pelo corpo, teria a função de atrair o sexo oposto por meio do sistema olfativo. "O feromônio não tem odor e atua no outro sem ele ter noção disso", explica Meirelles. Ele acrescenta que, no mundo animal, a secreção tem um papel definido. A fêmea, por exemplo, libera o feromônio para atrair o macho para o acasalamento.
Feromônio origina-se das palavras gregas phero, que significa "transportar", e "(hor)mônio". Meirelles explica que, assim como os hormônios, os feromônios são mensageiros químicos mas, em vez de atuar no organismo do próprio indivíduo, eles agem na outra pessoa.
Para realizar a pesquisa, cientistas da Universidade da Pensilvânia e do Monell Chemical Senses Center coletaram o suor das axilas de voluntários, que se banharam com sabão neutro e não utilizaram desodorante por quatro semanas antes do teste. As amostras, mescladas e sem odor, foram aplicadas abaixo do nariz de 18 mulheres, com idade entre 25 e 25 anos. As participantes imaginavam que tratava-se de teste para álcool, perfume e ceras para piso.
Após seis horas expostas à secreção, as voluntárias avaliaram o humor utilizando uma escala fixa. "Para nossa surpresa, as mulheres se sentiram mais relaxadas com o suor masculino", explicou Charles J. Wysocki, um dos autores do estudo. Outros grupos de mulheres foram submetidos a substâncias que não continham os feromônios, como o etanol. Nessas pessoas não foram constatadas alterações relevantes.
Além da melhora no bom-humor e a redução da tensão, também verificou-se nas participantes um aumento do hormônio luteínico, ligado ao ciclo menstrual. "Há muito tempo sabemos que os feromônios femininos podem afetar o ciclo menstrual de outras mulheres", disse George Preti, co-autor da pesquisa. "Mas esse estudo é o primeiro a documentar efeitos dos feromônios masculinos em mulheres."
Os pesquisadores acreditam que essas verificações podem levar ao tratamento da tensão pré-menstrual (TPM) e a novas terapias de fertilidade. Na opinião de Wysocki, o estudo também indica uma "comunicação química" entre os sexos. "Em um ambiente social, os feromônios podem facilitar o surgimento da atração sexual", afirmou. Eles pretendem estudar agora como os feromônios femininos podem afetar o humor masculino e outras funções.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7691
Estudo mostra os efeitos do suor masculino sobre as mulheres
Por Andrea Guedes
19/01/2010
Amor, desejo, preocupação, dor de cabeça. Esses são efeitos, já conhecidos, causados pelos homens nas mulheres. Porém, eles não param por aí. Um estudo norte-americano revelou que os feromônios presentes no suor masculino podem reduzir a tensão, relaxar e até mesmo afetar o ciclo menstrual.
Embora seja um tema amplamente discutido no meio científico, ainda se sabe muito pouco sobre a ação dos feromônios no ser humano. Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Ricardo Meirelles, a substância, produzida pelo corpo, teria a função de atrair o sexo oposto por meio do sistema olfativo. "O feromônio não tem odor e atua no outro sem ele ter noção disso", explica Meirelles. Ele acrescenta que, no mundo animal, a secreção tem um papel definido. A fêmea, por exemplo, libera o feromônio para atrair o macho para o acasalamento.
Feromônio origina-se das palavras gregas phero, que significa "transportar", e "(hor)mônio". Meirelles explica que, assim como os hormônios, os feromônios são mensageiros químicos mas, em vez de atuar no organismo do próprio indivíduo, eles agem na outra pessoa.
Para realizar a pesquisa, cientistas da Universidade da Pensilvânia e do Monell Chemical Senses Center coletaram o suor das axilas de voluntários, que se banharam com sabão neutro e não utilizaram desodorante por quatro semanas antes do teste. As amostras, mescladas e sem odor, foram aplicadas abaixo do nariz de 18 mulheres, com idade entre 25 e 25 anos. As participantes imaginavam que tratava-se de teste para álcool, perfume e ceras para piso.
Após seis horas expostas à secreção, as voluntárias avaliaram o humor utilizando uma escala fixa. "Para nossa surpresa, as mulheres se sentiram mais relaxadas com o suor masculino", explicou Charles J. Wysocki, um dos autores do estudo. Outros grupos de mulheres foram submetidos a substâncias que não continham os feromônios, como o etanol. Nessas pessoas não foram constatadas alterações relevantes.
Além da melhora no bom-humor e a redução da tensão, também verificou-se nas participantes um aumento do hormônio luteínico, ligado ao ciclo menstrual. "Há muito tempo sabemos que os feromônios femininos podem afetar o ciclo menstrual de outras mulheres", disse George Preti, co-autor da pesquisa. "Mas esse estudo é o primeiro a documentar efeitos dos feromônios masculinos em mulheres."
Os pesquisadores acreditam que essas verificações podem levar ao tratamento da tensão pré-menstrual (TPM) e a novas terapias de fertilidade. Na opinião de Wysocki, o estudo também indica uma "comunicação química" entre os sexos. "Em um ambiente social, os feromônios podem facilitar o surgimento da atração sexual", afirmou. Eles pretendem estudar agora como os feromônios femininos podem afetar o humor masculino e outras funções.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7691
Três exercícios básicos que podem ajudar homens e mulheres a encontrar o prazer
À flor da pele
Três exercícios básicos que podem ajudar homens e mulheres a encontrar o prazer
da redação
05/01/2010
Técnica milenar oriental, o pompoarismo já conquistou milhares de adeptos, entre homens e mulheres, que desejam intensificar o próprio prazer sexual e ainda aumentar o do parceiro. Trata-se de uma série de exercícios que destinam-se ao fortalecimento da musculatura genital. "Tanto a mulher quanto o homem sentem um aumento muito grande da libido e chegam ao orgasmo com mais facilidade", garante Regina Racco, uma das maiores especialistas da técnica no país.
As origens do pompoar, algo relacionado a pulsar, se perdem no tempo. De acordo com Regina, sabe-se que a técnica surgiu no Oriente, com base em alusões de que mulheres faziam movimentos com a vagina. Em 1950, o médico americano Arnold Kegel passou a recomendar que suas pacientes fizessem mais de 400 contrações vaginais por dia. No entanto, Regina explica que Kegel estava equivocado porque o sucesso da técnica não se encontra na quantidade de repetições, mas na continuidade.
Com os músculos genitais fortalecidos, a mulher, além de aumentar o próprio prazer e o do parceiro, afasta o risco da incontinência urinária e do afrouxamento da região pélvica –causada por partos, infecções e pelo próprio passar dos anos. O pompoarismo pode ser feito por qualquer mulher, e os resultados são bons independente da idade. "Tive notícias de que uma senhora de 84 anos, que sofria de incontinência urinária, ficou curada depois que começou a pompoar", lembra Regina, que é Shiatsuterapeuta e ministra cursos de pompoarismo há 13 anos.
A especialista afirma que a mulher só toma consciência vaginal em dois momentos: durante uma relação sexual em que está bastante excitada, e quando pratica o pompoarismo. Uma vez que ela conheça a técnica, adquire a consciência e não perde mais. "Quando exercita os músculos vaginais, ela passa a voltar mais a atenção para o órgão genital. Geralmente, a maioria das mulheres deixa a vagina relaxada grande parte do tempo", explica a especialista.
Os homens também podem aprender a pompoar. Mas engana-se quem pensa que a técnica destina-se a alongar o pênis. "Com exercícios de manipulação e contração, o homem adquire um controle da ejaculação e aumenta a irrigação do órgão, intensificando o prazer sexual", garante Regina.
A presença do sexo masculino é grande nos cursos de pompoarismo, onde eles têm a oportunidade de conhecer melhor a região genital. Segundo a especialista, aqueles que treinam com seriedade podem até mesmo dissociar o orgasmo da ejaculação. "O homem pode ter relação sexual com a parceira durante horas sem ejacular, e tendo orgasmos secos", diz ela.
Exercícios para homens e mulheres
Para conhecer os músculos que são treinados no pompoarismo, tanto homens quanto mulheres podem fazer o seguinte exercício: ao urinar, a pessoa deve interromper o jato, contar até cinco, e soltar. Repetir três vezes. A especialista alerta que isso não é pompoarismo e pode ser feito por, no máximo, dois dias.
Veja, na próxima página, a série de três exercícios básicos que vão melhorar e fortalecer a musculatura vaginal.
1º exercício básico
Sente-se em uma cadeira (evite as poltronas), sua coluna tem que permanecer ligeiramente inclinada para frente, sem causar desconforto, mãos nos joelhos, pés paralelos, ligeiramente separados . Inspire contraindo os músculos da vagina, de forma elevatória, como se puxasse algo (contração elevatória) conte até 30 e relaxe expirando. Repita esse exercício por 3 a 5 vezes ou por até cinco minutos.
2º exercício básico
Em pé, braços ao longo do corpo, mantenha os pés paralelos e ligeiramente separados. Contraia as nádegas e tente uni-las ao máximo que puder. Conte até dez e relaxe. Repita 3 vezes. Ao contrair o músculo elevador do ânus (mea) conseguirá sentir a vagina contraída.
3º exercício básico
Em pé, contraia e relaxe a musculatura da vagina, como se estivesse pulsando, repita 30 pulsações rápidas e relaxe. São exercícios fáceis, que irão tonificar a musculatura vaginal. Já na primeira semana, você perceberá maior sensibilidade.
Continuando os exercícios, sua musculatura se fortalecerá.
Três exercícios básicos que podem ajudar homens e mulheres a encontrar o prazer
da redação
05/01/2010
Técnica milenar oriental, o pompoarismo já conquistou milhares de adeptos, entre homens e mulheres, que desejam intensificar o próprio prazer sexual e ainda aumentar o do parceiro. Trata-se de uma série de exercícios que destinam-se ao fortalecimento da musculatura genital. "Tanto a mulher quanto o homem sentem um aumento muito grande da libido e chegam ao orgasmo com mais facilidade", garante Regina Racco, uma das maiores especialistas da técnica no país.
As origens do pompoar, algo relacionado a pulsar, se perdem no tempo. De acordo com Regina, sabe-se que a técnica surgiu no Oriente, com base em alusões de que mulheres faziam movimentos com a vagina. Em 1950, o médico americano Arnold Kegel passou a recomendar que suas pacientes fizessem mais de 400 contrações vaginais por dia. No entanto, Regina explica que Kegel estava equivocado porque o sucesso da técnica não se encontra na quantidade de repetições, mas na continuidade.
Com os músculos genitais fortalecidos, a mulher, além de aumentar o próprio prazer e o do parceiro, afasta o risco da incontinência urinária e do afrouxamento da região pélvica –causada por partos, infecções e pelo próprio passar dos anos. O pompoarismo pode ser feito por qualquer mulher, e os resultados são bons independente da idade. "Tive notícias de que uma senhora de 84 anos, que sofria de incontinência urinária, ficou curada depois que começou a pompoar", lembra Regina, que é Shiatsuterapeuta e ministra cursos de pompoarismo há 13 anos.
A especialista afirma que a mulher só toma consciência vaginal em dois momentos: durante uma relação sexual em que está bastante excitada, e quando pratica o pompoarismo. Uma vez que ela conheça a técnica, adquire a consciência e não perde mais. "Quando exercita os músculos vaginais, ela passa a voltar mais a atenção para o órgão genital. Geralmente, a maioria das mulheres deixa a vagina relaxada grande parte do tempo", explica a especialista.
Os homens também podem aprender a pompoar. Mas engana-se quem pensa que a técnica destina-se a alongar o pênis. "Com exercícios de manipulação e contração, o homem adquire um controle da ejaculação e aumenta a irrigação do órgão, intensificando o prazer sexual", garante Regina.
A presença do sexo masculino é grande nos cursos de pompoarismo, onde eles têm a oportunidade de conhecer melhor a região genital. Segundo a especialista, aqueles que treinam com seriedade podem até mesmo dissociar o orgasmo da ejaculação. "O homem pode ter relação sexual com a parceira durante horas sem ejacular, e tendo orgasmos secos", diz ela.
Exercícios para homens e mulheres
Para conhecer os músculos que são treinados no pompoarismo, tanto homens quanto mulheres podem fazer o seguinte exercício: ao urinar, a pessoa deve interromper o jato, contar até cinco, e soltar. Repetir três vezes. A especialista alerta que isso não é pompoarismo e pode ser feito por, no máximo, dois dias.
Veja, na próxima página, a série de três exercícios básicos que vão melhorar e fortalecer a musculatura vaginal.
1º exercício básico
Sente-se em uma cadeira (evite as poltronas), sua coluna tem que permanecer ligeiramente inclinada para frente, sem causar desconforto, mãos nos joelhos, pés paralelos, ligeiramente separados . Inspire contraindo os músculos da vagina, de forma elevatória, como se puxasse algo (contração elevatória) conte até 30 e relaxe expirando. Repita esse exercício por 3 a 5 vezes ou por até cinco minutos.
2º exercício básico
Em pé, braços ao longo do corpo, mantenha os pés paralelos e ligeiramente separados. Contraia as nádegas e tente uni-las ao máximo que puder. Conte até dez e relaxe. Repita 3 vezes. Ao contrair o músculo elevador do ânus (mea) conseguirá sentir a vagina contraída.
3º exercício básico
Em pé, contraia e relaxe a musculatura da vagina, como se estivesse pulsando, repita 30 pulsações rápidas e relaxe. São exercícios fáceis, que irão tonificar a musculatura vaginal. Já na primeira semana, você perceberá maior sensibilidade.
Continuando os exercícios, sua musculatura se fortalecerá.
Os homens querem conversar. Saiba do que eles se queixam
Sexo no divã
Os homens querem conversar. Saiba do que eles se queixam
Por Andrea Guedes
21/08/2009
Lugar de sexo também é no divã, pregam os terapeutas sexuais, cada vez mais procurados por casais que buscam um bom entendimento embaixo dos lençois. Além de resolver as questões da cama, a terapia ajuda os parceiros a se conhecer melhor e conquistar mais intimidade. E, embora questões sexuais atinjam pessoas de todas as faixas etárias, os homens de meia idade são os que mais buscam a terapia, e levam suas companheiras.
A constatação é da psicóloga Martha Dias Murano, do Centro de Estudo e Pesquisa de Atendimento ao Idoso, em São Paulo. Segundo ela, quando o homem se depara com as primeiras mudanças decorrentes do envelhecimento, como uma ereção não tão rígida, já se assusta com a possibilidade de ser uma disfunção erétil e busca imediatamente ajuda.
Problemas de ereção e ejaculação precoce são os que levam boa parte dos homens ao divã. E, claro, suas parceiras. Elas, por sua vez, buscam a terapia para resolver questões como anorgasmia e dispareunia (dor durante a relação sexual), afirma Martha. De acordo com a psicóloga, na maioria das vezes as queixas sexuais oriundam de questões psicológicas, tabus e repressões na infância, além de problemas na própria relação.
"Muitos casais que convivem há bastante tempo acabam criando um abismo entre eles, em vez de aumentar a intimidade. Isso gera muitos conflitos que desembocam no sexo", destaca a especialista.
Intimidade é quase palavra de ordem, segundo Martha. O melhor caminho para a resolução de muitas questões sexuais. No consultório, ela estimula a conversa e o diálogo, para que sejam expostos os sentimentos e as insatisfações. Na maioria dos casos, as sessões ocorrem uma vez por semana. E os parceiros podem fazer juntos ou separados. Dependendo das questões levantadas, o tratamento pode durar de seis meses a dois anos.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7405
Os homens querem conversar. Saiba do que eles se queixam
Por Andrea Guedes
21/08/2009
Lugar de sexo também é no divã, pregam os terapeutas sexuais, cada vez mais procurados por casais que buscam um bom entendimento embaixo dos lençois. Além de resolver as questões da cama, a terapia ajuda os parceiros a se conhecer melhor e conquistar mais intimidade. E, embora questões sexuais atinjam pessoas de todas as faixas etárias, os homens de meia idade são os que mais buscam a terapia, e levam suas companheiras.
A constatação é da psicóloga Martha Dias Murano, do Centro de Estudo e Pesquisa de Atendimento ao Idoso, em São Paulo. Segundo ela, quando o homem se depara com as primeiras mudanças decorrentes do envelhecimento, como uma ereção não tão rígida, já se assusta com a possibilidade de ser uma disfunção erétil e busca imediatamente ajuda.
Problemas de ereção e ejaculação precoce são os que levam boa parte dos homens ao divã. E, claro, suas parceiras. Elas, por sua vez, buscam a terapia para resolver questões como anorgasmia e dispareunia (dor durante a relação sexual), afirma Martha. De acordo com a psicóloga, na maioria das vezes as queixas sexuais oriundam de questões psicológicas, tabus e repressões na infância, além de problemas na própria relação.
"Muitos casais que convivem há bastante tempo acabam criando um abismo entre eles, em vez de aumentar a intimidade. Isso gera muitos conflitos que desembocam no sexo", destaca a especialista.
Intimidade é quase palavra de ordem, segundo Martha. O melhor caminho para a resolução de muitas questões sexuais. No consultório, ela estimula a conversa e o diálogo, para que sejam expostos os sentimentos e as insatisfações. Na maioria dos casos, as sessões ocorrem uma vez por semana. E os parceiros podem fazer juntos ou separados. Dependendo das questões levantadas, o tratamento pode durar de seis meses a dois anos.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7405
O erotismo permanece: entenda e aproveite as mudanças no corpo depois dos 50 anos
Sexualidade em transição
O erotismo permanece: entenda e aproveite as mudanças no corpo depois dos 50 anos
11/12/2009
Por Ana Maria Heinsius*
Ainda hoje, apesar da chuva de informações, tem gente que pensa que a sexualidade acaba com a menopausa e alguns preconceituosos condenam a sexualidade das pessoas maiores, presos aos modelos televisivos de juventude e beleza. Logo agora, que tanto a mulher como o homem têm a oportunidade e o tempo de encontrar com calma e sem cobranças a satisfação sexual tão desejada?
O ato sexual é complexo, intervêm nele o corpo, a mente, os sentimentos, os preconceitos, os modelos sociais, etc. Podemos conservar a capacidade sexual por toda a vida, se o estado de saúde assim o permite. Mas é necessário destacar que essa sexualidade não será igual, pelo contrário, ela muda com o passar do tempo. Talvez a mudança maior seja da quantidade para a qualidade.
O encontro amoroso se torna mais duradouro, com mais tempo para as carícias, mais centrado no prazer de dar e receber, sem tanta urgência de penetração, sem obsessão pela ereção, o prazer da masturbação, os vídeos, os aparelhos, em fim, a imaginação.
Agora que os filhos saíram da casa, que não existem preocupações laborais ou econômicas, o casal deve encontrar um novo modelo de fazer sexo. Velhos símbolos eróticos (calcinha minúscula, baby-doll, etc.) serão substituídos pela confiança do parceiro que conhece e ama também o lado interior desse corpo que há tantos anos dorme ao seu lado.
Cada um sabe do que gosta e como, embora possam existir ainda preconceitos e tabus, que estará na hora de deixa-os de lado porque todo vale para atingir o orgasmo.
O tempo passa e o corpo muda, como já mudou na puberdade com aquela invasão de hormônios, agora se produzem também algumas mudanças e também os hormônios são os responsáveis.
No homem, podemos falar de uma "andropausa" ou climatério masculino: as ereções tornam-se mais lentas, precisando de mais estímulos para conseguí-las e o tempo entre uma e outra é mais prolongado, a ejaculação também se modifica em sua força e volume, em geral, o desejo sexual pode ter uma diminuição. Quando o homem reconhece estas mudanças e convive bem com elas, sabendo se desprender de velhas exigências, do medo de falhar, da preocupação com a performance e outros preconceitos arcaicos, sem dúvida continuará curtindo os prazeres do sexo.
A mulher pode se angustiar com a demora na ereção do companheiro, pode pensar que já não o excita como antes, pode se sentir insegura, às vezes, até evita jogos prévios por vergonha de mostrar seu corpo que mudou e não mais se encaixa nos padrões de beleza da revista Playboy.
Antigamente, se pensava que com a menopausa acabava a vida sexual da mulher. As mudanças fisiológicas, tais como dor no coito por causa da diminuição ou perda da lubrificação vaginal, adelgaçamento das paredes da vagina e diminuição da sensibilidade do clitóris (o grande órgão excitável do aparelho genital feminino), hoje em dia tem solução com dezenas de produtos especiais. Além desses produtos, vale prolongar os jogos preliminares ao coito e experimentar posições mais cômodas durante a penetração.
Às vezes, por causa da dor na relações sexuais (e a falta de informação) a mulher se afasta do sexo e pode parecer que já não tem desejo sexual. Embora o comportamento sexual dependa basicamente de aspectos psicológicos e culturais, os hormônios influenciam, principalmente a testosterona . Ela é a responsável por manter o desejo sexual tanto em homens como em mulheres, e esse hormônio continua estável na menopausa.
Pesquisas nos Estados Unidos demostraram que a testosterona é a responsável pela sensibilidade erótica do clitóris e dos seios femininos. Por- tanto, como o desejo sexual aumenta com a satisfação, a estrutura vaginal se mantém com a prática, pois aquelas mulheres que têm uma vida sexual prazerosa conservam melhor a mucosa e os músculos vaginais.
Como vemos, aqueles velhos fantasmas da menopausa, se devem mais a repressões e proibições herdadas, medos aprendidos e mudanças físicas. Conhecendo-os, se aceitam sem dificuldades as mudanças de um corpo que continua sendo erótico: desejante e desejável. Preconceitos e desinformação podem ser os únicos inimigos desta nova geração de meia idade, for ever young.
*Ana Maria Heinsius é psicóloga formada pela Universidade de Buenos Aires, mestre em Educação pela UFRJ, professora de Psicologia do Desenvolvimento, e dinamizadora de grupos de Terceira Idade e de Orientação Vocacional.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7635
O erotismo permanece: entenda e aproveite as mudanças no corpo depois dos 50 anos
11/12/2009
Por Ana Maria Heinsius*
Ainda hoje, apesar da chuva de informações, tem gente que pensa que a sexualidade acaba com a menopausa e alguns preconceituosos condenam a sexualidade das pessoas maiores, presos aos modelos televisivos de juventude e beleza. Logo agora, que tanto a mulher como o homem têm a oportunidade e o tempo de encontrar com calma e sem cobranças a satisfação sexual tão desejada?
O ato sexual é complexo, intervêm nele o corpo, a mente, os sentimentos, os preconceitos, os modelos sociais, etc. Podemos conservar a capacidade sexual por toda a vida, se o estado de saúde assim o permite. Mas é necessário destacar que essa sexualidade não será igual, pelo contrário, ela muda com o passar do tempo. Talvez a mudança maior seja da quantidade para a qualidade.
O encontro amoroso se torna mais duradouro, com mais tempo para as carícias, mais centrado no prazer de dar e receber, sem tanta urgência de penetração, sem obsessão pela ereção, o prazer da masturbação, os vídeos, os aparelhos, em fim, a imaginação.
Agora que os filhos saíram da casa, que não existem preocupações laborais ou econômicas, o casal deve encontrar um novo modelo de fazer sexo. Velhos símbolos eróticos (calcinha minúscula, baby-doll, etc.) serão substituídos pela confiança do parceiro que conhece e ama também o lado interior desse corpo que há tantos anos dorme ao seu lado.
Cada um sabe do que gosta e como, embora possam existir ainda preconceitos e tabus, que estará na hora de deixa-os de lado porque todo vale para atingir o orgasmo.
O tempo passa e o corpo muda, como já mudou na puberdade com aquela invasão de hormônios, agora se produzem também algumas mudanças e também os hormônios são os responsáveis.
No homem, podemos falar de uma "andropausa" ou climatério masculino: as ereções tornam-se mais lentas, precisando de mais estímulos para conseguí-las e o tempo entre uma e outra é mais prolongado, a ejaculação também se modifica em sua força e volume, em geral, o desejo sexual pode ter uma diminuição. Quando o homem reconhece estas mudanças e convive bem com elas, sabendo se desprender de velhas exigências, do medo de falhar, da preocupação com a performance e outros preconceitos arcaicos, sem dúvida continuará curtindo os prazeres do sexo.
A mulher pode se angustiar com a demora na ereção do companheiro, pode pensar que já não o excita como antes, pode se sentir insegura, às vezes, até evita jogos prévios por vergonha de mostrar seu corpo que mudou e não mais se encaixa nos padrões de beleza da revista Playboy.
Antigamente, se pensava que com a menopausa acabava a vida sexual da mulher. As mudanças fisiológicas, tais como dor no coito por causa da diminuição ou perda da lubrificação vaginal, adelgaçamento das paredes da vagina e diminuição da sensibilidade do clitóris (o grande órgão excitável do aparelho genital feminino), hoje em dia tem solução com dezenas de produtos especiais. Além desses produtos, vale prolongar os jogos preliminares ao coito e experimentar posições mais cômodas durante a penetração.
Às vezes, por causa da dor na relações sexuais (e a falta de informação) a mulher se afasta do sexo e pode parecer que já não tem desejo sexual. Embora o comportamento sexual dependa basicamente de aspectos psicológicos e culturais, os hormônios influenciam, principalmente a testosterona . Ela é a responsável por manter o desejo sexual tanto em homens como em mulheres, e esse hormônio continua estável na menopausa.
Pesquisas nos Estados Unidos demostraram que a testosterona é a responsável pela sensibilidade erótica do clitóris e dos seios femininos. Por- tanto, como o desejo sexual aumenta com a satisfação, a estrutura vaginal se mantém com a prática, pois aquelas mulheres que têm uma vida sexual prazerosa conservam melhor a mucosa e os músculos vaginais.
Como vemos, aqueles velhos fantasmas da menopausa, se devem mais a repressões e proibições herdadas, medos aprendidos e mudanças físicas. Conhecendo-os, se aceitam sem dificuldades as mudanças de um corpo que continua sendo erótico: desejante e desejável. Preconceitos e desinformação podem ser os únicos inimigos desta nova geração de meia idade, for ever young.
*Ana Maria Heinsius é psicóloga formada pela Universidade de Buenos Aires, mestre em Educação pela UFRJ, professora de Psicologia do Desenvolvimento, e dinamizadora de grupos de Terceira Idade e de Orientação Vocacional.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7635
Preguiça para o sexo
Preguiça para o sexo
Especialistas explicam por que muita gente prefere dormir a encarar maratonas sexuais
da redação
27/01/2010
Existem mil e uma maneiras de chegar ao orgasmo. Escolha ou invente uma. Na sociedade atual, sexo virou obsessão. Tanto que está chegando ao consultório dos analistas-gurus-terapeutas uma nova modalidade de neura: a preguiça para o sexo. Trata-se de gente que não sofre de impotência, tem parceiro fixo e é bem-resolvida, mas tira nota zero em matéria de disposição. Ou seja, quando cai na cama só pensa em dormir.
Os casais que passam por esse excesso de calmaria já sabem que sexo dá mais trabalho do que se pensa. E os especialistas em redimi-los dessa agonia tentam justificar o que ocorre. "Sexo exige dedicação e tempo para sonhar e fantasiar. Cada um precisa batalhar pelo clima, pelo toque, prestar atenção no momento de comunicar seus desejos e mágoas", adianta a psicóloga Eliane Cotrim. Segundo ela, as pessoas esperam muito a iniciativa do outro.
Longe das alcovas, mas fixados no que ocorre entre quatro paredes, os cientistas confirmam que o sexo está cada vez menos freqüente. Falta tempo, já que homens e mulheres encontram-se extremamente envolvidos pelo trabalho e a correria que a vida moderna acarreta. Pesquisa realizada pelo Centro de Estudos de Casais, na Itália, revelou que cerca de um terço dos maridos italianos não desejavam fazer sexo.
Para o psicólogo do Instituto Kaplan, Maurício Torselli, a decaída da vida sexual tem muitas razões, entretanto, não é possível mensurar a freqüência ideal de relações sexuais. "Existem os que precisam de muito, outros que se satisfazem com pouca quantidade e mais qualidade", sinaliza o psicólogo para o fato de se dar tanta importância ao tema.
Mas há quem sustente que a preguiça sexual pode ter raízes mais profundas. Em certos casos, por trás da moleza, pode até estar uma falta de motivação generalizada, associada a queda de hormônios ou a uma depressão, dizem os pesquisadores. "Pode também estar ligada, principalmente no caso das mulheres, a uma educação mais rigorosa ou punitiva, que negou por muito tempo o prazer sexual", lembra a terapeuta sexual da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH), Ana Cristina Canosa. Nesses casos, é preciso coragem para rever valores e buscar melhor qualidade de vida, o que não se restringe ao plano sexual.
Segundo Eliane Cotrim, a sociedade que estimula o individualismo, o consumo e a satisfação pessoal acaba por influenciar no mal-estar da vida cotidiana, principalmente, no que diz respeito ao sexo. "Esquece-se que a sexualidade pressupõe a parceria e que, para o sexo ser bom, é preciso ser mais compassivo e menos preocupado com o próprio desempenho", diz.
A falta de informação e a ânsia pela própria satisfação sexual leva ao surgimento de mitos. Entre eles, o de que é preciso trocar de par para resgatar o desejo. "A mídia reforça a idéia de que nos casamentos não pode haver um reaquecimento da sexualidade", diz Ana Cristina. Segundo ela, ao driblar a canseira para ter mais contato com o próprio corpo e o do parceiro e reavivar a criatividade do relacionamento, percebe-se a vida muito mais colorida e solidária.
http://www.maisde50.com.br/editorial.asp?categoria_id=3
Especialistas explicam por que muita gente prefere dormir a encarar maratonas sexuais
da redação
27/01/2010
Existem mil e uma maneiras de chegar ao orgasmo. Escolha ou invente uma. Na sociedade atual, sexo virou obsessão. Tanto que está chegando ao consultório dos analistas-gurus-terapeutas uma nova modalidade de neura: a preguiça para o sexo. Trata-se de gente que não sofre de impotência, tem parceiro fixo e é bem-resolvida, mas tira nota zero em matéria de disposição. Ou seja, quando cai na cama só pensa em dormir.
Os casais que passam por esse excesso de calmaria já sabem que sexo dá mais trabalho do que se pensa. E os especialistas em redimi-los dessa agonia tentam justificar o que ocorre. "Sexo exige dedicação e tempo para sonhar e fantasiar. Cada um precisa batalhar pelo clima, pelo toque, prestar atenção no momento de comunicar seus desejos e mágoas", adianta a psicóloga Eliane Cotrim. Segundo ela, as pessoas esperam muito a iniciativa do outro.
Longe das alcovas, mas fixados no que ocorre entre quatro paredes, os cientistas confirmam que o sexo está cada vez menos freqüente. Falta tempo, já que homens e mulheres encontram-se extremamente envolvidos pelo trabalho e a correria que a vida moderna acarreta. Pesquisa realizada pelo Centro de Estudos de Casais, na Itália, revelou que cerca de um terço dos maridos italianos não desejavam fazer sexo.
Para o psicólogo do Instituto Kaplan, Maurício Torselli, a decaída da vida sexual tem muitas razões, entretanto, não é possível mensurar a freqüência ideal de relações sexuais. "Existem os que precisam de muito, outros que se satisfazem com pouca quantidade e mais qualidade", sinaliza o psicólogo para o fato de se dar tanta importância ao tema.
Mas há quem sustente que a preguiça sexual pode ter raízes mais profundas. Em certos casos, por trás da moleza, pode até estar uma falta de motivação generalizada, associada a queda de hormônios ou a uma depressão, dizem os pesquisadores. "Pode também estar ligada, principalmente no caso das mulheres, a uma educação mais rigorosa ou punitiva, que negou por muito tempo o prazer sexual", lembra a terapeuta sexual da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH), Ana Cristina Canosa. Nesses casos, é preciso coragem para rever valores e buscar melhor qualidade de vida, o que não se restringe ao plano sexual.
Segundo Eliane Cotrim, a sociedade que estimula o individualismo, o consumo e a satisfação pessoal acaba por influenciar no mal-estar da vida cotidiana, principalmente, no que diz respeito ao sexo. "Esquece-se que a sexualidade pressupõe a parceria e que, para o sexo ser bom, é preciso ser mais compassivo e menos preocupado com o próprio desempenho", diz.
A falta de informação e a ânsia pela própria satisfação sexual leva ao surgimento de mitos. Entre eles, o de que é preciso trocar de par para resgatar o desejo. "A mídia reforça a idéia de que nos casamentos não pode haver um reaquecimento da sexualidade", diz Ana Cristina. Segundo ela, ao driblar a canseira para ter mais contato com o próprio corpo e o do parceiro e reavivar a criatividade do relacionamento, percebe-se a vida muito mais colorida e solidária.
http://www.maisde50.com.br/editorial.asp?categoria_id=3
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