sábado, 23 de julho de 2011

Psicóloga diz que é preciso separar o amor do sexo e defende o “poliamor“

Quem ama perdoa?
Psicóloga diz que é preciso separar o amor do sexo e defende o “poliamor“

Por Ilana Ramos
21/07/2011

A traição nunca esteve tanto na boca do povo e na ponta da pena dos jornalistas como em 2011. O fim do casamento aparentemente estável e feliz do ator austríaco Arnold Schwarzenegger, após ele confessar à esposa ter um filho fruto de uma relação extraconjugal, chocou o mundo. Mais recentemente, a abnegação de Anne Sinclair, esposa do ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, que permaneceu ao lado do marido mesmo durante as acusações de ele ter estuprado uma camareira de um hotel onde estava hospedado, também impressionou. Esses dois casos tão distintos nos fazem perguntar: quem ama perdoa ou não?

Será que traição é, de fato, a melhor palavra para definir o affair do parceiro? Para a psicanalista e sexóloga Regina Navarro Lins, não. “‘Traição’ é uma palavra que implica uma coisa muito negativa. É sério trair alguém. Nós estamos constantemente sujeitos a estímulos que nem sempre vêm do parceiro fixo. Pode-se ter uma relação estável, amar a pessoa, ter vida sexual boa e ter relações extraconjugais. Outros profissionais podem dizer que essas relações decorrem de algum problema com o casamento, um ressentimento. Acho que, na maioria dos casos, as pessoas têm relações extraconjugais porque variar é bom. Ninguém aguenta comer a mesma coisa todo dia. Está na hora de começarmos a refletir sobre isso porque essa crença equivocada de que quem ama não transa com mais ninguém causa muito sofrimento”, diz acreditar.

A ideia de que amar é desejar sempre a mesma pessoa pelo resto da vida nem sempre foi difundida. “A propaganda do amor romântico começou no século XII e começou a fazer parte do casamento na década de 1940. Ela prega que os dois amantes só têm olhos um para o outro, que é a alma gêmea, que nada vai faltar, que as necessidades serão atendidas, na fusão entre os amantes. Mentiras. Hoje, as pessoas acreditam nesse tipo de amor e acham que esse é o amor de verdade. Amor é construção social e cada época é de um jeito. O mais importante é que o amor romântico, a idealização do outro, está dando sinais de estar saindo de cena, o que é ótimo porque as pessoas vão viver muito mais felizes”, diz Regina.

Os tempos mudam e, com eles, as antigas crenças dão lugar a novos padrões. “Estamos vivendo um momento que se caracteriza pela busca da individualidade, onde cada um quer desenvolver seu potencial. A grande viagem do ser humano é pra dentro de si mesmo. O amor romântico está deixando de ser sedutor, pois propõe o oposto do que as pessoas estão buscando hoje. A mudança de mentalidade é lenta, mas já há sinais disso. Daqui a um tempo, a maioria das pessoas não vai querer se fechar numa relação a dois. Vai preferir ter relacionamentos múltiplos ou poliamor. Nas décadas de 1950 e 1960, o divórcio era uma tragédia. Ser virgem era pré-requisito para casar. A época muda, a mentalidade das pessoas sobre o certo e o errado também”, prevê Regina.

A especialista ainda diz acreditar que a fidelidade é superestimada pela sociedade. “Fidelidade é obsessão na cabeça das pessoas. Ninguém deveria se preocupar com isso, é bobagem. Para ficar bem na relação, é preciso fazer para si mesma apenas duas perguntas: ‘Me sinto amada?’, ‘Me sinto desejada?’. Bastam essas duas perguntas. Se a resposta for ‘sim’, está tudo ótimo. O que o outro faz quando não está comigo não me diz respeito, não é da minha conta. Se as pessoas entendessem isso, o sofrimento seria muito menor. A cultura diz que quem ama não transa com mais ninguém. Mas não tem nada a ver. Até pode ter a ver com a paixãozinha de estar conhecendo alguém novo, mas é passageiro. Somos regidos pelo mito do amor romântico”, defende.

Se o amor pelo outro existe por fatores alheios à sua vida sexual, a psicanalista afirma que não existe justificativa para a necessidade de se “perdoar” uma traição. Para Regina, “desde que nascemos somos ensinados de uma porção de valores e a maioria deles deve ir pro lixo. Você gosta de uma pessoa por motivos que estão alheios a ela desejar outro ou não. Em um relacionamento muito longo, por exemplo, as mulheres tendem a perder o tesão pelo marido antes deles perderem por elas. Ele vira amigo, vira irmão. O maior problema na falta de tesão no casamento é justamente a exigência de exclusividade, o maior vilão. Se o casamento é segurança, a insegurança pode ser boa para a conquista. Exigência de exclusividade afeta várias áreas da relação amorosa. Está mais do que na hora de as pessoas refletirem sobre isso. O amor não deve ter nada a ver com a vida sexual do parceiro. Ama-se por outros motivos que estão alheios a isso”.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=8357

Os últimos românticos

Os últimos românticos
Pesquisa americana sugere que são os homens os mais românticos em uma relação

Por Ilana Ramos
Data de Publicação: 18/7/2011 11:19:00
Esqueça tudo que você já ouviu sobre relacionamentos entre homem e mulher. Que os homens gostam de ter várias parceiras, que as mulheres são mais carinhosas, que eles não gostam de ficar casados por muitos anos. Um estudo encomendado pelo Instituto Kinsey de Sexualidade Humana, dos Estados Unidos, revelou que os homens, mais que as mulheres, preferem relacionamentos longos e estáveis e que são elas que dão mais valor à satisfação sexual do que afetiva.
O estudo envolveu mais de mil casais de cinco países diferentes: Alemanha, Brasil, Espanha, Estados Unidos e Japão. A idade dos envolvidos na pesquisa variou de 40 até 70 anos de idade, estando juntos por um tempo médio de 25 anos. Os casais tiveram que responder questionários específicos para cada gênero, com perguntas sobre a frequência com que faziam carinho no parceiro ou o grau de felicidade no casamento. E os resultados foram impressionantes.

Beijos e abraços foram mencionados mais pelos homens do que pelas mulheres como precursores da felicidade. Eles também revelaram que eram mais felizes do que as mulheres em relacionamentos longos. Em contrapartida, foram as mulheres que se mostraram mais satisfeitas sexualmente. Outro estereótipo surpreendente foi quebrado com a pesquisa: homens que tiveram maior número de parceiras sexuais ao longo da vida foram os que declararam estarem menos felizes na cama. Com relação aos países, os casais que se declararam mais felizes no casamento foram os japoneses, enquanto que os menos felizes foram os brasileiros e espanhóis. Sexualmente, as mulheres japonesas também saem na frente no quesito satisfação, acompanhadas de perto pelas brasileiras.

Resultados como esses impressionaram até especialistas da área. A terapeuta sexual do Instituto Paulista de Sexualidade (INPASEX) Juliana Bonetti Simão gostou do resultado. “Acho a pesquisa surpreendente, pois mostra resultados diferentes dos que são difundidos no senso comum. A pesquisa mostrou que o homem é mais feliz quanto mais tempo permanece com uma parceira. Cabe dizer então, aquele velho clichê que foi reforçado pelo estudo em questão: ‘O que importa não é a quantidade de relações e sim a qualidade das mesmas’. Outro item importante que foi evidenciado e que chama a minha atenção refere-se ao fato de que o Brasil apresentou o maior índice de insatisfação com o casamento dentre todos os países pesquisados. A questão levantada por mim em relação a isso é a de que o Brasil sempre foi conhecido por ser um país tropical em que a sexualidade e a afetividade são vividas de maneira mais tranquila que se comparado a outros países. Acho a pesquisa importante por trabalhar com quebra de crenças e mitos a partir de resultado concretos”, disse.

A cultura de cada país é um fator-chave para a definição dos níveis de felicidade e satisfação nos casamentos. Juliana avalia que “um país oriental como o Japão possui valores ancestrais a respeito do casamento. Creio que há toda uma educação voltada para o fortalecimento dessa instituição. A cultura oriental, em geral, tem barreiras fortalecidas no que se refere à entrada de novos valores de culturas diferentes. Possivelmente, há um investimento emocional nessas relações, da parceria, para que elas consigam ter tanta felicidade no matrimônio”.

Os estereótipos não são bem vistos aos olhos dos especialistas e a quebra de alguns deles pode ser positiva tanto para o profissional quanto para o paciente. “Gosto quando mitos e crenças são quebrados. Uma crença trazida por alguém em consultório muitas vezes pode ser causa de disfunção. Acho que o homem sofre muito com o mito construído em torno de si. Corresponder ao que lhe é exigido pode lhe custar caro. O resultado da pesquisa mostra o outro lado da questão, que por mais que o homem tenha que seguir esse arquétipo do machão, no seu íntimo eles também necessitam serem compreendidos de outras maneiras”, diz a especialista.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=8351

Lamentações na Cama...

SÁBADO, 23 DE JULHO DE 2011
Lamentações na Cama...

Satisfação plena no sexo, convenhamos, não é coisa muito garantida. As peças do quebra-cabeças do prazer nem sempre se encaixam perfeitamente e o resultado é uma sensação de "quase lá". Mas alguns desencaixes extrapolam quando se tornam rotina. São as famosas queixas sexuais que, nos consultórios de sexologia ou nos animados papos de banheiro feminino, marcam presença em busca de uma solução - que precisa ser tomada dentro e fora da cama.
Os mitos e mistérios do orgasmo ainda são, segundo os sexólogos, as maiores fontes de dúvidas e queixas sexuais. A dificuldade e a pouca frequência com que se chega do clímax raramente têm causas orgânicas. Fatores educacionais e culturais repressores são as maiores razões para a anulação do prazer. "Eu acho que só fui gozar uns cinco anos depois de perder a virgindade. Mas só aprendi como a coisa funciona pela masturbação. Vi como meu corpo reagia, o que eu gostava, o que não gostava. Hoje em dia sei bem as posições que me favorecem mais", comenta a bancária Mirian Bregman.
O sexólogo e ginecologista Gerson Lopes confirma que se permitir a esse conhecimento é a melhor forma de se proporcionar o clímax. "É muito mais fácil quando se sabe o funcionamento do próprio corpo e isso se dá com mais sucesso fantasiando a partir do toque. Depois, com o parceiro, ela vai buscar estímulos mais efetivos no clitóris, como sexo oral ou uso de massageadores e vibradores. Eu só não recomendo o uso do lençol ou da fricção entre as coxas porque isso vai criar a dependência de um artifício", recomenda.
Gerson ressalta a crueldade do que chama de "ditadura do orgasmo". "Ela é uma das maiores violências domésticas que nós temos hoje. Vejo mulheres entrando em depressão porque não conseguem chegar até ele", comenta. O problema começa entre os mitos que rondam o prazer feminino. "Entre as jovens, a internalização dessa obrigação é maior. O orgasmo vem permeado de uma série de mentiras como de que existem dois tipos, clitoriano e vaginal; que tem de ser simultâneo; que tem de ser no coito. E a confusão de que orgasmo e prazer são sinônimos. Não são", comenta.
“A diminuição do desejo passa a ser causada pela incapacidade do indivíduo de lidar com situações novas, diferentes ou problemáticas. Podemos dizer que é uma dificuldade de administração”
Outra queixa constante nos consultórios diz respeito à baixa libido. Como nas dificuldades orgásticas, são os aspectos psicológicos que acabam levando vantagem em cima da biologia. Para o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr, do Instituto Paulista de Sexualidade, os problemas ligados à falta de apetite sexual estão relacionados às incapacidades individuais de superar certas circunstâncias da vida. "Algumas pessoas que se queixam disso entram em ansiedade e não desenvolvem o comportamento sexual. Então, a diminuição do desejo passa a ser causada pela incapacidade do indivíduo de lidar com situações novas, diferentes ou problemáticas. Podemos dizer que é uma dificuldade de administração", acredita.
Por ironia do destino, as mulheres que gerenciam casa, filhos e trabalho, são as maiores vítimas dessa dificuldade. "A sexualidade feminina está muito ligada ao estado psicológico. A mulher precisa de estímulos preliminares mais demorados e intensos e precisa estar mais acessível à sexualidade para poder exercê-la", diz a sexóloga Glene Faria, incluindo a menopausa na discussão. "É um período de transição, de conflitos emocionais e questionamentos. Tudo isso ajuda na diminuição do desejo", afirma.
Glene, entretanto, ressalta um fenômeno recente: se antes, as queixas sobre baixa libido vinham em sua maioria de mulheres mais experientes, o problema agora começa a incomodar também os mais jovens. "Os casais hoje, com maior liberdade comportamental, começam a se relacionar sexualmente desde cedo e caem na chamada rotina ainda dentro do namoro. O quadro das mesmas duas pessoas fazendo sexo do mesmo jeito é a raiz da questão", comenta ela. E o ponto de partida para a solução é na psiquê feminina. "Velas perfumadas, música, lingeries, ambiente diferente. Estímulos que façam a mulher pensar em sexo. Quando isso acontece, o corpo responde", acrescenta ela.
As reclamações não exatamente sobre a própria sexualidade mas sim sobre o desempenho do parceiro, se acaloram nos clubes da Luluzinha. Entre as reincidências masculinas, a que incomoda maior parte de mulheres é o, digamos, excesso de pragmatismo. "Eu detesto homem que chega e só quer saber da penetração ou forçar o sexo oral. Parece que nunca foram para cama com uma mulher na vida e não sabem como funciona. Todo mundo sabe que a gente gosta de envolvimento, preliminares quentes, demoradas, pra relaxar, curtir e fazer o que dá vontade", comenta a secretária executiva Alessandra Daniel.
“Se depois de seis meses de relacionamento, com o cara sabendo especificamente do que você gosta e mesmo assim ele só fazendo o que lhe interessa, não tem jeito”
A advogada Gabriela Trindade também tem trauma desse tipo de comportamento. "Tive um namorado que era assim na cama e era um inferno. Me sentia um objeto, uma boneca inflável. Não me sentia transando com o cara que eu amava e que me amava também. Toda vez em que a gente ia pra cama, eu tinha que pedir pra ele fazer o que eu queria e muitas vezes sentia que ele ia de má vontade. Se depois de seis meses de relacionamento, com o cara sabendo especificamente do que você gosta e mesmo assim ele só fazendo o que lhe interessa, não tem jeito. É incompetência ou egoísmo", reclama ela.
Mas quem acha que, ao menos depois que a coisa acaba, cerram-se os problemas está muito enganado. "A transa pode ter sido até muito boa, mas quando o cara goza, vira pro lado e dorme, fico arrasada", queixa-se a engenheira mecânica Carolina Montaz. Ela é das que acha que "depois do amor", é hora de ficar juntinho na cama, trocar palavras apaixonadas e comer frutas. "Eu sei até que minha exigência é um pouco forte, mas eu acho um momento crucial. Embora eu entenda o cansaço físico do cara e a descarga energética que acontece ali. Eu mesmo quando estou com sono, não consigo ficar lutando contra ele", pondera ela.
A sexóloga e terapeuta de casais Margareth Labate conclui, lembrando a importância do diálogo dentro e fora da cama. "Não é só na hora do ato em si que a gente descobre o que é bom ou ruim para a gente e para o outro. É preciso tratar o sexo com honestidade e ter um diálogo aberto com o parceiro sobre o comportamento do casal", diz ela, comentando que o sexo pode até ser ainda um tabu na sociedade, mas que é o respeito e a conversa entre quatro paredes as soluções para tantas queixas.
Fonte: http://msn.bolsademulher.com/sexo
http://saborsensual.blogspot.com/2011/07/lamentacoes-na-cama.html?zx=be6f3ebd0dd28ae5

Maturidade é amor...

Maturidade é amor...

"As qualidades de uma pessoa madura são muito estranhas.Em primeiro lugar, ela não é mais uma pessoa. Ela não é mais uma personalidade, um ego. Ela tem uma presença, mas não é mais uma pessoa.
Em segundo lugar, ela é mais como uma criança- simples e inocente.
É por esta razão que digo que as qualidades de uma pessoa madura são muito estranhas porque a palavra "maturidade" dá a impressão de que se é experiente, de que se é velho, idoso, impressão de que se é experiente, de que se é velho, idoso.
Fisicamente a pessoa pode ser velha, mas espiritualmente é uma criança inocente. Sua maturidade não é apenas a experiência ganha através da vida. Dessa forma, ela não seria uma criança e nem seria uma presença; ela seria uma pessoa experiente - com conhecimentos, mas não madura.
Maturidade nada tem a ver com suas experiências de vida. Tem algo a ver com sua jornada interior, com as experiências interiores. Quanto mais a pessoa se aprofundar em si mesma, mais madura ela será. Quando ela tiver alcançado o mais profundo centro de seu ser, ela será perfeitamente madura. Mas neste momento a pessoa desaparece, apenas uma presença permanece; o conhecimento desaparece, apenas a inocência permanece.
Para mim, maturidade é outro nome para realização.
Você chegou à realização do seu potencial. Tornou-o efetivo, atual. A semente floresceu após uma longa jornada.
A maturidade tem uma fragrância. Ela dá tremenda beleza ao indivíduo. Ela dá inteligência, a inteligência mais aguçada possível. Ela o transforma em amor e nada mais. Sua ação é amor. Sua inação é amor, sua vida é amor, sua morte é amor. A pessoa é apenas uma flor de amor.
O Ocidente tem definições de maturidade que são muito infantis. O Ocidente quer dizer com maturidade que você não é mais inocente, que você amadureceu através de experiências de vida, que você não pode ser enganado facilmente, que você não pode ser explorado; que você tem algo como uma sólida rocha dentro de você - uma proteção, uma segurança. Essa definição é muito medíocre - muito comum. Sim no mundo certamente você encontrará pessoas maduras desse tipo. Mas a forma que eu vejo a maturidade é totalmente diferente, diametralmente oposta a esta definição. Maturidade não fará de você uma rocha; ela o fará tão vulnerável, tão suave e tão simples! [...]
Maturidade para mim, é um fenômeno espiritual."
http://cadavoltaumrecomeco.blogspot.com/

Transtorno de Preferência Sexual ou Parafilia

Transtorno de Preferência Sexual ou Parafilia
Sexualidade – Edição 27
Por Camila Tronco

O que é isso?

Segundo o DSM-IV, parafilias são comportamentos, fantasias ou pensamentos sexuais recorrentes, intensos e sexualmente excitantes por seis meses ou mais, envolvendo objetos, pessoas não adultas ou que não tenham consentimento em participar do ato sexual, causando sofrimento, humilhação para si e/ou para o outro. São expressões anormais da sexualidade, variando do quase normal até um comportamento destrutivo. São condições crônicas que podem ocasionar limitação e angústia em todas as áreas da vida do indivíduo…

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http://www.infoccoonline.com.br/?p=2844

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Orgasmo em excesso pode ser sinal de doença

Orgasmo em excesso pode ser sinal de doença

Para as mulheres anorgásmicas ou que apresentam dificuldades em chegar ao clímax, ter orgasmos de maneira intermitente pode parecer um sonho. Mas quem passa por isso não enxerga dessa forma e chega a se isolar e até a pensar em suicídio.
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Descoberta em meados de 2001, a Síndrome da Excitação Sexual Persistente é muito rara e leva a mulher a ter orgasmos em qualquer lugar e a qualquer hora. O problema foi tema do documentário "100 Orgasmos por dia", exibido pelo canal pago Discovery Home and Health e contou com depoimentos de mulheres que sofrem desse mal. "A sensação de excitação chega a durar dias ou meses. Tenho 30 anos de medicina e até hoje só conheci um caso", comenta Dr. Gerson Pereira Lopes, presidente da Comissão de Sexologia da Febrasgo - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Além da falta de estudo e de preparo dos médicos para tratar do assunto, quem sofre desse problema têm vergonha de revelá-lo. Inicialmente se diagnostica os sintomas da síndrome como hipersexualidade ou ninfomania. Porém, o especialista afirma que há diferenças entre este problema e a síndrome.
"A mulher ninfomaníaca tem vontade excessiva de fazer sexo. E quando chega ao orgasmo, seja na masturbação ou com o parceiro, sente alívio", explica Dr. Gerson. "Já a que sofre com a síndrome possui sensações fisiológicas, como pulsações e formigamentos, sem ter nenhum desejo consciente. Ela pode atingir o orgasmo, mas continua tendo horas e dias de excitação", completa.
Há relatos de mulheres que definem essa sensação como confortante e até divertida. Mas só é possível encarar dessa maneira quando as sensações são espaçadas. "A excitação constante pode causar angústia, o que atrapalha e muito a vidas social e sexual de quem tem a síndrome", diz Dr. Gerson.
Em 2007, um relato veio a público: Sarah Carmen, uma britânica de 24 anos, revelou ao jornal "News of the World" que tinha em média 200 orgasmos por dia. Contou que a síndrome começou quando ela tinha 19 anos e que qualquer coisa a excitava, desde o barulho do trem até o som do secador de cabelo. Por conta disso, ela passou a recusar convites para ir a locais públicos que tenham agitação e música alta.
Devido à precariedade de estudos sobre a síndrome, não se sabe ainda o perfil de mulher que costuma ser acometida por ela. "Ninguém conhece a real causa, mas são oferecidos mil tratamentos milagrosos. Eu acredito que a cura se dá de maneira multidisciplinar: a mulher precisa de terapia sexual, com intervenção cognitiva e comportamental, medicamentos e até de fisioterapia", diz o especialista.
http://avidadeumaguerreira.blogspot.com/2011/07/deixar-o-sexo-para-depois-fortalece-o.html

"Senta aqui, Bolsonaro" brinca Laerte em Paraty

"Senta aqui, Bolsonaro" brinca Laerte em Paraty
07/07/2011 16h57
O cartunista Laerte, 60, participou nesta quinta-feira de um debate sobre cross-dressing e homofobia na Casa Folha, espaço do jornal Folha de S.Paulo na Flip, em Paraty (RJ).

A plateia lotada e as pessoas que se aglomeravam do lado de fora da Casa, na rua da Matriz, ouviram por mais de uma hora o depoimento de um dos maiores quadrinistas da atualidade sobre o impulso de se vestir de mulher, a reação da família e de amigos, orientação sexual, humor e preconceito.

"Eu mesmo, quando jovem, pratiquei bullying contra gays. Costumava hostilizar um primo meu que dizia 'Ave!' no lugar de 'porra!'", revelou, explicando como reprimia sua bissexualidade.

Para combater a homofobia, Laerte defendeu que os crimes contra homossexuais sejam classificados da mesma maneira que o crime de racismo e que o movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) lute contra a guetificação. "Você tem que sair das trincheiras e lamber o pescoço. Tipo: 'Senta aqui, Bolsonaro!'", brincou, arrancando gargalhadas do público.

FOFURA

"O medo das pessoas de perder o emprego, de perder o amor da família e o respeito dos amigos as torna muito conservadoras e tímidas em relação a sua sexualidade. Eu não vou apenas a lugares GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes). Eu vou a qualquer lugar, a qualquer bar e a qualquer restaurante e sou sempre bem recebido."

Laerte admitiu, no entanto, que sua experiência como bissexual assumido e cross-dresser (prática em que homens se vestem de mulheres e vice-versa independentemente de sua orientação sexual) é muito "fofa".

"Tudo aconteceu de forma muito fofa comigo em relação ao fato de eu me vestir de mulher. Mas sei que existem crimes de ódio ocorrendo contra homossexuais no Brasil todo."

FAMÍLIA

O cartunista relatou a reação de seus filhos e pais à revelação de suas "montagens" femininas, com direito a brincos, maquiagem, unhas vermelhas e salto alto. "Meus filhos já haviam se chocado quando disse que era bissexual, e reagiram bem quando disse que estava me vestindo de mulher. Meus pais se acostumara porque são pessoas do caralho", disse.

"Minha mãe nunca foi muito de usar maquiagem e acessórios. Gosta de futebol, é torcedora fervorosa. Minha irmã é campeã brasileira de supino [levantamento de peso] e usou o esporte como forma de superar sua condição bipolar. Minha namorada me apoia. Então, a dondoca de casa sou eu!", riu, referindo-se a si próprio ora no masculino ora no feminino.

ESPELHO

Laerte falou também sobre sua passagem pelo Partido Comunista ("Homossexualidade não era uma questão ali. Estávamos mais preocupados com o proletariado") e sobre a HQ "Muchacha" (Companhia das Letras), que tem como personagem principal um ator que se traveste de cantora cubana: "Não ter que fazer piadas trouxe meu trabalho para uma relação mais íntima comigo mesmo, como se fosse um espelho. O humor muitas vezes funciona como escape e escamoteamento de questões mais profundas".

PIADA EM DEBATE

Questionado sobre o atual debate sobre os limites do humor e do politicamente correto, o cartunista disse que o humor deve ser livre, mas que nem por isso deve estar acima da crítica. "Quando o Rafinha Bastos tuíta que mulher feia tem de agradecer se for estuprada, não tem como ele não ser criticado. Ele falou merda sob qualquer ponto de vista", criticou.

"Dizer uma coisa dessas num país que ainda trata mal suas mulheres, muitas vezes com violência, especialmente aquelas que não estão no padrão das capas de revista, é de uma crueldade sem tamanho. O humor trabalha com o preconceito, mas ele extrapolou todos os limites com isso e é natural que haja reação."

O QUE É CROSS-DRESSING

Cross-dressing é um termo que se refere a pessoas que vestem roupa ou usam objetos associados ao sexo oposto, por qualquer uma de muitas razões, desde vivenciar uma faceta feminina (para os homens), masculina (para as mulheres), motivos profissionais, para obter gratificação sexual, ou outras.

(Com informações Folha.com)
http://www.jornalstylo.com.br/noticia.php?l=e279d9203d07183635eadb0f8546dcd6