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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Os inimigos do prazer

05/09/2012 - 09:17 

Segundo especialista, a maioria dos homens acredita que seu pênis é um órgão independente. Entretanto, a obesidade, o colesterol alto, o tabagismo e o álcool em excesso são determinantes na disfunção erétil.

Falhar na “hora H”. Qual homem já não teve esse pesadelo? Para que isso não se torne uma realidade, é preciso que o álcool em excesso, as carnes extremamente gordurosas e os inúmeros cigarros diários façam parte do passado. A disfunção erétil (DE) está associada, principalmente, aos problemas de origem orgânica como obesidade, colesterol, diabetes, tabagismo, além do uso de drogas e álcool em excesso. Estima-se que esses fatores são os responsáveis por mais de 80% dos casos de DE.
“É preciso estimular os homens para que se preocupem com a qualidade de vida. Certamente, uma melhora da saúde física resulta em um melhor desempenho sexual”, afirma o urologista Geraldo Eduardo Faria, diretor médico do Instituto de Urologia e Nefrologia de Rio Claro e presidente do departamento sexualidade Humana da Sociedade Brasileira de Urologia (biênio 2012-2013). De acordo com o estudo Mosaico Brasil*, mais de 50% dos brasileiros acima dos 40 anos têm algum grau de disfunção erétil.
Com o avançar da idade, é comum o homem sentir maior dificuldade em manter o pênis ereto, por razões de origem orgânica – pacientes com doenças cardíacas são duas vezes mais propensos a desenvolver DE. “Basicamente, manter a ereção é um fenômeno circulatório, portanto, é preciso ter um bom fluxo sanguíneo na região para garantir a rigidez. Algumas doenças impedem que esse fluxo seja satisfatório”, explica Faria. “Inclusive, a DE passou a ser considerada um marcador de doença cardiovascular”, reitera. Um dos primeiros sintomas de algumas doenças crônicas (DC), como a hipertensão arterial e o infarto do miocárdio, pode ser a disfunção erétil. Já a disfunção psicogênica, associada à ansiedade, é mais frequente em homens mais jovens.
Uma dieta alimentar adequada, rica em frutas e vegetais, e a prática de exercícios físicos podem ajudar a evitar tanto a DE quanto as doenças crônicas, fazendo com que o homem tenha uma vida sexual satisfatória com sua parceira. “O homem ainda tem uma visão distorcida sobre sua saúde, pois acredita que certos hábitos não interferem em sua vida sexual. Ele tem a certeza que seu pênis é um órgão independente”, completa Faria. O médico ainda explica que a principal função do urologista é, além de avaliar fisicamente o paciente, fazer com que o paciente encare seus problemas sexuais com mais naturalidade. Inclusive, com bom humor, ele sempre repete uma frase de um autor desconhecido em seu consultório: “Você não deve exigir do seu pênis aquilo que você não consegue fazer com suas pernas”.
Segundo Faria, a ereção em si ainda é muito valorizada pelo homem, enquanto a relação sexual para a mulher é muito mais ampla que a obtenção do orgasmo. De acordo com o urologista, esse cenário vem se modificando nos últimos dez anos, principalmente, com o advento dos medicamentos para DE. “O homem passou a buscar uma solução para a disfunção erétil e a frequentar os consultórios médicos de forma mais assídua. Isso o fez ter uma preocupação mais ampla com sua saúde e o levou, inclusive, a discutir sua sexualidade de maneira mais aberta”, completa. Entretanto, é opinião quase unânime entre os entrevistados do Mosaico Brasil – mais de 95% das mulheres e dos homens -, que o sexo é importante ou muito importante para a harmonia do casal.
Luz no fim do túnel - Existe tratamento para todos os graus e tipos de dificuldade de ereção. Mesmo os portadores de insuficiência cardíaca, pressão alta e outras doenças relacionadas ao sistema cardiovascular podem fazer uso de medicamentos para o tratamento da disfunção erétil. Entre os medicamentos orais existentes, o Viagra (citrato de sildenafila), é indicado para o tratamento da DE, restabelecendo o grau máximo de rigidez da ereção, com eficácia comprovada e boa tolerabilidade, proporcionando um melhor desempenho e maior satisfação sexual para o casal.
* Mosaico Brasil foi a maior pesquisa sobre sexo e afeto já realizada no País. Mapeou, ao longo de 2008, o comportamento afetivo-sexual de 8.237 homens e mulheres de dez capitais brasileiras: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Cuiabá, Manaus, Salvador, Fortaleza e São Paulo.
Pfizer -Ao completar 60 anos de atuação no Brasil em 2012, a Pfizer reforça seu comprometimento com a saúde e o bem-estar das pessoas, trabalhando para ampliar cada vez mais o alcance de pacientes a tratamentos de qualidade, seguros e eficazes. Para isso, a companhia investe em pesquisa e desenvolvimento de medicamentos para doenças importantes e para necessidades médicas não atendidas, além de estabelecer parcerias para possibilitar ampliação do alcance de seus tratamentos à população, por meio de medicamentos genéricos e produtos maduros. Hoje, a Pfizer oferece grande diversidade de opções terapêuticas que abrangem áreas como saúde da mulher, prevenção de enfermidades em crianças e adultos, infecções, dor, doenças autoimunes, câncer, Alzheimer, entre outras. A empresa também valoriza o apoio à comunidade e oferece suporte a projetos sociais no País relacionados a saúde, educação e sustentabilidade. No mundo, a história da Pfizer começou em 1849 com a produção de insumos para medicamentos nos Estados Unidos (Nova York) e se expandiu para mais de 150 países. No Brasil, a Pfizer está dividida em três áreas: Farmacêutica (produtos de prescrição para Saúde Humana), Consumer Healthcare (medicamentos isentos de prescrição) e Saúde Animal.

http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=215605

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Pílula azul cai no gosto dos jovens


Mesmo sem supervisão médica, remédio representa 50% do consumo comparado com a época de seu lançamento no mercado

Texto por Letícia BrandãoEnviado por Diário da Manhã - ontem às 20h59

Lançado em 1998 para homens com problemas de disfunção erétil e idade acima de 60 anos, o Viagra ganhou um novo público ao longo dos seus quase quinze anos nas prateleiras das farmácias de todo o País. Rapazes saudáveis, sem histórico de impotência sexual, compõem clientes em massa deste medicamento, que está sendo cada vez mais comprado e utilizado pela população mais jovem do que pelo próprio público-alvo do remédio.
O ex-presidente e atual conselheiro do Conselho Federal de Farmácia Jaldo de Souza afirma que o aumento no uso do Viagra por jovens chega a 50%, quando comparado com a época de seu lançamento no mercado. Jaldo considera esse número alto e atribui à queda do preço do medicamento ao longo dos anos e ao fato de os jovens terem o desejo de impressionar a companheira. Esse dado é confirmado pelos vendedores consultados pela reportagem. Eles afirmam que a procura pelo Viagra é maior pela população mais nova, e que a proporção nas vendas chega a três para um, ou seja, a cada três rapazes que buscam o medicamento, um homem mais velho faz o mesmo, a maioria sem prescrição médica.
O médico urologista Antônio de Morais Júnior ressalta que o Viagra é um remédio que não deve ser usado de forma indiscriminada. “O medicamento pode ser utilizado por homens de qualquer faixa etária, desde que haja indicação clínica e mediante um diagnóstico preciso”, atesta o especialista.
Antônio afirma que os jovens buscam novas sensações e assim usam o remédio juntamente com bebidas alcoólicas, o que provoca ainda mais riscos à saúde e, inclusive, o de não obter o prazer sexual esperado. “O Viagra associado ao álcool compõe uma mistura perigosa, porque, além de diminuir o efeito do remédio, ainda pode causar cefaleia, mal-estar, rubor facial e náuseas”, explica. 
O especialista confirma que os jovens sem problemas de ereção não precisam do medicamento. “Eles usam no intuito de terem uma maior e melhor ereção, ou seja, para dar uma turbinada e apresentar um melhor desempenho, o que para esta idade, se souber conduzir o ato sexual, é totalmente dispensável”, sugere o urologista.


Vendas

De acordo com o gerente-geral de uma conceituada rede de farmácias em Goiânia, Isael Miranda, o perfil de quem compra o Viagra é bem variado no que se refere à faixa etária, mas quanto à classe social, é restringido às classes A e B. “Antes, o consumo era feito principalmente por homens mais velhos e casados, hoje, a maioria das compras são feitas por jovens solteiros”, salienta, afirmando que não é necessária receita médica. Isael também enfatiza que a maior parte das vendas é feita em balcão e não por meio de entregas. 
O preço do Viagra varia entre R$ 13 e R$ 110. A grande diferença de valores está na composição do produto e a quantidade de comprimidos. O de 100 mg, por exemplo, contem quatro cápsulas e custa, em média, R$100. Já o de 50 mg, com um único comprimido, e que também é o mais procurado pelos jovens, pode ser encontrado nas farmácias por menos de R$15. “As dosagens são diferenciadas porque são analisadas e receitadas de acordo com cada diagnóstico. São divididas em leve, moderada e grave”, conclui o urologista Antônio de Morais Júnior.


Curiosidade

Movidos pela curiosidade e pelo prazer de viver novas experiências, dois jovens que não se conhecem e moram a mais de mil quilômetros de distância um do outro, confessaram que já fizeram uso do Viagra.
O técnico em enfermagem João Paulo (nome fictício), de 31 anos, mora em Anápolis e afirmou que ingeriu um comprimido no ano passado. Ele disse que os efeitos foram imediatos. “Tive muito mais disposição, coragem, foi mais duradouro, mas no fim já perde a graça e ainda tem a ansiedade”, comentou Paulo, que confirmou ter vontade de usar mais vezes, apesar da preferência pela forma natural. O profissional da saúde sabe dos riscos que correu tomando o remédio sem orientação médica. “Sou hipertenso e também não é recomendado para pessoas que tenham problemas cardíacos. Eu senti fadiga, e já vi pacientes que tomaram e tiveram parada cardiorrespiratória”, concluiu Paulo, que já foi casado e tem dois filhos.
O universitário Deylon (nome fictício), de 24 anos, reside em Parauapebas, no interior do Pará e, em entrevista pela internet, disse à reportagem que a primeira vez em que tomou o Viagra foi aos 18 anos. Desde então tornou-se consumidor do medicamento, visto que usou em muitas ocasiões. “No meu círculo de amizade, todos já usaram pelo menos uma vez. A curiosidade é grande, e o efeito é sensacional”, descreve o estudante, que disse não ter receios em usar o produto, ainda que de forma indiscriminada.
Para a psicóloga e sexóloga Deusadete Carneiro Maciel, o uso ocasional do Viagra não gera dependência, porém, o uso contínuo e sem indicação médica pode levar o jovem a um quadro de dependência psicológica. “Se o jovem não tiver nenhum problema de ordem fisiológica funcional, o simples fato de ele procurar utilizar o medicamento já sugere insegurança, e se ele ingere  a medicação para não correr o risco  de falhar, e sempre confiante no resultado satisfatório do remédio, será cada vez mais comum que a cada encontro sexual ele utilize o Viagra”, explica Deusadete. 
A dependência acontece em questão de tempo. “O medo de não ter um bom desempenho faz com que a pessoa sempre necessite fazer o uso e, assim, sem perceber vai se tornando dependente da droga”, continua a sexóloga. Quando o paciente já possui esse diagnóstico, relacionado ao vício em usar o medicamento antes das relações sexuais, a especialista aconselha tratamento. “Normalmente requer um treino psicológico chamado dessensibilização e também treino de habilidades sociais”, orienta Deusadete.
http://www.dm.com.br/#!/texto?id=34844

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A pílula azul na mira da polícia de Sorocaba


18/05/2012 15:08
TATIANE PATRON
Auxiliar de produção é preso vendendo Pramil, medicamento cuja comercialização é proibida no Brasil
tatiane.patron@bomdiasorocaba.com.br
O auxiliar de produção Paulo Renato Beto Schlomer, 55 anos, foi preso em flagrante, na tarde de anteontem, acusado de vender comprimidos de Pramil, remédio utilizado para  disfunção erétil, cuja comercialização é proibida no Brasil.

A Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) chegou a ele  depois de receber uma denúncia anônima. Paulo foi encontrado na rua José Lourenço de Godoy, Parque São Bento, zona norte, e detido por  vender produtos sem registro e de procedência ignorada, destinado a fins terapêuticos ou medicinais.

O acusado ficava em frente a uma loja de brinquedos. O investigador o abordou e, passando-se por cliente, fez a compra. Paulo contou  que vendia o medicamento e cobrava R$ 15 por meia cartela que contém  dez comprimidos. O auxiliar de produção recebeu voz de prisão justamente depois de entregar uma cartela ao policial. Ele foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória do bairro de Aparecidinha, em Sorocaba.
Outros crimes/ Após a prisão de Paulo, os policiais entraram no estabelecimento e apreenderam  18 cartelas de Pramil. No local também foi verificada a comercialização ilegal de mídias piratas e cigarros contrabandeados. Foram apreendidos 1.050 pacotes de cigarro; 2.750 CD’s e DVD’s de títulos diversos.

Segundo o delegado Alexandre Banietti, os funcionários da loja não assumiram a responsabilidade pelos produtos. Agora, acrescenta ele, será feita uma investigação para se chegar ao verdadeiro proprietário das mercadorias apreendidas que responderá por contrabando e violação dos direitos autorais.
Remédios de disfunção erétil são vendidos por até R$ 245
O remédio Pramil é utilizado para disfunção erétil e labirintite. No entanto, não pode ser comercializado no Brasil, de acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)  porque é fabricado no exterior.

A cartela com dez comprimidos vendida pelo senhor no Parque São Bento custava R$ 15. Medicamentos da mesma linha do Pramil custam até R$ 245,75. 

As marcas que podem ser comercializadas no país são Viagra, Cealis e Levitra. 

Uma cartela com oito comprimidos de Viagra, 50 ml, pode custar R$ 103,80. Já da marca Cealis, com 28 pílulas de 5 ml, sai por R$ 245,75. E o remédio Levitra, oito comprimidos de 50 ml, é vendido por R$ 194,34.  Os remédios são vendidos apenas com receita médica.
ProibidoO Pramil, remédio de disfunção erétil masculina, tem a comercialização proibida em território nacional pela Anvisa.
10 a 15anos é a pena para quem vender o medicamento

Origem O remédio chega ao Brasil por meio de contrabando do Paraguai.
181é o telefone do Disque-Denúncia

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Assaltantes roubam viagra e são flagrados pela PM um sentado no colo do outro


04/06/2012 | 10h32min

Dois homens foram presos em flagrante por policiais militares do 17º BPM (Ilha do Governador) depois de arrombarem, na madrugada de ontem, uma drogaria na Freguesia, na Ilha, Zona Norte do Rio. Com a dupla, foram recuperados cinco caixas do remédio para disfunção erétil Viagra e R$ 364 em dinheiro. A polícia acredita que os bandidos pertençam a uma quadrilha especializada em roubos de farmácias que vem aterrorizando os comerciantes da região - só este ano, foram registrados cinco ataques.
Na 37ª DP (Ilha do Governador), os dois bandidos disseram que homem em uma van dava cobertura à ação deles, mas fugiu com a chegada da patrulha da PM. Os policiais Perrote e Bertholdo desconfiaram ao verem que a porta da loja estava semi-aberta e decidiram inspecionar o local. No banheiro da drogaria, os PMs encontraram a dupla escondida no forro do teto, que não suportou o peso e desabou.
"Quando ouvimos um movimento no teto, iluminamos com a lanterna e flagramos os dois, um sentado no colo do outro. Não havia espaço suficiente para eles se esconderem", contou o soldado Perrote.
Os presos foram levados para o Hospital Municipal Paulino Werneck, onde foram medicados devido às lesões nas costas que sofreram por causa do desabamento do forro do teto. O dono da loja, que não quis ser identificado, disse que o único prejuízo foi a destruição de parte do teto, já que os PMs recuperaram todo o material roubado. "Eles arrancaram os alarmes, mas basta recolocar", disse o comerciante, que foi avisado por telefone pela Central de Alarmes que a loja havia sido arrombada: "Quando cheguei, a polícia já tinha prendido os dois. Falta pegar o motorista da van para dar fim a essa quadrilha".
Meia Hora 

terça-feira, 3 de abril de 2012

Portugueses cortam nas drogas do sexo


Ontem

Os últimos dois anos registam quedas das vendas de comprimidos para a disfunção erétil de dois milhões de euros. A crise está na origem da quebra no consumo pois os produtos são caros, explica o Correio da Manhã. A Organização Mundial de Saúde teme recurso a remédios falsificados.
A disfunção erétil vende menos dois milhões de euros. Rocha Mendes, presidente da Sociedade Portuguesa de Andrologia explicou ao Correio da Manhã que as quebras das vendas se devem ao preço elevado dos medicamentos.
Com a crise o tratamento sexual fica para segundo plano.

http://www.dn.pt/especiais/interior.aspx?content_id=2397457&especial=Revistas%20de%20Imprensa&seccao=TV%20e%20MEDIA

sábado, 31 de março de 2012

Farmacêuticos italianos ameaçam governo com "greve de Viagra"


Os funcionários que trabalham em hospitais protestam contra as medidas de austeridade do governo de Mario Mont
30/03/2012 - 12h26 | Marina Terra | Redação
“Vida dura para nós, nada de Viagra para vocês”. Esse é o lema dos protestos iniciados pelo sindicato dos farmacêuticos hospitalares italianos na cidade de Lazio e que se expandiu por toda a Itália. A categoria comunicou que, a partir de 30 de abril, deixará de fornecer o Viagra, medicamento utilizado para combater a disfunção erétil, caso o governo não atenda às reivindicações.

Wikicommons
Os trabalhadores reclamam que seus direitos não são equiparados aos dos outros farmacêuticos, principalmente no que diz respeito aos concursos para a abertura de cinco mil novas farmácias. "Nossa medida [de não distribuir Viagra] é uma provocação, obviamente. Não podemos bloquear a entrega de drogas anticancerígenas, por exemplo, mas podemos fazer isso com medicamentos que não são vitais para o paciente", disse àANSA Loredana Vasselli, diretora de uma famárcia hospitalar em Roma.

"Não entregar o Viagra serve para chamar a atenção e nos permite dizer que nos opomos à flexibilização e aos cortes no setor. As novas medidas estão permitindo a entrada de funcionários privados ao setor público", afirmou a farmacêutica.

Com a crise que assola a Itália, o governo técnico de Mario Monti tomou numerosas medidas de cortes de gastos públicos, inclusive em setores como o da Saúde e o da Educação. Monti substituiu Silvio Berlusconi em meados de novembro do ano passado para tentar recuperar aquela que é a terceira maior economia da zona do euro. 

domingo, 25 de março de 2012

Província argentina produzirá "Viagra" para ser distribuído gratuitamente


22 de março de 2012  14h29

O governo da província argentina de Santa Fé informou nesta quinta-feira que produzirá comprimidos de Sildenafil, medicamento mais conhecido como "Viagra", para distribuí-los gratuitamente a homens com problemas de ereção.
A droga será fabricada no Laboratório Industrial Farmacêutico (estatal) e distribuída "sob estrita receita médica" em hospitais públicos de Santa Fé, afirmou Miguel Cappiello, ministro da Saúde provincial.
Cappiello ainda explicou que o laboratório estatal vai elaborar comprimidos para adultos que sofrem de disfunção erétil e também um xarope para tratar crianças com hipertensão pulmonar.
O ministro também fez questão de ressaltar que a distribuição do Sildenafil "será gratuita e sob prescrição médica obrigatória", e que "outras províncias" argentinas estão interessadas em comprar os comprimidos de Santa Fé para estimular uma política similar.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O que o Viagra não resolve


06/02/2012 | EDITORIAL
O tratamento da disfunção erétil à base de citrato de sildenafila pode ter um efeito colateral perigoso para o homem, que é torná-lo ainda mais displicente com a saúde
Notícia publicada na edição de 06/02/2012 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 3 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
Patenteado em 1996 pela empresa farmacêutica Pfizer e vendido no Brasil a partir de 1999, o Viagra (citrato de sildenafila) tem sido apontado, frequentemente, como agente de uma revolução na sexualidade masculina - e, por consequência, na vida sexual e afetiva dos casais -, ao combater com grau de efetividade bastante satisfatório (estudos otimistas falam em 80% dos casos) um dos problemas que afligem os homens desde tempos imemoriais: a dificuldade de conseguir ou de manter uma ereção. 

Para uma sociedade acostumada a buscar soluções mágicas nas farmácias, não poderia ter havido notícia melhor. De repente, anos de pesquisa sobre as causas físicas, psíquicas e comportamentais da disfunção erétil e calhamaços de estudos sobre sexualidade humana foram colocados de lado, pois a solução se apresentou - a custos elevadíssimos, é verdade - na forma de algo que não exige altas reflexões existenciais nem mudança de hábitos ou atitudes. Basta ingerir a já icônica pílula azul e esperar os resultados.

É indiscutível a importância do Viagra, e o uso do termo revolucionário, embora um pouco exagerado, não parece propriamente injusto para um medicamento capaz de oferecer uma resposta rápida e satisfatória para problema tão aflitivo. O Viagra prolongou a vida sexual do homem de maneira relativamente segura e o tornou mais confiante, poupando-o dos sofrimentos causados por aquilo que os estudiosos chamam de "síndrome da performance" - em outras palavras, o medo de falhar.

Não se deve perder de vista, no entanto, que a disfunção erétil pode ser decorrência de problemas de saúde mais ou menos graves, que os homens tendem a negligenciar totalmente na medida em que seja possível contornar seu efeito mais inconveniente, a impossibilidade de manter relações sexuais, com a ingestão de uma pílula. 

No momento em que a versão genérica do fármaco torna o tratamento mais barato (como registrou o caderno ELA, deste jornal, na sexta-feira passada), é importante que a população seja alertada sobre aquilo que o citrato de sildenafila não resolve. O Viagra e seu genérico não são - nem pretendem ser - uma resposta global para os problemas físicos, psicológicos e comportamentais que estão na origem da impotência sexual masculina.

O ser humano e seus parentes primatas são os únicos que não possuem próteses naturais de osso, tecido fibroso ou cartilagem para manter o pênis ereto, revela o interessante livro da jornalista Sílvia Campolim, "O Sexo Depois do Viagra" (Ediouro, 2005). "O mecanismo que permite ao órgão masculino expandir e retrair em presença de um desejo real ou fantasia erótica é um prodígio de engenharia hidráulica", destaca a autora. O cérebro, o sistema cardiovascular e o sistema nervoso central estão diretamente envolvidos nessa delicada engenharia.

A pesquisadora prossegue: "As artérias que participam do processo, drenando e retendo o sangue dentro do pênis são finíssimas, têm mínimos 0,4 milímetros de diâmetro, portanto, muito vulneráveis a danos." Doenças cardiovasculares, diabetes, alimentação inadequada, uso de medicamentos, consumo excessivo de álcool e de cigarro, associados ou não a fatores psíquicos como ansiedade e estresse, interferem em maior ou menor grau na irrigação sanguínea e nos mecanismos que retêm o sangue no interior do pênis, assegurando a ereção. 

Mesmo com seu benefício inegável, o tratamento da disfunção erétil à base de citrato de sildenafila pode ter um efeito colateral perigoso para o homem, que é torná-lo ainda mais displicente com a saúde. Para uma vida verdadeiramente saudável, não basta tomar a pílula azul. É preciso buscar a saúde física e mental com um estilo de vida diferente, longe dos vícios e exageros tão comuns no homem de hoje. Essa sim - a busca da saúde integral -, seria uma grande revolução.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Mulher rende ladrão e o obriga a ser seu escravo sexual


Olga Zajac, em foto divulgada pela polícia russa: ela obrigou seu escravo sexual a tomar Viagra
Olga Zajac, em foto divulgada pela polícia russa: ela obrigou seu escravo sexual a tomar Viagra Foto: reprodução
Flávio Almeida - Expresso


Essa é a história de um ladrão que tentou se dar bem e acabou sendo vítima do seu próprio alvo. Viktor Jasinski, de 32 anos, invadiu um salão de beleza na cidade de Meshchovsk, na Rússia, armado com um revólver para fazer a limpa no caixa.

Depois de recolher a grana, ele foi supreendido pela jovem Olga Zajac, de 28 anos, cabeleleira e faixa preta de caratê. A loura derrubou o cara no chão, tomou-lhe a arma e amarrou suas mãos com o fio de um secador de cabelos.
Mas quem pensa que a história acaba aqui, está muito enganado. Em vez de ligar para a polícia, Olga arrastou Viktor até um quartinho escuro, tirou suas roupas e o obrigou a ser seu escravo sexual durante três dias. Depois de usar e abusar do sujeito, para lhe dar uma lição, Olga libertou o cara e ainda disse: "Desapareça da minha vista".
Viktor foi direto para um hospital para tratar de hematomas nos testículos e no pênis. À polícia, ele disse que ficou preso por um par de algemas de pelúcia cor de rosa e que neste período foi obrigado a tomar Viagra.
Olga foi chamada para depor e confirmou a história: "Esse cara é um idiota! Nós fizemos sexo muitas vezes. Mas eu lhe dei uma calça jeans nova, comida e ainda dei dinheiro para que ele fosse embora do meu salão".
Viktor foi preso por roubo e Olga, por tortura e cárcere privado.


http://extra.globo.com/noticias/bizarro/mulher-rende-ladrao-o-obriga-ser-seu-escravo-sexual-2225610.html

sábado, 31 de dezembro de 2011

"Não viajo sem Viagra"o remédio salva vidas


  • Karina Oliani é paramédica especializada no resgate em áreas extremas




  • Resgate de aventura exige capacitação diferenciada
    IG

    A grande casa de boneca servia apenas como um mini-rappel. Escalar as paredes do móvel era certamente mais desafiador do que pentear os longos cabelos da Barbie.
    Ao 12 anos, Karina Oliani, hoje médica especializada em paramedicina, saltou de pára-quedas. A carteira de mergulhadora foi conquistada seis anos antes de assumir o volante de um carro - ou guidom da motocicleta, seu transporte terrestre favorito.
    O padrão de vida compatível com os desejos aventureiros permitiu que ela conquistasse um currículo peculiar, bastante diferenciado dos tradicionais donos do jaleco branco no Brasil.
    Sem limites físicos, a única modalidade esportiva que ela assume total inaptidão é a bocha. Balé, jazz, caiaque, corrida, montanhismo, judô, snowboard, bodyboard (bi-campeã da modalidade) e até pole dance - reconhecida internacionalmente como dança - já estiveram (e muitas ainda fazem parte da rotina) presentes em algum período dos seus bem suados 29 anos.
    O melhor esporte: a medicina

    Em 2007, após concluir o curso de medicina, realizado em uma faculdade privada da capital paulista, Karina arrumou as malas para fazer uma especialização em paramedicina na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos.
    Durante dois anos, aprendeu técnicas de um conceito quase inexistente no Brasil. Na volta à terra natal, empenhada na técnica, conquistou mais uma carteira de habilitação: fez curso de piloto de helicóptero. Hoje, é especialista no resgate em áreas extremas, e trabalha para aglutinar medicina e esporte em um só oficio.
    Junto com outros quatro colegas, montou uma empresa com a proposta de promover a medicina de aventura. Os cinco doutores são contratados para assessorar alpinistas amadores durante expedições de montanhismo. Acompanhar tais equipes é o filão do negócio, mas não o único. Eles pretendem oferecer capacitação a outros profissionais e publicar o manual brasileiro de paramedicina. O grupo conseguiu os direitos para adaptar o conceito americano à realidade tupiniquim.
    É uma área pouco explorada no Brasil. Mas quem é apaixonado pelo esporte, acaba direcionando a vida, a rotina para escalar e vencer desafios ao menos uma vez por ano. E o esporte vira um vício", defende ela.
    De fato, por aqui, a paramedicina é oferecida em cursos específicos e com uma atuação nada turística ou desbravadora. Os profissionais trabalham em ambulâncias do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ou no resgate privado.
    O indispensável Viagra
    A vida sem rotina, embora cansativa, permitiu a médica conhecer mais de 40 países, escalar o Everest, Himalaia, realizar resgates no Alasca e montar um álbum fotográfico digno de exposição.
    Como boa nômade - apenas 40% do tempo ela passa em casa, em São Paulo - a mala nunca é desfeita. Além das roupas que equivalem a um iglu - encarar o frio requer proteção acima do conforto - outro item indispensável no kit de primeiros socorros é o Viagra, tradicional remédio contra impotência sexual.
    Na medicina de montanha, o medicamento é essencial para tratar o quadro de edema pulmonar de alta montanha, provocado nos alpinistas pela falta de oxigênio e aumento da pressão nas artérias pulmonares. Segundo a especialista, a fisiologia do problema é completamente diferente durante a escalada. "O remédio tradicional para tratar o edema pode matar em diferentes condições de temperatura e pressão. Não viajo sem o Viagra, ele salva vidas."
    Sem banho
    Trechos da atuação de Karina podem ser conferidos no programa Extremos, do canal pago Multishow. Junto com o cinegrafista Magoo e a também apresentadora Julia Ericson, o trio viaja para lugares incríveis mundo a fora, roteirizando cultura, esporte e adrenalina.
    À frente de quadros esportivos na televisão desde 2005, a médica tem traquejo e o desprendimento necessário para ignorar as câmeras, a falta de higiene imposta em alguns destinos e curtir a viagem ou realizar cirurgias de emergência. "Meu câmera teve um edema cerebral de alta montanha escalando o Monte Kilimanjaro (na África), tive que socorrê-lo às pressas."
    Destemida e sem frescura, histórias de quase morte, ou a experiência de viver mais de 20 dias sem tomar banho transformam os relatos em contos que alternam comicidade e trágédia. Durante a temporada que passou prestando atendimento no Himalaia, a médica sofreu um grave acidente. A falta de banho e limpeza, principalmente dos cabelos, beiravam o insuportável.
    O frio e o vento, na época, estavam muito agressivos e impossibilitavam a higiene. Cansada de esperar a temperatura favorável, ela decidiu arriscar. Ainda com o shampoo nos cabelos, um mini-tornado derrubou a tenda de banho e a arremeçou 20 metros do local de apoio.
    "Estava nua, quase morrendo de frio. Bati as costelas, me cortei e perdi equipamentos importantes para a vida nessas áreas. Foi um susto muito grande, só sobrevivi por que fui socorrida rapidamente. Hoje, o susto virou história, mas já passei por poucas e boas."
    Por conta do currículo diferenciado, Karina é acionada pelos amigos (também) na hora da dor e de uma viagem. Para aliviar o desconforto, é ótimo ter um médico por perto. Ao planejar uma viagem, ninguém é melhor do que ela no serviço de guia turístico. Sem pestanejar, ela indica os destinos prediletos: "Amo a África e o Brasil."

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A pílula do homem: entenda os efeitos do viagra no organismo


 
Publicado em Sexta, 28 Outubro 2011 13:00
IlustrativaO Viagra, muito utilizado atualmente, foi primeiramente lançado como sendo anti-hipertensivo. Saiba mais a respeito desse medicamento.
Quais os reais efeitos do Viagra na vida do homem?

O medicamento mais conhecido hoje, como o “salvador” da disfunção erétil masculina, foi primeiramente, lançado como  o mais novo promissor anti-hipertensivo. Porém, após os relatos de diversos usuários do medicamento, que afirmavam ter apresentado uma mudança na vida sexual; os pesquisadores mudaram o rumo do medicamento, sendo então, patenteado em 1996 e lançado em 1998, após aprovação, tornando-se a mais nova droga para o tratamento de disfunção erétil.

Como funciona

O Viagra, conhecido  como a “pílula azul”, colabora com a ereção, por causar da  liberação de uma substância denominada óxido nítrico (NO).  Essa liberação ocorre em parte específica do pênis, o corpo cavernoso. Por interações bioquímicas, o NO colabora no relaxamento da musculatura do corpo cavernoso, devido à vasodilatação (influxo de sangue) provocada. Como a ereção é dependente do fluxo de sangue existente no corpo cavernoso, com a vasodilatação, a mesma ocorre.

Por se tratar de uma droga, o Viagra apesar de apresentar grandes vantagens ao organismo humano, deve ser utilizado com precaução. Assim, qualquer indivíduo que queira utilizá-lo deve, em um primeiro momento, procurar orientação médica, pois só após avaliação rigorosa de um especialista, é possível saber a quantidade que deve ser utilizada.

O não reconhecimento da dosagem exata ou o seu excesso pode causar danos irreversíveis, como, por exemplo, cirrose hepática ou insuficiência renal, por serem os órgãos responsáveis pela metabolização e excreção.

Quem não pode usar Viagra?

IlustrativaÉ preciso ficar atento às contra-indicações e às interações medicamentosas e/ou alimentares, que podem causar alteração no metabolismo da droga, resultando em efeitos maléficos ou não. Um exemplo de alteração da ação da droga, devido à interação alimentar, é a ingestão de alimentos gordurosos associado ao seu uso, o que pode diminuir seu efeito real.

O uso é contra indicado para:

Quem sofreu recentemente AVE (acidente vascular encefálico, mais conhecido como derrame cerebral) ou infarto do coração;
Indivíduos que apresentam hipotensão (baixa pressão arterial);
Indivíduos em que a atividade sexual está contra-indicada devido a problemas cardíacos previamente detectados (após orientação médica);
Aqueles que apresentam insuficiência do fígado ou dos rins severas;
Fique atento!

Como tudo na vida, toda ação tem uma reação. O uso do medicamento poderá trazer algumas consequências, ou seja, efeitos colaterais, ao organismo do utilizador, sendo citadas algumas delas:

Caso a ereção dure mais que 4 horas, pode surgir priapismo; uma condição dolorosa e que pode causar danos irreversíveis ao pênis;
A sua utilização, torna mais provável o infarto do coração e AVE;
Pode provocar distúrbios visuais;
Pode causar arritmias ou palpitações.
Toda a utilização de um medicamento traz riscos, portanto, antes de utilizá-lo procure um  médico especializado. A vida é muito valiosa para brincarmos com ela!


Fonte: Mundodastribos

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Depois da descoberta do Viagra, o que ainda falta para eles?

Depois da descoberta do Viagra, o que ainda falta para eles?
O urologista americano Arthur Burnett faz um balanço dos 13 anos da pílula azul e fala sobre os novos desafios da medicina
Júlia Reis, iG São Paulo | 27/08/2011 07:50
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Burnett: "Achamos uma solução que responde bem, mas temos que reconhecer outras complexidades do homem moderno"
Enquanto as mulheres enfrentam dificuldades para sentir desejo ou atingir o orgasmo, o problema sexual que mais aflige os homens é a disfunção erétil. No caso deles a solução está, em parte, dentro de um comprimido: o Viagra. O remédio completa 13 anos de mercado ao lado de outras pílulas que também prometem potência na cama. Mas a sexualidade masculina pode ser mais complexa do que se imagina, diz o urologista americano Arthur Burnett, do hospital Johns Hopkins. Ele afirma que os homens também colecionam causas psicológicas para a dificuldade de desempenho e que é preciso compreender o homem moderno além de prescrever receitas.

Em entrevista ao iG, Burnett fala sobre sexualidade e reflete a respeito dos medicamentos para ereção como uma questão mais ampla, que envolve as duas partes do casal. O profissional comenta ainda a dificuldade em tratar a falta de libido nas mulheres – o que elas farão com homens tão potentes?

iG: O Viagra está há mais de uma década no mercado. Fazendo um balanço, qual a grande contribuição do remédio para a sexualidade dos casais e qual o próximo passo que podemos esperar?
Arthur Burnett: O grande fenômeno foi poder tratar de forma efetiva o problema de disfunção com um remédio via oral. Há 20 anos não pensávamos nisso: eram tratamentos com ervas que não sabíamos se funcionavam ou cirurgias e próteses. Avançamos nos estudos para entender a ereção e, nesse caminho, outros aspetos ganharam mais atenção. Mas não curamos o problema da ereção de maneira sustentável, ainda falamos de um remédio que você tem que tomar regularmente para funcionar.

iG: Existem causas orgânicas que dificultam a ereção de um homem. Mas, assim como ocorre com as mulheres, outros fatores os perturbam psicologicamente e alteram o desempenho na cama?
Arthur Burnett: Estamos acostumados a separar as causas físicas das emocionais. Listamos condições médicas, como diabetes e problemas de coração, e colocamos ao lado as questões emocionais, como a ansiedade de performance e crises na relação amorosa. Mas a ereção é uma resposta complexa do corpo e tem ainda a interação do cérebro. Em muitos homens o problema está na mistura dos fatores, é complexo.

“ Ainda temos um longo caminho até desenvolver uma solução que funcione do mesmo jeito para as mulheres.
iG: Então podemos dizer que a sexualidade masculina é complexa como a feminina, e não baseada só no pênis como diz o senso comum?
Arthur Burnett: No senso comum usamos a imagem do computador para explicar como consertar a disfunção sexual em cada gênero: a do homem é resumida em um botão e a da mulher em muitos botões complicados... Mas a verdade está no meio do caminho. Os problemas masculinos têm outras variáveis como ansiedade e orientação sexual. Alguns pacientes querem a prescrição do remédio para conseguir a ereção e também desejam tratar essas questões, então eu os encaminho para psicoterapeutas.

Devemos mudar nossa forma de pensar. Não dá para dizer ao paciente ‘olha, você já tem uma ereção, já tem o Viagra, pode ir embora do consultório’. Achamos uma solução que responde bem, mas temos que reconhecer outras complexidades do homem moderno. Além disso, as pessoas podem responder melhor ao remédio se melhorarem o estilo de vida.

Ainda não existe solução semelhante ao Viagra para as mulheres
iG: Pensando na realidade dos casais, o Viagra melhorou muito a situação para os homens. Mas como o remédio mudou o sexo para as mulheres? Agora elas têm parceiros que podem estar sempre potentes, mas isso não garante que estejam satisfeitas sexualmente.
Arthur Burnett: Tivemos que reconhecer que a atividade sexual trata de duas pessoas funcionando juntas, e isso chamou a atenção para a questão feminina também. Hoje temos mais compreensão que a sexualidade é uma questão do casal. E uma falta de lubrificação da mulher, por exemplo, mostra que o problema está na dinâmica dos dois.

iG: O Viagra deve ter estimulado homens com problemas de ereção a procurar ajuda médica. Mas mesmo assim será que eles ainda demoram muito para assumir que o problema está em si? Primeiro culpam o casamento, a rotina, o estresse...
Arthur Burnett: Sim. Com o remédio existe uma forma de lidar com o problema de forma efetiva. Antes o médico não gostava nem de entrar na discussão porque não tinha uma resposta para a condição do paciente. Agora ele tem. Mas é muito possível que homens ainda demorem a assumir. Eles são teimosos e tendem a culpar o entorno, é parte da natureza masculina.

iG: Homens ainda têm vergonha de contar para a parceira que tomam remédio para garantir a ereção?
Arthur Burnett: Sim, muitos tomam escondido. É difícil para eles. Por outro lado alguns querem tomar para se exibir, baseados no mito que ficarão por horas com uma ereção. Nem sempre é o casal que vem ao consultório.

iG: Há alguns anos é estudada uma versão feminina do Viagra, mas nada foi aprovado. Porque as soluções para as mulheres são mais difíceis?
Arthur Burnett: Ainda temos um longo caminho até desenvolver uma solução que funcione do mesmo jeito para as mulheres. Nelas o problema dominante é na libido e isso envolve hormônios e outros aspectos. Elas podem até ter mais lubrificação com remédio, mas isso não resolve a libido. Urologistas e ginecologistas nem querem tratar de assuntos da sexualidade feminina porque não têm muito que oferecer. Esse é o desafio.