Por Natasha Romanzoti em 20.02.2011 as 12:01
Um novo estudo comprovou cientificamente o que todo mundo já sabia: que as mulheres são complicadas. Ou melhor: gostam de complicação.
A pesquisa, feita com a ajuda da rede social Facebook, sugere que as mulheres são mais atraídas por caras “difíceis”. A ideia do estudo veio durante a leitura de uma revista feminina. Em uma matéria, o conselho era de que é melhor ser honesto sobre sua atração por uma pessoa, enquanto outra matéria dizia exatamente o contrário, que é melhor “jogar o jogo”, por assim dizer.
Para descobrir qual das situações era a verdadeira, os cientistas recrutaram 47 mulheres universitárias, e lhes mostraram 4 perfis falsos no Facebook de meninos bonitos (dois brancos, um negro e um asiático).
Foi dito às mulheres que os homens eram reais, e que tinham verificado e avaliado seus próprios perfis. As participantes foram informadas de uma dessas três coisas: ou os caras deram-lhes uma classificação elevada, ou uma classificação média, ou os pesquisadores disseram que não puderam revelar as classificações para fins experimentais.
A última categoria levou as mulheres à loucura. As participantes preencheram um inquérito de classificação do quanto gostaram de cada indivíduo, e, em seguida, foram questionadas sobre o quanto cada cara tinha “ficado em sua cabeça”. As mulheres classificaram em primeiro lugar o cara que elas não sabiam o que tinha pensado delas, com uma pontuação ainda maior do que os caras que elas sabiam estar a fim delas.
Os pesquisadores comentam que esse entusiasmo pode ter a ver com o “não saber”. Você pode estar saindo com uma pessoa há um ano, mas se vocês nunca tiveram “a conversa”, se se viram duas ou três vezes por semana, mas nunca trocaram um ‘eu te amo’, todos esses fatores deixam o status do relacionamento incerto e fazem a pessoa se perguntar e desejar.
Embora o estudo tenha incluído apenas mulheres, os pesquisadores acreditam que teriam resultados semelhantes com participantes do sexo masculino.
De qualquer forma, essa lição de amor às vezes pode ser difícil de seguir. Muitas pessoas acreditam firmemente em dizer às pessoas como se sentem. Em princípio, isso seria o correto. Mas quem sabe se não ser tão aberto sobre suas intenções e criar um pouco de incerteza não valerão a pena no final?
Então eis aqui um conselho: se você estiver a fim de alguém, não deixe que ele saiba. Pelo menos por enquanto. [MSN]
http://hypescience.com/elas-gostam-dos-dificeis-pesquisa-mostra-que-mulheres-realmente-sao-complicadas/
terça-feira, 15 de março de 2011
Grande quantidade de mulheres acha que está “gorda demais para fazer sexo”
Grande quantidade de mulheres acha que está “gorda demais para fazer sexo”
Por Luciana Galastri em 14.03.2011 as 1:31
Segundo uma pesquisa recente, 29% das mulheres considera estar muito acima do peso para fazer sexo. O estudo, feito pela organização Sex in The Nation, entrevistou 4mil mulheres britânicas.
Das 29% que disseram evitar fazer sexo por estarem acima do peso, 23% afirma que é porque têm vergonha de suas gordurinhas que ficam “balançando”. 13% disseram que só “namoram” com as luzes apagadas, por vergonha de estarem nuas.
Outros dados mostraram que uma em cada dez mulheres gostaria de ser mais “aventureira” na cama, mas não o fazem por vergonha de algumas partes de seu corpo.
Isso indica, para os especialistas, que aquela história de “mulheres terem menos desejo sexual” pode não passar de mito. Talvez elas sintam tanta vergonha do corpo, que simplesmente não conseguem acreditar que o parceiro irá achá-las atraente na cama e por isso se reprimem.
E você leitora? Sente vergonha do seu corpo? E o leitor, será que já teve experiência com mulheres com baixa auto-estima? Nos contem suas histórias! [Jezebel]
Por Luciana Galastri em 14.03.2011 as 1:31
Segundo uma pesquisa recente, 29% das mulheres considera estar muito acima do peso para fazer sexo. O estudo, feito pela organização Sex in The Nation, entrevistou 4mil mulheres britânicas.
Das 29% que disseram evitar fazer sexo por estarem acima do peso, 23% afirma que é porque têm vergonha de suas gordurinhas que ficam “balançando”. 13% disseram que só “namoram” com as luzes apagadas, por vergonha de estarem nuas.
Outros dados mostraram que uma em cada dez mulheres gostaria de ser mais “aventureira” na cama, mas não o fazem por vergonha de algumas partes de seu corpo.
Isso indica, para os especialistas, que aquela história de “mulheres terem menos desejo sexual” pode não passar de mito. Talvez elas sintam tanta vergonha do corpo, que simplesmente não conseguem acreditar que o parceiro irá achá-las atraente na cama e por isso se reprimem.
E você leitora? Sente vergonha do seu corpo? E o leitor, será que já teve experiência com mulheres com baixa auto-estima? Nos contem suas histórias! [Jezebel]
Analgésicos podem causar impotência
Por Natasha Romanzoti em 14.03.2011 as 1:28
Homens idosos tendem a tomar mais analgésicos e ter mais problemas sexuais, mas isso significa que um problema causa o outro?
Talvez sim. Foi o que concluiu um novo estudo, que afirmou que a ligação entre medicamentos para dor e impotência se manteve mesmo após a exclusão de idade e diversas outras doenças como possíveis explicações.
A pesquisa mostra que os usuários regulares de drogas como aspirina, paracetamol, ibuprofeno e celebrex são 38% mais propensos a sofrer de disfunção erétil do que os homens que não tomam os analgésicos anti-inflamatórios.
De acordo com instituto nacional de saúde americano, cerca de 1 em cada 100 homens na faixa dos 40 anos têm disfunção erétil, em comparação com quase metade dos homens com mais de 75 anos.
No estudo atual, os cientistas analisaram questionários sobre a saúde de quase 81.000 homens com idades entre 45 e 69 anos. Em geral, apenas metade afirmou tomar analgésicos regularmente (pelo menos cinco vezes por semana) e menos de um terço relatou moderada ou severa disfunção erétil.
Daqueles que tomavam analgésicos regularmente, 64% disseram que nunca tinham ereção, em comparação com 36% dos homens que não tomavam os remédios tão frequentemente.
Após a verificação de fatores como idade, peso, pressão arterial alta e doenças cardíacas, os pesquisadores ainda encontraram um risco 38% maior de disfunção erétil entre os homens que tomam analgésicos.
Ainda assim, os cientistas alertam que os resultados não provam que analgésicos provocam impotência. É possível que fatores desconhecidos estejam em jogo, ou que eles não tenham conseguido eliminar a influência de outras doenças inteiramente.
Por exemplo, muitos homens tomam uma dose baixa de aspirina porque estão em maior risco de ataque cardíaco, o que significa que seus vasos sanguíneos não estão em forma, e isso pode afetar o pênis também.
As artérias do pênis são menores do que aquelas que vão para o coração, e por isso podem ficar bloqueadas até vários anos antes. Elas obstruem o sangue que normalmente faz o pênis crescer e tornar-se duro.
Porém, os cientistas acreditam que tais drogas analgésicas bloqueiam os hormônios que “comandam” as ereções dos homens, o que pode ajudar a explicar as novas descobertas.
Como o estudo não testou os analgésicos diretamente, os pesquisadores advertem que os homens não devem parar de usar os remédios por medo de reduzir as chances de conseguir uma ereção. [MSN]
http://hypescience.com/analgesicos-podem-causar-impotencia/
Homens idosos tendem a tomar mais analgésicos e ter mais problemas sexuais, mas isso significa que um problema causa o outro?
Talvez sim. Foi o que concluiu um novo estudo, que afirmou que a ligação entre medicamentos para dor e impotência se manteve mesmo após a exclusão de idade e diversas outras doenças como possíveis explicações.
A pesquisa mostra que os usuários regulares de drogas como aspirina, paracetamol, ibuprofeno e celebrex são 38% mais propensos a sofrer de disfunção erétil do que os homens que não tomam os analgésicos anti-inflamatórios.
De acordo com instituto nacional de saúde americano, cerca de 1 em cada 100 homens na faixa dos 40 anos têm disfunção erétil, em comparação com quase metade dos homens com mais de 75 anos.
No estudo atual, os cientistas analisaram questionários sobre a saúde de quase 81.000 homens com idades entre 45 e 69 anos. Em geral, apenas metade afirmou tomar analgésicos regularmente (pelo menos cinco vezes por semana) e menos de um terço relatou moderada ou severa disfunção erétil.
Daqueles que tomavam analgésicos regularmente, 64% disseram que nunca tinham ereção, em comparação com 36% dos homens que não tomavam os remédios tão frequentemente.
Após a verificação de fatores como idade, peso, pressão arterial alta e doenças cardíacas, os pesquisadores ainda encontraram um risco 38% maior de disfunção erétil entre os homens que tomam analgésicos.
Ainda assim, os cientistas alertam que os resultados não provam que analgésicos provocam impotência. É possível que fatores desconhecidos estejam em jogo, ou que eles não tenham conseguido eliminar a influência de outras doenças inteiramente.
Por exemplo, muitos homens tomam uma dose baixa de aspirina porque estão em maior risco de ataque cardíaco, o que significa que seus vasos sanguíneos não estão em forma, e isso pode afetar o pênis também.
As artérias do pênis são menores do que aquelas que vão para o coração, e por isso podem ficar bloqueadas até vários anos antes. Elas obstruem o sangue que normalmente faz o pênis crescer e tornar-se duro.
Porém, os cientistas acreditam que tais drogas analgésicas bloqueiam os hormônios que “comandam” as ereções dos homens, o que pode ajudar a explicar as novas descobertas.
Como o estudo não testou os analgésicos diretamente, os pesquisadores advertem que os homens não devem parar de usar os remédios por medo de reduzir as chances de conseguir uma ereção. [MSN]
http://hypescience.com/analgesicos-podem-causar-impotencia/
Infidelidade feminina quase que dobrou em uma década
Infidelidade feminina quase que dobrou em uma década
por Patrícia Diguê, da Istoé
As mulheres estão traindo mais, indicam as pesquisas. Levantamento da Fundação Perseu Abramo e do Sesc com 2.365 brasileiras mostrou que 12% delas admitiram ter pulado a cerca pelo menos uma vez na vida – há nove anos eram 7%. Outro estudo, do Projeto de Sexualidade (Prosex) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), coordenado pela médica Carmita Abdo, mostra que, em média, metade já eve algum envolvimento extraconjugal.
Mais surpreendentes do que os números são os motivos que as fazem infiéis. Na pesquisa recém-divulgada da fundação, “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços públicos e privado”, aparece a vingança como a grande motivadora para elas procurarem outro homem. Uma em cada três (35%) disse que só enganou o parceiro porque descobriu que havia sido traída e desejava provocar ciúme.
A advogada C.V., 23 anos, seguiu essa cartilha. Após três anos de namoro, ela descobriu que o namorado se encontrava com outras. “Todo mundo sabia, foi humilhante”, conta C.V., que chegou a surpreender o amado abraçado a uma moça. A primeira reação da advogada foi ceder às investidas de um colega de classe. “Na hora me deu tanta raiva que eu só pensei em dar o troco, nem estava apaixonada.” A pulada de cerca foi passageira e o namoro ainda durou três meses. “Mas eu não conseguia mais confiar nele e terminei tudo.” Segundo a antropóloga Mirian Goldenberg, elas dizem que foram empurradas para o colo de outro por vingança porque, mesmo inconscientemente, sabem que é mais aceitável do que assumirem uma atração física. “Culpar o homem pela traição, é uma desculpa social, já que em nossa sociedade não é aceito que as mulheres tenham o desejo de ter mais de um homem”, explica a autora de “Por que os Homens e as Mulheres Traem?” (editora Record). Em suas pesquisas, Mirian encontrou um índice de traição feminina de 47%. “As mulheres estão mais ativas no comportamento sexual, mas no discurso continuam se colocando como vítimas”, completa.
A segunda justificativa para trair o parceiro apontada na pesquisa da Perseu Abramo é a carência afetiva – 26% responderam que foram infiéis por não se sentirem amadas suficientemente pelos namorados ou maridos. Em terceiro lugar vem a insatisfação sexual (14%). Quando ficou grávida de seu filho, 15 anos atrás, a astróloga Denise Rodrigues, 51 anos, teve de enfrentar não somente uma gravidez complicada, mas também a rejeição do marido. “Tive uma gestação de risco e fui para perto da minha família em outra cidade nos últimos quatro meses. Quando voltei, ele tinha arrumado uma amante.” Depois de um ano de humilhações, uma depressão e muitos quilos a menos, ela encontrou alento no vizinho divorciado que a galanteava havia seis meses. “Eu estava extremamente carente e me sentia atraída por ele. Foi uma paixão louca, me senti bonita e desejada de novo, com mais vida”, conta. Apesar de o marido ter descoberto o romance, ela permaneceu com o companheiro até a morte dele, dois anos atrás. “Fizemos terapia de casal e ficamos mais 12 anos tentando, ele continuou a ter casos e era frio comigo, mas não tive mais ninguém, acabei jogando minha energia em outras coisas da vida.”
Outra especialista em relacionamentos amorosos, a psicanalista Regina Navarro Lins, autora do best seller “A Cama na Varanda” (editora Best Seller), explica que as mulheres lançam mão de motivos dramáticos para justificar um comportamento não aceito pela sociedade porque são educadas a ser frígidas. “Feminilidade no século XIX era não gostar de sexo e até hoje elas têm dificuldade de dizer que gostam”, explica a médica, que, em levantamento pela internet para escrever o livro “A Cama na Rede” (editora Best Seller), no ano passado, registrou índice de 72% de pessoas que já traíram, tanto homens quanto mulheres. Somente 11% das entrevistadas na pesquisa da Perseu Abramo admitiram que o que as levou aos braços de outro foi simplesmente a atração física. Ainda aparecem como causas da traição feminina o fato de ter casado por obrigação, a violência do marido e a ausência de vida sexual.
Na opinião de Regina Navarro, foi a invenção da pílula anticoncepcional, há 51 anos, que abriu o caminho para a igualdade de gênero também no item traição. “As mulheres tinham menos relações extraconjugais porque tinham medo de uma gravidez indesejada, mas a pílula mudou isso”, avalia. Para a psicanalista, o que ainda impede que elas traiam tanto quanto os homens é o fato de ainda sentirem mais medo e culpa do que eles. E isso se deve à educação dada às meninas: não separar sexo de amor. “Ainda somos regidos pela ideia do amor romântico, que entrou para valer na década de 1940 e prega a existência de uma fusão entre os amantes, em que um vai preencher todas as necessidades do outro”, explica Regina.
Por outro lado, os homens não cresceram sob esse tabu e conseguem fazer a separação com facilidade. Tanto que os índices de traição masculina continuam altos. Na pesquisa da Perseu Abramo, que também entrevistou 1.181 homens, 45% deles disseram já ter traído. “Sexo e amor são coisas distintas, você pode amar e não querer ter sexo e gostar de ter sexo e não querer casar. Está mais do que na hora de acabar com essa ideia de que uma pessoa tem que contemplar tudo. É por isso que existe tanta frustração nas relações”, defende Regina. E as mulheres, segundo ela, são as que mais sofrem e se mostram mais insatisfeitas nos casamentos. “Por causa desse pacto de exclusividade, que na prática é uma ficção, 80% dos casais vivem mal. Não sou contra casamento, mas essa fórmula que está aí não está dando certo”, preconiza a pesquisadora.
Nisso, os estudiosos das relações amorosas são uníssonos: homens e mulheres vão encontrar cada vez mais novas formas de se relacionar. “O jeito como lidamos com o amor está em constante transformação. É só imaginar que até há muito pouco tempo adultério era considerado crime”, lembra Carmita Abdo, da Prosex/USP. Para Mirian Goldenberg, a vantagem é que os casais terão mais opções. “Alguns manterão a exclusividade sexual como principal valor do casamento, outras experimentarão maior liberdade.” Regina Navarro vai mais longe. “Acredito no poliamor, quando se pode amar e ser amado por mais de uma pessoa.” Pelo jeito, se relacionar com o sexo oposto ficará mais e mais complexo daqui para frente.
www.istoe.com.br/.../128077_POR+QUE+AS+MULHERES+TRAEM
por Patrícia Diguê, da Istoé
As mulheres estão traindo mais, indicam as pesquisas. Levantamento da Fundação Perseu Abramo e do Sesc com 2.365 brasileiras mostrou que 12% delas admitiram ter pulado a cerca pelo menos uma vez na vida – há nove anos eram 7%. Outro estudo, do Projeto de Sexualidade (Prosex) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), coordenado pela médica Carmita Abdo, mostra que, em média, metade já eve algum envolvimento extraconjugal.
Mais surpreendentes do que os números são os motivos que as fazem infiéis. Na pesquisa recém-divulgada da fundação, “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços públicos e privado”, aparece a vingança como a grande motivadora para elas procurarem outro homem. Uma em cada três (35%) disse que só enganou o parceiro porque descobriu que havia sido traída e desejava provocar ciúme.
A advogada C.V., 23 anos, seguiu essa cartilha. Após três anos de namoro, ela descobriu que o namorado se encontrava com outras. “Todo mundo sabia, foi humilhante”, conta C.V., que chegou a surpreender o amado abraçado a uma moça. A primeira reação da advogada foi ceder às investidas de um colega de classe. “Na hora me deu tanta raiva que eu só pensei em dar o troco, nem estava apaixonada.” A pulada de cerca foi passageira e o namoro ainda durou três meses. “Mas eu não conseguia mais confiar nele e terminei tudo.” Segundo a antropóloga Mirian Goldenberg, elas dizem que foram empurradas para o colo de outro por vingança porque, mesmo inconscientemente, sabem que é mais aceitável do que assumirem uma atração física. “Culpar o homem pela traição, é uma desculpa social, já que em nossa sociedade não é aceito que as mulheres tenham o desejo de ter mais de um homem”, explica a autora de “Por que os Homens e as Mulheres Traem?” (editora Record). Em suas pesquisas, Mirian encontrou um índice de traição feminina de 47%. “As mulheres estão mais ativas no comportamento sexual, mas no discurso continuam se colocando como vítimas”, completa.
A segunda justificativa para trair o parceiro apontada na pesquisa da Perseu Abramo é a carência afetiva – 26% responderam que foram infiéis por não se sentirem amadas suficientemente pelos namorados ou maridos. Em terceiro lugar vem a insatisfação sexual (14%). Quando ficou grávida de seu filho, 15 anos atrás, a astróloga Denise Rodrigues, 51 anos, teve de enfrentar não somente uma gravidez complicada, mas também a rejeição do marido. “Tive uma gestação de risco e fui para perto da minha família em outra cidade nos últimos quatro meses. Quando voltei, ele tinha arrumado uma amante.” Depois de um ano de humilhações, uma depressão e muitos quilos a menos, ela encontrou alento no vizinho divorciado que a galanteava havia seis meses. “Eu estava extremamente carente e me sentia atraída por ele. Foi uma paixão louca, me senti bonita e desejada de novo, com mais vida”, conta. Apesar de o marido ter descoberto o romance, ela permaneceu com o companheiro até a morte dele, dois anos atrás. “Fizemos terapia de casal e ficamos mais 12 anos tentando, ele continuou a ter casos e era frio comigo, mas não tive mais ninguém, acabei jogando minha energia em outras coisas da vida.”
Outra especialista em relacionamentos amorosos, a psicanalista Regina Navarro Lins, autora do best seller “A Cama na Varanda” (editora Best Seller), explica que as mulheres lançam mão de motivos dramáticos para justificar um comportamento não aceito pela sociedade porque são educadas a ser frígidas. “Feminilidade no século XIX era não gostar de sexo e até hoje elas têm dificuldade de dizer que gostam”, explica a médica, que, em levantamento pela internet para escrever o livro “A Cama na Rede” (editora Best Seller), no ano passado, registrou índice de 72% de pessoas que já traíram, tanto homens quanto mulheres. Somente 11% das entrevistadas na pesquisa da Perseu Abramo admitiram que o que as levou aos braços de outro foi simplesmente a atração física. Ainda aparecem como causas da traição feminina o fato de ter casado por obrigação, a violência do marido e a ausência de vida sexual.
Na opinião de Regina Navarro, foi a invenção da pílula anticoncepcional, há 51 anos, que abriu o caminho para a igualdade de gênero também no item traição. “As mulheres tinham menos relações extraconjugais porque tinham medo de uma gravidez indesejada, mas a pílula mudou isso”, avalia. Para a psicanalista, o que ainda impede que elas traiam tanto quanto os homens é o fato de ainda sentirem mais medo e culpa do que eles. E isso se deve à educação dada às meninas: não separar sexo de amor. “Ainda somos regidos pela ideia do amor romântico, que entrou para valer na década de 1940 e prega a existência de uma fusão entre os amantes, em que um vai preencher todas as necessidades do outro”, explica Regina.
Por outro lado, os homens não cresceram sob esse tabu e conseguem fazer a separação com facilidade. Tanto que os índices de traição masculina continuam altos. Na pesquisa da Perseu Abramo, que também entrevistou 1.181 homens, 45% deles disseram já ter traído. “Sexo e amor são coisas distintas, você pode amar e não querer ter sexo e gostar de ter sexo e não querer casar. Está mais do que na hora de acabar com essa ideia de que uma pessoa tem que contemplar tudo. É por isso que existe tanta frustração nas relações”, defende Regina. E as mulheres, segundo ela, são as que mais sofrem e se mostram mais insatisfeitas nos casamentos. “Por causa desse pacto de exclusividade, que na prática é uma ficção, 80% dos casais vivem mal. Não sou contra casamento, mas essa fórmula que está aí não está dando certo”, preconiza a pesquisadora.
Nisso, os estudiosos das relações amorosas são uníssonos: homens e mulheres vão encontrar cada vez mais novas formas de se relacionar. “O jeito como lidamos com o amor está em constante transformação. É só imaginar que até há muito pouco tempo adultério era considerado crime”, lembra Carmita Abdo, da Prosex/USP. Para Mirian Goldenberg, a vantagem é que os casais terão mais opções. “Alguns manterão a exclusividade sexual como principal valor do casamento, outras experimentarão maior liberdade.” Regina Navarro vai mais longe. “Acredito no poliamor, quando se pode amar e ser amado por mais de uma pessoa.” Pelo jeito, se relacionar com o sexo oposto ficará mais e mais complexo daqui para frente.
www.istoe.com.br/.../128077_POR+QUE+AS+MULHERES+TRAEM
Terapia de calor será testada contra ejaculação precoce
15/03/2011
Terapia de calor será testada contra ejaculação precoce
Redação do Diário da Saúde
Terapia de calor
Médicos do Case Medical Center, nos Estados Unidos, estão realizando o primeiro estudo-piloto com uma nova "terapia de calor" para tratar a ejaculação precoce.
O procedimento é chamado de modulação neurotermal guiada por imagem.
O calor é produzido por ondas de rádio dirigidas com uma sonda e dirigido para um nervo, de forma a modular, ou diminuir, as sensações que ele transporta.
Ejaculação precoce
Dados de diversas pesquisas indicam que a ejaculação precoce afeta entre 20 e 38 por cento dos homens no mundo todo, sendo esta a disfunção sexual masculina mais comum.
Atualmente há poucas opções de tratamento, de eficácia limitada, baseadas em medicação oral, tais como inibidores seletivos de recaptação da serotonina, que pode ter efeitos colaterais por todo o corpo durante o uso prolongado.
"Estamos muito animados com este que é o primeiro estudo desse tipo no mundo," disse David Prologo, coordenador da pesquisa. "Esta é uma condição bastante comum para a qual os homens têm opções muito limitadas [de tratamento]. Se pudermos demonstrar que a terapia local pode ajudar, teremos uma opção ambulatorial para controle dos sintomas [da ejaculação precoce]."
Ajustando a sensibilidade do nervo
Neste tratamento experimental, os pacientes serão submetidos a uma tomografia computadorizada para guiar um minúsculo eletrodo, do tamanho de uma agulha, até o nervo dorsal do pênis que, em última instância, é o responsável pela sensibilidade da pele do pênis.
Ondas de rádio serão transmitidas de forma intermitente através do eletrodo para diminuir as sensações coletadas por este nervo. Os pacientes ficarão sedados, mas conscientes, durante o procedimento.
O procedimento será feito em ambulatório e os pacientes poderão ir para casa no mesmo dia. O tratamento leva apenas cerca de 20 minutos, sem contar o tempo de preparação antes e o tempo de observação ao final.
Ablação
O Dr. Prologo explica que o nervo se recupera ao longo do tempo. Ou seja, os efeitos do tratamento não são permanentes.
Se os efeitos observados durante o estudo piloto forem positivos, o próximo passo será avaliar a possibilidade de uma ablação permanente.
A ablação é comumente usada para o controle da dor em pacientes com problemas nas costas, por exemplo.
http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=ejaculacao-precoce-terapia-calor&id=6281
Terapia de calor será testada contra ejaculação precoce
Redação do Diário da Saúde
Terapia de calor
Médicos do Case Medical Center, nos Estados Unidos, estão realizando o primeiro estudo-piloto com uma nova "terapia de calor" para tratar a ejaculação precoce.
O procedimento é chamado de modulação neurotermal guiada por imagem.
O calor é produzido por ondas de rádio dirigidas com uma sonda e dirigido para um nervo, de forma a modular, ou diminuir, as sensações que ele transporta.
Ejaculação precoce
Dados de diversas pesquisas indicam que a ejaculação precoce afeta entre 20 e 38 por cento dos homens no mundo todo, sendo esta a disfunção sexual masculina mais comum.
Atualmente há poucas opções de tratamento, de eficácia limitada, baseadas em medicação oral, tais como inibidores seletivos de recaptação da serotonina, que pode ter efeitos colaterais por todo o corpo durante o uso prolongado.
"Estamos muito animados com este que é o primeiro estudo desse tipo no mundo," disse David Prologo, coordenador da pesquisa. "Esta é uma condição bastante comum para a qual os homens têm opções muito limitadas [de tratamento]. Se pudermos demonstrar que a terapia local pode ajudar, teremos uma opção ambulatorial para controle dos sintomas [da ejaculação precoce]."
Ajustando a sensibilidade do nervo
Neste tratamento experimental, os pacientes serão submetidos a uma tomografia computadorizada para guiar um minúsculo eletrodo, do tamanho de uma agulha, até o nervo dorsal do pênis que, em última instância, é o responsável pela sensibilidade da pele do pênis.
Ondas de rádio serão transmitidas de forma intermitente através do eletrodo para diminuir as sensações coletadas por este nervo. Os pacientes ficarão sedados, mas conscientes, durante o procedimento.
O procedimento será feito em ambulatório e os pacientes poderão ir para casa no mesmo dia. O tratamento leva apenas cerca de 20 minutos, sem contar o tempo de preparação antes e o tempo de observação ao final.
Ablação
O Dr. Prologo explica que o nervo se recupera ao longo do tempo. Ou seja, os efeitos do tratamento não são permanentes.
Se os efeitos observados durante o estudo piloto forem positivos, o próximo passo será avaliar a possibilidade de uma ablação permanente.
A ablação é comumente usada para o controle da dor em pacientes com problemas nas costas, por exemplo.
http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=ejaculacao-precoce-terapia-calor&id=6281
segunda-feira, 14 de março de 2011
Conheça mitos relacionados à qualidade de vida sexual
11/03/2011 -- 14h46
Conheça mitos relacionados à qualidade de vida sexual
Disfunções sexuais nem sempre estão associadas a problemas físicos; maneira de pensar e conduzir o relacionamento também influência relação sexual
Conceitos de vida sexual masculina e feminina são caracterizadas pelo aprendizado social das pessoas, por suas relações com o mundo e cultura. Tendo isso como premissa é muito comum que surjam mitos e crenças estereotipadas e muitas vezes exacerbadas sobre a vida e a atividade sexual.
Quando falamos de disfunções sexuais logo podemos pensar em problemas de caráter físico e muitas vezes demoramos a compreender que o que nos aflige também pode estar além da biologia, ou seja, tudo isso também pode ocorrer por maneiras de pensar e agir em uma relação conjugal e sexual.
Atualmente temos uma proposta sexual exposta na mídia de corpos excepcionais e superpotencializados sexualmente, sem contar nos discursos sexuais perfeitos que surgem em rodas de amigos e amigas.
Finalmente quando nos deparamos em uma situação que contradiz aquilo que estamos acostumados a ouvir e que conhecemos como ''normal'', começamos a nos questionar e tentar encontrar mecanismos que nos tirem desse sofrimento psíquico que muitas vezes ficam internalizados durante anos por medo da repreensão cultural e social, medo da estigmatização da pessoa enquanto individuo, no medo de fracassar cada vez mais até chegar a uma situação irreparável.
Nessa situação começamos a acreditar em uma possível dessexualização pessoal, às vezes até optando por não mais tentar viver o prazer que a atividade sexual pode proporcionar. Nesse contexto começamos a reforçar mecanismos que podem manter o comportamento disfuncional, como: a antecipação do fracasso, obrigação de satisfazer a parceira, fingir prazer sexual, a necessidade de sempre estar pronto e disposto, não interessa onde, nem quem esteja oferecendo.
Todos os exemplos citados e muitos outros podem contribuir para que a sexualidade seja defasada e que a disfunção se instale cada vez mais angustiante e profundamente.
Mas esquecemos de um pequeno detalhe: a vida sexual deve e pode ser prazerosa. Quando nos deparamos com mitos e crenças, tendemos a nos prender a eles e fazer deles condições imutáveis, regras que devem ser seguidas a todo custo, nem sequer pensamos em questioná-los. Nos colocamos a mercê de uma vida estagnada e sem possibilidades de reaprendizado.
A vida sexual pode ser vivida sem culpa, desde que nossos desejos e ações não interfiram no bem-estar do outro.
Devemos procurar maneiras e mecanismos que possam viabilizar uma vida sexual ativa e, acima de tudo, prazerosa. Se para isso for necessário procurar um profissional especializado, que seja, pois a busca sempre quer dizer novas possibilidades de ver a situação de maneiras diferentes, de reaprender aquilo que por algum motivo tornou-se a única possibilidade.
Não saber, não é motivo para vergonha, vergonhoso mesmo é ter medo de questionar, experimentar e de viver.
Diego Henrique Viviani, psicólogo (São Paulo)
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--62-20110311&tit=conheca+mitos+relacionados+a+qualidade+de+vida+sexual
Conheça mitos relacionados à qualidade de vida sexual
Disfunções sexuais nem sempre estão associadas a problemas físicos; maneira de pensar e conduzir o relacionamento também influência relação sexual
Conceitos de vida sexual masculina e feminina são caracterizadas pelo aprendizado social das pessoas, por suas relações com o mundo e cultura. Tendo isso como premissa é muito comum que surjam mitos e crenças estereotipadas e muitas vezes exacerbadas sobre a vida e a atividade sexual.
Quando falamos de disfunções sexuais logo podemos pensar em problemas de caráter físico e muitas vezes demoramos a compreender que o que nos aflige também pode estar além da biologia, ou seja, tudo isso também pode ocorrer por maneiras de pensar e agir em uma relação conjugal e sexual.
Atualmente temos uma proposta sexual exposta na mídia de corpos excepcionais e superpotencializados sexualmente, sem contar nos discursos sexuais perfeitos que surgem em rodas de amigos e amigas.
Finalmente quando nos deparamos em uma situação que contradiz aquilo que estamos acostumados a ouvir e que conhecemos como ''normal'', começamos a nos questionar e tentar encontrar mecanismos que nos tirem desse sofrimento psíquico que muitas vezes ficam internalizados durante anos por medo da repreensão cultural e social, medo da estigmatização da pessoa enquanto individuo, no medo de fracassar cada vez mais até chegar a uma situação irreparável.
Nessa situação começamos a acreditar em uma possível dessexualização pessoal, às vezes até optando por não mais tentar viver o prazer que a atividade sexual pode proporcionar. Nesse contexto começamos a reforçar mecanismos que podem manter o comportamento disfuncional, como: a antecipação do fracasso, obrigação de satisfazer a parceira, fingir prazer sexual, a necessidade de sempre estar pronto e disposto, não interessa onde, nem quem esteja oferecendo.
Todos os exemplos citados e muitos outros podem contribuir para que a sexualidade seja defasada e que a disfunção se instale cada vez mais angustiante e profundamente.
Mas esquecemos de um pequeno detalhe: a vida sexual deve e pode ser prazerosa. Quando nos deparamos com mitos e crenças, tendemos a nos prender a eles e fazer deles condições imutáveis, regras que devem ser seguidas a todo custo, nem sequer pensamos em questioná-los. Nos colocamos a mercê de uma vida estagnada e sem possibilidades de reaprendizado.
A vida sexual pode ser vivida sem culpa, desde que nossos desejos e ações não interfiram no bem-estar do outro.
Devemos procurar maneiras e mecanismos que possam viabilizar uma vida sexual ativa e, acima de tudo, prazerosa. Se para isso for necessário procurar um profissional especializado, que seja, pois a busca sempre quer dizer novas possibilidades de ver a situação de maneiras diferentes, de reaprender aquilo que por algum motivo tornou-se a única possibilidade.
Não saber, não é motivo para vergonha, vergonhoso mesmo é ter medo de questionar, experimentar e de viver.
Diego Henrique Viviani, psicólogo (São Paulo)
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--62-20110311&tit=conheca+mitos+relacionados+a+qualidade+de+vida+sexual
domingo, 13 de março de 2011
Busca do desejo sexual
Zenilce Vieira Bruno - Psicóloga, pedagoga e sexóloga
zenilcebruno@ uol.com.br
A busca da melhora na sexualidade é tão antiga quanto a história da própria humanidade. Práticas eram usadas na Idade Média para ter e conseguir a pessoa amada. Inúmeros fetiches foram e são usados no ritual do sexo.
Portanto, não é de admirar que os seres humanos venham buscando formas fáceis e até mágicas de modificar e elevar a libido. Muitas substâncias foram anunciadas como tendo propriedades afrodisíacas com capacidade de realçar o impulso sexual.
Os afrodisíacos têm como principal característica a problemática de sua variância, pois o mesmo “agente”, instigante para uns, pode ser elemento de bloqueio para outros, daí torna-se antiafrodisíaco, inibindo o desejo sexual. A finalidade dos afrodisíacos é incitar o amor carnal.
De fato, não existe qualquer substância que aumente o desejo sexual em todas as pessoas. É necessário compreender que o elemento liberador da sexualidade está, não no afrodisíaco, mas dentro da própria mente, não podendo criar nada que já não exista.
Muitos dos fatores que afetam nosso impulso sexual estão fora do nosso controle, pois a marca da sexualidade humana é o papel central desempenhado pelo parceiro e não apenas as características exibidas por aquela pessoa, mas seu comportamento. Outra razão é que algumas das variáveis que afetam nosso impulso sexual estão além da nossa percepção consciente.
Desde sempre, a humanidade tem recorrido a substâncias, truques e jogos que as pessoas tidas como sérias e virtuosas se apressam a classificar como perversões, para estimular o desejo amoroso e a fertilidade. No entanto, para os simples mortais, a sexualidade é um componente da boa saúde e faz parte do caminho da alma; não está associada a culpas.
Vivemos obcecados por um insaciável apetite de sensações cada vez mais fortes, porque, na pressa de devorar tudo, dissociamos o corpo da alma. Já não basta uma carícia sutil, o prazer da pele contra pele ou compartilhar uma fantasia; exigimos exaltação cósmica.
Penso que há tanto descaso com o outro e com as emoções nessa olimpíada de desempenhos que tudo termina por se inverter. Na falta de alegrias consistentes, de sinceridade, de espontaneidade do sentimento, tem lugar a
indústria erótica que serve mais
à competição que à expressão amorosa.
A cultura na qual se enquadra hoje o sexual é aquela do espetacular, que se mostra, expõe, revela, se manifesta em eficiência. Daí a necessidade gerada de se parecer que é o melhor, que se é potente, competente e até onipotente, mesmo que lá no íntimo, sintamo-nos frágeis e até impotentes.
É necessário anunciar de peito aberto que o único afrodisíaco verdadeiramente infalível é o amor. Nada consegue deter a paixão acesa de duas pessoas apaixonadas. Neste caso, não importam os achaques da existência, o furor dos anos, o envelhecimento físico ou a mesquinhez de oportunidades; os amantes dão um jeito de se amarem porque, por definição, esse é seu destino.
http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2011/03/12/noticiaopiniaojornal,2112472/busca-do-desejo-sexual.shtml
zenilcebruno@ uol.com.br
A busca da melhora na sexualidade é tão antiga quanto a história da própria humanidade. Práticas eram usadas na Idade Média para ter e conseguir a pessoa amada. Inúmeros fetiches foram e são usados no ritual do sexo.
Portanto, não é de admirar que os seres humanos venham buscando formas fáceis e até mágicas de modificar e elevar a libido. Muitas substâncias foram anunciadas como tendo propriedades afrodisíacas com capacidade de realçar o impulso sexual.
Os afrodisíacos têm como principal característica a problemática de sua variância, pois o mesmo “agente”, instigante para uns, pode ser elemento de bloqueio para outros, daí torna-se antiafrodisíaco, inibindo o desejo sexual. A finalidade dos afrodisíacos é incitar o amor carnal.
De fato, não existe qualquer substância que aumente o desejo sexual em todas as pessoas. É necessário compreender que o elemento liberador da sexualidade está, não no afrodisíaco, mas dentro da própria mente, não podendo criar nada que já não exista.
Muitos dos fatores que afetam nosso impulso sexual estão fora do nosso controle, pois a marca da sexualidade humana é o papel central desempenhado pelo parceiro e não apenas as características exibidas por aquela pessoa, mas seu comportamento. Outra razão é que algumas das variáveis que afetam nosso impulso sexual estão além da nossa percepção consciente.
Desde sempre, a humanidade tem recorrido a substâncias, truques e jogos que as pessoas tidas como sérias e virtuosas se apressam a classificar como perversões, para estimular o desejo amoroso e a fertilidade. No entanto, para os simples mortais, a sexualidade é um componente da boa saúde e faz parte do caminho da alma; não está associada a culpas.
Vivemos obcecados por um insaciável apetite de sensações cada vez mais fortes, porque, na pressa de devorar tudo, dissociamos o corpo da alma. Já não basta uma carícia sutil, o prazer da pele contra pele ou compartilhar uma fantasia; exigimos exaltação cósmica.
Penso que há tanto descaso com o outro e com as emoções nessa olimpíada de desempenhos que tudo termina por se inverter. Na falta de alegrias consistentes, de sinceridade, de espontaneidade do sentimento, tem lugar a
indústria erótica que serve mais
à competição que à expressão amorosa.
A cultura na qual se enquadra hoje o sexual é aquela do espetacular, que se mostra, expõe, revela, se manifesta em eficiência. Daí a necessidade gerada de se parecer que é o melhor, que se é potente, competente e até onipotente, mesmo que lá no íntimo, sintamo-nos frágeis e até impotentes.
É necessário anunciar de peito aberto que o único afrodisíaco verdadeiramente infalível é o amor. Nada consegue deter a paixão acesa de duas pessoas apaixonadas. Neste caso, não importam os achaques da existência, o furor dos anos, o envelhecimento físico ou a mesquinhez de oportunidades; os amantes dão um jeito de se amarem porque, por definição, esse é seu destino.
http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2011/03/12/noticiaopiniaojornal,2112472/busca-do-desejo-sexual.shtml
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