Todo mundo tem problemas sexuais
De impotência a frigidez, saiba o que acontece com o seu corpo na maturidade
11/09/2009
Por João Roberto Azevedo*
A função sexual continua por toda a vida. O adulto jovem utiliza seu relacionamento sexual como importante meio de expansão emocional de acordo com seus valores culturais. O casamento traz nova dimensão à função sexual, envolvendo a relação síncrona entre duas pessoas. Os filhos trazem novo estágio ao desenvolvimento sexual com o aparecimento da figura do pai e da mãe com todas as suas repercussões. Alguns problemas, no decorrer da vivência da sexualidade, podem e devem ser superados.
O climatério, para algumas mulheres, é um período que traz problemas psicológicos, pois o fato de não poder mais gerar filhos propicia sentimento de desvalorização pessoal. Outras mulheres, entretanto, descobrem nesta fase uma nova liberdade.
O homem, por sua vez, não tem o problema da diminuição da fertilidade, sendo bem conhecidos casos de homens que tiveram filhos até com noventa anos de idade. Mas o homem pode experimentar crises emocionais que se refletem no seu vigor sexual. O homem idoso não perde a sua função sexual, sendo um mito em nossa cultura o fato de a maturidade ser assexuada.
Com o avanço da idade, há uma tendência à diminuição da função sexual, havendo uma queda na freqüência das relações sexuais. Após a menopausa, a mulher pode apresentar problemas sexuais como a diminuição da libido, falta de orgasmo, diminuição da lubrificação da vagina e dor durante a relação sexual, distúrbios estes plenamente corrigidos com o uso de medicação apropriada.
O homem pode apresentar impotência devido a problemas circulatórios e à diminuição da sensibilidade na região do pênis, mas, na grande maioria das vezes, a impotência se deve a fatores emocionais. É importante saber que o uso de determinados medicamentos, como anti-hipertensivos, tranqüilizantes, etc, pode provocar a impotência no homem. O álcool e o fumo também podem diminuir a potência sexual.
Os aspectos psicológicos decorrentes de alguma doença formam a situação mais comum geradora de impotência. É a pessoa sabedora de ser portadora de diabetes, por exemplo, que passa a ter impotência unicamente devido a problemas emocionais. O sentir-se velho pode constituir por si só uma causa da impotência. Aqui deve ser destacada a depressão, a ansiedade e angústia.
A impotência atinge profundamente o homem, gerando baixa auto-estima e infelicidade. Toda situação de impotência deve ser avaliada clinicamente, com destaque para aspectos circulatórios e urológicos. Os cuidados psicológicos são fundamentais e devem estar sempre presentes. O idoso, em geral, apresenta componente orgânico associado ao psicológico. Já existem medicamentos para uso oral que têm eficácia comprovada são bem tolerados no tratamento da impotência.
É importante reforçar que a atividade sexual permanece na maturidade, ainda que haja uma diminuição na sua freqüência. Nessa fase, além da satisfação física, o sexo reafirma a identidade de cada parceiro, demonstrando que cada pessoa pode ser valiosa para a outra. Junto ao sexo também estão valores muito importantes, que o tempo ajuda a conquistar: a intimidade, a sensação de aconchego, o afeto, o carinho, o amor.
Tanto o homem como a mulher continuam a apreciar as relações sexuais pela vida afora, independentemente da idade que tenham.
As alterações que ocorrem na mulher (como a secura da vagina, por exemplo ) ou no homem ( como a diminuição no tempo de ereção), bem como a diminuição da fase de excitação para ambos, não são fatores que chegam a prejudicar o prazer sexual.
A boa adaptação é o principal fator que determina o prazer sexual. A atividade sexual em qualquer idade é demonstração de um estado de boa saúde tanto física como mental.
*João Roberto D. Azevedo é médico, responsável pelo projeto Ficar Jovem Leva Tempo
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7443
terça-feira, 19 de abril de 2011
Dependentes do sexo
Dependentes do sexo
Quando a atividade sexual deixa de ser um prazer e se transforma em problema
da redação
01/09/2009
Nem sempre o excesso de sexo pode ser benéfico ou vantajoso. Quando o indivíduo perde a capacidade de escolha por não conseguir controlar seus impulsos, ou quando o comportamento compulsivo compromete outros aspectos da vida, como estudos ou trabalho, o diagnóstico pode ser sexo patológico. E daí não entende-se apenas como a quantidade de relações sexuais, mas masturbação em demasia e pensamentos incessantes sobre sexo.
O psiquiatra da Unifesp Aderbal Vieira Júnior, coordenador do Ambulatório de Tratamento do Sexo Patológico do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), explica que a idade média dos pacientes é 34 anos.
Segundo Aderbal, na maioria dos casos já vem desde a adolescência, no entanto, somente mais tarde o indivíduo percebe o transtorno. "Ele está em um outro momento da vida, buscando se estabilizar emocionalmente, e se dá conta de que a compulsão sexual é um obstáculo para isso", completa o psiquiatra.
E se o problema começa na faixa dos 30 anos, com o tempo, tende a se agravar. Em entrevista ao Jornal da Unifesp, a advogada Angela, de 37 anos, relata que começou a busca por relações via internet, em salas de bate-papo. Com o tempo, os encontros deixaram de ser virtuais e passaram a envolver somente sexo. Como tornaram-se freqüentes, Ângela percebeu que esse comportamento começou a atropelar sua vida.
"Para uma pessoa que é casada, trabalha, tem responsabilidade e rotina, dedicar-se a isso exige um esforço significativo. Perdia noites de sono na internet, em busca de pessoas disponíveis, desmarcava compromissos e sem querer afastei-me do meu marido e da minha vida. Eu considerava que tinha um casamento bacana, uma vida sexual legal com o meu marido, mas, mesmo assim, tinha outra vida, cheia de riscos", declarou ao Jornal da Unifesp.
O caso de Ângela é exceção, já que, conforme diz Aderbal, cerca de 95% dos pacientes são homens. Isso porque, geralmente, os homens dependem mais de sexo, enquanto as mulheres precisam de relação.
"Outro aspecto que explica porque eles são mais atingidos é que o homem é vangloriado quando transa com dez mulheres em uma noite, hipoteticamente. Já a mulher é mal vista", destaca o psiquiatra.
O sexo patológico é tratado no ambulatório do Proad com psicoterapia, individual ou em grupo. Caso a disfunção seja decorrente de algum transtorno psiquiátrico, utiliza-se medicamentos. "Em certos casos, também pode-se conciliar a terapia ao uso de antidepressivos, que baixam a libido", afirma Aderbal.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7422
Quando a atividade sexual deixa de ser um prazer e se transforma em problema
da redação
01/09/2009
Nem sempre o excesso de sexo pode ser benéfico ou vantajoso. Quando o indivíduo perde a capacidade de escolha por não conseguir controlar seus impulsos, ou quando o comportamento compulsivo compromete outros aspectos da vida, como estudos ou trabalho, o diagnóstico pode ser sexo patológico. E daí não entende-se apenas como a quantidade de relações sexuais, mas masturbação em demasia e pensamentos incessantes sobre sexo.
O psiquiatra da Unifesp Aderbal Vieira Júnior, coordenador do Ambulatório de Tratamento do Sexo Patológico do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), explica que a idade média dos pacientes é 34 anos.
Segundo Aderbal, na maioria dos casos já vem desde a adolescência, no entanto, somente mais tarde o indivíduo percebe o transtorno. "Ele está em um outro momento da vida, buscando se estabilizar emocionalmente, e se dá conta de que a compulsão sexual é um obstáculo para isso", completa o psiquiatra.
E se o problema começa na faixa dos 30 anos, com o tempo, tende a se agravar. Em entrevista ao Jornal da Unifesp, a advogada Angela, de 37 anos, relata que começou a busca por relações via internet, em salas de bate-papo. Com o tempo, os encontros deixaram de ser virtuais e passaram a envolver somente sexo. Como tornaram-se freqüentes, Ângela percebeu que esse comportamento começou a atropelar sua vida.
"Para uma pessoa que é casada, trabalha, tem responsabilidade e rotina, dedicar-se a isso exige um esforço significativo. Perdia noites de sono na internet, em busca de pessoas disponíveis, desmarcava compromissos e sem querer afastei-me do meu marido e da minha vida. Eu considerava que tinha um casamento bacana, uma vida sexual legal com o meu marido, mas, mesmo assim, tinha outra vida, cheia de riscos", declarou ao Jornal da Unifesp.
O caso de Ângela é exceção, já que, conforme diz Aderbal, cerca de 95% dos pacientes são homens. Isso porque, geralmente, os homens dependem mais de sexo, enquanto as mulheres precisam de relação.
"Outro aspecto que explica porque eles são mais atingidos é que o homem é vangloriado quando transa com dez mulheres em uma noite, hipoteticamente. Já a mulher é mal vista", destaca o psiquiatra.
O sexo patológico é tratado no ambulatório do Proad com psicoterapia, individual ou em grupo. Caso a disfunção seja decorrente de algum transtorno psiquiátrico, utiliza-se medicamentos. "Em certos casos, também pode-se conciliar a terapia ao uso de antidepressivos, que baixam a libido", afirma Aderbal.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7422
Mulheres na menopausa reclamam de dor nas relações sexuais
Quando o sexo dói
Mulheres na menopausa reclamam de dor nas relações sexuais
Por Maria Fernanda Schardong
25/09/2009
Ondas de calor, insônia, ressecamento vaginal, diminuição da libido. Aos muitos e já conhecidos sintomas associados à menopausa, as mulheres reclamam, também, de desconforto durante o ato sexual. A dispareunia, como é chamada a dor durante a penetração, é geralmente associada a pouca lubrificação vaginal. A boa notícia é que tem tratamento.
A mestre em sexologia Regina Moura afirma que, de fato, a lubrificação vaginal é uma das causas mais comuns para a dispareunia. “Durante a excitação sexual a vagina se lubrifica, se alonga e se alarga para receber o pênis. Portanto, a penetração de um pênis ereto numa vagina que não esteja preparada para recebê-lo, será dolorosa”, explica ela.
Mas existem outras causas, inclusive, de origem psicológica. “A dispareunia pode também desencadear um ciclo vicioso, pois o medo de sentir dor pode gerar uma ansiedade. E, assim, a mulher não consegue o relaxamento suficiente para ser excitada e, consequentemente, sentirá dor durante penetração, que vai gerar o medo de sentir dor”, observa a sexóloga. Além disso, a desproporção entre o tamanho do pênis e o da vagina, apesar de pouco divulgada, também é uma causa comum da dispareunia.
A queda na produção de hormônios também está entre as prováveis origens do problema. Isso ocorre porque a baixa quantidade de estrogênio (hormônio feminino) é responsável pela diminuição da espessura do tecido que recobre a vagina, tornando-o mais fino e, consequentemente, mais sujeito à sensação de dor quando submetido à penetração.
A diminuição da espessura do tecido vaginal também determina a diminuição da secreção da lubrificação. E, segundo Regina, há graus variáveis de espessura do tecido vaginal. O revestimento pode ser normal (eutrófico); pode conter pouca ação do estrogênio (hipotrófico); e existe ainda o muito fino (atrófico), em que há pouquíssima ou nenhuma ação estrogênica. "As mulheres com o revestimento vaginal atrófico sempre terão dor à penetração, já as demais, poderão ou não sentir dor. Vai depender da intensidade da estimulação sensual para a produção de menor ou maior lubrificação”, explica ela.
Para as mulheres que sofrem só de pensar em ter relações sexuais, com medo de sentir dor, a sexóloga afirma que existe tratamento. “Tudo depende da causa do sintoma. Quando ocorre a atrofia do revestimento vaginal, indicamos o uso de cremes de estrogênio intravaginal. Mulheres com história de câncer de mama não podem utilizá-lo", ressalta Regina.
Há médicos que prescrevem lubrificantes vaginais à base de água para diminuir a sensação de falta de lubrificação. Para escolher a melhor opção, o mais indicado é conversar com um especialista . "É muito importante que se converse com o médico sobre todas as queixas, sobre o que atrapalha a saúde, e não somente ou exclusivamente sobre as as queixas de dor durante a penetração. Com certeza, ele vai ajudar a encontrar a melhor solução", finaliza a sexóloga.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7475
Mulheres na menopausa reclamam de dor nas relações sexuais
Por Maria Fernanda Schardong
25/09/2009
Ondas de calor, insônia, ressecamento vaginal, diminuição da libido. Aos muitos e já conhecidos sintomas associados à menopausa, as mulheres reclamam, também, de desconforto durante o ato sexual. A dispareunia, como é chamada a dor durante a penetração, é geralmente associada a pouca lubrificação vaginal. A boa notícia é que tem tratamento.
A mestre em sexologia Regina Moura afirma que, de fato, a lubrificação vaginal é uma das causas mais comuns para a dispareunia. “Durante a excitação sexual a vagina se lubrifica, se alonga e se alarga para receber o pênis. Portanto, a penetração de um pênis ereto numa vagina que não esteja preparada para recebê-lo, será dolorosa”, explica ela.
Mas existem outras causas, inclusive, de origem psicológica. “A dispareunia pode também desencadear um ciclo vicioso, pois o medo de sentir dor pode gerar uma ansiedade. E, assim, a mulher não consegue o relaxamento suficiente para ser excitada e, consequentemente, sentirá dor durante penetração, que vai gerar o medo de sentir dor”, observa a sexóloga. Além disso, a desproporção entre o tamanho do pênis e o da vagina, apesar de pouco divulgada, também é uma causa comum da dispareunia.
A queda na produção de hormônios também está entre as prováveis origens do problema. Isso ocorre porque a baixa quantidade de estrogênio (hormônio feminino) é responsável pela diminuição da espessura do tecido que recobre a vagina, tornando-o mais fino e, consequentemente, mais sujeito à sensação de dor quando submetido à penetração.
A diminuição da espessura do tecido vaginal também determina a diminuição da secreção da lubrificação. E, segundo Regina, há graus variáveis de espessura do tecido vaginal. O revestimento pode ser normal (eutrófico); pode conter pouca ação do estrogênio (hipotrófico); e existe ainda o muito fino (atrófico), em que há pouquíssima ou nenhuma ação estrogênica. "As mulheres com o revestimento vaginal atrófico sempre terão dor à penetração, já as demais, poderão ou não sentir dor. Vai depender da intensidade da estimulação sensual para a produção de menor ou maior lubrificação”, explica ela.
Para as mulheres que sofrem só de pensar em ter relações sexuais, com medo de sentir dor, a sexóloga afirma que existe tratamento. “Tudo depende da causa do sintoma. Quando ocorre a atrofia do revestimento vaginal, indicamos o uso de cremes de estrogênio intravaginal. Mulheres com história de câncer de mama não podem utilizá-lo", ressalta Regina.
Há médicos que prescrevem lubrificantes vaginais à base de água para diminuir a sensação de falta de lubrificação. Para escolher a melhor opção, o mais indicado é conversar com um especialista . "É muito importante que se converse com o médico sobre todas as queixas, sobre o que atrapalha a saúde, e não somente ou exclusivamente sobre as as queixas de dor durante a penetração. Com certeza, ele vai ajudar a encontrar a melhor solução", finaliza a sexóloga.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7475
Guia do bom sexo
Guia do bom sexo
O Maisde50 conversou com especialistas e diz como ter mais prazer na maturidade
da redação
25/11/2009
Sexo é bom, mas nem sempre é fácil. O prazer na maturidade envolve delicadeza e equilíbrio. Quem busca mudanças na vida sexual deve ter paciência e coragem para driblar as resistências da mente e do físico. Só assim é possível desfrutar de uma harmonia sexual jamais experimentada.
Quanto mais amadurecemos, a sexualidade pode se tornar uma experiência mais íntima. É hora de enfatizar mais o abraço, o beijo e, o mais importante, a cumplicidade e a comunicação. A seguir, apresentamos dez passos para você melhorar seu desempenho na cama. Vá com calma e sem pressa, recomendam os especialistas.
1. Atenção ao parceiro
Esqueça seus preconceitos. O diálogo sobre as preferências de cada um é o melhor primeiro passo para uma relação saudável na cama. De nada adianta fazer carícias se o parceiro não reage ou não gosta. Pergunte, sem cerimônia, o que lhe agrada.
2. Mudar a rotina
Quando o êxtase sexual do casal começa a minguar, pode ser a hora de reexaminar o ritual. É preciso coragem, mas os brinquedos sexuais, livros e mesmo filmes podem esquentar a vida de casais. Então, abuse.
3. Aproveitar o tempo
Para quem tem mais tempo, como os aposentados, por exemplo, o sexo com hora marcada pode ser extinto. Afinal, sexo só é prazeroso quando você está relaxado. Tente descobrir as horas durante o dia quando você está bem descansado e alerta. Alguns casais vão encontrar na manhã a melhor hora para fazer amor, depois de uma boa noite de sono. Ou no começo da tarde, algumas horas depois do almoço, pode ser ideal. Descubra o seu melhor tempo.
4. Lugares para dormir e lugares para o amor
Seu quarto pode ser onde você passa alguns dos momentos mais íntimos. Quando você envelhece, suas necessidades mudam. Para alguns, pode não ser mais prático dividir uma cama de casal. Isso não deve ser problema, desde que não comprometa a intimidade do casal.
5. Técnicas simples para retirar o estresse do sexo
Um problema cardíaco ou outras doenças podem exigir que você se abstenha, por um tempo, do sexo e de todas as atividades que provocam esforço físico. Pergunte sempre a seu médico quando será seguro retornar à vida sexual. Ele pode sugerir que você pratique posições menos árduas e reduza o nível de força física durante o ato sexual.
6. Atmosfera
Uma atmosfera calma e relaxante é uma sugestão para aliviar a ansiedade e o estresse. Crie um ambiente sereno, usando música relaxante, com pouca luz. Se o quarto foi usado por uma enfermeira ou para cuidar de uma parceiro doente, mude-se para um quarto diferente ou mude levemente a decoração. Um ambiente diferente pode também ajudar a quebrar a rotina.
7. Temperatura
Certifique-se de que a temperatura está agradável para ambos para aumentar o nível de relaxamento. Um quarto levemente fresco pode ser mais confortável quando as coisas começarem a esquentar.
8. Tenha calma
Provoque devagar e aos poucos. Massagens são uma boa maneira de seduzir e relaxar ao mesmo tempo. Gaste tempo deitado, converse, toque, acaricie o seu parceiro ou parceira.
9. Como lidar com novos parceiros
Geralmente, quem começa uma nova relação na maturidade sofre muitas pressões. Como se não bastasse o fator psicológico, a falta de intimidade com o novo parceiro, às vezes, pode dificultar o entrosamento. Mas a hora é de explorar os corpos, descobrir as zonas de prazer até que o casal sinta-se confortável. Frequentemente, os rituais sexuais apreciados com o antigo parceiro não são compatíveis com os do novo amante. Novamente, a comunicação aberta é o melhor caminho.
10. Converse com seu médico
Não tenha vergonha. Qualquer desconforto vale a opinião do médico. Ele está lá para ajudá-lo. E sexo bem feito garante qualidade de vida.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7608
O Maisde50 conversou com especialistas e diz como ter mais prazer na maturidade
da redação
25/11/2009
Sexo é bom, mas nem sempre é fácil. O prazer na maturidade envolve delicadeza e equilíbrio. Quem busca mudanças na vida sexual deve ter paciência e coragem para driblar as resistências da mente e do físico. Só assim é possível desfrutar de uma harmonia sexual jamais experimentada.
Quanto mais amadurecemos, a sexualidade pode se tornar uma experiência mais íntima. É hora de enfatizar mais o abraço, o beijo e, o mais importante, a cumplicidade e a comunicação. A seguir, apresentamos dez passos para você melhorar seu desempenho na cama. Vá com calma e sem pressa, recomendam os especialistas.
1. Atenção ao parceiro
Esqueça seus preconceitos. O diálogo sobre as preferências de cada um é o melhor primeiro passo para uma relação saudável na cama. De nada adianta fazer carícias se o parceiro não reage ou não gosta. Pergunte, sem cerimônia, o que lhe agrada.
2. Mudar a rotina
Quando o êxtase sexual do casal começa a minguar, pode ser a hora de reexaminar o ritual. É preciso coragem, mas os brinquedos sexuais, livros e mesmo filmes podem esquentar a vida de casais. Então, abuse.
3. Aproveitar o tempo
Para quem tem mais tempo, como os aposentados, por exemplo, o sexo com hora marcada pode ser extinto. Afinal, sexo só é prazeroso quando você está relaxado. Tente descobrir as horas durante o dia quando você está bem descansado e alerta. Alguns casais vão encontrar na manhã a melhor hora para fazer amor, depois de uma boa noite de sono. Ou no começo da tarde, algumas horas depois do almoço, pode ser ideal. Descubra o seu melhor tempo.
4. Lugares para dormir e lugares para o amor
Seu quarto pode ser onde você passa alguns dos momentos mais íntimos. Quando você envelhece, suas necessidades mudam. Para alguns, pode não ser mais prático dividir uma cama de casal. Isso não deve ser problema, desde que não comprometa a intimidade do casal.
5. Técnicas simples para retirar o estresse do sexo
Um problema cardíaco ou outras doenças podem exigir que você se abstenha, por um tempo, do sexo e de todas as atividades que provocam esforço físico. Pergunte sempre a seu médico quando será seguro retornar à vida sexual. Ele pode sugerir que você pratique posições menos árduas e reduza o nível de força física durante o ato sexual.
6. Atmosfera
Uma atmosfera calma e relaxante é uma sugestão para aliviar a ansiedade e o estresse. Crie um ambiente sereno, usando música relaxante, com pouca luz. Se o quarto foi usado por uma enfermeira ou para cuidar de uma parceiro doente, mude-se para um quarto diferente ou mude levemente a decoração. Um ambiente diferente pode também ajudar a quebrar a rotina.
7. Temperatura
Certifique-se de que a temperatura está agradável para ambos para aumentar o nível de relaxamento. Um quarto levemente fresco pode ser mais confortável quando as coisas começarem a esquentar.
8. Tenha calma
Provoque devagar e aos poucos. Massagens são uma boa maneira de seduzir e relaxar ao mesmo tempo. Gaste tempo deitado, converse, toque, acaricie o seu parceiro ou parceira.
9. Como lidar com novos parceiros
Geralmente, quem começa uma nova relação na maturidade sofre muitas pressões. Como se não bastasse o fator psicológico, a falta de intimidade com o novo parceiro, às vezes, pode dificultar o entrosamento. Mas a hora é de explorar os corpos, descobrir as zonas de prazer até que o casal sinta-se confortável. Frequentemente, os rituais sexuais apreciados com o antigo parceiro não são compatíveis com os do novo amante. Novamente, a comunicação aberta é o melhor caminho.
10. Converse com seu médico
Não tenha vergonha. Qualquer desconforto vale a opinião do médico. Ele está lá para ajudá-lo. E sexo bem feito garante qualidade de vida.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7608
Presença de namorados de filhos em casa faz adultos questionarem a própria sexualidade
Sexualidade liberada
Presença de namorados de filhos em casa faz adultos questionarem a própria sexualidade
Por Simone Muniz
19/10/2009
De repente, amanhece e sua linda filha de 20 anos está com o namorado em casa, sem pedir licença. Ele, uma figura desconhecida, estranha, rebelde e, talvez, um piercing que, como a cena típica de cinema ou de comercial de margarina, surpreende a todos em um assalto à geladeira. Logo, além do rapaz, invade sua vida um turbilhão de pensamentos. "Na minha época, não era assim", pensam todos os pais. E quem, sem querer, acaba por assistir a cenas na cozinha, começa a se questionar sobre sua própria vida amorosa e sexual.
Abrir a própria casa para o desabrochar da sexualidade dos filhos não funciona apenas como um início de reflexão sobre a responsabilidade e a educação deles, que muitas vezes habitam a casa dos pais como se fossem os únicos moradores do local. Mais do que invasão de privacidade, os namorados dos filhos também provocam reflexão sobre as experiências sexuais passadas e futuras dos pais, estejam estes juntos ou divorciados. Afinal, mesmo os casais mais bem resolvidos não viveram a juventude em uma época de unânima liberdade sexual.
Foi por conta da tão complicada a relação entre pais e namorados dos filhos que a jornalista e mãe de duas ex-adolescentes, Lucia Rito, escreveu "Como Lidar com os Namorados dos Filhos", da Editora Record. No livro, ela explica algumas das reações mais íntimas deles ao se depararem com a libido explosiva dos filhos dentro de casa. "Eles se sentem compelidos a modificar seu comportamento e a forma de lidar com a própria sexualidade. Alguns resolvem cuidar do visual, fazem uma lipo, sucumbem à depressão, ou simplesmente desabafam mais com os amigos. Outros, quem sabe, até se abrem para uma nova paixão?", resume.
Lucia é uma das que lamenta não ter tido a mesma sorte dos filhos. "Tinha horário para voltar para casa e só podia namorar acompanhada de minhas irmãs. Em compensação, permito a elas o que gostaria de ter tido", argumenta. Ela confessa que sofreu com a idéia de ter vivido menos liberdade, mas, hoje, aos 53 anos, se sente muito mais plena do que a geração de seus pais com a mesma idade. "Os avós de hoje, aos cinqüenta e poucos, já eram senhores recatados", acrescenta.
Por outro lado, a psicanalista e professora da USP, Maria Alves de Toledo Bruns, teme essa cobrança por uma "sexualidade bem resolvida", feita pela mídia e pela sociedade, e que se torna ainda mais explícita quando os filhos começam a trazer os namorados para casa. Em reação a essa exigência, tanto filhos quanto os pais parecem precisar se mostrar ativos sexualmente. O que pode levar até mesmo uma competição e, em excesso, a uma baixa autoestima dos que já não exibem o mesmo pique dos jovens.
É claro que não são só os pais que sofrem com as transformações e que precisam reforçar a auto-estima, as amizades e o companheirismo do parceiro. Os filhos, muitas vezes, carecem de maturidade para assumir as conseqüências das novas experiências. "Em muitos adolescentes, há uma disparidade entre o corpo desenvolvido e o pensamento ainda pouco amadurecido sobre a sexualidade", explica Maria Alves. Os filhos precisam dos pais para dialogar, negociar um lugar para namorar, para esclarecer dúvidas sobre iniciação sexual e sobre especialistas que possam informá-los melhor sobre sua sexualidade. E para que os pais consigam se mostrar disponíveis e abertos para o diálogo com os filhos, é preciso encarar as reações em si mesmo trazidas junto com as "novidades"
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7528
Presença de namorados de filhos em casa faz adultos questionarem a própria sexualidade
Por Simone Muniz
19/10/2009
De repente, amanhece e sua linda filha de 20 anos está com o namorado em casa, sem pedir licença. Ele, uma figura desconhecida, estranha, rebelde e, talvez, um piercing que, como a cena típica de cinema ou de comercial de margarina, surpreende a todos em um assalto à geladeira. Logo, além do rapaz, invade sua vida um turbilhão de pensamentos. "Na minha época, não era assim", pensam todos os pais. E quem, sem querer, acaba por assistir a cenas na cozinha, começa a se questionar sobre sua própria vida amorosa e sexual.
Abrir a própria casa para o desabrochar da sexualidade dos filhos não funciona apenas como um início de reflexão sobre a responsabilidade e a educação deles, que muitas vezes habitam a casa dos pais como se fossem os únicos moradores do local. Mais do que invasão de privacidade, os namorados dos filhos também provocam reflexão sobre as experiências sexuais passadas e futuras dos pais, estejam estes juntos ou divorciados. Afinal, mesmo os casais mais bem resolvidos não viveram a juventude em uma época de unânima liberdade sexual.
Foi por conta da tão complicada a relação entre pais e namorados dos filhos que a jornalista e mãe de duas ex-adolescentes, Lucia Rito, escreveu "Como Lidar com os Namorados dos Filhos", da Editora Record. No livro, ela explica algumas das reações mais íntimas deles ao se depararem com a libido explosiva dos filhos dentro de casa. "Eles se sentem compelidos a modificar seu comportamento e a forma de lidar com a própria sexualidade. Alguns resolvem cuidar do visual, fazem uma lipo, sucumbem à depressão, ou simplesmente desabafam mais com os amigos. Outros, quem sabe, até se abrem para uma nova paixão?", resume.
Lucia é uma das que lamenta não ter tido a mesma sorte dos filhos. "Tinha horário para voltar para casa e só podia namorar acompanhada de minhas irmãs. Em compensação, permito a elas o que gostaria de ter tido", argumenta. Ela confessa que sofreu com a idéia de ter vivido menos liberdade, mas, hoje, aos 53 anos, se sente muito mais plena do que a geração de seus pais com a mesma idade. "Os avós de hoje, aos cinqüenta e poucos, já eram senhores recatados", acrescenta.
Por outro lado, a psicanalista e professora da USP, Maria Alves de Toledo Bruns, teme essa cobrança por uma "sexualidade bem resolvida", feita pela mídia e pela sociedade, e que se torna ainda mais explícita quando os filhos começam a trazer os namorados para casa. Em reação a essa exigência, tanto filhos quanto os pais parecem precisar se mostrar ativos sexualmente. O que pode levar até mesmo uma competição e, em excesso, a uma baixa autoestima dos que já não exibem o mesmo pique dos jovens.
É claro que não são só os pais que sofrem com as transformações e que precisam reforçar a auto-estima, as amizades e o companheirismo do parceiro. Os filhos, muitas vezes, carecem de maturidade para assumir as conseqüências das novas experiências. "Em muitos adolescentes, há uma disparidade entre o corpo desenvolvido e o pensamento ainda pouco amadurecido sobre a sexualidade", explica Maria Alves. Os filhos precisam dos pais para dialogar, negociar um lugar para namorar, para esclarecer dúvidas sobre iniciação sexual e sobre especialistas que possam informá-los melhor sobre sua sexualidade. E para que os pais consigam se mostrar disponíveis e abertos para o diálogo com os filhos, é preciso encarar as reações em si mesmo trazidas junto com as "novidades"
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O que realmente acontece na cama? As verdades que os manuais de auto-ajuda não contam
Entre quatro paredes
O que realmente acontece na cama? As verdades que os manuais de auto-ajuda não contam
18/12/2009
*Por Maria Helena Matarazzo
No reino da fantasia, não há espaço para ansiedade, medo de engravidar, falta de desejo ou dificuldade de se entregar. No mundo real, a história é bem diferente - as dificuldades existem e o prazer está intimamente ligado à capacidade de se comunicar. Tentar ser um bom amante sem isso é praticar tiro ao alvo de olhos vendados.
Num mundo sexual imaginário, nunca nada machuca, nada arranha, nada fere, ninguém fica ansioso, cansado, tem medo de engravidar. Nesse reino de imaginação, nunca nada dá errado, tudo sempre se encaixa com perfeição, ereções sempre acontecem, orgasmos são fáceis. O desejo é constante, a camisinha não atrapalha e as pessoas se entregam com a maior facilidade.
Na vida real não é bem assim. O que de fato acontece na cama tem muito pouco a ver com o que está na literatura erótica, nos manuais de sexologia, nos filmes de Hollywood.
Existem muitos livros que dizem o que se deveria estar fazendo na cama e, além do mais, existe agora até CD-room erótico. Entretanto, é muito mais importante saber o que as pessoas estão fazendo, pensando e sentindo de verdade. Será que a única coisa que conta é a quantidade? Será que menos sexo significa menos intimidade ou será que certos casais descobriram outras maneiras de manifestar sua intimidade sem precisar ter "x" orgasmos por semana? Será que o vínculo depende de quantas relações sexuais cada um está tendo ou da qualidade dessas relações? E, numa relação a dois, quando se fala sobre isso?
Como disse a sexóloga americana Helen Kaplan, tentar ser um bom amante sem se comunicar é a mesma coisa que tentar aprender tiro ao alvo com uma venda nos olhos. Mas tirar essa venda significa perceber nossas expectativas sexuais reais e irreais e também poder falar sobre elas. Um homem pode sonhar com ter relações sexuais todos os dias e, de repente, descobrir que seu apetite sexual não vai além de uma ou duas vezes por semana e que seu desempenho não é tão magnífico assim. Uma mulher pode ter imaginado que bastava bater palmas e dizer "Abra-te, Sésamo" para ter uma relação.
Acontece que cada um é como é, diferente um do outro. Não gostamos todos das mesmas coisas, não queremos as mesmas coisas nem construímos as mesmas fantasias. Não. O nível de energia sexual ou de fome não segue um padrão. Por isso, é muito importante separar sexo de verdade de sexo de mentira, realidade de sonho. Fantasia é aquilo que acontece na nossa cabeça. Realidade é o que acontece em nossa cama.
Quando se pensa em sexo de verdade, se sabe que praticamente todas as pessoas tiveram, feliz ou infelizmente, alguma experiência inesquecível. Muito ou pouco sexo, bom ou mau, ou algo entre os dois extremos. De algum modo, todos escondem alguma coisa.
Cada segredo sexual é diferente do outro. O único denominador comum é que cada pessoa parece ter um. Algumas pessoas escondem sentimentos e desejos ("Sinto uma vontade inconfessável de transar com..."), outros escondem comportamentos, outros ainda mantêm segredo sobre sua biografia sexual. Um homem pode querer que ninguém saiba que ele teve uma caso, uma mulher pode não querer que seu parceiro saiba que ela está fingindo ter orgasmos e, sobretudo, ninguém quer que os outros saibam seus dilemas sexuais.
É verdade que se fazem muitas piadas e insinuações sobre o assunto, mas, mesmo quando se conversa, a maioria das pessoas faz somente alusões. Ninguém se sente muito à vontade contando seus medos, desapontamentos ou segredos sexuais. Para se proteger de uma hiperexposição, a maioria conta sua história sexual aos poucos, aos pedaços, aos sussurros.
Por quê? As pessoas se sentem vulneráveis quando falam de sexo. É difícil confessar. Por isso, umas inventam, outras se calam. Quem cresceu antes da revolução sexual dos anos 60 só se abre quando confia muito. Quem cresceu durante a revolução pode querer saber detalhes, mas por outro lado pode ter medo de perguntar.
A verdade é que ninguém tem sexo no vácuo. Cada vez que nos envolvemos numa relação, levamos conosco nossos medos, nossas fantasias, nossas experiências passadas. Mas só penetrando na realidade se penetra no outro.
*Maria Helena Matarazzo é sexóloga e autora de Namorantes, da Editora Mandarim.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=7647
O que realmente acontece na cama? As verdades que os manuais de auto-ajuda não contam
18/12/2009
*Por Maria Helena Matarazzo
No reino da fantasia, não há espaço para ansiedade, medo de engravidar, falta de desejo ou dificuldade de se entregar. No mundo real, a história é bem diferente - as dificuldades existem e o prazer está intimamente ligado à capacidade de se comunicar. Tentar ser um bom amante sem isso é praticar tiro ao alvo de olhos vendados.
Num mundo sexual imaginário, nunca nada machuca, nada arranha, nada fere, ninguém fica ansioso, cansado, tem medo de engravidar. Nesse reino de imaginação, nunca nada dá errado, tudo sempre se encaixa com perfeição, ereções sempre acontecem, orgasmos são fáceis. O desejo é constante, a camisinha não atrapalha e as pessoas se entregam com a maior facilidade.
Na vida real não é bem assim. O que de fato acontece na cama tem muito pouco a ver com o que está na literatura erótica, nos manuais de sexologia, nos filmes de Hollywood.
Existem muitos livros que dizem o que se deveria estar fazendo na cama e, além do mais, existe agora até CD-room erótico. Entretanto, é muito mais importante saber o que as pessoas estão fazendo, pensando e sentindo de verdade. Será que a única coisa que conta é a quantidade? Será que menos sexo significa menos intimidade ou será que certos casais descobriram outras maneiras de manifestar sua intimidade sem precisar ter "x" orgasmos por semana? Será que o vínculo depende de quantas relações sexuais cada um está tendo ou da qualidade dessas relações? E, numa relação a dois, quando se fala sobre isso?
Como disse a sexóloga americana Helen Kaplan, tentar ser um bom amante sem se comunicar é a mesma coisa que tentar aprender tiro ao alvo com uma venda nos olhos. Mas tirar essa venda significa perceber nossas expectativas sexuais reais e irreais e também poder falar sobre elas. Um homem pode sonhar com ter relações sexuais todos os dias e, de repente, descobrir que seu apetite sexual não vai além de uma ou duas vezes por semana e que seu desempenho não é tão magnífico assim. Uma mulher pode ter imaginado que bastava bater palmas e dizer "Abra-te, Sésamo" para ter uma relação.
Acontece que cada um é como é, diferente um do outro. Não gostamos todos das mesmas coisas, não queremos as mesmas coisas nem construímos as mesmas fantasias. Não. O nível de energia sexual ou de fome não segue um padrão. Por isso, é muito importante separar sexo de verdade de sexo de mentira, realidade de sonho. Fantasia é aquilo que acontece na nossa cabeça. Realidade é o que acontece em nossa cama.
Quando se pensa em sexo de verdade, se sabe que praticamente todas as pessoas tiveram, feliz ou infelizmente, alguma experiência inesquecível. Muito ou pouco sexo, bom ou mau, ou algo entre os dois extremos. De algum modo, todos escondem alguma coisa.
Cada segredo sexual é diferente do outro. O único denominador comum é que cada pessoa parece ter um. Algumas pessoas escondem sentimentos e desejos ("Sinto uma vontade inconfessável de transar com..."), outros escondem comportamentos, outros ainda mantêm segredo sobre sua biografia sexual. Um homem pode querer que ninguém saiba que ele teve uma caso, uma mulher pode não querer que seu parceiro saiba que ela está fingindo ter orgasmos e, sobretudo, ninguém quer que os outros saibam seus dilemas sexuais.
É verdade que se fazem muitas piadas e insinuações sobre o assunto, mas, mesmo quando se conversa, a maioria das pessoas faz somente alusões. Ninguém se sente muito à vontade contando seus medos, desapontamentos ou segredos sexuais. Para se proteger de uma hiperexposição, a maioria conta sua história sexual aos poucos, aos pedaços, aos sussurros.
Por quê? As pessoas se sentem vulneráveis quando falam de sexo. É difícil confessar. Por isso, umas inventam, outras se calam. Quem cresceu antes da revolução sexual dos anos 60 só se abre quando confia muito. Quem cresceu durante a revolução pode querer saber detalhes, mas por outro lado pode ter medo de perguntar.
A verdade é que ninguém tem sexo no vácuo. Cada vez que nos envolvemos numa relação, levamos conosco nossos medos, nossas fantasias, nossas experiências passadas. Mas só penetrando na realidade se penetra no outro.
*Maria Helena Matarazzo é sexóloga e autora de Namorantes, da Editora Mandarim.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=7647
Desejo feminino
Desejo feminino
Além dos hormônios, estudo mostra os distúrbios que afetam a sexualidade e a libido das mulheres
Por Maria Fernanda Schardong
02/03/2010
Uma dor de cabeça repentina, um mal estar sem justificativa, a preocupação com a mãe doente, os filhos que não chegam, a reunião no dia seguinte. A lista de desculpas para evitar o sexo cresce na mesma proporção que o número de mulheres que sofrem do Distúrbio do Desejo Sexual Hipoativo, alertam pesquisadores europeus. A boa notícia é que é possível identificar e tratar o problema que pode trazer prejuízos emocionais também para os homens.
O estudo denominado DESIRE (em português, Desejo e seus Efeitos sobre a Sexualidade Feminina incluindo Relacionamentos) identificou 7.542 mulheres entre 18 e 88 anos, da França, Itália, Alemanha, Espanha e Reino Unido, com baixo desejo sexual e desconfortos associados ao sexo. Desse total, 5.098 participaram do resultado final da análise, que foi apresentada na edição de 2010 da reunião anual da Sociedade Internacional para o Estudo da Saúde Sexual da Mulher (ISSWSH), na Flórida, EUA.
As participantes do estudo foram questionadas sobre uma série de atitudes e comportamentos ligados às suas experiências de baixo desejo sexual. Os relatórios de frequência e nível de desejo sexual nos últimos 12 meses foram significativamente correlacionados com os relatórios do nível de angústia sobre o baixo apetite sexual e com cada uma dessas respostas negativas. Grande parte das mulheres relatou a experimentação, frequentemente ou sempre, durante os três meses anteriores, de emoções negativas como a insatisfação com o sexo, a culpa sobre as dificuldades sexuais e a angústia diante da vida sexual que levavam.
Para a especialista em Sexualidade e membro do Centro de Estudos e Pesquisas do Comportamento e Sexualidade (CEPCOS), Márcia Atik, a falta de apetite sexual, definitivamente, tem muito mais causas emocionais e culturais do que qualquer outra razão. “Não dá para negar que, depois de certa idade, mudanças físicas ocorrem. Porém, elas não precisam interferir diretamente no desejo pelo parceiro. Quando isso ocorre, não tenho dúvida que as causas são muito mais emocionais e culturais. Sabemos que quando a mulher tem autonomia sobre o seu corpo e desejo e mantém uma relação afetiva de qualidade, ela terá todas as respostas sexuais íntegras, independentemente da idade”, afirma ela.
O que a maioria das mulheres que sofre desse distúrbio quer ouvir é que os hormônios podem ser os grandes vilões dessa história. Porém, os distúrbios hormonais constituem a menor parte do problema. "Historicamente, a mulher se vê mais mulher quando tem capacidade de procriar. Mas isso não é verdade, e a maioria sabe. Entretanto, o tabu da menopausa, ligado à mulher que já cumpriu seu papel de mãe e mulher, acaba impedindo o sexo feminino de dar continuidade a uma vida sexual satisfatória. Sem falar na faixa etária dos 50 que ainda é fruto de uma geração onde o sexo era tratado como necessidade masculina e obrigação feminina”, explica e sexóloga.
Fugir do sexo nunca é a melhor opção. Uma conversa franca e aberta com o parceiro, a ajuda de um profissional capacitado e até um bate-papo entre amigas pode facilitar o entendimento debaixo dos lençóis. “Em casos mais graves, acompanhamento psicológico e tratamentos hormonais podem até ser indicados. Porém, conversas informais entre amigas e, principalmente, com um parceiro que a valorize e reconheça seu potencial faz com que a mulher reverta essa dificuldade e refaça seu caminho em busca de sua sexualidade prazerosa”, aconselha Márcia.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7771
Além dos hormônios, estudo mostra os distúrbios que afetam a sexualidade e a libido das mulheres
Por Maria Fernanda Schardong
02/03/2010
Uma dor de cabeça repentina, um mal estar sem justificativa, a preocupação com a mãe doente, os filhos que não chegam, a reunião no dia seguinte. A lista de desculpas para evitar o sexo cresce na mesma proporção que o número de mulheres que sofrem do Distúrbio do Desejo Sexual Hipoativo, alertam pesquisadores europeus. A boa notícia é que é possível identificar e tratar o problema que pode trazer prejuízos emocionais também para os homens.
O estudo denominado DESIRE (em português, Desejo e seus Efeitos sobre a Sexualidade Feminina incluindo Relacionamentos) identificou 7.542 mulheres entre 18 e 88 anos, da França, Itália, Alemanha, Espanha e Reino Unido, com baixo desejo sexual e desconfortos associados ao sexo. Desse total, 5.098 participaram do resultado final da análise, que foi apresentada na edição de 2010 da reunião anual da Sociedade Internacional para o Estudo da Saúde Sexual da Mulher (ISSWSH), na Flórida, EUA.
As participantes do estudo foram questionadas sobre uma série de atitudes e comportamentos ligados às suas experiências de baixo desejo sexual. Os relatórios de frequência e nível de desejo sexual nos últimos 12 meses foram significativamente correlacionados com os relatórios do nível de angústia sobre o baixo apetite sexual e com cada uma dessas respostas negativas. Grande parte das mulheres relatou a experimentação, frequentemente ou sempre, durante os três meses anteriores, de emoções negativas como a insatisfação com o sexo, a culpa sobre as dificuldades sexuais e a angústia diante da vida sexual que levavam.
Para a especialista em Sexualidade e membro do Centro de Estudos e Pesquisas do Comportamento e Sexualidade (CEPCOS), Márcia Atik, a falta de apetite sexual, definitivamente, tem muito mais causas emocionais e culturais do que qualquer outra razão. “Não dá para negar que, depois de certa idade, mudanças físicas ocorrem. Porém, elas não precisam interferir diretamente no desejo pelo parceiro. Quando isso ocorre, não tenho dúvida que as causas são muito mais emocionais e culturais. Sabemos que quando a mulher tem autonomia sobre o seu corpo e desejo e mantém uma relação afetiva de qualidade, ela terá todas as respostas sexuais íntegras, independentemente da idade”, afirma ela.
O que a maioria das mulheres que sofre desse distúrbio quer ouvir é que os hormônios podem ser os grandes vilões dessa história. Porém, os distúrbios hormonais constituem a menor parte do problema. "Historicamente, a mulher se vê mais mulher quando tem capacidade de procriar. Mas isso não é verdade, e a maioria sabe. Entretanto, o tabu da menopausa, ligado à mulher que já cumpriu seu papel de mãe e mulher, acaba impedindo o sexo feminino de dar continuidade a uma vida sexual satisfatória. Sem falar na faixa etária dos 50 que ainda é fruto de uma geração onde o sexo era tratado como necessidade masculina e obrigação feminina”, explica e sexóloga.
Fugir do sexo nunca é a melhor opção. Uma conversa franca e aberta com o parceiro, a ajuda de um profissional capacitado e até um bate-papo entre amigas pode facilitar o entendimento debaixo dos lençóis. “Em casos mais graves, acompanhamento psicológico e tratamentos hormonais podem até ser indicados. Porém, conversas informais entre amigas e, principalmente, com um parceiro que a valorize e reconheça seu potencial faz com que a mulher reverta essa dificuldade e refaça seu caminho em busca de sua sexualidade prazerosa”, aconselha Márcia.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7771
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