terça-feira, 19 de abril de 2011

A vitamina do sexo

A vitamina do sexo
O que dizem sexólogo e nutricionista sobre a vitamina B3

Por Maria Fernanda Schardong
30/01/2009

O que você come pode revelar a qualidade do sexo que você pratica diz nutricionista. Alimentos ricos em vitamina B3 são fortes aliados de uma vida sexual saudável e mais ativa, garante Renata Gonçalves, do Grupo de Nutrição Humana (Ganep). Sexólogo diz que a alimentação é importante, mas faz ressalvas.

"Uma alimentação inadequada pode trazer prejuízos para a atividade sexual, uma vez que alguns nutrientes podem alterar a produção de hormônios, além de acentuar a tensão prémenstrual (TPM) nas mulheres, por exemplo”, afirma a nutricionista.

Defensora da vitamina B3, Renata lembra que além de garantir melhor qualidade do sexo, ela ajuda a manter a pele saudável e beneficia os sistemas digestivo e nervoso. Também é indicada para tratar problemas circulatórios, pois ela dilata os vasos sanguíneos, fazendo com que o fluxo de sangue aumente em todo o corpo, inclusive nos órgãos sexuais.

Os nutrientes ligados aos hormônios sexuais são zinco, óleos ômega 3,6 e 9, magnésio e os bioflávonóides. Ainda segundo Renata, para intensificar o desejo sexual a alimentação deve conter pouco açúcar e gorduras saturadas. Ingerir carboidratos integrais como massas, pães e arroz, carnes magras, frutas, vegetais e legumes ajudam a melhorar o desempenho de homens e mulheres, afirma Renata.

O sexólogo Arnaldo Risman, da universidade da Terceira Idade da UERJ, no entanto, lembra que é necessário, quando se fala de sexo, avaliar cada caso, individualmente. “A vitamina B3 não faz nenhum milagre. Se a pessoa reclama da falta do desejo sexual, o melhor a fazer é procurar um médico”, afirma.
As principais fontes da vitamina B3 são: amendoim, castanha do Pará, levedura, fígado, aves, carnes magras, leite, ovos, frutas secas, cereais, integrais, brócolis, tomate, cenoura, abacate e batata doce. As quantidades diárias para o consumo são de 15 mg para as mulheres e 19 mg para os homens.
O ideal, portanto, tanto para seguir uma dieta quanto para resolver problemas relacionados à sexualidade, é buscar ajuda profissional. Como afirma Risman, as formas de viver a sexualidade sempre vão variar de pessoas para pessoa.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7025
Alta pressão
Estudo reforça associação entre hipertensão e disfunção erétil

da redação
27/04/2009

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Se o sintoma é a disfunção erétil, os homens agora deverão procurar também o cardiologista. Segundo estudo da American Urological Association (AUA), os homens com dificuldade de ereção têm 38% mais chances de ser hipertensos.

Coordenador do estudo, desenvolvido por um grande laboratório, o médico norte-americano Peter Sun explicou, através de sua assessoria, que disfunção erétil e hipertensão têm em comum a constrição de vasos sanguíneos, indicando que o distúrbio pode ser um sinal para problemas de saúde maiores e mais sérios.

A disfunção erétil é, na maioria das vezes, um dos primeiros sinais de má circulação sanguínea, enquanto a hipertensão em muitos casos não apresenta sintomas. Para se ter uma ideia, na América do Norte, por exemplo, um em quatro adultos tem pressão alta, com 33% de homens atingidos, dos quais 30% não sabem que são hipertensos, segundo dados da American Heart Association.

"Devido ao resultado, é muito importante que o homem supere o preconceito de falar sobre disfunção erétil e procure um médico especialista. Detectar e tratar a hipertensão, uma doença silenciosa em muitos homens, pode ajudar a prevenir futuros problemas, como o infarto", aconselha Peter Sun, cujo estudo foi o primeiro a comparar a hipertensão em pacientes com e sem disfunção erétil.

Para confirmar a relação, o coordenador da pesquisa comparou os bancos de dados de 51 planos de saúde dos Estados Unidos e homens sem o distúrbio, de 1995 a 2002. A pesquisa envolveu 300 mil homens com disfunção erétil e 1,6 milhão de homens saudáveis. Os dados revelam que 41,2% dos que apresentaram problemas de ereção também são hipertensos. Percentual bem superior aos 19,2% de homens hipertensos sem disfunção erétil.

A disfunção erétil consiste na incapacidade de obter e manter uma ereção que garanta uma relação sexual satisfatória. "Graças à disponibilidade de mais opções de tratamento para disfunção erétil, um número crescente de homens está buscando ajuda para sua saúde sexual. Visitar um médico para tratar este problema é uma oportunidade perfeita para um exame completo, incluindo a hipertensão", afirma o sexólogo Alfredo Romero.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7127

Cem anos de sexo

Cem anos de sexo
Especialista explica a evolução da sexualidade

27/04/2009

Por Cláudio Martins*

São muitas as reflexões sobre o que ocorreu no transcorrer dos últimos cem anos e as implicações comportamentais e emocionais da ampliação das liberdades internas dos indivíduos, no que tange à sexualidade.

No início do século XX, a sexualidade ainda era assunto proibido e pouco divulgado, tanto é que Freud teve que transpor uma série de tabus sociais do período para poder divulgar seus trabalhos científicos, que buscavam ampliar o entendimento da sexualidade humana e as suas múltiplas facetas, até que houvesse uma aceitação dos seus trabalhos como uma referência científica do funcionamento da mente.

Em termos comportamentais havia a necessidade de todo um ritual de cortejo para que o homem se aproximasse da amada, no qual passava inevitavelmente pela autorização do pai da mulher. Uma vez aceito o noivado ela se vê num "brete", pois caso houvesse o rompimento, dificilmente haveria um segundo pretendente. Para complementar, e para o espanto dos "teens" atuais, a moça deveria chegar virgem ao casamento, pois, caso contrário, havia o risco de ser devolvida aos pais (por incrível que pareça, algumas mulheres, ainda hoje, sofrem do temor de serem rejeitadas por terem tido alguma experiência sexual prévia).

Num passeio pela história, percebe-se que o mundo era extremamente patriarcal nos idos dos anos de 1910, quando os papeis nas relações conjugais já estavam prédefinidos, ou seja, o homem era o provedor econômico e a mulher tinha a função de cuidar dos filhos e da casa. Será que, passados praticamente cem anos, este tipo de mentalidade mudou muito? Bom deixo isto para o leitor refletir.

Já pelos idos dos anos 20 "alguns" progressos foram sendo incorporados nos rituais sociais, ou seja, os namoros (leia-se passear de mãos dadas e roubo fortuito de um beijo, portanto muito distante do ficar dos jovens atuais) começaram a se expandir para lugares públicos, mas com um detalhe importante: a jovem deveria estar acompanhada de um parente no famoso papel de "segurar a vela".

Avançando-se ao redor de uma década, inicia-se a fase dos manuais de aconselhamento matrimonial, que vai democratizando as informações e a "permissão" para uma vida sexual harmoniosa e prazerosa da mulher, mas com "serenidade" (seja a interpretação que possamos inferir de tal observação). De qualquer forma, o sexo já passa a ser visto como um dos pilastros essenciais para um bom relacionamento conjugal.

Lá pelos anos 40, as mulheres já conseguem impor um papel de maior autonomia nas suas escolhas. Há uma gradativa redução no controle dos namoros desde que o escolhido seja um moço de "futuro". Rapidamente se evolui para uma discussão mais ampla da sexualidade, pois começa haver uma conversa maior entre mães e filhas no sentido de estas serem aconselhadas a tomarem precauções para evitarem a tornarem-se umas "perdidas" , ou seja, perder a virgindade antes do casamento. O que gerava uma sexualidade extremamente reprimida e cheia de medos.

Já nos idos dos anos 50 há uma ampliação na discussão da vida sexual entre o casal. Começa se identificar melhor as frustrações e gratificações vinculadas a "algo" que sempre existiu mas que se mascarava, isto é, a sexualidade humana passa a ser um tema obrigatório na vida de homens e mulheres para que possa haver uma ampliação do bem-estar na relação a dois

Sem dúvida, no vácuo de liberalidade dos anos anteriores, o avanço da ciência colaborou para a revolução sexual dos anos 60, com o surgimento da pílula anticoncepcional que proporcionou a possibilidade do exercício da sexualidade sem o temor da gravidez indesejada, e por conseguinte, o casamento "obrigatório". A mulher passou a ter uma possibilidade até então desconhecida, ou seja, transar por busca de prazer sexual.

Os dogmas religiosos e sociais de que o casamento estava vinculado a uma sentença de vida, isto é, a famosa frase "até que a morte os separe" passou a ser questionada e, como resultado, os índices de separação vêm aumentando desde então (pois vejamos, enquanto em 1900 de cada 86 casamentos um terminava em separação, hoje ocorre um divórcio a cada seis uniões) .

Mais contemporaneamente, os anos 70, com os seus bailes de música lenta e rock pauleira, são lugares para os "amassos" e não esqueçamos dos namoros nos carros e numa realidade bem brasileira: o surgimento avassalador dos "motéis do amor". Tudo isso representando que um casal, quer de namorados ou numa relação mais formal, o sexo passa a ser um fator determinante para que um casal permaneça junto. O que considero um incremento da capacidade de bem viver do indivíduo.

O que parecia ser uma liberalidade exagerada para alguns, nos anos 80 foi de uma certa forma contida com o surgimento da AIDS, que passou a exigir mais responsabilidade nas relações, bem como trouxe novamente o medo entre os jovens nas suas iniciações sexuais. O que antes era um repressor social passou a ser o temor de uma contaminação. Vejam que a conquista da liberdade sexual é trabalhosa. Por outro lado, as conquistas sociais e sexuais da mulher foram proporcionando uma maior tomada de consciência e maturidade para que os casamentos ocorram mais tarde, assim como a geração de filhos.

A mesma geração que nos últimos 30 anos alcançou conquistas inimagináveis no início deste século, passa agora ter filhos e por coerência social e por pressão das gerações atuais incorpora o namoro com sexo como algo socialmente aceito, inclusive com a cedência da própria casa da família para facilitar a vida dos jovens enamorados.

Portanto, houve realmente uma mudança de hábitos e costumes vinculados à sexualidade, ou seja, de uma repressão intensa no início do século a uma incorporação da vida sexual como um dos aspectos essenciais da vida. E para o alento dos homens, e porque não dizer também das mulheres, a ciência mais uma vez colabora para um avanço na sexualidade com o surgimento do Viagra nesta virada de século, que afasta o temor da impotência de um grande grupo.

Assim sendo, parece indubitável que a humanidade neste balanço está com um saldo extremamente positivo, mas que necessita expandir tais conquistas para um maior número de pessoas, o que permitiria uma sexualidade livre, com responsabilidade e segurança, o que certamente colaborará de uma forma muito mais ampla do que possamos imaginar para o bem-estar da humanidade.

*Cláudio Martins é Mestre em Psiquiatria pela University of London e exerce sua atividade clínica em Porto Alegre.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7126

Medicina entra em ação para corrigir imperfeições e facilitar o prazer feminino

Estética genital
Medicina entra em ação para corrigir imperfeições e facilitar o prazer feminino

Por Andrea Guedes
14/07/2008

A medicina estética chegou às partes mais íntimas das mulheres. Novas técnicas prometem corrigir até mesmo a flacidez da vagina, uma das maiores fontes de insatisfaçoes femininas quando se passa dos 40. Além, é claro, de corrigir imperfeições em áreas como clitóris, região pubiana, e até mesmo canal vaginal. Tudo pode ficar do jeito que elas desejam.

Desejo, aliás, é a palavra de ordem, garantem os especialistas. "A estética genital está intimamente ligada ao desejo, a excitação e ao orgasmo", define Márcio Dantas de Menezes, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual.

Ele explica que os grandes lábios podem começar a murchar e enrugar quando os anos passam, o que causa desconforto para a mulher. Mas, para isso, já existe solução. Uma técnica nova no mercado rejuvenesce os grandes lábios por meio do preenchimento de uma substância bioexpansora. De acordo com Márcio, não é um procedimento cirúrgico e não requer internação.

Outra queixa que tem levado muitas mulheres a optar pela plática é o tamanho dos lábios inferiores, que acabam sendo maiores do que os externos. Há casos, também, em que um lábio se desenvolve mais que o outro. "Nessas pacientes, faz-se uma cirurgia, com anestesia, para retirar o excesso de pele", explica Márcio. A mesma técnica também pode ser utilizada para reduzir o clitóris.

Mas, se algumas consideram o foco do prazer pequeno demais, é possível aumentá-lo através de reposição hormonal ou de fisioterapia. Segundo Márcio, existe um aparelho que intumesce o clitóris com leves sucções. Ele pode ser utilizado em casa, como uma fisioterapia, no período determinado pelo médico.

A medicina estética pode modificar também o canal vaginal. Márcio explica que muitas representantes da ala feminina consideram o canal largo o bastante para não satisfazê-la, nem ao parceiro, em uma relação sexual. "Resolvemos esse problema injetando uma substância bioexpansora que estreita o canal, principalmente na região mais próxima a entrada da vagina, na qual a maioria das mulheres sentem mais prazer", destaca.

Se a queixa estiver na região pubiana, é possível resolvê-la. Segundo Márcio, hoje já se faz lipoaspiração no púbis e transplante de pelos, problema comum nas mulheres que já passaram dos 50, fase em que há uma redução na penugem.

Para Márcio, não existe um padrão de normalidade, mas o natural é que os lábios inferiores sejam menores do que os externos. E qualquer incômodo que a mulher sinta em relação ao seu órgão genital deve ser comunicado ao ginecologista. Além da medicina estética, alguns deles, hoje, já trabalham com plástica.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=6754

Mulheres desconhecem anatomia do próprio corpo

Zona proibida
Mulheres desconhecem anatomia do próprio corpo

Por Andrea Guedes
20/02/2009

Já houve tempo em que se a menina fosse pega tocando a "área proibida", ganhava um sermão da mãe e ainda era obrigada a ouvir histórias absurdas, como a de que nasceriam pelos nas mãos se fizesse isso novamente. Hoje, ainda que não existam mitos como este, a vagina ainda representa um mistério para a maioria das mulheres.

Segundo uma pesquisa coordenada pela sexóloga belga Goedele Liekens, cerca de 50% das mulheres concordam que a vagina é a parte do corpo que conhecem menos. E, para agravar a situação, 40% afirmaram não se sentir confortáveis para esclarecer suas dúvidas com os próprios médicos. Diante dessa realidade, derrubar as barreiras da mulher com o próprio corpo tornou-se um dos grandes objetivos dos especialistas na área.

O ginecologista paulista José Bento de Souza, autor do livro "Saúde da mulher - respostas que você precisa saber", diz que ainda existem preconceitos com relação ao órgão genital feminino. No entanto, ele acredita que essa mentalidade está mudando, principalmente entre as mais jovens. "Antigamente, as mulheres tinham a vagina como uma área proibida, que não podia ser tocada. Hoje, vejo adolescentes virgens que querem usar absorvente interno. Elas não têm mais o medo que existia anos atrás", comenta.

Além da questão cultural, o próprio formato da vagina dificulta o autoexame e leva ao desconhecimento da área, diferentemente dos homens, que precisam tocar no pênis de forma mais constante, tornando-se mais fácil visualizar algo de anormal no órgão. "Muitas vezes a mulher tem alguma ferida que não é descoberta porque ela não tem o costume de autoexaminar", alerta o ginecologista. Para diminuir a distância e o desconhecimento do próprio corpo, Souza faz com que as pacientes acompanhem o próprio exame por meio de uma câmera. No decorrer do procedimento, mostra o cólo do útero, a vulva, e esclarece as dúvidas que possam existir. "A mulher fica mais segura e aceita melhor tratamento quando se conhece melhor", afirma ele.

O ginecologista recomenda que, sozinha em casa, a mulher se examine em frente ao espelho, no mínimo uma vez por mês. O hábito pode evitar transtornos com doenças graves. De acordo com Souza, em cada dez pacientes que chegam ao seu consultório, três estão infectadas com o Papilomavírus Humano (HPV), precursor do câncer de colo de útero, segundo tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, e cujo sintoma são verrugas genitais, que muitas não percebem até ir ao médico. "O autoexame, portanto, vai permitir que ela identifique lesões e procure o ginecologista rapidamente", aconselha.

Para fazer com que a mulher se conheça melhor, Souza diz que os ginecologistas estão adotando uma nova postura nos consultórios. Os médicos estão "saindo do pedestal" para uma relação de igual para igual com a paciente. Desta forma, ela cria uma confiança e sente-se mais segura para falar abertamente com ele. "A mulher deve procurar saber como são os genitais, conversar com o médico e esclarecer dúvidas", recomenda.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7054

Quando o assunto é sexo depois dos 50, a regra é soltar a imaginação

Use a imaginação
Quando o assunto é sexo depois dos 50, a regra é soltar a imaginação

Por Maria Fernanda Schardong
13/03/2009

Diga como você encarou o sexo desde a infância e é possível saber como ele é vivido depois dos 50 anos. Para quem acha que temas como masturbação e fantasias são tabus, sexóloga reforça que podem ser estimulantes e tornar as relações mais prazerosas. Vida sexual feliz pode, inclusive, não envolver os órgãos genitais. Aqui, a imaginação pode ser o limite.

Como manter uma vida sexual ativa depois dos 50 não é resposta que encontramos em alguma cartilha, muitos menos na bula de um remédio, as relações sexuais na terceira idade podem estar intimamente ligadas às relações de uma vida inteira.

Segundo a terapeuta sexual, e professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Regina Moura, uma pessoa que sempre encarou o sexo como obrigação, dificilmente terá uma vida sexual prazerosa. “Uma mulher que passou toda sua vida odiando ter relações com o marido, dificilmente vai querer continuar a ter ou vai julgar importante as relações sexuais depois dos 50 anos", diz a terapeuta.

Ainda é recorrente a ideia de que o cessar da menstruação marca o fim da vida sexual das mulheres, reforça Regina Moura. Daí, muitas usam a menopausa como desculpa para recusar o sexo.

As fantasias sexuais se enquadram no mesmo dogma. Na cabeça de muita gente, diz Regina, soltar a imaginação ainda é uma atitude que requer coragem. "É preciso entender que essa fantasia está relacionada ao prazer e aos pensamentos que despertam o desejo sexual, e não a sentimentos proibidos", defende a sexóloga.

“Todos podem e devem fantasiar com o sexo. Porém, é preciso que algumas delas permaneçam no terreno das fantasias, uma vez que podem implicar em sofrimento para o outro”, alerta Regina.

Fantasiar ou não, depende de cada um. Para muitas pessoas, uma vida sexual mais “tranquila” já é o suficiente. “Alguns necessitam realizar as fantasias porque precisam, constantemente, enfrentar desafios para que a relação se mantenha. Aí, estão sempre inventando ou descobrindo algo novo, porque precisam de motivação. Outros, mais serenos, contentam-se com fantasias mais “básicas” e outros ainda não precisam de nada mais, porque simplesmente não querem nada mais do que o que já fazem”, diz.

Quando se trata de sexo, portanto, não existe certo ou errado. O que está em questão é a atitude de cada um. “Talvez o mais importante seja sentir-se sexualmente atraente. E para exercer a sua sexualidade – que é muito diferente de ter relação sexual – tanto a mulher quanto o homem não precisam, necessariamente, ter contato genital, e sim expressarem como mulher ou como homem, e terem prazer em viver como tal. Ter uma vida sexualmente feliz não significa, necessariamente, ter uma vida genitalmente ativa”, finaliza a terapeuta.

Serviço:

Para entrar em contato com a terapeuta sexual Regina Moura, envie um email para: regemoura@gmail.com
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7073

Questão de intimidade

Questão de intimidade
Quando o assunto é orgasmo feminino, conhecer a anatomia do próprio corpo é fundamental, dizem especialista

da redação
20/02/2009
Os homens quase sempre alegam que não o localizam. As mulheres se ressentem e dizem que é falta de empenho dos parceiros. Responsável pelo prazer na maioria das mulheres, o clitóris é alvo de controvérsias. Segundo sexólogos, a melhor maneira de resolver o impasse é que ambos se empenhem na tarefa de desvendar o pequeno órgão.

O clitóris não serve para nenhum outro propósito que não seja dar prazer sexual. Não há nenhuma ligação com a reprodução, a menstruação ou a urina, por exemplo. Trata-se, portanto, do único órgão existente no ser humano cuja função é exclusivamente a exploração do prazer.

A próxima lição é simples. O clitóris está escondido debaixo do capuz clitorídeo, onde unem-se os extremos superiores de ambos os lábios, logo em cima da uretra. Como um pênis em miniatura, ele é composto de uma ponta arredondada (a glande), ligada a uma parte mais larga, o corpo, do tamanho do dedo mindinho. O corpo do clitóris divide-se em dois braços, que se estendem para atrás, dentro do corpo da mulher, embaixo da pele. Os nervos controlam as contrações dos músculos clitorídeos, as paredes vaginais, a vesícula e a uretra.

Geralmente, apenas a glande do clitóris fica visível, pois os pequenos lábios, que protegem a vagina, se encontram sobre o "túnel" do mesmo e formam uma espécie de capuz. Ele também é similar ao pênis, porque tanto a glande como o corpo do órgão contêm um tecido esponjoso e eréctil, que se enche de sangue durante a excitação, fazendo com que seu tamanho seja quase duplicado. Não existe nenhuma evidência de que um clitóris maior represente uma excitação sexual mais intensa.

Enquanto as terminações nervosas do clitóris fazem com que ele seja consideravelmente sensível a qualquer tipo de toque ou pressão, a estimulação mental, nos seios e em diversas erógenas, faz com que o "botão do amor", os lábios e a área ao redor encham de sangue, assim como ocorre com o pênis quando este fica ereto. Quando a mulher continua excitada, o clitóris chega a ser menos visível, já que os tecidos do capuz clitorídeo se incham, cobrindo-o e protegendo-o do contato direto, que poderia ser intenso para muitas mulheres.

Após ter conseguido o orgasmo, ou depois que cesse o estímulo, o sangue sai da área clitorídea e o órgão volta ao seu tamanho normal. Algumas mulheres dizem que, quando chegam a estar muito excitadas mas não experimentam o orgasmo, o clitóris permanece inchado, causando irritação.
Clitóris ou vagina?

Sigmund Freud afirmou em suas obras que as mulheres "imaturas" têm orgasmos clitorídeos, enquanto que as "maduras" têm orgasmos vaginais, sugerindo que, à medida em que elas crescem, vão aprendendo a gozar nas relações, sem utilizar o método mais "fácil" do estímulo clitorídeo. Muitos especialistas, no entanto, afirmam que se pode ter qualquer tipo de orgasmo, e que, de fato, não existiria a classificação em "imaturo" ou "ruim". Por outro lado, algumas mulheres dizem que apenas são capazes de ter orgasmo mediante estímulos no clitóris. Diante do impasse, a recomendação é que as mulheres concentrem-se mais no prazer do que na forma para alcançá-lo.

Masturbação

A masturbação é saudável, normal e necessária para uma boa saúde mental e sexual. Por causa da grande quantidade de terminações nervosas ao redor do clitóris, a maioria das mulheres centra-se nesse órgão para esfregar-se, realizando pequenos movimentos circulares para chegar ao orgasmo. É bom lembrar que não há um método correto para a masturbação. Vale é que elas sintam prazer e descubram as possibilidades do próprio corpo.

Estimulação oral da vulva e do clitóris

A estimulação oral do clitóris é um bom recurso para que as mulheres alcancem o orgasmo. Nesse caso também vale experimentar diferentes posições e acessórios. Mas aí também é necessário uma boa dose de tempo, paciência e habilidade, o que exige sintonia entre os parceiros.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=7053