terça-feira, 24 de maio de 2011

Novo remédio para ejaculação precoce está perto de aprovação

Disfunção sexual
Novo remédio para ejaculação precoce está perto de aprovação

Medicamento pode eliminar a necessidade de tranquilizantes de uso contínuo para o tratamento da disfunção sexual, que atinge 30% dos homens

Ejaculação precoce: entre 25% e 30% da população masculina sofre com o problema (iStockphoto)

Por ser considerado um distúrbio de ansiedade, a ejaculação precoce tem difícil tratamento. Atualmente, os médicos indicam tranquilizantes de uso contínuo

Uma nova droga para o tratamento da ejaculação precoce tem indicado bons resultados em testes clínicos e está quase pronta para ser lançada comercialmente. Produzido pela Ampio Pharmaceuticals, o medicamento terminou a última fase de testes clínicos, com 604 pacientes, nos quais mostrou resultados estatisticamente relevantes. A companhia farmacêutica agora espera a aprovação para comercialização na Europa.

Batizado de Zertane, o novo medicamento tem uma grande vantagem em relação aos usados atualmente para o tratamento da disfunção: é um comprimido tomado via oral antes das relações sexuais. Os outros são de uso prolongado, e têm de ser ingeridos diariamente. "O tratamento da ejaculação precoce é tradicionalmente feito com remédios que diminuem a ansiedade, como ansiolíticos (tranquilizantes), que demoram entre 15 e 20 dias para fazer efeito e são de uso contínuo", diz o urologista Carlo Passerotti, do Instituto da Próstata e Doenças Urinárias do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

A substância ativa do novo medicamento é o cloridrato de tramadol, substância usada desde a década de 1990 no tratamento da dor. Segundo a empresa, o Zertane aumenta o controle da ejaculação. A Ampio é especialista em “reposicionamento” de medicamentos. Ela testa substâncias que já foram aprovadas e estão no mercado no tratamento de doenças diferentes das previstas originalmente. A ejaculação precoce é a disfunção sexual masculina mais comum e atinge de 25% a 30% dos homens entre 18 e 75 anos.
(Com Agência Reuters)
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/novo-remedio-para-ejaculacao-precoce-esta-perto-de-aprovacao

«La sexualidad forma parte imprescindible del concepto de pareja»

LA GACETILLA
«La sexualidad forma parte imprescindible del concepto de pareja»
20.05.11 - 03:22 - ARIANA GARCÍA ORTIZ |
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Francisco Cabello Médico, psicólogo y sexólogo
Francisco Cabello Santamaría visita hoy Albacete para ofrecer la conferencia 'Sexualidad, Pareja y Salud', que organiza la Sociedad de Medicina y Cirugía de Albacete en el Salón de Grados de la Facultad de Medicina a las 20 horas. En el acto, el psicólogo y sexólogo hablará de la importancia de la sexualidad en la pareja. Francisco Cabello es director del Instituto Andaluz de Sexología y Psicología, presidente de la Liga Internacional para la Promoción de la Salud Sexual y miembro de la Academia Internacional de Sexología Médica.
- ¿Cómo es de importante la sexualidad en la pareja?
- Nosotros entendemos una pareja como un triángulo donde en un ángulo está la pasión, en otro ángulo está la intimidad y en otro ángulo está el compromiso. Si en una relación de pareja solo hay compromiso e intimidad, estamos hablando de unos buenos amigos. Si solo hay pasión e intimidad, estamos hablando de unos buenos amantes. Realmente, en el concepto de pareja tiene que haber sexo que conforma parte del apartado pasión. En una palabra, el sexo es fundamental para la pareja, aunque el sexo no significa tener unos genitales bien funcionales, puede haber pasión y que uno tenga un problema de erección, puede haber pasión y que la mujer tenga anorgasmia o falta de deseo en ciertos momentos. La sexualidad forma parte imprescindible del concepto de pareja. Pero de pareja elegida por amor porque en otra época de la historia, antes del siglo XX, las parejas no eran elegidas por amor y el concepto de pareja era otro. Nosotros ahora elegimos a alguien porque lo queremos y la diferencia entre el cariño que le tengo a un hijo o el que le tengo a un perro es que hay pasión y un elemento básico de la pasión sin duda, es el sexo.
- ¿Cuáles son los beneficios de una sexualidad saludable?
- Los beneficios de la sexualidad sana son todos. Cuando no tenemos una sexualidad saludable se nos va a manifestar por otras vías, aparecerán problemas de autoestima, estados depresivos, tendencia a la ansiedad... sabemos que la gente que tiene un sexo saludable, visita menos el psiquiatra.
- ¿Qué hábitos contribuyen a tener una sexualidad sana?
- Como hay un componente físico, para tener una sexualidad sana, hay que tener una vida saludable. Es más fácil tener una sexualidad saludable si hacemos ejercicio, si tenemos una buena alimentación o si no tenemos factores de riesgo cardiológico. Al mismo tiempo, para tener una sexualidad saludable hay que tener capacidad para intimar con otra persona y para eso hay que quererse, uno tiene que tener autoestima, un buen concepto de sí mismo y para tener buen concepto de sí mismo, hay que cubrir objetivos personales. Es una cadena larga pero si los cumplimos, tenemos parte de los elementos psicológicos para tener una sexualidad saludable.
- ¿Cuáles son los problemas más comunes que presentan los pacientes que acuden a su consulta?
- Los problemas más comunes, en el caso del hombre es la disfunción eréctil y la eyaculación precoz. Esos son los dos problemas más frecuentes aunque últimamente está creciendo mucho y lo vemos con mucha frecuencia, un problema que antes apenas nos encontrábamos y es la falta de deseo masculino y el trastorno del orgasmo masculino. No sé que está pasando en esta sociedad que los hombres están empezando a tener falta de deseo sexual ahora. En el caso de la mujer, la causa de consulta más frecuente es la falta de deseo. Hace unos quince años la causa de consulta más frecuente era la anorgasmia pero ahora es la falta de deseo. En segundo lugar, la causa más frecuente es el vaginismo y la anorgasmia ha pasado a un tercer puesto. La patología sexual es cambiante con lo social y lo cultural, va cambiando con el tiempo.
http://www.laverdad.es/albacete/v/20110520/albacete/sexualidad-forma-parte-imprescindible-20110520.html

Assexuados começam a sair do armário e, com a ajuda da internet, assumir sua indiferença pelo sexo

OS SEM-DESEJO
Assexuados começam a sair do armário e, com a ajuda da internet, assumir sua indiferença pelo sexo
Publicada em 28/06/2009 às 17h33m
Carlos Albuquerque

Num mundo em que o poder do sexo é vendido em pílulas e a sensualidade parece transbordar das nossas televisões, pessoas como Fabiana (nome fictício) parecem peixinhos nadando contra a grande corrente do desejo. Com 25 anos, ela frequenta a Lapa, vai a rodas de samba e noites de rock no Circo Voador. Sai com amigos para beber, gosta de cinema (Tarantino é seu diretor predileto), ir à praia e dançar. Vive uma rotina igual à de tantas outras cariocas da sua idade, com uma crucial exceção: o sexo não faz parte dela.

Não sou virgem, simplesmente não tenho o sexo como prioridade da minha vida. Fico me sentindo um verdadeiro ET
- Não sou virgem, eu simplesmente não tenho o sexo como prioridade da minha vida - diz ela, por telefone. - As pessoas ao meu redor reparam que eu não namoro, mas acham que eu tenho casinhos por aí. Só minhas amigas mais próximas sabem da real situação. Como são amigas de verdade, elas entendem essa minha posição. Mas, no geral, é muito chato ter que ficar escondendo isso. Eu fico me sentindo um ser de outro planeta, um verdadeiro ET.

Mas ela não é uma "alienígena" solitária: faz parte de um grupo - os assexuados - que, aos poucos, bem timidamente, começa a sair do armário para mostrar à sociedade que a vida sem sexo pode - não pode? - ser considerada normal. São pessoas que trocam o sexo por qualquer outra atividade - leitura, televisão, esportes etc - aparentemente sem nenhum problema. E é justamente aí, dizem os especialistas, que pode estar a diferença entre considerar isso uma opção de vida - mesmo que indo contra a sua própria natureza, de procriar e perpetuar a espécie, como outros animais - ou uma doença.

- Existem dados da Organização Mundial de Saúde que mostram que 7% das mulheres e 2,5% dos homens garantem viver perfeitamente sem sexo, não tendo qualquer problema com isso - diz a psiquiatra Carmita Abdo, professora da Faculdade de Medicina da USP e coordenadora do Projeto de Estudos em Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas. - Em termos médicos, acredito que isso não deva ser estigmatizado, considerado um desvio, doença ou atribuído qualquer valor negativo. Desde que, e isso tem que ser ressaltado, a pessoa não demonstre qualquer desconforto, estresse ou sofrimento com tal atitude. Se isso acontecer, aí sim isso pode significar um problema, que deve ser avaliado, já que ele pode ter várias causas.

Acho que sexo pode até ser legal, mas não é o principal
Entre essas possíveis razões, diz a psiquiatra, estão a baixa produção de hormônios, uma possível depressão, conflitos de relacionamento, um abuso sexual ou mesmo uma decepção amorosa.

- Há muitas possibilidades e uma não exclui necessariamente a outra - afirma ela. - Pode haver uma baixa produção de hormônios, associada a uma depressão por problemas de relacionamento, causando esse, digamos, esquecimento do sexo.

Essas causas, porém, não aparecem com frequência nos tópicos das crescentes comunidades sobre assexuados na rede social Orkut. É ali, no mundo virtual e muitas vezes anônimo da internet, que os assexuados parecem se sentir mais à vontade para discutir ou mesmo celebrar a sua opção de uma vida sem sexo.

- Acho que sexo pode até ser legal, mas não é o principal. Se eu encontrasse caras que se contentassem apenas com afetos e carinhos, ficaria feliz para o resto da vida porque hoje em dia, está tudo tão sexualizado, tão carnal - escreve um integrante da Comunidade dos Assexuados, que conta com 818 membros.

Esse ponto de vista tem a compreensão da psicóloga Laura Muller, especialista em sexualidade pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (Sbrash) e consultora do programa "Altas horas", da TV Globo.

- De fato, vivemos numa cultura que banaliza e ao mesmo tempo reprime a sexualidade, causando uma certa confusão - diz ela. - Vivemos sob um conjunto de regras sobre o que pode e não pode ser feito. Em torno delas, decidimos o que fazer de nossas vidas. E aí a pessoa pode optar, simplesmente, por não priorizar o sexo. É delicado cobrar a presença de sexo na vida de uma pessoa ou dizer que se trata de uma doença. Afinal, a vida é dinâmica e cada um de nós tem um jeito de encará-la.

Fico preocupado com o que vão pensar de mim. Não quero que pensem que sou homossexual
Nos tópicos de outra comunidade em português, Assexuados (864 integrantes), seus integrantes discutem como fazer para não se sentirem discriminados com o que consideram uma postura normal. Isso inclui até mesmo o que fazer em caso de assédio.

- No meu trabalho tem uma mulher, muito linda, que me assedia. Faz provocações, até já me convidou para sair - descreve um integrante. - Eu acho que todos os caras do meu trabalho têm tesão por ela e nunca iriam recusar um convite dela. Então fico preocupado com o que eles vão pensar de mim. Não quero que pensem que sou homossexual, e não quero que ela pense que sou homossexual. Ela é uma mulher com quem eu namoraria, mas sem sexo, só para sair, passear, ir ao cinema, se divertir com outras coisas.

Para Elizabeth Abbott, pesquisadora associada do Trinity College, na Universidade de Toronto, a assexualidade, assim como a homossexualidade, é uma opção que pode ser "incrivelmente dura" de ser assumida em público.

- Nossa sociedade dá um valor muito alto ao sexo e ao desempenho no ato. Espera-se que todos só pensem nisso - conta ela, que, em 1999, lançou o livro "A history of celibacy". - E até recentemente os assexuais viviam no armário, assim como os homossexuais. Mas o que está acontecendo agora é que eles encontraram na internet um meio apropriado para se comunicar e compartilhar suas experiências e dúvidas. Afinal, eles vivem num dilema constante. Para eles, a assexualidade é perfeitamente normal. E para a sociedade movida pelo sexo, isso é totalmente anormal e incompreensível.

Elizabeth acredita que o impulso sexual é determinado desde o nascimento, ou seja, ele é genético.

- A sexualidade é uma característica natural das pesssoas, mas o nível varia entre elas, chegando a ser muito baixo ou inexistente em algumas delas. Veja o ex-presidente Bill Clinton. Ele parece ter um nível muito alto de impulso sexual. Ele vive num extremo. No centro, está a maioria das pessoas, embora eu não goste de definir o nível normal de sexualidade. E os assexuados estão no outro extremo. Por isso, classifico a assexualidade como a baixa ou a total ausência de impulso ou desejo sexual.

A falta de apetite sexual pode ser temporária, ressaltam os especialistas, trazendo um pouco mais de confusão para o já delicado mundo dos assexuados e seus limites.

Muitas pessoas, em determinados momentos da vida, canalizam a libido para outros interesses
- Muitas pessoas, em determinados momentos da vida, canalizam a libido para outros interesses, confundindo a definição do que é o assexuado - assegura Carmita Abdo. - Uma pessoa que trabalha muito e está voltada para o seu progresso profissional, tem menos libido do que uma outra que não tem essa preocupação.

Nas mulheres, diz ela, isso pode ser dar também a partir da menopausa, quando ocorre a diminuição da produção dos hormônios sexuais.

- Principalmente a testosterona, que a mulher também produz, por meio dos ovários e das glândulas supra-renais, e é o hormônio motivador do desejo. De qualquer forma, é impossível deixarmos de pensar que se o assexualismo fosse regra, a Humanidade estaria extinta. Para a nossa espécie, sexo quer dizer vida.
http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2009/06/28/assexuados-comecam-sair-do-armario-com-ajuda-da-internet-assumir-sua-indiferenca-pelo-sexo-756558791.asp

Anvisa suspende propaganda de medicamento para disfunção erétil

PROIBIÇÃO
Anvisa suspende propaganda de medicamento para disfunção erétil
Publicada em 29/06/2009 às 12h23m
Agência Brasil
O Globo
BRASÍLIA - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta segunda-feira, no Diário Oficial da União, a decisão de suspender qualquer propaganda, publicidade ou promoção veiculada em meios de comunicação do medicamento Helleva, indicado para o tratamento de disfunção erétil.

Fabricado pela Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos LTDA, o medicamento é sujeito à prescrição médica. A propaganda de remédios controlados está restrita a profissionais de saúde.

A norma inclui também as propagandas que, de maneira direta ou indireta, citem, exibam e/ou relacionem a imagem da embalagem, a marca do produto ou da empresa à dificuldade de ereção ou ao desempenho sexual masculino.

Segundo a assessoria de imprensa da Anvisa, foi publicado em 4 de maio um anúncio no jornal "Metro", de São Paulo, que citava o nome do laboratório e a existência de um medicamento de disfunção erétil, ainda que sem revelar o nome Helleva.

O anúncio, de página inteira, trazia a frase "OH YES! Agora sua noite rende mais. Já existe um tratamento de disfunção erétil com preço mais acessível! Consulte seu médico", com a letra H, do Oh, destacada, em referência ao nome do medicamento.
http://oglobo.globo.com/economia/mat/2009/06/29/anvisa-suspende-propaganda-de-medicamento-para-disfuncao-eretil-756566177.asp

Pesquisa revela que brasileiros são campeões de infidelidade e disfunção sexual

SEXO
Pesquisa revela que brasileiros são campeões de infidelidade e disfunção sexual
Publicada em 09/10/2010 às 18h43m
Roberta Jansen

RIO - Nem tudo são flores no país da liberdade sexual. Embora os brasileiros se revelem muito liberais na cama quando comparados com boa parte de seus vizinhos latino-americanos, eles enfrentam alguns problemas sérios em seus relacionamentos. Pesquisa sobre a sexualidade na América Latina, feita pelo instituto Tendências Digitales em 11 países da região a pedido do GDA, mostra que o Brasil apresenta os maiores índices de infidelidade e disfunções sexuais.

Quem olha para os casos de infidelidade declarados pelos brasileiros corre o risco de perder o sono. Entre os homens, o percentual daqueles que dizem já ter traído pelo menos uma vez na vida chega a 70,6%. Entre as mulheres, o número é 56,4% - o maior da região. O levantamento mostra que apenas 36,3% dos brasileiros nunca traíram um parceiro. Só a Colômbia consegue ter um número ainda menor de fiéis convictos: 33,6%. (Leia também: Brasil é o país em que homens e mulheres têm o maior número de parceiros sexuais da América Latina)

(Você alguma vez já traiu a sua parceira ou o seu parceiro?)
(Você já fez sexo pela internet?)
É mais fácil trair no Brasil e na América Latina, onde se lida com a questão de um jeito diferente
- É mais fácil trair no Brasil e na América Latina, onde se lida com a questão de um jeito diferente, de forma não tão condenável, especialmente no caso dos homens - afirma a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade da USP. - É um traço cultural do latino em geral, presente também nos franceses, espanhóis e italianos. Se incorpora ao casamento a ideia de que é complicado viver anos com uma pessoa sem ter ao menos uma experiência extraconjugal.

Um sintoma de problemas graves na relação
O assunto é tema de um encontro no Colégio Brasileiro de Cirurgiões, em Botafogo, nos próximos dias 22 e 23, que reunirá especialistas da área, entre eles a terapeuta de família Mônica Lobo. Segundo ela, os homens em geral seguem o modelo antigo e ainda fazem distinção entre relações afetivas e sexuais. Mas a percepção cresce também entre as mulheres, como mostra a pesquisa.

- Isso está ocorrendo porque as mulheres estão ocupando um lugar diferenciado no mercado de trabalho, estão mais independentes, sabem o que querem, não aceitam qualquer coisa em termos de sexo e se sentem no direito de ir buscar isso em outros relacionamentos - sustenta a sexóloga Carla Cecarello, presidente da Associação Brasileira de Sexualidade.

Mas a infidelidade, masculina ou feminina, sobretudo em percentuais tão altos, segundo os especialistas, é um sintoma dos mais gritantes de que os casais não estão sabendo enfrentar seus problemas e se relacionar de forma mais saudável.

- O que as pessoas muitas vezes têm dificuldade de ver é que, em primeiro lugar, a traição está ligada a uma disfunção da relação, em que cada um dos cônjuges têm tem uma parcela igual de responsabilidade - sustenta a terapeuta Mônica Lobo.

Alexandre Sadeeh, especialista em sexualidade do Hospital das Clínicas da USP, concorda com a colega:

- Falta intimidade entre os casais - diz. - A paixão, o encantamento, o amor do início do casamento são destruídos pela rotina. As pessoas pensam, 'já conheço, já sei, não preciso me dedicar tanto'. Vão mudando e isso não é percebido pelo outro. E vão se distanciando.


A pesquisa mostra que falta mesmo diálogo aos casais, sobretudo no que diz respeito às preferências sexuais. Segundo o levantamento, menos da metade das pessoas dizem falar sempre com o parceiro sobre o que mais gostam na cama. Metade (49,8%) diz que só às vezes fala sobre o assunto e 6,4% afirmam que isso nunca acontece. No Brasil, 42% dizem conversar sempre.

- Acho um percentual baixo num país que fala tanto de sexo - diz Carmita Abdo. - Mostra que 60% não falam, não têm intimidade verbal, não comunicam suas preferências, fantasias, gostos.

Com o distanciamento, o sexo se torna cada vez mais raro
- Muitos casais, a medida que os filhos chegam, se voltam muito para a função parental e deixam de lado a conjugal - constata Mônica.

Para os especialistas, esses problemas estão também na raiz das disfunções sexuais. O levantamento revela que, na América Latina, o brasileiro é quem apresenta maior dificuldade para ter uma ereção (29,8%) e para mantê-la (40,1%). Metade diz já ter sentido dor durante as relações.

- Isso tem a ver com idade, estresse, mas também com o tipo de relação do casal, com a falta de intimidade - explica Sadeeh.

Brasileiros são os que mais fazem sexo pela internet

A pesquisa mostra também que os brasileiros são os que mais fazem sexo pela internet (53,1% dizem ter tido a experiência), contra 45,8% no restante do continente. A prática pode ser apenas a exploração de mais uma ferramenta da sexualidade, mas pode se tornar um problema, de acordo com os especialistas, se for compulsiva.

- É mais comum entre os homens, que buscam os sites de pornografia e as salas de bate-papo para se masturbar - explica Carla Cecarello. - Se for ocasionalmente, só para apimentar a relação, ok, mas em geral não é assim. Os homens se masturbam excessivamente e não assumem o que está acontecendo em seu relacionamento. Não se dão conta de que a relação não está dando conta de suprir as suas necessidades.

Por isso mesmo, a prática vem cada vez mais se tornando um problema sério também entre casais. Afinal, sexo pela internet é traição?

- É uma questão muito discutida, inclusive juridicamente - conta Carla. - O fato é que quem se utiliza dessas coisas não acha que está traindo, mas o parceiro que descobre sempre se sente traído.
http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2010/10/09/pesquisa-revela-que-brasileiros-sao-campeoes-de-infidelidade-disfuncao-sexual-922756831.asp

Indústria farmacêutica teria ajudado a inventar a disfunção sexual feminina para vender tratamentos

SEXO, MENTIRAS E REMÉDIOS
Indústria farmacêutica teria ajudado a inventar a disfunção sexual feminina para vender tratamentos
Publicada em 01/10/2010 às 09h50m
O Globo


LONDRES - A indústria farmacêutica não só financiou pesquisas como também ajudou a construir a ciência em torno de uma suposta nova condição, chamada "disfunção sexual feminina", como forma de criar um mercado para novos remédios, afirma artigo publicado na edição desta semana da revista "British Medical Journal" (BMJ).

O marketing farmacêutico está se unindo à ciência médica de uma forma fascinante e assustadora que nos faz pensar se não devemos buscar uma nova maneira de definir as doenças
Em pesquisas para seu novo livro, "Sex, lies and pharmaceuticals" ("Sexo, mentiras e a indústria farmacêutica", em tradução livre), Ray Moynihan, da Universidade de Newcastle, na Austrália, descobriu que funcionários de laboratórios trabalharam junto com formadores de opinião pagos para desenvolverem um perfil para a doença, além de terem realizado estudos para mostrá-la como generalizada e criado ferramentas diagnósticas para convencer mulheres de que suas dificuldades sexuais tinham rotulação médica que precisavam de tratamento.

- O marketing farmacêutico está se unindo à ciência médica de uma forma fascinante e assustadora que nos faz pensar se não devemos buscar uma nova maneira de definir as doenças - afirma ele, que cita uma funcionária como tendo dito que sua companhia estava interessada em "apressar o desenvolvimento de uma doença" por meio do financiamento de levantamentos que mostrassem que o problema era comum e poderia ser classificado como uma "desordem do desejo sexual hipoativo".

Pesquisas a serviço dos laboratórios
Segundo Moynihan, muitos dos pesquisadores envolvidos ou eram empregados dos laboratórios farmacêuticos ou tinham ligações financeiras com a indústria. Enquanto isso, estudos conduzidos sem o envolvimento das empresas colocavam em dúvida a existência do distúrbio. Apesar disso, as companhias lideraram uma campanha para "informar" tanto os profissionais quanto o público em geral sobre a condição.

O laboratório Pfizer, por exemplo, financiou um curso para médicos de todo os EUA no qual afirmava que 63% das mulheres sofriam com disfunções sexuais e que o uso de testosterona associada com o sildenafil (princípio ativo de sua droga Viagra) e terapia comportamental poderiam ajudar a "curá-las". Já a alemã Boehringer Ingelheim acelerou "atividades educacionais" enquanto planejava o lançamento, este ano, de sua "droga do desejo", o antidepressivo flibaserin. Em junho, no entanto, o flibaserin acabou rejeitado por conselheiros da FDA, agência que controla medicamentos e alimentos nos EUA, que também desaconselhou o uso do sildenafil após estudos mostrarem que seus efeitos não eram muito diferentes dos de um placebo.

Mesmo assim, alerta o autor, "a estrutura das evidências científicas sobre a condição ainda está presente, criando a impressão de que há enorme demanda reprimida por tratamentos" e, com novos remédios ainda em fase experimental, "a indústria farmacêutica não dá sinais de ter abandonado seus planos de suprir esta demanda que ela mesma ajudou a criar".

- Frente a uma mulher aos prantos porque sua libido desapareceu e por isso está apavorada com a possibilidade de perder seu parceiro, os médicos podem sentir uma imensa pressão para apresentar uma solução imediata e efetiva - diz Sandy Goldbeck-Wood, especialista em medicina psicossexual em texto-comentário que acompanha o artigo na "BMJ".

Segundo ela, a pesquisa de Moynihan demonstra tanto os conflitos de interesse quanto a falta de provas de que os problemas sexuais femininos podem ser resolvidos farmacologicamente. Ainda assim, Goldbeck-Wood considera que o argumento do autor de que "a disfunção sexual feminina é uma doença construída por médicos sob a influência das companhias farmacêuticas não vai convencer clínicos e pacientes", pois as mulheres que conseguiram superar as barreiras psicológicas e sociais em busca de ajuda não vão aceitar terem sido "abandonadas".

Para Moynihan, porém, é preciso antes de tudo reavaliar a forma como a comunidade médica define síndromes comuns e recomenda tratamentos.

- No mercado da medicina, as idas e vindas normais da vida estão sendo transformadas em doenças lucrativas, como disfunção sexual, bexiga hiperativa e desordem de atenção adulta, enquanto pequenos aumentos nos riscos de doenças futuras estão sendo apresentados como pré-condições cada vez mais amplas - enumera. - O padrão é claro: formadores de opinião ligados a empresas que vendem soluções se encontram para revisar e refinar as definições destas condições, para as quais, então, tratamentos são agressivamente promovidos.
http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mulher/mat/2010/10/01/industria-farmaceutica-teria-ajudado-inventar-disfuncao-sexual-feminina-para-vender-tratamentos-922674934.asp

Fotógrafo publica livro com imagens de 37 mulheres no momento do orgasmo

Fotógrafo publica livro com imagens de 37 mulheres no momento do orgasmo
Publicada em 21/05/2011 às 21h18m
Graça Magalhães-Ruether

BERLIM - A editora alemã Taschen acaba de publicar um livro de 200 fotografias em que tenta quebrar um tabu: mostrar 37 mulheres no momento do orgasmo. Autor das imagens, o canadense William Santillo começou seus registros da "petite mort" - como o momento é chamado na poesia - por sua própria esposa. Depois, buscou voluntárias de todos os tipos. Diante de suas lentes passaram jovens e mais velhas, magras e corpulentas, belíssimas e de aparência normal.
Para Santillo, a masturbação é um ato muito mais íntimo do que o sexo propriamente dito. Ao contrário das fotografias pornográficas, que apelam apenas para o voyeurismo, suas imagens procuram ressaltar a expressão intensa das mulheres.
Usando apenas luz natural, o fotógrafo criou um ambiente confortável para as modelos, que não têm suas identidades reveladas. O importante, disse ainda, foi retratar a variedade dos "métodos de masturbação". Seus cliques são completados pelo texto da editora americana Dian Hanson, que há 25 anos trabalha para revistas eróticas.
Embora o orgasmo já seja extensamente abordado em livros, a masturbação feminina ainda é um tema polêmico. No recente "Mysterium Masturbation", as psicólogas austríacas Caroline Erb e Deborah Klingler admitem que a masturbação ocorre entre as mulheres com frequência menor do que entre os homens, provavelmente por motivos culturais.
As autoras entrevistaram 30 mulheres de idades entre 19 e 61 anos. O tema parecia ainda um tabu para elas: algumas admitiram se masturbar, e tratavam o ato como um "complemento da sexualidade". Recusavam-se, no entanto, a informar como era a masturbação.
Pai da psicanálise, Sigmund Freud, ao contrário da psicologia moderna, considerava a masturbação normal apenas em crianças, como uma fase de desenvolvimento da sexualidade. Em mulheres adultas, a prática seria algo problemático.
Segundo a tradição cristã, a sexualidade da mulher visaria apenas à procriação. Em 1993, no "Catecismo da Igreja Católica", o Papa João Paulo II classificou a masturbação como um "delito grave", provavelmente causado pela "imaturidade afetiva".


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2011/05/20/fotografo-publica-livro-com-imagens-de-37-mulheres-no-momento-do-orgasmo-924503349.asp#ixzz1NJBnYwze
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