terça-feira, 2 de agosto de 2011

"Sou boa de cama?”

"Sou boa de cama?”
Algumas atitudes importantes para que você se sinta confiante

05/07/2011 08:00Mudar o tamanho da letra:A+A-
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“Sou boa de cama?” Essa é uma dúvida que persiste na imaginação feminina e aumenta ainda mais diante de tantos apelos, como dicas e novidades para melhorar o desempenho sexual.

No discurso popular a mulher “boa de cama” é aquela que faz tudo para atender aos desejos do homem, independente da sua satisfação. Por outro lado, nossa sociedade valoriza a mulher “certinha”, e é essa divisão que perpetua dúvidas e gera conflitos em muitas.

Outro aspecto que contribui para a insegurança feminina é a pouca experiência sexual. Porém, o desempenho do casal dificilmente é comprometido quando há envolvimento afetivo, boa comunicação e desinibição.

O fato é que não existe um padrão com características fixas que possam determinar se uma mulher é boa de cama ou não. Além do mais, não existe um perfil único de homem e nem de mulher, somos diferentes em interesses, necessidades e vida sexual. Podemos num momento desejar sexo extasiante e, em outro período, uma transa mais calma e carinhosa.

Outro fator importante é considerar o tipo de parceiro que se tem ao lado e conhecer seus interesses, motivações e prazeres na esfera sexual. Além disso, precisamos ter claro que não preenchemos o outro em todas as suas faltas ou necessidades, principalmente no que se refere às fantasias.

Surpreender um homem num primeiro encontro é fácil porque o próprio clima de sedução possibilita encenar ou assumir o papel de mulher fogosa – o que na verdade nem sempre é verdade. Na vida a dois, no entanto, é a intimidade que leva ao bom desempenho sexual.

Algumas atitudes são importantes durante o sexo para que você se sinta confiante:
- Fique à vontade com sua sexualidade, encare o sexo com naturalidade e com menos preconceito ou tabus;
- Faça sexo com vontade e não por obrigação ou pelo medo da traição;
- Tenha iniciativa, isso surpreende e faz com que o parceiro se sinta desejado;
- Conheça os interesses, as motivações e os estímulos que aguçam o seu desejo sexual;
- Compartilhe fantasias e sensações;
- Seja autoconfiante durante o sexo, tenha atitudes sem medo de errar;
- Seduza e se deixe seduzir, papéis fixos acabam com o mistério e a surpresa;
- Tenha prazer em tudo que fizer e assim você se sentirá uma mulher “boa de cama”.
http://delas.ig.com.br/colunistas/prazeresexo/sou+boa+de+cama/c1597060218057.html

“Meu marido não quer sexo”

“Meu marido não quer sexo”
Fátima Protti responde pergunta de leitora sobre a falta de sexo no casamento

06/06/2011 10:29
“Meu marido não me procura mais e nunca fazemos sexo, mas já o peguei se masturbando. O que será que está errado?”

Quando um homem tem uma parceira ativa sexualmente e passa a buscar o prazer apenas na masturbação é um sinal de que algo não vai bem na esfera sexual ou afetiva.

Uma mudança estética, como o aumento de peso, faz com que alguns homens percam a atração por suas parceiras. E o inverso também é verdadeiro.

Muitas vezes o “sexo trabalhoso”, com exigências, insatisfações e falta da participação ativa da mulher pode mexer com a motivação. Reavalie sua postura, afinal ele espera curtir e extrair o máximo de prazer na sua companhia - e se isso não for possível, ele pode acabar optando pelo prazer solitário.

A falta de iniciativa por parte da mulher é uma constante reclamação. Eles deixam claro o desejo de serem seduzidos e uma maneira de provocar a reação da parceira é não procurá-la. Use a imaginação e atraia seu gato para uma boa transa.

Na esfera afetiva, os conflitos, frustrações e insatisfações são fatores que dificultam ou impedem a aproximação sexual. A entrada de uma terceira pessoa na relação é outro motivo. A vida sexual com a parceira perde o sentido, acabam usando a fantasia e a masturbação na ausência da amante.

Com os filmes pornôs alguns homens passaram também a buscar o prazer nessas fantasias e alguns, sem perceber, se afastam do contato íntimo.

Independente do problema, vocês precisam enfrentar e investir em uma solução juntos. Não perca tempo com fantasias ou tentativas solitárias na busca de uma saída: o problema é do casal. Somente uma conversa clara e objetiva pode esclarecer.
http://delas.ig.com.br/colunistas/prazeresexo/meu+marido+nao+quer+sexo/c1597006456777.html

Filmes pornôs melhoram a vida sexual do casal?

Filmes pornôs melhoram a vida sexual do casal?
Sexóloga responde pergunta de leitora e explica como a ficção pode fazer parte da sexualidade

02/08/2011 09:29

“Durante a transa assistimos filmes pornôs, mas meu marido quer fazer exatamente igual aos atores e isso corta meu tesão. Será que o problema está em mim?”

Os filmes pornôs podem ser um forte estímulo sexual para o casal. Além de ajudarem na intimidade, desnudam os desejos sexuais de cada um e favorecem a criatividade. Contudo, para que o casal curta o momento, é preciso que ambos apreciem os vídeos e não se prendam ao desempenho dos artistas, tentando imitar. Realmente, a insistência para transar igual ao filme pode cortar o tesão. E a ideia é compartilhar com espontaneidade.

Durante o sexo é importante que tanto o homem como a mulher estejam à vontade, com a atenção voltada para as carícias e as próprias necessidades. Os gostos para os tipos de filmes variam. O homem gosta de ver um sexo explícito, selvagem e a mulher prefere os filmes com enredos que mostram sensualidade, sedução e uma pitada de romantismo. Mas é claro que existem aquelas que detestam qualquer filme da categoria e isso precisa ser respeitado e conversado entre o casal.

Outra reclamação das mulheres sobre os filmes envolve o exagero de seus parceiros, que acabam substituindo a transa real para assistir a ficção. Em geral esses homens encontram maior satisfação vendo do que fazendo sexo, e em suas fantasias eles são os protagonistas potentes, performáticos. Esse comportamento pode sim se tornar viciante, comprometendo o relacionamento do casal. Às vezes é um problema de ordem sexual da mulher ou sua indisponibilidade freqüente para o sexo que leva o parceiro a buscar prazer dessa maneira.

O fato é que muitas mulheres ficam inseguras ao ver seus maridos diante da pornografia. Muitas relatam que mesmo tendo um bom sexo se sentem trocadas ou com ciúmes. Neste caso é preciso trabalhar com os sinais da relação e menos com a fantasia, pois este é apenas um momento erótico dele.
http://delas.ig.com.br/colunistas/prazeresexo/filmes+pornos+melhoram+a+vida+sexual+do+casal/c1597112241994.html

Sexólogos dão dicas para as mulheres alcançarem o auge do prazer

Sexólogos dão dicas para as mulheres alcançarem o auge do prazer
Publicado dia 31 julho 2011 por Marcelo |
EXTRA

Na próxima sexta-feira, 31 de julho, prepare-se para o prazer. É o dia do orgasmo, data perfeita para uma celebração a dois. Por isso, quatro sexólogos dão dicas de como chegar lá e seguir à risca o significado da palavra, que vem do grego e quer dizer “ferver de ardor”.
— O aprendizado depende da utilização dos cinco sentidos: visão, audição, gustação, olfato e, o mais importante, o tato — afirma o psicoterapeuta sexual Oswaldo Rodrigues, do Instituto Paulista de Sexualidade.
Depois de descobrir que 80% das mulheres inglesas, coitadas, nunca tinham chegado ao orgasmo, sex shops da Inglaterra criaram a data para incentivar o prazer feminino. No Brasil, por exemplo, estudos apontam que 27,7% das brasileiras não vivem a experiência. Para mudar esse panorama, o dia já está marcado. Agora, é só acertar a hora com o parceiro. E dar uma lidinha nas dicas que o Bem-Viver preparou.
A receita para atingir o orgasmo em 100% das relações não existe. Não é matemática. Mas algumas dicas ajudam a melhorar o prazer. Para começar, as mulheres podem exercitar seu lado erótico e, assim, obter mais satisfação ao fazer sexo.
— Alcançar o orgasmo não é fórmula de bolo, porque cada pessoa nasce com um grau de apetite sexual. Mas, para a mulher chegar lá, em primeiro lugar, ela tem que se construir ao longo da vida, se permitir, se livrar dos mitos e dos tabus — explica o sexólogo Amaury Mendes Junior.
Psicóloga e presidente da Associação Brasileira de Sexualidade, Carla Cecarello orienta que suas pacientes procurem o caminho do prazer em si mesmas:
— Recomendo que as mulheres tentem se tocar e sentir cada parte do corpo. É importante que elas conheçam as sensações e descubram o que gostam e como gostam.
A ex-BBB Fani Pacheco, de 27 anos, concorda.
— Acho que toda mulher tem que se masturbar, mesmo que tenha um parceiro fixo — acredita Fani, que lança na terça-feira, o livro “Diário secreto de uma ex-BBB”.
Leia mais: http://www.bondinho24horas.com/2011/07/sexlogos-do-dicas-para-as-mulheres-alcanarem-o-auge-do-prazer/9303#ixzz1Tu0uDKlD
http://www.bondinho24horas.com/2011/07/sexlogos-do-dicas-para-as-mulheres-alcanarem-o-auge-do-prazer/9303

Primeiro casamento gay do Brasil pode ser anulado, dizem juristas

Primeiro casamento gay do Brasil pode ser anulado, dizem juristas
Rafael Spuldar
Da BBC Brasil em São Paulo

Atualizado em 28 de junho, 2011 - 16:33 (Brasília) 19:33 GMT
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Celebração ocorreu em SP; para especialistas, caso ainda pode ser contestado na Justiça
O primeiro casamento gay do Brasil, realizado nesta terça-feira em Jacareí (SP), pode ser contestado na Justiça e acabar sendo considerado nulo, segundo afirmaram juristas ouvidos pela BBC Brasil.

O casamento ocorreu de acordo com decisão do juiz da 2ª Vara da Família e das Sucessões de Jacareí, Fernando Henrique Pinto, após um parecer favorável do Ministério Público de São Paulo.

Notícias relacionadasCidade do interior de SP realiza nesta terça 1º casamento gay do BrasilAmericanos juntos há 61 anos esperam mudança de lei para se casar em NYTópicos relacionadosBrasil Os noivos, Luiz André de Rezende Moresi e José Sérgio Santos de Sousa, estão juntos há oito anos e viviam em regime de união estável. A conversão da união estável em casamento ocorreu no Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais de Jacareí.

No entendimento do jurista Ives Gandra Martins, o casamento homossexual, nos termos atuais, fere o parágrafo 3º do artigo 226 da Constituição Federal, que, segundo ele, prevê que apenas casais heterossexuais podem se casar.

Para Gandra, qualquer pessoa ou entidade - como o Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por exemplo - pode entrar na Justiça com uma ação de inconstitucionalidade e contestar a união.

O jurista afirmou que, se o caso for para o Supremo Tribunal Federal (STF), a aprovação do casamento gay é uma possibilidade concreta, de acordo com a tendência de decisões recentes tomadas pelos ministros.

Em 5 de maio, o Supremo decidiu, por unanimidade, reconhecer a união estável para casais do mesmo sexo, ao julgar ações ajuizadas pela Procuradoria-Geral da República e pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

"Do ponto de vista constitucional, o STF teria de dizer que não pode (haver casamento gay)", disse Gandra. "Mas com essa nova visão dos ministros, de agir com um certo ativismo judicial, acredito que isto possa ser aprovado".

Isonomia

Já para o professor de Direito Constitucional da PUC Minas Fernando Horta Tavares, a Constituição, embora se refira a gênero no que diz respeito ao casamento, também defende o princípio de isonomia, que garante que todos são iguais perante a lei.

"Esta parece ser a linha mais indicada (para avaliar o casamento gay), mais universalista", disse o professor.

Tavares afirmou que, ao reconhecer a união estável de casais gays, o STF deu um "passo importante" no sentido de conceder isonomia aos homossexuais e abrir espaço para a liberação do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

No entanto, o jurista e professor de Direito da Faap Álvaro Villaça Azevedo disse que só será possível afirmar que o STF reconheceu a união estável gay quando sair o acórdão da decisão do tribunal, o que ainda não ocorreu.

No entendimento do jurista, os ministros do Supremo apenas reconheceram que os casais gays têm, por analogia, os mesmos direitos das pessoas que vivem em união estável.

"Uma coisa é aplicar analogicamente as regras da união estável, outra é admitir a união gay como estável", disse Villaça.

Na opinião do jurista, ao dar à união gay a proteção enquanto família, o STF não afronta o artigo 226 da Constituição, que, segundo ele, "não esgota a matéria". No entanto, Villaça entende como inconstitucional a concessão do status de união estável aos casais homossexuais.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/06/110628_casamento_gay_juristas_rp.shtml

Ideais de casamento burguês são metas inalcançáveis, diz filósofo

Ideais de casamento burguês são metas inalcançáveis, diz filósofo
Alain de Botton

Atualizado em 2 de agosto, 2011 - 11:29 (Brasília) 14:29 GMT
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Ambições múltiplas do casamento burguês são quase impossíveis, afirma Botton
Esperar do casamento amor, desejo e uma família feliz é praticamente pedir o impossível.

Eu odiaria lançar calúnias sobre o casamento no mesmo ano de um encantador casamento real e quando o primeiro-ministro desperdiça poucas oportunidades para se pronunciar a favor desta nobre e antiga instituição. No entanto, vale a pena pensarmos sobre o que esperamos que o casamento nos propicie nos dias de hoje.

Notícias relacionadasBritânico garimpa ouro para aliança em rio em que conheceu a noivaCom show, Mônaco começa casamento de dois dias de príncipe Primeiro casamento gay do Brasil pode ser anulado, dizem juristasTópicos relacionadosCultura, Comportamento Nenhuma das emoções que esperamos encontrar em um bom casamento moderno é incomum por si só. Nós as encontramos na arte e na literatura em todas as culturas e épocas. O que faz do casamento moderno extraordinário em suas ambições é a expectativa de que essas emoções sejam mantidas ao longo de toda uma vida com a mesma pessoa.

Os trovadores da Provença do século 12 tinham uma apreciação complexa do amor romântico: a dor gerada pela visão da figura graciosa, a insônia provocada pela perspectiva do encontro, o poder de algumas poucas palavras ou olhares para determinar o estado de espírito de alguém. Mas estes cortesãos não expressavam qualquer desejo de mesclar suas valorizadas emoções com intenções paralelas de criar uma família ou mesmo de dormir com aquelas a quem eles amavam ardentemente.

Emoção subversiva

Os libertinos da Paris do século 18 estavam, em temos comparativos, bem familiarizados com o repertório emocional do sexo: o prazer de desabotoar a peça de roupa de alguém pela primeira vez, a excitação de explorar um ao outro à luz de velas, a emoção subversiva de seduzir alguém secretamente durante a missa. Mas estas aventuras eróticas também compreendiam que seus prazeres tinham muito pouco a ver com preparar a cena para a amizade de companheirismo ou a criação de um berçário cheio de crianças.

Quanto ao impulso em se agrupar em pequenos grupos familiares dentro dos quais a próxima geração pode se propagar com segurança, esse projeto é do conhecimento da maior parte da humanidade desde os dias em que começamos a andar eretos no Vale do Rift, no Leste da África. E no entanto este impulso raramente induziu pessoas a acreditar que ele pode estar incompleto sem um desejo sexual ardente ou frequentes sensações de desejo diante da visão da companheira.


Casamentos como o do príncipe William e Kate Middleton despertam fascinação
A crença na incompatibilidade, ou ao menos na independência, dos aspectos romântico, sexual e familiar da vida eram tomadas como sendo aspectos universais e pouco relevantes da vida adulta até meados do século 18, nos países mais prósperos da Europa, um incrível novo ideal começou a se formar em uma área em especial da socieade.

Este ideal propôs que as pessoas casadas daí para a frente deveriam não apenas tolerar um ao outro para o bem das crianças, como extraordinariamente deveriam também se esforçar para amar e desejar um ao outro profundamente ao mesmo tempo.

Elas deveriam manifestar nos seus relacionamentos o mesmo tipo de energia romântica que os trovadores mostravam em relação às damas que cortejavam e o mesmo entusiasmo sexual que havia sido explorado pelos entusiastas do erotismo da França aristocrática.

O novo ideal propagou pelo mundo a convincente noção de que uma pessoa poderia suprir suas necessidades mais prementes de uma só vez com a ajuda de apenas uma outra pessoa.

Não foi coincidência que o novo ideal de casamento tenha sido criado e apoiado fortemente por uma classe econômica específica, a burguesia, cujo equilíbrio de liberdade e repressão ela sinistramente espelhava.

Trabalho = escravidão


Em uma economia expandindo rapidamente graças aos desenvolvimentos técnicos e comercias, esta nova classe ascendente não precisava mais aceitar as expectativas restritivas das camadas inferiores. Com um pouco de dinheiro sobrando para propiciar distração, advogados burgueses e comerciantes podiam elevar suas expectativas e esperar mais de uma parceira do que meramente alguém ao lado, com quem se poderia enfrentar a passagem do próximo inverno.

Ao mesmo tempo, os recursos deles não eram ilimitados. Eles não tinham o tempo ocioso ilimitado dos trovadores, cuja riqueza herdada significava que eles poderiam passar três semanas sem maiores dificuldades exaltando a testa da mulher amada. Havia negócios para administrar e armazéns para fiscalizar.

A burguesia tampouco poderia se permitir a arrogância social dos aristocráticos libertinos, cujo poder e status havia lhes concedido uma confiança em relação a partir o coração alheio e destruir suas famílias - bem como os meios de ocultar quaisquer consequências desagradáveis de suas travessuras.

O casamento burguês"O novo ideal propagou pelo mundo a convincente noção de que uma pessoa poderia suprir suas necessidades mais prementes de uma só vez com a ajuda de apenas uma outra pessoa."

Alain de Botton
A burguesia, portanto, não estava nem tão pressionada a ponto de não acreditar no amor romântico e nem tão libertada da necessidade de buscar envolvimentos eróticos sem limite. O desejo de encontrar a realização por meio do investimento em um única pessoa com a qual se firmou um contrato legal e eterno representava uma solução frágil para o equilíbrio específico de necessidades emocionais e restrições de ordem prática.

Não pode ser coincidência que uma união muito semelhante ente a necessidade e a liberdade tenha se tornado aparente na mesma época em relação àquele segundo pilar da felicidade moderna - o trabalho.

Durante séculos, a ideia de que o trabalho não seria outra coisa que não sofrimento pareceria totalmente implausível. Aristóteles havia dito que todo o trabalho remunerado era escravidão, uma avaliação sombria à qual o cristianismo acrescentou a crença de que os esforços do trabalho foram uma penitência ditada pelos pecados de Adão.

Mas ao mesmo tempo que o casamento estava sendo repensado, muitos começaram a argumentar que o trabalho poderia ser mais do que um vale de lágrimas em que se entrava para sobreviver - ele poderia ser um caminho para a auto-realização e a criatividade. Poderia ser tão divertido como algo que alguém fazia sem referências a dinheiro.

As virtudes que a aristocracia havia associado anteriormente a ocupações não-remuneradas passaram a estar disponíveis em certos tipos de empregos remunerados também, uma pessoa poderia transformar um hobby em um emprego. Uma pessoa poderia fazer por dinheiro o que ela pretendia fazer de qualquer maneira.

O ideal burguês de trabalho, como sua contrapartida marital, foi a representação de uma posição intermediária. Era necessário trabalhar para ganhar dinheiro, mas o trabalho poderia ser prazeroso - assim como o casamento não poderia fugir aos encargos normalmente associados à criação de filhos - e ainda assim ele não estaria desprovido de alguns dos prazeres de um relacionamento amoroso e de uma obsessão sexual.

A visão romanceada

A visão burguesa do casamento gerou uma série de comportamentos tabu que anteriormente haviam sido tolerados ou ao menos não haviam sido vistos como a causa da destruição de si mesmo ou de uma família - uma mera tórrida amizade com a esposa ou esposo de alguém, um fracasso sexual, adultério ou impotência. A ideia de que uma família poderia ser destruída porque alguém havia feito sexo com outra pessoa seria tão ridícula para um libertino como seria para um burguês a ideia de que ele poderia se casar com alguém que ele não adorava passionalmente.

O progresso da burguesia romântica pode ser traçado na ficção. Os romances de Jane Austen ainda soam modernos porque as aspirações que seus personagens espelham - e ajudaram a moldar - as aspirações mantidas por nós. Assim como Elizabeth Bennett em Orgulho e Preconceito ou Fanny Price, em Mansfield Park, nós também ansiamos em reconciliar nosso desejo em ter uma família segura com sentimentos sinceros por nossos parceiros.


Libertinos prezavam o prazer de desabotoar um corpete
Mas a história do romance também aponta para ideais sombrios do ideal romântico. Os dois maiores romances da Europa do século 19, Madame Bovary e Anna Karenina, nos confrontam com mulheres que, como era típico em suas épocas e em suas posições sociais, almejam uma série de qualidades em seus parceiros. Elas querem que eles sejam maridos, trovadores e libertinos.

Mas tanto no caso de Emma como no de Anna, a vida só lhes oferece o primeiro entre os três. Elas ficam aprisionadas em um casamento economicamente seguro e sem amor, que em eras passadas poderia ser a causa de inveja e celebração - e que agora parece intolerável. Ao mesmo tempo, elas habitam um mundo burguês que não pode permitir suas tentativas de manter relacionamentos amorosos fora do casamento. Seus suicídios ao final ilustram a natureza irreconciliável do novo modelo de amor.

O ideal burguês claramente não é uma ilusão. Existem é claro casamentos que fundem perfeitamente bem os três ideias de ouro da realização - romântico, erótico e familiar.

Nós não podemos dizer, como os cínicos por vezes tentaram, que o casamento feliz é um mito. É infinitamente mais aflitivo que isso. É uma possibilidade - apenas uma possibilidade rara. Não há uma razão metafísica pela qual o casamento não vá honrar nossas expectativas - mas as possibilidades estão contra nós.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/08/110802_casamento_botton_bg.shtml

Será que eu tive um orgasmo?

01.08.11 | 23h58
Será que eu tive um orgasmo?
A pergunta chega aos consultórios e especialistas esclarecem por que algumas mulheres não reconhecem a sensação
IG
A dificuldade para chegar ao orgasmo é uma queixa feminina comum para ginecologistas e sexólogos. Uma parcela das pacientes, porém, amarga uma dúvida diferente: elas não sabem dizer se estão chegando lá, relatam especialistas.Segundo Carolina Ambrogini, ginecologista e coordenadora do Projeto Afrodite da UNIFESP, a expectativa alta demais é um dos fatores que dificultam o reconhecimento do orgasmo. Algumas dessas pacientes chegam sim ao clímax, mas acham que deveriam sentir algo mais forte. “Elas fantasiam que será surpreendente, que irão gritar muito, por conta dos relatos de amigas ou filmes. Mas quando a gente explica a sensação, muitas percebem que já têm orgasmo”, diz.

Por outro lado, a questão pode refletir uma realidade bastante comum: só tem dúvida quem nunca teve um orgasmo. A falta de intimidade com o próprio corpo é um dos principais vilões nesses casos. “O problema acontece com mulheres que não têm o hábito da masturbação. Ainda existe muito preconceito, elas acham que é sempre o parceiro que deve conduzir o prazer”, explica Ambrogini. De acordo com a especialista, disfunções relacionadas ao orgasmo correspondem ao segundo maior motivo de atendimento no ambulatório de sexualidade da UNIFESP.Relaxamento, satisfação, perda momentânea de consciência. É vasto o vocabulário usado pelos especialistas para explicar um orgasmo. Com o objetivo de esclarecer a sensação para quem nunca sentiu ou ainda tem dúvidas, Ambrogini costuma usar uma analogia em suas palestras: “É como um espirro. A vontade vem em ondas e, de repente, ocorre uma descarga de energia”, explica.
O orgasmo possível
Ainda que a busca pelo orgasmo aflija muita gente, a perspectiva da satisfação sexual da brasileira é positiva, de acordo com Gerson Lopes, ginecologista e presidente da Comissão Nacional de Sexologia da FEBRASGO. “É dito na literatura que 20% das mulheres que procuram ajuda não sabem se têm orgasmo. Mas a mídia e os médicos estão ajudando a esclarecer”, diz ele.

Outro relato de consultório que entra na estatística é a dificuldade do orgasmo somente na penetração. “Elas dizem que não têm orgasmo porque só chegam lá com estímulo no clitóris. Mas é assim, você tem o orgasmo como consegue, não como quer”, diz Lopes.
http://www.midianews.com.br/?pg=noticias&cat=7&idnot=58785