domingo, 11 de setembro de 2011

O dia da caça: ela avança, ele trava


  • 5.09.11 | 23h54
  • a situação do homem é bem complicada”


  • Dificcil é não ser caçador no dia a dia

    IG

    Desde que Selma começou no novo emprego, Ricardo, seu colega na empresa, se aproximou dela. Durante todo um ano se insinuou, fazendo promessas veladas dos prazeres sexuais que poderiam desfrutar juntos. Ela levava na brincadeira, ria meio sem graça, porque na verdade não se sentia atraída por ele. Mas ele não desistia. Até que se tornou mais explícito e passou a insistir para que fossem a um motel. Não perdia a oportunidade de fazer uma piadinha e lançar olhares sedutores. Selma, então, decidiu resolver a questão de uma vez por todas. Um dia, mal ele chegou, foi até sua sala dizer que desejava, naquela tarde, conferir as delícias sexuais que há tanto tempo ele prometia. Pronto. Era tudo o que não podia acontecer. "Não entendi nada. Ele deu uma desculpa, disse que estava cheio de serviço e nunca mais falou direito comigo. Nos tornamos dois estranhos".
    Mulher tomar a iniciativa da proposta sexual? "Ah, não! Isso já é demais", é o que ainda pensam muitos homens. Eles ficam assustados ao se imaginarem nessa situação. Sentem medo de dar um "branco" na hora, de não saber como agir nem o que dizer. E o pior: pode falhar a ereção. Afinal, o papel de conquistador é o único que o homem conhece, e fora dele não dá para se sentir à vontade. Desde menino ele foi treinando para isso, e, para complicar ainda mais, acreditou que faz parte da natureza masculina ser ativo - e da feminina a passividade. Mas é inegável que, apesar de tantos equívocos e limitações, ele antes vivia bem menos ansioso nessa área do que agora.
    O papel que homem e mulher desempenhavam no sexo sempre teve regras claramente estabelecidas. Fazia parte do jogo de sedução e conquista o homem insistir na proposta sexual e a mulher recusar. Contudo, ele apostava no seu sucesso e para isso não media esforços. Quanto mais ela recusava, mais ele insistia e mais emocionante o jogo se tornava - só para ele, claro. Para a mulher era um tormento. Além de toda a culpa que carregava por estar permitindo intimidade a um homem, seu desejo era desconsiderado, assim como seu prazer. Como usufruir daquele encontro? Não podia relaxar um segundo. Ela sabia que, se não se controlasse, seria logo descartada e ainda por cima rotulada de fácil.
    Mas o homem continuava insistindo, e ela dizendo não. Ele nem a percebia, o importante era chegar ao final. Jogo cruel para ambos, é verdade. Aprisionados à moral antissexual, nenhum dos dois tinha a menor chance de experimentar o prazer proporcionado pela troca de sensações eróticas. Se em algum momento a mulher cedesse, pronto. O homem se apaziguava com a confirmação da única coisa que buscava desde o início: se sentir competente e se afirmar como macho.
    Entretanto, quando a mulher resistia às investidas, a autoestima dele não era abalada. Ele se apoiava na convicção de que o motivo da recusa se devia exclusivamente ao fato de ela ser uma mulher direita, de família. Assim, imune à preocupação de ter sido rejeitado por não agradar à parceira, continuava se sentindo poderoso e absoluto.
    Toda essa encenação nos permite entender por que, até hoje, muitas mulheres se esquivam do sexo. Temendo ser usadas - e durante muito tempo foram mesmo -, se queixam com frases do tipo: "Os homens só querem sexo", o que à primeira vista poderia soar estranho, já que ninguém duvida de que sexo é bom.
    Agora as coisas mudaram. As mulheres dão sinais de não estarem nem um pouco dispostas a continuar se prestando a esse papel. Não querem apenas se mostrar belas e esperar passivamente que os homens se sintam atraídos e tomem a iniciativa. Isso está aos poucos se tornando coisa do passado. Mas como o homem vai resolver essa questão? Como vai se adaptar a essa nova realidade? O machão está em baixa, e a mulher busca homens que se relacionem com ela em nível de igualdade em tudo, também no sexo.
    A situação do homem é bem complicada. Além de ser difícil de aceitar a igualdade com a mulher, o temor de ser avaliado e comparado a outros homens gera insegurança. Sem contar que outras preocupações, nunca antes sentidas, estão agora presentes o tempo todo: ter o pênis pequeno ou fino, a ejaculação precoce, não obter ereção no momento desejado, não proporcionar orgasmo à mulher. Muitos homens continuam procurando mulheres recatadas e passivas, acreditando estar assim mais garantidos. O problema é que em pouco tempo se sentem insatisfeitos.
    Com a liberação dos costumes e todas as informações que são oferecidas, não dá mais para ignorar as muitas possibilidades de prazer sexual que um ser humano pode experimentar. Somente pessoas livres, que gostam de sexo e não têm preconceitos, estão em condições de compartilhar dessas descobertas com o parceiro.
    Esses conflitos só vão ser resolvidos quando o sexo for aceito como algo bom, natural, que faz parte da vida. E não se precisar mais atribuir a ele motivos que não lhe são próprios.

Ejaculação precoce atinge 40% da população


Da Redação
Foto: Stock.xchng
Se tem algo que mexe com a autoestima dos homens são os assuntos ligados a sexualidade. A ejaculação precoce, que atinge pelo menos 40% da população é considerada por especialistas como a mais grave já que é necessário tratamento psicoterápico aliado a remédios.
Segundo Eduardo José Andrade, urologista e secretário geral da Sociedade Brasileira de Urologia, a ejaculação precoce ocorre por problemas físicos aliado a influências psicológicas e é o responsável pelo término de casamentos e relacionamentos.
“Passa anos e os homens não procuram nenhum tratamento por receio. Acabam relacionamentos, as vezes casamentos e o quadro só se agrava já que ele vai ao consultório muito deprimido ”, explica Andrade que adverte o quanto mais cedo o tratamento melhor.
Como ocorre
A ejaculação precoce, quando o homem atinge o orgasmo antes da parceira na maioria das vezes, pode ser divido em dois grupos. O ejaculador precoce que tem o problema desde a primeira relação sexual com todas as parceiras da vida e quando ele é normal e adquire o problema.
Em casos mais graves o homem pode desenvolver a disfunção erétil, pois já fica receoso antes mesmo de iniciar a relação. Segundo Andrade os homens mais maduros, por volta dos 35 e 40 anos, conseguem mudar um pouco esse quadro o que não impede o tratamento.
O tratamento pode ser a base de remédios específicos, antidepressivos que podem ser tomados horas antes da relação sexual e também acompanhamento psicológico e psicoterapeuta.
Apesar de não ter faixa etária, geralmente os homens que sofrem com a ejaculação precoce é uma pessoa ansiosa, não gosta de esperar, metódico e que se irrita facilmente, segundo Andrade.

Nasceu rapaz, ficou sem pénis e tornou-se «uma menina»

O pénis de Bruce Reimer foi queimado quando tinha apenas 7 meses. Pais educaram-no como rapariga
Por: Redacção / ASM  |  24- 11- 2010  21: 44

A BBC vai exibir, esta semana, um documentário sobre a história de um irmão gémeo criado como rapariga depois de ter perdido o pénis, durante uma circuncisão, na década de 60. 

A história de Brian e Bruce Reimer vai ser o tema de um trabalho que promete passar por alguns pontos sensíveis sobre identidade sexual e a importância da educação e da biologia nessa definição.

Segundo avança a BBC, os gémeos nasceram saudáveis em 1965, no Canadá. Os dois meninos mantiveram-se completamente saudáveis até, sete meses depois, sentirem problemas em urinar, problema que levou a ser aconselhada uma circuncisão, sob orientação médica. 

No entanto, o que normalmente é uma pequena intervenção cirúrgica, teve consequências irreversíveis para um dos gémeos. Em vez do habitual bisturi, a equipa que operou os gémeos usou uma agulha de cauterização, um equipamento eléctrico que, devido à elevação repentina da corrente eléctrica, queimou completamente o pénis de Bruce.

A operação de Brian foi cancelada e os gémeos voltaram para casa. Passaram meses sem que os pais da criança descobrissem uma solução para o problema de Bruce. Até que, um dia, foram apresentados a John Money, um psicólogo especializado em mudanças de sexo.

Para comprovar a sua teoria de que a biologia não tem um papel tão determinante como a educação na definição de sexo, Mooney aconselhou os pais de Bruce a criá-lo como se sempre tivesse sido uma rapariga, sob a condição de nunca lhe dizerem que tinha nascido rapaz.

O consentimento dos pais representou uma oportunidade única de comprovar a teoria do psicólogo, uma vez que poderia fazer a comparação de dois gémeos idênticos e a mesma educação, mas com papéis de género diferentes, tomando-os como exemplo no seu estudo académico, mais tarde publicado.

Com apenas 17 meses de idade, Bruce passou a chamar-se Brenda e, durante vários anos, a experiência de Dr. Mooney desenvolveu-se como esperado. Segundo a mãe da criança, Brenda tinha desenvolvido características estereotípicas de uma menina que contrastavam com as do irmão.

Nova mudança de sexo 

No entanto, quando Brenda entrou na puberdade, já depois do estudo científico ter sido publicado, a rapariga apresentou comportamentos depressivos e, mesmo, suicidas.

«Eu podia ver que a Brenda não era feliz como rapariga», referiu a mãe da criança, citada pela BBC, recordando que a filha era muito «rebelde e masculina». «Não tinha amigos, toda a gente a ridiculizava», acrescentou.

Os pais decidiram, então, contar a Brenda que tinha nascido rapaz, levando a rapariga a converter-se em «David» através de uma cirurgia reconstrutiva.

Com a identidade masculina, o gémeo casou-se mas, depois de descobrir que tinha servido de experiência «bem sucedida» sobre a mudança de sexo e a educação, voltou a sofrer uma depressão grave.

Em 2002, a depressão agravou devido a problemas matrimoniais e à morte do irmão gémeo por overdose. Em 2004, aos 38 anos, suicidou-se.

Segundo Polly Carmichael, especialista em questões relacionadas com Distúrbio de Sexual de Desenvolvimento, o controlo exercido por Dr Money sobre a família Reimer, não seria permitido nos dias de hoje.

«Agora temos equipas multidisciplinares, que funcionam bem, em todo o país, e as decisões são tomadas por uma ampla série de profissionais», acrescentou.

http://www.tvi24.iol.pt/internacional/tvi24-bruce-reimer-mudanca-de-sexo-circuncisao-reino-unido-bbc/1212040-4073.html

Hospital de Coimbra já faz cirurgias de mudança de sexo

Ordem dos Médicos já autorizou 16 operações
Por: Redacção / ACS  |  9- 9- 2011  15: 10
Os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) realizam este mês as primeiras cirurgias para a mudança de sexo. Dezasseis já estão autorizadas pela Ordem dos Médicos, disse esta sexta-feira o coordenador da equipa multidisciplinar criada para o efeito, citado pela Lusa.

O director do Serviço de Psiquiatria dos HUC e responsável por este programa de cirurgias único no país, António Reis Marques, disse à agência Lusa que os primeiros quatro pacientes que pretendem mudar de sexo já foram seleccionados.

«Mas mais 12 pessoas já obtiveram a necessária autorização da Ordem dos Médicos, havendo ainda outros pedidos», referiu.

Os HUC, devido a uma proposta de Reis Marques, decidiram criar este ano a Unidade de Cirurgia Reconstrutiva Genito-Urinária e Sexual, que integra 15 médicos com diferentes especialidades.

Reis Marques referiu que «vários colegas, da Urologia e da Cirurgia Plástica, estiveram algum tempo num país da Europa para ver como se faz» e para «saber qual a sequência» das diferentes cirurgias a que pode obrigar uma mudança de sexo.

O director do Serviço de Psiquiatria dos HUC, que já presidiu à comissão da Ordem dos Médicos que analisa os pedidos na área da transexualidade, avançou com a proposta para a criação deste serviço nos HUC, depois da aposentação de Décio Ferreira, do Hospital de Santa Maria, o único cirurgião que fazia estas operações em Portugal.

A administração dos HUC, presidida por Fernando Regateiro aprovou a criação da Unidade de Cirurgia Reconstrutiva Genito-Urinária e Sexual que depois obteve o aval do Ministério da Saúde.

O director do Serviço de Psiquiatria dos HUC, onde existe há três décadas uma consulta de sexologia iniciada há cerca de 30 anos pelo psiquiatra Allen Gomes, afirmou que «é no âmbito da sexologia que estes problemas se colocam».

de acordo com Reis Marques, nos HUC, da actual lista de pessoas que pretendem mudar de sexo, «há mais mulheres que querem ser homens» do que pacientes do sexo masculino que pedem para ser mulheres.

Como convencer sua parceira a topar sexo a três


06 de Setembro de 2011
HELOÍSA NORONHA /UOL

Se você tem vontade de propor uma transa a três, siga as dicas para saber como abordar o assunto (Reprodução )
Fantasia da maioria dos homens, o ménage a trois (ou sexo a três) ainda é cercado de tabus –principalmente, por parte das mulheres. Afinal, como persuadir aquela namorada ciumenta a aceitar mais uma garota na cama com vocês, quando você não pode nem olhar para o lado na balada? A tarefa é difícil, mas não é impossível. O UOL Comportamento conversou com vários especialistas e ouviu algumas sugestões valiosas que, se não servirem para que ela aceita a proposta de cara, pelo menos farão com que a sua mulher pense na possibilidade com carinho:
Nada de abordar o tema na cama, logo após a transa. A mulher terá a impressão de que você não gostou da performance dela e precisa de mais estímulo. Aborde o assunto bem longe do quarto, de preferência em um jantar, durante uma conversa picante. "Sexo a três somente é possível para casais que considerem essa proposta dentro de seus valores morais, individuais e a dois", diz o terapeuta sexual Oswaldo Rodrigues Martins Jr., diretor do Instituto Paulista de Sexualidade. "Uma boa preparação é começar a frequentar casas de swing e observar como as pessoas se comportam", exolica a ginecologista Carolina Carvalho Ambrogini,coordenadora do Projeto Afrodite de Sexualidade, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O homem pode, também, falar sobre o tema sem envolvê-la -quando uma transa a três aparecer em um filme que vocês estão assistindo, por exemplo. Não pergunte, de cara, se a mulher toparia. De acordo com a reação da mulher ao ver a prática de sexo a três, o homem poderá saber se é possível tocar no assunto sem que ela se assuste.
De acordo com o terapeuta sexual Oswaldo Rodrigues, quando o casal já pode conversar sobre o que pensa a respeito do sexo a três (e concorda com a nova busca), ainda precisará tomar algumas decisões: quando, com quem e quais são os limites para cada um e para o casal. "Uma das regras comuns é a proposta de apenas fazer sexo, sem a possibilidade de um relacionamento afetivo. Se algum sentimento surgir, o casal se afasta da pessoa em questão", afirma o terapeuta. Outra regra é não buscar a pessoa escolhida sem a presença do parceiro. "Nunca proponha aquela amiga bonitona dela. Sua namorada vai passar a acreditar que você tem interesse e que pode ser trocada", diz a ex-garota de programa Vanessa de Oliveira, autora de "100 Segredos de uma Garota de Programa" (Matrix Editora). Se ela propor à amiga, não diga de cara "sim". Responda que vai pensar e disfarce o entusiasmo. Há casais que optam por prostitutas, justamente para evitar vínculos. Outro cuidado fundamental: usar preservativo –sempre!– e trocá-lo quando mudar de parceira. Evite, ainda, realizar a experiência na própria cama do casal, que é um lugar somente dos dois. Um motel é mais impessoal e menos comprometedor.
Para Vanessa de Oliveira, autora do livro "100 Segredos de uma Garota de Programa",  uma maneira de tentar convencê-la é explicar o quanto a experiência é excitante para você –e que, portanto, deseja compartilhá-la com a pessoa mais importante de sua vida... Ou seja, ela. "O ménage pode ser uma boa maneira de testar formas novas de sentir prazer", afirma. Diga isso a ela, fale que a moça também vai poder se divertir –e muito! E garanta, ainda, que, na hora da transa, você dará mais atenção a ela do que à outra. “Mulheres são competitivas. Nunca procure por essa variação sexual como forma de tratar um problema entre o casal. O sexo a três não vai fazer um relacionamento que era ruim ficar bom.
"A experiência do sexo entre três pessoas pode reforçar a cumplicidade do casal”, diz o terapeuta Oswaldo Rodrigues. Homem e mulher ficam mais próximos e mais abertos a viver novas fantasias. Na cama, a relação ganha pimenta extra. Diga tudo isso a ela –e comprometa-se, de verdade, a adotar a fidelidade como estilo de vida. "Se você tem a sorte de ter uma namorada que topa ménage, para que fazer a burrice de traí-la?", questiona Vanessa de Oliveira, ex-garota de programa que lançou o livro "100 Segredos de uma Garota de Programa".
Lembre-se que há o risco de a prática se tornar uma constante entre o casal. "Se a frequência das transas a três é grande, o relacionamento pode virar um namoro a três, já que o casal não consegue mais obter a prazer a dois", explica o sexólogo Claudio Picazio, de São Paulo. E, homens, estejam preparados para possíveis cobranças... Várias mulheres entendem a realização de fantasias sexuais como uma prova de amor. E, claro, exigem correspondência. Não se assustem, portanto, se ela sugerir a prática com outro homem. Você pode até não topar, mas se reagir mal, poderá ofendê-la. Afinal, se você se sente inferiorizado ou desrespeitado com uma proposta dessas, ela também deveria ter se sentido? Não crie essa dúvida na cabeça de uma mulher.

Sexualidade deve ser discutida com filhos


domingo, 11 de setembro de 2011 0:00
Da Redação
Conversa dentro de casa pode evitar gravidez e até mesmo dooenças 
Nem mesmo todos os avanços tecnológicos proporcionados à sociedade moderna mudaram tabus quando o assunto é sexualidade. O tema, que deve ser debatido dentro de casa segundo especialistas, muitas vezes é deixado de lado pela falta de conhecimento ou preconceito dos pais. Entre as consequências disso estão os índices de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada nos jovens.
De acordo com César Marinelli, médico assistente de Urologia da Faculdade de Medicina do ABC, é dever dos pais conversarem com os filhos, principalmente quando a criança entra na puberdade. “A criança começa a sentir desejos novos e os pais têm de aconselhar para que ela possa exercer a sexualidade da melhor maneira possível”, explica.
Prova da ausência do assunto, que abrange muito mais fatores do que pura e simplesmente o sexo, é a falta de conhecimento da especialização médica chamada hebiatra, que é o médico e o terapeuta especializados em adolescentes. “Muitas desconhecem o hebiatra. Outro exemplo é a inexistência de meninos nos consultórios do urologista”, defende Marinelli.
Para Oswaldo Rodrigues, psicólogo e terapeuta sexual do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade), discutir o assunto é maneira correta de ensinar aos filhos como construir futuros relacionamentos saudáveis. “Não estamos nos referindo a fazer sexo, mas como desenvolver ligações emocionais entre homens e mulheres com objetivo de formar uma família baseada em afetos amorosos”, explica. (Colaborou Larissa Marçal)
Cultura ainda é principal barreira
Existem inúmeros motivos que levam os pais a não discutirem a sexualidade com os filhos, mas a questão cultural é o principal deles. De acordo com Rodrigues, é quase uma regra na cultura ocidental não discutir sexualidade dentro de casa. “Somente nos últimos 60 anos é que se percebeu que o assunto deveria ser direcionado, debatido constantemente”, aponta.
Conscientizar sobre as mudanças do corpo e as psicológicas é maneira de introduzir o assunto. Marinelli explica que os pais devem tratar o assunto da maneira mais natural possível. “A sexualidade é tão explorada pela televisão que a criança vê com naturalidade”, explica.
Para tratar sobre sexualidade não existe idade fixa. O urologista ensina que entre 10 e 11 anos já é possível conversar com as meninas, já com os meninos o tema deve ser abordado um pouco mais tarde. “Eles costumam demorar um pouco mais para amadurecer”, explica.
A discussão sadia, iniciada em casa, pode evitar a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis e até mesmo uma futura gravidez indesejada.
“Adolescentes que recebem educação sexual afetiva, vinda dos próprios pais, tendem a postergar o início da vida sexual, porque eles aprendem, realmente, como utilizar processos de contracepção e compreendem a razão para não engravidar sem planejamento para o futuro da vida”, pontua Rodrigues. (LM)

Apneia do sono pode causar impotência sexual


Apneia do sono pode causar impotência sexual


Ana Ligia Noale

As consequências de noites maldormidas são diversas: dor de cabeça, irritabilidade, problemas de memória, ansiedade e sonolência diurna. Mas, com certeza, a que mais preocupa os homens, é a relação entre a apneia do sono e a impotência sexual. Segundo Shigueo Yonekura, neurologista do Instituto de Medicina e Sono de Campinas e Piracicaba, a apneia, que atinge grande parte da população, é caracterizada pelo fechamento repetitivo da passagem do ar pela garganta durante o sono. “O distúrbio pode interromper a respiração e provocar pequenos despertares durante a noite, prejudicando o descanso. Essa interrupção afeta diretamente o organismo. Isso porque vários hormônios, como a testosterona, são produzidos durante o sono”, explica o médico.

Além de estar associada à redução da libido, a deficiência de testosterona provoca falta de concentração e de energia, fadiga e diminuição da massa muscular. O neurologista destaca que a apneia pode trazer implicações graves à saúde. “O distúrbio pode provocar pressão alta, infarto do miocárdio, arritmias cardíacas, derrame cerebral e aumentar em sete vezes o risco de acidente de trânsito. Considerada problema de saúde pública, a apneia está classificada entre as doenças que mais matam no mundo. Sendo que a hipertensão arterial é encontrada em 70% a 90% dos que sofrem do problema”, alerta Yonekura.

De acordo com o médico, entre as opções de tratamento estão o cirúrgico, o uso do dispositivo intraoral e o CPAP - aparelho que auxilia a respiração durante o sono. “O CPAP tem como objetivo manter as vias aéreas permeáveis ao fluxo do ar durante a noite. O aparelho fica conectado a um compressor de ar que provoca pressão positiva para forçar sua passagem através das vias aéreas superiores. Os níveis de pressão da máscara devem ser ajustados individualmente, depois do exame de polissonografia. Pressões inadequadas podem aliviar os sintomas sem diminuir os riscos cardíacos. Já o tratamento cirúrgico está sempre indicado para a remoção de obstáculos e correção de distúrbios anatômicos que dificultam a passagem de ar”, afirma o neurologista.

Perda de peso, no caso de pacientes obesos, e evitar dormir na posição supina (de barriga para cima) são outras medidas recomendáveis. “Conhecidos como posicionadores mandibulares, os aparelhos intraorais conseguem auxiliar nos casos considerados leves ou moderados”, finaliza.
http://jornalcidade.uol.com.br/rioclaro/dia-a-dia/saude/81321--Apneia-do-sono--pode-causar---impotencia--sexual--