segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Há mais casais a pedir ajuda de terapeutas


Auxiliar de casamento
No dia em que o tampo da sanita se torna a arma de arremesso o casal nota que está em ruptura. A imagem é já um clássico da vida a dois mas é precisamente na esfera da intimidade que a relação de Ana e João sofre o maior abalo.

Com terapia, o casal, que está junto há 20 anos e tem dois filhos adolescentes, aprende a sobreviver mais uns tempos. "Pode não ser para a vida, mas estamos a fazer um esforço", admite Ana B., comerciante, 47 anos, que apenas acede a falar via internet.
Apesar de ainda ser tema tabu, a terapia de casal cresce por todo o País. Ajudados pela abertura da sociedade e passa palavra de quem já recebeu ajuda, são cada vez mais os parceiros que se sentam no sofá de um terapeuta. E com a crise as consultas aumentam. "Os motivos são os mais variados, mas os pedidos mais frequentes prendem-se com problemas de comunicação no casal, situações de pós-infidelidade e pré-ruptura, problemas com os filhos, nas idades mais críticas, e com as famílias de origem", explica Catarina Mexia, que acompanha casais em crise desde 1995.
Para a terapeuta, "o velho ditado ‘em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão’ é um pouco o espelho do que tem aparecido na consulta. O tema do dinheiro é quase sempre problemático e mal trabalhado pelos casais. E em situação de crise, como a que vivemos, a relação com o dinheiro, a dificuldade real, acaba por exponenciar dificuldades já existentes de comunicação do casal".
A SOPA DA SOGRA
Nesta lista de causas, a relação de Ana e João é quase enciclopédica. "Todos os motivos serviam para iniciar uma discussão", desde as amizades do filho mais velho às sopas que a mãe dele fazia – "que eram sempre melhores do que as minhas" –, mas o ponto alto surgia "logo pela manhã", quando a desarrumação da casa de banho fazia desfiar elogios e ofensas aos hábitos herdados dos pais.
"Tínhamos discussões tão violentas que muitas vezes a minha filha mais nova ia para a escola a chorar", recorda Ana, que admite ser o pilar da casa por ter mais rendimento do que o marido, escriturário.
Após 20 anos de vida em comum, o casal procura uma nova palavra para substituir o entusiasmo dos primeiros anos do namoro. João acredita no casamento; Ana tem dúvidas sobre o sentimento que alimenta a relação mas nota que houve culpas dos dois: "Deixámos de ter projectos a dois, acumulei tarefas e isso trouxe desgaste".
PAIXÃO E FACEBOOK
A experiência de ouvir ambos os lados da barricada leva Maria de Jesus Candeias a notar que a "falta de comunicação" é um grande entrave na vida a dois. Na sala da terapeuta, os sofás dispostos em círculo convidam à conversa, o que nem sempre acontece na vida em casal, hoje com espaços de lazer frontais para a TV ou o computador.
"As duas pessoas que formam um casal trazem toda uma carga de história familiar e quando começam a viver juntos têm de aprender novas maneiras para conviver", explica. "A maior parte tem conflitos por situações mínimas, por questões de educação, como a maneira de estar à mesa ou os hábitos de estar com o outro. Mas também surgem discussões muito violentas. Muitos chegam aqui no limite e há quem saia porta fora, quem diga ‘já não gosto de ti’. São casais em situações de ruptura que nunca foram faladas e cara a cara são capazes de dizer ‘deixei de sentir amor’".
Por ser terapeuta do casal, Maria de Jesus Candeias acredita que "é a paixão que acaba. Há uma fase inicial de ilusão", em que se fala de tudo, "que se pode transformar e evoluir para um outro sentimento. Numa relação há três pilares fundamentais: confiança, respeito e amor. Isso nunca acaba", nota.
No entanto, apesar de todos os ensinamentos, emerge um novo paradigma, em que o divórcio passa a ser socialmente aceite, a traição já não é consentida, mesmo em casamentos tradicionais, e o Facebook "entra na vida dos casais", nota a clínica. "Por vezes, esse uso da rede social mais não é do que um jogo de sedução, mas o facto de se descobrirem novos actores no Facebook ou no e-mail gera enormes tensões".
GERIR O OUTRO
A traição, "seja sob a forma de uma infidelidade ou da quebra de um compromisso", é, para Catarina Mexia, o que mais afecta a vida de um casal.
"Recordo um caso recente em que o casal, ele com mais dez anos, se juntou com o compromisso de após dois anos terem filhos. Por impedimento de carreira dele, não foi possível cumprir essa meta. Mais tarde, a questão colocou-se de novo e finalmente, durante o processo de psicoterapia , surgiu a informação de que não haveria, por vontade dele, filhos naquela relação. Para aquela mulher esta foi uma traição impossível de superar", relata.
Foi o momento em que as mulheres saíram para o mercado do trabalho que mudou as relações conjugais, frisam os terapeutas.
"As mulheres passaram de uma situação de total submissão para uma autonomia em que já podem dizer ‘vou à minha vida’ e neste momento até decidem mais do que o homem. Há aqui um emergir da mulher e um anular do homem, que tem vindo a perder poder. Elas estão mais exigentes, quase que se impõem e o homem está num papel passivo", nota Maria de Jesus Candeias.
E isso estende-se à guarda dos filhos menores em caso de divórcio. "Os pais cada vez mais querem estar presentes, mas por tradição os filhos são entregues à mãe, o que pode gerar enormes conflitos", diz.
Catarina Rivero adianta que "culturalmente, as mulheres cuidam da casa e os homens ‘apenas ajudam’", apesar de serem cada vez mais os que assumem tarefas como ir buscar os filhos à escola, estar em casa à hora do banho e fazer o jantar.
'O BEIJO' DE KLIMT
Porque acredita no "amor romântico" e nas "relações duradouras", Catarina Rivero ilustrou o espaço do Cais do Sodré onde acolhe os casais com uma réplica do quadro ‘O Beijo’, de Klimt: "Foi a primeira coisa que coloquei no consultório, pois a imagem do casal a beijar-se, à beira do precipício, tem o simbolismo da relação forte. A sedução é um percurso para a vida e há que saber encantar a dois".
Com pacientes de todas as idades, são os que enfrentam o desafio de serem pais e os menos jovens e isolados os que mais marcam o espaço desta terapeuta: "O início da parentalidade abana o sistema e tenho muitos casais com filhos de meses que se queixam de um desinvestimento na relação", diz.
No outro extremo, encontra "muitos casais, entre os 35 e os 50 anos, que não têm amigos e o seu dia-a-dia é entre o trabalho e a casa/família. Ter outras relações é bom, pois quando o casal se fecha muito sufoca. Precisamos de sentir saudade e até um bocadinho de insegurança. Em alguns casais pode causar transtorno o facto de dar tudo por garantido".
Foi precisamente a solidão que levou Célia e Miguel, de 27 anos, a pedir ajuda. A juventude de ambos contrasta com a aparência pacata, o ar de ‘quem não parte um prato’. Os dois queixam-se que um namoro que vem da adolescência, com direito a férias em casas dos pais, e uma vida profissional preenchida – ela na área do Serviço Social e ele na Engenharia –"não chega" para alimentar a vida conjugal. "A partir daqui o passo é mudar", confirma Miguel.
O NINHO VAZIO
Para José Carlos Garrucho, membro da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar desde 1997, "há mais pessoas a precisarem de apoio, isso é uma evidência; que o peçam já é diferente. Muitas vezes têm dificuldade em suportar os honorários e tendem a tentar resolver sozinhas, antes de assumirem um pedido de ajuda".
No consultório de Coimbra recebe "muitos casais com mais de 30 anos, enquanto o casal tem actividade sexual e vitalidade. Mas também no final da vida, quando se confrontam com o ‘síndroma do ninho vazio’. Tinham uma triangulação, que os ocupava", com o cuidar dos filhos, e em alguns casos é difícil voltar à vida de casal , com tudo o que isso implica. "A sexualidade, com as dificuldades de erotização, as questões da infidelidade e ciúmes são assuntos que acontecem, surgem nas consultas e variam com o tempo. Inicialmente vinham os homens com as mulheres deprimidas, porque eles tinham sido infiéis. Hoje as mulheres também já o são e os homens não lidam bem com isso".
Apesar das mudanças visíveis na sociedade, a "terapia para o divórcio" é por vezes fundamental. José Carlos Garrucho lembra que "existem casos em que as pessoas, mesmo estando numa relação violenta, têm dificuldade em sair, pois a vítima sofre a destruição da sua rede social e depende do agressor".
O terapeuta é claro ao dizer que "não há géneros isentos de culpa", no entanto avisa "que a violência física é mais comum nos homens e a verbal nas mulheres. Mas a mais destrutiva é a masculina pois os homens tendem a agir, são mais competentes fisicamente. Culturalmente as mulheres não são violentas". 
VENDA DE CASA E FILHOS AMARRAM CASAL
Em 2008, a Lei do Divórcio facilitou a separação por mútuo acordo. Apesar do aumento até 2009 (26 464 divórcios), o número de processos estabilizou entre 2010 e 2011. Muitos terapeutas notam que a crise leva os casais a ficar na mesma casa "por não a conseguirem vender, apesar de estarem separados maritalmente". A guarda dos filhos também justifica a decisão.
"Com a nova lei, o exercício do poder paternal é conjunto, mas por vezes os pais pedem a guarda conjunta, o que por norma recusamos, para evitar que a criança ande de casa em casa", diz o juiz Celso Manata do Tribunal de Menores de Lisboa. Relativamente à regulação do poder paternal, até dia 11 entraram na comarca de Lisboa 746 acordos. Em 2010 houve um total de 1106 processos.

Quatro entre dez homens de zonas rurais fazem sexo com animais; prática eleva risco de câncer de pênis

17/10/2011 - 11h00

Do UOL Ciência e Saúde

Em São Paulo
Estudo inédito realizado por médico do Hospital A.C.Camargo mostra que quatro entre dez homens que vivem em zonais rurais no país já tiveram uma ou mais relações sexuais com animais. A prática é responsável por dobrar o risco de câncer de pênis.
A pesquisa, liderada pelo urologista Stênio de Cássio Zequi, será publicada na próxima edição do periódico Journal of Sexual Medicine.
Os pesquisadores isolaram fatores que poderiam elevar o risco de câncer e levá-los a uma conclusão errada. Foram avaliados, além de sexo com animais, critérios como raça, idade, idade da primeira relação sexual, história de doença sexualmente transmissível, lesões penianas pré-malignas, fimose e circuncisão, idade da circuncisão, número de parceiros sexuais, tabagismo e história de sexo com prostitutas.
Uma das possíveis explicações para a associação entre câncer de pênis e sexo com animais, segundo o urologista, é o fato de que a mucosa genital do animal é bastante queratinizada, ou seja, mais dura que a humana, podendo causar traumas. Outra hipótese é a existência de elementos tóxicos na secreção animal ou de micro-organismos capazes de infectar o ser humano. O especialista ressalta, no entanto, que estas possíveis causas são especulações e ainda não é possível afirmar se há um ou mais vírus ou microrganismos específicos envolvidos no processo, nem se a prática pode causar danos às mulheres com quem esses homens se relacionam.
Frequência
Zequi e os demais pesquisadores identificaram, dentre outras coisas, que homens que praticam sexo com animais têm mais DSTs. Ainda segundo o trabalho, o tempo de duração e o numero de animais envolvidos mostra que a prática é mais comum no Nordeste do país e que lá predominam equinos. Já no Sudeste, caprinos e galináceos.
A periodicidade da prática de sexo com animais variou. Um único episódio na vida foi apontado por 14% dos entrevistados. Duas vezes ao mês (17%), uma vez por mês (15,2%), uma vez por semana (10,5%), três vezes por semana (10%), duas vezes por semana (9,4), diariamente (4,1%), dia sim/dia não (5,3%).
A duração do comportamento de sexo com animais durou menos de um ano para 34 indivíduos (19,9%); um a 26 anos (80,1%). A duração mais comum foi de 1 a 5 anos (reportada por 59% dos entrevistados). Já sexo com animais junto com um grupo de homens foi reportado por 29,8% dos entrevistados. Todas as entrevistas foram realizadas pessoalmente.
Embora raro (2,9 a 6,8 casos por 100 mil habitantes), o câncer de pênis costuma provocar mutilações. Levantamento recente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) aponta que são amputados, todos os anos, mais de mil pênis no país. As principais causas já conhecidas até então são falta de higiene e presença de fimose, pois estão associadas com acúmulo de secreções na glande ou em outras regiões do pênis, causando assim uma inflamação crônica que pode desencadear o tumor.
Tabu
A doença é mais incidente nas regiões mais pobres e, consequentemente, com menor acesso às informações sobre prevenção de câncer. Há também barreiras importantes, como o tabu do homem ir ao médico.
O pesquisador ressalta, no entanto, que sexo com animais não é um hábito exclusivo dos mais pobres, observa o especialista. “A internet dissemina esta prática também nos países desenvolvidos. Seja por curiosidade, seja por prazer, seja por doença psiquiátrica, isso ocorre. Quebrar o tabu é a melhor forma de reduzir seus danos. Acreditamos nisso”.
O estudo reuniu pesquisadores de 16 centros que tratam câncer em doze cidades brasileiras: Unicamp, Santa Casa de São Paulo, Unifesp, Hospital de Câncer de Barretos, Hospital do Câncer do Piauí, Hospital do Câncer do Maranhão, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Hospital Napoleão Laureano da Paraíba, Fundação Hospitalar do Acre, Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal do Paraná, Hospital da Aeronáutica de São Paulo e também unidades de Carapicuíba e Itapevi.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2011/10/17/quatro-entre-dez-homens-de-zonas-rurais-fazem-sexo-com-animais-pratica-eleva-risco-de-cancer-de-penis.jhtm

RealDoll

A RealDoll é considerada no mercado de entretenimento erótico o ápice da simulação sexual com uma mulher. Apenas mais uma forma de aperfeiçoamento da masturbação, ou a prova cabal da inconveniência de um relacionamento a dois?
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Não ouse chamá-la de boneca inflável, pois ela pode chorar. A empresa Californiana Abyss Creations desenvolveu muito mais que isso: detentora de um esqueleto de PVC, articulações de aço, carne/pele de silicone de platina (qualidade médica), a RealDoll se parece, espantosamente, com uma mulher.
Quem já teve a oportunidade de visitar um museu de cera, daqueles que precisamos olhar para o manequim por um momento a mais na espera que ele se mova, devido ao impressionante realismo, atribuirá, sem falsos exageros, o mesmo grau de similaridade a essa boneca. Ela é, todavia, diferente dos manequins de cera que são protegidos por um cordão para a proteção da arte: a RealDoll lhe quer muito mais perto. Dentro, preferencialmente.
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É despindo essa boneca de tamanho e peso humano que podemos compreender sua verdadeira razão de existir: sexo. É possível ter uma relação vaginal, oral e anal com essa boneca, sendo que todos os orifícios respeitam criteriosamente a sensação estabelecida pela via escolhida. Segundo o site, durante o sexo oral é criado dentro dela um vácuo que forma uma expressiva pressão de sucção. Graças a sua textura de silicone realista, pode ser lubrificada, aquecida com cobertores térmicos para igualar-se à temperatura do corpo de um humano, e ainda maquiada, vestida... Podemos até manipular suas expressões faciais - enfim! É uma Barbie para homens por 6.900,00 dólares.
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Agora, exercendo um olhar mais demorado, quais são as acareações deste protótipo humano? Enganam-se aqueles que pensam que o público consumidor deste produto são jovens imaturos ávidos por jorrar seus hormônios em qualquer lugar que sua agitada imaginação possa levar-lhes. Atentamos, por exemplo, para um cliente japonês de 45 anos que comprou mais de 100 bonecas, gastando cerca de 170 mil dólares com o produto, afirmando: “As mulheres de verdade podem me enganar, me trair. Estas são 100% minhas.” Um verdadeiro sultão do polipropileno que não está sozinho.
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A maioria dos testemunhos dos consumidores transgridem o âmbito do solitário prazer. Eles relatam suas experiências com a boneca denotando um verdadeiro vínculo afetivo, absolutamente diferente da masturbação “convencional”, com as próprias mãos movidas por pensamentos ou imagens. Muitos não compraram uma boneca e, sim, uma companheira.
Outro testemunho soberbo é de um cliente solitário que tinha como companhia um gato. Após pesquisar muito e finalmente comprar a RealDoll, sentiu-se temeroso pela reação que o bichano poderia ter - o que faz muito sentido, uma vez que um gato costuma utilizar objetos inanimados para afiar suas unhas, por exemplo. Foi quando, evidentemente emocionado, o comprador tirou sua boneca cuidadosamente dos embrulhos e a pôs sentada na cadeira da cozinha. Ele afirma que se sentiu constrangido, era como se tivesse realmente uma pessoa naquele solitário lar olhando para ele. Seu gato entrou na cozinha e sua preocupação aumentou. Entretanto, o bichano delicadamente subiu no colo da boneca e lá se enrolou para uma soneca. O consumidor se sentiu afortunado: era como se o seu animal de estimação tivesse aprovado a sua nova companhia.
A empresa Abyss, ciente desta tendência de mercado em fulminante eminência, já utiliza a robótica a seu favor para no futuro torná-la ainda mais interativa, algo que faria filmes como Inteligência Artificial deixarem de ser tão impalpáveis. Jolie recebendo uma fortuna para liberar os direitos de sua imagem em uma produção infinita de clones robóticos: estou indo muito longe? Quem sabe.
Mas talvez trocar a companhia humana por outra artificial seja inclusive algo natural. Recentemente, as invenções do homem visaram facilitar a aproximação das pessoas de uma forma confusamente distante. Conversar por um fio, por telas com fotos, gelado e prático. Logo, transar com robôs não é algo tão inimaginável, uma vez que conveniência é a palavra que rege a conduta.
Relaxem e gozem.


Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2011/10/baby_youre_such_a_doll.html#ixzz1b31M3FXR

domingo, 16 de outubro de 2011

Limpeza e ventilação são essenciais


domingo, 16 de outubro de 2011 7:00

Marcela Munhoz

Do Diário do Grande ABC

Além de responsável por conduzir o espermatozoide até o útero, ser o canal por onde sai a menstruação e transmitir prazer, a vagina e a vulva têm outra função importante: proteger os órgãos internos das ameaças externas. Por isso, é bem fechadinha. "Possui série de bactérias de defesa e é ácida para matar os germes que tentam entrar. Os pelos também são importantes nesta tarefa", explica a ginecologista Auxiliadora, que recomenda não depilar tudo. "Não estão ali por acaso."
Outra dica para mantê-la saudável é a limpeza. "Os cuidados de higiene com mãos, dentes e rosto devem ser os mesmos com os genitais. Mesmo que se lave as mãos só duas vezes por dia, quantas vezes a mulher lava a vagina?", questiona Oswaldo Rodrigues Jr, do Instituto Paulista de Sexualidade. O ideal é não usar sabonete íntimo em excesso e dar preferência ao de glicerina. Eles não alteram a acidez vaginal.
É importante ainda deixar a vagina sempre seca e ventilada. Se puder, durma sem calcinha, evite usar calça apertada, escolha calcinhas de algodão e não fique de biquíni molhado por muito tempo. E mais do que tudo: observe. Secreção é normal - produz-se diariamente de três a quatro gramas - mas se perceber cheiro forte, cor diferente, irritação e coceira, procure o ginecologista. Só o médico pode orientá-la direitinho.

sábado, 15 de outubro de 2011

FERNANDA LAGES teria ido até a obra para encontro íntimo

Caso Fernanda Lages: 50 dias - 14/10/2011 às 17:50h

 Nova revelação sobre Fernanda LagesNova revelação sobre Fernanda Lages

DEPOIMENTO REVELOU QUE A JOVEM teria dito que gostava de fazer sexo em 'locais estranhos'Os mandados de prisão expedidos contra os vigias e o operário da obra do Ministério Público Federal revelaram enfim o que teria motivado a estudante do curso de Direito Fernanda Lages, 19 anos de idade, ter entrado em um prédio em obras por volta das 5h da manhã daquela quinta-feira, dia 25 de agosto.
Baseado no depoimento da jovem Paulyane Moura de Carvalho, amiga íntima de Fernanda, e sobrinha do ex-deputado estadual José Cabelouro (PMDB), a Polícia investiga se ela estaria no local para possivelmente manter algum tipo de relação sexual. Na terceira página de um mandado de prisão expedido contra funcionários da obra (dos vigias, um vigilante e um servente de pedreiro), há a hipótese trabalhada pela CICO.
A Comissão Investigadora do Crime Organizado anota o seguinte, de maneira bem direta, de acordo com o depoimento da amiga de Fernanda Lages: "Que em uma das varias conversas que manteve com Fernanda, uma delas foi sobre sua disposição de viver aventuras sexuais em locais diferentes, esquisitos, como pouca movimentação de gente; Que Fernanda dizia que gostava de transar em sítios distantes, casas abandonadas, edifícios inacabados, obras em construção e locais perigosos”.
Esta seria uma das linhas de investigação em que se baseia o inquérito, que tem o delegado Paulo Nogueira a frente, que apura a morte da jovem de 19 anos. A Polícia quer saber ela estaria no local para um encontro íntimo, reservado. Apesar de reconhecer que para tanto Fernanda teria de estabelecer contato telefônico com alguém, não foi verificado nenhuma ligação que explique sua ida ao prédio em obras. Abaixo, trecho do documento que comprova a hipótese trabalhada pela Polícia e que teria levado Fernanda Lages ao local:

Trecho tirado do blog de Efrem Ribeiro, do portal MN
PARAFILIA E O DESEJO DE TRANSAR EM LOCAIS ESTRANHOS
O depoimento de Paulyane pode ser algo decisivo, no que diz respeito aos motivos que levaram Fernanda Lages. Esse desejo por fazer sexo em locais estranhos, fora do comum ou até mesmo em locais públicos, pode ser explicado pelo que os especialistas chamam de ‘parafilia’ que não se trata de fato de uma doença ou anomalia.
Especialistas afirmam que isso aguça a sexualidade da pessoa e dá prazer, por quando são vistas, sentem mais tesão. Essa exposição sexual também pode ser vista como um transtorno, mas o diagnóstico fica difícil por causa dos valores culturais. O certo e errado depende da cultura, é a sociedade que vê o que é errado. E é essa forma de exposição que gera o prazer na pessoa.
As parafilias, antigamente chamadas de perversões sexuais, são atitudes sexuais diferentes daquelas permitidas pela sociedade, sendo que as pessoas que as praticam não têm atividade sexual normal, ou seja, a sua preferência sexual "desviada" se torna exclusiva. Tais atitudes (exceto a pedofilia) podem estar presentes em pessoas com vida sexual normal, apenas sendo uma variação da maneira de se obter prazer, sem que se caracterize um transtorno. Para se tornar patológica essa preferência deve ser de grande intensidade e exclusiva, isto é, a pessoa não se satisfaz ou não consegue obter prazer com outras maneiras de praticar a atividade sexual.
JUSTIFICATIVA PARA AS PRISÕESO 180graus manteve contato por telefone com uma psicóloga, especialista em assuntos relacionados a fantasias sexuais. Ela é de uma clínica conhecida de Teresina e pede para não ter seu nome identificado temendo retaliações. Ela explica que jovens como Fernanda Lages podem ter esse tipo de desejo, fantasias sexuais como uma forma de "demonstrar liberdade", que são "independentes". Mas correm um risco muito grande. "Os jovens, boa parte deles, gostam de demonstrar essa liberdade e, neste caso, ela teria sido levada a acreditar que estaria numa fantasia sexual", afirma a psicóloga.
Ainda no documento, é estimada a hora da morte de Fernanda pouco depois de 5h30 da madrugada do dia 25/08/2011, hora esta aproximada de que ela teria entrado na obra do TRT, baseado em imagens de circuitos de segurança de estabelecimentos vizinhos. E ainda questiona porque, mesmo estando todos acordados neste horário, os vigias negam ter ouvido ou visto qualquer coisa que pudesse indiciar a presença estranha de alguém.
Ainda em relação aos vigias, é enumerada a presença de amostras de DNA colhidos na cordoalha do parapeito de onde Fernanda foi jogada, no sexto andar do prédio. O pedido de prisão relata ainda que este momento servirá para saber se, por trabalharem na obra, estariam sofrendo algum tipo de pressão.
http://www.180graus.com/geral/fernanda-lages-estaria-na-obra-para-encontro-intimo-465102.html

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Farmácia vende medicamento para impotência sexual sem receita

Reportagem flagrou compra do Cialis; gerente do local acredita em erro
13/10/2011 - 14:43
Da redação

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Uma atendente de uma farmácia foi flagrada vendendo um medicamento para impotência sexual sem pedir receita médica, no Centro de São Carlos.

Um produtor da EPTV foi ao estabelecimento com uma câmera escondida, pediu o remédio e a atendente deu a opção do Cialis e um genérico. O produtor optou pelo medicamento mais barato e comprou sem nenhum problema. Confira o vídeo ao lado.

Produtor: "Você tem Cialis?"

Atendente: "Tenho. Esse sai R$ 18,80. E esse outro é R$ 38,60. Esse vem quatro".

A reportagem voltou ao local e, diante da câmera, a farmacêutica responsável pediu para que nossa equipe procurasse o gerente, em outra unidade.

Procurado, Marildo Leoni, gerente da farmácia, afirmou que o local não vende remédio sem receita. “Se aconteceu isso, será feita alguma coisa para corrigir”, explicou.

Medicamentos contra disfunção erétil só podem ser vendidos com receita médica. Ela não fica retida, mas a prescrição é fundamental. O Conselho Regional de Farmácia diz que não é possível fiscalizar todos os estabelecimentos. A Vigilância Sanitária também pode autuar o estabelecimento e abrir processo administrativo.

O medicamento foi entregue à polícia. De acordo com o Conselho de Farmácia, em caso de denúncia, o farmacêutico é chamado ao conselho de ética e, dependendo do número de ocorrências, pode perder o registro.

Outro caso

Na quarta-feira (12), outro caso de venda irregular de medicamento para disfunção erétil foi mostrado pela reportagem. Um bar, no Centro de São Carlos, vendia Pramil, que não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e tem venda proibida no país.
http://eptv.globo.com/noticias/NOT,3,3,373367,Farmacia+vende+medicamento+para+impotencia+sexual+sem+receita+em+Sao+Carlos.aspx

Sexo com animais: por que fingir que isso não existe?

Quatro em cada dez brasileiros da zona rural já mantiveram relações sexuais com bichos, indica estudo inédito. Como a prática pode provocar câncer de pênis


CRISTIANE SEGATTO
O câncer, felizmente, deixou de ser tabu. Raramente ouvimos alguém dizer que tem “aquela doença” ou uma “coisa ruim”. No caso do câncer de pênis, porém, a regra ainda é o silêncio. Quem teve não conta. Quem tem se desespera. Quem procura um posto de saúde raramente recebe orientação adequada.
Apesar de raro (2,9 a 6,8 casos por 100 mil habitantes), ele costuma provocar mutilações terríveis. Quando células cancerosas atingem a virilha e o abdome, a amputação parcial ou total do pênis é quase inevitável.
Até hoje, a principal causa conhecida é a falta de higiene. Desleixo no banho ou a presença de fimose aumentam o risco de câncer. O acúmulo de secreções na glande ou em outras regiões do pênis causa uma inflamação crônica que pode desencadear o tumor.
Se falar sobre a doença pode pegar mal, imagine o que é falar sobre a prática de sexo com animais, um hábito que começa a ser relacionado ao câncer de pênis...Aberração? Mau gosto? Ousadia demais?
Como a ciência é feita de ousadia e a defesa da saúde precisa estar acima de julgamentos morais apressados, esta coluna estará sempre aberta aos assuntos proibidos.
Fazer sexo com animais é uma prática bem conhecida nas áreas rurais do Brasil. É uma questão cultural. O menino faz isso por curiosidade, por brincadeira ou para afirmar sua virilidade diante do grupo. O hábito pode ser passageiro ou durar várias décadas - mesmo depois que o homem já está casado ou não tem dificuldades de encontrar parceiras.
Na maior parte dos casos, porém, a prática fica restrita à juventude. Os homens mais velhos se lembram dela como uma travessura adolescente, uma brincadeira divertida e transgressora como matar passarinho com estilingue. Eles não têm, necessariamente, os distúrbios psiquiátricos conhecidos como zoofilia ou bestialismo.
Em 1979, o então sindicalista Lula mencionou a prática à revista Playboy. Aqui, um trecho:
Playboy - Com que idade você teve sua primeira experiência sexual?

Lula - Com 16 anos.


Playboy - Foi com mulher ou com homem?

Lula (surpreso) - Com mulher, claro! Mas, naquele tempo, a sacanagem era muito maior do que hoje. Um moleque, naquele tempo, com 10, 12 anos, já tinha experiência sexual com animais… A gente fazia muito mais sacanagem do que a molecada faz hoje. O mundo era mais livre…

O sexo com animais é um costume milenar. Condenado pela Bíblia, representado em inúmeras obras de arte e citado pela literatura. Talvez a maioria das pessoas o considere abjeto, mas isso não impede que continue sendo praticado. Mais do que podemos imaginar.

O primeiro estudo completo sobre o assunto, um trabalho inédito no mundo, foi coordenado pelo urologista Stênio de Cássio Zequi, do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo.

O artigo científico foi aceito para publicação pelo The Journal of Sexual Medicine, o periódico mais respeitado nessa área. Deve ser divulgado nas próximas semanas.

Aqui você sabe antes.

O estudo reuniu 118 pacientes com câncer de pênis e 374 homens sadios entre 18 e 80 anos. Todos cresceram na zona rural. As entrevistas foram realizadas pessoalmente.

A pesquisa revelou que 31,6% dos homens sadios e 44,9% daqueles com câncer de pênis tiveram uma ou mais relações sexuais com animais a partir da adolescência.

Várias espécies foram citadas: éguas, mulas, vacas, cabras, ovelhas, porcas, cadelas etc. A maior parte (59%) dos homens declarou ter feito sexo com animais por um período de um a cinco anos. A frequência das relações variou:

Uma única vez na vida (14%)
Duas vezes ao mês (17%)
Uma vez por mês (15,2%)
Três vezes por semana (10%)
Duas vezes por semana (9,4%)
Uma vez por semana (10,5%)
Dia sim, dia não (5,3%)
Diariamente (4,1%)
Outras (14,5%)


“As taxas que encontramos nesse estudo são alarmantes, mas verdadeiras”, diz Zequi. “Essa prática ainda é comum nas áreas rurais, mesmo entre a população jovem”.

O trabalho reuniu pesquisadores de 16 centros que tratam câncer em 12 cidades brasileiras (São Paulo, Campinas, Barretos, Itapevi, Carapicuíba, Curitiba, Belo Horizonte, Teresina, São Luís, Natal, João Pessoa, Rio Branco).

“Na nossa amostra, vimos que transar com animais dobra o risco de desenvolver câncer de pênis”, diz Zequi. “Essa é uma novidade mundial, algo que ainda não havia sido demonstrado.”

Os pesquisadores tomaram o cuidado de isolar vários outros fatores que poderiam elevar o risco de câncer (múltiplas parceiras e doenças venéreas, por exemplo) e levá-los a uma conclusão errada.

De que forma as práticas sexuais com animais podem desencadear o câncer de pênis? Uma explicação possível:

A mucosa genital do animal é bastante queratinizada, mais dura que a humana. Pode provocar microtraumas na mucosa do homem e desencadear o câncer. Outra hipótese é a existência de elementos tóxicos na secreção animal ou de microorganismos capazes de infectar o ser humano.

“Por enquanto isso é especulação: o trabalho não nos permite afirmar se há um vírus envolvido nisso, nem se a prática pode causar danos às mulheres com quem esses homens se relacionam”, afirma Zequi.

O câncer de pênis é mais comum e devastador nas regiões mais pobres. O homem passa cinco, seis meses sem diagnóstico. Tem vergonha de falar sobre o assunto. Quando finalmente é examinado por um médico, recebe uma pomada e é mandado de volta para casa.

“Se estamos observando um comportamento cultural que causa danos à saúde das pessoas, as autoridades e os agentes de saúde precisam orientar a população”, diz Zequi. “É preciso dizer a esse público: lave o pênis, não tenha fimose, não transe com animal, use camisinha.”

Transar com animais não é um hábito exclusivo da pobreza. A internet ajudou a disseminar a prática também nos países desenvolvidos. Seja por curiosidade, seja por prazer, seja por doença psiquiátrica. Quebrar o tabu é a melhor forma de reduzir seus danos. Acredito nisso.
http://revistaepoca.globo.com/Saude-e-bem-estar/noticia/2011/10/sexo-com-animais-por-que-fingir-que-isso-nao-existe.html