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domingo, 15 de setembro de 2013

Por que existem tantos problemas nas relações conjugais? E quais seriam as origens desses conflitos?

Enviado em 11/09/2013 às 21h58

DIÁRIO DA MANHÃ
DALVA DE JESUS CUTRIM MACHADO
São vários os fatores que causam conflitos nos relacionamentos conjugais. São muitas as diferenças biológicas e culturais entre homens e mulheres, que condicionam seus comportamentos. Este condicionamento, é um dos fatores que os levam a pensar, sentir, reagir, responder, amar, e apreciar de forma diversa um do outro, por exemplo: as mulheres são mais detalhistas, emocionais e subjetivas; enquanto os homens são mais racionais, focados e objetivos.
Outra causa relevante para os diferentes tipos de comportamentos de homens e mulheres são os originários, da estrutura cerebral. Pesquisas mostram que  cérebros masculinos não são iguais a cérebros femininos. A evolução deles se deu de forma diferente, e como consequência tem reflexo até hoje. Vejam como homens e mulheres se comportavam no tempo das cavernas, enquanto elas ficavam cuidando dos serviços domésticos (eram submissas e dependentes economicamente de seus cônjuges) eles saiam para caçar, eram provedores da família, apresentavam sentimento de liberdade e independência sexual.
No processo da procura pela caça como forma de alimento, ele desenvolveu o senso de direção a longa distância e a pontaria para atingir a presa. Logo o seu  cérebro se configurou para uma visão a longa distância. Isso explica porque o homem tem facilidade em encontrar caminhos e grande dificuldade em localizar um par de meias em uma gaveta, ou seja, a curta distância. Deste modo, o cérebro do homem funciona como compartimento e foi configurado para se concentrar em uma atividade específica e é por isso que ele sente dificuldade de executar duas tarefas ao mesmo tempo, como por exemplo, quando a mulher diz: tenho várias coisas para te dizer, ele se sente incomodado porque terá que acessar vários compartimentos do cérebro ao mesmo tempo. Mas, quando ela diz: tenho uma coisa para te dizer, ele se sente confortável para escutá-la, ou seja, só precisará abrir um compartimento do cérebro.
Por outro lado, o cérebro da mulher nesta evolução se configurou para uma visão periférica, foi  programado para realizar múltiplas tarefas, faz e vê tudo ao mesmo tempo, o que facilita, atender a um telefonema, cuidar dos filhos enquanto executa uma receita. Cabe ressaltar que muitas frustrações nos relacionamentos são causadas pelo desconhecimento desta evolução cerebral e comportamental entre o sexo oposto. 
É importante saber que o cérebro é considerado um órgão social, vai se modelando e remodelando dependendo da necessidade do contexto, nesta perspectiva as mulheres foram aprendendo novos procedimentos e conseguiram se adaptar com o desenvolvimento da civilização moderna. 
Vejam, as mulheres que já foram tão dependentes e submissas de seus cônjuges se liberaram na área profissional e sexual, e agora, exigem um desempenho nota dez dos seus parceiros. Eles são cobrados a apresentar, no mínimo, o mesmo nível econômico e cultural semelhante ao delas. Toda essa revolução feminina, trouxe insegurança ao homem, pois ele se depara com uma mulher forte, admirável,  independente dele, e muitas vezes concorrente. 
À medida que a mulher aumenta sua expectativa em relação ao companheiro, a sua capacidade crítica e intolerância também aumentam, gerando conflitos entre o casal, já que o homem estava acostumado a condição de mantenedor da família e já não goza totalmente desse status.
Como as mulheres tem alcançado grandes conquistas, os homens estão procurando uma forma de reencontrar o controle da situação. Ainda assim, as queixa são unanimes da falta de completude no relacionamento.
Muito teria a se falar deste tema, mas quero encorajar os casais para que, além da busca do conhecimento recíproco, que são fundamentais para o sucesso na vida a dois, tenham companheirismo e cumplicidade, que compartilhem suas vidas, sem medo de expor um ao outro suas próprias conquistas e emoções.
Felizes são os casais que usam essas diferenças para se completarem e não para competirem um com o outro. Este deve ser um dos propósitos do relacionamento, o que faltar em um, o outro deve procurar completar com generosidade, carinho, compreensão, respeito e amor principalmente. 
(Dalva de Jesus Cutrim Machado, mestre em Psicologia, especialista em: Psicopatologia Clínica, Sexualidade, profª. dos cursos de Sexologia Forense e Sexualidade Humana pela PUC-GO e pós-graduada em Neuropedagogia, pela Fabec, palestrante e conferencista, psicóloga clínica/sexóloga. dalva_psi@yahoo.com.br tel: (62) 3214 1104/ 3941 5341/ 99529032)

domingo, 9 de junho de 2013

Mendoza: Seminario sobre sexología clínica y la pareja

Edición Impresa: lunes, 27 de mayo de 2013



En la Universidad Juan Agustín Maza se lanzó durante la semana pasada el Proyecto Integral en Sexualidad Humana y Salud Sexual. 

Según los coordinadores, se trata del primer aporte a nivel universitario consolidado, del oeste argentino, que aborda la temática de la Sexología Clínica y la Pareja en forma conjunta. Está dirigido a un público de diversos perfiles; no sólo a médicos o psicólogos, sino también a profesionales de la educación, de la cultura, de la comunicación y de las ciencias sociales. 

Cibersexo
La propuesta inicia con el Ciclo de Seminarios en Sexualidad Humana y Sexología, el 7 de junio con el tema "Cibersexo. Amor, sexo y pareja en la era de internet" y continúa el 5 de julio con otras temáticas relacionadas. 

En el mes de agosto comenzará la diplomatura en Orientación y Promoción en Salud Sexual y de Pareja y luego se dictará la diplomatura en Diagnóstico y Tratamiento en Sexología Clínica y Conflictos de Pareja. 

"La carencia del abordaje en los establecimientos formadores de profesionales, sumerge a la sociedad en un cúmulo de enfrentamientos, posturas irracionales, seudocientíficas y mágicas que aumentan la confusión inicial", aseguró Miguel Carlos Palmieri, coordinador del proyecto. 

El diseño de la iniciativa ha tenido en cuenta la clasificación propuesta por la Organización Mundial de la Salud, que determina para un nivel I: información, nivel II: orientación y consejería a personas y parejas con dificultades menores y el III nivel de terapia sexual.
http://www.losandes.com.ar/notas/2013/5/27/seminario-sobre-sexologia-clinica-pareja-716941.asp



domingo, 9 de dezembro de 2012

Quando optar pela terapia de casal?


Descubra em que casos ela pode trazer benefícios e como ela ajuda no relacionamento

POR ESPECIALISTA
"Tentar ser feliz é obrigatório. Realizar é uma sorte." 
Jorge Forbes

A procura pela terapia de casal aumenta anualmente nos consultórios, mesmo assim o tema ainda permanece obscuro para muitos. Tentarei, primeiramente, responder brevemente às perguntas que me são feitas com maior frequência e, na sequência, esclarecerei também o porquê acredito que o trabalho feito com os dois membros do casal traz alento a inquietações e questões próprias dos relacionamentos contemporâneos.
 1. Uma terapia de casal serve só para casados ou também para namorados? 

A terapia de casal é útil tanto para casais formalizados quanto para namorados que moram juntos, ou seja, não precisa da formalização do estado civil. 

2. É melhor fazer a terapia de casal no início do relacionamento, como um trabalho preventivo, ou só quando o relacionamento já esta se desgastando? 

Quando tudo esta bem não tem porque fazer terapia de casal. Porém, se um dos membros tem um histórico de relacionamentos que acabam naufragando sempre pelo mesmo motivo é importante que busque uma terapia individual para entender quais mecanismos inconscientes o impediram de dar outro destino aos relacionamentos anteriores e obter maior compreensão e consequente liberdade de escolha em relação ao atual. 

3. Casais homossexuais também podem se beneficiar da terapia de casal? 

Obviamente que sim. Os mecanismos psíquicos dos relacionamentos amorosos são os mesmos, independentemente da orientação sexual.

Estruturas que moldam um relacionamento

Não é fácil estabelecer um padrão geral de comportamento nem abstrair um protótipo estrutural das relações de casal de nossa época. Mas é indubitável que as mudanças nos pactos entre homens e mulheres trazem ao vínculo uma sensação de fragilidade desconhecida em décadas passadas.
 Cada um espera encontrar no outro um colo, uma pessoa com maturidade emocional suficiente para atender suas carências afetivas. Paradoxalmente na atualidade tanto o homem quanto a mulher estão sujeitos a elevados níveis de tensão: a competição no trabalho, a ameaça de desemprego, o trânsito - estresse em geral.
 Em tal contexto, sem dar-se conta, esperam encontrar no casamento uma espécie de oásis, uma fonte de conforto, um parceiro atento, meigo e compreensivo além do sexo cinematográfico... Deseja-se apoio, proteção, reconhecimento.
 A necessidade de muito receber do outro entra em confronto com a pouca disponibilidade para dar. 

Os parceiros se revezam num eterno conflito: quem recebe sente que recebe pouco e quem dá acha que dá demais. 

Nesse panorama, a procura por terapia de casal cresce ano a ano.
 Acrescido ao dito acima, os mitos que definiam os relacionamentos nos casamentos tradicionais tais como o mito de que "só se ama uma vez" e o mito do "amor eterno" foram dando lugar a mitos modernos, mais complexos e "confusos" no sentido do que se pode ou não esperar do parceiro amoroso.
 Se os mitos modernos contribuíssem para o crescimento individual ou para o desenvolvimento do casal seria maravilhoso, no entanto o que vemos são casais cada vez mais inseguros, cobradores, "grudados" e ciumentos.
" Não há garantias no amor, amar é um projeto arriscado. Mais arriscado ainda é riscar da vida o amor"

Mitos modernos

Para melhor elucidar, citarei alguns dos mitos dos casamentos modernos que foram substituindo os mitos tradicionais: o mito da "Verdade Total", que compreende em contar tudo ao parceiro (pacto que muitas vezes chega às raias da crueldade); o "Mito da Liberdade": nesse ideal cada um tem a liberdade de fazer o que quiser, quando quiser e como quiser. Algo muito "moderninho", mas que no fundo não passa de uma falsa noção de independência que acaba ferindo o outro; o mito da "paixão avassaladora": aqui passado o arrefecimento da paixão, o furor do sexo, parece que há um "erro" no relacionamento; mito da "perfeição eterna do parceiro": nada mais falso, ou seja, ao se perceber que o parceiro tem imperfeiçoes, percebe-se também que é chegado o momento de romper. Reina a fantasia de que só pessoas perfeitas se relacionam.

Uma chance

 As estatísticas não mentem: quando um casal chega ao consultório é porque a via de comunicação entre os dois já se esgotou. Mas, obviamente, ainda há o que ser dito senão não estariam procurando ajuda para alguém interpretar o que não estão conseguindo dizer um ao outro.
 A terapia de casal geralmente é procurada em meio a uma crise suficientemente grave para ter levado ao menos um dos parceiros a falar em separação. Separação é um processo doloroso, mesmo para o parceiro que se diz decidido.
 A suspeita de traição ou a traição confirmada por um dos parceiros é a causa que traz mais casais ao consultório, além de questões ligadas à sexualidade, filhos, falta de amor estariam entre as outras queixas mais frequentes.
 A terapia de casal dura em média de três a quatro meses, um trabalho breve para os padrões da psicanálise e o rumo que o relacionamento vai tomar a partir do processo analítico não pode ser defindo a priori.
 O terapeuta ajuda o casal a desvendar o que está encoberto por trás das brigas repetitivas e aparentemente fúteis que normalmente impedem que o casal consiga ter uma conversa minimamente civilizada.
 Os dois membros do casal terão clareza dos processos inconscientes que os levaram a se escolherem como parceiros e como chegaram ao ponto de desencontro. Essa consciência proporciona uma clareza dos mecanismos em jogo nas tramas da relação. Haverá a consciência de que num casal não existe um único culpado nem um único santo. Há sempre dois em jogo...
Não há garantias no amor, amar é um projeto arriscado. Mais arriscado ainda é riscar da vida o amor.  
 Concordo com Jorge Forbes quando diz que a felicidade amorosa não tem garantia. Ele acredita que buscá-la é obrigação de todos. Mesmo sabendo o risco de se machucar no caminho.
http://minhavida.uol.com.br/bem-estar/materias/15873-quando-optar-pela-terapia-de-casal

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

TERAPIA DE CASAL E A MUDANÇA DE ATITUDE PODEM REACENDER O DESEJO


REVISTA CARAS | 30 DE AGO. DE 2012 (EDIÇÃO 982 - ANO 18)


No casamento, é comum a atração sexual arrefecer com o tempo. Alguns casais não se incomodam com isso e continuam vivendo felizes, mesmo sem sexo, ou liberam-se para experimentar casos extraconjugais. Outros não suportam a situação e separam-se. Mas também é possível recuperar o desejo perdido com a simples mudança de atitude dos parceiros ou com a ajuda de um terapeuta.



Um casamento, para ser completo, deve ter companheirismo, amor, lealdade, planos conjuntos, sexo prazeroso, ternura. A maioria começa assim, mas às vezes a atração sexual acaba. Alguns casais se separam por isso, outros permanecem juntos, numa relação rica em amizade, cuidados, responsabilidade e compromisso, embora sem sexo. Eles saem, têm amigos comuns, dormem na mesma cama, mas não há atração física. Em alguns casos os dois ou um deles tem vida sexual fora do casamento, às vezes de comum acordo, sem que isso prejudique o compromisso. Se estão felizes assim, tudo bem. Se não, podem tentar mudar.
É mais comum que a mulher tenha a coragem de se separar, porque é mais romântica e sente muita falta de carinho. Quando aparece outra pessoa, se apaixona, fica dividida e, se o novo amor quiser, larga tudo para ficar com ele. O homem tende a levar a situação até o limite. Em nossa cultura machista é mais fácil para ele ter um caso, ou vários, sem abrir mão da união e sem sentir culpa. Alguns acreditam mesmo que sexo não tem nada a ver com casamento — quando se casam com a amante, acabam traindo-a também. Têm atração pela mulher enquanto namorada. Depois do casamento, esfriam. Isso acontece porque, uma vez casados, projetam na mulher a imagem da mãe, assim como ela projeta no homem a imagem do pai. É até comum encontrar casais que se tratam como “papai” e “mamãe”, e isso, devemos admitir, acaba com qualquer libido.
Para piorar as coisas, em nossa cultura há uma separação entre a mulher santa e pura, “para casar”, e aquela considerada “fácil”, para fazer sexo. O homem, em especial o que teve educação religiosa e aprendeu que sexo é pecado, internaliza tal divisão. Isso pode prejudicar muito a vida amorosa de um casal.
Mesmo em casos assim, no entanto, é possível reverter a situação. Se o casal sente que ainda há atração, pode tentar uma terapia de casal, ou ter uma conversa franca e experimentar ajustes que possam incentivar a libido. Para o  omem que quer estimular sua mulher, sugiro que seja carinhoso, prepare uma noite romântica, convide para um jantar especial num lugar diferente e não se esqueça das preliminares, como massagens. Fazer um curso de dança, uma viagem, marcar um dia da semana somente para os dois, sem crianças ou amigos, também costuma dar resultados. Além disso, ele precisa despir-se do papel de pai da mulher, parar de reclamar dos gastos, de ser grosseiro ou de querer sexo sem ternura.
A mulher, por seu lado, deve observar se não está dando atenção demais às crianças e às amigas, e deixando o marido de lado. Não custa nada arrumar-se para ele, evitar cobranças, fazer carinho e, principalmente, não criticá-lo na frente dos filhos e dos amigos. Enfim, sair do papel de mãe e assumir o de amante.
Casais que não sentem falta do sexo não precisam mudar. Podem continuar a viver juntos, ser amigos, cúmplices, parceiros. Tudo bem. Mas, se um ou outro está infeliz, por que não rever esse contrato? Nesses casos, vale tentar a mudaça ou até pensar na separação. Se amamos realmente alguém e não conseguimos fazê-lo feliz, devemos lhe dar a liberdade para que encontre a felicidade. O que não é aceitável é viver na mentira, simulando um relacionamento que já acabou.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

I Encontro Brasileiro de AC e TCC sobre casais



São Paulo,  23 a 25 de maio de 2012.
Local: Rua Vergueiro, 1211 -  Universidade Paulista - Paraíso São Paulo - SP.                                


I Encontro Brasileiro de Análise do Comportamento e Terapia Cognitivo-Comportamental de casais está organizado por um grupo de psicólogos, associações, sociedades e entidades de vários Estados do Brasil.
Nosso interesse primário é congregar e reunir um número ainda maior de profissionais e associações científicas do país, para a discussão teórica, técnica e prática das psicologias comportamentais e cognitivo-comportamentais no trabalho com terapia de casais. O Encontro ocorrerá de 23 a 25 de maio de 2012, no Campus Paraíso da Universidade Paulista  UNIP, e realizar-se-á por meio de conferências, mesas redondas, cursos pré-congresso e apresentações orais.
Cabe-nos, na qualidade de organizadores, providenciar os contatos com entidades brasileiras que também compreendam que um evento científico possa auxiliar a promover o estudo e o trabalho de profissionais, envolvidos com a ciência do comportamento humano.
A organização I EBACTCC pretende a publicação de um livro, que incluirá as participações de conferências, mesas e apresentações orais, dando continuidade ao propósito de divulgação científica, necessária ao âmbito acadêmico.

Organização do Evento

9h00 às 18h00 - Cursos Pré - Encontro - Salas 1 e 2

       Sala 1 - FAP - Análise Funcional Aplicada ao Casal.
                      Facilitadoras - Maria Cristina Dotto e Fátima Tomé

        Sala 2 - Princípios teóricos da TCC e aplicações nas questões da
                      sexualidade e terapia de casal.
                      Facilitador - Oswaldo M. Rodrigues Jr.

18h00 às 18h45 - Abertura Oficial do Encontro

18h45 às 20h00 - Conferência Inaugural - Terapia de casal e Análise do Comportamento no Brasil. Proferida pela:

         Profa. Dra. Maly Delitti - Presidente de Honra do  IEBACTCC - 1º Encontro Brasileiro de Análise do Comportamento e Terapia Cognitivo-Comportamental de Casal.
http://www.wix.com/iebactcc/iebactcc2012#!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

I Encontro Brasileiro de AC e TCC com casais


Segunda-feira, Janeiro 09, 2012

I Encontro Brasileiro de AC e TCC com casais

I Encontro Brasileiro de Análise do Comportamento e Terapia Cognitivo-Comportamental com casais:
   
Discutindo alternativas para melhor qualidade de vida nas relações conjugais.

São Paulo,  23 a 25 de maio de 2012.


I Encontro Brasileiro de Análise do Comportamento e Terapia Cognitivo-Comportamental de casais, está organizado por um grupo de psicólogos,  associações, sociedades e entidades  de vários Estados do Brasil.

Nosso interesse primário, é congregar e reunir um número ainda maior de profissionais e associações científicas do Pais, para a discussão teórica, técnica e prática das psicologias comportamentais e cognitivo-comportamentais, no trabalho com terapia de casais, O Encontro ocorrerá de 23 a 25 de maio de 2012,  no Campus Paraíso da Universidade Paulista – UNIP, e realizar-se-á por meio de conferências, mesas redondas, curso pré-congresso e apresentações orais.
     
Cabe-nos, na qualidade de organizadores, providenciar os contatos com entidades brasileiras, que também compreendam, que um evento científico, possa auxiliar a promover o estudo e o trabalho de profissionais, envolvidos com a ciência do comportamento humano.
A organização I EBACTCC, pretende a publicação de um livro, que incluirá as participações de conferências, mesas e apresentações orais, dando continuidade ao propósito de divulgação científica, necessária ao âmbito acadêmico.

Coordenação geral:

Carla Zeglio
Oswaldo Rodrigues Jr.
Leliane Moreira

Equipe executiva e de divulgação:

Carolina Fernandes (SP)
Christine Gribel (RJ)
Diego Viviani (SP)
Gildo Angelotti (SP)
Giovanna Lucchesi (SP)
Isabela Cartafina (MG)
Juliana Bonetti (SP)
Keli Campos (SP)
Louise Madeira (SP)
Maria Angelica Comis (SP)
Mirna Rosier (BA)
Sandra Furlan Atallah (SP)
Thays Babo (RJ)
Comissão científica:
Elaine Catão
Fátima Tomé
Fernanda Robert
Itor Finotelli Jr.
Maria Crisitna Dotto
Oswaldo M. Rodrigues Jr.
Yone Fonseca

Secretaria:

Carolina Fernandes
Diego Viviani
Carla Zeglio

Presidente de Honra

Profa. Dra. Maly Delitti

Presenças confirmadas:

Convidados Brasileiros:

Maly Delitti
Ailton Amélio da Silva
Amilton Martins
Armando Ribeiro das Neves Neto
João Pedrosa
Liliana Seger
Maier Augusto dos Santos
Maria Cristina Dotto
Mariangela Savoya
Oswaldo M. Rodrigues Jr.
Roberto Banaco
Vera Otero
Yone Fonseca

Convidados Estrangeiros:

Luiz Peres Flores (Peru)

Temas a serem abordados:

-  A idealização do estado civil: casado. Impacto nos solteiros e solteiras em processo de Psicoterapia.
-  Casais inférteis  A descoberta, o conflito e a resolução.
-  Comunicação de casal no setting terapêutico: Facilitadores e complicadores
-  Habilidades necessárias para se tornar um Terapeuta de casais.
-  Casais homoafetivos em Terapia 
-  Manejo de comportamento alvo no relacionamento entre casais 
-  A relação de casal, frente aos novos padrões sociais
-  Escolha: Separação - Ajudando o casal a ter qualidade de vida
-  Drogadição e relacionamento Conjugal
-  Filhos em meio à crise conjugal
-  Casamento e sexualidade
-  Análise do Comportamento FAP e terapia de casal
-  TCC e crenças e mitos conjugais
-  Infidelidade e o manejo terapeutico em sua descoberta
-  Maus tratos e conjugalidade

Mais informações, inscrições e contatos:

Organização do evento.Local: Rua Vergueiro, 1211 - Paraíso São Paulo - SP.
Universidade Paulista (UNIP)

Realização e Organização:
Instituto Paulista de Sexualidade

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Há mais casais a pedir ajuda de terapeutas


Auxiliar de casamento
No dia em que o tampo da sanita se torna a arma de arremesso o casal nota que está em ruptura. A imagem é já um clássico da vida a dois mas é precisamente na esfera da intimidade que a relação de Ana e João sofre o maior abalo.

Com terapia, o casal, que está junto há 20 anos e tem dois filhos adolescentes, aprende a sobreviver mais uns tempos. "Pode não ser para a vida, mas estamos a fazer um esforço", admite Ana B., comerciante, 47 anos, que apenas acede a falar via internet.
Apesar de ainda ser tema tabu, a terapia de casal cresce por todo o País. Ajudados pela abertura da sociedade e passa palavra de quem já recebeu ajuda, são cada vez mais os parceiros que se sentam no sofá de um terapeuta. E com a crise as consultas aumentam. "Os motivos são os mais variados, mas os pedidos mais frequentes prendem-se com problemas de comunicação no casal, situações de pós-infidelidade e pré-ruptura, problemas com os filhos, nas idades mais críticas, e com as famílias de origem", explica Catarina Mexia, que acompanha casais em crise desde 1995.
Para a terapeuta, "o velho ditado ‘em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão’ é um pouco o espelho do que tem aparecido na consulta. O tema do dinheiro é quase sempre problemático e mal trabalhado pelos casais. E em situação de crise, como a que vivemos, a relação com o dinheiro, a dificuldade real, acaba por exponenciar dificuldades já existentes de comunicação do casal".
A SOPA DA SOGRA
Nesta lista de causas, a relação de Ana e João é quase enciclopédica. "Todos os motivos serviam para iniciar uma discussão", desde as amizades do filho mais velho às sopas que a mãe dele fazia – "que eram sempre melhores do que as minhas" –, mas o ponto alto surgia "logo pela manhã", quando a desarrumação da casa de banho fazia desfiar elogios e ofensas aos hábitos herdados dos pais.
"Tínhamos discussões tão violentas que muitas vezes a minha filha mais nova ia para a escola a chorar", recorda Ana, que admite ser o pilar da casa por ter mais rendimento do que o marido, escriturário.
Após 20 anos de vida em comum, o casal procura uma nova palavra para substituir o entusiasmo dos primeiros anos do namoro. João acredita no casamento; Ana tem dúvidas sobre o sentimento que alimenta a relação mas nota que houve culpas dos dois: "Deixámos de ter projectos a dois, acumulei tarefas e isso trouxe desgaste".
PAIXÃO E FACEBOOK
A experiência de ouvir ambos os lados da barricada leva Maria de Jesus Candeias a notar que a "falta de comunicação" é um grande entrave na vida a dois. Na sala da terapeuta, os sofás dispostos em círculo convidam à conversa, o que nem sempre acontece na vida em casal, hoje com espaços de lazer frontais para a TV ou o computador.
"As duas pessoas que formam um casal trazem toda uma carga de história familiar e quando começam a viver juntos têm de aprender novas maneiras para conviver", explica. "A maior parte tem conflitos por situações mínimas, por questões de educação, como a maneira de estar à mesa ou os hábitos de estar com o outro. Mas também surgem discussões muito violentas. Muitos chegam aqui no limite e há quem saia porta fora, quem diga ‘já não gosto de ti’. São casais em situações de ruptura que nunca foram faladas e cara a cara são capazes de dizer ‘deixei de sentir amor’".
Por ser terapeuta do casal, Maria de Jesus Candeias acredita que "é a paixão que acaba. Há uma fase inicial de ilusão", em que se fala de tudo, "que se pode transformar e evoluir para um outro sentimento. Numa relação há três pilares fundamentais: confiança, respeito e amor. Isso nunca acaba", nota.
No entanto, apesar de todos os ensinamentos, emerge um novo paradigma, em que o divórcio passa a ser socialmente aceite, a traição já não é consentida, mesmo em casamentos tradicionais, e o Facebook "entra na vida dos casais", nota a clínica. "Por vezes, esse uso da rede social mais não é do que um jogo de sedução, mas o facto de se descobrirem novos actores no Facebook ou no e-mail gera enormes tensões".
GERIR O OUTRO
A traição, "seja sob a forma de uma infidelidade ou da quebra de um compromisso", é, para Catarina Mexia, o que mais afecta a vida de um casal.
"Recordo um caso recente em que o casal, ele com mais dez anos, se juntou com o compromisso de após dois anos terem filhos. Por impedimento de carreira dele, não foi possível cumprir essa meta. Mais tarde, a questão colocou-se de novo e finalmente, durante o processo de psicoterapia , surgiu a informação de que não haveria, por vontade dele, filhos naquela relação. Para aquela mulher esta foi uma traição impossível de superar", relata.
Foi o momento em que as mulheres saíram para o mercado do trabalho que mudou as relações conjugais, frisam os terapeutas.
"As mulheres passaram de uma situação de total submissão para uma autonomia em que já podem dizer ‘vou à minha vida’ e neste momento até decidem mais do que o homem. Há aqui um emergir da mulher e um anular do homem, que tem vindo a perder poder. Elas estão mais exigentes, quase que se impõem e o homem está num papel passivo", nota Maria de Jesus Candeias.
E isso estende-se à guarda dos filhos menores em caso de divórcio. "Os pais cada vez mais querem estar presentes, mas por tradição os filhos são entregues à mãe, o que pode gerar enormes conflitos", diz.
Catarina Rivero adianta que "culturalmente, as mulheres cuidam da casa e os homens ‘apenas ajudam’", apesar de serem cada vez mais os que assumem tarefas como ir buscar os filhos à escola, estar em casa à hora do banho e fazer o jantar.
'O BEIJO' DE KLIMT
Porque acredita no "amor romântico" e nas "relações duradouras", Catarina Rivero ilustrou o espaço do Cais do Sodré onde acolhe os casais com uma réplica do quadro ‘O Beijo’, de Klimt: "Foi a primeira coisa que coloquei no consultório, pois a imagem do casal a beijar-se, à beira do precipício, tem o simbolismo da relação forte. A sedução é um percurso para a vida e há que saber encantar a dois".
Com pacientes de todas as idades, são os que enfrentam o desafio de serem pais e os menos jovens e isolados os que mais marcam o espaço desta terapeuta: "O início da parentalidade abana o sistema e tenho muitos casais com filhos de meses que se queixam de um desinvestimento na relação", diz.
No outro extremo, encontra "muitos casais, entre os 35 e os 50 anos, que não têm amigos e o seu dia-a-dia é entre o trabalho e a casa/família. Ter outras relações é bom, pois quando o casal se fecha muito sufoca. Precisamos de sentir saudade e até um bocadinho de insegurança. Em alguns casais pode causar transtorno o facto de dar tudo por garantido".
Foi precisamente a solidão que levou Célia e Miguel, de 27 anos, a pedir ajuda. A juventude de ambos contrasta com a aparência pacata, o ar de ‘quem não parte um prato’. Os dois queixam-se que um namoro que vem da adolescência, com direito a férias em casas dos pais, e uma vida profissional preenchida – ela na área do Serviço Social e ele na Engenharia –"não chega" para alimentar a vida conjugal. "A partir daqui o passo é mudar", confirma Miguel.
O NINHO VAZIO
Para José Carlos Garrucho, membro da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar desde 1997, "há mais pessoas a precisarem de apoio, isso é uma evidência; que o peçam já é diferente. Muitas vezes têm dificuldade em suportar os honorários e tendem a tentar resolver sozinhas, antes de assumirem um pedido de ajuda".
No consultório de Coimbra recebe "muitos casais com mais de 30 anos, enquanto o casal tem actividade sexual e vitalidade. Mas também no final da vida, quando se confrontam com o ‘síndroma do ninho vazio’. Tinham uma triangulação, que os ocupava", com o cuidar dos filhos, e em alguns casos é difícil voltar à vida de casal , com tudo o que isso implica. "A sexualidade, com as dificuldades de erotização, as questões da infidelidade e ciúmes são assuntos que acontecem, surgem nas consultas e variam com o tempo. Inicialmente vinham os homens com as mulheres deprimidas, porque eles tinham sido infiéis. Hoje as mulheres também já o são e os homens não lidam bem com isso".
Apesar das mudanças visíveis na sociedade, a "terapia para o divórcio" é por vezes fundamental. José Carlos Garrucho lembra que "existem casos em que as pessoas, mesmo estando numa relação violenta, têm dificuldade em sair, pois a vítima sofre a destruição da sua rede social e depende do agressor".
O terapeuta é claro ao dizer que "não há géneros isentos de culpa", no entanto avisa "que a violência física é mais comum nos homens e a verbal nas mulheres. Mas a mais destrutiva é a masculina pois os homens tendem a agir, são mais competentes fisicamente. Culturalmente as mulheres não são violentas". 
VENDA DE CASA E FILHOS AMARRAM CASAL
Em 2008, a Lei do Divórcio facilitou a separação por mútuo acordo. Apesar do aumento até 2009 (26 464 divórcios), o número de processos estabilizou entre 2010 e 2011. Muitos terapeutas notam que a crise leva os casais a ficar na mesma casa "por não a conseguirem vender, apesar de estarem separados maritalmente". A guarda dos filhos também justifica a decisão.
"Com a nova lei, o exercício do poder paternal é conjunto, mas por vezes os pais pedem a guarda conjunta, o que por norma recusamos, para evitar que a criança ande de casa em casa", diz o juiz Celso Manata do Tribunal de Menores de Lisboa. Relativamente à regulação do poder paternal, até dia 11 entraram na comarca de Lisboa 746 acordos. Em 2010 houve um total de 1106 processos.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Terapia de casal contra problemas no casamento

Terapia de casal contra problemas no casamento
Regina Navarro: “Não há dúvida de que a possibilidade de formar um casal sadio é algo que pode ser ensinado”

09/08/2011 10:40
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Hugo e Laís, casados há 15 anos e com dois filhos adolescentes, há muito tempo passaram do limite suportável de convivência. No início, as brigas entre eles eram mais espaçadas e menos violentas. Entretanto, de algum tempo pra cá nem os vizinhos estão mais aguentando os gritos e o barulho de móveis sendo derrubados no chão. Propuseram uma reunião de condomínio onde foi dada uma última advertência antes de entrarem com uma ação judicial para a expulsão do casal do prédio. Foi então que eles procuraram terapia de casal e numa sessão Laís me disse: “Não sei bem como a coisa começa. Às vezes estamos bem, conversando, mas de repente já estamos discutindo. O Hugo fala coisas que vão me tirando de mim... aí digo também o que ele não gosta de ouvir e quando vejo estamos nos agredindo de um jeito incontrolável. Acho que só conseguimos parar quando os meninos acordam, choram e se metem entre nós."

É muito difícil saber em que momento duas pessoas que escolheram viver juntas começam a se estranhar. E na maior parte das vezes nem os envolvidos conseguem responder o porquê. Alguns chegam ao ponto de, após anos de vida em comum, ir deixando de falar com o outro – mas ficam ali, juntos. Um dado interessante vem dos EUA: estatísticas mostram que os casais conversam apenas meia hora por semana!

Isso não é difícil de entender. Desde criança todos aprendem que o casamento é o lugar onde uma pessoa pode realizar-se afetivamente. Dessa forma, desfazer a fantasia do par amoroso idealizado é doloroso. Entretanto, devido ao descompasso entre o que se esperava da vida a dois e a realidade, as frustrações vão se acumulando e, de forma inconsciente, gerando ódio. Por causa da sensação de fracasso, o que mais se vê no casamento são sentimentos de desprezo e de desvalorização, de um para o outro e de cada um por si. Eles se cobram, se criticam e se acusam.

Contudo, em algum momento o casal pode tomar consciência dos seus limites e desejar desfrutar uma vida mais satisfatória. A fantasia ideal do início dá lugar a uma versão mais realista. Cada um se torna mais autônomo, e abordar as desavenças de frente, em vez de ocultá-las, pode não parecer tão ameaçador. É então que pode surgir a ideia de procurar a terapia de casal. Afinal, a procura de autonomia não significa necessariamente incapacidade de permanecer numa relação a dois, mas sim a recusa de pagar qualquer preço por ela.

Há algumas décadas pensava-se no casal composto só por dois indivíduos, portanto, cada cônjuge era tratado individualmente, cada um com seu terapeuta. Com o tempo ficou claro que o casal se compõe de três partes, sendo dois indivíduos e uma relação: eu, você e nós. Cada parte deve ser igualmente observada, pois tem um significado na vida do casal. A terapeuta de casal americana Virginia Satir explica: “qualquer coisa que uma das pessoas faz requer que a outra responda, e essa resposta modela aquela pessoa. Paralelamente, a resposta do outro modela seu próprio eu. Essa sequência, repetida, dá origem a um modelo que se traduz em normas para a relação.”

Concordo também com sua afirmativa de que as dificuldades para enfrentar problemas em um casal sempre estão relacionadas à baixa autoestima dos parceiros. Outra complicação é representada pelo fato de que os membros de um casal podem ficar presos um ao outro, num encaixe psicológico que faz lembrar seus modelos infantis. Nesse caso, a terapia precisa estar atenta aos mecanismos de projeção. Quanto maior a necessidade de projeção, menor é a autoestima. Na projeção eu estou lidando com minha ideia de você, não com quem você é realmente. E é fundamental que os cônjuges desenvolvam a possibilidade de lidar com a pessoa real. Olhar juntos os membros de um casal permite que se observe a interação entre os dois e se compreenda como os parceiros se relacionam entre si ao desempenhar papéis.

Jürg Willi, professor de medicina psicossocial da Universidade de Zurique, Suíça, acredita que para duas pessoas elaborarem um mundo comum é preciso negociar juntas certas estruturas que dizem respeito ao sentido e objetivo da relação de casal. O desenvolvimento pessoal de cada um implica redefinir continuamente a distribuição de papéis, regras, funções e poder. Para que uma relação continue sendo funcional é importante que essas regras não sejam totalmente rígidas, nem modificáveis por um dos dois quando lhe aprouver e sem consultar o outro.

Não há dúvida de que a possibilidade de formar um casal sadio é algo que pode ser ensinado. Um casamento pode ser ótimo, mas para isso as pessoas precisam reformular as expectativas que alimentam a respeito da vida a dois, como, por exemplo, a ideia de que os dois vão se completar, nada mais lhes faltando porque um vai ter todas as suas necessidades satisfeitas pelo outro, a crença de que não é possível sentir tesão por mais ninguém nem de ter algum interesse em que o amado não faça parte; o controle, que impedem a pessoa de se relacionar com alguém fora do casamento, etc....
http://delas.ig.com.br/colunistas/questoesdoamor/terapia+de+casal+contra+problemas+no+casamento/c1597126006271.html

domingo, 5 de junho de 2011

Veja como evitar 5 problemas comuns do casamento

01/06/2011 -- 09h29
Veja como evitar 5 problemas comuns do casamento

No casamento, ainda que os valores sejam transformados é preciso rever tudo aquilo que foi ensinado duarante a vida para construir uma relação sólida
Não é preciso nem voltar tanto no tempo - quando, enquanto o marido trabalhava, a mulher cuidava de cinco, seis filhos - para saber que a dinâmica das famílias mudou. Atualmente, na sociedade pós-moderna, os valores e os comportamentos são outros, diferentes do que se observava nas décadas de 70 e 80. E tudo isso interfere no modo como as relações familiares e afetivas são construídas, com cada vez mais casais recorrendo à ajuda profissional para resolver os problemas de dentro de casa.

Segundo Iara Monteiro de Castro, coordenadora da Pós-Graduação Instituto da Família, da Faculdade Teológica Sul Americana (FTSA), algumas queixas recorrentes dizem respeito a cinco situações: infidelidade, lealdade à família de origem, comunicação, doenças ou vícios por parte de um dos cônjuges e ao nascimento dos filhos. "Esses são os fatores estressores que se não forem bem administrados podem levar a rupturas", diz.

Com todos esses tópicos em pauta, o curso de especialização em "Aconselhamento Familiar", da FTSA, busca preparar profissionais de várias áreas a atender a demanda das famílias. Coordenadora do curso, Layne Soares Araújo Ribeiro dá as dicas para evitar as crises conjugais e ensina que, antes mesmo dos conflitos, é preciso buscar recursos – na literatura e junto a profissionais especializados – para estar preparado para a vida a dois.

1 – Infidelidade

Segundo Layne, é possível comparar o casamento a uma construção: quando os materiais utilizados não são de boa qualidade, é muito provável que problemas estruturais aconteçam. "É uma construção a dois", salienta. "Se os materiais forem ruins, eles constroem a infidelidade, que é mais do que a traição em si, mas todos esses fatores que envolvem os conflitos, essa falta de intimidade. "A traição é consequência e não a causa", acrescenta Layne. A infidelidade, assim, pode ser considerada como uma quebra na confiança, que altera a intimidade, sendo que confiança e intimidade são bases da relação a dois. Por isso, é preciso investir na intimidade, rever posturas e fortalecer as verdades dentro da relação.

2 – Lealdade à família de origem

Quando as pessoas se casam, existe um processo de transformação de valores: é preciso rever tudo aquilo que foi ensinado pelos pais, no sentido de construir conceitos e ideais do próprio casal. "É como se os dois tivessem uma mala cada. Eles têm de abrir essa mala e separar tudo, descartando alguns valores, aproveitando outros, para colocar tudo numa mala só", compara Layne. "E esse processo pode ser um grande fator estressor. Você tem que deixar seus pais. Os valores que herdou deles, como crenças e o modo de educar os filhos, são pessoais e não relacionais", completa. É importante haver uma diferenciação entre a família de origem e a nova família que está sendo formada, estando o casal aberto a negociar para construir uma nova relação, com novos valores, dispostos a se adaptar.

3 – Comunicação

De acordo com a especialista em aconselhamento familiar, a falta de habilidade em se comunicar é o que gera, senão todos, pelo menos boa parte dos conflitos. "Hoje em dia, a comunicação se dá pela experimentação corporal. Antes, ainda na idade moderna, as pessoas se conheciam mais durante o namoro, procuravam saber o que o outro pensa, faz ou gosta. Hoje, as relações sexuais começam já nessa fase e esse conhecimento corporal não é a base para uma comunicação sólida", comenta. Para Layne, é preciso conversar mais, conhecer-se melhor em todas as etapas do relacionamento, fortalecendo o diálogo e a intimidade, e estreitando, assim, os laços entre o casal.

4 – Doenças ou vícios de um dos cônjuges

Às vezes é algo que foge do previsto, às vezes é consequência dos próprios conflitos na relação. De qualquer modo, doenças ou vícios em drogas, como o álcool, por parte de um dos cônjuges, podem inviabilizar uma relação. "Isso envolve toda a família, muda a sua dinâmica, porque um precisa cuidar do outro", analisa Layne. E, se não houver um diálogo claro a respeito da situação, o relacionamento – incluindo a convivência com os filhos – pode ficar enfraquecido. "Além de que isso pode levar a outro problema muito sério, que são as dificuldades financeiras. Nós vivemos na sociedade do ter, e isso mexe muito com o casal", acrescenta.

5 – Nascimento dos filhos

Além dos valores que são transmitidos aos filhos, há vários ciclos que a chegada das crianças impõe ao casal. O nascimento das crianças é um fator estressor que demanda dos pais um envolvimento enorme, como uma tarefa do próprio desenvolvimento. E o casal que já tem dificuldade de relacionamento nesse momento pode se desestabilizar. Pode haver, inclusive, uma triangulação com a criança.

"Em cada ciclo há uma negociação, quando o filho nasce, quando vai à escola, quando sai de casa. Tudo isso muda a rotina do casal", afirma. "Filhos produzem alterações importantes, que precisam ser trabalhadas, conversadas, planejadas. E, para lidar com a questão, é necessário buscar suporte em livros e cursos, o que é a nossa proposta dentro de aconselhamento familiar".

Serviço:

O curso de especialização em "Aconselhamento Familiar" da Pós-Graduação Instituto da Família da FTSA está com inscrições abertas. As aulas começam no dia 10 de junho. Mais informações e inscrições pelo telefone (43) 3371-0200, pelo e-mail ifamilia@ftsa.edu.br ou pelo site www.ftsa.edu.br.
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-34--2-20110601&tit=veja+como+evitar+5+problemas+comuns+do+casamento

terça-feira, 31 de maio de 2011

- Curso de atualização em terapia com casal - CATECA – São Paulo, 4 a 9 de julho de 2011

- Curso de atualização em terapia com casal - CATECA – São Paulo, 4 a 9 de julho de 2011
TEMAS A SEREM ABORDADOS:
*TCC com casais – Um breve histórico.
Teorias que auxiliam o trabalho:
*Bandura e auto-eficácia.
*Conceitos gerais da TREC no processo terapêutico com casais – Albert Ellis.
*Aaron Beck e sua contribuição para o trabalho terapêutico com casais.
*Frank Datillio e o trabalho em TCC com casais
*Outros teóricos.
*Discussão de Prática em atendimento, nas abordagens apresentadas.
Local e realização: InPaSex – Instituto Paulista de Sexualidade
Data de 4 a 9 de julho de 2011.
Horário – das 13h as 17h
Valor – 1200,00 (hum mil e duzentos reais)
O valor inclui todos os textos e livros necessários.
Facilitadores: Psics. Carla Zeglio, Oswaldo Rodrigues Jr., Giovanna Lucchesi.
O certificado será entregue ao final do curso, com obrigatoriedade de 75% de presença.
Informações pelo email carzeg@uol.com.br ou pelo telefone 11-36665421 com a Psic. Carla Zeglio

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Relação em crise: quando recorrer à terapia de casal?

24/05/2011 -- 09h20
Relação em crise: quando recorrer à terapia de casal?

A grande queixa dos casais que recorrem a uma terapia é falta de cumplicidade e de companheirismo
Você sabe o que é e para o que serve a terapia de casal? A primeira resposta que vem na mente da maioria das pessoas é que terapia de casal é a terapia destinada para casais com casamentos em crise, que desejam evitar a separação; porém, este não é o objetivo da terapia, ou seja: evitar rompimentos. A terapia não é exclusivamente para casais em crise, mas sim de casais que desejam se conhecer e conhecer melhor os anseios de seu parceiro.

A grande queixa dos casais que recorrem a uma terapia é falta de cumplicidade, de companheirismo... Cumplicidade esta relacionada a dinheiro, a trabalho, a escolhas pessoais e profissionais, à educação dos filhos... Não estamos falando apenas de pensamentos e sentimentos, mas também de atitudes e decisões. As esposas ficam sabendo de bens adquiridos, ou de dívidas, por meio de terceiros e não mais pelos maridos; poucas vezes eles dividem problemas profissionais com elas, e acabam descontando em casa eventuais frustrações; em contrapartida a esposa quer total autonomia na educação dos filhos, excluindo informações de seus maridos e muitas vezes tirando autoridade deles frente às crianças... É como se um não conhecesse mais o outro, falassem idiomas diferentes e nem ao menos tentassem se entender...

O grande problema é que a maior parte dos casais que hoje procuram uma psicóloga está prestes a se divorciar. O respeito entre eles já não mais existe e o amor está tão desgastado que se torna imperceptível, tanto para o outro quanto para si próprio. Um não consegue perceber a necessidade do outro e não mais se importa se o magoa. Na realidade, em muitas vezes, há intenção de agredir o parceiro, tanto fisicamente quanto verbalmente... Frequentemente como forma de pedir socorro. E como se eles falassem "Será que você ainda gosta de mim?" "Vamos salvar esse casamento!". É aí que se inicia o papel do psicólogo. Ele tem como objetivo traduzir essas agressões em pensamentos e sentimentos; trazer para a terapia o significado de tantos comportamentos agressivos ou hostis.

O psicólogo tem ainda a tarefa de examinar desejos individuais e analisar as crenças que cada um trouxe sobre o casamento. Alguns acreditam que marido e esposa devem ser melhores amigos, mas outros acreditam que não; muitos pensam que marido tem função de provedor e que a esposa a função de mãe e dona de casa; outros acreditam que ambos possuem as mesmas responsabilidades frente ao matrimônio. As crenças são formadas a partir de exemplos, e o maior exemplo de cada um é o casamento dos pais; é aí que se encontra a origem dos maiores problemas... Famílias diferentes, diferentes culturas, religiões, hábitos, e cada um traz para a sua relação expectativas de manter o padrão aprendido. Como conseguir manter dois padrões diferentes sem diálogo e sem briga?

O processo da terapia de casal é dividido em sessões individuais, em que cada um pode expressar suas mágoas e expectativas, e também confidenciar algo ao psicólogo, e sessões com o casal, com objetivo de ambos dizerem como se sentem com atitudes de seus parceiros, em vez de agredi-los. Exemplo: "Fico me sentindo muito sozinha quando ele viaja e não me telefona"; em vez de: "Ele é insensível, não se importa com ninguém. Quando ele viaja, nem telefona pra saber como estão as coisas aqui em casa". Se mesmo com todo este trabalho o casal não apresentar evolução, a função do psicólogo é prepará-lo para o divórcio, mesmo não sendo este o caminho mais desejado.

A terapia de casal tem como maior objetivo proporcionar o auto-conhecimento e a felicidade e não a acomodação. Se o casal já não tem mais planos juntos e se cada um já não está disposto a ceder pela felicidade do parceiro, resta ao profissional lutar pela realização individual.

*Por Letícia de Oliveira, pscóloga especializada em terapia cognitivo comportamental e colunista do portal Saúde Ativa, informativo sobre Medicina e Saúde.
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-34--55-20110524&tit=relacao+em+crise+quando+recorrer+a+terapia+de+casal