segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sandro e mulher são presos e advogado nega autoria dos crimes sexuais


1/10/11 23:15 - Polícia

Tisa Moraes/Neto Del Hoyo/Ricardo Santana
O advogado Sandro Luiz Fernandes, 45 anos, foi preso na noite de ontem depois de se apresentar na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Bauru. Acusado de molestar sexualmente quatro pessoas de sua família, ele afirmou ser inocente, conforme antecipado com exclusividade pelo Jornal da Cidade na edição de ontem. A mulher dele, Fernanda Fernandes, também foi presa.
O advogado foi indiciado por estupro contra três jovens que à época dos supostos crimes tinham entre 8 e 16 anos e contra um menino de atualmente 9 anos. Fernandes foi encaminhado à Cadeia Pública de Barra Bonita depois de cinco horas de depoimento. A defesa já adiantou que irá ingressar com pedido de habeas corpus.
A esposa do advogado, Fernanda Fernandes, também foi ouvida e deveria ter sido levada à Cadeia Pública de Avaí por haver indícios de que tenha sido conivente com os abusos. Mas ela passou mal depois de ingerir alta dose de tranquilizantes e precisou ser levada às pressas para o Hospital Beneficência Portuguesa, onde permanecia, até o fechamento desta edição, em observação na condição de presa. Fernanda foi indiciada como coautora dos crimes, já que as vítimas teriam pedido sua ajuda, sem que ela adotasse nenhuma providência sobre as denúncias.
Segundo um dos advogados de defesa de Sandro Fernandes, Ricardo Ponzetto, seu cliente não cometeu os crimes de que foi acusado. “As coisas que foram narradas não aconteceram e não somos nós que temos de provar que somos inocentes. Quem está acusando terá de demonstrar o que está dizendo”, afirma.
A defesa também questionou o fato de uma das vítimas, de 18 anos, ter ajuizado uma ação de indenização por danos morais no valor de R$ 500 mil antes mesmo que a ação penal para julgar o suposto abuso sexual fosse iniciada. Para Ponzetto, este pode ser um indício de que as denúncias tenham motivação financeira. “É sintomático o interesse econômico neste caso. (A familiar) é uma pessoa que fez um curso de atriz em uma das escolas de teatro mais renomadas do Brasil”, frisa.
Sobre as denúncias realizadas pelo garoto de 9 anos, o advogado afirmou que a criança está sendo induzida por pessoas que têm interesse em manchar a imagem de Fernandes e vê-lo atrás das grades. “Todos sabem o quanto a personalidade de uma criança pode ser influenciada e esta manipulação será objeto de uma perícia psicológica”, adianta, acrescentando que irá também acionar o Ministério Público para que medidas sejam tomadas quanto à forma como o garoto foi exposto pela imprensa.
Depois de um dia extenso de trabalho e bastante emocionada, a delegada Priscila Bianchini de Assunção Alferes destacou que não poderia dar detalhes dos depoimentos prestados por Fernandes e a esposa, já que a defesa solicitou a submissão do inquérito a segredo de Justiça. Os advogados confirmaram a informação e argumentaram que o pedido tem o objetivo de preservar a criança de 9 anos.
A delegada antecipou somente que o inquérito policial será encaminhado à Justiça já na próxima semana. “Não posso dizer mais nada a respeito dos autos, mas a sensação é de dever cumprido”, resumiu ela. Argumentando exaustão, ela encerrou a entrevista e chorou, diante de mais de uma dezena de órgãos de imprensa que se aglomeraram durante todo o dia em frente à DDM.
Segundo informações da Polícia Civil, Fernandes foi indiciado por estupro em relação às quatro vítimas, já que o crime de atentado violento ao pudor deixou de existir em agosto de 2009, quando a lei 12.015/09 entrou em vigor. Mas, se condenado, o juiz terá de determinar a pena a ser aplicada de acordo com a legislação vigente à época dos supostos crimes.
O advogado é acusado de ter apalpado as partes íntimas de três das quatro vítimas quando estas tinham entre 8 e 16 anos, além de obrigá-las a fazer sexo oral e tocar o pênis dele. Como os abusos teriam ocorrido quando a figura jurídica de atentado sexual ainda existia, a punição a ser aplicada é de 6 a 10 anos de prisão por cada um dos crimes. Já o estupro de vulnerável, supostamente cometido pela última vez no mês de agosto contra o garoto de 9 anos, prevê pena de 8 a 15 anos de prisão.

Sandro demonstrou calma ao chegar

Jornalistas de vários veículos de comunicação de Bauru e até mesmo da Capital paulista estiveram presentes na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) ontem, na quadra 15 da rua Araújo Leite, desde as 7h da manhã aguardando a chegada de Sandro Fernandes. Conforme informou o JC na edição de ontem, o investigado havia confirmado que, junto com sua esposa, Fernanda Fernandes, iria depor às 9h.

A movimentação da imprensa na porta da delegacia atraiu curiosos. Alguns expressavam sua revolta com as denúncias feitas por familiares do advogado e chegaram a proferir palavras de repúdio e xingamentos a Sandro Fernandes. Pouco antes do horário marcado, a delegada Priscila Bianchinni de Assunção Alferes chegou à DDM,  mas não atendeu a imprensa. Quase duas horas depois, às 10h50, três advogados de defesa do investigado chegaram à DDM.
Além de Hélio Marcos Pereira Junior, que atendeu a imprensa durante a semana, acompanham o caso Luiz Gustavo Siqueira e Ricardo Ponzetto. Sem conceder entrevistas, todos seguiram para a sala da delegada.
Às 11h40,  Ricardo Ponzetto, único dos três advogados a permanecer na DDM, saiu para atender os jornalistas. Ele justificou a mudança na data para o depoimento (de quinta-feira para ontem) confirmando que esteve em viagem a São Paulo, e afirmou que Sandro e a esposa chegariam em seguida.
“Peço para que não falem com eles. A família está muito abalada e atravessa um momento delicado. Garanto que após prestarem depoimentos, falaremos com a imprensa. Dou minha palavra”.
Menos de 10 minutos depois, um veículo particular trouxe Sandro e sua esposa, investigada pela suspeita de ter sido conivente com os abusos dos quais ele é acusado. Cercados pela imprensa, ambos mantiveram-se quietos e seguiram para a sala onde a delegada os aguardava.
Enquanto Fernanda entrou cabisbaixa e aparentando irritação com a presença dos repórteres, Sandro se manteve sério e sequer desviou o olhar para os lados.

Depoimentos duraram mais de 9 horas

Os depoimentos de Sandro e Fernanda Fernandes tiveram longas nove horas e meia de duração. Os acusados chegaram à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) por volta das 11h45 e Fernanda foi a primeira a ser ouvida. O depoimento foi encerrado por volta das 16h30, quando foi iniciada a oitiva de Fernandes.
Depois de um dia exaustivo, este último depoimento terminou às 21h30, para concluir o inquérito policial sobre um dos casos que mais chocou os moradores de Bauru e que mobilizou a imprensa nacional em torno da cidade. Meia hora depois, já preso, o advogado deixou a delegacia deitado na parte traseira de um camburão da polícia, cobrindo o rosto com os braços.
Ao longo de todo o dia, do lado de fora, dezenas de curiosos se aglomeravam para acompanhar a movimentação de viaturas policiais e profissionais de imprensa. No meio da tarde, a divisão de homicídios da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) foi acionada para coibir qualquer tentativa de linchamento, já que algumas pessoas que passaram pela quadra 15 da rua Araújo Leite, onde se localiza a DDM, proferiram ameaças ao advogado.
Por volta das 16h30, houve a confirmação de que a prisão preventiva do casal havia sido decretada pelo juiz Jaime Ferreira Menino, da 2ª Vara Criminal de Bauru. Menos de uma hora depois, o médico legista já estava na delegacia para realizar o exame de corpo de delito nos dois acusados. Depois de prestar depoimento, Fernanda permaneceu no local à espera do marido, mas passou mal e ficou desacordada até a chegada de uma ambulância.

Relato de ex-empregada: fundamental

A reportagem do JC apurou que o depoimento prestado por uma ex-empregada que trabalhou na casa da família de Sandro e Fernanda Fernandes foi fundamental para basear o pedido de prisão preventiva feito pela delegada Priscila Alferes para o casal, ontem. Segundo informações obtidas junto à Polícia Civil, a mulher foi ouvida na condição de testemunha após as 22h desta quinta-feira, único horário em que poderia depor.
Seu relato à delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) durou cerca de quatro horas e teria sido muito convincente. “O depoimento (desta ex-funcionária da casa) foi convergente com as provas”, disse uma fonte à reportagem do JC. No final da noite de ontem, a defesa de Fernandes afirmou em entrevista à imprensa que não foi informada sobre a existência deste novo depoimento.
Além das provas testemunhais obtidas pela delegada, há informação de que também foram colhidas provas periciais - cuja natureza não foi revelada. A prisão preventiva, que foi deferida tanto para Sandro Fernandes quanto para sua esposa Fernanda, é solicitada, principalmente, para impedir que se repitam os atos pelos quais o indiciado está sendo acusado.

Polícia quer reconstituir cenário da casa

A Polícia Científica foi incumbida de preparar um croqui de cada cômodo da casa do advogados Sandro Fernandes, investigado pela acusação de abuso sexual de quatro pessoas de sua família. A solicitação foi encaminhada ontem pela delegada da DDM Priscila Bianchinni de Assunção Alferes ao diretor do Núcleo de Perícias Criminalísticas de Bauru, José Carlos Fioretti.
A perícia técnica fará um croqui ilustrado com fotos do ambientes. Muito provavelmente, a intenção será a de mostrar no inquérito os cenários onde os envolvidos conviviam no imóvel, na quadra 4 da rua Antonio Garcia.
Os computadores apreendidos para perícia no imóvel serão periciados pelo Instituto de Criminalística (IC). Fioretti explica que um programa fará a varredura com capacidade, inclusive, de recuperar dados descartados. “Mesmo que apague algum arquivo, a gente consegue levantar esse arquivo”, define. O Instituto Médico Legal deverá expedir em 15 dias um laudo com o exame de corpo de delito na criança de 9 anos, feito na última terça-feira.
Enquanto os depoimentos do casal Fernanda Fernandes e Sandro Fernandes eram prestados na DDM, houve grande movimentação na residência da família, na rua Antonio Garcia. De acordo com apuração do JC, uma das vítimas, uma moça de 18 anos, esteve no imóvel na tarde de ontem. Posteriormente, uma familiar de Fernanda Fernandes passou pela residência.

Fernanda desmaia e vai a hospital

Segundo informações da polícia, Fernanda Fernandes teria se apresentado à DDM sob efeito de calmantes. Após prestar depoimento, acabou perdendo a consciência e ficou desacordada por mais de uma hora. Uma ambulância foi acionada e, por volta das 19h20, ela foi levada à Beneficência Portuguesa. Para surpresa de todos, quando Fernanda foi acomodada na viatura, a irmã dela, bastante indignada, disse que a Justiça em prol das jovens e do garoto de 9 anos estava sendo feita.
 http://www.jcnet.com.br/noticias.php?codigo=221637

Assédio sexual no transporte: um crime banalizado pela superlotação e invisibilizado pelo constrangimento das vítimas


15/10/2011 - 

(Estadão.com/R7) O Metrô de São Paulo registrou mais um caso de violência sexual. Desta vez, a vítima foi uma estudante de 21 anos que foi molestada por um advogado dentro de um vagão da Linha 3-Vermelha, por volta das 18h40 da sexta-feira. O Metrô e a CPTM registraram, até julho deste ano, 43 casos de assédio contra passageiras em São Paulo. O Sindicato dos Metroviários está em campanha contra o assédio sexual e para que as mulheres não se sintam constrangidas em denunciar as violências sofridas.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a estudante relatou que o advogado Walter Dias Cordeiro Júnior colocou o pênis para fora da calça e passou a se esfregar nela. Em pé, dentro do trem lotado, ele teria impedido a jovem de deixar o vagão. Ela começou a passar mal e, quando os usuários foram socorrê-la, descobriram que estava sendo molestada.
Seguranças do Metrô levaram o advogado para a Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom). Ele foi preso em flagrante por violência sexual mediante fraude (quando o acusado tira a capacidade de resistência da vítima). Até a noite de sexta-feira o homem não tinha um advogado que o representasse e, segundo informações de um funcionário do distrito policial, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) recusou representá-lo pelo crime não ser funcional, isto é, por não estar ligado às atividades profissionais dele.
Advogado é preso no metrô por molestar estudante (O Estado de S. Paulo - 16/10/2011) 
Em SP, estudante é molestada por advogado dentro de um vagão do Metrô (Estadão.com - 15/10/2011)
Outros crimes sexuais no metrô
O Metrô e a CPTM registraram, até julho deste ano, 43 casos de assédio contra passageiras. As reclamações formais nunca foram significativas, devido ao constrangimento das vítimas.

Um dos casos registrados ocorreu na Estação Sacomã, da Linha 2-Verde, na zona sul, foi filmado por câmeras de segurança. Uma professora de 34 anos foi atacada depois de pedir informações para um homem.
Em abril deste ano, o Metrô registrou também o primeiro caso de estupro dentro de um trem. Uma supervisora de vendas que seguia na Linha 2-Verde, no sentido da Vila Madalena, foi violentada por um homem com as mãos.
Na época, o Metrô havia prometido intensificar a instalação de câmeras nos vagões. - Câmera do metrô de SP flagra tentativa de abuso sexual

Superlotação serve como desculpa

O delegado Valdir de Oliveira Rosa diz que "a maioria das mulheres não quer publicidade". Já os acusados alegam inocência. "Sempre dizem que encostaram porque estava lotado. Esse problema é facilitado pela superlotação porque, "quando está como uma sardinha em lata, a pessoa se sente anônima, ninguém vê nada e não tem nem como reagir", avalia Cláudio de Senna Frederico, ex-secretário dos Transportes Metropolitanos.-
 Assédio sexual no metrô incomoda usuário (Folha.com - 05/09/2005)

Metroviários em campanha contra assédio sexual

“Estamos em campanha contra o assédio sexual nos transportes públicos. É um problema que tem crescido”, diz Marisa dos Santos Mendes, diretora da Secretaria de Assuntos da Mulher do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. - Leia também: Sindicato dos Metroviários de São Paulo formalizou o pedido de retirada do quadro "Metrô Zorra Total". 

El secreto mejor guardado



COMPORTAMIENTO
Cada vez son más frecuentes las consultas por matrimonios no consumados. La mayoría de los casos se deben a vaginismo. Las parejas sufren en silencio. | Una educación estricta y represiva sobre lo sexual tiene gran influencia, pero no es lo único. Deseo de tener un hijo es el detonante para consultar a expertos.

LEONEL GARCÍA
Hay preguntas que, por más que vengan de un ser querido o que tengan la mejor intención, taladran el alma. "¿Para cuándo el hijo, María?" María, arquitecta hoy de 42 años, y su esposo Sergio, también profesional, sonreían y desviaban la conversación. Las sonrisas eran una fachada, la procesión iba por dentro; la vergüenza, también. Y a medida que pasaba el tiempo, era cada vez más difícil. ¿Cómo decir a los dos años de casados que su matrimonio no estaba consumado?, ¿y a los cinco?, ¿a los ocho?, ¿a los diez?
Ambos eran de fuertes convicciones religiosas, de esos que pensaban que la virginidad era algo a mantener hasta el matrimonio. María tenía un padre especialmente autoritario. Sergio no era muy insistente. Pero el "Sí, quiero" ante el cura no pudo liberarlos. Eran casados y castos; e infelices.
En estos tiempos de sexualidad casi explícita en el prime time televisivo cuesta creer en algo así como un matrimonio "no consumado" o "blanco". Así se conoce a la imposibilidad de una pareja heterosexual (en los hechos, no tiene por qué estar casada) de tener relaciones sexuales mediante penetración vaginal, intentándolo por lo menos una vez a la semana, durante un período mayor a los cuatro meses. Pero existe, y mucho más de lo que se cree: según varios estudios internacionales, esto ocurre entre el 1% y el 2% de las parejas. Incluso para la Iglesia Católica puede ser considerada causal de nulidad para un matrimonio (ver nota aparte). Esta situación suele permanecer secreta bajo siete candados, en el más absoluto silencio, como el más avergonzante y humillante de los tabúes.
Lo sabe bien Laura (33), nueve años de noviazgo y seis de casada "blancos". Primero fue el miedo, luego fue la "responsabilidad" como excusa, finalmente, el acostumbramiento. Nada durante el noviazgo, nada en la noche de bodas, nada en la luna de miel, nunca nada jamás. "Hacia el mundo externo, (éramos) la pareja ideal; en casa, buenos amigos. Llegó un momento que no teníamos el más mínimo contacto. Nuestro problema iba con nosotros hacia todos lados como un equipaje. Yo me sentía un bicho raro, sentía mucha vergüenza y me preguntaba: ¿con quién compartir esto? Y la respuesta era: con nadie".
El sexólogo clínico Santiago Cedrés, director del Centro Plenus, califica a esta disfunción como "el secreto más guardado" entre un hombre y una mujer. Pero de a poco, el velo se va cayendo. Es por eso que más que hablar de un aumento de casos, los especialistas hablan de un incremento notorio de la cantidad de parejas que están pidiendo ayuda.
causas. Necesaria aclaración: no tener coito vaginal no significa que la pareja no tenga vida sexual. "Son hombres y mujeres muy, muy creativos en el juego previo", explica el psiquiatra y sexólogo Carlos Moreira, director de la Clínica Masters. No tienen más remedio que serlo. Es que cuando falta la penetración, tienen que encontrar mecanismos sustitutivos -sexo oral, anal, masturbación mutua- para llegar al orgasmo.
El vaginismo, la contracción involuntaria de los músculos perivaginales impidiendo la penetración, es señalada como la principal causa de la no consumación.
El Centro de Educación, Terapia e Investigación en Sexualidad (Cetis) de Argentina, un lugar de referencia mundial sobre este tema, indica que en el 64% de las parejas con este problema, son ellas las que no quieren o pueden ser penetradas. Más claro: por más que debe encararse como un problema de ambos, en la mayoría de los casos, la "culpa" es de la mujer. La fobia sexual (que es menos frecuente en el hombre) y la dispareunia (dolor genital asociado al coito), que pueden estar vinculadas o no a esa causa principal, son otros de los factores señalados. Los expertos uruguayos coinciden, pero Cedrés sube la prevalencia del vaginismo a un 70% de los casos y Moreira a un 90%.
Es que hasta la investigación médica resulta ser machista. Cuando la responsabilidad en un matrimonio no consumado recae en el hombre (un 16% de los casos, según el Cetis), ya sea por disfunción eréctil total o eyaculación precoz "anteportas" (antes de la penetración), un fármaco, ya sea en base al sildenafil o antidepresivos, puede significar la solución mágica.
Pero en una mujer, el vaginismo implica un tratamiento más prolongado que, aseguran los especialistas, llega en la inmensa mayoría de los casos a buen puerto. La metodología empleada incluye psicoterapia, medicamentos, ejercicios de relajación e incluso el uso de dilatadores vaginales (ver nota aparte).
"Por lo general, el vaginismo se acompaña de fuertes molestias y dolor, el cual agudiza el reflejo y el evitar la práctica (sexual). En casos agudos, la mujer no permite ni siquiera la inspección del ginecólogo, trepa en la camilla y cierra las piernas con mucha fuerza intentando de manera inconsciente, evitar cualquier penetración. Las causas son variadas. El 99% son de origen emocional, no orgánico: experiencias traumáticas, temores por ignorancia, represiones, educación negativa, represiva y culposa en torno a lo sexual", dice la psicóloga y sexóloga Carolina Villalba, responsable del portal sexualidadplena.com.
Gabriela Dartayete, psicoterapeuta del Centro Plenus, matiza la influencia de una educación en exceso represiva -basado en lo religioso o no- en temas sexuales. "Si bien eso tiene profunda influencia, no tiene por qué ser determinante. La educación y las creencias -sea de la religión que sean- pueden brindar restricciones, pero también cuidados y sentido al vínculo sexual. El ser humano tiene libertad y es capaz de lograr autonomía para elegir el modo en que se relaciona sexualmente".
motivaciones. El reloj biológico de las mujeres, ese deadline que indica que a eso de los 35 años están perdiendo el tren para la maternidad, es, coinciden los expertos consultados, la principal motivación para encarar el problema. "Hay que tomar en cuenta que este es un problema de ambos. Y entonces suelen llegar a la consulta cuando quieren concebir", señala el sexólogo clínico Cedrés. Según un estudio del Cetis, el 56% de las parejas que consultan tienen entre 31 y 40 años.
No es la única motivación. "La maternidad puede ser un detonante, pero también está, en ambos integrantes de la pareja, el deseo de afrontar un acto sexual con naturalidad", agrega la psiquiatra Dartayete.
Esa "naturalización" puede requerir un doloroso proceso mental. Los juegos sexuales que no incluían penetración vaginal parecían suficiente para Noelia (39), también arquitecta. Así lo fue para ella y para su pareja durante 13 años. Cuando quisieron "vivir etapas de la intimidad" que les hicieran sentir que avanzaban, se sintió estancada. Descubrieron, con llantos, negativas, miedos, obstáculos que no alcanzaban a definir, y "una angustia emocional enorme", que activar algo que les era completamente nuevo y ajeno era por demás difícil. Una larga lista de fracasos de pareja anteriores, divorcios o no, también es motivo para pedir ayuda.
De los casos antes nombrados, Laura y Noelia eran vagínicas. También lo era María, aunque su caso estaba agravado porque la no consumación de su matrimonio tenía un origen mixto (el restante 20% de los casos, siempre de acuerdo con el Cetis). La ansiedad sexual le provocaba a su marido, Sergio, episodios de impotencia durante los (escasos) intentos. De ahí la importancia de que la pareja encare conjuntamente el problema.
animarse. "Con el surgimiento de más recursos médicos para los tratamientos, estas consultas han crecido exponencialmente", afirma el director de Plenus. El acceso a más información, añade Villalba, también conspira para terminar con esta angustia. Distintos responsables de clínicas sexológicas consultados, indicaron que hoy entre el 5% y el 15% de las parejas que asisten lo hacen por la no consumación de su relación.
Hoy y en la clínica Masters, Moreira atiende dos casos por mes de vaginismo. Una década atrás, llegaba por ese problema una mujer cada tres meses. Un incremento -solo en esa institución- del 500% de consultas por la disfunción sexual más relacionada a los matrimonios no consumados.
En un artículo publicado en el diario argentino Clarín, el pasado 29 de agosto, se indicó que en ese país las consultas médicas por no poder tener sexo con penetración vaginal crecieron un 15% en diez años, y que estas terapias son efectivas en un 97% de los casos.
"Cuando surgió el Viagra, nadie, ni siquiera (el laboratorio) Pfizer, pensó que había tantos impotentes. ¡Acá ocurrió lo mismo! En el caso del vaginismo fue fundamental la difusión de la terapia sexual, y la integración de lo cognitivo con ejercicios físicos y aparatos", enfatiza Moreira.
En épocas nada lejanas, estas parejas quedaban condenadas al fracaso o a vivir con un secreto que los avergonzaba. Hoy Sergio y María siguen sin tener hijos (y a ella se le está acabando el tiempo), pero al menos se han "rehabilitado" en lo sexual. Tras 15 años sin nada, Laura ya dejó de sentirse un "bicho raro"; de hecho, dejó de andar por la vida con la mirada hacia abajo, con la cara apenas lavada, para sentirse "una mujer plena, segura, feliz, atractiva, sexy, gustada" y con un matrimono revitalizado. Noelia también se animó a la terapia y, como las demás, aprendió a conocer su cuerpo y a hacérselo conocer a su pareja; un año después, llegó Luciana, su primera hija.

Lo dijo

Carlos Moreira

clínica masters
"Para que tenga una idea de cómo avergüenza la magnitud del tabú. Una paciente mía tenía una hermana ginecóloga. Y ella me decía: `No puede ser que mi hermana esté dando clases de sexo en los liceos y yo no me anime a hablar de este tema con ella`".

Carolina Villalba

www.sexualidadplena.com
"En un estudio que he realizado con 25 casos de vaginismo, doce de ellos eran matrimonios no consumados. Esta disfunción es la causa de la inmensa mayoría de los casos. El vaginismo puede presentarse desde el inicio de la vida sexual".

Santiago Cedrés

centro plenus
"En Plenus y en los últimos 4 años, el 5% de las parejas que vinieron fueron por matrimonios no consumados y las edades estaban entre los 25 y los 45 años. Uno solo era causado por disfunción eréctil total. El resto eran por vaginismo severo".

Psicoterapia y ejercicios

La sexóloga Carolina Villalba indica que, muchas veces, "solo el hecho de informar y mostrar la anatomía de la mujer, que conozca su cuerpo y enseñarle técnicas de relax y de autodescubrimiento, obran cambios muy importantes". Y es fundamental, agrega, que el varón se integre a la tarea.
El doctor Carlos Moreira, de Clínica Masters, tiene un método a desarrollar en ocho sesiones que puede incluir ejercicios de respiración, hipnosis y el uso "progresivo" de dilatadores vaginales. Estos son una suerte de consoladores que pueden ser inflables o fabricados en PVC o silicona. El más fino tiene el grosor de un lápiz y el más grueso, el de un pene. "Pero también hace falta un encare psicoterapéutico, ¡esto no es como abrir una vía que está cerrada! Hay que sacarle la fobia, el miedo. Y debe sentir que está progresando en cada sesión".
Santiago Cedrés, director de Plenus, agrega que se pueden emplear antifóbicos y ansiolíticos. También habla de esos dilatadores (los llama bujías) y de la importancia de la colaboración de la pareja. "El matrimonio no consumado por vaginismo, es una disfunción sexual que no se puede corregir sola", enfatiza.

Qué esconden las conductas sexuales raras


02-10-2011LA CIUDAD
El hombre que ingresó desnudo a la casa de una vecina podría sufrir una enfermedad.
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Un hombre fue registrado por una cámara cuando ingresó desnudo a robar en la casa de su vecina.

Por Florencia O'Keeffe / La Capital
“Este hombre podría padecer una patología, una enfermedad de índole sexual que de ninguna manera tiene que convertirlo en un violador o un ser peligroso”. La sexóloga Mirta Granero se refirió así al perfil de la persona que esta semana ingresó desnuda al departamento de su vecina, se masturbó, y hurgó en todos lados, tal como lo acredita el video que la joven presentó como prueba.
La especialista destacó que este caso “tiene mucha repercusión porque hay una filmación, y porque los medios la reprodujeron, en el ámbito privado estas situaciones son más comunes de lo que la gente imagina”.
Granero expresó que estas actitudes son propias de aquellos que tienen una parafilia, que es una desviación del objeto sexual: “Igual que la persona que se excita con zapatos, tal vez este individuo se excite con la transgresión y lo prohibido. En general, las parafilias no son peligrosas, son manías que alguien tiene para excitarse”.
Lo que se advierte “es un hombre que se siente estimulado por lo prohibido. En este caso, se suman tres elementos con esa condición: robar, andar desnudo y masturbarse en un espacio que no es el de su intimidad”.
“Quienes tienen estas conductas, suelen haber pasado en su infancia alguna situación que los marcó y por la cual encuentran el placer sexual en circunstancias poco comunes. Se trata de algo que los supera, no pueden evitarlo”, remarcó Granero, directora del Instituto Kinsey y de la Asociación Rosarina de Educación Sexual.
“Lo prohibido —detalló— suele generar una gran excitación, que en casos patológicos genera lo que se llama un condicionamiento orgásmico: que alguien encuentre su mayor motivación de placer sexual en situaciones no habituales”.
Para los que sufren estas problemáticas existen tratamientos, aunque para que sean efectivos, la persona tiene que aceptar el inicio de una terapia, expresó la sexóloga.
Además, dijo, suelen tener una personalidad compulsiva, y asociada a otros trastornos emocionales.
“Los medios de comunicación hoy exponen estas situaciones como si fueran un espectáculo cuando en realidad hay una persona con una enfermedad, como pueden ser otras”, concluyó Granero.
Más denuncias
Martín Q., el hombre acusado de haber entrado desnudo a robar el departamento de Verónica von Knobloch y masturbarse en su vivienda, habría robado a otros vecinos. “Eso fue lo que me dijo una vecina que vive junto a su pareja en el mismo edificio. Ellos hace tiempo venían notando que les faltaba plata sin que haya rastros de daños en las puertas y ahora, después de mi denuncia, les cierra todo”, contó Verónica a La Capital.
La joven misionera confirmó que no regresará al departamento de Cochabamba al 1000 donde vivió hasta el jueves. “Lo tengo decidido, no voy a volver después de lo terrible que pasó. El lunes voy a ir a la inmobiliaria a cerrar todo con mi abogado y a ver si tienen algo alternativo de las mismas condiciones para ofrecerme. Hoy (por ayer) volví para buscar unas cosas y lo haré otras vez para llevarme el resto. Mientras tanto sigo en lo de una amiga”, agregó.
El imputado continúa detenido en la comisaría 5ª tras declarar el viernes frente a la jueza Roxana Bernardelli. Según trascendió, el empleado provincial habría negado las acusaciones que pesan en su contra. “No tengo ninguna duda de que es él, lo conozco y en el video se lo ve claramente”, replicó Verónica, quien será citada a declarar frente a la magistrada la semana entrante.

Há mais casais a pedir ajuda de terapeutas


Auxiliar de casamento
No dia em que o tampo da sanita se torna a arma de arremesso o casal nota que está em ruptura. A imagem é já um clássico da vida a dois mas é precisamente na esfera da intimidade que a relação de Ana e João sofre o maior abalo.

Com terapia, o casal, que está junto há 20 anos e tem dois filhos adolescentes, aprende a sobreviver mais uns tempos. "Pode não ser para a vida, mas estamos a fazer um esforço", admite Ana B., comerciante, 47 anos, que apenas acede a falar via internet.
Apesar de ainda ser tema tabu, a terapia de casal cresce por todo o País. Ajudados pela abertura da sociedade e passa palavra de quem já recebeu ajuda, são cada vez mais os parceiros que se sentam no sofá de um terapeuta. E com a crise as consultas aumentam. "Os motivos são os mais variados, mas os pedidos mais frequentes prendem-se com problemas de comunicação no casal, situações de pós-infidelidade e pré-ruptura, problemas com os filhos, nas idades mais críticas, e com as famílias de origem", explica Catarina Mexia, que acompanha casais em crise desde 1995.
Para a terapeuta, "o velho ditado ‘em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão’ é um pouco o espelho do que tem aparecido na consulta. O tema do dinheiro é quase sempre problemático e mal trabalhado pelos casais. E em situação de crise, como a que vivemos, a relação com o dinheiro, a dificuldade real, acaba por exponenciar dificuldades já existentes de comunicação do casal".
A SOPA DA SOGRA
Nesta lista de causas, a relação de Ana e João é quase enciclopédica. "Todos os motivos serviam para iniciar uma discussão", desde as amizades do filho mais velho às sopas que a mãe dele fazia – "que eram sempre melhores do que as minhas" –, mas o ponto alto surgia "logo pela manhã", quando a desarrumação da casa de banho fazia desfiar elogios e ofensas aos hábitos herdados dos pais.
"Tínhamos discussões tão violentas que muitas vezes a minha filha mais nova ia para a escola a chorar", recorda Ana, que admite ser o pilar da casa por ter mais rendimento do que o marido, escriturário.
Após 20 anos de vida em comum, o casal procura uma nova palavra para substituir o entusiasmo dos primeiros anos do namoro. João acredita no casamento; Ana tem dúvidas sobre o sentimento que alimenta a relação mas nota que houve culpas dos dois: "Deixámos de ter projectos a dois, acumulei tarefas e isso trouxe desgaste".
PAIXÃO E FACEBOOK
A experiência de ouvir ambos os lados da barricada leva Maria de Jesus Candeias a notar que a "falta de comunicação" é um grande entrave na vida a dois. Na sala da terapeuta, os sofás dispostos em círculo convidam à conversa, o que nem sempre acontece na vida em casal, hoje com espaços de lazer frontais para a TV ou o computador.
"As duas pessoas que formam um casal trazem toda uma carga de história familiar e quando começam a viver juntos têm de aprender novas maneiras para conviver", explica. "A maior parte tem conflitos por situações mínimas, por questões de educação, como a maneira de estar à mesa ou os hábitos de estar com o outro. Mas também surgem discussões muito violentas. Muitos chegam aqui no limite e há quem saia porta fora, quem diga ‘já não gosto de ti’. São casais em situações de ruptura que nunca foram faladas e cara a cara são capazes de dizer ‘deixei de sentir amor’".
Por ser terapeuta do casal, Maria de Jesus Candeias acredita que "é a paixão que acaba. Há uma fase inicial de ilusão", em que se fala de tudo, "que se pode transformar e evoluir para um outro sentimento. Numa relação há três pilares fundamentais: confiança, respeito e amor. Isso nunca acaba", nota.
No entanto, apesar de todos os ensinamentos, emerge um novo paradigma, em que o divórcio passa a ser socialmente aceite, a traição já não é consentida, mesmo em casamentos tradicionais, e o Facebook "entra na vida dos casais", nota a clínica. "Por vezes, esse uso da rede social mais não é do que um jogo de sedução, mas o facto de se descobrirem novos actores no Facebook ou no e-mail gera enormes tensões".
GERIR O OUTRO
A traição, "seja sob a forma de uma infidelidade ou da quebra de um compromisso", é, para Catarina Mexia, o que mais afecta a vida de um casal.
"Recordo um caso recente em que o casal, ele com mais dez anos, se juntou com o compromisso de após dois anos terem filhos. Por impedimento de carreira dele, não foi possível cumprir essa meta. Mais tarde, a questão colocou-se de novo e finalmente, durante o processo de psicoterapia , surgiu a informação de que não haveria, por vontade dele, filhos naquela relação. Para aquela mulher esta foi uma traição impossível de superar", relata.
Foi o momento em que as mulheres saíram para o mercado do trabalho que mudou as relações conjugais, frisam os terapeutas.
"As mulheres passaram de uma situação de total submissão para uma autonomia em que já podem dizer ‘vou à minha vida’ e neste momento até decidem mais do que o homem. Há aqui um emergir da mulher e um anular do homem, que tem vindo a perder poder. Elas estão mais exigentes, quase que se impõem e o homem está num papel passivo", nota Maria de Jesus Candeias.
E isso estende-se à guarda dos filhos menores em caso de divórcio. "Os pais cada vez mais querem estar presentes, mas por tradição os filhos são entregues à mãe, o que pode gerar enormes conflitos", diz.
Catarina Rivero adianta que "culturalmente, as mulheres cuidam da casa e os homens ‘apenas ajudam’", apesar de serem cada vez mais os que assumem tarefas como ir buscar os filhos à escola, estar em casa à hora do banho e fazer o jantar.
'O BEIJO' DE KLIMT
Porque acredita no "amor romântico" e nas "relações duradouras", Catarina Rivero ilustrou o espaço do Cais do Sodré onde acolhe os casais com uma réplica do quadro ‘O Beijo’, de Klimt: "Foi a primeira coisa que coloquei no consultório, pois a imagem do casal a beijar-se, à beira do precipício, tem o simbolismo da relação forte. A sedução é um percurso para a vida e há que saber encantar a dois".
Com pacientes de todas as idades, são os que enfrentam o desafio de serem pais e os menos jovens e isolados os que mais marcam o espaço desta terapeuta: "O início da parentalidade abana o sistema e tenho muitos casais com filhos de meses que se queixam de um desinvestimento na relação", diz.
No outro extremo, encontra "muitos casais, entre os 35 e os 50 anos, que não têm amigos e o seu dia-a-dia é entre o trabalho e a casa/família. Ter outras relações é bom, pois quando o casal se fecha muito sufoca. Precisamos de sentir saudade e até um bocadinho de insegurança. Em alguns casais pode causar transtorno o facto de dar tudo por garantido".
Foi precisamente a solidão que levou Célia e Miguel, de 27 anos, a pedir ajuda. A juventude de ambos contrasta com a aparência pacata, o ar de ‘quem não parte um prato’. Os dois queixam-se que um namoro que vem da adolescência, com direito a férias em casas dos pais, e uma vida profissional preenchida – ela na área do Serviço Social e ele na Engenharia –"não chega" para alimentar a vida conjugal. "A partir daqui o passo é mudar", confirma Miguel.
O NINHO VAZIO
Para José Carlos Garrucho, membro da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar desde 1997, "há mais pessoas a precisarem de apoio, isso é uma evidência; que o peçam já é diferente. Muitas vezes têm dificuldade em suportar os honorários e tendem a tentar resolver sozinhas, antes de assumirem um pedido de ajuda".
No consultório de Coimbra recebe "muitos casais com mais de 30 anos, enquanto o casal tem actividade sexual e vitalidade. Mas também no final da vida, quando se confrontam com o ‘síndroma do ninho vazio’. Tinham uma triangulação, que os ocupava", com o cuidar dos filhos, e em alguns casos é difícil voltar à vida de casal , com tudo o que isso implica. "A sexualidade, com as dificuldades de erotização, as questões da infidelidade e ciúmes são assuntos que acontecem, surgem nas consultas e variam com o tempo. Inicialmente vinham os homens com as mulheres deprimidas, porque eles tinham sido infiéis. Hoje as mulheres também já o são e os homens não lidam bem com isso".
Apesar das mudanças visíveis na sociedade, a "terapia para o divórcio" é por vezes fundamental. José Carlos Garrucho lembra que "existem casos em que as pessoas, mesmo estando numa relação violenta, têm dificuldade em sair, pois a vítima sofre a destruição da sua rede social e depende do agressor".
O terapeuta é claro ao dizer que "não há géneros isentos de culpa", no entanto avisa "que a violência física é mais comum nos homens e a verbal nas mulheres. Mas a mais destrutiva é a masculina pois os homens tendem a agir, são mais competentes fisicamente. Culturalmente as mulheres não são violentas". 
VENDA DE CASA E FILHOS AMARRAM CASAL
Em 2008, a Lei do Divórcio facilitou a separação por mútuo acordo. Apesar do aumento até 2009 (26 464 divórcios), o número de processos estabilizou entre 2010 e 2011. Muitos terapeutas notam que a crise leva os casais a ficar na mesma casa "por não a conseguirem vender, apesar de estarem separados maritalmente". A guarda dos filhos também justifica a decisão.
"Com a nova lei, o exercício do poder paternal é conjunto, mas por vezes os pais pedem a guarda conjunta, o que por norma recusamos, para evitar que a criança ande de casa em casa", diz o juiz Celso Manata do Tribunal de Menores de Lisboa. Relativamente à regulação do poder paternal, até dia 11 entraram na comarca de Lisboa 746 acordos. Em 2010 houve um total de 1106 processos.

Quatro entre dez homens de zonas rurais fazem sexo com animais; prática eleva risco de câncer de pênis

17/10/2011 - 11h00

Do UOL Ciência e Saúde

Em São Paulo
Estudo inédito realizado por médico do Hospital A.C.Camargo mostra que quatro entre dez homens que vivem em zonais rurais no país já tiveram uma ou mais relações sexuais com animais. A prática é responsável por dobrar o risco de câncer de pênis.
A pesquisa, liderada pelo urologista Stênio de Cássio Zequi, será publicada na próxima edição do periódico Journal of Sexual Medicine.
Os pesquisadores isolaram fatores que poderiam elevar o risco de câncer e levá-los a uma conclusão errada. Foram avaliados, além de sexo com animais, critérios como raça, idade, idade da primeira relação sexual, história de doença sexualmente transmissível, lesões penianas pré-malignas, fimose e circuncisão, idade da circuncisão, número de parceiros sexuais, tabagismo e história de sexo com prostitutas.
Uma das possíveis explicações para a associação entre câncer de pênis e sexo com animais, segundo o urologista, é o fato de que a mucosa genital do animal é bastante queratinizada, ou seja, mais dura que a humana, podendo causar traumas. Outra hipótese é a existência de elementos tóxicos na secreção animal ou de micro-organismos capazes de infectar o ser humano. O especialista ressalta, no entanto, que estas possíveis causas são especulações e ainda não é possível afirmar se há um ou mais vírus ou microrganismos específicos envolvidos no processo, nem se a prática pode causar danos às mulheres com quem esses homens se relacionam.
Frequência
Zequi e os demais pesquisadores identificaram, dentre outras coisas, que homens que praticam sexo com animais têm mais DSTs. Ainda segundo o trabalho, o tempo de duração e o numero de animais envolvidos mostra que a prática é mais comum no Nordeste do país e que lá predominam equinos. Já no Sudeste, caprinos e galináceos.
A periodicidade da prática de sexo com animais variou. Um único episódio na vida foi apontado por 14% dos entrevistados. Duas vezes ao mês (17%), uma vez por mês (15,2%), uma vez por semana (10,5%), três vezes por semana (10%), duas vezes por semana (9,4), diariamente (4,1%), dia sim/dia não (5,3%).
A duração do comportamento de sexo com animais durou menos de um ano para 34 indivíduos (19,9%); um a 26 anos (80,1%). A duração mais comum foi de 1 a 5 anos (reportada por 59% dos entrevistados). Já sexo com animais junto com um grupo de homens foi reportado por 29,8% dos entrevistados. Todas as entrevistas foram realizadas pessoalmente.
Embora raro (2,9 a 6,8 casos por 100 mil habitantes), o câncer de pênis costuma provocar mutilações. Levantamento recente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) aponta que são amputados, todos os anos, mais de mil pênis no país. As principais causas já conhecidas até então são falta de higiene e presença de fimose, pois estão associadas com acúmulo de secreções na glande ou em outras regiões do pênis, causando assim uma inflamação crônica que pode desencadear o tumor.
Tabu
A doença é mais incidente nas regiões mais pobres e, consequentemente, com menor acesso às informações sobre prevenção de câncer. Há também barreiras importantes, como o tabu do homem ir ao médico.
O pesquisador ressalta, no entanto, que sexo com animais não é um hábito exclusivo dos mais pobres, observa o especialista. “A internet dissemina esta prática também nos países desenvolvidos. Seja por curiosidade, seja por prazer, seja por doença psiquiátrica, isso ocorre. Quebrar o tabu é a melhor forma de reduzir seus danos. Acreditamos nisso”.
O estudo reuniu pesquisadores de 16 centros que tratam câncer em doze cidades brasileiras: Unicamp, Santa Casa de São Paulo, Unifesp, Hospital de Câncer de Barretos, Hospital do Câncer do Piauí, Hospital do Câncer do Maranhão, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Hospital Napoleão Laureano da Paraíba, Fundação Hospitalar do Acre, Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal do Paraná, Hospital da Aeronáutica de São Paulo e também unidades de Carapicuíba e Itapevi.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2011/10/17/quatro-entre-dez-homens-de-zonas-rurais-fazem-sexo-com-animais-pratica-eleva-risco-de-cancer-de-penis.jhtm

RealDoll

A RealDoll é considerada no mercado de entretenimento erótico o ápice da simulação sexual com uma mulher. Apenas mais uma forma de aperfeiçoamento da masturbação, ou a prova cabal da inconveniência de um relacionamento a dois?
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Não ouse chamá-la de boneca inflável, pois ela pode chorar. A empresa Californiana Abyss Creations desenvolveu muito mais que isso: detentora de um esqueleto de PVC, articulações de aço, carne/pele de silicone de platina (qualidade médica), a RealDoll se parece, espantosamente, com uma mulher.
Quem já teve a oportunidade de visitar um museu de cera, daqueles que precisamos olhar para o manequim por um momento a mais na espera que ele se mova, devido ao impressionante realismo, atribuirá, sem falsos exageros, o mesmo grau de similaridade a essa boneca. Ela é, todavia, diferente dos manequins de cera que são protegidos por um cordão para a proteção da arte: a RealDoll lhe quer muito mais perto. Dentro, preferencialmente.
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É despindo essa boneca de tamanho e peso humano que podemos compreender sua verdadeira razão de existir: sexo. É possível ter uma relação vaginal, oral e anal com essa boneca, sendo que todos os orifícios respeitam criteriosamente a sensação estabelecida pela via escolhida. Segundo o site, durante o sexo oral é criado dentro dela um vácuo que forma uma expressiva pressão de sucção. Graças a sua textura de silicone realista, pode ser lubrificada, aquecida com cobertores térmicos para igualar-se à temperatura do corpo de um humano, e ainda maquiada, vestida... Podemos até manipular suas expressões faciais - enfim! É uma Barbie para homens por 6.900,00 dólares.
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Agora, exercendo um olhar mais demorado, quais são as acareações deste protótipo humano? Enganam-se aqueles que pensam que o público consumidor deste produto são jovens imaturos ávidos por jorrar seus hormônios em qualquer lugar que sua agitada imaginação possa levar-lhes. Atentamos, por exemplo, para um cliente japonês de 45 anos que comprou mais de 100 bonecas, gastando cerca de 170 mil dólares com o produto, afirmando: “As mulheres de verdade podem me enganar, me trair. Estas são 100% minhas.” Um verdadeiro sultão do polipropileno que não está sozinho.
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A maioria dos testemunhos dos consumidores transgridem o âmbito do solitário prazer. Eles relatam suas experiências com a boneca denotando um verdadeiro vínculo afetivo, absolutamente diferente da masturbação “convencional”, com as próprias mãos movidas por pensamentos ou imagens. Muitos não compraram uma boneca e, sim, uma companheira.
Outro testemunho soberbo é de um cliente solitário que tinha como companhia um gato. Após pesquisar muito e finalmente comprar a RealDoll, sentiu-se temeroso pela reação que o bichano poderia ter - o que faz muito sentido, uma vez que um gato costuma utilizar objetos inanimados para afiar suas unhas, por exemplo. Foi quando, evidentemente emocionado, o comprador tirou sua boneca cuidadosamente dos embrulhos e a pôs sentada na cadeira da cozinha. Ele afirma que se sentiu constrangido, era como se tivesse realmente uma pessoa naquele solitário lar olhando para ele. Seu gato entrou na cozinha e sua preocupação aumentou. Entretanto, o bichano delicadamente subiu no colo da boneca e lá se enrolou para uma soneca. O consumidor se sentiu afortunado: era como se o seu animal de estimação tivesse aprovado a sua nova companhia.
A empresa Abyss, ciente desta tendência de mercado em fulminante eminência, já utiliza a robótica a seu favor para no futuro torná-la ainda mais interativa, algo que faria filmes como Inteligência Artificial deixarem de ser tão impalpáveis. Jolie recebendo uma fortuna para liberar os direitos de sua imagem em uma produção infinita de clones robóticos: estou indo muito longe? Quem sabe.
Mas talvez trocar a companhia humana por outra artificial seja inclusive algo natural. Recentemente, as invenções do homem visaram facilitar a aproximação das pessoas de uma forma confusamente distante. Conversar por um fio, por telas com fotos, gelado e prático. Logo, transar com robôs não é algo tão inimaginável, uma vez que conveniência é a palavra que rege a conduta.
Relaxem e gozem.


Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2011/10/baby_youre_such_a_doll.html#ixzz1b31M3FXR