segunda-feira, 20 de agosto de 2012

[Protegendo nosso futuro] Sexualidade é expressão humana


EXTA-FEIRA, 17 DE AGOSTO DE 2012

A Campanha Diabetes 2012 é Proteger o nosso Futuro com o foco emEducação e Prevenção.

Todas as sextas-feiras até novembro alguns blogs vão estar postando sobre o assunto, desmistificando o estigma de que quem tem diabetes terá complicações, muito pelo contrário com Educação e Prevenção o diabético tem uma vida normal.

Um assunto que sempre tive curiosidade foi a vida sexual do diabético e a Sarah postou em seu blog  o tema  Diabetes x Sexo, falando que com alguns cuidados pode se ter uma vida normal neste aspecto, fiquei muito feliz por meu filho!

Mas e o psicológico muda alguma coisa? Sim com certeza, muita coisa depende do aspecto emocional, andei procurando a respeito e encontrei esse artigo sobre sexualidade que se aplica não somente aos portadores de DM, mas a todos de uma maneira geral...

Sexualidade é expressão humana

O tema é sempre muito complexo. Sexualidade é um termo aplicável unicamente ao ser humano. Ele nos diferencia dos outros animais e também diferencia o homem atual dos que viviam há meros 150 anos, quando a palavra foi criada para conceituar a vida sexual incluindo as emoções e sentimentos humanos. Apesar de compreender a união dos órgãos sexuais e levar à reprodução, a sexualidade é mais: permite o bem-estar e a comunicação entre indivíduos, independentemente de impulsos reprodutivos. Segundo o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Sexualidade Humana (Sbrash), a sexualidade se revela de modo particular em cada cultura, em cada país, em épocas distintas e para pessoas diferentes. Mesmo incorporando componentes culturais, a exteriorização da sexualidade é desenvolvida individualmente e, comparada a outras manifestações sociais, é a que recebe menor influência do mundo externo. Ela é tão individual e diferente entre as pessoas que pode causar dificuldades nos relacionamentos justamente pela amplitude e variedade com que se pode exprimir.

A expressão e vivência da sexualidade permitem equilíbrio e bem-estar e proporcionam relacionamento interpessoal e obtenção de prazer. O sexo genital não tem, mas a sexualidade, sim, essa tem a mesma importância para ambos os gêneros. Os homens aprendem desde crianças a valorizar muito o genital e o uso do genital nos relacionamentos interpessoais. Já as mulheres são ensinadas que as outras expressões extra-genitais são mais importantes, inclusive para permitir a elas dirigirem-se ao genital e ao prazer que pode proporcionar. Muitos fatores interferem na expressão da sexualidade, desde a genética até as capacidades físicas inatas. Mas o que mais interfere na sexualidade são os aspectos emocionais, psicológicos, principalmente os que se conectam com os relacionamentos entre as pessoas. Duas expressões emocionais são especialmente danosas para a sexualidade: depressão e ansiedade. Essas dificuldades emocionais produzem muitos problemas sexuais, desde diminuição ou inibição do desejo sexual, até problemas de excitação (ereção para os homens e lubrificação vaginal para a mulher) e são elas que atrapalham o prazer orgásmico.

Rodrigues Jr. explica que algumas situações físicas associadas a doenças interferem diretamente na capacidade de o corpo reagir de modo satisfatório para a expressão da sexualidade. Cirurgias, remédios e outros tratamentos para várias doenças também produzem essas dificuldades. Mas a medida dessa interferência pode variar e em geral pessoas psicologicamente equilibradas, que não sofrem de ansiedade ou depressão, encontram mais facilmente as soluções para esses problemas, podendo usufruir da sexualidade para atingir o bem-estar e o prazer de viver. 

São dois fatores a serem observados: a reação comum da pessoa frente a situações impactantes e as formas de a pessoa administrar o problema.As características de personalidade definem essas formas e a reação que a pessoa terá. Muitos reagem com depressão e ficam imobilizados, não querendo tratar-se, nem resolver um problema secundário sexual surgido após uma doença ou como resultado do tratamento dessa doença.

Outros reagem de modo ansioso, desordenado e sofrido, tornando-se incapazes de resolver o problema da doença original e as dificuldades sexuais dela decorrentes. Um terceiro grupo, ainda, é de pessoas que vivenciam relacionamentos estáveis e equilibrados, baseados em afetos positivos, enfrentam a situação da doença e terão força para lidarem com as dificuldades sexuais decorrentes.

Para o psicólogo, quando uma pessoa entra em grande estresse (ansiedade crônica) ou depressão em decorrência de uma doença ou do tratamento dela, será necessário receber suporte psicoterapêutico para sair da situação em que se encontra e poder retomar uma vida sexual satisfatória. Muitas vezes a doença é crônica e se estende por muito tempo antes de ser convenientemente tratada, o que prejudicará diretamente o comportamento sexual. O corpo não conseguirá mais reagir de modo conveniente e precisará de um recondicionamento por meio de psicoterapia focalizada na sexualidade que cuide de reorganização das emoções/afetos, das cognições (conteúdos e processos) e do comportamento sexual em si. 
Fonte: http://www.quimioral.com.br/sc/quimioral/web/qualidade/sexualidade/expressaohumana.aspx

Se necessário, em determinado momento de nossa vida devemos sim contar com a ajuda dos profissionais e depois seguir em frente!!

http://joaopedroeodiabetes.blogspot.com.br/2012/08/protegendo-nosso-futuro-sexualidade-e.html

“Hoje o show é meu!”


1073 mulheres* contam o que gostam e esperam de você enquanto têm uma conversa tête-à-tête com seu amigão. Alinhe seu prazer ao dela e curta um sexo oral como nunca imaginou



“Para fisgar um cara, é preciso saber cair de boca”
Ainda me lembro do dia em que uma amiga soltou essa frase, na mesa de um bar. Eu ainda não pilotava esse barco com maestria e, confesso, não existe uma mulher que não trema na base quando está no começo da carreira sexual. Afinal, se é um quesito tão importante à ala masculina, nós não queremos fazer feio – tampouco errar na performance. “Os homens supervalorizam o sexo oral. Eles acreditam que é uma forma de a mulher se entregar e demonstrar seu tesão por eles”, explica a terapeuta sexual Jussania Oliveira, consultora da MH. E os homens não estão errados de pensar assim, tanto que 91% das mulheres que responderam à nossa enquete* disseram que fazer sexo oral no parceiro também é excitante para elas. “Quando a mulher leva o pênis à boca, em certo aspecto, é um símbolo do controle dela sobre ele”, diz Jussania. Para encontrar o equilíbrio entre o que elas curtem e que a gente gosta, fizemos uma enquete com 1073 leitoras do site da revista Nova e reunimos um grupo de garotas para descobrir o que passa no corpo e na mente delas na hora do sexo oral. Com nosso guia, no momento em que ela começa a degustar seu amigão vocês podem estar iniciando uma noite inesquecível. Ou um namoro! Ou uma vida!
NA PONTA DA LÍNGUA
O que ela quer, o que você pensa, como vocês agem. Uma equação que deve e pode ser balanceada

Enquete  MH* 
44% das entrevistadas (a maioria) podem se recusar a fazer sexo oral em você  se desconfiarem de que seu pênis não está limpo ou saudável
40% das mulheres acham que a melhor posição para encarar seu amigão é com você deitado na cama

Acrescente um ingrediente a mais
“Durante o sexo oral, coloco na boca uma pedra de gelo. O contraste do frio com o quente dos meus lábios fizeram a minha fama nessa performance.” Marcela Boaventura, 29, advogada, de São Paulo
Fuja das mancadas As mulheres pensam em diversas alternativas para não cair na mesmice. Mas quer um conselho? Deixe o champanhe – ou qualquer manguaça – para outro tipo de brinde. “O álcool presente na bebida agride a pele da glande do pênis, que é mais sensível”, explica a urologista Syvia Marzano, diretora do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática (Isexp), de São Paulo. Bastam algumas gotinhas para deixar seu amigão de molho.
Manobra salva-vidas Ataque a dispensa e prefira alimentos mais espessos, como o leite condensado, mel e calda de chocolate. O segredo
é que, como eles “grudam” mais na pele, sua parceira precisará dar algumas lambidas a mais para tirar até a última gota. Está no motel e não tem nem um freezer, tampouco uma gôndola do supermercado ao alcance das mãos? Vasculhe a bolsa dela: 37% das nossas entrevistadas disseram gostar de bala extraforte para incrementar o sexo oral.

Não force uma entrada com o amigão combalido
“Só entro em cena quando está tudo em ponto de bala.” Carolina Ramos, 33, nutricionista, de São Paulo
Fuja das mancadas Na hora H, mil coisas passaram pela sua cabeça, como pendências no trabalho, problemas com o carro, contas a pagar… Até que seu amigão decidiu se recolher para a toca. Aviso: grande parte das mulheres é como Carolina. Nem todas, é verdade. Mas pense antes de tentar ressuscitá-lo pedindo à parceira um boca a boca. Claro que aparecer vivinho da Silva é bem melhor. “A mulher tende a acreditar que uma possível falta de interesse do homem é culpa dela”, alerta Jussania Oliveira. Mesmo que você consiga explicar que está cheio de problemas e que essas coisas acontecem com qualquer um, muitas minhocas passarão na cabeça da parceira.
Manobra salva-vidas Vire o jogo e parta para o ataque. “Diferentemente das mulheres, os homens voltam para o estado de excitação muito rápido”, indica Jussania. Invista em uma pegada forte, aliando beijos, amassos e, quem sabe, um sexo oral nela. Com a parceira mostrando prazer, será fácil pedir para ela retomar os trabalhos.

Deixe-a pesquisar o meio de campo
“Quando vou partir para o oral, primeiro eu passo os lábios na parte interna da coxa e na virilha, e lambo bem os testículos.” Dayane Gutierrez, 31, assessora de imprensa
Fuja das mancadas Não queime a largada ao tentar guiar a cabeça dela durante o vai e vem da preliminar. Isso é motivo para você ser cortado da cama (e da vida) de 26% das nossas entrevistadas. “Além de ser desconfortável, elas interpretam como uma falta da habilidade em proporcionar prazer”, diz o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., do Instituto Paulista de Sexualidade. Com a autoestima em crise, não há santo que faça uma mulher desmanchar o bico e abrir a boca novamente.
Manobra salva-vidas Fique sossegado para dizer o que está gostando durante a embocadura da parceira. A reação que 90% delas mais esperam é que você dê esse feedback e diga o que gosta na hora do rala e rola. Por isso, mesmo se você não tiver intimidade com a garota, não se encolha: você vai ganhar pontos ajundado-a no show da noite. Qualquer que seja o palco, a estrela é ela. Sorte sua…

Assista ao espetáculo de camarote
“Descobri que não preciso inventar muito no sexo oral. Posso fazer o bê-á-bá, mas, enquanto isso, fico olhando para o rosto do meu parceiro. Desse jeito ele não demora muito para gozar.” Fernanda Reinaldo, 28, analista financeira, de São Paulo
Fuja das mancadas Encare a garota. A parceira não pode controlar seus pensamentos, mas vai que você fecha os olhos e imagina sua bondosa vizinha, a estagiária novata… “Manter o contato visual é uma forma de a mulher descobrir se o parceiro gosta da maneira como ela o está estimulando e se há uma conexão entre os dois”, diz Jussania Oliveira.
Manobra salva-vidas Você é o centro das atenções, mas não perca o foco na parceira. Coloque a mão por trás da nuca dela e puxe levemente os cabelos. “É um sinal de excitação que ficará subentendido por ela”, conclui a terapeuta. Lembre-se: não force a cabeça da garota nem um centímetro mais fundo. Controle a empolgação!

Ligue o pisca-pisca quando for gozar
“Eu posso ficar horas excitando e chupando meu parceiro, mas ele precisa me dizer quando for ejacular.” Clarissa Mendes, 28, veterinária, de São Paulo
Fuja das mancadas Quando a mulher gosta que você ejacule na boca dela, fique tranquilo que ela dirá com todas as letras. Caso contrário, seja cavalheiro e anuncie que está prestes a explodir. Se faltarem palavras, você sabe, um gemido já diz tudo… Tanto faz, mas sinalize. “O sexo é um pacto entre duas pessoas. Descumprir o combinado pode arruinar a confiança que ela tem em você na cama”, alerta Oswaldo Rodrigues Jr.
Manobra salva-vidas Aqui você não tem muita escolha. Se a garota não quer provar do seu manjar e você não consegue segurar o rojão, sugira uma saída. “Eu não me importo que ele ejacule nos meus seios, por exemplo”, indica Clarissa. Se a ocasião não permite uma chuveirada logo depois, tenha alguns lenços por perto – no porta-luvas do carro, por exemplo.

O show não pode parar!
Se você mantiver seu “microfone” higienizado, não tem como desafinar…
No dia seguinte de uma sessão de sexo oral, fique atento se a parceira não reclama de aftas na boca. Caso ela sinta algo errado, o culpado é um fungo chamado Candida albicans, existente nos pelos pubianos, região mais quente e úmida do corpo. “Para acabar com o problema, vá a um especialista que, após os exames, prescreverá um creme. O tratamento é muito simples”, diz a urologista Sylvia Marzano, de São Paulo.
O Ministério Sexual MH adverte: mantenha sempre a região com o matagal aparado e enxugue-se bem após o banho. A boquinha dela agradece! E, se a parceira não for uma companhia constante, lembre-se de que o sexo oral também é uma forma de transmissão de HPV, hepatite (leia em Vacinas Para Maiores!, na pág. 116) e AIDS. Na dúvida, camisinha!

Fique na zona de conforto
“Pegação e amassos não têm lugar para acontecer, mas prefiro explorar o corpo do meu parceiro com ele deitado na cama.” Luana Canário, 36, analista de sistemas, de São Paulo.
Fuja das mancadas Aventuras em cinema, praia, escadaria do prédio ou banheiros de balada e avião parecem não fazer a cabeça da maioria das mulheres. “Até mesmo porque, nesses casos, precisaríamos ficar agachadas no chão e esses lugares não são muito limpos”, completa Luana.
Manobra salva-vidas O carro é uma boa alternativa para sair do lugar-comum. Depois da carona, pule para o banco do passageiro. Jogue todo o assento para trás e deixe a parceira de joelhos no chão na sua frente. Depois, inverta as posições e dê você um beijo de boa noite nela.

Enquete  MH*
41%  das mulheres acham que você deve dar sinais (gemidos, olhares) de que vai gozar
34% vão além: pedem que você diga com todas as letras que está chegando lá. Se o fizer sem a autorização delas, 25% não voltam  a brincar
* Pesquisa com 1073 mulheres no site de NOVA entre 2 e 22 de março
Matéria publicada na Revista Men’s Health de abril.

http://menshealth.abril.com.br/sexo-e-relacionamento/sexo/hoje-o-show-e-meu/

Uma abordagem cuidadosa, mas sem traumas


A sexualidade em pessoas com deficiência intelectual deve deixar de ser tabu e alvo de preconceitos para melhora da qualidade de vida

Por Lucas Vasques / Fotos Divulgação


Uma conquista familiar à custa de muito trabalho e bom senso, que tem por objetivo a construção da identidade do filho. Desta forma, o psicoterapeuta e educador Fabiano Puhlmann Di Girolamo resume o caminho que os pais de pessoas com deficiência intelectual precisam percorrer quando o assunto é a sexualidade dos filhos.
O médico, que também é especialista em Sexualidade, Integração Social e Psicologia Hospitalar de Reabilitação, explica que não há uma receita para se tratar o tema polêmico. “O desenvolvimento das pessoas com deficiência intelectual é muito variável. Não há um padrão, pois existem casos em que o paciente tem grande autonomia, sem problemas físicos, como disfunções sexuais ou orgânicas, e outros que se apresentam apenas com dificuldade de ansiedade, além de um terceiro tipo, com limitações múltiplas.”
Fabiano conta que o ideal é que, além de contar com apoio em casa, a pessoa com deficiência intelectual se submeta à terapia sexual. “Tudo com o objetivo de facilitar sua transição da fase de adolescente para adulto, com noções teóricas em relação ao seu corpo e como lidar com essas novas emoções e reações físicas. Afinal, dependendo do grau de limitação, a pessoa nem sempre sabe conduzir sozinha a questão. Por isso, é importante esse cuidado desde pequeno.”
Um fator importante que deve ser obervado, primeiramente, é como a família se porta em relação ao assunto. “É necessário verificar em que estágio se encontra a sexualidade dos pais, de modo geral, como eles tratam do tema com os outros filhos, caso tenham, e como enxergam isso em relação à deficiência”, revela.
Esse processo de acompanhamento do despertar para a sexualidade do filho, geralmente, segundo o médico, recai sobre as mães.

Para Fabiano Puhlmann, o ideal é que, além de contar com apoio em casa, a pessoa se submeta à terapia sexual

Fabiano Puhlmann alerta que a repressão, isoladamente, pode trazer graves consequênciase
“Os pais costumam ficar fora disso. E é difícil para a mulher. Por isso, se torna tão importante a ajuda terapêutica especializada.”
Outra barreira a ser transposta se refere ao preconceito e ao tabu que o assunto sempre despertou. “Os pais e cuidadores, de maneira geral, precisam aprender a lidar com essa transição de forma tranquila, para identificar e transmitir limites nas manifestações sexuais dos filhos. Afinal de contas, nem sempre eles têm discernimento para não empreender determinadas práticas em público, por exemplo, ou agir de forma equivocada.”
A repressão, isoladamente, pode trazer graves consequências. “Por conta do preconceito e da dificuldade em lidar com tabus, os pais, muitas vezes, simplesmente reprimem as primeiras manifestações sexuais dos filhos, sem maiores explicações, inclusive de maneira agressiva. Essa forma de atuação faz com que o filho represe a energia e perca criatividade e espontaneidade, que vêm com essa energia, além de se tornar uma pessoa ansiosa e com tendência ao isolamento. A repressão, em si, gera patologias e faz com que a pessoa reproduza essa ação no futuro ou adquira um comportamento sexual marginal, como pedofilia e outras distorções.”
Fabiano volta a frisar a importância da orientação correta, também nos casos inversos à repressão exagerada. “Em geral, os adolescentes com deficiência intelectual não têm percepção do preconceito, não conseguem compreender as mudanças que estão ocorrendo com eles mesmos”. Seguem seus instintos. “Por isso, via de regra, eles beijam todas as pessoas, demonstram carinho exageradamente e podem, inclusive, se expor publicamente.” Por isso, os familiares precisam ser firmes, mas com segurança e bom senso.
Nos casos de relacionamento duradouro, o médico defende a autonomia dos filhos com deficiência intelectual, desde que o grau de limitação permita. Nas situações em que a evolução seja significativa e o namoro acabe em casamento, como ocorre em muitas oportunidades, a estratégia deve ser muito bem pensada.
“Além da orientação para prevenção de gravidez indesejável, é necessário se preocupar com outros fatores. O dia a dia de uma união não se resume somente à convivência afetiva e sexual. Há a necessidade de se administrar a questão financeira, por exemplo. Esses quadros exigem a participação efetiva dos pais, ao contrário dos casamentos convencionais”, conta Fabiano.
DesafioLuciana N. Carvalho, pediatra e psiquiatra da infância e adolescência, em Belo Horizonte, Minas Gerais, afirma que a coragem de enfrentar o tema da sexualidade para as pessoas com transtornos intelectuais, de maneira geral, e não apenas para os pacientes com essas limitações, se torna um desafio para os pais quando o interesse pelo outro sexo e as mudanças corporais começam a desabrochar.
“Em relação, especificamente, aos adolescentes com deficiência cognitiva, soma-se a vulnerabilidade da falta de compreensão ao que está ocorrendo e a fragilidade de defesa em uma sociedade extremamente violenta. Os pais devem ser alertados pelos profissionais que cuidam de seus filhos ao risco que estes estão submetidos de uma possível agressão e ao assédio sexual. As meninas, muitas vezes, apresentam um corpo de mulher, mas a idade mental está abaixo de 10 anos. Aos pais, recomendamos uma boa opção por escolas e locais que não deixam os adolescentes sozinhos, além da confiança também em relação aos cuidadores escolhidos.”

Luciana Carvalho: “O tabu e o preconceito sempre andam de mãos dadas quando o assunto é sexualidade”
O tabu e o preconceito também são abordados pela médica. “Ambos sempre andam de mãos dadas quando o assunto é sexualidade, principalmente, se for com crianças e adolescentes com deficiência, vítimas recorrentes da exclusão em nossa sociedade”, relata Luciana.
Para Luciana Carvalho, a abordagem da sexualidade pelo profissional que cuida das crianças alivia os pais
Para ela, a menstruação é um incômodo permanente e, muitas vezes, se torna um fator de piora da ansiedade e de comportamentos agressivos. “Os pais devem procurar um especialista da área ginecológica (se for menina) para avaliar os benefícios e os riscos do uso de anticoncepcionais, no intuito de funcionar como um fator de proteção no caso de um possível abuso sexual. Estas orientações devem fazer parte das primeiras entrevistas com os pais ou tão logo a menina menstrue.”
No caso dos meninos, também há particularidades. “A masturbação é muito presente como fator de queixa dos pais que se sentem constrangidos diante da inadequação de muitos adolescentes. A orientação verbal para que a criança ou o adolescente se masturbe somente quando estiver sozinho, em seu quarto ou no banheiro, deve também fazer parte do manejo clínico das entrevistas familiares. Em muitos quadros, a situação foge ao controle e a prescrição de ansiolíticos é um recurso a ser usado.”
A abordagem das questões próprias da sexualidade pelo profissional que cuida das crianças alivia os pais, de acordo com Luciana, e melhora a qualidade de vida dessas crianças e adolescentes, que já vivem sob a sombra da exclusão. “Entretanto, é sempre bom lembrarmos que filhos com deficiência funcionam sempre como uma ferida aberta dos pais e a abordagem, por mais delicada que seja, sempre dói”, finaliza.
Orientação especializada
A tese dos profissionais sobre as dificuldades que os pais encontram em lidar com o tabu provocado pela sexualidade em pessoas com deficiência intelectual é ratificada pelo depoimento de Rita de Cássia Oliveira Lírio, mãe de Josiane Lopes de Oliveira. Ela mesma admite o problema e reconhece a importância de um acompanhamento terapêutico. “Na verdade, fui mãe muito jovem e, em função de desconhecimento e do próprio preconceito, nunca fui de falar sobre sexo com a minha filha. Por isso, procurei auxílio da Avape, que conta com pessoas especializadas no assunto e que sabem abordar essas questões.”
Josiane tem 30 anos e sofre de esquizofrenia e deficiência intelectual, que provoca convulsões e falhas de memória esporádicas. “Das 12 às 17 horas, ela participa de inúmeras atividades na Avape e, inclusive, recebe orientações sexuais, o que acho muito importante. Sei que eles explicam a respeito do uso de preservativos, gravidez e outros temas, o que eu nunca tive coragem de falar com a Josi. Sempre senti receio de que ela me interpretasse mal ou comentasse com estranhos. O que eu falo com ela é no sentido de alertar, de fazer com que ela tenha cuidado com pessoas que não conhece.”

Grupos querem prevenir abuso sexual tratando pedófilos


A cada ano há mais denúncias de abuso sexual contra crianças. De janeiro a abril, passaram de 34 mil: um aumento de 71% em relação ao mesmo período de 2011, segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência.

Nos meses de maio e junho o crescimento foi ainda maior, talvez puxado pela aparição de Xuxa no "Fantástico", declarando ter sido abusada na infância. Só nesse bimestre foram ouvidas 22 mil denúncias, alta de 30% em relação ao início do ano.

A repressão à pedofilia no Brasil dá passos --como a ampliação, em maio, do prazo de prescrição para esse crime abjeto no qual a criança é a vítima do desejo de alguém mais forte que ela e, quase sempre, de "confiança".

Mas há quem defenda um trabalho de prevenção por meio de tratamento, cuidados e apoio dispensados ao agressor em potencial.

Um pedófilo não é obrigatoriamente um criminoso. Pode sentir atração por crianças e se manter afastado delas a vida inteira --ou por anos.

Segundo o psicólogo Antônio Serafim, do Hospital das Clínicas de SP, a literatura aponta que 75% dos pedófilos nunca chegam a sair da fantasia para o crime.

"É importante oferecer suporte aos que sofrem do transtorno". Ele diz que os agressores são tipos imaturos e solitários. "A falta de habilidade social acaba os levando a mergulhos cada vez mais profundos na pedofilia."

A pedofilia é classificada como uma desordem mental e de personalidade e também como um desvio sexual.

"Se o tratamento, que envolve terapia e medicamentos, for iniciado no tempo adequado, com técnicas adequadas e por profissionais preparados, melhoras consideráveis e até a cura poderão ser alcançadas", afirma José Raimundo Lippi, que é psiquiatra e presidente da Associação Brasileira de Prevenção e Tratamento das Ofensas Sexuais.

Surgiram iniciativas de apoio a pedófilos latentes em vários países. No Reino Unido e na Irlanda, o grupo Stop It Now! disponibiliza um número de telefone para quem tem consciência de seu problema e precisa de ajuda para continuar inofensivo.

DIFERENTES PERFIS





Na França há a L'Ange Bleu, fundada por Latifa Bennari, franco-argelina de 61 anos que não tem formação em psicologia, mas tem vasta experiência no assunto.

A associação é polêmica: em vez de dar assistência às vítimas, concentra-se no apoio aos pedófilos. Mas antes de fundá-la Bennari ajudou, durante 30 anos, pessoas traumatizadas por abuso sexual na infância.

Segundo ela, era comum a vítima pedir um encontro com seu agressor, para confrontá-lo e tentar seguir em frente. "Nesses grupos, fui percebendo vários perfis. Há o que não sente remorso, mas há o que sabe que tem algo errado com ele", conta.

"A pedofilia aparece cedo, mas as agressões demoram para acontecer. Durante anos conseguem se controlar, mas um dia a oportunidade surge e alguns cedem", diz Bennari, que trabalha com conhecimento de causa: ela foi abusada por um empregado da família dos cinco aos 13 anos.

O objetivo da sua entidade, diz, é apoiar os que têm conhecimento de seu transtorno, mas que, por consciência do mal que podem causar ou pelo simples medo da prisão, nunca realizaram seus desejos e precisam de ajuda para continuar inofensivos.

A L'Ange Bleu encaminha pessoas para consultas com psiquiatras, promove reuniões entre pedófilos em potencial e vítimas de pedofilia e até dá suporte jurídico a agressores, preservando a identidade dos participantes.

No Brasil não existe nada do tipo. Mas há o Centro de Estudos Relativos ao Abuso Sexual, em São Paulo, que atende famílias incestuosas.

"Fazemos ações anteriores ao aparecimento da patologia. A família incestuosa é uma fábrica de ofensores sexuais: ali são produzidos futuros pais incestuosos, pedófilos, estupradores etc. Trabalhar com essas famílias é fazer a prevenção primária desse grave problema de saúde pública", explica Lippi.

INVERSÃO DE PAPÉIS

Iniciativas como a da associação francesa são alvo de críticas. Nesse modelo de prevenção os pedófilos seriam vitimizados além da conta.
É o que pensa a psicanalista Lekissandra Gianis, filiada à Escola de Psicanálise do Rio de Janeiro. Para ela, ajudar as crianças é mais urgente: "A prioridade deve ser dada às vítimas, que vivem no limiar do surto psicótico".

Um caminho não invalida outro, segundo especialistas.


"Todo trabalho que vai na direção de intervir nas agressões sexuais é válido. Tratar o agressor em potencial seria positivo também para os profissionais, que teriam mais experiência nesse transtorno", opina a psicanalista Fani Hisgail, autora de "Pedofilia - Um Estudo Psicanalítico" (Iluminuras). Mas ela ressalva que tratar um pedófilo é muito complexo. "Primeiro ele tem que reconhecer seu problema e querer se tratar."

A L'Ange Bleu teve um início difícil. Em 1998, desejando chamar atenção para a causa, Bennari foi a um congresso de psicologia expor seu ponto de vista.

Rejeição unânime. "Todos me chamaram de louca, disseram para não focar no pedófilo, e sim na vítima. O objetivo era justamente evitar vítimas, mas disseram não ser politicamente correto. Achavam impossível um pedófilo sair das sombras antes de virar criminoso", lembra.

Hoje, num dia normal, Bennari atende em média sete novos pedófilos em potencial.

Nos EUA, dois pedófilos que se conheceram na rede criaram o site "Virtuous Pedophiles", que tenta mostrar ao mundo que um pedófilo pode ser inofensivo. Ethan*, como se apresenta um deles, diz que ninguém, exceto seu terapeuta, sabe de seu problema: "As pessoas nos odeiam", justifica.

"Os profissionais não estão preparados para lidar com esses pacientes. Interrompem o tratamento assim que o pedófilo se assume. Acreditam que cedo ou tarde seremos todos criminosos. Até mesmo terapeutas espalham que todos os pedófilos são abusadores, embora nem todos os abusadores sejam pedófilos", diz Ethan.

Espanha: alcoolismo e problemas sexuais aumentam após crise


14 de agosto de 2012  07h22  atualizado às 09h24

A atual conjuntura econômica da Espanha - que amarga uma taxa de desemprego de 24,6% - está afetando a saúde mental dos espanhóis, segundo pesquisas no campo da depressão, do alcoolismo e de problemas sexuais.
Após mais de quatro anos de crise, os problemas se acumulam e vêm sendo detectados por diferentes estudos. Uma pesquisa da Fundação Pfizer, por exemplo, revelou que, em 2010, 44% da população espanhola sofria mais com estresse e tensão do que nos dois anos anteriores. As incertezas em relação ao trabalho e aos rumos da economia representavam a principal fonte de problemas.
Um estudo que está sendo realizado pela Universidade Alcalá de Henares mostra que há mais casos de doenças mentais no país e que o consumo de psicofármacos (remédios para distúrbios mentais) se elevou após o início da crise.
O percentual de espanhóis maiores de 16 anos que sofriam de depressão, ansiedade ou de outros problemas de saúde mental subiu de 13,7% em 2006 para 14,4% em 2009, segundo a médica epidemiológica Maria Auxiliadora Martín Martínez.
Ela fundamentou seu estudo numa comparação entre dados de pesquisas nacionais e europeias de saúde de 2006 e 2009, que evidenciam que os níveis socioeconômicos baixos e a perda de status socioeconômico se associam a piores auto-avaliações de saúde e altos índices de morbidade psiquiátrica, além do aumento de demanda pelos serviços de saúde pública.
Martín também observa que nesse período houve aumento de 2,8% no consumo de tranquilizantes, entre a população maior de 16 anos. A elevação se deu principalmente em mulheres e na população maior de 45 anos. "A percepção de insegurança e a antecipação pessimista do futuro produzem ansiedade e insônia, que podem acabar gerando sintomas depressivos e psicossomáticos", diz a médica.
Martín explica que o aumento no número de tranquilizantes e antidepressivos vendidos com receita médica nos últimos anos e do número de pessoas que demandam atenção psicológica pode indicar uma relação entre crise e saúde mental.
Ela explica que, mais do que a perda de recursos econômicos, o que mais atinge a saúde emocional pode ser a percepção da perda de apoios externos, como os apoios familiares, trabalhistas ou sociais, incluindo os financeiros, para seguir adiante.
Resultados preliminares de um levantamento similar também indicam esse aumento. O estudo do Instituto para a Pesquisa em Atenção Primária (IDIAP Jordi Gol) e do Instituto Catalão de Saúde mostra que o consumo de fármacos antidepressivos cresceu em 2008, ano de início da crise econômica. Apesar de ainda não divulgar números consolidados, o estudo indica que o aumento entre a população ativa se produziu, sobretudo, em 2010.
Desemprego e depressão
A espanhola Isabel Campoy Urutia, 39 anos, diz que viu a vida desmoronar quando perdeu o emprego há dois anos. A difícil situação econômica que passou a enfrentar, somada a maus tratos do ex-companheiro, fez com que ela desenvolvesse um quadro de depressão.
Quando o dono do bar onde trabalhava fechou as portas por causa da crise, Campoy não teve direito ao seguro-desemprego, pois era autônoma. Ela afirma se sentir lesada pelo ex-patrão.
Com prestações da casa em que mora para pagar e um filho de 13 anos para criar, Campoy recebe alimentos de uma instituição de caridade, a Obra Social Santa Lluïsa de Marillac, que ajuda a famílias desamparadas do bairro da Barceloneta.
Ela se lembra com tristeza da primeira vez em que entrou na fila para receber a doação de alimentos. "Naquele momento, eu queria morrer, me sentia humilhada em pedir. Mas vi outras pessoas conhecidas do bairro que também estavam na mesma fila e na mesma situação que eu", afirma.
Hoje ela faz um tratamento que inclui sessões de terapia e psiquiatria e usa sete tipos de medicamentos para controlar a depressão e a ansiedade. Seu filho também sente os efeitos da difícil situação familiar. Segundo Campoy, ele desenvolveu um quadro de hiperatividade há dois anos.
A espanhola participa atualmente de um processo de seleção para trabalhar em um bar. Ela espera que seu problema de saúde não seja um empecilho no eventual novo emprego. "Se não conseguir esse trabalho, outra vez ficarei sem comer." Ela não tem grandes ambições. Não sonha mais em trabalhar como cabeleireira. "Só quero ter um trabalho e uma vida normal."
Crise abre as portas para o alcoolismo
A falta de perspectivas de trabalho também estaria aumentando os casos de alcoolismo. A Associação de Autoajuda e Informação sobre a Síndrome de Dependência Alcoólica (ARCA), que atua na província de Cádiz, relata um aumento de 39% no número de pacientes no primeiro trimestre deste ano. Desses novos casos, 52% são pessoas desempregadas.
Letícia Fernández de Castro, assistente social da entidade, diz que suas consultas também dobraram com a crise. "A pessoa não tem trabalho, tem ansiedade, se sente improdutiva, com uma sensação de fracasso e tem a bebida alcoólica à mão. A crise facilita a entrada no alcoolismo", diz.
Impactos na função sexual do homem
Os transtornos psicológicos também afetam a vida sexual do homem. Embora prefira não divulgar os números, Francisco Sabell, urologista da Associação Espanhola de Urologia (AEU), explica que é notável o aumento de demanda de consulta por disfunção erétil, em 2011 e 2012.
"Não é porque o homem tenha perdido o medo ou o pudor em consultar o médico. Se em um lar há vários familiares desempregados e problemas econômicos, o estresse vai repercutir na dinâmica sexual do casal e na resposta erétil do homem", afirma Sabell. Na Espanha, a disfunção erétil afeta entre 25% e 30% da população masculina.
Desde o início da crise econômica no país, a taxa de desemprego passou de 8,6% no quarto trimestre de 2007 para 24,63%, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) de julho de 2012. O número de desempregados subiu de 1.927.600, em 2007, para 5.693.100, este ano.
No final de 2007, a taxa de crescimento econômico da Espanha era de 3,1%. Segundo os dados mais recentes, do primeiro trimestre de 2012, o crescimento econômico foi negativo, -0,4%.

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6077429-EI8142,00-Espanha+alcoolismo+e+problemas+sexuais+aumentam+apos+crise.html

domingo, 19 de agosto de 2012

El doctor vibrador


Un estudio asegura que el uso de estos artilugios promueve comportamientos sexuales saludables 

Los beneficios de los juguetes sexuales. Sexólogos y expertos norteamericanos recomiendan el uso de este exitoso aparato a las mujeres y hombres que sufren disfunciones sexuales. El vibrador se ha convertido en parte del tratamiento clínico contra problemas como la anorgasmia, el vaginismo y los trastornos del deseo sexual.

A. MAULEÓN/LDC CASTELLÓ 
Más allá del placer, el juguete erótico más exitoso de todos los tiempos, el vibrador, puede convertirse en el instrumento ideal para tratar algunos de los problemas de disfunción sexual más extendidos. Hombres y mujeres con casos de anorgasmia, vaginismo o acortamiento de pene, encuentran en este aparato un aliado para progresar en su vida sexual, y por tanto, también en su salud.
Así lo recoge un gran estudio llevado a cabo con 3.8000 mujeres entre 18 y 68 años. La investigación constata que los vibradores mejoran la función sexual y promueven comportamientos saludables. El proyecto, llevado a cabo por el Centro de Promoción de la Salud Sexual en la Universidad de Indiana (EE.UU) revela que la mayoría de las mujeres (un 52%) reconoció haber usado un vibrador. El 83% lo empleaba para estimular el clítoris, mientras que el 64% lo usaba en el interior de su vagina.
Una de las utilidades que los expertos atribuyen a los vibradores es como tratamiento de la anorgasmia, es decir, la ausencia del orgasmo tras una fase de excitación normal, una de las disfunciones sexuales más comunes de la mujer.
Para el psicólogo y sexólogo clínico valenciano Manuel Fernández, está confirmado que los vibradores son un factor en el tratamiento para aquellas personas "con incapacidad de llegar al orgasmo", ya que, según explica el especialista, "con esta herramienta la mujer o el hombre aprende a conocerse más a sí mismo, aprende las reacciones de su cuerpo y también a estimularse".
En este sentido, la mejor opción para el tratamiento es un vibrador que se pueda modular, con lo que el usuario puede localizar los puntos y las zonas en los que es más sensible y también cómo actuar sobre ellos. La mayoría de los casos que pasan por la consulta de Manuel Fernández acuden para solucionar problemas de disfunciones y asegura este sexólogo que lo mejor es "el control del vibrador como un instrumento clínico" más allá del uso privado que cada uno prefiera. En el caso de los hombres, existen varios diseños de vibradores anales y algunos más específicos para aquellos que hayan sufrido, por distintas causas, un acortamiento del miembro. El uso controlado en estos casos sigue siendo lo más aconsejable

Efectos secundarios
En este punto, la encuesta norteamericana asegura que este tipo de juguetes apenas deja efectos secundarios. Los expertos señalan que la mayoría de los encuestados (71%) manifestó que nunca había tenido un problema con su vibrador, aunque el 16% experimentó un entumecimiento de los genitales al menos durante algunos días. Para evitarlo, se recomienda mantener una buena higiene y no compartir los vibradores así como un uso moderado de estos juguetes.
Así, el único verdadero riesgo que corre el que apueste por la utilización de estos instrumentos radica en un su uso exclusivo y prolongado. Tal como resalta Manuel Fernández, "el problema del vibrador es que es mecánico e inagotable y un uso muy continuado de este tipo de productos puede hacer que el umbral del orgasmo aumente en gran medida y luego, en las relaciones con otras personas, sea más complicado llegar a alcanzarlo. Por eso desde el punto de vista clínico, si se usa como tratamiento de alguna disfunción, lo preferible es que se use bajo la atenta supervisión del algún experto".
Por otra parte, muchos son reacios a probar las ventajas del vibrador y otros tipos de artefactos por el miedo a que a la larga se puedan convertir en un sustitutivo del sexo "interactivo". Sobre este temor, Fernández incide en que el vibrador sólo logra sustituir al sexo "si confluyen muchos factores personales" ya que "normalmente, se emplea durante etapas y fases concretas del individuo", por eso, advierte que un "uso exclusivo del vibrador podría afectar a la hora de mantener relaciones con otras personas".
Sin embargo, este profesional de la sexología asevera que con el paso de los años y con la "liberación sexual de la mujer", el vibrador y el resto de los juguetes eróticos están "cada vez están más aceptados socialmente, sobre todo en las relaciones de pareja en las que se pretende no caer en la monotonía sexual". Fernández apunta que estas parejas han perdido el pudor a entrar en las tiendas para adquirir "novedades". 

"Cada vez vemos más hombres con inhibición del deseo"


JOSÉ LUIS BEIZTEGUI SEXÓLOGO DE BIKO ARLOAK

C. LAGO - Lunes, 13 de Agosto de 2012 - Actualizado a las 05:13h

VITORIA. José Luis Beiztegui Ruiz de Erentxun, sexólogo vasco y miembro de la Asociación Española de Profesionales de la Sexología, confirma que cada día asiste a más consultas de hombres con falta de deseo, "un fenómeno que antes no era nada frecuente", corrobora.
¿Hay personas asexuales que no sienten la necesidad de tener relaciones sexuales?
Bajo la perspectiva sexológica y también científica, es imposible que haya un ser humano que sea asexual porque somos sexuados en formato hombres y mujeres. Otra cosa es que a mí aquí, en la consulta, me digan; Me gustaría ser asexualen el sentido de me gustaría no desear ni sentir atracción erótica por ninguna persona, pero que tú me digas que no tienes, ni has tenido ningún deseo erótico o atracción, eso es imposible.
En muchas webs se describen como personas que expresan emotividad y afecto pero sin sexo.
A mí me gustaría escuchar los testimonios de estas personas porque sería tremendamente interesante desde el punto de vista de investigador. Todas las personas estamos definidos por razón de sexo. Yo nunca he escuchado a nadie decir que no le gustan ni hombres, ni mujeres, ni nadie... Todos los seres humanos somos deseantes por naturaleza, otra cosa es que ese deseo se oriente hacia mujeres, hombres o que haya un intervalo donde se combinen hombres y mujeres... eso son casuísticas.
Defienden que sólo les interesa tener una pareja para mantener una relación meramente afectiva.
Es que eso es la amistad. Es tener un amigo, que está muy bien y es estupendo. Pero no me creo que nadie no desee. Yo asisto en la consulta a gente que ha perdido el deseo erótico, mujeres y varones y cada vez me encuentro con más hombres en esta situación de inhibición del deseo. Son casos en los que se ha cortocircuitado el deseo, pero no es que no lo tengan en esencia, sino que lo han perdido por unas circunstancias x.
¿Va por épocas?
Sí, claro. Es que en periodos determinados de nuestras biografías, en un momento dado, se puede llegar a inhibir el deseo sexual por razones emocionales, por problemas de pareja, por crisis existenciales... El deseo está condicionado por un estado anímico, por nuestras experiencias, por muchos factores que hace que sea más o menos amplio o que se resienta en ciertos momentos. Entonces se inhibe, se oscurece para luego volver y renacer, sea mucho o poco. Lo que no es posible es que no haya deseo.
Quizá es que existe la tendencia a crear estereotipos, este es hetero, este es homo, el otro es bisexual...
Creo que más que nada obedece a movimientos políticos. Por ejemplo, la teoría Queer dice que nadie es hombre ni mujer, que no tenemos identidad, que todos podemos ser de todo y tenemos la capacidad para poder ubicarnos en el sexo que queremos. Pero realmente eso lo sigue gente que le gusta trascender los límites de lo sexuado.
¿Qué quiere decir?
Que siempre tendrás una identidad. Un heterosexual podrá irse a la cama con cien hombres pero siempre tendrá su identidad sexual definida. Te sientes hombre o te sientes mujer y luego podrás hacer las performances que quieras para pasar las fronteras de los sexos. ¿Cómo no va a existir la identidad cuando hay miles de personas, los transexuales, que les ha tocado vivir encerrados en un cuerpo que no les corresponde?
¿Cree usted que estamos inmersos en una sociedad hipersexualizada?
Todo lo que tiene que ver con el deseo sexual, en su versión más amplia, ha movido el mundo desde hace miles de años. Es una fuerza tremenda. Yo creo que hay que reconciliarse con ella. Hay que armonizar todo el marketing de lo erótico, de lo sexual, de las páginas pornográficas. Somos seres deseantes, tenemos una pulsión sexual fuerte. Es una fuerza que nos sube la autoestima, nos hace sentirnos vivos y hay que reconciliarse con ella. Poner orden cuando haya un cierto caos y dejarnos inundar por esa energía vital.