Mostrando postagens com marcador pedofilia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador pedofilia. Mostrar todas as postagens

domingo, 9 de junho de 2013

Vítimas da pedofilia

sexualidade
As consequências do abuso sexual infantil apresentam sintomas que podem aparecer em várias fases da vida

por Remo Rotella Jr.
Na edição anterior foram abordados os aspectos psíquicos e comportamentais dos indivíduos predadores, que abusam sexualmente de crianças e adolescentes, e como eles conseguem, habilmente, ludibriar a confiança daqueles que convivem de perto com as vítimas, a fim de conseguir seu intento. Este artigo colocará em discussão os danos psíquicos e emocionais decorrentes do abuso sexual infantil, com sintomas que podem aparecer na infância, adolescência ou na idade adulta.
É fato muito raro que as crianças ou os adolescentes, que tenham sido ou estejam sendo molestados sexualmente por um adulto, demonstrem ter a consciência do que está ocorrendo e procurem a ajuda de um adulto, seja um familiar, educador ou alguém com quem tenham um vínculo, com o intuito de denunciar os abusos de que estão sendo vítimas. Comumente tendem a guardar segredo, principalmente se o pedófilo for um parente, tal como pai, irmão, primo, padrasto ou um amigo que mantenha um forte vínculo de confiança com os pais.
Na mente infantil, que ainda está em desenvolvimento, o fato traumático, consequente do abuso sexual, e a necessidade da manutenção do segredo acarretam uma situação de forte angústia e alterações do comportamento. Isso acontece devido à incapacidade de um psiquismo em desenvolvimento, que é o da criança, poder elaborar o trauma emocional causado pela situação do abuso de que foi vítima.
O trauma emocional, não elaborado, aparecerá mais tarde, na vida dos indivíduos que foram vítimas desse tipo de abuso, sob a forma de sintomas e alterações do funcionamento psíquico das mais variadas formas, tais como:
• Acentuado rebaixamento da autoestima, que se expressa sob a forma de descrença em si mesmo e grande dificuldade para reconhecer e valorizar seus potenciais afetivos e intelectuais.
• O rebaixamento da autoestima abre caminho para o surgimento de sintomas de depressão emocional, o que aumentará a descrença do indivíduo em si mesmo.
• A pessoa descrente de si mesma e, por consequência, descrente dos outros, desenvolve um profundo sentimento de desamparo afetivo, que, quando associado a sintomas depressivos, tende a gerar sentimentos de desesperança e ansiedade.
• Os sentimentos de desesperança, desamparo e ansiedade, frequentemente, ocasionam crises de Ansiedade tipo Pânico ou, em muitos casos, a Síndrome do Pânico, que leva esses indivíduos a procurarem por ajuda psiquiátrica e ou psicoterápica, para resolverem o drama interno e o sofrimento psíquico de que são vítimas.
Além do que foi descrito, o trabalho psíquico com adultos que foram sexualmente abusados na infância, tem mostrado, com frequência, o fato de que essas pessoas, apresentando dificuldades para estabelecerem vínculos afetivos, tendem a se ligar a pessoas com graus de sadismo, que, de alguma maneira, reproduzem nos relacionamentos afetivos situações de violência física ou psíquica, humilhação, desprezo e desconsideração, para falar das mais frequentes, o que nos leva à indagação: Até que ponto esses adultos de que estamos falando, que sofreram com essa prática, ao se ligarem a pessoas que os maltratem, cometendo, inclusive, atos de abuso, não estão tentando resolver, psiquicamente, a situação da qual foram vítimas um dia, ou seja, o próprio abuso sexual?

Remo Rotella Jr. é médico psiquiatra e psicanalista. Membro da Associação Brasileira de Psiquiatria e da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/89/vitimas-da-pedofilia-as-consequencias-do-abuso-sexual-infantil-290529-1.asp

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Assassino deixa recado para vítima: 'Pedófilo'


23/12/2012 -- 15h14
Redação Bonde

De acordo com informações da Rádio Banda B, um homem de 43 anos foi encontrado morto na madrugada deste domingo (23), em Tatuquara, em Curitiba. Ao chegar no local, a Polícia Militar encontrou o homem morto e várias mensagens escritas na parede. 

'Quem tira a inocência de uma criança não tem perdão' e 'Pedófilo' foram algumas das mensagens deixada pelo assassino. A Polícia ainda encontrou diversos materiais pornográficos na casa de Aníbal Lourenço de Oliveira. O delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Homicídios, irá investigar o assassinato e verificar se realmente ele era pedófilo. (Com informações da Rádio Banda B).
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-3--975-20121223

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Pedófilos não têm perfil padrão, mas sentem culpa e controlam desejo sexual, diz psiquiatra


11/11/2012 13:31

Evelin Araujo


O menino de quatro anos que teve que parar na Santa Casa com diarréias e vômitos para que alguém pudesse perceber a quantidade de ferimentos que ele apresentava pelo corpo – como costelas quebradas, desvio de traquéia, hematomas e fígado machucado – chocou Campo Grande. O Presidente da Associação Sul-mato-grossense de Psiquiatria, Kleber Francisco Meneghel Vargas, explicou que não há como saber quem é um pedófilo ou não, apenas em uma conversa. Por isso, a atenção dos pais com quem deixa as crianças deve ser redobrada.
Em Mato Grosso do Sul, foram 41 casos de pedofilia registrados em 2011. Até novembro do ano passado, 37 crianças foram vítimas do crime. Somente em Campo Grande, dois casos foram registrados. Em 2012, até novembro são oito casos na capital e 19 em todo o Estado, de acordo com as estatísticas registradas pelo sistema da polícia.
Segundo o advogado Damásio de Jesus, não temos, no Brasil, uma legislação específica que defina a conduta típica de pedofilia. Para punir quem pratica este tipo de perversão sexual, entretanto, geralmente são aplicadas punições previstas para os crimes de estupro de vulnerável, ameaça, lesão corporal.
Para o psiquiatra Kleber Vargas, não há como padronizar o comportamento de um pedófilo. “Não há um perfil muito bem definido, mas a maioria dos pedófilos é masculina. Não existindo este padrão, é difícil dizer quem devemos cuidar”, alerta.
Estudos revelam que são três os principais “tipos” de pedófilos. Os que sentem culpa pelo que fizeram, os que sentem apenas um pouco de culpa e os que não se sentem culpados. “Estes últimos são os psicopatas, que podem, por vezes, ser pedófilos também. Vale ressaltar que todos eles sabem que estão cometendo um crime e têm consciência de que o que fizeram e fazem é errado”,  disse o psiquiatra.
“Os pedófilos sabem que a criança sofre, sente dor. Mas ele pensa apenas em satisfazer o desejo sexual dele. Para a pessoa que tem este transtorno sexual, é possível ter também desejo por pessoas da mesma idade, sexo oposto ou do mesmo sexo. Mas alguns sentem desejo apenas por crianças”, revela.
Ele conta que estudos também já mostraram que é mito que um abusador tenha sido necessariamente ou majoritariamente abusado sexualmente ou estuprado na infância. “Isso não é verdade exclusivamente. Nem todo mundo que foi estuprado na infância desenvolve a pedofilia e nem todo pedófilo foi abusado”.
Em relação ao controle, é possível fazê-lo. “Existe tratamento com medicação e terapia para que o pedófilo controle o desejo sexual dele. Ele sabe que sente atração por criança e deve procurar ajuda médica. Na rede de saúde pública existe como ele fazer tratamento com um psiquiatra e tomar a medicação. Em casos extremos, nos Estados Unidos, quando a pessoa revela que não consegue mesmo se controlar e comete crimes, há a castração química, que é quando o indivíduo recebe altas doses hormonais e não sente mais desejo sexual”.
 Vale lembrar que para os psicopatas, a situação é diferente, já que ele não sente culpa e, por isso, não procuram tratamento.
No caso da última semana, quando a mãe relatou não saber que o seu companheiro abusava e machucava seu filho, o psiquiatra diz que a situação é possível. “Ele é como outra pessoa, no caso, que sabe que está cometendo um crime e quer esconder isso. Para tanto, usa os melhores argumentos e eles geralmente tem grande poder de manipulação para conseguirem o que querem”, explica.
Novos companheiros
Em uma sociedade de dinâmica familiar diferenciada em relação aos séculos anteriores, cujas associações amorosas podem ser tanto duradouras quanto supérfluas e mais rápidas do que se tem costume, o psiquiatra alerta as famílias principalmente sobre quem colocar dentro e casa, em contato com seus filhos.
“É preciso conhecer muito bem alguém antes de colocar dentro de casa para conviver com seu filho, que é menor e incapaz de perceber se uma pessoa é ofensiva ou não. É preciso também duvidar, ficar de olho, zelar e dar incertas na pessoa em casa”, orienta.
Kleber Vargas lembra as mães que os casos de abuso ocorrem geralmente dentro de casa, com padrastos, pais, vizinhos, parentes e pessoas da nossa confiança. “Lembrar disso sempre é muito importante”.
Em relação a quem cuida, é preciso ficar atento. “Sair de casa e voltar, com a desculpa de quem vai buscar uma chave, ou aparecer no meio do dia, em horário inesperado, algumas vezes, é válido”.
Mas o principal é ouvir a criança. “Muitos adultos não têm ideia do quanto um diálogo franco com a criança é importante. A criança fantasia é claro, mas não passa a vida fantasiando. Se há um relato do filho, é preciso monitorar a situação. Se houve um relato estranho de machucado, outro, o filho está com comportamento diferente, é preciso ficar atento. Pode haver algo errado”, alerta.
Luiz Alberto
Orientar a criança e passar segurança é fundamental. “Diga ao seu filho o quanto gosta dele e que ele pode contar tudo para você. Diga a ele o que é errado e deixe claro que se alguém o ameaçar, dizer que vai matar ou castigar se contar qualquer coisa ao pai ou a mãe que não é para acreditar. A criança tem que ter certeza de que é preciso confiar no pai e na mãe”, diz o psiquiatra. 
http://www.midiamax.com/noticias/824494-pedofilos+nao+tem+perfil+padrao+mas+sentem+culpa+controlam+desejo+sexual+diz+psiquiatra.html

sábado, 22 de setembro de 2012

Castração química não é compatível com a Constituição


Artigos

16setembro2012
PENA PERPÉTUA

Por Mara Elisa de Oliveira

Recentemente acendeu-se no país a discussão acerca da introdução em nosso ordenamento jurídico da castração química. O método consiste na aplicação de injeções hormonais para inibir o apetite sexual de condenados por crimes sexuais, levando o apenado à impotência para o ato sexual.
No Brasil, já no ano de 2002, o então deputado Wigberto Tartuce (PPB-DF) apresentou o Projeto de Lei 7.0212, que defendia a pena de castração, realizada com recursos químicos, para quem cometesse o crime de estupro. Na época, o projeto de lei foi repudiado pela comunidade jurídica, tendo sido o projeto considerado flagrantemente inconstitucional.
No ano de 2007, o senador Gerson Camata (PMDB-ES) propôs o Projeto de Lei do Senado Federal 552/07, o qual visa a acrescentar o artigo 216-B ao Código Penal brasileiro, cominando pena decastração química ao autor dos crimes tipificados nos artigos 213, 214 (hoje já revogado pela Lei 12.015/2009), 218 e 224 (também revogado pela Lei 12.015/2009) do Código Penal brasileiro, quando o autor do crime for considerado pedófilo.
Tratando-se de tema causador de profunda polêmica, não só no meio jurídico e científico, ante aos riscos da medida frente à salvaguarda dos direitos dos apenados, como também em toda sociedade, que cada vez mais clama por respostas mais eficazes do sistema penal na repressão aos crimes sexuais, é mister que se faça uma análise acerca da constitucionalidade do instituto no ordenamento pátrio, observando, assim, sua compatibilidade com os princípios consagrados na vigente Carta Política.
O método de castração químicaA castração química é uma forma temporária de castração ocasionada por medicamentos hormonais. A Depo-Provera, uma progestina, é uma das drogas mais utilizadas com esta finalidade. “Depo-Provera” é um dos nomes comerciais do acetato de medroxiprogesterona, medicamento utilizado para controle de natalidade que, se administrado em injeções semanais em indivíduos do sexo masculino, inibe o apetite sexual. Sua ação reduz os níveis de testosterona nos homens, diminuindo os níveis de andrógenos no sangue, o que, ao menos em tese, reduziria as fantasias compulsivas sexuais de alguns tipos de agressores.
O tratamento com o acetato de medroxiprogesterona é uma resposta inserida no ordenamento jurídico de alguns países com vistas a reduzir as taxas de reincidência de alguns tipos de crimes sexuais, sobretudo nos casos de parafilia — padrão de comportamento sexual no qual, em regra, o desvio se encontra no objeto do desejo sexual, como, por exemplo, crianças — ou em casos em que os desejos biológicos são incontroláveis e expressos em forma de fantasias sexuais que normalmente só podem ser satisfeitas por meio de violência ou compulsão.
É mister ressaltar que essa forma de castração química só é útil no caso de agressor do sexo masculino, pois o efeito do Depo-Provera em mulheres não apresenta a redução do desejo sexual como efeito, na maioria dos casos.
Alguns estudos realizados nos Estados Unidos, país onde alguns estados adotam a prática da castração química, têm demonstrado que a utilização do regime de injeções semanais de Depo-Provera reduziu as taxas de reincidência dos crimes sexuais, numa média aproximada de 70% para o valor mínimo de 2%.
No que concerne aos efeitos colaterais e à reversibilidade do método, há bastantes controvérsias. Enquanto alguns dizem que os efeitos colaterais da droga são raros, outros apontam que a droga pode causar vários efeitos colaterais, como o aumento de peso, fadigatrombosehipertensão, levedepressãohipoglicemia e raras mudanças em enzimas hepáticas.
Além disso, pode aumentar a pressão arterial em indivíduos do sexo masculino a níveis perigosos, além de poder causar ginecomastia. Outros efeitos secundários, tais como a formação de depósitos anormais de gordura no fígado, ainda estão sendo investigados.
No Projeto de Lei do Senado Federal 552/07, a submissão do condenado à castração química deverá ser voluntária durante o período de livramento condicional. O tratamento será administrado depois que uma comissão, formada por psicólogos e psiquiatras, realizar atendimento psicossocial no período de reclusão. O uso do hormônio semanalmente deverá se iniciar antes da soltura e, em caso de reincidência, a pessoa voltará à prisão e perderá o direito à detração da pena.
Direito comparadoA castração química já vem sendo adotada em países como os EUA e Polônia. Nos Estados Unidos, o estado da Califórnia foi o primeiro a prever em seu Código Penal a castração compulsória como punição para criminosos sexuais e, hoje, pelo menos mais cinco estados já adotaram a castração química por meio de medidas legislativas (FlóridaGeórgiaTexasLouisiana e Montana).
Na Polônia também foi criada uma lei para impor a castração química aos molestadores de crianças. Na Inglaterra, uma petição eletrônica com mais de 30 mil assinaturas já foi encaminhada ao Poder Legislativo para análise. Já na França, o ex-presidente Nicolas Sarkozy, após tomar conhecimento do estupro de uma criança de apenas 5 anos por um molestador que havia acabado de receber liberdade, reacendeu a polêmica sobre a castração química.
Na Itália, a castração química voluntária é muito discutida, como meio alternativo à pena de prisão ou servindo como desconto desta. A chamada “terapia antagonista de testosterona”, denominação por que também é conhecida a medida, vem ganhando adeptos, sobretudo tendo em vista o crescimento de crimes de cunho sexual nos últimos tempos. Naquele país, diferentemente do projeto de lei brasileiro, a castração química só pode ser aplicada com o consentimento do condenado; não consentindo, cumprirá a pena de prisão.
Na verdade, a castração química já existe e é aplicada há muito tempo por profissionais qualificados de forma não oficial, nas pessoas voluntárias. Esse método é também utilizado legalmente na Suécia, Alemanha e Dinamarca.
No BrasilPor causar uma redução drástica no apetite sexual compulsivo dos criminosos sexuais, a castração química é vista por muitos como medida benéfica e viável, afirmando seus defensores que seus efeitos colaterais compensam-se pelos seus benefícios e que sua utilização é um avanço no sentido de individualização da pena, bem como na prevenção de novos crimes.
Ocorre, entretanto, que tal medida não se pode considerar como compatível à ordem Constitucional brasileira.
Assim é porque, primeiramente, a castração química fere o princípio da proporcionalidade. Este princípio pode ser entendido como o exame da adequação de determinado ato estatal ao seu fim, viabilizando-se o controle de sua razoabilidade, com fundamento no artigo 5º, LV, da Carta Política; o exame da proporcionalidade é, em último caso, a própria fiscalização de constitucionalidade das prescrições normativas emanadas do Poder Público. Ressalte-se que também é papel do Poder Judiciário evitar que excessos prejudiquem a aplicação do direito, devendo pautar sua atuação pela ponderação, de forma racional, para que jamais sejam os sujeitos privados de direitos que lhes são inerentes.
Por esse motivo, a pena de castração química, quando prevista como pena ou mesmo como tratamento voluntário, não pode se considerar proporcional, vez que pune o autor do crime com medida muito mais drástica que àquelas penas previstas para muitos outros delinquentes que cometeram crimes por vezes tão graves ou até piores que a por ele perpetrada.
Além disso, o método da castração química fere também o princípio da dignidade da pessoa humana. Este princípio visa a garantir a cada pessoa o mínimo para suprimento de suas necessidades básicas e vitais, sendo assegurada sua existência digna como ser humano. Segundo este princípio, cada pessoa deve ser tratada e considerada como um fim em si mesmo e não para a obtenção de algum outro resultado ou vantagem. A dignidade da pessoa humana, como fundamento da República Federativa do Brasil, impede a exploração do homem pelo homem.
Desta forma, sendo a dignidade algo intrínseco à condição de ser humano, toda conduta que prevê sua violação deve ser totalmente rechaçada, por retirar do indivíduo algo que os demais, não sendo acometidos por qualquer tipo de enfermidade, têm como característica, que é a própria libido e a capacidade reprodutiva. Por essa razão, a castração química em criminosos no Brasil também desrespeitaria frontalmente a dignidade humana, retirando do condenado seu direito à vida nos conformes do enunciado pela Carta Magna, isto é, em sua plenitude.
Por fim, a pena de castração química, face à Constituição Federal, fere ainda dois direitos fundamentais, quais sejam: a vedação à prática de tortura e tratamento desumano ou degradante (art. 5º, III) e a proibição de penas cruéis (art. 5º, XLVII, e). É importante perceber que, com esta medida tão drástica, a privacidade do condenado é atingida de forma profunda, pela interferência em sua integridade física. Além disso, de acordo com a doutrina majoritária, qualquer pena que atinja o corpo do condenado é cruel e, portanto, vedada constitucionalmente.
Há ainda outro argumento constitucional contrário à castração química, qual seja, a violação do princípio constitucional da igualdade de tratamento perante a lei. Isto porque os efeitos do tratamento à base da redução dos níveis de testosterona são quase que ineficazes nas mulheres, uma vez que apenas 5% delas apresentam redução da libido com o método.
Mesmo naqueles regimes em que o método hormonal é utilizado somente com o consentimento do apenado, discute-se se há, de fato, liberdade de escolha, já que a não-continuidade do tratamento médico pode resultar não apenas na violação da condicional, como também a prática de um delito qualificado. Assim, a escolha do condenado não pode ser considerada completamente livre e voluntária.
Muitos psicólogos entendem que a castração química não seria um método verdadeiramente seguro e eficaz, pois, se por um lado provoca um temporário abrandamento dos desejos sexuais, por outro deixa o sujeito mais agressivo. Alertam, ainda, que os criminosos sexuais possuem um distúrbio psicológico e não biopatológico; como a castração química consiste na administração de hormônios, nada seria modificado na personalidade do pedófilo. Assim, seria mais eficaz um tratamento por métodos psicológicos durante o período da detenção que a administração de hormônios. A castração química pode interromper momentaneamente as necessidades fisiológicas do criminoso sexual, mas só o tratamento psicológico é realmente eficaz para suprimir sua dependência psíquica e sua tendência ao comportamento sexual delinquente.
Por todos os argumentos supracitados, deve-se entender a castração, seja ela física ou química, como inaceitável em nosso ordenamento jurídico, sendo os projetos de lei nesse sentido flagrantemente inconstitucionais. Por mais que ela seja aplicada apenas na vigência da reprimenda penal, é indubitável que seus efeitos prolongam-se, ainda que psiquicamente, para o resto da vida.
É sempre importante observar que não é através de medidas drásticas que um Estado pune crimes graves. Caso a castração química seja aplicada a criminosos sexuais, poderão surgir iniciativas que demandarão pela morte de homicidas, o decepamento das mãos e braços de ladrões e da língua de difamadores, o que se coaduna com os regimes jurídicos primitivos, consagradores da vingança privada e das penas cruéis, e não com o Estado Democrático de Direito.
Neste tipo de Estado, somente políticas públicas sérias serão capazes de modificar a criminalidade e reincidência nos crimes de cunho sexual, sendo elas erigidas sempre com o objetivo de atingir a igualdade social e a ressocialização dos apenados. Por mais repulsa que gere um delito, o sentimentode indignação social não pode derrogar a ordem constitucional, devendo o Estado sempre agir com racionalidade e observância dos preceitos da Constituição.
Dessa maneira, em face do Princípio da Primazia da Constituição, impõe-se que a norma, princípio ou instituto recepcionando não seja materialmente incompatível para com a Carta Política. Exatamente por afronta a este princípio é que o Projeto de Lei do Senado de 552/07 não pode ser considerado como constitucional, por ser incompatível com a vedação de penas perpétuas e cruéis e violadoras da integridade física e moral do condenado (art. 5°, XLVII, "b" e "e" e XLVIII).
BibliografiaAGUIAR. Alexandre Magno Fernandes Moreira. O "direito" do condenado à castração química. Disponível em: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=10613. Acesso em 28 maio 2010.
HEIDE, Márcio Pecego. Castração química para autores de crimes sexuais e o caso brasileiro. Disponível em: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=9823. Acesso em 28 maio 2010.
SGARBOSSA, Luís Fernando; JENSEN, Geziela. Projeto de Lei SF nº 552/07 (castração química) e a (im)possibilidade de recepção do princípio da incapacitação do infrator no direito brasileiro Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 1566, 15 out. 2007. Disponível em: . Acesso em: 28 maio 2010.
WICKAM, DeWayne. Castration often fails to halt offenders. Disponível em:http://www.usatoday.com/news/opinion/columnists/wickham/2001-09-04-wickham.htm. Acesso em 28 maio 2010.
Mara Elisa de Oliveira é analista processual no Ministério Público da União, professora substituta da Universidade Federal de Pernambuco, especialista em Direito Penal e Processual Penal.
Revista Consultor Jurídico, 16 de setembro de 2012

sábado, 15 de setembro de 2012

PC prende empresário acusado de pedofilia


200 filmes pornográficos são apreendidos

José Célio da Silva, 58, já agia em João Pessoa há 7 anos
Polícia | Em 14/09/12 às 17h43, atualizado em 15/09/12 às 11h31 | Por Redação e Nayanne Nóbrega
Empresário foi encaminhado a Central de Polícia
Uma operação da Polícia Civil prendeu na tarde desta sexta-feira (14) um empresário acusado de pedofilia em João Pessoa. José Célio da Silva, 58, teve mais de 200 filmes pornográficos apreendidos e a suspeita é que o material contenha várias gravações de crianças e adolescentes.
O empresário é dono da locadora Space Vídeo localizada no Mercado Central de Mangabeira, bairro da zona sul da cidade, que tem mais de 80 mil habitantes. Ele é acusado de pagar a crianças e adolescentes a quantia de R$ 5 a R$ 10 por gravação e ainda as ameaçavam, caso elas o denunciassem.
De acordo com o delegado da Delegacia de Roubos e Furtos, Leonardo Souto Maior, o acusado já agia desde 2005 e já havia sido preso outras vezes pelo mesmo crime.
José Célio foi detido em sua residência e será encaminhado para realização de exame de corpo de delito. Depois foi conduzido para um presídio de João Pessoa.

http://portalcorreio.uol.com.br/noticias/policia/policia-militar/2012/09/14/NWS,214602,8,160,NOTICIAS,2190-PC-PRENDE-EMPRESARIO-ACUSADO-PEDOFILIA-200-FILMES-PORNOGRAFICOS-APREENDIDOS.aspx

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Grupos querem prevenir abuso sexual tratando pedófilos


A cada ano há mais denúncias de abuso sexual contra crianças. De janeiro a abril, passaram de 34 mil: um aumento de 71% em relação ao mesmo período de 2011, segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência.

Nos meses de maio e junho o crescimento foi ainda maior, talvez puxado pela aparição de Xuxa no "Fantástico", declarando ter sido abusada na infância. Só nesse bimestre foram ouvidas 22 mil denúncias, alta de 30% em relação ao início do ano.

A repressão à pedofilia no Brasil dá passos --como a ampliação, em maio, do prazo de prescrição para esse crime abjeto no qual a criança é a vítima do desejo de alguém mais forte que ela e, quase sempre, de "confiança".

Mas há quem defenda um trabalho de prevenção por meio de tratamento, cuidados e apoio dispensados ao agressor em potencial.

Um pedófilo não é obrigatoriamente um criminoso. Pode sentir atração por crianças e se manter afastado delas a vida inteira --ou por anos.

Segundo o psicólogo Antônio Serafim, do Hospital das Clínicas de SP, a literatura aponta que 75% dos pedófilos nunca chegam a sair da fantasia para o crime.

"É importante oferecer suporte aos que sofrem do transtorno". Ele diz que os agressores são tipos imaturos e solitários. "A falta de habilidade social acaba os levando a mergulhos cada vez mais profundos na pedofilia."

A pedofilia é classificada como uma desordem mental e de personalidade e também como um desvio sexual.

"Se o tratamento, que envolve terapia e medicamentos, for iniciado no tempo adequado, com técnicas adequadas e por profissionais preparados, melhoras consideráveis e até a cura poderão ser alcançadas", afirma José Raimundo Lippi, que é psiquiatra e presidente da Associação Brasileira de Prevenção e Tratamento das Ofensas Sexuais.

Surgiram iniciativas de apoio a pedófilos latentes em vários países. No Reino Unido e na Irlanda, o grupo Stop It Now! disponibiliza um número de telefone para quem tem consciência de seu problema e precisa de ajuda para continuar inofensivo.

DIFERENTES PERFIS





Na França há a L'Ange Bleu, fundada por Latifa Bennari, franco-argelina de 61 anos que não tem formação em psicologia, mas tem vasta experiência no assunto.

A associação é polêmica: em vez de dar assistência às vítimas, concentra-se no apoio aos pedófilos. Mas antes de fundá-la Bennari ajudou, durante 30 anos, pessoas traumatizadas por abuso sexual na infância.

Segundo ela, era comum a vítima pedir um encontro com seu agressor, para confrontá-lo e tentar seguir em frente. "Nesses grupos, fui percebendo vários perfis. Há o que não sente remorso, mas há o que sabe que tem algo errado com ele", conta.

"A pedofilia aparece cedo, mas as agressões demoram para acontecer. Durante anos conseguem se controlar, mas um dia a oportunidade surge e alguns cedem", diz Bennari, que trabalha com conhecimento de causa: ela foi abusada por um empregado da família dos cinco aos 13 anos.

O objetivo da sua entidade, diz, é apoiar os que têm conhecimento de seu transtorno, mas que, por consciência do mal que podem causar ou pelo simples medo da prisão, nunca realizaram seus desejos e precisam de ajuda para continuar inofensivos.

A L'Ange Bleu encaminha pessoas para consultas com psiquiatras, promove reuniões entre pedófilos em potencial e vítimas de pedofilia e até dá suporte jurídico a agressores, preservando a identidade dos participantes.

No Brasil não existe nada do tipo. Mas há o Centro de Estudos Relativos ao Abuso Sexual, em São Paulo, que atende famílias incestuosas.

"Fazemos ações anteriores ao aparecimento da patologia. A família incestuosa é uma fábrica de ofensores sexuais: ali são produzidos futuros pais incestuosos, pedófilos, estupradores etc. Trabalhar com essas famílias é fazer a prevenção primária desse grave problema de saúde pública", explica Lippi.

INVERSÃO DE PAPÉIS

Iniciativas como a da associação francesa são alvo de críticas. Nesse modelo de prevenção os pedófilos seriam vitimizados além da conta.
É o que pensa a psicanalista Lekissandra Gianis, filiada à Escola de Psicanálise do Rio de Janeiro. Para ela, ajudar as crianças é mais urgente: "A prioridade deve ser dada às vítimas, que vivem no limiar do surto psicótico".

Um caminho não invalida outro, segundo especialistas.


"Todo trabalho que vai na direção de intervir nas agressões sexuais é válido. Tratar o agressor em potencial seria positivo também para os profissionais, que teriam mais experiência nesse transtorno", opina a psicanalista Fani Hisgail, autora de "Pedofilia - Um Estudo Psicanalítico" (Iluminuras). Mas ela ressalva que tratar um pedófilo é muito complexo. "Primeiro ele tem que reconhecer seu problema e querer se tratar."

A L'Ange Bleu teve um início difícil. Em 1998, desejando chamar atenção para a causa, Bennari foi a um congresso de psicologia expor seu ponto de vista.

Rejeição unânime. "Todos me chamaram de louca, disseram para não focar no pedófilo, e sim na vítima. O objetivo era justamente evitar vítimas, mas disseram não ser politicamente correto. Achavam impossível um pedófilo sair das sombras antes de virar criminoso", lembra.

Hoje, num dia normal, Bennari atende em média sete novos pedófilos em potencial.

Nos EUA, dois pedófilos que se conheceram na rede criaram o site "Virtuous Pedophiles", que tenta mostrar ao mundo que um pedófilo pode ser inofensivo. Ethan*, como se apresenta um deles, diz que ninguém, exceto seu terapeuta, sabe de seu problema: "As pessoas nos odeiam", justifica.

"Os profissionais não estão preparados para lidar com esses pacientes. Interrompem o tratamento assim que o pedófilo se assume. Acreditam que cedo ou tarde seremos todos criminosos. Até mesmo terapeutas espalham que todos os pedófilos são abusadores, embora nem todos os abusadores sejam pedófilos", diz Ethan.

sábado, 30 de junho de 2012

Operação contra rede mundial de pedofilia prende 32


Entre os acusados está o humorista de rádio Mução; além de abranger 9 Estados do País, ação apontou 97 suspeitos no exterior

29 de junho de 2012 | 3h 01
ELDER OGLIARI / PORTO ALEGRE - O Estado de S.Paulo
A Polícia Federal brasileira desarticulou ontem uma rede internacional de compartilhamento de pornografia infantil na internet que atuava em 34 países. A operação, denominada DirtyNet (Rede Suja), teve apoio do Ministério Público Federal e da Interpol e prendeu 32 suspeitos em 9 Estados brasileiros. Entre os detidos está Rodrigo Vieira Emerenciano, o Mução, humorista conhecido em todo o País pelas pegadinhas radiofônicas.
Mução foi preso pela Polícia Federal (PF) no bairro Meireles, em Fortaleza. Ontem, seu programa, A Hora do Mução, permaneceu no ar. Mas foi apresentada uma reprise. Seus advogados, que já entraram com pedido de habeas corpus, negaram qualquer ato ilícito por parte do humorista e destacaram que o computador dele pode ter sido usado por terceiros.
A investigação, iniciada em dezembro, identificou 160 usuários na América, na Europa, na Ásia e na Oceania, dos quais 63 no Brasil e 97 no exterior. A Interpol encaminhou notícias criminais a todos os países com cidadãos envolvidos para que tomem providências, de acordo com suas legislações. Como consequência, ainda ontem foram desencadeadas operações no Reino Unido e na Bósnia.
Segundo os responsáveis pela investigação - a delegada de Defesa Institucional, Diana Calazans Mann, e o procurador da República na área criminal Rodrigo Valdez de Oliveira -, as fotografias e vídeos apreendidos mostram menores com idades de zero a 12 anos com genitália à mostra, adultos abusando de crianças, adolescentes e até bebês e crianças praticando sexo. Oliveira relatou que um dos cinco presos no Rio Grande do Sul tinha mais de 5,7 mil fotografias para compartilhar.
Os participantes da rede não têm um perfil definido. São de todas as classes sociais e de todos os níveis de conhecimento. "A maioria deles vai responder a processo por distribuição de pedofilia, crime que pode levar a penas de 3 a 6 anos de reclusão. As punições ainda podem ser aumentadas por crime continuado, quantidade de fotografias distribuídas e recebidas", afirma Oliveira. "Eventualmente, podem responder também pela posse do material", completa. Por esse delito, a condenação pode ser de 1 a 4 anos de reclusão. O procurador da República prevê ainda que parte dos envolvidos seja encaminhada a tratamento para superar a compulsão e se ressocializar.
A investigação também não terminará com as prisões e apreensões efetuadas nesta quinta-feira. Nas próximas etapas, com a análise de computadores, CDs, DVDs, pen drives e fotografias, os policiais tentarão identificar as vítimas e os adultos que aparecem nas imagens. Se, além de armazenarem e distribuírem as imagens, alguns participantes da rede também participaram de abuso e estupro de vulneráveis, terão de responder por esse crime.
Criptografia. A operação foi deflagrada depois da prisão de um homem com material pornográfico, no fim do ano passado. A Polícia Federal passou a analisar os contatos que ele tinha e descobriu a existência da rede, constatando que a organização era fechada e só dava acesso a convidados aprovados pelos demais integrantes. O material não era comercializado. A moeda de troca era o acervo de cada participante, que oferecia fotografias e vídeos e, com isso, tinha acesso às peças dos demais integrantes do esquema. O grupo usava um software de troca de arquivos criptografados para manter as operações em sigilo. Durante as buscas, alguns policiais perceberam que os integrantes da rede se sentiam seguros pelo anonimato e foram surpreendidos pelos mandados de prisão.
Segundo balanço distribuído pela Polícia Federal no fim da tarde, foram presas cinco pessoas no Rio Grande do Sul, três no Paraná, nove em São Paulo, cinco no Rio, uma no Espírito Santo, uma no Ceará, cinco em Minas, uma na Bahia e duas no Maranhão.
Os países que têm pelo menos um de seus moradores envolvidos com a rede são Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Bósnia, Canadá, Chile, Colômbia, Croácia, Emirados Árabes Unidos, Equador, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Grécia, Indonésia, Irã, Holanda, Macedônia, México, Noruega, Peru, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Rússia, Sérvia, Suécia, Tailândia e Venezuela. / COLABORARAM MARCELO GOMES e LAURIBERTO BRAGA

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Expertos confirman que no existe terapia efectiva para rehabilitar a pedófilos



Ni terapias sicológicas ni castración química han logrado curarlos o controlarlos un ciento por ciento.
por Cecilia Yáñez
Estudios internacionales señalan que en un grupo de cien hombres, al menos uno tiene fantasías sexuales con niños. La magnitud del problema y las graves huellas que esta parafilia (desorden sexual) deja en las víctimas ha llevado a que por años el mundo científico intente develar el origen de esta conducta y alguna posibilidad de tratamiento efectivo. Hasta ahora, científicos y expertos coinciden en que no hay ninguna terapia que haya permitido curar este trastorno psiquiátrico ni lograr resultados ciento por ciento efectivos ni permanentes. Sobre su origen, hay datos, pero no pruebas concluyentes, de que tienen una estructura cerebral distinta a las de las personas normales.
Los primeros datos científicos sobre el tema aparecieron en 2007, cuando un grupo de especialistas del Departamento de Psiquiatría de la U. de Magdeburgo (en Alemania) mostró, mediante imágenes cerebrales, que los pedófilos tienen circuitos neuronales diferentes al del resto de los adultos. En una prueba en la que se les exhibía imágenes sexuales entre adultos, su hipotálamo (estructura del cerebro vinculada a emociones y deseos) mostraba una reacción reducida en comparación con la que tenían los individuos sanos. Este déficit fue asociado con un interés sexual alterado, que explicaría el comportamiento pedófilo. Estos antecedentes se presentaban entonces como un primer paso para explicar la neurobiología de la pedofilia.
Ese mismo año, otro estudio comparó imágenes cerebrales de 15 pedófilos, frente a otros 15 adultos normales. Los resultados mostraron que a nivel de estructura cerebral, los primeros mostraban un volumen de la amígdala menor, lo que supone una alteración en una zona del cerebro que es clave en el desarrollo sexual.
Sin embargo, Alfredo Calcedo, psiquiatra forense y profesor titular de psiquiatría de la U. Complutense de Madrid, explicó a La Tercera que, pese a todos estos nuevos conocimientos, todavía es imposible saber qué es lo que condiciona la orientación sexual de estas personas. “Se ha hipotetizado mucho, pero todavía no sabemos cuál es la alteración neuroquímica o electrofisiológica específica que hace que una persona sea pedófila o tenga otras parafilias”.
No hay cura
En lo que sí existe un amplio consenso es que hasta ahora no hay ninguna terapia que haya logrado curar la pedofilia, sólo contenerla, aunque no de forma permanente ni en un ciento por ciento.
El último informe del Proyecto de Prevención Dunkelfeld, que desde 2005 trata en Alemania a pedófilos que han cometido delitos contra niños o que potencialmente podrían hacerlo, concluye que no existe evidencia clínica ni empírica de que la estructura de la preferencia sexual por los niños se pueda cambiar durante la vida. Por eso, allí les ofrecen terapias sicológicas y con medicamentos que apagan todo tipo de deseo sexual para ayudarlos a controlar sus impulsos. Pero es una terapia que debe ser permanente y bajo seguimiento constante. De los 1.400 casos que han tratado, ninguno ha reincidido hasta el momento. Aún así no asegura resultados en todos los pacientes ni en ambientes no controlados.
Lo mismo sucede en otros países, como Inglaterra, EE.UU. o los nórdicos, donde se les aplican terapias que incluyen castración química (fármacos para inhibir su deseo sexual) y terapia conductual. Ninguno ha reportado resultados concretos y 100% efectivos.
Según Calcedo, para la castración química actual -común a todas las parafilias- se usan dos formas de tratamiento: uno es vía hormonal, inhibiendo la hormona testosterona, que es la que regula el deseo sexual en el cerebro. Y otra que reduce la producción de ellas a nivel de los testículos. Este tratamiento trae efectos secundarios, como daño hepático y ginecomastía, por lo que se debe evaluar antes de indicarlas.
Para Ana María Salinas, directora del Diplomado en Psiquiatría y Psicología Forense de la UDD, en nuestro país no hay un enfoque o terapia que haya demostrado efectividad. “Existe algún manejo cognitivo conductual, pero no hay nada que haya probado ser efectivo”. La especialista dice que, por lo mismo y mientras no se logre una respuesta en términos de tratamiento, estas personas no deben tener ningún tipo de contacto con niños. Lo mismo postula Gonzalo Ulloa, subcomisario y sicólogo del Instituto de Criminología de la PDI, quien asegura que “no hay ningún tratamiento específico para la pedofilia”. ¿Castración química? “Es una administración de medicamentos para que la patología se maneje desde un punto de vista biológico, pero hay que ver qué pasa a nivel de fantasías”, dice Salinas.
Seguimiento y control
Por lo mismo, Calcedo dice que las personas que han sido condenadas por un delito sexual en contra de menores deben tener medidas de seguridad y seguimiento permanentes. Esto incluye toda la tecnología disponible (como GPS) y también citaciones periódicas de control que permitan saber dónde está ese pedófilo, qué actividades está realizando y verificar si ha reincidido o no.
Según explicó este experto, un registro nacional de pedófilos es absolutamente recomendable, mientras su acceso sea restringido para que no ocurra como en algunos estados norteamericanos, en que estos datos son de dominio popular y la población llega hasta sus casas para denunciarlos y molestarlos. “Esto hace que ellos se escondan, traten de escapar y no acudan a sus controles, lo que hace más difícil su seguimiento”, explicó. Esto, más terapia química y sicológica permanente podrían ayudar a controlarlos con mayor efectividad. Por el momento, el único camino.

Plan piloto de castración química en el Reino Unido

En la prisión Whatton de Nottinghamshire, en el Reino Unido, la totalidad de los 840 reclusos son hombres que han sido condenados por delitos sexuales. El 70% de ellos por pedofilia. Es el más grande centro de rehabilitación sexual europeo.
Desde hace tres años se realiza un plan piloto, en el que participa voluntariamente un grupo de 60 reos que están recibiendo terapia conductual. A ellos se les ofrece un tratamiento químico que incluyen dos tipos de drogas: antidepresivos y bloqueadores hormonales que bajan su libido y con ello, los pensamientos e impulsos sexuales.
Según las autoridades de la prisión, el tratamiento da resultados en cuanto se reducen efectivamente los deseos de tener relaciones sexuales con menores, pero se ha medido sólo al interior del recinto.
El Dr. Kaul Adarsh, director clínico del Centro de Salud para el Delincuente en Nottinghamshire NHS Trust, explicó que los fármacos apuntan a bajar el volumen de los pensamientos sexuales y a reducir la presencia de testosterona con el fin de disminuir la excitación sexual.
“Los altos niveles de preocupación sexual y de excitación sexual son dos factores de riesgo muy importantes en los delincuentes sexuales de alto riesgo que hemos tratado. Ambos elementos han demostrado una mejoría estadísticamente significativa tras el tratamiento con la medicación adecuada”, dijo Adarsh a La Tercera.
En el caso del plan piloto que llevan a cabo en Whatton, todos los reos que participan en el plan piloto ya han estado asistiendo a sesiones de terapia conductual en el mismo centro.
Respecto de la respuesta al tratamiento en forma individual y la posibilidad de reinserción posterior en la sociedad, Adarsh aclaró que “todos los pedófilos no son iguales, por lo que su respuesta al tratamiento y, por lo tanto, su reinserción dependen de una serie de factores diferentes, incluyendo si son de alto o bajo riesgo”, señaló.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Legislando contra violadores


Política |7 Jun 2012 - 10:40 pm

Congresistas reaccionan ante el espantoso crimen contra Rosa Elvira Cely

Por: Redacción Política

La castración química y revivir los espacios en televisión en que se difundía la imagen de los violadores, son dos de los proyectos que parlamentarios buscan revivir en la próxima legislatura.

El pasado domingo, cientos de mujeres manifestaron su rechazo e indignación por el crimen contra Rosa Elvira Cely. / Gustavo TorrijosEl pasado domingo, cientos de mujeres manifestaron su rechazo e indignación por el crimen contra Rosa Elvira Cely. / Gustavo Torrijos
El asesinato de Rosa Elvira Cely revive el debate sobre qué hacer con los violadores. En medio de éste se escuchan propuestas como la prisión perpetua, la exhibición pública o la castración química. Todas propuestas que ya se empiezan a barajar en el Congreso de la República y dividen opiniones.
El senador Roy Barreras anunció el pasado miércoles que presentará un proyecto de ley para establecer la castración química. “Tenemos un problema social y penal claro: los violadores y asesinos no se resocializan. Son incurables. Hoy hay cerca de 1.000 violadores, 200 se encuentran en libertad condicional y ese es un riesgo de reincidencia. Por eso, una de las medidas que se podrían aplicar es la terapia hormonal de bloqueo”, explicó el parlamentario del Partido de la U.
Esta medida, según Barreras, ha sido probada con éxito en Francia, Polonia, España y Alemania. “Esta claro que no es suficiente, no va a curar un sociópata, pero si disminuye el riesgo de que reincidan. Le ofrece al juez un mecanismo para otorgar la libertad condicional. Es una manera de proteger a la sociedad de estos criminales”, insistió.
La propuesta de Barreras también tiene serios detractores. Para el constitucionalista Carlos Gaviria Díaz, la castración química sería volver a la época de las cavernas. “Renunciar a la resocialización, a que las personas dejen el crimen por conciencia, es completamente inadecuado y es contrario al espíritu de la Constitución”, sostuvo el expresidente de la Corte Constitucional. Desde el punto de vista jurídico, Gaviria sostiene que no tiene cabida, “pues el espíritu de la carta constitucional es humanista y se orienta en un sentido absolutamente contrario”.
La congresista Gilma Jiménez también se considera opositora a la iniciativa de Barreras y argumenta: “Seguiré insistiendo en la prisión perpetua para esos individuos. Sobre todo por la implicación simbólica que tiene. La castración química ha sido probada en todo el mundo y en muchos sitios no ha funcionado”.
Para Jiménez, este método es muy costoso y depende de que el individuo se tome la droga. “Pero además, la violencia sexual no siempre es genital. A la mayoría de los niños no los penetran, los abusan de otras formas, los ponen a tener sexo oral, los manosean o los obligan a hacer cosas, justamente para no dejar la huella del acceso carnal. En ese orden de ideas eso no serviría para nada”, refutó la legisladora del Partido Verde.
Por su parte, para la senadora Alexandra Moreno Piraquive, quien propone revivir los anuncios en televisión en los que se exhibía la identidad de los violadores, “eso son medicamentos que les bajan la lívido a las personas, pero creo que el Estado no tiene los recursos para esos tratamientos. Así que creo que es inviable. Por otro lado, para someter a una persona a una medicación tiene que haber un proceso previo que aquí no se hace. No lo veo ajustado a la realidad colombiana”, expresó.
Desde el punto de vista médico, el doctor Mario Santos, urólogo de la Clínica Reina Sofía, aseguró que la castración química o quirúrgica como método para suprimir la testosterona y evitar el impulso sexual no es un método óptimo para enfrentar a los violadores, porque nadie puede asegurar que el victimario tome juiciosamente la medicación. En el caso de la inyección semestral, la misma que se utiliza para el cáncer de próstata, el problema son los efectos secundarios, como la osteoporosis, lo cual no es para los médicos ético.
A juicio del doctor Santos, esta propuesta tampoco asegura que el violador no siga cometiendo delitos. “Si es un psicópata, la castración no es garantía, porque para hacer el mal, al violador le bastaría simplemente su desviación mental, así no sienta deseo sexual”.
En este sentido, Javier Augusto Rojas, psiquiatra forense y perfilador criminal, aseguró que la castración no puede ser una medida generalizada. Según él, existen violadores con motivaciones sexuales, otros es por rabia contra las mujeres o la sociedad y unos más padecen de parafilia, lo que anteriormente se conocía como aberraciones.
“Está demostrado que la castración ha dado mejores resultados cuando la misma persona pide voluntariamente la aplicación de esta medida, en lo cual probablemente encuentra un alivio, pero si someten a este método a una persona que viola por rabia, lo único que se lograría sería que el victimario se llene de más odio y salga a cometer delitos peores utilizando otros métodos”, concluyó Rojas.
  • Redacción Política | Elespectador.com


http://www.elespectador.com/impreso/politica/articulo-351862-legislando-contra-violadores

Pedófilos descrevem efeito de medicamentos antilibido


12 de junho de 2012  17h33  atualizado às 18h00

LIZ SHAW
Da BBC Brasil
Uma prisão na Grã-Bretanha está testando uma nova forma de tratamento para criminosos sexuais com o uso de medicamentos para reprimir a libido.
A prisão de Whatton em Nottinghamshire, região central da Inglaterra, abriga 840 detentos, todos eles condenados por crimes sexuais. Cerca de 70% dos presos são pedófilos. A prisão é o maior centro de reabilitação para criminosos sexuais da Europa.
Apenas os detentos que concordam em receber tratamento são enviados para esta prisão. O tempo de espera para os presos receberem o tratamento em Whatton pode chegar a três anos.
A maior parte dos programas de tratamento para criminosos sexuais tem como base sessões de terapia em grupo, mas os medicamentos antilibido já estão sendo usados em um projeto piloto.
Lynn Saunders, a diretora da prisão, introduziu o projeto com estes medicamentos em agosto de 2009. "Há alguns resultados animadores", disse Saunders. "O importante é que é voluntário, não há um elemento de coerção e não dá às pessoas um ''passe automático para sair da prisão''", acrescentou.
"Esta é uma das iniciativas para permitir que os prisioneiros provem que seu risco é reduzido." Mas apenas cerca de 60 detentos usam os medicamentos. Os gráficos, no entanto, mostram uma tendência à diminuição no tempo em que estes detentos pensam em sexo.
Cérebro e hormônios
Dois tipos de medicamentos são usados nesta experiência, os inibidores seletivos de recaptura de serotonina, também conhecidos como antidepressivos, e outro tipo são os anti-androgênicos.
"Um dos grupos de medicamentos age no cérebro, diminui o volume de pensamentos sexuais. O outro diminui o hormônio sexual testosterona. Ao fazer isso, diminui o desejo sexual", explica Adarsh Kaul, diretor-clínico do setor de saúde de detentos do NHS (o sistema de saúde britânico) da região de Nottimghamshire.
David (nome fictício) tem mais de 30 anos e está cumprindo sua sentença depois de admitir um crime envolvendo sexo pelo telefone com uma adolescente de 14 anos. "Não consigo imaginar como deve ser difícil para ela", disse David, acrescentando que o crime que cometeu pode afetar a vítima para o resto da vida.
David descreveu como costumava criar fantasias envolvendo adolescentes. Agora que se voluntariou para o tratamento com antidepressivos, ele afirma que a preocupação com pensamentos sexuais teve uma redução significativa.
"Quero ter certeza de que não vou mais cometer crimes. Entendo que a percepção na comunidade, de que possivelmente eu sou mau, mas, pessoalmente, acredito que meu crime tenha sido mau, não eu."
Robert (nome fictício), sentenciado em 2008 por estuprar meninas durante vários anos, é outro voluntário que toma os medicamentos na prisão de Whatton. Ele afirma que queria reprimir os pensamentos constantes sobre sexo. "É um inferno. Você não consegue pensar em mais nada", conta.
Mas, Robert afirma que prender uma pessoa para o resto da vida, sem chance de reabilitação, não é a solução. "Também somos seres humanos. Cometemos grandes erros em nossas vidas, é verdade. Mas acho que merecemos a chance de reabilitação, como qualquer outro prisioneiro."
"O que estamos descobrindo com os programas de tratamento e os medicamentos é que os homens podem mudar e eles podem assumir a responsabilidade pelo gerenciamento de seus comportamentos", disse Kerensa Hocken, psicóloga na prisão de Whatton e encarregada dos programas de tratamento dos detentos.
Consequências
Nem todos concordam com a possibilidade de reabilitação destes prisioneiros. Peter Saunders, vítima de abuso sexual infantil e que agora lidera uma organização de caridade que dá apoio a adultos que foram vítimas destes crimes, acredita que o tratamento para estes detentos precisa ser diferenciado.
"Crimes contra crianças são únicos, são diferentes de todos os outros crimes. Alguém que destrói a inocência, que ofende, machuca, viola uma criança precisa aceitar que está colocando seus direitos humanos em risco", disse.
"Crianças têm apenas uma chance na infância. A vítima provavelmente terá que viver com as consequências para o resto da vida." O tratamento com os medicamentos que inibem a libido é feito em um ambiente muito controlado, dentro da prisão. E a psicóloga Kerensa Hocken admite que, fora da prisão, as tentações para estes detentos podem ser diferentes, um pedófilo poderá ver crianças diariamente quando sair da prisão.
"Passamos muito tempo praticando como eles vão lidar com este tipo de situação, quando eles se aproximarem de uma criança pela primeira vez, como serão suas reações, quem eles podem procurar para conseguir apoio", disse.
Mike (nome fictício) é outro prisioneiro de Whatton que está tomando os medicamentos voluntariamente. Ele relata que é pedófilo e fez "centenas, possivelmente milhares" de vítimas.
"Queria ter participado deste programa há anos", afirma. "Desde que comecei com os medicamentos, meu comportamento mudou completamente (...). É um alívio não pensar em sexo o tempo todo. Ser capaz de conversar com uma mulher. Ser capaz de ver uma mulher como um ser humano, não um objeto sexual."
Quando perguntado sobre como vai ser se ele sair da prisão, voltar à vida em comunidade e entrar em contato com jovens mulheres, Mike afirma que está preocupado. "Honestamente, é assustador", disse.
"Mas, espero que no momento em que eu for visto como um ex-detento em uma situação segura o bastante para ser libertado, terei apoio, pessoas a quem posso recorrer caso sinta que estou voltando para aquele caminho. Não quero fazer mais nenhuma vítima."

Mãe e padrasto são suspeitos de drogar e estuprar bebê, em Goiás



01/06/2012 19h27 - Atualizado em 01/06/2012 19h27


Criança de 1 ano e 8 meses está internada em Anápolis, em estado grave.
Mãe nega acusações e diz que a cocaína estava no meio dos brinquedos.

Mãe e padrasto são suspeitos de estuprar bebe de 1 ano, em Pirenópolis (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Mãe e padrasto são suspeitos de estuprar e drogar
bebê (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)


A mãe e o padrasto de uma menina de 1 ano e 8 meses são suspeitos de drogar a criança na cidade de Pirenópolis, a 127 quilômetros de Goiânia. Segundo a delegada Ginia Maria Eterna, a garota, que está internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de Anápolis, região central do estado, apresenta também sinais de violência sexual. A comprovação foi feita por meio de exames realizados no Instituto Médico Legal (IML), após solicitação do Conselho Tutelar.
A menina foi levada para um hospital dePirenópolis na quinta-feira (30) com convulsões. Ela foi transferida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para Anápolis e, no caminho, sofreu parada cardiorespiratória. Sem conseguir identificar o problema da menina, os médicos fizeram um exame de urina e constataram altas doses de cocaína no organismo.

De acordo com a delegada Ginia Maria Eterna, responsável pelo caso, a mãe da garota nega qualquer envolvimento. A mulher de 28 anos está grávida de nove meses do terceiro filho – ela tem outro filho de três anos - e não foi presa por falta de flagrante. O padrasto também está em liberdade.
Investigação
“A mãe diz que estava dormindo quando as crianças saíram da casa e ficaram brincando próximo da rua. De acordo com ela, entre os brinquedos, a menininha encontrou um papel alumínio que teria vestígios de cocaína”, explica a delegada. Os brinquedos foram apreendidos para averiguar se há vestígios de droga e como ela teria parado lá. “Já instauramos inquérito para apurar possíveis maus-tratos e o crime de estupro de vulnerável”, conta Ginia Maria.
A pediatra da criança, Gina Tronconi, informou ao G1 na noite desta sexta-feira (1º) que o quadro da menina é considerado grave. Ela respira com a ajuda de aparelhos. Horrorizada, a pediatra diz que é cedo para falar em sequelas, mas que o maior risco que a garota corre é o de morrer.
“Sinceramente, nunca tinha visto isso em 30 anos de profissão. Já vi inimagináveis tipos de agressão contra criança. Mas igual a essa, não. Ela chegou aqui e aparentemente não tinha sinais de maus-tratos. É chocante”, afirma.

http://g1.globo.com/goias/noticia/2012/06/mae-e-padrasto-sao-suspeitos-de-drogar-e-estuprar-bebe-em-goias.html