quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Minha história: Catarinense de 20 anos leiloa virgindade pela internet


26/09/2012 - 06h30

Depoimento a NATÁLIA CANCIAN

DE SÃO PAULO

A brasileira Catarina Migliorini, 20, está leiloando sua virgindade, por intermédio de uma produtora australiana. A "experiência" faz parte do documentário "Virgins Wanted", que conta a história de dois jovens antes e depois da primeira vez.

Os lances, feitos pela internet, já chegam a US$ 155 mil. Com o dinheiro, quer abrir uma ONG e investir num projeto de casas populares para famílias pobres de Santa Catarina, onde nasceu.
Leia abaixo o depoimento dela:
*
Estou nesse projeto há dois anos. Começou quando vi uma reportagem sobre um cineasta australiano que estava à procura de uma virgem.
Pensei: sou virgem, vou me inscrever. Foi por impulso que eu, menininha de 18 anos, resolvi me inscrever. Achei que não receberia resposta.
Pouquinho tempo depois recebi um e-mail do produtor pedindo para conversar comigo, via Skype. Depois disso, ele pediu um teste de cena, e gravamos. E assim foi.
Quando deu certo, fiquei feliz. Eu era de uma cidade pequena em Santa Catarina, e um cineasta australiano me escolheu! Pensei: vou seguir com isso e ver onde vai dar.

Catarinense leiloa virgindade

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A catarinense Catarina Migliorin, 20, está leiloando sua virgindade pela internet e diz que usará dinheiro para construir casas populares
E aqui estou. Vim direto para a Indonésia, há um mês, gravar o documentário. Vai relatar a minha vida e a do Alex [Stepanov], dois virgens.
Nunca fizemos sexo e estamos a ponto de fazer com uma pessoa desconhecida.
Neste momento, estou em um hotel, em Bali. É como um reality show, mas sem filmagens o dia inteiro.
Uma das partes do documentário é um leilão, na internet, em que o prêmio é a minha virgindade. Não penso muito no valor.
MENINA ROMÂNTICA
Sempre fui uma menina muito, muito romântica. Quando souberam, minhas amigas não acreditaram.
O que eu posso te dizer agora é que o leilão, para mim, é um negócio. Mas não deixei de ser romântica de forma alguma. Acredito com todas as forças no amor.
Nunca tive namorado. O meu primeiro beijo foi aos 17. Enquanto muitas meninas da minha idade tinham feito muitas coisas, não sabia o que era sexo. Hoje sei, tem os meios de comunicação, né? [ri].
O leilão termina em 15 de outubro. Depois, vamos ter uns dez dias para organizar o local e para o vencedor fazer os exames para provar que não tem nenhuma doença sexualmente transmissível.
Também vou mostrar um teste para provar que sou virgem. E aí vou ter minha primeira vez. Ela vai acontecer nos ares. A produtora vai alugar um avião particular, que vai da Austrália para os EUA.
NO CÉU
O ato será consumado no céu. Pensamos nisso para que não haja nenhum problema com a legislação dos países [prostituição não é crime em território brasileiro, mas tirar proveito dela, seja de que forma for, configura um delito].
É claro que a minha primeira vez não será filmada. Não é pornô, senão eu morreria de vergonha [ri]. O produtor vai filmar até eu entrar no avião.
O vencedor do leilão vai ter direito a ficar ao menos uma hora comigo. Mais que isso, vai depender do momento.
O comprador não pode levar outra pessoa, querer realizar fantasias, usar brinquedo sexual, nada. Também é obrigatório o uso de camisinha e só pode tirar a virgindade, nada mais.
Conversar pode. Mas beijar, não. Beijar não está no contrato.
Imagino que vá ser um homem com uma idade superior à minha. Mas não fico criando expectativa. Não espero que seja um mar de rosas, mas, de repente, pode ser um cara legal, compreensivo, que pense: "Poxa, vamos com calma, a guria é virgem".
UMA VEZ
Para mim, não é prostituição. Quando alguém faz uma coisa uma vez na vida, não é considerado dessa profissão. Se você tira uma foto e sai legal, não é fotógrafo por isso.
Não vejo problema com a prostituição. É a profissão mais antiga do mundo e deveria ser legalizada. Há uma frase de um filósofo que gosto muito, o Henry Thoreau: "A opinião alheia é um fraco tirano se comparada com a nossa opinião sobre nós mesmos".
O que mais me preocupa é que a minha família sofra.
Meu pai soube nesta semana. Quando vi que iriam sair as primeiras matérias, decidi contar. A princípio, ficou meio nervoso e não gostou. Mas depois que mostrei minhas ideias, ele se acalmou.
O dinheiro vai ficar todo para mim, não com a produtora. Pretendo criar um projeto que ajude as famílias a terem seu próprio lar. Não sou hipócrita de dizer que vou usar todo o valor para isso.
Meu plano também é estudar medicina na Argentina. Já estava até matriculada, mas decidi adiar e vou em 2013. Tenho 20 anos, sou responsável pelo meu corpo e não estou prejudicando ninguém.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1159380-minha-historia-catarinense-de-20-anos-leiloa-virgindade-pela-internet.shtml

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

THIS MACHINE MAKES ORGASMS


By Pavel Čejka

Women who suffer from anorgasmia are victims of the most terrible non-life-threatening condition imaginable: They are unable to achieve orgasm. Ever. Not even with a vibrator, a bottle of wine, and a DVD of The Notebook. Fortunately, Prague’s Alternative Science Research Group has been working to solve this problem for the past seven years and they might have come up with a way to thaw even the most frigid of loins.
Their device, the Multistim, looks complicated and vaguely threatening, but if you hook your vibrator up to it, it transforms into a super vibrator that has the potential to make women with anorgasmia quiver like Mexican jumping beans being held by an epileptic. We asked Tomas Suchan, one of the minds behind the Multistim, to explain how his invention works.

VICE: So, lets’s say I’m a lady who wants to use the Multistim to have some mind-melting orgasms. How do I operate it?
Tomas Suchan: Well, you can connect a few appendages to it, including the standard vibrator, and the device will create vibrations specifically designed for your body. Based on our calculations and experiments we determined the ideal vibrations that affect each person. So you can set the unit to, for example, a mode where you will bring a woman to the brink of an orgasm three times, turn off the stimulation, and then make her come five times in a row.

Whoa. I know different women like different sensations though. Can you customize the vibrations?
A person can create their own profile and record the progress of their past stimulations. Let’s say that you record five parts of the stimulation you like; based on that, the unit can generate a sixth one tailored to you.

What else can it do?
The unit supports Bluetooth. There is also a special client developed for computers, so yes, you can control the unit over the internet from 1,200 miles away and stimulate your partner. You can even take the unit outdoors. It has a battery life of about 40 hours. You can also charge it through a solar panel.

Holy shit. How much does it cost?
The unit is going to be sold for something like 1,000 euros. And from the profits we want to gain more funds for anorgasmia research.

Male orgasm: When ejaculation is a problem



Posted on September 18, 2012

The topic of male orgasm is not very common. However, for some men and their partner, a sexual act can be a cause of stress. As opposed to having the problem of ejaculating too early (premature ejaculation or PE), some men find it hard to reach orgasms.  This sexual disorder is known as male anorgasmia and can have detrimental effects on the individual and his sexual and sentimental relationships.

Male orgasm: What happens when it’s not possible?

man in bed1 Male orgasm: When ejaculation is a problem
Men who experience male anorgasmia can have full erections, engage in normal intercourse with penetration, and some of them can achieve orgasm through manual or oral stimulation and have “wet dreams” (nocturnal ejaculations while asleep). However, they are not able to experience orgasms during intercourse.
According to the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th Ed. (DSM-IV), male orgasmic disorder (male anorgasmia) is a “persistent or recurrent delay in, or absence of, orgasm, following a normal sexual excitement phase.” Individuals with this disorder can have full erections, engage in normal intercourse with penetration, and some of them can achieve orgasm through manual or oral stimulation and have “wet dreams” (nocturnal ejaculations while asleep). However, they are not able to experience orgasms during intercourse.

Causes of male orgasm problems

Male orgasmic disorder is considered rare. Not many men come forward to report their experiences with their inability to ejaculate. However, these are known causes for the disorder:
  • Environmental: Stress, lack of rest, conflicts within the relationship, and performance anxiety (making orgasm the top priority during sex, for instance) can all contribute to impaired ejaculations.
  • Psychological: Past sexual trauma, guilt, fear of impregnation, fear of losing control and conflicts within the relationship may cause anorgasmia.
  • Medications: Antidepressants can be a leading cause of medication-induced anorgasmia. Many antidepressants have side effects that affect sexual function.
  • Lifestyle: Drinking, smoking, recreational drugs and poor health habits can cause anorgasmia.
  • Disease: Obesity, cardiovascular diseases, surgery, chronic pain, pulmonary conditions and diabetes, among others, can cause sexual dysfunctions in men.

What to do?

worried man1 380x296 Male orgasm: When ejaculation is a problem
As opposed to having the problem of ejaculating too early (premature ejaculation or PE), some men find it hard to reach orgasms. This sexual disorder is known as male anorgasmia and can have detrimental effects on the individual and his sexual and sentimental relationships. (Shutterstock photos)
  • Psychological therapy: Therapy for male orgasmic disorder focuses on eliminating performance anxiety and making sure to focus on a lot of physical stimulation during the sexual act. Find a sex therapist, sexologist or sex coach that can assist you.
  • Medications: If the anorgasmia is medication-induced, changing the type of medication can be of help. However, do not decide to do this on your own. Consult with your doctor before starting, stopping or altering prescriptions timings and dosages.
  • Masturbation: Focus on masturbation without the goal of reaching an orgasm. Focus on the sensations and the feelings associated with the touch. If you have a partner and feel comfortable, engage your partner in the masturbation sessions. Practice until you feel comfortable and orgasm happens naturally.
  • Oral sex: If and or when you are able to ejaculate via masturbation, incorporate oral sex sessions without the goal to orgasm. Enjoy the experience and relax until you are able to orgasm.
  • Anal stimulation: For some heterosexual men, the thought of anal stimulation makes them uneasy. However, anal stimulation can be very effective to trigger orgasm due to prostate gland stimulation. As with masturbation and oral sex, start slow until you get used to the sensations.
Male orgasmic disorder or anorgasmia in men can be treated and remedied. Practice, relax and enjoy the ride and you should see improvements.
http://www.voxxi.com/male-orgasm-ejaculation-problem/

SEXTING : LO ÍNTIMO CADA VEZ MÁS PÚBLICO


El envío de imágenes eróticas por móvil es una práctica en alza. Los expertos alertan que una vez enviado el material, el dueño pierde el control.

Noticias de Mar del Plata - SEXTING : LO ÍNTIMO CADA VEZ MÁS PÚBLICO
Solo hace falta el propio cuerpo y un móvil para hacer sexting. Esto es, enviar mensajes, fotos o grabaciones eróticas o sexuales captadas por uno mismo a otra persona a través del teléfono o Internet. Muchos piensan que se trata de sexo seguro, al no haber posibilidades de embarazo o contraer enfermedades de transmisión sexual. Pero expertos en nuevas tecnologías y sexología advierten de que tiene importantes riesgos. Una vez se ha enviado el material, el dueño pierde el control, y se abre la posibilidad de que se difunda de manera masiva.
“Mostrar tu excitación no es novedoso”, asegura Andrés López de la Llave, director del máster de sexología de la UNED. “En el siglo XVIII se escribían cartas eróticas, porque ese era el medio de comunicación. Ahora se hace por Internet”, explica el psicólogo. Compartir sexo no es nuevo, dice el experto, pero reconoce que hay que reflexionar sobre la “potencia” de los medios actuales. Internet permite que mensajes, vídeos o imágenes se multipliquen incontroladamente. Pero pese al riesgo de pérdida de privacidad, el sexting es una práctica en aumento, sobre todo entre los más jóvenes, según indican estudios recientes.
Una investigación de la Academia Americana de Pediatría revela que un 15% de adolescentes estadounidenses entre 12 y 18 años practica sexting. Un informe realizado por el Instituto Nacional de Tecnologías de la Comunicación (Inteco) publicado en noviembre de 2011 arroja que un 1,5% de menores de 10 a 16 años envía mensajes de contenido erótico o sexual, mientras que un 4,3% los recibe. Entre los adultos. Un 42,8% de personas de 18 a 24 años declaró que compartía material íntimo, según una encuesta realizada por la Universidad de Michigan el pasado mayo.
“Es una conducta más dentro de la seducción”, opina María Pérez Conchillo, presidenta de la Academia Española de Sexología. “No pasa nada por hacerlo, pero hay que tener en cuenta que no hay seguridad de que quede en la esfera íntima”, añade. Una vez que una imagen sale a la luz es incontrolable, según los expertos.
El último caso sonado ha sido el de la concejal de Los Yébenes Olvido Hormigos, cuyo vídeo sexual —difundido por un amigo— ha dado la vuelta al mundo y puede verse en páginas web extranjeras. “Esa foto te va a perseguir el resto de tu vida. Seguramente quede en Internet para los siglos”, afirma Pérez San-José. El experto en nuevas tecnologías apunta la dificultad de borrar una imagen de la Red, que puede acabar alojada en un servidor en cualquier país. Eso sin contar las copias en sus dispositivos que pueden guardar millones de usuarios aunque se haya retirado la información inicial.
Las consecuencias de que imágenes eróticas trasciendan la esfera íntima sin que sea deseado “pueden ser devastadoras”, según Pérez Conchillo. La pérdida de privacidad y los riesgos psicológicos pueden afectar a todo el mundo, pero en menores son “especialmente graves”, dice Pérez San-José. Los niños son más susceptibles de sufrir sextorsión (amenazas) y cyberbulling (acoso). “Hay que tener en cuenta que el sexo se usa como chantaje”, subraya Pérez Conchillo.
La investigación de la Universidad de Michigan Sexting entre adultos jóvenes apunta que la mayoría de personas que lo practican lo hacen con su pareja romántica. “Pero el esplendor amoroso se acaba”, recuerda la presidenta de la Academia de Sexología.
La mayoría de revelaciones de material erótico privado las difunden precisamente exparejas, según afirman los expertos. Normalmente, esta venganza por la ruptura se hace en redes sociales, pero también existen páginas especializadas para colgar este material. En Pantallas Amigas, web que promueve el uso responsable de las nuevas tecnologías, han detectado que algunos jóvenes procuran grabar a sus compañeros sentimentales para evitar el fin de la relación amenazando con la publicación. Este tipo de sextorsión no es único. También se practica el chantaje para conseguir más imágenes o favores sexuales.
Pérez Conchillo ha tratado en su clínica casos como el que narra: “No se atrevía ni a salir a la calle”, cuenta de una chica a la que su exnovio grabó practicando sexo y después envió el vídeo a todo el pueblo. Para evitar este tipo de situaciones, Jorge Flores, director de PantallasAmigas, insiste en que lo primero es valorar con quién se comparte material íntimo. “Los chavales practican sexting como parte del flirteo, cuando aún no hay una relación”, alerta. Existe incluso una moda incipiente de enviar fotos o vídeos eróticos a números al azar para que los reciba un desconocido.
“El problema es que los jóvenes mandan los mensajes sexuales de forma indiscriminada, lo que es propio de la conducta irreflexiva de la adolescencia”, explica Pérez Conchillo. López de la Llave coincide: “Tienen menos capacidad de visión de futuro”. Ambos insisten, sin embargo, en que la práctica del sexting no es mala en sí misma. Pero recomiendan educación sexual que incluya información sobre nuevas tecnologías. El gerente de Inteco —que en febrero publicó una guía para la prevención del sexting en menores— también cree que la formación es fundamental. “Muchos adolescentes creen que lo que hacen en Internet o con el móvil es anónimo. Lo que demuestra un profundo desconocimiento”, dice.
Además del riesgo de pérdida de privacidad —con las consecuencias psicológicas que eso pueda provocar—, el sexting tiene una dimensión legal. “Tener o reenviar fotos de menores desnudos es un delito, incluso si el que lo hace es otro menor”, recalca Pérez San-José. En PantallasAmigas recibieron en 2011 la consulta de un padre al que le había llegado una denuncia contra su hijo, acusado de poseer en su móvil una foto de una niña desnuda (que ella misma le había enviado sin mediar coacción).
Los desarrolladores de aplicaciones para móvil han dado respuesta a esta necesidad de compartir sexo de manera segura. Existe un servicio para iPhone con el que se pueden compartir fotografías de desnudos, que se borran del aparato receptor en 10 segundos. Sin posibilidad de copia o reenvío. Otras aplicaciones permiten bloquear imágenes, que solo serán visibles si se conoce una clave.
Pero el desnudo no es la única información privada que se puede utilizar en este modo de flirteo online. Algunas aplicaciones permiten decir cuándo se mantuvo la última relación sexual, dónde y cuánto duró. Normalmente, estos servicios solo son accesibles para mayores de edad, pero los menores utilizan otras vías a su alcance, como mensajes, whatsapp o redes sociales. En estas últimas existen grupos para compartir toda suerte de material erótico, desde fotografías de exnovios hasta el número de teléfono para sextear.
Cuando la información privada salta a la esfera pública es prácticamente irreversible. Pérez Conchillo señala que la consecuencia que pueda tener para la persona depende de la importancia que cada uno le otorgue a la privacidad. Cree, además, que llegará un momento en el que la existencia de imágenes íntimas en Internet será “más normal”. Ahora, sin embargo, “el sexo se entiende como algo negativo. Esto solo se puede explicar por la asociación al pecado que se hace desde la religión”, argumenta Pérez Conchillo. Por eso la difusión de este tipo de información se utiliza a veces para acosar, insultar y vapulear públicamente a una persona a través de Internet y dispositivos móviles. Es lo que se conoce como cyberbullying.
El sexo, online o presencial, no es nuevo. Pero las maneras de practicarlo evolucionan a la par que la sociedad. Las nuevas tecnologías cambian la conducta de las personas, desde el trabajo hasta la cama. Unas veces se utilizan bien y otras no tanto. Mejor, si se está prevenido.
PARA EL PAÍS - ALEJANDRA AGUDO 
http://www.codigomardelplata.com/ver_noticia_mar_del_plata.asp?codigo=9623

Maiores vítimas de abuso sexual, adolescentes têm dificuldade de denunciar agressores


24/09/2012 - 07h00

RENATA D'ELIA

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


"Não conte para a mamãe", dizia o pai da escritora inglesa Toni Maguire.
O pedido, no entanto, não era sobre uma travessura ou uma sobremesa exagerada --ele abusou sexualmente da filha por oito anos, talvez com consentimento da mãe.
A história está no livro que Toni lança agora, com título igual à frase do pai (Bertrand Brasil, R$ 34, 308 págs.). E é um entre milhares de casos, no Brasil e no mundo.
Abuso sexual é crime e assim deve ser tratado. E são justamente os adolescentes suas vítimas mais frequentes.
Geralmente confundido com estupro ou atentado violento ao pudor, o abuso tem particularidades.
Entre as situações que o configuram está incesto (relação sexual entre membros da mesma família), masturbação forçada, carícias com intenções sexuais, exibicionismo e sedução com presentes.
Em torno disso tudo, a tortura psicológica e, às vezes, o uso da força ou de algum tipo de poder.
De acordo com um levantamento deste ano da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, nos último anos triplicou o número de adolescentes que sofreram abuso e foram atendidos pelo Núcleo de Violência Sexual e Aborto Previsto em Lei do Hospital Pérola Byington, referência nacional no assunto.
Cerca de metade das vítimas tem entre 12 e 17 anos, totalizando mais de 750 casos em 2011 --a conta também inclui garotos.
Enquanto adultos são geralmente abordados por desconhecidos em lugares públicos, no trajeto para o trabalho ou para a faculdade, crianças e adolescentes costumam ser violentadas no ambiente privado ou familiar e ao longo dos anos.
CRIME E CULPA
"Muitas vezes, elas mantêm um temor reverencial pelo agressor e por isso não revelam o que se passa", afirma a psicóloga Daniela Pedroso, diretora do núcleo do Pérola Byington.
Segundo ela, é comum que haja, além da vergonha, uma espécie de culpa indevida.
"Elas passam por um período agudo de estresse pós-traumático que pode desencadear depressão, ideias de suicídio, dificuldades de relacionamento e uso de drogas. E a pessoa pode se tornar mais vulnerável a outros abusos ao longo da vida."
Mudanças bruscas de comportamento, queda de rendimento escolar e desinteresse em atividades de rotina devem ser observados pelos familiares e amigos.
Para Raquel (os nomes das vítimas são fictícios), 22, que sofreu abuso aos 16 anos, o pesadelo veio do primeiro namorado, quando morava no interior de Minas Gerais.
"Eu era virgem e nunca tinha conversado sobre sexo. Um dia me excedi na bebida e mais tarde acordei completamente desnorteada, nua, com dor e sangrando. Ele estava rindo, como se tudo aquilo fosse normal", relata.
Após anos de confusão mental e prejuízos nos relacionamentos, Raquel procurou ajuda psicológica.
"As pessoas tendem a condenar a mulher. Era como se eu tivesse culpa por ter bebido, e não o homem por ter abusado."
Já Carla, 19, procurou atendimento psicológico com ajuda do namorado, após confidenciar ter sofrido abuso pelo padrasto, dos sete aos 14 anos.
"Ele tinha um ciúme obsessivo por mim e me impedia de ver os amigos. Uma tia até desconfiava, mas o resto da família dizia que ela era louca", conta.
Os abusos aconteciam de madrugada, enquanto a mãe de Carla trabalhava. Ela tinha medo até de dormir.
"Ele me imobilizava, fazia chantagens e ameaças. Uma vez, gritei no meio da noite, mas minha mãe não percebeu. Ou fez de conta que não ouviu, para não admitir o pior. Depois descobri que ela também sofreu o mesmo no passado. Eu sou filha de um estupro."
Em caso de gravidez originada de abuso sexual, a mulher pode optar por um abortamento legal até a 12ª semana de gestação.
"A vítima entra e sai pela porta da frente do hospital, sem sofrer qualquer represália ou preconceito", afirma Daniela Pedroso.
Estatísticas do Pérola Byington apontam que, entre as que engravidaram em decorrência de estupro, 90% optam pelo abortamento legalizado, 9% mantêm o bebê e apenas 1% prefere entregá-lo para adoção.
Abusos contra garotos são mais raros, mas seguem o padrão mais comum: como elas, eles geralmente são vítimas de pessoas próximas.
Em qualquer que seja o caso, ou seja lá quem for o agressor, é preciso força para denunciar à polícia ou à Justiça, que têm medidas capazes de dar amparo e encontrar soluções, além de ajuda médica e psicológica.
ONDE PROCURAR AJUDA SE SOFREU ABUSO SEXUAL
Disque 100: serviço nacional para denúncias de violência sexual
- Em SP, o hospital Pérola Byington (av. Brigadeiro Luís Antônio, 683, tel. 0/xx/11/ 3248-8000) tem atendimento médico e psicológico especializado
- O Pavas (Programa de Atenção às Vítimas de Abuso Sexual) atende crianças e adolescentes de ambos os sexos e é gratuito. Tel.: 0/xx/11/3061-7726
- O CNRVV (Centro de Referência às Vítimas da Violência) oferece programas e políticas de intervenção. Tel.: 0/xx/11/3866-2730

http://www1.folha.uol.com.br/folhateen/1158106-maiores-vitimas-de-abuso-sexual-adolescentes-tem-dificuldade-de-denunciar-agressores.shtml

sábado, 22 de setembro de 2012

Castração química não é compatível com a Constituição


Artigos

16setembro2012
PENA PERPÉTUA

Por Mara Elisa de Oliveira

Recentemente acendeu-se no país a discussão acerca da introdução em nosso ordenamento jurídico da castração química. O método consiste na aplicação de injeções hormonais para inibir o apetite sexual de condenados por crimes sexuais, levando o apenado à impotência para o ato sexual.
No Brasil, já no ano de 2002, o então deputado Wigberto Tartuce (PPB-DF) apresentou o Projeto de Lei 7.0212, que defendia a pena de castração, realizada com recursos químicos, para quem cometesse o crime de estupro. Na época, o projeto de lei foi repudiado pela comunidade jurídica, tendo sido o projeto considerado flagrantemente inconstitucional.
No ano de 2007, o senador Gerson Camata (PMDB-ES) propôs o Projeto de Lei do Senado Federal 552/07, o qual visa a acrescentar o artigo 216-B ao Código Penal brasileiro, cominando pena decastração química ao autor dos crimes tipificados nos artigos 213, 214 (hoje já revogado pela Lei 12.015/2009), 218 e 224 (também revogado pela Lei 12.015/2009) do Código Penal brasileiro, quando o autor do crime for considerado pedófilo.
Tratando-se de tema causador de profunda polêmica, não só no meio jurídico e científico, ante aos riscos da medida frente à salvaguarda dos direitos dos apenados, como também em toda sociedade, que cada vez mais clama por respostas mais eficazes do sistema penal na repressão aos crimes sexuais, é mister que se faça uma análise acerca da constitucionalidade do instituto no ordenamento pátrio, observando, assim, sua compatibilidade com os princípios consagrados na vigente Carta Política.
O método de castração químicaA castração química é uma forma temporária de castração ocasionada por medicamentos hormonais. A Depo-Provera, uma progestina, é uma das drogas mais utilizadas com esta finalidade. “Depo-Provera” é um dos nomes comerciais do acetato de medroxiprogesterona, medicamento utilizado para controle de natalidade que, se administrado em injeções semanais em indivíduos do sexo masculino, inibe o apetite sexual. Sua ação reduz os níveis de testosterona nos homens, diminuindo os níveis de andrógenos no sangue, o que, ao menos em tese, reduziria as fantasias compulsivas sexuais de alguns tipos de agressores.
O tratamento com o acetato de medroxiprogesterona é uma resposta inserida no ordenamento jurídico de alguns países com vistas a reduzir as taxas de reincidência de alguns tipos de crimes sexuais, sobretudo nos casos de parafilia — padrão de comportamento sexual no qual, em regra, o desvio se encontra no objeto do desejo sexual, como, por exemplo, crianças — ou em casos em que os desejos biológicos são incontroláveis e expressos em forma de fantasias sexuais que normalmente só podem ser satisfeitas por meio de violência ou compulsão.
É mister ressaltar que essa forma de castração química só é útil no caso de agressor do sexo masculino, pois o efeito do Depo-Provera em mulheres não apresenta a redução do desejo sexual como efeito, na maioria dos casos.
Alguns estudos realizados nos Estados Unidos, país onde alguns estados adotam a prática da castração química, têm demonstrado que a utilização do regime de injeções semanais de Depo-Provera reduziu as taxas de reincidência dos crimes sexuais, numa média aproximada de 70% para o valor mínimo de 2%.
No que concerne aos efeitos colaterais e à reversibilidade do método, há bastantes controvérsias. Enquanto alguns dizem que os efeitos colaterais da droga são raros, outros apontam que a droga pode causar vários efeitos colaterais, como o aumento de peso, fadigatrombosehipertensão, levedepressãohipoglicemia e raras mudanças em enzimas hepáticas.
Além disso, pode aumentar a pressão arterial em indivíduos do sexo masculino a níveis perigosos, além de poder causar ginecomastia. Outros efeitos secundários, tais como a formação de depósitos anormais de gordura no fígado, ainda estão sendo investigados.
No Projeto de Lei do Senado Federal 552/07, a submissão do condenado à castração química deverá ser voluntária durante o período de livramento condicional. O tratamento será administrado depois que uma comissão, formada por psicólogos e psiquiatras, realizar atendimento psicossocial no período de reclusão. O uso do hormônio semanalmente deverá se iniciar antes da soltura e, em caso de reincidência, a pessoa voltará à prisão e perderá o direito à detração da pena.
Direito comparadoA castração química já vem sendo adotada em países como os EUA e Polônia. Nos Estados Unidos, o estado da Califórnia foi o primeiro a prever em seu Código Penal a castração compulsória como punição para criminosos sexuais e, hoje, pelo menos mais cinco estados já adotaram a castração química por meio de medidas legislativas (FlóridaGeórgiaTexasLouisiana e Montana).
Na Polônia também foi criada uma lei para impor a castração química aos molestadores de crianças. Na Inglaterra, uma petição eletrônica com mais de 30 mil assinaturas já foi encaminhada ao Poder Legislativo para análise. Já na França, o ex-presidente Nicolas Sarkozy, após tomar conhecimento do estupro de uma criança de apenas 5 anos por um molestador que havia acabado de receber liberdade, reacendeu a polêmica sobre a castração química.
Na Itália, a castração química voluntária é muito discutida, como meio alternativo à pena de prisão ou servindo como desconto desta. A chamada “terapia antagonista de testosterona”, denominação por que também é conhecida a medida, vem ganhando adeptos, sobretudo tendo em vista o crescimento de crimes de cunho sexual nos últimos tempos. Naquele país, diferentemente do projeto de lei brasileiro, a castração química só pode ser aplicada com o consentimento do condenado; não consentindo, cumprirá a pena de prisão.
Na verdade, a castração química já existe e é aplicada há muito tempo por profissionais qualificados de forma não oficial, nas pessoas voluntárias. Esse método é também utilizado legalmente na Suécia, Alemanha e Dinamarca.
No BrasilPor causar uma redução drástica no apetite sexual compulsivo dos criminosos sexuais, a castração química é vista por muitos como medida benéfica e viável, afirmando seus defensores que seus efeitos colaterais compensam-se pelos seus benefícios e que sua utilização é um avanço no sentido de individualização da pena, bem como na prevenção de novos crimes.
Ocorre, entretanto, que tal medida não se pode considerar como compatível à ordem Constitucional brasileira.
Assim é porque, primeiramente, a castração química fere o princípio da proporcionalidade. Este princípio pode ser entendido como o exame da adequação de determinado ato estatal ao seu fim, viabilizando-se o controle de sua razoabilidade, com fundamento no artigo 5º, LV, da Carta Política; o exame da proporcionalidade é, em último caso, a própria fiscalização de constitucionalidade das prescrições normativas emanadas do Poder Público. Ressalte-se que também é papel do Poder Judiciário evitar que excessos prejudiquem a aplicação do direito, devendo pautar sua atuação pela ponderação, de forma racional, para que jamais sejam os sujeitos privados de direitos que lhes são inerentes.
Por esse motivo, a pena de castração química, quando prevista como pena ou mesmo como tratamento voluntário, não pode se considerar proporcional, vez que pune o autor do crime com medida muito mais drástica que àquelas penas previstas para muitos outros delinquentes que cometeram crimes por vezes tão graves ou até piores que a por ele perpetrada.
Além disso, o método da castração química fere também o princípio da dignidade da pessoa humana. Este princípio visa a garantir a cada pessoa o mínimo para suprimento de suas necessidades básicas e vitais, sendo assegurada sua existência digna como ser humano. Segundo este princípio, cada pessoa deve ser tratada e considerada como um fim em si mesmo e não para a obtenção de algum outro resultado ou vantagem. A dignidade da pessoa humana, como fundamento da República Federativa do Brasil, impede a exploração do homem pelo homem.
Desta forma, sendo a dignidade algo intrínseco à condição de ser humano, toda conduta que prevê sua violação deve ser totalmente rechaçada, por retirar do indivíduo algo que os demais, não sendo acometidos por qualquer tipo de enfermidade, têm como característica, que é a própria libido e a capacidade reprodutiva. Por essa razão, a castração química em criminosos no Brasil também desrespeitaria frontalmente a dignidade humana, retirando do condenado seu direito à vida nos conformes do enunciado pela Carta Magna, isto é, em sua plenitude.
Por fim, a pena de castração química, face à Constituição Federal, fere ainda dois direitos fundamentais, quais sejam: a vedação à prática de tortura e tratamento desumano ou degradante (art. 5º, III) e a proibição de penas cruéis (art. 5º, XLVII, e). É importante perceber que, com esta medida tão drástica, a privacidade do condenado é atingida de forma profunda, pela interferência em sua integridade física. Além disso, de acordo com a doutrina majoritária, qualquer pena que atinja o corpo do condenado é cruel e, portanto, vedada constitucionalmente.
Há ainda outro argumento constitucional contrário à castração química, qual seja, a violação do princípio constitucional da igualdade de tratamento perante a lei. Isto porque os efeitos do tratamento à base da redução dos níveis de testosterona são quase que ineficazes nas mulheres, uma vez que apenas 5% delas apresentam redução da libido com o método.
Mesmo naqueles regimes em que o método hormonal é utilizado somente com o consentimento do apenado, discute-se se há, de fato, liberdade de escolha, já que a não-continuidade do tratamento médico pode resultar não apenas na violação da condicional, como também a prática de um delito qualificado. Assim, a escolha do condenado não pode ser considerada completamente livre e voluntária.
Muitos psicólogos entendem que a castração química não seria um método verdadeiramente seguro e eficaz, pois, se por um lado provoca um temporário abrandamento dos desejos sexuais, por outro deixa o sujeito mais agressivo. Alertam, ainda, que os criminosos sexuais possuem um distúrbio psicológico e não biopatológico; como a castração química consiste na administração de hormônios, nada seria modificado na personalidade do pedófilo. Assim, seria mais eficaz um tratamento por métodos psicológicos durante o período da detenção que a administração de hormônios. A castração química pode interromper momentaneamente as necessidades fisiológicas do criminoso sexual, mas só o tratamento psicológico é realmente eficaz para suprimir sua dependência psíquica e sua tendência ao comportamento sexual delinquente.
Por todos os argumentos supracitados, deve-se entender a castração, seja ela física ou química, como inaceitável em nosso ordenamento jurídico, sendo os projetos de lei nesse sentido flagrantemente inconstitucionais. Por mais que ela seja aplicada apenas na vigência da reprimenda penal, é indubitável que seus efeitos prolongam-se, ainda que psiquicamente, para o resto da vida.
É sempre importante observar que não é através de medidas drásticas que um Estado pune crimes graves. Caso a castração química seja aplicada a criminosos sexuais, poderão surgir iniciativas que demandarão pela morte de homicidas, o decepamento das mãos e braços de ladrões e da língua de difamadores, o que se coaduna com os regimes jurídicos primitivos, consagradores da vingança privada e das penas cruéis, e não com o Estado Democrático de Direito.
Neste tipo de Estado, somente políticas públicas sérias serão capazes de modificar a criminalidade e reincidência nos crimes de cunho sexual, sendo elas erigidas sempre com o objetivo de atingir a igualdade social e a ressocialização dos apenados. Por mais repulsa que gere um delito, o sentimentode indignação social não pode derrogar a ordem constitucional, devendo o Estado sempre agir com racionalidade e observância dos preceitos da Constituição.
Dessa maneira, em face do Princípio da Primazia da Constituição, impõe-se que a norma, princípio ou instituto recepcionando não seja materialmente incompatível para com a Carta Política. Exatamente por afronta a este princípio é que o Projeto de Lei do Senado de 552/07 não pode ser considerado como constitucional, por ser incompatível com a vedação de penas perpétuas e cruéis e violadoras da integridade física e moral do condenado (art. 5°, XLVII, "b" e "e" e XLVIII).
BibliografiaAGUIAR. Alexandre Magno Fernandes Moreira. O "direito" do condenado à castração química. Disponível em: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=10613. Acesso em 28 maio 2010.
HEIDE, Márcio Pecego. Castração química para autores de crimes sexuais e o caso brasileiro. Disponível em: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=9823. Acesso em 28 maio 2010.
SGARBOSSA, Luís Fernando; JENSEN, Geziela. Projeto de Lei SF nº 552/07 (castração química) e a (im)possibilidade de recepção do princípio da incapacitação do infrator no direito brasileiro Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 1566, 15 out. 2007. Disponível em: . Acesso em: 28 maio 2010.
WICKAM, DeWayne. Castration often fails to halt offenders. Disponível em:http://www.usatoday.com/news/opinion/columnists/wickham/2001-09-04-wickham.htm. Acesso em 28 maio 2010.
Mara Elisa de Oliveira é analista processual no Ministério Público da União, professora substituta da Universidade Federal de Pernambuco, especialista em Direito Penal e Processual Penal.
Revista Consultor Jurídico, 16 de setembro de 2012

Conheça 15 detalhes sobre os órgãos sexuais que homens e mulheres não podem ignorar


Heloísa Noronha

Do UOL, em São Paulo
Julia Bax/UOL
Conhecer melhor o próprio corpo auxilia homens e mulheres a terem praz
Conhecer melhor o próprio corpo auxilia homens e mulheres a terem praz
Por maior que seja a bagagem sexual, nem sempre a pessoa conhece bem seu corpo. E saber informações relevantes sobre a região genital ajuda a ter uma vida sexual de mais qualidade. Você sabia, por exemplo, que o membro masculino pode sofrer uma fratura? E qual a posição ideal para quem tem pênis pequeno? Ou, ainda, que qualquer mulher pode atingir o clímax dormindo, por causa da estimulação do clitóris durante o sono? Veja essas e outras curiosidades:

PÊNIS

1. Ele pode sofrer uma fratura durante a relação
Segundo Valter Javaroni, chefe do departamento de andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia, essa situação é mais comum do que se imagina. Quando o pênis está ereto, os dois cilindros que ficam no seu interior –os corpos cavernosos–  estão rígidos e cheios de sangue. Se um grande impacto dobrar os cilindros, a parede deles pode se romper. “Pode acontecer se, durante a relação, o membro sair da vagina e se dobrar com o peso do corpo da parceira”, conta o médico. Os corpos cavernosos se rompem e o sangue que estava aprisionado, produzindo a ereção, vaza para a camada abaixo da pele, deixando o pênis arroxeado e disforme. "Homens que vivenciaram o problema contam que sentiram como se o membro tivesse se quebrado. Isso ocorre em relações sexuais com mais malabarismos e movimentos bruscos”, diz o terapeuta sexual Oswaldo Martins Rodrigues Jr., diretor do Instituto Paulista de Sexualidade. Para reparar o acidente, é necessária uma cirurgia. 
2. Adultos também têm “sonhos molhados”
A polução noturna, nome dado à ejaculação que acontece durante o sono, é típica do início da puberdade. Nessa época, a testosterona, hormônio masculino, começa a preparar o homem para a reprodução. Junto com isso, se inicia a produção de espermatozoides e de outras substâncias provenientes da próstata e das vesículas seminais que compõem o chamado líquido seminal. “Como o menino ainda não iniciou a vida sexual nem descobriu a masturbação, a polução funciona como se fosse uma válvula de escape para eliminar os líquidos produzidos. Tanto é que quando os rapazes começam a ter relação ou ejaculam através da masturbação, as poluções cessam”, explica Valter. Quando o homem adulto fica muito tempo sem ejacular, pode ocorrer algo semelhante. Não é tão frequente quanto na puberdade, mas acontece. “Se o homem estiver muito relaxado, sonhos eróticos também causam ejaculação, mesmo para quem tem vida sexual ativa”, diz a sexóloga Carla Cecarello.
3. Ejacular é diferente de gozar
Do pondo de vista fisiológico, ejacular e gozar são dois fenômenos distintos, comandados por sistemas neurológicos diferentes. "Ejacular é uma vivência física de prazer, com a eliminação do sêmen. Já o orgasmo é a percepção psíquica intensa do prazer desencadeado pela estimulação física associada à emoção que pode acompanhar o momento”, conta Cristina Romualdo, coordenadora do Instituto Kaplan, de São Paulo.  “Apesar de grande parte dos homens não perceber essa diferença, ela existe. O fato de gozar não implica que tenha de haver uma ejaculação simultânea. Esse é, inclusive, um os princípios do sexo tântrico", diz a terapeuta sexual Isabel Delgado.
4. Sexo oral dá mais câncer de garganta do que cigarro
Uma pesquisa recente divulgada pela Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, descobriu que o vírus HPV atualmente é a principal causa da doença em pessoas com menos de 50 anos. Como o HPV, para muitas pessoas, não provoca feridas nem dor, o sexo oral sem proteção facilita o contágio. "O ideal é que homens e mulheres usem preservativos para recebê-lo”, diz a terapeuta sexual Arlete Gavranic, do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática. Outro estudo, realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, apontou que pessoas que tiveram mais do que seis parceiros com quem praticaram sexo oral tinham nove vezes mais chances de desenvolver câncer de garganta. Nos que já haviam tido algum tipo de infecção provocada pelo HPV, o risco subia 32 vezes. 
5. Tamanho G afasta parceiras
Na opinião dos especialistas, quem se preocupa com as dimensões do pênis são os próprios homens. As mulheres não só não ligam para isso como se sentem incomodadas com os chamados superdotados. "Geralmente, a parceira se queixa de dor durante a penetração, o que torna a relação sexual, muitas vezes, frustrante e pouco satisfatória", diz Cristina Romualdo. Para tudo dar certo, a mulher deve guiar o homem na posição que julgar mais satisfatória, sem provocar incômodos. De acordo com a sexóloga Carla Cecarello, as mais indicadas são a de conchinha, a clássica papai-mamãe e em pé, que permitem que a mulher controle a profundidade e a intensidade da penetração.
6. Tamanho P não é problema para elas
Em contrapartida, o ditado "os menores frascos guardam os melhores perfumes" pode ser aplicado ao sexo. Segundo pesquisas recentes do o I Consenso Brasileiro de Urologia, o comprimento normal do pênis dos brasileiros, em ereção, varia entre 12,9 cm e 14,1 cm. São considerados pequenos, eretos, os membros menores de 7,5 cm. “A dificuldade para o homem é conseguir manter a penetração, pois muitas vezes, o pênis escapa da vagina”, diz Cristina. Para evitar, o ideal é que a mulher suba no parceiro deitado de barriga para cima. A posição com a parceira de quatro também garante prazer. A área inicial da vagina, logo na entrada, é a parte mais rica em terminações nervosas e mede cerca de 2 a 3 cm. 
7. Truques para parecer maior
Primeiro, é fundamental largar o cigarro: fumar pode provocar uma obstrução parcial dos vasos sanguíneos dos corpos cavernosos e prejudicar a ereção. Como o pênis não se estica por completo, parece menor. Emagrecer também é uma boa ideia, já que o excesso de peso pode esconder o pênis, fazendo com que ele pareça menor do que é. Isso acontece porque a base fica encoberta pela gordura extra que se acumula na região púbica. Para quem prefere lançar mão da ilusão de ótica, vale a pena aparar os pelos pubianos. Quando muito volumosos, eles encobrem a parte inicial do membro. Em casos extremos, de pênis menores que o padrão considerado pequeno, alguns médicos indicam a cirurgia. “O urologista recorre a técnicas de lipoaspiração da gordura na região pubiana, secção de ligamentos, injeção de gordura e plásticas na pele para dar um aspecto maior ao pênis”, conta Valter.
8. Brincadeiras causam doenças
Mergulhar o pênis na taça de vinho ou champanhe para tornar o sexo oral mais divertido e saboroso pode render uma bela dor de cabeça. “As bebidas alcoólicas são adstringentes e podem ressecar a mucosa da glande, provocando desconforto, reações alérgicas e até uretrite”, conta a Arlete. Melhor evitar o contato com essa região. O mesmo conselho serve para brincadeiras com gelo –qualquer pedrinha, em contato com o pênis, oferece o risco de queimaduras.
VAGINA
1. Masturbação melhora o humor
“A masturbação melhora a circulação sanguínea, é um exercício muscular de baixa intensidade e que sempre será muito útil para toda a musculatura do corpo, trazendo bem-estar e melhorando o humor de qualquer mulher”, declara Oswaldo Martins Rodrigues Jr. Para a ginecologista e obstetra Caroline Alexandra Pereira de Souza, da Clínica BMS, de São Paulo, a masturbação oferece prazeres e sensações diferentes do que o coito. "O conhecimento do próprio corpo reforça a autoestima, já que a mulher se sente mais segura e confiante sobre como atingir o clímax, o que é válido, principalmente, para quando for para a cama com alguém", conta.
2. Mulher pode gozar dormindo
O reflexo orgásmico costuma ocorrer durante a fase de sono que permite movimentos físicos e se associa à ocorrência de sonhos, mesmo que não tenham conteúdo sexual. “Durante o sono não há repressões, regras, limitações, restrições. A mulher se solta e não há nada que a segure. Normalmente, as sensações fazem com que ela una as pernas, apertando o clitóris, o que conduz ao orgasmo”, explica Carla.
3. Excesso de higiene faz mal
A higiene excessiva pode diminuir as defesas da vagina, tornando-a suscetível a doenças. O ideal é utilizar um sabonete adequado à área íntima, já que as versões em barra normalmente têm um pH alcalino, o que ajuda a anular o pH vaginal, que é ácido. Muitas mulheres, durante a fase da ovulação, apresentam um corrimento sem cheiro, que não coça e têm uma coloração parecida com a de uma clara de ovo. Usar absorventes diários para contê-lo e evitar a sensação de sujeira pode gerar vaginites.
4. Falta de sexo pode deixar musculatura flácida 
Toda musculatura que não é exercitada perde tonicidade e pode ficar flácida. Isso serve também para a que fica ao redor da vagina. Segundo Oswaldo, muitas mulheres passam anos da vida sexual com dores no inicio da relação sexual, que cessam após a penetração. “O organismo, para se livrar da dor, aprende a relaxar, abrindo mais facilmente a entrada da vagina. Sem o exercício de contração frequente, a vagina se afrouxa", explica o especialista. 
5. Odor é sedutor
De acordo com Caroline, o momento em que a mulher fica mais atraente para o homem é durante a ovulação, que ocorre aproximadamente 14 dias antes da menstruação. Além do corrimento característico, a vagina exala um aroma característico, mais marcante, que é excitante para os homens. Nessa fase, ainda, toda mulher secreta feromônios, substâncias químicas com a função de atrair o sexo oposto. 
6. Clitóris só serve para dar prazer
O clitóris é a única parte da anatomia que tem finalidade apenas erótica. “Ele se assemelha bastante a um pênis na sua estrutura, e é onde a maioria das mulheres obtém o orgasmo", conta Isabel. Isso não exclui a sensibilidade da vagina. "É claro que a estimulação do clitóris desencadeia um prazer intenso, fisiologicamente, muito maior do que a da vagina. No entanto, a vivência do prazer é uma percepção subjetiva, ou seja, muitas mulheres podem sentir muito mais prazer na vagina do que no clitóris", explica Cristina Romualdo.
7. Localização exata do ponto G
Embora alguns estudiosos contestem a existência do ponto G, a maioria dos especialistas em sexualidade afirma que pelo menos 1/3 das mulheres conseguem reconhecer essa região dentro da vagina. “Ele pode ser alcançado com a introdução do dedo indicador na vagina. Na ponta do dedo, entre o útero e entrada da vagina, a mulher poderá perceber uma área enrugada, parecida com o céu da boca, logo atrás dos dentes frontais. É o ponto G”, explica Oswaldo Martins Rodrigues Jr. Sua percepção só é possível quando a mulher atinge um ponto bastante elevado de excitação sexual. “É necessário que grande quantidade de sangue se localize nos genitais, provocando o ingurgitamento do ponto G e, consequentemente, sua localização e a sua estimulação torna-se extremamente prazerosa", declara Cristina.