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segunda-feira, 8 de abril de 2019

O problema sexual que ainda assusta o homem


Oswaldo M. Rodrigues Jr.
Psicoterapeuta sexual e de casais
Instituto Paulista de Sexualidade


                A incapacidade de manter uma relação sexual é o grande problema masculino, ainda neste final da segunda década do século XXI.
                Não conseguir obter ou manter uma ereção peniana rígida suficiente para conseguir a penetração vaginal continua trazendo homens ao consultório de sexologia, tal qual ocorria nas décadas anteriores e no século XX.
                Interessante é compreender que até a década de 1970, nos textos científicos da psicologia, e da década de 1990 nos textos médicos, a frase ‘impotência sexual masculina’ era como se usava para designar esta dificuldade sexual dos homens.
                O nome “impotência” era e continua sendo o grande medo masculino e esconde muitas coisas nesse medo, pois impotente significa não ser homem, e esta é uma destruição da condição de ser, sendo desclassificado, enfraquecido e percebendo-se sem o poder que deveria ter para ser homem.
                A dificuldade com a ereção atinge o homem da forma mais intensa, como uma doença debilitante, fazendo-o perder a identidade que aprendeu a viver e defender.
                Deixando de sentir-se homem, masculino, sente-se incapaz de relacionar-se com outra pessoa, seja com finalidades sexuais ou trabalho, compreendendo-se com qualidades de quem terá que perder, pois já é um perdedor.
                Mas precisamos compreender um pouco mais esta dificuldade sexual.
                Primeiro devemos observar do ponto de vista científico, a partir de uma compreensão de ser humano e de como funcionamos para viver sendo humano.
                Se este homem compreender que para ser homem ele precisa penetrar e ejacular dentro de uma mulher, ele precisará de rigidez peniana. Porém, e esta rigidez depende do que compreende seja a rigidez. E este homem em particular tem suas compreensões individuais para estabelecer a rigidez necessária para cumprir sua tarefa. Assim baseia-se nas experiências pessoais de vida, lembranças e das regras que sabe que determinam sua masculinidade, sua macheza. Se, em verdade tiver uma ereção peniana rígida o suficiente para penetrar, mas acreditar que precisa de muito mais, ele não será capaz de efetuar a relação sexual, chamando-se de impotente.
                Assim, precisamos, nos consultórios de sexologia, considerar este homem desde sua perspectiva pessoal, individual, subjetiva. Não adianta dizer a ele que “não tem nada”, que “é psicológico”, que “precisa tirar férias”, que “é estresse”, que “é muito trabalho”...
                Tem outro aspecto muito importante em jogo.
                Todos aprendemos desde muito criança a dar nomes a nossas incapacidades físicas, considerando-as “doenças”. No sexo é igual. Então, se o pênis não funciona como queríamos que funcionasse, “ele” deve estar doente. Esta outra compreensão do mundo também terá consequências, e muitas vezes desastrosas.
                Hipotetizar que a dificuldade na relação sexual é devida a uma doença física tem um objetivo: ser curado pelos mesmos métodos que curam outras doenças, como uma gripe ou uma infecção na pele. Esta compreensão coloca a responsabilidade de solucionar este problema em outra pessoa que lhe dará um remédio, algo que coma, tome, engula, injete. Assim não precisará fazer nada, pois funcionará “naturalmente”.
                Assim temos uma condição determinista complicada.
                Este homem não percebe que estamos referindo que sexo depende de relacionamento interpessoal, depende de muito mais que apenas obrigar o pênis a funcionar.
                Este homem sente, tem sentimentos, emoções, sofre com esta dificuldades e quer se livrar delas o mais rápido possível. Mas terá que responsabilizar-se na maneira de cuidar de seu corpo, e só aceitando que precisa mudar suas formas de compreender o mundo onde vive, e mudar suas compreensões de como é e como pode funcionar é que solucionará esta dificuldade sexual.
                E como é que se pode deixar de sofrer?
                Precisa tomar algum ansiolítico?
                Afinal, sempre ouvimos que o lado psicológico precisa ser tratado e que com ansiedade temos dificuldades sexuais.
                É verdade que sob ansiedade homens e mulheres não permitem seus corpos funcionarem sexualmente. Mas tomar um remédio para acabar com a ansiedade não os fará potentes... alguns homens continuarão incapazes de obter ou manter uma ereção, e nem se sentirão ansiosos...
                Mudar a atitude, mudar a forma do corpo reagir emocionalmente às situações pré e pró sexuais será o caminho e fazer isso pode precisar de orientação externa especializada de um profissional que possa compreender o que lhe passa em termos de comportamento, de como o corpo age e reage. E este será um psicólogo que possa dedicar atenção à sexualidade e aos comportamentos sexuais.
                Ainda são muitos homens que sofrem calados com estas dificuldades.
                Estatísticas mostram que até adolescentes de 10-15 anos consideram que tem estas dificuldades e poucos terão ambiente familiar que os permita conversar com os pais e procurar um profissional de saúde comportamental.
                Mas a faixa etária que mais apresenta homens com estas dificuldades é aquela de mais de 40 anos. E só estamos nos referindo aos homens que admitem e compreendem que sofrem com a falta ou incapacidade de ter um pênis rígido suficiente para o coito, para a relação sexual.
                Ainda podem se passar vários anos para que este sofrimento seja considerado para que um tratamento seja buscado.
                Muitos homens compreendem que isto não é coisa para se falar, para se reclamar, e nunca puderam perceber onde procurar ou que profissionais procurar para solucionar esta dificuldade sexual. E como compreendem a dificuldade de funcionamento como algo do corpo e por isso parecido com uma doença, acreditam que precisam procurar um médico que lhes receitará um remédio. Por isso levarão mais outros anos sem solucionar sua dificuldade sexual afinal, comportamento não se modifica com remédios.
                Tem esta dificuldade?
                Isto é um problema em sua vida?
                Tem interesse em solucionar o problema?
                Vamos conversar?
                Mudar comportamentos é algo possível e não precisa manter sofrimentos e afetar relacionamentos conjugais.
                A psicologia tem como ajudar a mudar comportamentos sexuais!
                Ajude-se!
                Lute por um futuro positivo e feliz!
 www.inpasex.com.br
e-mail oswrod@uol.com.br


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Mulher relata estupro por pensamento e Polícia de SP registra a ocorrência

A Polícia Civil de São Paulo registrou um boletim de ocorrência de uma mulher que afirmou ter sido estuprada “por pensamento” por dois homens
Policiais da 3ª Delegacia de Defesa da Mulher, na Zona Oeste da capital paulista, pediram um exame psicológico da suposta vítima ao Instituto Médico-Legal (IML).

O caso ocorreu em 18 de maio deste ano, mas só foi revelado publicamente nesta semana depois de o documento vazar na internet e gerar polêmica nas redes sociais.

Foram feitos comentários favoráveis e contrários à elaboração da queixa pela polícia.

A assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública foi procurada para comentar o assunto. A secretaria foi questionada sobre qual foi a conclusão do boletim de ocorrência, se a mulher realizou o exame e qual o seu resultado e onde ela se encontra atualmente.

Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, “a delegada Luciana Martin de Oliveira Souza, titular da DDM, disse que em setembro de 2010 havia sido instaurado inquérito atendendo ofício do MP pedindo apuração dos fatos, que o inquérito foi relatado ao fórum central em abril deste ano e que a mulher não voltou com exame e não tem informações sobre o seu paradeiro”.

Cópia do boletim mostra que a suposta vítima voltou a procurar a delegacia, que fica no Jaguaré, por volta das 17h do dia 18 de maio. Lá, relatou a uma escrivã e a uma delegada ter sido violentada por dois homens que usaram a força da mente para abusar sexualmente dela sem tocá-la.

O relato da dona de casa está em três páginas do documento, registrado como “Boletim de Ocorrência de Autoria Conhecida”. Nele, estão os nomes da “declarante” e das “partes” (dois homens).

Os nomes dos envolvidos foram suprimidos nos colchetes pela equipe de reportagem.

“Comparece a declarante noticiando que desde o dia seis do mês de junho do ano de 2010 vem sendo estuprada por pensamento por [...] e [...], ora partes”, escreveram no histórico do boletim as policiais que ouviram o depoimento da mulher, uma dona de casa de 39 anos, separada, que mora no bairro do Rio Pequeno.

“A declarante alega que desde que conheceu [...], este lhe concentra (a declarante chama a relação sexual por pensamento de concentração). Declara que [...] mentaliza e possui o poder de lhe forçar ao ato sexual por pensamento sem lhe tocar”, informa a ocorrência.


Sem carinho

Em outros trechos do boletim, a mulher contou que os supostos agressores mentais “não usam preservativo” e que o ato sexual lhe causa dores nos órgãos sexuais, pois “é cometido mediante violência e nenhuma das partes envolvidas é carinhosa durante as concentrações”.

Também há relatos que, segundo ela, as relações sexuais eram por pensamento, informando que os homens se revezavam e um deles “arrancava a sua roupa” e que “sempre tomava remédios, para não engravidar por pensamento”.

A mulher também afirmou que já fez outros boletins de ocorrência para relatar o mesmo fato e que chegou a procurar a Polícia Federal, que lhe orientou a ir para uma delegacia especializada.

Em seu depoimento, a suposta vítima ainda pede a prisão dos “concentradores” porque “pretende se dedicar a um convento, visto que se cansou do ato sexual e deseja se tornar freira”.

Ela também solicitou que um investigador morasse com ela para ela se sentir mais segura.

Após essa afirmação da mulher, os policiais escreveram na terceira página do boletim que foi “requisitado I.M.L / Psicológico para a declarante. Declaro que mediante Requisição do Ministério Público, já foi instaurado por esta especializada Inquérito Policial sob o nº 388/2010 para cabal apuração dos fatos”.

A assessoria de imprensa do Ministério Público de São Paulo não foi localizada para comentar o assunto.


‘Velha louca’

Ainda na última página do boletim, escrivão e delegado relatam que procuraram o filho e o irmão da mulher. O adolescente de 15 anos chama a mãe de “velha louca” e pergunta: “Será que vocês não percebem?”. O irmão contou que a dona de casa é sua irmã adotiva e que sempre teve problemas.

“Ela é minha irmã adotiva, vivia com meu pai e ele faleceu no ano retrasado. Eu não tenho contato com ela e não quero ter contato. Ela é meio estranha. Há mais de 20 anos eu não convivo com ela. Ela deve ter problema psicológico”, disse o comerciante Iginio Gonzales Gestoso, de 59 anos, por telefone. Questionado se sabe onde a irmã está, ele informou: “Não sei e não quero saber”.

As associações dos delegados e dos escrivães da Polícia Civil de São Paulo foram procuradas para opinar sobre o caso.

“Só quem faz um plantão sabe as agruras de um plantão. É um pronto-socorro social. Seria leviana de fazer análise. Boletim não criminal não gera nenhum efeito. O destino é o arquivo. Talvez tenha sido feito para preservar as pessoas acusadas. Tem que dar uma resposta imediata. É muito relativo, precisa de cautela antes de se fazer juízo de valor”, disse a delegada Marilda Pasonato, presidente da Associação de Delegados da Polícia Civil de São Paulo.

“Em 41 anos nunca vi isso. Eu não registraria, mas o escrivão só faz aquilo que o delegado pede”, disse o escrivão Oscar de Miranda, presidente da Associação dos Escrivães da Polícia Civil de São Paulo.


Investigação Homens com disfunção eréctil têm mais crenças sexuais

Os homens que sofrem de disfunção erétil têm mais crenças sexuais, designadamente a ideia do "macho latino", disse um investigador da Universidade do Porto que coordena o laboratório de investigação em sexualidade humana em Portugal.
Homens com disfunção eréctil têm mais crenças sexuais
Lusa
PAÍS
Nos homens com disfunção erétil, a crença sexual mais associada é de "macho latino" que nunca pode falhar uma penetração, que "aguenta" toda a noite a fazer sexo e que tem de satisfazer qualquer mulher independentemente das circunstâncias, conta Pedro Nobre, coordenador do SexLab, o primeiro laboratório de investigação em sexualidade humana em Portugal.
O investigador adiantou à agência Lusa conclusões do estudo "Saúde Sexual no Homem e na Mulher".
A crença sexual mais enraizada em toda a população masculina portuguesa avaliada no laboratório é a do "macho latino" que "nunca pode dizer que não ao sexo" e aquela crença sexual existe em toda a população masculina, independentemente da idade e das habilitações literárias, mesmo junto das populações mais jovens, como os universitários, refere o investigador.
Também as mulheres com crenças sexuais apresentam mais problemas ao nível do prazer sexual.
As crenças sexuais assinaladas nas mulheres com menos habilitações literárias e mais velhas estão relacionadas com a ideia de "passividade feminina", que o sexo deve ser "apenas e só após o casamento" e "apenas e só após o primeiro passo ser dado pelo parceiro".
A ideia de que as mulheres perdem desejo sexual com a idade ou que diminuem a capacidade do seu estímulo sexual por causa da imagem corporal, e a obrigatoriedade de ter boas performances sexuais, designadamente terem orgasmos, orgasmos múltiplos, orgasmos simultâneos ou orgasmos vaginais, são outras das crenças sexuais que surgem no seio do género feminino, adiantou o especialista.
Acrescentou que a liberalização para este tipo de crenças acarreta um "conjunto de consequências negativas", porque a maior parte delas são "irrealistas".
"A probabilidade das crenças sexuais diminuírem o estímulo sexual é "grande", enquanto que as pessoas com "menos destas crenças têm mais fatores de proteção" e interpretam de forma menos catastrófica as disfunções sexuais de que venham a padecer, explicou o investigador.
Outra das conclusões do estudo "Saúde Sexual no Homem e na Mulher", realizado pelo SexLab, indicam o quão importante é ter "pensamentos sexuais e emoções positivas" na resposta e funcionamento sexual.
A investigação encoraja a adoção de "atitudes positivas face à sexualidade, com vista à promoção da saúde e satisfação sexual".
Este estudo, financiado em 160 mil euros pela Fundação da Ciência e Tecnologia, valoriza a importância das psicoterapias cognitivas no tratamento das disfunções sexuais, sobretudo ao nível das modificações das emoções e pensamentos negativos associados à atividade sexual que são típicos dos homens e mulheres com estas dificuldades.
"Quem tem estas crenças sexuais tem, por norma, pensamentos mais derrotistas durante a atividade sexual e menos pensamentos sexuais durante a atividade sexual", explicou Pedro Nobre, reiterando que o "melhor preditor da resposta sexual são os "pensamentos sexuais" e as "emoções sexuais" positivas.

domingo, 9 de junho de 2013

'Síndrome do vestiário': vergonha do tamanho do pênis atrapalha a vida

Heloísa Noronha
Do UOL, em São Paulo




  • Tirar a roupa diante de outros homens pode ser algo assustador para quem tem receio da comparação
    Tirar a roupa diante de outros homens pode ser algo assustador para quem tem receio da comparação
Mais do que brochar com uma mulher que há tempos deseja levar para cama, o que alguns sujeitos mais temem, no que diz respeito ao órgão sexual, é tirar a roupa diante de outros homens. O motivo? Receio da comparação e de que, na disputa, o seu pênis acabe levando a pior por ser menor do que o dos demais. "A chamada 'síndrome do vestiário' provoca enorme sofrimento", diz o urologista Valter Javaroni, chefe do Departamento de Andrologia da SBU-Rio (Sociedade Brasileira de Urologia - Regional Rio).
"Em alguns casos, o desconforto é tanto que atrapalha a vida social e pode levar o homem a atitudes extremas, como deixar de ir à academia ou de praticar esportes para não ter de tirar a roupa na frente dos outros, não usar sunga na piscina ou na praia porque pensa que vão comentar sobre o pênis pequeno e buscar recursos para aparentar um membro maior no estado de flacidez", afirma.
A vida sexual também é abalada. De acordo com a psicóloga e terapeuta sexual Carla Cecarello, presidente da ABS (Associação Brasileira de Sexualidade), homens excessivamente preocupados com o tamanho de seu pênis acabam ejaculando de forma rápida e sem intensidade. "É como se eles quisessem se livrar logo do problema que é transar", explica Carla. Além disso, a baixa autoestima e a insegurança afasta as mulheres, que não costumam se interessar por homens pouco assertivos sexualmente.

Início na infância

O terapeuta sexual Oswaldo Martins Rodrigues Junior diz que, de geração para geração, ainda que implicitamente, é transmitida aos meninos a ideia de que a aparência e o tamanho dos órgãos genitais são fundamentais para se reconhecerem como homens. "É na infância que isso se torna mais evidente. Nos vestiários das aulas de educação física, por exemplo, o menino se olha, observa os colegas e passa a estabelecer se é melhor ou pior que os outros", afirma  Rodrigues Junior, que é diretor do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade).

Além disso, para o homem, o pênis representa o seu poder. "Se o pênis está menor por conta da falta de ereção, há o temor de que os demais considerem que ele tem um membro pequeno e que vire motivo de chacota. Ele pode até saber que sem ereção todo pênis é assim, mas na presença de outra pessoa esse tipo de informação cai por terra", diz Carla.
Um fator importante é a percepção distorcida que leva a perceber que o outro sempre tem um pênis mais avantajado. E isso, de acordo com Rodrigues Junior, é válido para boa parte dos meninos, incluindo os que realmente tem o pênis maior. A crença de que o pênis maior é melhor atravessa a maturidade e provoca vergonha, medo e timidez ao ter que tirar a roupa diante de outro homem, mesmo que o sujeito em questão seja um médico.

Inquietação em vão

A maneira mais adequada de lidar com a dúvida e se livrar da síndrome é procurar ajuda especializada. Nesses casos, o papo com amigos pode agravar ainda mais o problema. Uma piadinha fora de hora ou um companheiro que goste de se exibir como o garanhão da turma ou da vizinhança exacerba a sensação de inferioridade. Só um especialista pode dar as orientações e o diagnóstico adequados.
"Quando a impressão pessoal nada tem a ver com a realidade, o homem apresenta dismorfofobia, também denominada transtorno dismórfico corporal ou síndrome da distorção da imagem, um transtorno psicológico caracterizado pela preocupação obsessiva com algum defeito inexistente ou mínimo na aparência física", afirma o urologista Valter Javaroni.

Alternativas e autoestima

É possível que as dimensões de quem sofre com a "síndrome do vestiário" estejam mesmo abaixo do padrão? Segundo estima a SBU-SP (Sociedade Brasileira de Urologia - Seção São Paulo), menos de 1% dos homens que querem aumentar o pênis têm, de fato, um problema real. Dados clínicos informam que um pênis flácido mede, em média, de 5 cm a 10 cm e, para ser considerado um micropênis, o membro não deve alcançar mais do que 2,5 cm flácido ou 7,5 cm ereto.

Caso um médico aprove, há procedimentos cirúrgicos para aumento do pênis, mas as técnicas têm resultados controversos e podem ser perigosas. Entre elas estão a lipoaspiração da região pubiana para tratar os casos de pênis embutidos na gordura abdominal (a técnica não aumenta o tamanho do pênis, apenas faz com que ele pareça maior em pacientes acima do peso) e a seção do ligamento suspensor peniano até a porção inferior da sínfise pubiana (articulação que une os ramos direito e esquerdo do osso pubiano). Neste último caso,o aumento varia de 2 cm a 4 cm. 

Como são poucos os homens que apresentam um problema físico, a terapia é bastante indicada, pois ajuda a aumentar a autoconfiança. "A ajuda psicológica é importante para que o homem possa se reconhecer como pessoa e não apenas como um pênis, o que contribui bastante para a melhora sexual", diz Carla Cecarello. O que conta, segundo os especialistas, é o desempenho. O tamanho não é nada diante de um homem confiante, que sabe conduzir bem o sexo e agradar a parceira.

É preciso, ainda, modificar as crenças que governam a sexualidade. "Se o homem acredita que somente um pênis maior tem valor, acaba dedicando pouca atenção ao prazer dele e da mulher. E isso é o que mais importa", afirma Rodrigues.

http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/06/06/sindrome-do-vestiario-vergonha-do-tamanho-do-penis-atrapalha-a-vida.htm

Vítimas da pedofilia

sexualidade
As consequências do abuso sexual infantil apresentam sintomas que podem aparecer em várias fases da vida

por Remo Rotella Jr.
Na edição anterior foram abordados os aspectos psíquicos e comportamentais dos indivíduos predadores, que abusam sexualmente de crianças e adolescentes, e como eles conseguem, habilmente, ludibriar a confiança daqueles que convivem de perto com as vítimas, a fim de conseguir seu intento. Este artigo colocará em discussão os danos psíquicos e emocionais decorrentes do abuso sexual infantil, com sintomas que podem aparecer na infância, adolescência ou na idade adulta.
É fato muito raro que as crianças ou os adolescentes, que tenham sido ou estejam sendo molestados sexualmente por um adulto, demonstrem ter a consciência do que está ocorrendo e procurem a ajuda de um adulto, seja um familiar, educador ou alguém com quem tenham um vínculo, com o intuito de denunciar os abusos de que estão sendo vítimas. Comumente tendem a guardar segredo, principalmente se o pedófilo for um parente, tal como pai, irmão, primo, padrasto ou um amigo que mantenha um forte vínculo de confiança com os pais.
Na mente infantil, que ainda está em desenvolvimento, o fato traumático, consequente do abuso sexual, e a necessidade da manutenção do segredo acarretam uma situação de forte angústia e alterações do comportamento. Isso acontece devido à incapacidade de um psiquismo em desenvolvimento, que é o da criança, poder elaborar o trauma emocional causado pela situação do abuso de que foi vítima.
O trauma emocional, não elaborado, aparecerá mais tarde, na vida dos indivíduos que foram vítimas desse tipo de abuso, sob a forma de sintomas e alterações do funcionamento psíquico das mais variadas formas, tais como:
• Acentuado rebaixamento da autoestima, que se expressa sob a forma de descrença em si mesmo e grande dificuldade para reconhecer e valorizar seus potenciais afetivos e intelectuais.
• O rebaixamento da autoestima abre caminho para o surgimento de sintomas de depressão emocional, o que aumentará a descrença do indivíduo em si mesmo.
• A pessoa descrente de si mesma e, por consequência, descrente dos outros, desenvolve um profundo sentimento de desamparo afetivo, que, quando associado a sintomas depressivos, tende a gerar sentimentos de desesperança e ansiedade.
• Os sentimentos de desesperança, desamparo e ansiedade, frequentemente, ocasionam crises de Ansiedade tipo Pânico ou, em muitos casos, a Síndrome do Pânico, que leva esses indivíduos a procurarem por ajuda psiquiátrica e ou psicoterápica, para resolverem o drama interno e o sofrimento psíquico de que são vítimas.
Além do que foi descrito, o trabalho psíquico com adultos que foram sexualmente abusados na infância, tem mostrado, com frequência, o fato de que essas pessoas, apresentando dificuldades para estabelecerem vínculos afetivos, tendem a se ligar a pessoas com graus de sadismo, que, de alguma maneira, reproduzem nos relacionamentos afetivos situações de violência física ou psíquica, humilhação, desprezo e desconsideração, para falar das mais frequentes, o que nos leva à indagação: Até que ponto esses adultos de que estamos falando, que sofreram com essa prática, ao se ligarem a pessoas que os maltratem, cometendo, inclusive, atos de abuso, não estão tentando resolver, psiquicamente, a situação da qual foram vítimas um dia, ou seja, o próprio abuso sexual?

Remo Rotella Jr. é médico psiquiatra e psicanalista. Membro da Associação Brasileira de Psiquiatria e da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/89/vitimas-da-pedofilia-as-consequencias-do-abuso-sexual-infantil-290529-1.asp

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O amor vence tudo. Mesmo a crise?


O desemprego ou a falta de rendimentos podem trazer ao casal problemas que até então não pareciam existir? Os especialistas dizem que não são a única causa, mas que podem contribuir para aumentar o conflito.


A expressão "quando há amor não há crise", utilizada para afirmar que o amor vence tudo, pode estar a ser afectada pela realidade económica. Com a pressão do desemprego ou a redução de rendimentos, surgem problemas que até aqui não existiam e a intimidade no casal arrisca-se a perder pontos para as preocupações económicas. A aposta no afecto e na cumplicidade como pilares para a sobrevivência de uma relação pode estar tremida. O amor pode não ainda estar falido, mas o desejo está em crise.
As notícias falam em mais austeridade, a ameaça de desemprego está presente ou já aconteceu, impostos e dívidas acumulam-se, a conta no banco emagrece e as despesas aumentam, os filhos precisam de apoio, a mulher reclama da falta de atenção do marido, e este de que a mulher o procura cada vez menos, o companheiro já nada diz à companheira quando esta chega a casa depois de um dia de trabalho. Toda esta pressão pode acabar com uma relação?
“A crise económica afecta a vida dos casais, mas sendo um problema que os afecta em conjunto e a toda a família, não penso que constitua por si um factor de ruptura conjugal”, responde o psiquiatra José Gameiro.
O autor do livro Até Que o Amor Nos Separe(2011) admite que “o stress diminui a disponibilidade para a relação e podem existir fases de insatisfação que o casal terá de compensar por momentos de maior proximidade”. Há vários anos a trabalhar como terapeuta familiar, José Gameiro conta que nas suas consultas “o dinheiro, como factor de tensão, não constitui um assunto muito frequente”. A excepção surge quando “os modelos de consumo e de poupança são muito diferentes, ou quando o casal entra em crise, em que tudo serve para criar conflito e o dinheiro também”.
Para o psiquiatra Daniel Sampaio “a falta de dinheiro e o desemprego introduzem uma tensão acrescida no relacionamento conjugal, que sente o seu quotidiano ameaçado”. As divergências surgem e arrisca-se o conflito e o afastamento. “A principal causa das divergências está centrada nos conflitos do quotidiano, nos quais a crise financeira é importante”, mas não será a única razão, explica. O psiquiatra, que este ano lançou Labirinto de Mágoas, As Crises do Casamento e como Enfrentá-las, sublinha que “todas as questões conjugais e todos os problemas são multideterminados, nunca há uma única causa. O mais provável é que aumente a conflitualidade”.
A nível clínico, a crise acrescenta outros problemas à lista de alguns casais. Daniel Sampaio e José Gameiro são unânimes em afirmar que com a crise as perturbações de ansiedade e os episódios depressivos aumentaram. José Gameiro sublinha, no entanto, que “este facto não é forçosamente um reflexo nas dinâmicas conjugais”.
Com ou sem problemas económicos, os que procuram ajuda profissional fazem as mesmas queixas. A José Gameiro elas falam em “falta de comunicação e de atenção”, enquanto eles denunciam o “desinteresse pela vida sexual”. Daniel Sampaio acrescenta que ambos os sexos se queixam de “falta de amor, do reconhecimento do outro e da ausência de compromisso”.
Como fica a intimidade dos casais?
As preocupações económicas podem ser um inimigo do afecto e do desejo sexual, mas o historial da intimidade de um casal pode ser determinante para que a parte física do amor não seja afectada. “Não podemos esquecer que a qualidade da relação, antes de existirem problemas como o desemprego e outras questões económicas, é muito importante”, sustenta o psiquiatra Júlio Machado Vaz. O sexólogo não tem dúvidas de que, se a qualidade da relação “for boa, é muito mais provável que as pessoas se juntem mais para resistir à tempestade”; mas, “se houver fendas, é mais provável que se aprofundem”.
A intimidade vive paredes meias com tudo o que o casal traz para casa e ser imune às pressões que ficam do outro lado da porta não é para todos. “Sabemos que nestes tempos de crise os níveis de depressão e ansiedade sobem. São prejudiciais para a parte sexual. Uma pessoa deprimida que se auto-removeu da vida em geral ou uma pessoa ansiosa pode ter dificuldades no sexo. Se pensarmos que as medicações para as depressões podem ter efeitos indesejáveis, esse risco acresce”, alerta o psiquiatra.
Na maioria dos casos com que teve contacto, o sexólogo diz que é frequente as mulheres dizerem que com a “aflição de chegar ao fim do mês sem dinheiro não têm cabeça para outras coisas”. Os homens têm mais capacidade para a relação sexual, “não está tudo bem mas estou disponível”, exemplifica o médico.
 
Mas existem consequências físicas provocadas pela pressão das preocupações do quotidiano. “É frequente alguns homens afirmarem que o desemprego afecta a sua masculinidade em termos de energia e isso afecta a parte sexual”. Podem surgir casos de disfunção eréctil ou ejaculação precoce nos homens. Nas mulheres é a perda de desejo sexual que as leva a afastar-se. 
 
“A quebra da intimidade não começou com a crise, agravou-se sim a baixa de desejo”, continua Machado Vaz, que conta que “os médicos de família estão inundados com casos de baixa de desejo em pessoas que já o tiveram como satisfatório”.
 
Marta Crawford, sexóloga e terapeuta familiar, não tem dúvidas que uma crise financeira “altera o espírito e o desejo sexual pode ser afectado pela ansiedade”. “Há tensão a mais e deixa de haver disponibilidade para a relação. A intimidade pode ficar beliscada”, admite. E se existe a ideia de que o desejo sexual nas mulheres quebra mais com as dificuldades e que os homens conseguem descontrair para o sexo, Marta Crawford afirma que, com base na sua experiência “há cada vez menos diferenciação entre como cada um dos lados reage” e que “há mulheres mais pragmáticas que chegam a casa e está tudo bem” e homens que “não desligam da pressão do trabalho”. Marta Crawford diz que o sexo não deve ser uma obrigação mas uma forma de recarregar energias. “A actividade sexual devia ser como uma espécie de bateria de telemóvel. Vai-se recarregando para mantermos contacto com o mundo”.
 
Vânia Beliz, psicóloga clínica e sexóloga, deixa um ditado para explicar a tensão que as questões económicas podem trazer para uma relação: “Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”. “Estamos num período complicado. As mulheres são mais sensíveis, facilmente se deixam abater, perdem o desejo. Mas muitos homens também se queixam de falta de desejo”. 
 
As pessoas que têm procurado a sua ajuda para problemas falam em falta de tempo para a relação, nos filhos que precisam de ajuda, nas dificuldades financeiras que até ali não existiam. “Algumas pessoas dizem-me que não temos tempo para pensar nisso [sexo], até isso a troika nos tirou”, conta.
 
Vânia Beliz considera que os problemas que a maioria dos casais enfrentam não devem ser menosprezados mas que o poder económico assumiu um papel na relação que deve ser revisto. E dá como exemplo casais com cerca de 60 anos que lhe confidenciam que passaram por “graves privações económicas no início dos seus casamentos mas que conseguiram ultrapassar as dificuldades” com a aposta no relacionamento.
 
O fim dos jantares a dois fora de casa e as prendas que deixaram de se trocar ocasionalmente também não devem ser desculpa para deixar de lado o romantismo e vida social. “O casal deve pensar: estamos com dificuldades mas isto é uma fase e vamos arranjar uma forma de ultrapassar isto juntos”, aconselha a psicóloga.
 
O PÚBLICO pediu outros conselhos para quem pode estar a passar por uma fase difícil na relação. Daniel Sampaio aconselha a leitura do seu livro Labirinto de Mágoas e um “esforço constante para reconhecer o outro”. José Gameiro não deixa um conselho mas uma máxima. “Gostar dos outros ainda não paga imposto e uma pessoa que tenha de quem goste é sempre mais feliz”.

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/o-amor-vence-tudo-mesmo-a-crise-1579002

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Pedófilos não têm perfil padrão, mas sentem culpa e controlam desejo sexual, diz psiquiatra


11/11/2012 13:31

Evelin Araujo


O menino de quatro anos que teve que parar na Santa Casa com diarréias e vômitos para que alguém pudesse perceber a quantidade de ferimentos que ele apresentava pelo corpo – como costelas quebradas, desvio de traquéia, hematomas e fígado machucado – chocou Campo Grande. O Presidente da Associação Sul-mato-grossense de Psiquiatria, Kleber Francisco Meneghel Vargas, explicou que não há como saber quem é um pedófilo ou não, apenas em uma conversa. Por isso, a atenção dos pais com quem deixa as crianças deve ser redobrada.
Em Mato Grosso do Sul, foram 41 casos de pedofilia registrados em 2011. Até novembro do ano passado, 37 crianças foram vítimas do crime. Somente em Campo Grande, dois casos foram registrados. Em 2012, até novembro são oito casos na capital e 19 em todo o Estado, de acordo com as estatísticas registradas pelo sistema da polícia.
Segundo o advogado Damásio de Jesus, não temos, no Brasil, uma legislação específica que defina a conduta típica de pedofilia. Para punir quem pratica este tipo de perversão sexual, entretanto, geralmente são aplicadas punições previstas para os crimes de estupro de vulnerável, ameaça, lesão corporal.
Para o psiquiatra Kleber Vargas, não há como padronizar o comportamento de um pedófilo. “Não há um perfil muito bem definido, mas a maioria dos pedófilos é masculina. Não existindo este padrão, é difícil dizer quem devemos cuidar”, alerta.
Estudos revelam que são três os principais “tipos” de pedófilos. Os que sentem culpa pelo que fizeram, os que sentem apenas um pouco de culpa e os que não se sentem culpados. “Estes últimos são os psicopatas, que podem, por vezes, ser pedófilos também. Vale ressaltar que todos eles sabem que estão cometendo um crime e têm consciência de que o que fizeram e fazem é errado”,  disse o psiquiatra.
“Os pedófilos sabem que a criança sofre, sente dor. Mas ele pensa apenas em satisfazer o desejo sexual dele. Para a pessoa que tem este transtorno sexual, é possível ter também desejo por pessoas da mesma idade, sexo oposto ou do mesmo sexo. Mas alguns sentem desejo apenas por crianças”, revela.
Ele conta que estudos também já mostraram que é mito que um abusador tenha sido necessariamente ou majoritariamente abusado sexualmente ou estuprado na infância. “Isso não é verdade exclusivamente. Nem todo mundo que foi estuprado na infância desenvolve a pedofilia e nem todo pedófilo foi abusado”.
Em relação ao controle, é possível fazê-lo. “Existe tratamento com medicação e terapia para que o pedófilo controle o desejo sexual dele. Ele sabe que sente atração por criança e deve procurar ajuda médica. Na rede de saúde pública existe como ele fazer tratamento com um psiquiatra e tomar a medicação. Em casos extremos, nos Estados Unidos, quando a pessoa revela que não consegue mesmo se controlar e comete crimes, há a castração química, que é quando o indivíduo recebe altas doses hormonais e não sente mais desejo sexual”.
 Vale lembrar que para os psicopatas, a situação é diferente, já que ele não sente culpa e, por isso, não procuram tratamento.
No caso da última semana, quando a mãe relatou não saber que o seu companheiro abusava e machucava seu filho, o psiquiatra diz que a situação é possível. “Ele é como outra pessoa, no caso, que sabe que está cometendo um crime e quer esconder isso. Para tanto, usa os melhores argumentos e eles geralmente tem grande poder de manipulação para conseguirem o que querem”, explica.
Novos companheiros
Em uma sociedade de dinâmica familiar diferenciada em relação aos séculos anteriores, cujas associações amorosas podem ser tanto duradouras quanto supérfluas e mais rápidas do que se tem costume, o psiquiatra alerta as famílias principalmente sobre quem colocar dentro e casa, em contato com seus filhos.
“É preciso conhecer muito bem alguém antes de colocar dentro de casa para conviver com seu filho, que é menor e incapaz de perceber se uma pessoa é ofensiva ou não. É preciso também duvidar, ficar de olho, zelar e dar incertas na pessoa em casa”, orienta.
Kleber Vargas lembra as mães que os casos de abuso ocorrem geralmente dentro de casa, com padrastos, pais, vizinhos, parentes e pessoas da nossa confiança. “Lembrar disso sempre é muito importante”.
Em relação a quem cuida, é preciso ficar atento. “Sair de casa e voltar, com a desculpa de quem vai buscar uma chave, ou aparecer no meio do dia, em horário inesperado, algumas vezes, é válido”.
Mas o principal é ouvir a criança. “Muitos adultos não têm ideia do quanto um diálogo franco com a criança é importante. A criança fantasia é claro, mas não passa a vida fantasiando. Se há um relato do filho, é preciso monitorar a situação. Se houve um relato estranho de machucado, outro, o filho está com comportamento diferente, é preciso ficar atento. Pode haver algo errado”, alerta.
Luiz Alberto
Orientar a criança e passar segurança é fundamental. “Diga ao seu filho o quanto gosta dele e que ele pode contar tudo para você. Diga a ele o que é errado e deixe claro que se alguém o ameaçar, dizer que vai matar ou castigar se contar qualquer coisa ao pai ou a mãe que não é para acreditar. A criança tem que ter certeza de que é preciso confiar no pai e na mãe”, diz o psiquiatra. 
http://www.midiamax.com/noticias/824494-pedofilos+nao+tem+perfil+padrao+mas+sentem+culpa+controlam+desejo+sexual+diz+psiquiatra.html

El sexo en tiempos de crisis



  • Las dificultades económicas llenan las consultas de pacientes con dificultades de erección y falta de deseo sexual
  • Las parejas con dificultades no se deciden por la terapia por lo caro de los tratamientos
  • Una pareja podría dejarse entre 500 y 1.000 euros en una terapia
  • Efe | Bilbao
    Actualizado martes 06/11/2012 18:38 horas
    La Asociación Estatal de Profesionales de la Sexología ha detectado desde hace algo más de un año un incremento de entre un 20 y un 30% en el número de demandas de terapia de pareja por problemas de convivencia, dificultades de erección o falta de deseo sexual, algo que atribuye a la crisis económica.
    Uno de los miembros de esta asociación estatal, el sexólogo y psicólogo vasco José Luis Beiztegui, ha facilitado a Efe estos datos, que serán dados a conocer en las jornadas sobre sexología organizadas el próximo viernes y el sábado en Vitoria, donde se darán cita sexólogos, psicólogos, médicos y otros profesionales.
    A su juicio, las dificultades económicas que atraviesan muchas parejas por la crisis están afectando a sus relaciones, tanto desde el punto de vista de la comunicación entre ambos, con un incremento de los celos, deterioro de la convivencia e incluso recurso a la violencia, hasta en el aspecto más erótico.
    En este ámbito José Luis Beiztegui ha precisado que se ha detectado una mayor demanda de consultas sexológicas por dificultades de erección y de logro del placer, impotencia, vaginismo y falta de deseo.
    "Desde hace cinco o diez años se constata que aunque la inhibición del deseo era un problema tradicionalmente femenino, ahora está afectando también a los hombres", ha indicado el especialista vasco.
    Aunque no hay estudios fiables para cuantificar ese incremento del número de personas con necesidades y demandas de terapia sexológica y de pareja, Beiztegui calcula que desde hace un año y medio o dos se podría cifrar el aumento en un 20 o 30%.
    No obstante, ha indicado que los sexólogos constatan "un aumento de las consultas, aunque no de las sesiones de terapia", ya que para tratar a una pareja con este tipo de problemas serían necesarias entre 10 y 12 sesiones y el importe medio para cada una de ellas oscila entre los50 u 80 euros.
    Por tanto el tratamiento a una pareja podría costar entre 500 y cerca de 1.000 euros, en función de las técnicas terapéuticas, algo que muchos no se pueden permitir, precisamente por la crisis económica.
    Según este profesional, los problemas sexuales afectan prácticamente por igual a hombres y mujeres y se dan en todas las comunidades autónomas.
    Para evitar caer en los conflictos de convivencia y en las dificultades sexuales, este especialista recomienda "regar las relaciones" porque la pareja es lo más importante y poner remedio a los problemas para evitar que "se expandan". "Cuida lo tuyo", es su lema.
    Para hablar de éstas y otras cuestiones relacionadas con las principales dificultades eróticas y problemas de convivencia de pareja acudirá a Vitoria un nutrido grupo de especialistas en estas materias, entre los que destaca la presencia del terapeuta argentino Marcelo Rodríguez Ceberio, vicedecano del Departamento de Psicología Social de la Universidad de Kennedy y profesor del Mental Research Institute de Palo Alto (California).
    http://www.elmundo.es/elmundo/2012/11/06/paisvasco/1352223520.html

Estimulante sexual pode provocar dependência psicológica em jovens


19/11/2012

Estudo realizado pelo Centro de Referência em Saúde do Homem brasileiro divulgou que houve aumento de 20% entre homens de 25 a 35 anos que utilizaram medicamentos para disfunção erétil sem prescrição médica. No período de um mês foram consultados sobre o assunto cerca de 300 homens e pesquisa revelou ainda que o uso indiscriminado do estimulante sexual tem aumentado desde o lançamento do Viagra. Com a quebra da patente e com as recentes reduções no preço, a tendência, segundo especialistas do Centro, é de que a utilização da droga cresça.
Para o urologista Aparecido Donizeti Agostinho, os jovens têm uma imagem irreal da funcionalidade do medicamento. “Basicamente porque alguns indivíduos jovens esperam obter um desempenho muito maior, utilizando essas drogas. 
É uma expectativa irreal, mas muitos acreditam que, se tomarem essas drogas estimulantes, estarão aptos a ter um número muito maior de relações sexuais do que se não as tivessem tomado”, revela.
O especialista destaca que, para este público em especial, o principal objetivo do estimulante é melhorar ainda mais o desempenho sexual, embora isso não aconteça realmente. Ao contrário, o uso indiscriminado desses estimulantes sem a prescrição médica adequada pode trazer malefícios aos usuários, como ocasionar a dependência psicológica. “Existem alguns efeitos colaterais dos medicamentos que são comuns em qualquer faixa etária. Conforme apuraram os estudos, podem ocorrer alterações visuais, gastrointestinais e até o surgimento de dores lombares, dependendo do tipo de droga que está sendo utilizada. Em um indivíduo jovem, que já tem algum problema cardíaco, o uso desses medicamentos pode também levar a algumas consequências mais sérias”, afirma 
o urologista.
Donizeti ressalta que é bom lembrar que doenças cardiovasculares não existem somente em homens bastante idosos e que remédios só devem ser tomados por quem realmente precisa. “Quando um indivíduo utiliza um medicamento desses, sem necessidade, está na verdade se expondo a um risco também do ponto de vista cardiovascular. Acredito que, para a maioria dos jovens, o grande problema no uso dessa droga pode ser uma dependência não física, mas uma espécie de dependência psicológica. Ou seja, o indivíduo associa o bom desempenho ao uso da droga, o que pode trazer consequências prejudiciais ao psicológico do homem”, completa.
http://www.jmonline.com.br/novo/?noticias,7,SA%DADE,71886

sábado, 29 de setembro de 2012

75% DOS CASOS DE EJACULAÇÃO PRECOCE ESTÃO LIGADOS À ANSIEDADE


Seg, 24/09/2012 - 11h55



O fantasma da ejaculação precoce
O seu parceiro anda preocupado por que não está conseguindo segurar a ejaculação pelo tempo que gostaria e, por consequência, as transas têm se tornado cada vez mais curtas? Chegou a hora de você acalmar o gato e mostrar a ele que: 1) sexo não é só penetração e 2) a ejaculação precoce, na maioria dos casos, é decorrente de fatores emocionais. Ou seja, quanto mais ele encanar menos tempo vai durar.


Segundo levantamento elaborado no ambulatório de sexualidade do Centro de Referência da Saúde do Homem, órgão da Secretaria de Estado da Saúde, a ejaculação precoce, em 75% dos casos relatados por homens entre 20 e 70 anos, é causado por fatores emocionais, como ansiedade acentuada e baixa autoestima.
Para quem não sabe, a ejaculação precoceacontece quando o homem chega ao auge da relação em um curto espaço de tempo e com poucos estímulos sexuais. Este ‘descontrole’ pode acontecer antes mesmo da penetração, durante as preliminares e, claro, causa constrangimento e insatisfação tanto para eles como para elas.
Por mais incomum que você possa achar, o problema ocorre com mais facilidade entre os jovens e no encontro com novo parceiros, isso porque a ansiedade intensa que atormenta o sexomasculino antes do sexo, principalmente pelo medo de não corresponder às expectativas da parceira, é um dos principais vilões do bom desempenho sexual. Outra característica em comum entre os pacientes que mais se queixam do problema é a timidez excessiva.
"A insegurança em relação à própria aparência, e muitas vezes a inexperiência, geram grande pressão psicológica no homem. A consequência deste ‘transtorno ansioso’ é o aceleramento daejaculação", explica o urologista Cláudio Murta. Ele ainda ressalta que, segundo estudos, o tempo médio de uma relação é de 15 a 20 minutos. "Saber disso é um dos primeiros passos para que o paciente consiga diminuir as expectativas em relação ao seu desempenho".
Se o gato anda sofrendo com a ansiedade é hora de explicar que apesar de gostar e apreciar uma boa noite de sexo, penetração não é tudo. Além do mais é bom lembrá-lo que, mesmo que ele goze antes de você, se ele não te deixar a ‘ver navios’, tudo bem. Afinal, não é só o sexo que mantém um relacionamento.
Por Paula Perdiz