terça-feira, 19 de abril de 2011

As 10 fantasias mais comuns entre os homens

As 10 fantasias mais comuns entre os homens

1. Fantasiar com a própria parceira

Sem brincadeira. Essa é a fantasia sexual número 1 para a maioria dos homens. Nada é mais excitante do que imaginar coisas que fez ou gostaria de fazer com sua parceira. Por quê? A pessoa que está ao seu alcance é mais excitante que a inatingível.

2. Fazer sexo com outra mulher que não a sua

Geralmente, essa fantasia envolve uma antiga parceira, uma amiga de sua parceira ou até uma celebridade. Não é tão difícil de compreender porque isso acontece: várias pessoas demoram a ter relações com pessoas novas e a fantasia é uma maneira de amenizar essa vontade sem perder a parceira no processo.

3. Fazer ou receber sexo oral

Esse é quase o "top" para ambas as listas. Imaginar que a mulher não faz isso para dar prazer, mas para ter prazer, deixa muitos homens excitados. Fantasias sobre fazer sexo oral também são muito comuns. Muitas mulheres são mais excitadas por sexo oral do que pela penetração e o homem, por ser grande provedor deste prazer, quer satisfazê-la.

4. Sexo com duas ou mais mulheres

Se fazer sexo com uma mulher é bom, imagina com duas? Diversão dobrada. Para muitos homens participar de uma relação lésbica é o ápice. Em sua fantasia, ele geralmente é capaz de levar ambas a orgasmos intensos. Estudos mostram, entretanto, que a grande maioria dos homens não quer (e realmente não consegue dar conta de) tamanha demanda sexual na vida real.

5. Voyeurismo e exibicionismo

Poucas pessoas seriam capazes de não olhar um casal fazendo sexo se elas tivessem a garantia de não serem pegas. A razão do voyeurismo ser uma fantasia tão popular para homens e mulheres é que o sexo é uma coisa privada e escondida. Certamente, já vimos casais fazerem isso em vídeos, mas é raro ver a coisa na vida real. Fantasias exibicionistas também são muito populares. O homem sente prazer imaginando que é invejado e objeto do desejo de quem o observa. É uma fantasia egocêntrica.

6. Assistir à parceira se masturbando

Olhar a parceira brincando com ela mesma está na lista de desejos da maioria dos homens, possivelmente, porque isso reafirma que as mulheres gostam tanto de sexo quanto eles. Eles também fantasiam, imaginando o que elas fazem quando eles não estão por perto.

7. Sexo anal

Fantasiar com o sexo anal não implica em tendências "gays". O ânus é uma zona erógena inegável, especialmente para homens. Muitos homens se reprimem com receio que suas parceiras duvidem de sua masculinidade. Então, eles fantasiam.

8. Submissão e sadomasoquismo

Ser amarrado é geralmente um papel favorito das mulheres, amarrar alguém é geralmente o do homem - o que funciona bem melhor se for feito na vida real! Os homens adoram fantasiar com submissão e poder. Tanto submeter-se como ter alguém que se submeta aos seus caprichos. Fantasias sado são menos comuns, mas certamente não raras. Sadismo consiste em infligir dor a alguém; masoquismo em ser machucado pelo outro. Muitas práticas sadomasoquistas amenas envolvem chicotes e punições como palmadas. Prazer e dor estão inegavelmente ligadas na mente de algumas pessoas e, na realidade, pancadas leves aumentam a irrigação de sangue para a área genital (logo, provocam excitação, biologicamente). Fantasias masoquistas, algumas vezes, são inconscientemente ligadas ao fato de a pessoa achar que o sexo é uma coisa má e que deva ser punida por gostar disso.

9. Sexo devastador

Ao contrário do que a maioria das mulheres pensa, quando o homem fantasia sobre forçar uma mulher a fazer sexo tem mais a ver com o apoderar-se sexualmente dela através de sua fantástica técnica sexual e carisma do que com violência. Ela começa dizendo "não", mas logo sucumbe e acaba dizendo "sim". Por outro lado, se é ela quem força o sexo, ele exercita a submissão, provavelmente o oposto ao que ocorre na vida real.

10. Sexo com outro homem

Fantasias com o mesmo sexo ou mènages incluindo outros homens são extremamente comuns e não significam homossexualismo. Isso apenas significa que os homens são sexualmente curiosos.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo_sub.asp?conteudo_id=7520&categoria_id=3&sub=136

As 10 fantasias mais comuns entre as mulheres

As 10 fantasias mais comuns entre as mulheres

1. Fantasiar com o próprio parceiro

Como acontece com os homens, essa é a fantasia sexual número um entre as mulheres. É excitante imaginar coisas que fez ou gostaria de fazer com o seu parceiro. E, pelo menos ao que parece, fantasiar com uma pessoa que está ao alcance dá mais prazer do que imaginar a mesma coisa com alguém inatingível.

2. Fazer sexo com um homem que não é o seu parceiro

Para as mulheres, esse homem é, na maioria das vezes, um antigo amante. Algumas mulheres sentem-se adúlteras ou culpadas por reviverem, pelo menos na memória, uma relação que tiveram com esse parceiro. Não é necessário, porém, que se sintam assim, isso é completamente normal, dizem os sexólogos. Existem também fantasias com alguém com quem nunca houve nenhum envolvimento. É o que os especialistas chamam de síndrome do você-quer-aquilo-que-não-pode-ter. Como, mesmo envolvida com um parceiro, os outros homens continuam existindo, a mulher pode sentir-se atraída por outros homens. É natural.

3. Fazer sexo com outra mulher

Essa é uma fantasia muito mais comum do que as mulheres costumam admitir. Geralmente, essas fantasias não incluem mulheres do ciclo de amizades habitual, mas simplesmente uma mulher qualquer.

4. Algo que você nunca tentou antes

Essas fantasias podem incluir ser amarrada, sexo grupal, entre outras variações. Apesar de muitas mulheres serem extremamente experimentais e imaginativas em suas fantasias, elas geralmente não admitem desejo por "sacanagens" perante o parceiro por medo de serem julgadas. É possível lidar com isso simplesmente construindo um cenário imaginário.

5. Receber sexo oral

Para muitas mulheres, o sexo oral é o meio mais rápido e eficiente (algumas vezes o único) de alcançar o orgasmo. Então não é surpresa nenhuma sentir prazer só de pensar nisso. O homem que dá vida à fantasia é aquele que não apenas gosta de fazer sexo oral, como sente um prazer imenso nisso.

6. Fantasias envolvendo sexo romântico

Essa é a fantasia que a maioria das mulheres admite, provavelmente porque essa é a mais aceitável pela sociedade. Fantasias românticas geralmente seguem um padrão: um homem bonito, devotado e capaz de amar uma única mulher, que a corteja em uma praia enluarada. Muito romântico...

7. Sexo devastador

Sexo devastador é uma fantasia sexual feminina muito comum. Não significa desejo de ser espancada pelo parceiro, apenas que ele faça sexo de forma apaixonada e vigorosa. Afinal, um tapinha de vez em quando não dói, não é verdade? Por outro lado, muitas mulheres adorariam ser donas da situação. Ser a agressora ou ter poder físico sobre o homem dá grande prazer, porque na vida real geralmente acontece o oposto.

8. Ser considerada irresistível por um homem

Algumas mulheres adoram se imaginar irresistíveis, capazes de fazer com que os homens façam qualquer coisa por uma noite de sexo e prazer.

9. Fantasiar que é uma prostituta ou stripper

Essa também é uma fantasia popular entre as mulheres, que são sexualmente inibidas na vida real. A lógica é que elas têm algo tão atraente que os homens até pagam por isso. Tirar a roupa profissionalmente é outra variação da mesma fantasia.

10. Fazer sexo com um estranho

Na vida real, esse tipo de sexo quase nunca dá certo. Já nas nossas fantasias, isso é tremendamente gratificante. Isto é o sexo pelo simples prazer de fazer sexo. Você pode ser tão louca quanto quiser porque você nunca mais irá ver esse homem desconhecido. Sexo com um "homem sem face" é uma variação ainda mais excitante.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo_sub.asp?conteudo_id=7520&categoria_id=3&sub=135

Virgem aos 54

Virgem aos 54
Nem me masturbar direito eu sei, diz a leitora

25/09/2009

"Cheguei aos meus 54 anos ainda virgem e já estou na menopausa há 4 anos. Ainda sonho, no entanto, encontrar alguem com quem viver um grande e profundo amor. Carrego em mim, porém, uma séria dúvida: poderei ter uma vida sexual normal? Minha experiência é pouquíssima, nada além de beijos e abraços, carícias pouco íntimas. Nunca deixei chegar aos finalmente e, para falar a verdade, acho que nem me masturbar direito eu sei. Mas ouço e tenho lido tanta coisa boa, que chego a pensar que, talvez ainda haja chance para mim?"
SPO

Resposta de Ana Fraiman

Ao achar as respostas, mudarão as perguntas, então. Claro que há chances. Sempre as há. Elas não obedecem às estatísticas, as chances esbarram nas pessoas quando elas se dispõem a encontrá-las, quando as pessoas cultivam um estado de espírito aberto para dizer sim à vida. Não só para relacionamentos amorosos e experiências sexuais, mas sim para amizades, passeios, prazeres vários, alegrias mil, por meio de atitudes simples e fáceis de adotar.

Brincar mais, por exemplo. Recuperar o riso solto, a bobeira, quer coisa mais gostosa do que rir a toa? E você se dá conta como uma pessoa, qualquer pessoa se torna cativante e atraente quando tem um riso fácil? Não estou falando de rir feito boba, mas de portar um riso solto, um sorriso gentil nos lábios, um olhar maroto ou uma boa gargalhada, mesmo! Já percebeu que tem gente que só ri amarelo, nem som não sai de sua boca ao dar risada? Tem um riso petrificado, que mais parece um esgar, tipo cara de dor de barriga, em vez de cara de contentamento?

Pois é, para aumentar as chances de que pessoas interessantes e cheias de vida, gente que valha a pena, se aproxime de você, torne-se você também, mais interessante.

Cursos de teatro, interpretação, contador de histórias, bio-dança, expressão corporal, dança de salão, são excelentes recursos para deixar o corpo mais macio, com mais ginga e a mente mais relaxada, com maior disposição para ter empatia com o outro e recuperar a delícia de dar mais risada. No teatro há um, curso sen-sa-cio-nal para recuperar a espontaneidade: o curso de Clown. É, de palhaço! É muito sério ser palhaço e fazer palhaçada. Divertir-se ao divertir os outros é uma das maiores doações que uma pessoa pode fazer de si. Mas é claro que nem todos têm coragem de começar por aí.

Enfim, um caminho muito bom para desenvolver a sexualidade e a sensualidade é a arte!

A música e o canto, principalmente. Uma pessoa precisa aprender a se expressar por meio de sua sensibilidade e se comunicar pelos sentidos. Não é só tocar seu corpo ou o corpo do outro, mas tocar o íntimo e deixar-se emocionar, entende? Isso desenvolve a arte de deixar-se levar por prazer, sem se sentir ameaçado nem ameaçar.
Um outro aspecto, que se pode desenvolver paralelamente é adquirir maior autoconhecimento: ver-se num grande espelho, nos mínimos detalhes. Colocar-se frente a um espelho, na intimidade de um quarto de dormir ou de vestir ou no banheiro, sem pressa. Não para se criticar, mas para perder inibição de se conhecer, de se tocar, de perceber como o próprio corpo é único e inteiro, que as mãos têm a ver com os pés, que tudo é um todo especial, uma morada querida, que nos é dada de empréstimo, do nascer ao morrer, para ser bem tratada e bem cuidada, apreciada, amada, sempre. As pessoas têm um relacionamento muito cruel consigo próprias frente ao espelho. Em geral só enxergam os defeitos.

Proponho simplesmente se ver, sem julgar. Enxergar-se com olhos de amor e de bondade. Com aceitação e apreço, antes de querer mudar e corrigir alguma coisa. Construir uma auto imagem real e ter uma excelente visão de seu próprio sexo, não só uma noção. Usar espelho de aumento se necessitar. Ver de perto. Vencer a vergonha. Tudo é sagrado em nosso corpo e merece o maior respeito. Senão, porque haveríamos de entregar nossas abominações e porcarias ao ser amado? Teríamos que escondê-las, não é verdade? Um amor verdadeiro não necessita de vergonhas, aliás, nem as tolera. Logo logo as suprime. Recato é bom. Vergonha, não. Antes de querer que outro alguém as descubra, as pessoas precisariam conhecer-se melhor e ser coerentes com aquilo em que acreditam.

Dependendo da religião de cada pessoa, masturbação é ou não é admissível. Procuro, simplesmente respeitar a crença de cada qual. Dentre os sexólogos e dentre os psicólogos, em nosso código de ética, é plenamente aceitável e recomendável a prática da masturbação, para o desenvolvimento psico-sexual e tomada de consciência de como propiciar-se prazer, independente de ter ou não uma companhia sexual. Mesmo uma mulher virgem pode obter muito prazer por meio do orgasmo clitoriano e sem introdução de qualquer objeto na canal vaginal.

De qualquer forma, é indicado que você consulte seu médico ou médica ginecologista, seja para fazer seus exames de rotina, seja para solicitar maiores orientações sobre como proceder com relação a tudo isso. Esse é um capítulo extenso e delicado, que deve começar por você e não pela pessoa que você haverá de conhecer e com quem haverá de se envolver. Caso o profissional consultado não seja bastante claro nas suas orientações, ou procure algum sexólogo (sexóloga) e faça suas perguntas de forma clara e explícita ou volte a nos escrever.

Para você saber, mulheres que têm prazer e orgasmo, têm a musculatura vaginal mais hígida e podem até mesmo evitar pequenas perdas urinárias ao rir, tossir, correr, evitar fazer cirurgias no assoalho pélvico que, com exercícios corretos bem podem ser corrigido. Você prestou atenção? Ter prazer e ter orgasmo é algo bem diferente. Há mulheres que sentem prazer, mas não chegam lá. O orgasmo é uma experiência de plenitude, física, emocional e espiritual. Há leituras fantásticas a esse respeito. Estude mais, leia bastante, converse a esse respeito.

Na maior parte das vezes, é necessário um bom tempo de convivência e experiência para começar a ter orgasmos. Envolve sentir muita confiança: em si mesma e no companheiro, também. Uma vagina, porém, que nunca foi penetrada, não pode e não deve sê-lo sem um devido preparo anterior, para torná-la mais receptiva, mais macia, mais flexível, paredes mais elásticas e resistentes, mais vascularizadas e musculatura mais desenvolvida, enfim. Isso não demora, mas é preciso bastante cuidado, excelentes noções de higiene e muito boa orientação inicial, se não a dor é muita, pois machucaria demais. E liberdade para falar de usar de prevenção contra DSVs - doenças sexualmente transmissíveis.

Há um número de pessoas que foram ou continuam casadas longos anos e parecem ter sido muito felizes. E inúmeros outros casais, homens e mulheres que foram casadas, sim, mas não sentiram aquele amor pelos seus cônjuges. Não chegaram a se sentir nem emocional nem sexualmente plenamente realizados e só alcançam isso depois, num segundo ou terceiro relacionamento, quando já mais amadurecidas e confiantes. Quem vê um casal andando de mãos dadas imagina que sempre se deram bem em tudo.

Mas não é bem assim. Conhece o ditado: quem vê cara não vê coração? Do ponto de vista psicológico ocorre um fenômeno muito especial: uma mulher pode ter tido filhos com seu marido, pode estar casada há mais de 30 anos, mas nunca ter-se entregue a ele de maneira total. Um dia, sabe-se lá quando ou como, dá-se a magia. Encontra-se com seu amor verdadeiro e se enlaçam: sua experiência amorosa será total e avassaladora. Sentir-se-á como uma noiva virgem, que em suas núpcias, se entrega ao seu homem de sempre: eu pertenço ao meu amado, meu amado me pertence.

Leia o Cântico dos Cânticos. Você e tantas outras mulheres e homens poderão se inspirar...

*Ana Fraiman é psicóloga formada em Psicologia Social, especialista nas áreas clínica e social, com mestrado pela USP e, atualmente, cursa doutorado na PUC de São Paulo na área de Antropologia. Possui vários livros publicados, é articulista e Diretora da APFraiman Consultoria, empresa pioneira em Programas de Preparação para a Aposentadoria e Pós-carreira. Para enviar sua dúvida, escreva um email para editora@maisde50.com.br
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=7474

Performance, nada. Especialistas dizem onde estão os erros que geram insatisfação na cama

E o sexo, hein?
Performance, nada. Especialistas dizem onde estão os erros que geram insatisfação na cama

Por Simone Muniz
29/05/2009

Quem se engajou nos movimentos pró-liberação sexual não imaginava que, em pouco tempo, o prazer geraria ansiedade. Fruto de uma sociedade que estimula as sensações, cresce o rol dos escravos do bom desempenho na cama, aqueles para quem o orgasmo vale mais que a cumplicidade e o carinho. Sem se dar conta das verdadeiras causas, eles fazem fila nos consultórios em busca de soluções milagrosas para problemas que vão da falta de ereção à diminuição do prazer.

Ao partir dos 50 anos, essa preocupação pode ser ainda maior, pois soma-se ao medo do envelhecimento", lembra a sexóloga Regina Moura, coordenadora do Ambulatório de Sexologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que recebe clientes queixosos que alegam impotência porque não se sentem mais excitados ao olhar uma mulher muito bonita. E ouve mulheres que se dizem anorgásmicas porque perderam a vontade de transar com os maridos.

No que os especialistas insistem é que as falhas de ereção, a ausência de orgasmos ou a diminuição do prazer podem ser passageiras. Ou se prolongarem como resultados de possíveis crises no casamento, problemas emocionais mais complexos ou mesmo questões orgânicas, como doenças ou alterações hormonais. Ou uma combinação de alguns desses fatores.

"Essas pessoas podem não ter nenhuma doença ou sintoma, mas apenas estar passando por um momento de transição na vida, como a necessidade de rever o casamento ou o que deseja dos relacionamentos amorosos. As buscas e desejos influenciam demais na vida sexual", opina Regina.

Não raro homens tomam remédio contra impotência mesmo sem avaliar as possíveis causas da diminuição do desejo ou da potência. "Todo mundo sabe que falhar na cama é normal e que pode estar associada a causas momentâneas. Porém, a obsessão com a performance muitas vezes é tanta que os homens não se permitem falhar. E ficam muitos ansiosos. É capaz de tentarem várias vezes e não conseguirem ter ereção porque lembrarão dos momentos frustrados anteriores", lembra Regina.

Para a sexóloga Vera Filgueiras, da UERJ, a impotência é um monstro que assombra tanto que algumas pessoas fazem um alarde mental pela falta de desejo, maior do que o necessário. "Alguns sentem-se bem com sexo a cada semana e, se ficarem duas semanas sem desejo, acharão normal, associarão ao estresse do momento. Outros precisam transar diariamente e se ficarem quinze dias, pensarão que existe algo de errado na relação que deve ser discutido. Cada um possui suas necessidades, assim como casal tem sua medida, que devem ser respeitadas".

Passar da ansiedade a uma relação mais tranquila e baseada na troca e no afeto não é um caminho tão difícil de ser percorrido. O alívio pode estar numa conversa franca com o parceiro ou, se for o caso, procurar um médico ou terapeuta.

A disposição para o diálogo, no entanto, é um entrave. "Conheço homens que, por longo tempo, fizeram da potência sexual o principal componente de sua virilidade, não admitiram falhas e se fecharam nos momentos de vacilo. Em alguns desses casos, os relacionamentos entraram em decadência porque o marido não admitia as dificuldades e a esposa achava que estava sendo traída", lembra Regina.

Há casos de pessoas que deixam de conversar com o médico por vergonha e acabam descobrindo tarde que a dificuldade sexual estava relacionada com o remédio que se tomava. "A vergonha de conversar com o médico acaba prolongando as dificuldades e pode gerar ansiedade na cama ou dificuldades de relacionamento", alerta.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7194

Sexo bom ainda se faz em casa, diz especialista

De noite, na cama
Sexo bom ainda se faz em casa, diz especialista

Por Maria Fernanda Schardong
08/06/2010

Ele diz que está cansado, ela reclama da enxaqueca. Ele sugere o dia seguinte, ela aceita já de costas. Segundo uma pesquisa realizada pelo site americano iVillage, a rotina é a grande vilã quando o assunto é sexo entre pessoas casadas. A previsibilidade faz a brincadeira perder a graça também para as brasileiras. Segundo especialista em relacionamentos, para aproveitar as delícias que o sexo pode proporcionar, é preciso mudar de atitude, de posição, variar a hora, descobrir o melhor lugar. Mas pode manter o parceiro.

Grande parte das 2000 entrevistadas pela enquete - todas casadas -, afirmaram que o melhor sexo é com o marido. Mas a frequência está abaixo do desejável, ou seja, de duas a três vezes por mês. Não à toa, 41% delas dissseram preferir boas horas de sono ao esforço que o sexo exige. Dentre os motivos da insatisfação na cama, as mulheres dizem saber desde a duração do sexo até o dia da semana escolhido para terem relações com os parceiros.

O psicólogo da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em relacionamentos amorosos Aílton Amélio de Souza diz que, até certo ponto, a rotina pode ser sinônimo de estabilidade.“Depois de certo tempo é normal que muitas coisas na vida se tornem previsíveis, não só o sexo. A grande questão é não deixar passar do ponto. Há um limite entre o estável e a rotina, e cada um deve encontrar o seu.Tudo vai de acordo com o temperamento de cada um, com o sentimento que existe entre o casal, a confiança entre o parceiros, enfim, um conjunto de fatores que irá influenciar o sexo”, explica ele.

A exemplo das americanas, as mulheres brasileiras também parecem estar um tanto insatisfeitas com a vida sexual. Pelo menos é essa a percepção que o psicólogo e autor do livro “Relacionamento Amoroso”, da Editora Publifolha, tem em seu consultório. “O que se dizia antigamente é que elas evitavam o sexo. Entretanto, hoje em dia, as mulheres têm reclamado bastante da falta de sexo. E o conselho que eu dou é sempre o mesmo: procure por qualidade de vida, busque desafios e conhecimentos, cuide da saúde e da aparência. É tudo uma questão de atitude perante à vida. E que irá refletir de maneira positiva na cama. Mas claro, se ainda houver sentimento, admiração e confiança entre o casal”, aconselha Amélio de Souza.

Para quem já passou dos 50, a idade também pode até trazer algumas dificuldades na hora do sexo, mas muito menos do que se imagina. Embora a frequência e a vitalidade diminuam um pouco, ainda sim é possível ter um bom sexo na maturidade.

“Logicamente que fatores como a condição física e a questão hormonal estão ligadas à qualidade do sexo, mas é absolutamente normal manter boas relações sexuais depois dos 50, 60 anos. O sexo depende do interesse, da atração, admiração, confiança e também da forma como cada um o encara na vida. E se o sexo tem hora marcada e dia certo para acontecer aconselho a procura de um especialista urgentemente”, finaliza o especialista.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7876

Você tem fome de amor?

Você tem fome de amor?
Sexóloga explica o que que está por trás da carência afetiva e mostra os caminhos da superação

05/01/2010

Por Maria Helena Matarazzo*

Fome significa ausência, falta, privação - pode ser tanto de alimento como de amor. Em termos de alimento, existem vários tipos de fome. A fome pura e simples, fome oca, por falta de ter o que comer. A fome oculta, bastante generalizada na sociedade do fast food. O que significa que as refeições são cada vez mais fast menos food, oferecem cada vez menos substâncias nutritivas. E existe ainda a fome insípida, que é causada pela monotonia - sempre arroz e feijão.

Carência, por sua vez, é fome de amor. É um estado passageiro ou crônico de subalimentação emocional. As sensações são tanto psicológicas como físicas: dor no peito e na boca do estômago, sensação de vazio, de frio. Pode haver motivos profundamente arraigados em cada um de nós para essa fome. Em geral, está ligada a falta, a perda. Perder significa ser privado de, cessar de ter. Se sofremos uma perda de um ser querido por morte, divórcio ou rejeição, a fome vai crescendo e ficamos desnutridos emocionalmente. Às vezes, chegamos a acreditar que vamos morrer de fome.

Provavelmente não morremos, porque nosso coração tem "sete vidas". Entretanto, muitas vezes essa fome crônica é capaz de gerar uma reação extremada. Para não senti-la, podemos amortecer em nós mesmos essa necessidade de amar e de sermos amados, e então ficar como um peixe frio. Se congelarmos uma parte do nosso corpo ou do nosso coração, não vamos sentir nem o bom nem o ruim. Nada. Mas não nascemos para ser icebergs, e sim para ser humanos. Somos vulneráveis tanto ao amor como à falta dele.

O coração humano só se tornaria perfeito se virasse inquebrável. Como isso nunca vai acontecer, é melhor deixá-lo pulsar - assumindo o risco de amar, de ir em busca do amor.

Reaquecer o próprio corpo, o coração, dói, mas vale a pena. Às vezes, é preciso ter ajuda de um especialista. Se congelarmos nossas emoções, nossos sentimento, nos sentiremos protegidos ("Nada me atinge, portanto não posso ser ferido"). O medo da rejeição, do abandono é tão grande que para evitar o sofrimento criamos uma dupla proteção. Só que isso é um mecanismo de defesa contra a dor. Na vida é assim: aparecem ameaças, perigos de todos os tipos e aprendemos a enfrentá-los. Só que exageramos na dose, aprendemos "bem demais". Criamos proteção exagerada. Então, o que acontece é uma over reaction, ou seja, uma reação exagerada ao contrário. Aí não vamos sentir nem a dor nem o prazer. Mas essa é uma falsa sensação de invulnerabilidade.
Não existe imunidade contra o sofrimento. Todos carregam as cicatrizes de mil ferimentos. Os da infância, os da adolescência, que às vezes ainda sangram, os da idade adulta, dos sonhos não vividos. Como fazer com que todos desapareçam?

A resposta não é se fechar, não é se bloquear, não é se trancar a sete chaves para se defender da vida. A resposta está em se fortalecer para ter a coragem de viver e esperar da vida aquilo que ela pode nos dar. No seu livro "Faça as pazes com a vida - Aprendendo a conviver com as perdas", Ana Stearns explica que uma das conquistas mais difíceis é nos liberarmos das expectativas irreais sobre o que sentimos que a vida deveria ser. Ela deveria ser mais justa em sua distribuição de dor e sofrimento. Deveria proporcionar mais oportunidades de crescimento pela via da felicidade que do sofrimento. As pessoas de quem gostamos não deveriam ter problemas nos momentos em que mais precisamos delas. O fato de termos aprendido tanto com o sofrimento deveria poupar-nos de qualquer dor no futuro. Mas cada uma dessas idéias é uma expectativa irreal.

A vida é o que é. Todos somos vulneráveis e carentes. Ana Stearns conclui dizendo que à medida que nos libertamos das expectativas irreais em relação à vida, começamos a recriar nós mesmos, nossos objetivos, nossas relações com os outros. Como nossas expectativas quanto a nós mesmos e aos outros se tornam aos poucos mais realistas, fica mais difícil nos iludirmos e mais fácil nos satisfazermos.

Não existe seguro contra o risco de amar. Há muita dor no amor e, claro, sempre existem riscos. Não podem nos impedir de pensar se não existiria um jeito melhor de viver em que a dor não viesse sempre misturada ao prazer. Mas na vida é assim: ou você pega os dois ou fica sem nada. Dor e prazer são o pão cotidiano dos homens. Talvez o mais importante seja amar e aprender.

*Maria Helena Matarazzo é sexóloga e autora de "Amar é preciso" e "Nós dois".
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=7671

A reinvenção do sexo

A reinvenção do sexo
As alternativas para quem quer exercer - ou não - a sexualidade em plena maturidade

Por Maria Fernanda Schardong
27/04/2010

Existem muitas coisas sem as quais não poderíamos viver. O sexo seria uma delas? Há controvérsias. No embate de opiniões, a falta que o sexo faz pode ser tão relativa quanto as razões que levam algumas mulheres a dispensar – ou não - a relação sexual na maturidade.

Para a especialista em Sexualidade Humana Sandra Baptista, a abstinência pode ser um fato para muita gente. E a escolha do que fazer entre quatro paredes é totalmente individual. “É mais do que compreensível que algumas mulheres vivam felizes e realizadas, independentemente do fato de fazerem sexo ou não. Assim como do ritmo sexual que elas levam, pois a necessidade sexual tem que ser uma questão percebida de maneira individual, respeitando as singularidades de cada uma. Dessa forma, há mulheres que deixam de fazer sexo por inúmeras razões, entre elas o fato de nunca terem gostado. O que pode ser uma dificuldade para umas, não é para outras”, explica ela.

Segundo a psicóloga e estudiosa do tema, Teresa Creusa Negreiros, se existem mulheres que vivem bem sem sexo, ainda há outras tantas que sofrem com a falta dele. “Muitas optam pela masturbação para alívio e prazer; outras mulheres, com determinação e boa capacidade de sublimação, optam pela exclusão definitiva da atividade sexual; e algumas se tornam ansiosas e com tendência à angústia e depressão. Mas, em geral, são pessoas que não atingem, nesta fase madura, uma elaboração de conflitos ao longo da vida. E estas, podem se sentir rejeitadas, carentes, percebendo a solidão, não como uma etapa de reflexão e integração, e sim como o abandono”, afirma a psicóloga.

As mulheres já ultrapassaram a barreira do preconceito sobre a continuidade da vida sexual. Vieram outros impasses. “Nenhuma mulher deve se sentir obrigada e/ou pressionada a ter mais relações sexuais do que deseja porque "alguém" disse que isso é que o normal, que isto é o esperado. Provavelmente, se assim fizer, poderá por acabar de se distanciando do que é realmente primordial, que é o prazer dela mesma. Para se ter uma boa relação sexual é preciso se entregar, se sentir à vontade e estar com vontade de ter a relação. Pois nada é mais distante da satisfação, do prazer, do que a obrigatoriedade”, explica Baptista.

Se o sexo não pode ser mais o mesmo, é preciso reinventá-lo, na maturidade, defende Negreiros. Com uma boa dose de carícias e calor humano é possível ter uma vida sexual prazerosa, ainda que sem o sexo propriamente dito. “A vida erótica pode continuar prazerosa para os mais velhos, como em outras etapas da vida, reaprendendo-se a arte das carícias, o brinquedo dos aconchegos e dos contatos corporais, sem criar expectativas para desempenhar as chamadas “relações completas”, visando o orgasmo como finalidade última. E nem para obter a mesma quantidade de relações da juventude, pois o ciclo erótico, com o avançar da idade, pode até aumentar na duração e profundidade, mas diminui em sua frequência”, finaliza a psicóloga.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7839