terça-feira, 19 de abril de 2011

Eles também têm dificuldade para atingir o orgasmo

Homens na cama
Eles também têm dificuldade para atingir o orgasmo

da redação
24/12/2008

Segundo o Projeto de Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo (Prosex), pelo menos uma em cada quatro mulheres sofre com a anorgasmia. Entre os homens, não existem estatísticas formais. No entanto, especialistas garantem que, pelo movimento nos consultórios, os homens também têm dificuldade em atingir o orgasmo.

A anorgasmia não significa qualquer alteração fisiológica. "O problema é que não há prazer associado à ejaculação. Não há a descarga energética que vem com o orgasmo", explica o sexólogo Arnaldo Risman, da Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati) da Uerj.

Segundo o urologista Joaquim de Almeida Claro, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), para compreender a disfunção, é preciso dissociar a ejaculação do orgasmo. Ele explica que, fisiologicamente, são dois processos diferentes que podem ocorrer juntos ou não.

Tanto que o pênis funciona normalmente, fica ereto e ejacula. "Às vezes, o bloqueio sensorial é tão grande, que o órgão sexual executa tudo a que é mandado, inclusive emite sêmen, mas o cérebro não sente o prazer do orgasmo", completa o urologista e terapeuta sexual Celso Marzano.

A anorgasmia está associada, principalmente a pressões psicológicas, como estresse, problemas sociais e econômicos, sem contar a cobrança social e cultural de que o homem seja sexualmente ativo.

O caráter efêmero das relações na atualidade, a falta de intimidade, cumplicidade e paciência entre os casais também contribuem para agravar o problema. "Se o homem reclama que não atinge o clímax, é porque se conscientizou de que uma relação sexual vai muito além de pênis ereto e ejaculação", pondera Rizman. "A sexualidade deve ser explorada de forma inteira. Nas relações em que não existe intimidade, não há a preocupação de conhecer o corpo do parceiro e dar prazer a ele", diz.

Outra vilã é a vaidade masculina exagerada, que pode se tornar patológica e afetar o desempenho na cama. "O indivíduo passa a se fechar tanto nele mesmo que não tem prazer com mais ninguém, a não ser com ele mesmo", afirma Rizman.

Se não é possível resolver todas as questões, é possível amenizar o sofrimento. Falar sobre o assunto, com a companheira e com o médico, é um bom primeiro passo.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=6972

Sexo tem hora?

Sexo tem hora?
A difícil arte de conciliar ponteiros quando o desejo precisa entrar em cena

Por Juliana krapp
06/02/2009

Manhã, tarde ou noite? Existe um horário ideal para o sexo? E como os casais conciliam ponteiros descompassados do relógio biológico de suas rotinas? Haveria uma hora em que o desejo se apresenta mais forte tanto para homens quanto para mulheres? São perguntas que até o meio científico considera difíceis de responder.

"Para a maioria das pessoas, hora de sexo é à noite, quando já se encerraram as obrigações do dia e as crianças estão dormindo", afirma a sexóloga Regina Moura, professora de psiquiatria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). O que ela considera uma pena, pois, do ponto de vista fisiológico, a manhã seria o horário mais apropriado para a atividade sexual. "À noite, o cansaço e o estresse acabam por influenciar no desempenho da relação. Pela manhã, o corpo e a mente estão descansados, prontos para esse tipo de exercício", justifica.

Já o cronobiólogo Luiz Menna-Barreto, integrante do Grupo Multidisciplinar de Desenvolvimento em Ritmos Biológicos da Universidade de São Paulo (USP), diz que não existe um "melhor horário" para o sexo.

O estudioso do relógio biológico humano considera inadequado avaliar a questão a partir de um só fator. "É insensatez reduzir o comportamento sexual humano a níveis mais elevados de certos hormônios. Qualquer levantamento superficial sobre as preferências sexuais de uma pessoa revela muito pouco", afirma.

Se não existe um "melhor horário", é certo que existem horas desencontradas. Sobretudo nos dias atuais, em que os casais se veem às voltas com rotinas massacrantes de trabalho e agendas lotadas.

Além disso, não há como ignorar certos fatores fisiológicos, como a variação de hormônios. A endocrinologista Ruth Clapauch explica que a testosterona – hormônio básico para a libido, tanto no homem quanto na mulher – atinge seu pico diário nas primeiras horas da madrugada. "O que não é sinônimo de excitação", esclarece. "A testosterona é um quesito indispensável para a excitação, mas não é apenas a sua presença que vai deixar alguém excitado", afirma.

"Em geral, o homem responde automaticamente a estímulos, especialmente os visuais. Já para a mulher, a libido depende menos de hormônios e mais do contexto da relação com o parceiro. Além dos ritmos dos hormônios sexuais é preciso levar em conta também o ritmo individual, pois há pessoas com mais ânimo (para tudo) pela manhã, e outras, à noite", acrescenta Clapauch.

No célebre livro "Simplifique sua vida", os alemães Werner Tiki Kustenmacher e Lothar J. Seiwert incentivam o sexo com hora marcada. "A expectativa é um dos melhores afrodisíacos", eles defendem. Mais que isso, as pessoas deveriam planejar os "momentos doces" da mesma forma que planejam qualquer outro compromisso. Muitos casais, de fato, parecem não estar longe disso.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7038

A vitamina do sexo

A vitamina do sexo
O que dizem sexólogo e nutricionista sobre a vitamina B3

Por Maria Fernanda Schardong
30/01/2009

O que você come pode revelar a qualidade do sexo que você pratica diz nutricionista. Alimentos ricos em vitamina B3 são fortes aliados de uma vida sexual saudável e mais ativa, garante Renata Gonçalves, do Grupo de Nutrição Humana (Ganep). Sexólogo diz que a alimentação é importante, mas faz ressalvas.

"Uma alimentação inadequada pode trazer prejuízos para a atividade sexual, uma vez que alguns nutrientes podem alterar a produção de hormônios, além de acentuar a tensão prémenstrual (TPM) nas mulheres, por exemplo”, afirma a nutricionista.

Defensora da vitamina B3, Renata lembra que além de garantir melhor qualidade do sexo, ela ajuda a manter a pele saudável e beneficia os sistemas digestivo e nervoso. Também é indicada para tratar problemas circulatórios, pois ela dilata os vasos sanguíneos, fazendo com que o fluxo de sangue aumente em todo o corpo, inclusive nos órgãos sexuais.

Os nutrientes ligados aos hormônios sexuais são zinco, óleos ômega 3,6 e 9, magnésio e os bioflávonóides. Ainda segundo Renata, para intensificar o desejo sexual a alimentação deve conter pouco açúcar e gorduras saturadas. Ingerir carboidratos integrais como massas, pães e arroz, carnes magras, frutas, vegetais e legumes ajudam a melhorar o desempenho de homens e mulheres, afirma Renata.

O sexólogo Arnaldo Risman, da universidade da Terceira Idade da UERJ, no entanto, lembra que é necessário, quando se fala de sexo, avaliar cada caso, individualmente. “A vitamina B3 não faz nenhum milagre. Se a pessoa reclama da falta do desejo sexual, o melhor a fazer é procurar um médico”, afirma.
As principais fontes da vitamina B3 são: amendoim, castanha do Pará, levedura, fígado, aves, carnes magras, leite, ovos, frutas secas, cereais, integrais, brócolis, tomate, cenoura, abacate e batata doce. As quantidades diárias para o consumo são de 15 mg para as mulheres e 19 mg para os homens.
O ideal, portanto, tanto para seguir uma dieta quanto para resolver problemas relacionados à sexualidade, é buscar ajuda profissional. Como afirma Risman, as formas de viver a sexualidade sempre vão variar de pessoas para pessoa.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7025
Alta pressão
Estudo reforça associação entre hipertensão e disfunção erétil

da redação
27/04/2009

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Se o sintoma é a disfunção erétil, os homens agora deverão procurar também o cardiologista. Segundo estudo da American Urological Association (AUA), os homens com dificuldade de ereção têm 38% mais chances de ser hipertensos.

Coordenador do estudo, desenvolvido por um grande laboratório, o médico norte-americano Peter Sun explicou, através de sua assessoria, que disfunção erétil e hipertensão têm em comum a constrição de vasos sanguíneos, indicando que o distúrbio pode ser um sinal para problemas de saúde maiores e mais sérios.

A disfunção erétil é, na maioria das vezes, um dos primeiros sinais de má circulação sanguínea, enquanto a hipertensão em muitos casos não apresenta sintomas. Para se ter uma ideia, na América do Norte, por exemplo, um em quatro adultos tem pressão alta, com 33% de homens atingidos, dos quais 30% não sabem que são hipertensos, segundo dados da American Heart Association.

"Devido ao resultado, é muito importante que o homem supere o preconceito de falar sobre disfunção erétil e procure um médico especialista. Detectar e tratar a hipertensão, uma doença silenciosa em muitos homens, pode ajudar a prevenir futuros problemas, como o infarto", aconselha Peter Sun, cujo estudo foi o primeiro a comparar a hipertensão em pacientes com e sem disfunção erétil.

Para confirmar a relação, o coordenador da pesquisa comparou os bancos de dados de 51 planos de saúde dos Estados Unidos e homens sem o distúrbio, de 1995 a 2002. A pesquisa envolveu 300 mil homens com disfunção erétil e 1,6 milhão de homens saudáveis. Os dados revelam que 41,2% dos que apresentaram problemas de ereção também são hipertensos. Percentual bem superior aos 19,2% de homens hipertensos sem disfunção erétil.

A disfunção erétil consiste na incapacidade de obter e manter uma ereção que garanta uma relação sexual satisfatória. "Graças à disponibilidade de mais opções de tratamento para disfunção erétil, um número crescente de homens está buscando ajuda para sua saúde sexual. Visitar um médico para tratar este problema é uma oportunidade perfeita para um exame completo, incluindo a hipertensão", afirma o sexólogo Alfredo Romero.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7127

Cem anos de sexo

Cem anos de sexo
Especialista explica a evolução da sexualidade

27/04/2009

Por Cláudio Martins*

São muitas as reflexões sobre o que ocorreu no transcorrer dos últimos cem anos e as implicações comportamentais e emocionais da ampliação das liberdades internas dos indivíduos, no que tange à sexualidade.

No início do século XX, a sexualidade ainda era assunto proibido e pouco divulgado, tanto é que Freud teve que transpor uma série de tabus sociais do período para poder divulgar seus trabalhos científicos, que buscavam ampliar o entendimento da sexualidade humana e as suas múltiplas facetas, até que houvesse uma aceitação dos seus trabalhos como uma referência científica do funcionamento da mente.

Em termos comportamentais havia a necessidade de todo um ritual de cortejo para que o homem se aproximasse da amada, no qual passava inevitavelmente pela autorização do pai da mulher. Uma vez aceito o noivado ela se vê num "brete", pois caso houvesse o rompimento, dificilmente haveria um segundo pretendente. Para complementar, e para o espanto dos "teens" atuais, a moça deveria chegar virgem ao casamento, pois, caso contrário, havia o risco de ser devolvida aos pais (por incrível que pareça, algumas mulheres, ainda hoje, sofrem do temor de serem rejeitadas por terem tido alguma experiência sexual prévia).

Num passeio pela história, percebe-se que o mundo era extremamente patriarcal nos idos dos anos de 1910, quando os papeis nas relações conjugais já estavam prédefinidos, ou seja, o homem era o provedor econômico e a mulher tinha a função de cuidar dos filhos e da casa. Será que, passados praticamente cem anos, este tipo de mentalidade mudou muito? Bom deixo isto para o leitor refletir.

Já pelos idos dos anos 20 "alguns" progressos foram sendo incorporados nos rituais sociais, ou seja, os namoros (leia-se passear de mãos dadas e roubo fortuito de um beijo, portanto muito distante do ficar dos jovens atuais) começaram a se expandir para lugares públicos, mas com um detalhe importante: a jovem deveria estar acompanhada de um parente no famoso papel de "segurar a vela".

Avançando-se ao redor de uma década, inicia-se a fase dos manuais de aconselhamento matrimonial, que vai democratizando as informações e a "permissão" para uma vida sexual harmoniosa e prazerosa da mulher, mas com "serenidade" (seja a interpretação que possamos inferir de tal observação). De qualquer forma, o sexo já passa a ser visto como um dos pilastros essenciais para um bom relacionamento conjugal.

Lá pelos anos 40, as mulheres já conseguem impor um papel de maior autonomia nas suas escolhas. Há uma gradativa redução no controle dos namoros desde que o escolhido seja um moço de "futuro". Rapidamente se evolui para uma discussão mais ampla da sexualidade, pois começa haver uma conversa maior entre mães e filhas no sentido de estas serem aconselhadas a tomarem precauções para evitarem a tornarem-se umas "perdidas" , ou seja, perder a virgindade antes do casamento. O que gerava uma sexualidade extremamente reprimida e cheia de medos.

Já nos idos dos anos 50 há uma ampliação na discussão da vida sexual entre o casal. Começa se identificar melhor as frustrações e gratificações vinculadas a "algo" que sempre existiu mas que se mascarava, isto é, a sexualidade humana passa a ser um tema obrigatório na vida de homens e mulheres para que possa haver uma ampliação do bem-estar na relação a dois

Sem dúvida, no vácuo de liberalidade dos anos anteriores, o avanço da ciência colaborou para a revolução sexual dos anos 60, com o surgimento da pílula anticoncepcional que proporcionou a possibilidade do exercício da sexualidade sem o temor da gravidez indesejada, e por conseguinte, o casamento "obrigatório". A mulher passou a ter uma possibilidade até então desconhecida, ou seja, transar por busca de prazer sexual.

Os dogmas religiosos e sociais de que o casamento estava vinculado a uma sentença de vida, isto é, a famosa frase "até que a morte os separe" passou a ser questionada e, como resultado, os índices de separação vêm aumentando desde então (pois vejamos, enquanto em 1900 de cada 86 casamentos um terminava em separação, hoje ocorre um divórcio a cada seis uniões) .

Mais contemporaneamente, os anos 70, com os seus bailes de música lenta e rock pauleira, são lugares para os "amassos" e não esqueçamos dos namoros nos carros e numa realidade bem brasileira: o surgimento avassalador dos "motéis do amor". Tudo isso representando que um casal, quer de namorados ou numa relação mais formal, o sexo passa a ser um fator determinante para que um casal permaneça junto. O que considero um incremento da capacidade de bem viver do indivíduo.

O que parecia ser uma liberalidade exagerada para alguns, nos anos 80 foi de uma certa forma contida com o surgimento da AIDS, que passou a exigir mais responsabilidade nas relações, bem como trouxe novamente o medo entre os jovens nas suas iniciações sexuais. O que antes era um repressor social passou a ser o temor de uma contaminação. Vejam que a conquista da liberdade sexual é trabalhosa. Por outro lado, as conquistas sociais e sexuais da mulher foram proporcionando uma maior tomada de consciência e maturidade para que os casamentos ocorram mais tarde, assim como a geração de filhos.

A mesma geração que nos últimos 30 anos alcançou conquistas inimagináveis no início deste século, passa agora ter filhos e por coerência social e por pressão das gerações atuais incorpora o namoro com sexo como algo socialmente aceito, inclusive com a cedência da própria casa da família para facilitar a vida dos jovens enamorados.

Portanto, houve realmente uma mudança de hábitos e costumes vinculados à sexualidade, ou seja, de uma repressão intensa no início do século a uma incorporação da vida sexual como um dos aspectos essenciais da vida. E para o alento dos homens, e porque não dizer também das mulheres, a ciência mais uma vez colabora para um avanço na sexualidade com o surgimento do Viagra nesta virada de século, que afasta o temor da impotência de um grande grupo.

Assim sendo, parece indubitável que a humanidade neste balanço está com um saldo extremamente positivo, mas que necessita expandir tais conquistas para um maior número de pessoas, o que permitiria uma sexualidade livre, com responsabilidade e segurança, o que certamente colaborará de uma forma muito mais ampla do que possamos imaginar para o bem-estar da humanidade.

*Cláudio Martins é Mestre em Psiquiatria pela University of London e exerce sua atividade clínica em Porto Alegre.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7126

Medicina entra em ação para corrigir imperfeições e facilitar o prazer feminino

Estética genital
Medicina entra em ação para corrigir imperfeições e facilitar o prazer feminino

Por Andrea Guedes
14/07/2008

A medicina estética chegou às partes mais íntimas das mulheres. Novas técnicas prometem corrigir até mesmo a flacidez da vagina, uma das maiores fontes de insatisfaçoes femininas quando se passa dos 40. Além, é claro, de corrigir imperfeições em áreas como clitóris, região pubiana, e até mesmo canal vaginal. Tudo pode ficar do jeito que elas desejam.

Desejo, aliás, é a palavra de ordem, garantem os especialistas. "A estética genital está intimamente ligada ao desejo, a excitação e ao orgasmo", define Márcio Dantas de Menezes, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual.

Ele explica que os grandes lábios podem começar a murchar e enrugar quando os anos passam, o que causa desconforto para a mulher. Mas, para isso, já existe solução. Uma técnica nova no mercado rejuvenesce os grandes lábios por meio do preenchimento de uma substância bioexpansora. De acordo com Márcio, não é um procedimento cirúrgico e não requer internação.

Outra queixa que tem levado muitas mulheres a optar pela plática é o tamanho dos lábios inferiores, que acabam sendo maiores do que os externos. Há casos, também, em que um lábio se desenvolve mais que o outro. "Nessas pacientes, faz-se uma cirurgia, com anestesia, para retirar o excesso de pele", explica Márcio. A mesma técnica também pode ser utilizada para reduzir o clitóris.

Mas, se algumas consideram o foco do prazer pequeno demais, é possível aumentá-lo através de reposição hormonal ou de fisioterapia. Segundo Márcio, existe um aparelho que intumesce o clitóris com leves sucções. Ele pode ser utilizado em casa, como uma fisioterapia, no período determinado pelo médico.

A medicina estética pode modificar também o canal vaginal. Márcio explica que muitas representantes da ala feminina consideram o canal largo o bastante para não satisfazê-la, nem ao parceiro, em uma relação sexual. "Resolvemos esse problema injetando uma substância bioexpansora que estreita o canal, principalmente na região mais próxima a entrada da vagina, na qual a maioria das mulheres sentem mais prazer", destaca.

Se a queixa estiver na região pubiana, é possível resolvê-la. Segundo Márcio, hoje já se faz lipoaspiração no púbis e transplante de pelos, problema comum nas mulheres que já passaram dos 50, fase em que há uma redução na penugem.

Para Márcio, não existe um padrão de normalidade, mas o natural é que os lábios inferiores sejam menores do que os externos. E qualquer incômodo que a mulher sinta em relação ao seu órgão genital deve ser comunicado ao ginecologista. Além da medicina estética, alguns deles, hoje, já trabalham com plástica.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=6754

Mulheres desconhecem anatomia do próprio corpo

Zona proibida
Mulheres desconhecem anatomia do próprio corpo

Por Andrea Guedes
20/02/2009

Já houve tempo em que se a menina fosse pega tocando a "área proibida", ganhava um sermão da mãe e ainda era obrigada a ouvir histórias absurdas, como a de que nasceriam pelos nas mãos se fizesse isso novamente. Hoje, ainda que não existam mitos como este, a vagina ainda representa um mistério para a maioria das mulheres.

Segundo uma pesquisa coordenada pela sexóloga belga Goedele Liekens, cerca de 50% das mulheres concordam que a vagina é a parte do corpo que conhecem menos. E, para agravar a situação, 40% afirmaram não se sentir confortáveis para esclarecer suas dúvidas com os próprios médicos. Diante dessa realidade, derrubar as barreiras da mulher com o próprio corpo tornou-se um dos grandes objetivos dos especialistas na área.

O ginecologista paulista José Bento de Souza, autor do livro "Saúde da mulher - respostas que você precisa saber", diz que ainda existem preconceitos com relação ao órgão genital feminino. No entanto, ele acredita que essa mentalidade está mudando, principalmente entre as mais jovens. "Antigamente, as mulheres tinham a vagina como uma área proibida, que não podia ser tocada. Hoje, vejo adolescentes virgens que querem usar absorvente interno. Elas não têm mais o medo que existia anos atrás", comenta.

Além da questão cultural, o próprio formato da vagina dificulta o autoexame e leva ao desconhecimento da área, diferentemente dos homens, que precisam tocar no pênis de forma mais constante, tornando-se mais fácil visualizar algo de anormal no órgão. "Muitas vezes a mulher tem alguma ferida que não é descoberta porque ela não tem o costume de autoexaminar", alerta o ginecologista. Para diminuir a distância e o desconhecimento do próprio corpo, Souza faz com que as pacientes acompanhem o próprio exame por meio de uma câmera. No decorrer do procedimento, mostra o cólo do útero, a vulva, e esclarece as dúvidas que possam existir. "A mulher fica mais segura e aceita melhor tratamento quando se conhece melhor", afirma ele.

O ginecologista recomenda que, sozinha em casa, a mulher se examine em frente ao espelho, no mínimo uma vez por mês. O hábito pode evitar transtornos com doenças graves. De acordo com Souza, em cada dez pacientes que chegam ao seu consultório, três estão infectadas com o Papilomavírus Humano (HPV), precursor do câncer de colo de útero, segundo tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, e cujo sintoma são verrugas genitais, que muitas não percebem até ir ao médico. "O autoexame, portanto, vai permitir que ela identifique lesões e procure o ginecologista rapidamente", aconselha.

Para fazer com que a mulher se conheça melhor, Souza diz que os ginecologistas estão adotando uma nova postura nos consultórios. Os médicos estão "saindo do pedestal" para uma relação de igual para igual com a paciente. Desta forma, ela cria uma confiança e sente-se mais segura para falar abertamente com ele. "A mulher deve procurar saber como são os genitais, conversar com o médico e esclarecer dúvidas", recomenda.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7054