24/05/2011 -- 00h00
Professora desenvolve projeto há 11 anos
Débora Proença: pais se sentem mais seguros em saber que os filhos estão sendo bem orientados
A professora Débora Maria Proença ensina educação sexual há 11 anos para alunos da Escola Estadual Lauro Gomes da Veiga, localizado no Conjunto Maria Cecília (Zona Norte de Londrina). ''Criei o projeto Educação Sexual nas Aulas de Português. Abordo questões como iniciação sexual, menstruação, doenças sexualmente transmissíveis, diversidade sexual e gravidez na adolescência, além de assuntos diários que são abordados pela mídia'', conta a professora, que é especialista em sexualidade.
Segundo ela, antes o tema era visto com certa desconfiança por parte dos pais, mas hoje em dias muitos relatam que se sentem mais seguros em saber que os filhos estão sendo bem orientados na escola. ''Os alunos também mudam de postura quando percebem que a sexualidade é tratada com seriedade. Nas primeiras abordagens eles fazem piadinhas, mas depois se mostram interessados em aprender como funciona o próprio corpo, quais cuidados devem ter quando forem iniciar a vida sexual e outras curiosidades'', diz Débora.
Congresso
Entre os dias 2 e 5 de outubro, Londrina sedia o XVIII Congresso Nacional de Sexualidade Humana, que tem como tema 'A Construção Cultural da Sexualidade'. O evento, promovido pela Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (SBRASH), será realizado no Hotel Sumatra. Palestras, cursos, seminários e oficinas com a participação de profissionais renomados que atuam com a questão da educação sexual em várias cidades brasileiras fazem parte da programação do congresso. A organização estima um público de 900 pessoas, entre estudantes, profissionais de educação, saúde e outros. As inscrições estão abertas. Mais informações no site www.sbrash.org.br. (M.R.)
http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--3695-20110524
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Preconceito é velado, diz psicólogo
30/05/2011 -- 00h00
Preconceito é velado, diz psicólogo
Para o psicólogo Márcio Neman, pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisa da Sexualidade e professor universitário em Londrina, o preconceito nas empresas é velado. ''A condição ou orientação sexual de uma pessoa é algo que só diz respeito a ela'', afirma Neman, acrescentando que as empresas que não aceitam o homossexual estão numa prática social violenta.
''O reconhecimento da união estável pelo STF está aí para eliminar barreiras que ainda resistem em diversos setores, inclusive, no mundo corporativo'', argumenta o especialistga. Ele explica que, historicamente, o mundo é dividido entre homem e mulher e, com isso, algumas profissões sofreram uma erotização que vem se modificando pelo contexto. ''Um exemplo é a mulher que é chefe de família, papel que sempre coube aos homens, e o homem que decidiu pela profissão de cabelereiro e não é gay. Esses exemplos mostram que isto está mudando, as regras não são tão estanques mas ainda existe muito preconceito nas empresas'', ilustra.
E esse preconceito fica muito evidente quando os homossexuais se afastam mais da matriz do macho formada pela sociedade (homem, viril, provedor, cristão etc), ou seja, se assemelham mais ao feminino.''Na verdade, as pessoas não querem visualizar o gay ao seu lado. Elas preferem ignorar. São tão narcisistas que não suportam o diferente'', afirma o psicólogo, acrescentando que quando há brincadeiras ou piadinhas de mau gosto no ambiente de trabalho é uma demonstração clara de que existe preconceito.
Na opinião do especialista, a sociedade ainda caminha a passos lentos nesse sentido. ''O Brasil é um dos países da América Latina mais atrasados em relação a algumas leis, ao contrário da Argentina, México e Venezuela'', diz. Para ele, o reconhecimento legal à união entre homossexuais reflete a lenta construção de novos valores que, aos poucos, as sociedades estão aprendendo a cultivar. (V.B.)
http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--4490-20110530
Preconceito é velado, diz psicólogo
Para o psicólogo Márcio Neman, pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisa da Sexualidade e professor universitário em Londrina, o preconceito nas empresas é velado. ''A condição ou orientação sexual de uma pessoa é algo que só diz respeito a ela'', afirma Neman, acrescentando que as empresas que não aceitam o homossexual estão numa prática social violenta.
''O reconhecimento da união estável pelo STF está aí para eliminar barreiras que ainda resistem em diversos setores, inclusive, no mundo corporativo'', argumenta o especialistga. Ele explica que, historicamente, o mundo é dividido entre homem e mulher e, com isso, algumas profissões sofreram uma erotização que vem se modificando pelo contexto. ''Um exemplo é a mulher que é chefe de família, papel que sempre coube aos homens, e o homem que decidiu pela profissão de cabelereiro e não é gay. Esses exemplos mostram que isto está mudando, as regras não são tão estanques mas ainda existe muito preconceito nas empresas'', ilustra.
E esse preconceito fica muito evidente quando os homossexuais se afastam mais da matriz do macho formada pela sociedade (homem, viril, provedor, cristão etc), ou seja, se assemelham mais ao feminino.''Na verdade, as pessoas não querem visualizar o gay ao seu lado. Elas preferem ignorar. São tão narcisistas que não suportam o diferente'', afirma o psicólogo, acrescentando que quando há brincadeiras ou piadinhas de mau gosto no ambiente de trabalho é uma demonstração clara de que existe preconceito.
Na opinião do especialista, a sociedade ainda caminha a passos lentos nesse sentido. ''O Brasil é um dos países da América Latina mais atrasados em relação a algumas leis, ao contrário da Argentina, México e Venezuela'', diz. Para ele, o reconhecimento legal à união entre homossexuais reflete a lenta construção de novos valores que, aos poucos, as sociedades estão aprendendo a cultivar. (V.B.)
http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--4490-20110530
Sexualidade é tabu no mundo corporativo
30/05/2011 -- 00h00
Sexualidade é tabu no mundo corporativo
Mesmo não existindo ''marcas'' que revelem se um profissional é heterossexual ou homossexual o assunto ainda é tabu no mundo corporativo. Uma pesquisa realizada pela Trabalhando.com - portal de recrutamento de Recursos Humanos - mostra que ainda existe preconceito na hora de contratar um homossexual.
Para Célia Liboni, coordenadora de RH da Labor, não existe preconceito declarado, mas que de forma indireta percebe-se que a questão comportamental acaba fazendo a diferença em algumas empresas.
Por outro lado, a gerente de RH da Capital Humanos Empregos, Ruth Hayashi, lembra que há empresas que preferem gays, principalmente as que trabalham com atendimento ao público, como callcenter, clínicas de estéticas, lojas etc.
30/05/2011 -- 00h00
Trabalho e sexualidade: relação mal resolvida
Mesmo não existindo 'marcas' que revelem se um profissional é heterossexual ou homossexual o assunto ainda é tabu no mundo corporativo
Está cada vez mais evidente as diversidade sexuais, sejam elas na escola, universidades, em casa, na rua, mas quando se fala dos homossexuais no mundo corporativo a situação muda de figura. Mesmo não existindo ''marcas'' que revelem se um profissional é heterossexual ou homossexual o assunto ainda é tabu no mundo corporativo. Uma pesquisa realizada pela Trabalhando.com - portal de recrutamento de Recursos Humanos - mostra que ainda existe preconceito na hora de contratar um homossexual.
Dos 400 entrevistados em nível nacional - homossexuais ou não - 54% acreditam que o preconceito existe apesar de não ser assumido. Há também os que afirmam que o preconceito ainda exista, mas que vem diminuindo com o passar dos anos (21%) e aqueles que digam que a discriminação depende do tipo de área e vaga desejada (22%); apenas 3% pensam que esse problema não exista mais.
Quando consultadas sobre o assunto, as 30 empresas - de médio e grande portes - que participaram da pesquisa de maneira anônima, afirmam que a escolha ou não de um homossexual para ocupar um cargo depende da posição e da área para as quais o candidato se inscreve (38%). Para 31%, o preconceito é velado, isto é, ele existe, mas não é assumido; já 25% pensam que a discriminação existe, mas menos constante do que há alguns anos e os 6% restantes dizem que não há preconceito dentro das empresas.
A gerente de Recursos Humanos, Ruth Hayashi, da Capital Humano Empregos, diz que a orientação sexual do candidato não é levada em conta na agência de emprego, mas admite que algumas empresas londrinenses são mais conservadoras. ''Selecionamos a pessoa pela qualificação e não pelo sexo. Não nos cabe avaliar a orientação sexual dela'', diz Ruth. ''As empresas não dizem: não quero homossexuais, mas percebemos que existe preconceito.'', diz ela.
Isso fica evidente, segundo Ruth, em razão de muitos candidatos qualificados serem dispensados, após entrevistas, sem motivo quando teriam todas as condições de assumir a função. ''É claro que a justificativa da recusa nunca se refere à orientação sexual, mas a gente percebe nas entrelinhas''. Por outro lado, a gerente lembra que há empresas que preferem gays, principalmente as que trabalham com atendimento ao público, como callcenter, clínicas de estéticas e lojas etc.
Para Célia Liboni, coordenadora de RH da Labor, não existe preconceito declarado, mas após a dispensa de alguns profissionais qualificados a agência entra em contato com a empresa para saber os motivos. ''Nesta conversa muitas vezes percebemos que a questão comportamental acaba sendo o motivo da dispensa'', diz Célia.
Vera Barão
Reportagem Local
http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--4485-20110530
Sexualidade é tabu no mundo corporativo
Mesmo não existindo ''marcas'' que revelem se um profissional é heterossexual ou homossexual o assunto ainda é tabu no mundo corporativo. Uma pesquisa realizada pela Trabalhando.com - portal de recrutamento de Recursos Humanos - mostra que ainda existe preconceito na hora de contratar um homossexual.
Para Célia Liboni, coordenadora de RH da Labor, não existe preconceito declarado, mas que de forma indireta percebe-se que a questão comportamental acaba fazendo a diferença em algumas empresas.
Por outro lado, a gerente de RH da Capital Humanos Empregos, Ruth Hayashi, lembra que há empresas que preferem gays, principalmente as que trabalham com atendimento ao público, como callcenter, clínicas de estéticas, lojas etc.
30/05/2011 -- 00h00
Trabalho e sexualidade: relação mal resolvida
Mesmo não existindo 'marcas' que revelem se um profissional é heterossexual ou homossexual o assunto ainda é tabu no mundo corporativo
Está cada vez mais evidente as diversidade sexuais, sejam elas na escola, universidades, em casa, na rua, mas quando se fala dos homossexuais no mundo corporativo a situação muda de figura. Mesmo não existindo ''marcas'' que revelem se um profissional é heterossexual ou homossexual o assunto ainda é tabu no mundo corporativo. Uma pesquisa realizada pela Trabalhando.com - portal de recrutamento de Recursos Humanos - mostra que ainda existe preconceito na hora de contratar um homossexual.
Dos 400 entrevistados em nível nacional - homossexuais ou não - 54% acreditam que o preconceito existe apesar de não ser assumido. Há também os que afirmam que o preconceito ainda exista, mas que vem diminuindo com o passar dos anos (21%) e aqueles que digam que a discriminação depende do tipo de área e vaga desejada (22%); apenas 3% pensam que esse problema não exista mais.
Quando consultadas sobre o assunto, as 30 empresas - de médio e grande portes - que participaram da pesquisa de maneira anônima, afirmam que a escolha ou não de um homossexual para ocupar um cargo depende da posição e da área para as quais o candidato se inscreve (38%). Para 31%, o preconceito é velado, isto é, ele existe, mas não é assumido; já 25% pensam que a discriminação existe, mas menos constante do que há alguns anos e os 6% restantes dizem que não há preconceito dentro das empresas.
A gerente de Recursos Humanos, Ruth Hayashi, da Capital Humano Empregos, diz que a orientação sexual do candidato não é levada em conta na agência de emprego, mas admite que algumas empresas londrinenses são mais conservadoras. ''Selecionamos a pessoa pela qualificação e não pelo sexo. Não nos cabe avaliar a orientação sexual dela'', diz Ruth. ''As empresas não dizem: não quero homossexuais, mas percebemos que existe preconceito.'', diz ela.
Isso fica evidente, segundo Ruth, em razão de muitos candidatos qualificados serem dispensados, após entrevistas, sem motivo quando teriam todas as condições de assumir a função. ''É claro que a justificativa da recusa nunca se refere à orientação sexual, mas a gente percebe nas entrelinhas''. Por outro lado, a gerente lembra que há empresas que preferem gays, principalmente as que trabalham com atendimento ao público, como callcenter, clínicas de estéticas e lojas etc.
Para Célia Liboni, coordenadora de RH da Labor, não existe preconceito declarado, mas após a dispensa de alguns profissionais qualificados a agência entra em contato com a empresa para saber os motivos. ''Nesta conversa muitas vezes percebemos que a questão comportamental acaba sendo o motivo da dispensa'', diz Célia.
Vera Barão
Reportagem Local
http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--4485-20110530
Mulher corta pênis de vizinho e o entrega à polícia em Bangladesh
30/05/2011 - 13h24
Mulher corta pênis de vizinho e o entrega à polícia em Bangladesh
Uma mulher em Bangladesh entregou à polícia o pênis que cortou de um vizinho a quem acusou de ter tentado estuprá-la.
Monju Begum, 40, cortou o pênis do vizinho devido a assédio sexual
Monju Begum, de 40 anos, casada e mãe de três filhos, disse que Mozammel Haq Mazi invadiu sua casa e a atacou no vilarejo de Mirzapur, cerca de 200 km ao sul da capital do país, Daca.
Ela alegou que Mazi, também casado e pai de cinco filhos, a assediava havia seis meses. Um médico do hospital onde Mazi está internado disse que o pênis não pôde ser reimplantado.
"A polícia trouxe o pênis muitas horas após ele ter sido cortado. Estamos tratando-o para que possa urinar normalmente sem o pênis", disse o médico A. Sharfuzzaman, que cuida do caso.
Vingança
Mazi nega as acusações e afirma que o ataque foi motivado por vingança.
"Tínhamos um caso e recentemente ela sugeriu que nós podíamos morar juntos em Daca (capital do Bangladesh)", disse ele no hospital. "Eu recusei e disse que não podia deixar meus filhos, e ela então se vingou."
O porta-voz da polícia Abul Khaer disse que "ela registrou a queixa de estupro, afirmando que lutou com ele, cortou seu pênis e o levou para a delegacia em um saco plástico como prova".
"Vamos prendê-lo assim que sua condição física melhorar", completou.
http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/05/30/mulher-corta-penis-de-vizinho-e-o-entrega-a-policia-no-bangladesh.jhtm
Mulher corta pênis de vizinho e o entrega à polícia em Bangladesh
Uma mulher em Bangladesh entregou à polícia o pênis que cortou de um vizinho a quem acusou de ter tentado estuprá-la.
Monju Begum, 40, cortou o pênis do vizinho devido a assédio sexual
Monju Begum, de 40 anos, casada e mãe de três filhos, disse que Mozammel Haq Mazi invadiu sua casa e a atacou no vilarejo de Mirzapur, cerca de 200 km ao sul da capital do país, Daca.
Ela alegou que Mazi, também casado e pai de cinco filhos, a assediava havia seis meses. Um médico do hospital onde Mazi está internado disse que o pênis não pôde ser reimplantado.
"A polícia trouxe o pênis muitas horas após ele ter sido cortado. Estamos tratando-o para que possa urinar normalmente sem o pênis", disse o médico A. Sharfuzzaman, que cuida do caso.
Vingança
Mazi nega as acusações e afirma que o ataque foi motivado por vingança.
"Tínhamos um caso e recentemente ela sugeriu que nós podíamos morar juntos em Daca (capital do Bangladesh)", disse ele no hospital. "Eu recusei e disse que não podia deixar meus filhos, e ela então se vingou."
O porta-voz da polícia Abul Khaer disse que "ela registrou a queixa de estupro, afirmando que lutou com ele, cortou seu pênis e o levou para a delegacia em um saco plástico como prova".
"Vamos prendê-lo assim que sua condição física melhorar", completou.
http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/05/30/mulher-corta-penis-de-vizinho-e-o-entrega-a-policia-no-bangladesh.jhtm
Questões sobre a sexualidade jovem atravessam o tempo
23/05/2011 -- 15h43
Questões sobre a sexualidade jovem atravessam o tempo
Mitos, dúvidas, problemas e práticas continuam no imaginário popular e perduram por décadas
De antemão, adianto! O título deste artigo sugere contrapontos marcados pelo tempo e pela vida em sociedade: de um lado, ''Na minha época...'' representando a senilidade, a história vivida, as experiências trazidas pela regras rígidas e normativas sociais que não devem ser negadas; de outro lado, a relação conflituosa entre pessoas de idades bem distintas, salientadas nos discursos ''libertários'' de uma juventude exposta cada vez mais a práticas violentas (produzidas também pela mídia) que desrespeitam o desenvolvimento global de crianças e adolescentes em todo o mundo. Continuando a análise do título, cabe uma nova indagação: por que não ''pais e filhos'' ao invés de ''jovens e cuidadores''? Muitas perguntas e apenas alguns apontamentos reflexivos.
O censo ainda não iniciado, possivelmente, revelará dados populacionais interessantes acerca das faixas etárias crescentes (o Brasil está ficando mais idoso); novas configurações familiares, entre elas, destacam-se as famílias monoparentais (chefiadas por um dos pais, geralmente a mãe), famílias onde os avós ou tios, ou ainda irmãos mais velhos são responsáveis pelos neto/sobrinhos/irmãos; entre outros. Também se buscaram referências em dados epidemiológicos alarmantes anunciados pelo Ministério da Saúde, que indicam a infecção de HIV por jovens entre 14 a 24 anos, sendo grande parte dessa população pertencente ao gênero feminino, que também aponta o aumento de casos de gravidez precoce e do aborto informal entre as jovens mulheres. O que fazer diante de graves estatísticas? O que dizer aos jovens de modo a levá-los a refletir um modo seguro de exercer sua erotização sem evidenciar uma interdição das expressões das sexualidades e dos afetos?
Os tempos mudaram, mas algumas questões pertinentes às sexualidades e aos afetos permaneceram acesas no imaginário e na busca de jovens desde décadas atrás. Hormônios em ebulição, modificação corporal, desejo, flertes, construção de identidade coletiva e individual, consumismo entre outros aspectos típicos da fase da adolescência, também estiveram presentes entre adultos que nasceram há décadas e hoje repetem a frase de seus avós na década de 1970: ''na minha época...''. O que se quer dizer é que, de fato, houve mudanças significativas nas estruturas sociais, e possivelmente, não são elas os fatores determinantes de uma cultura juvenil vulnerável às mazelas sociais. Se esses adultos se questionarem, verificarão que não expressavam suas sexualidades por medo e não por uma escolha reflexiva e que poderia se pensar uma proximidade no diálogo entre gerações, de maneira a se proporcionar uma cumplicidade e ajuda mútua em se pensar a vida, o que se foi, o que se é, e o que será.
Se hoje as pulseirinhas do sexo suscitam discussões escabrosas, há décadas se brincava de médico ou s.a.l.a.d.a (''se amam loucamente, amor de adolescente'', jogo erotizado que um(a) menino(a) escolhia com os olhos vendados um dos colegas da rua para beijar, abraçar, acariciar entre outras expressões). O problema consiste em duas meias verdades: 1 - nunca na história da humanidade foi tão acessível e disponível a comunicação facilitada por aparelhos eletrônicos como, por exemplo, telefonia, redes virtuais de relacionamento. 2 - nunca o ser humano demonstrou tanta falta de habilidade em se expressar, em se comunicar. De fato, a culpa não está somente do lado de fora dos lares, mas na ausência ou deficiência de diálogos convergentes, que aproximam as diferentes gerações. Pense nisso!
Márcio Alessandro Neman do Nascimento, professor de Psicologia da UEL.
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--145-20110523&tit=questoes+sobre+a+sexualidade+jovem+atravessam+o+tempo
Questões sobre a sexualidade jovem atravessam o tempo
Mitos, dúvidas, problemas e práticas continuam no imaginário popular e perduram por décadas
De antemão, adianto! O título deste artigo sugere contrapontos marcados pelo tempo e pela vida em sociedade: de um lado, ''Na minha época...'' representando a senilidade, a história vivida, as experiências trazidas pela regras rígidas e normativas sociais que não devem ser negadas; de outro lado, a relação conflituosa entre pessoas de idades bem distintas, salientadas nos discursos ''libertários'' de uma juventude exposta cada vez mais a práticas violentas (produzidas também pela mídia) que desrespeitam o desenvolvimento global de crianças e adolescentes em todo o mundo. Continuando a análise do título, cabe uma nova indagação: por que não ''pais e filhos'' ao invés de ''jovens e cuidadores''? Muitas perguntas e apenas alguns apontamentos reflexivos.
O censo ainda não iniciado, possivelmente, revelará dados populacionais interessantes acerca das faixas etárias crescentes (o Brasil está ficando mais idoso); novas configurações familiares, entre elas, destacam-se as famílias monoparentais (chefiadas por um dos pais, geralmente a mãe), famílias onde os avós ou tios, ou ainda irmãos mais velhos são responsáveis pelos neto/sobrinhos/irmãos; entre outros. Também se buscaram referências em dados epidemiológicos alarmantes anunciados pelo Ministério da Saúde, que indicam a infecção de HIV por jovens entre 14 a 24 anos, sendo grande parte dessa população pertencente ao gênero feminino, que também aponta o aumento de casos de gravidez precoce e do aborto informal entre as jovens mulheres. O que fazer diante de graves estatísticas? O que dizer aos jovens de modo a levá-los a refletir um modo seguro de exercer sua erotização sem evidenciar uma interdição das expressões das sexualidades e dos afetos?
Os tempos mudaram, mas algumas questões pertinentes às sexualidades e aos afetos permaneceram acesas no imaginário e na busca de jovens desde décadas atrás. Hormônios em ebulição, modificação corporal, desejo, flertes, construção de identidade coletiva e individual, consumismo entre outros aspectos típicos da fase da adolescência, também estiveram presentes entre adultos que nasceram há décadas e hoje repetem a frase de seus avós na década de 1970: ''na minha época...''. O que se quer dizer é que, de fato, houve mudanças significativas nas estruturas sociais, e possivelmente, não são elas os fatores determinantes de uma cultura juvenil vulnerável às mazelas sociais. Se esses adultos se questionarem, verificarão que não expressavam suas sexualidades por medo e não por uma escolha reflexiva e que poderia se pensar uma proximidade no diálogo entre gerações, de maneira a se proporcionar uma cumplicidade e ajuda mútua em se pensar a vida, o que se foi, o que se é, e o que será.
Se hoje as pulseirinhas do sexo suscitam discussões escabrosas, há décadas se brincava de médico ou s.a.l.a.d.a (''se amam loucamente, amor de adolescente'', jogo erotizado que um(a) menino(a) escolhia com os olhos vendados um dos colegas da rua para beijar, abraçar, acariciar entre outras expressões). O problema consiste em duas meias verdades: 1 - nunca na história da humanidade foi tão acessível e disponível a comunicação facilitada por aparelhos eletrônicos como, por exemplo, telefonia, redes virtuais de relacionamento. 2 - nunca o ser humano demonstrou tanta falta de habilidade em se expressar, em se comunicar. De fato, a culpa não está somente do lado de fora dos lares, mas na ausência ou deficiência de diálogos convergentes, que aproximam as diferentes gerações. Pense nisso!
Márcio Alessandro Neman do Nascimento, professor de Psicologia da UEL.
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--145-20110523&tit=questoes+sobre+a+sexualidade+jovem+atravessam+o+tempo
A revolução egípcia sexualmente assediada
29-05-2011 | Mundo
A revolução egípcia sexualmente assediada
por Ahmed Awadalla
-- Lara Logan e Sherihan --
Por que o negacionismo do assédio sexual é tão forte no Egito? Não é hora de discuti-lo porque estamos no meio de uma revolução pacífica sem precedentes? Ou o patriarcalismo está tão enraizado a ponto de ignorarmos horríveis incidentes de assédio sexual em massa?
Durante os dias de revolução, todos falavam de como a praça Tahrir estava livre de qualquer assédio sexual. Me pergunto como seria possível alguém checar tal afirmação! Temos assédio de forma desenfreada, sim, mas ainda temos uma cultura do silêncio e da vergonha envolvendo o assunto. Quantas garotas e mulheres seriam capazes de levar cabo uma denúncia?
Em umas das famosas 18 noites de sit-in na praça Tahrir antes da queda de Mubarak, eu estava com uma amiga que me contou que havia sido apalpada por um vendedor de balões. Fomos atrás dele e o conduzimos ao pessoal dos comitês públicos responsável pelo acesso à praça, e eles o expulsaram.
Não quero dizer com isso que Tahrir estava cheia de assédio sexual, e na verdade testemunhamos um grande estado de harmonia e interação positiva durante aqueles 18 dias. Penso que a negação dos casos de assédio naqueles dias se deveu ao fato de, no final das contas, sermos uma cultura conservadora, e estávamos tentando provar que a mistura de homens e mulheres nos dias e noites em Tahrir era algo inocente e “patriótico”.
Sexta-feira passada foi um dia importante para a revolução. Manifestantes voltaram a tomar a praça Tahrir para reafirmar as exigências da revolução. Grupos islamistas decidiram não participar, então foi um teste de organização para os grupos liberais e seculares. Foi considerado um sucesso, haja visto os milhares que compareceram, mas foi desvirtuado pelo horrível incidente de assédio sexual da famosa diva Sherihan.
Sherihan foi uma atriz e música adorada pelos egípcios, particularmente durantes os anos 80 e 90. Ela sofreu um sério acidente de carro em meados dos anos 90, e na época correu o rumor de que tudo foi parte do capítulo de uma saga de amor e poder que envolveria Alaa, o filho mais velho de Mubarak. Magicamente, ela recuperou-se e voltou aos palcos, mas apenas a tempo de sofrer poucos anos depois com um câncer e se retirar da cena artística. Sherihan foi uma das poucas artistas que participaram da revolução, ao contrário de muitos outros que não apareceram para assumir uma postura política.
Minha mãe me contou que esse vídeo lamentável foi exibido na tevê, mostrando o incidente. O ambiente à sua volta não parece com Tahrir, alguns informaram que tudo aconteceu quando ela estava deixando a praça na sexta.
O que realmente me enfurece é a falta de atenção dedicada a tal incidente e alguns dos comentários culpe-a-vítima, como os que sempre escuto quando toca-se no assunto assédio sexual. Alguns perguntam o que ela queria saindo de casa! O que me faz pensar o quão enraizado o negacionismo acerca da desigualdade de gênero é em nosso país. Mesmo ativistas abstêm-se de mencionar o incidente. É porque não tomaram conhecimento? Ou é uma tentativa de manter em evidência o lado bom da revolução? Será que não é mesmo importante falar disso agora? Ou trata-se apenas de patriarcalismo enrustido?
A resposta para o problema não será simples e muitos fatores se apresentam. E se isso tivesse ocorrido com uma das famosas ativistas da revolução? Terá a revolução um sistema autoritário que controla quem é importante e quem não é? Se a vítima do assédio tivesse sido uma pessoa desconhecida, será que ao menos teríamos tomado conhecimento?
Quando a repórter Lara Logan foi abusada sexualmente em Tahrir logo após Mubarak ser derrubado, a mídia ocidental em massa correu para cobrir sua história. A cobertura foi muito irregular, com alguma coisa de culpe-a-vítima e também ataques ao Islã. Mas a mídia egípcia falhou ao não reportar o ocorrido. É porque nos recusamos a reconhecer a existência de assédio sexual? É por ela ser uma estrangeira? Ou simplesmente estávamos entusiasmados com a saída de Mubarak?
Em disputas de gênero, há a interferência de outros fatores, como raça, idade, classe e poder. Acho que realmente precisamos pensar nessas questões e reconhecer nossos preconceitos. É assim que devemos fazer avançar a revolução.
Ahmed Awadalla - Vive no Cairo, onde trabalha para uma ONG responsável pela conscientização de questões relacionadas à sexualidade. Escreve no blog "Rebel With a Cause", de onde, com sua autorização, reproduzimos alguns textos no Amálgama.
http://www.amalgama.blog.br/05/2011/revolucao-egipcia-sexualmente-assediada/
A revolução egípcia sexualmente assediada
por Ahmed Awadalla
-- Lara Logan e Sherihan --
Por que o negacionismo do assédio sexual é tão forte no Egito? Não é hora de discuti-lo porque estamos no meio de uma revolução pacífica sem precedentes? Ou o patriarcalismo está tão enraizado a ponto de ignorarmos horríveis incidentes de assédio sexual em massa?
Durante os dias de revolução, todos falavam de como a praça Tahrir estava livre de qualquer assédio sexual. Me pergunto como seria possível alguém checar tal afirmação! Temos assédio de forma desenfreada, sim, mas ainda temos uma cultura do silêncio e da vergonha envolvendo o assunto. Quantas garotas e mulheres seriam capazes de levar cabo uma denúncia?
Em umas das famosas 18 noites de sit-in na praça Tahrir antes da queda de Mubarak, eu estava com uma amiga que me contou que havia sido apalpada por um vendedor de balões. Fomos atrás dele e o conduzimos ao pessoal dos comitês públicos responsável pelo acesso à praça, e eles o expulsaram.
Não quero dizer com isso que Tahrir estava cheia de assédio sexual, e na verdade testemunhamos um grande estado de harmonia e interação positiva durante aqueles 18 dias. Penso que a negação dos casos de assédio naqueles dias se deveu ao fato de, no final das contas, sermos uma cultura conservadora, e estávamos tentando provar que a mistura de homens e mulheres nos dias e noites em Tahrir era algo inocente e “patriótico”.
Sexta-feira passada foi um dia importante para a revolução. Manifestantes voltaram a tomar a praça Tahrir para reafirmar as exigências da revolução. Grupos islamistas decidiram não participar, então foi um teste de organização para os grupos liberais e seculares. Foi considerado um sucesso, haja visto os milhares que compareceram, mas foi desvirtuado pelo horrível incidente de assédio sexual da famosa diva Sherihan.
Sherihan foi uma atriz e música adorada pelos egípcios, particularmente durantes os anos 80 e 90. Ela sofreu um sério acidente de carro em meados dos anos 90, e na época correu o rumor de que tudo foi parte do capítulo de uma saga de amor e poder que envolveria Alaa, o filho mais velho de Mubarak. Magicamente, ela recuperou-se e voltou aos palcos, mas apenas a tempo de sofrer poucos anos depois com um câncer e se retirar da cena artística. Sherihan foi uma das poucas artistas que participaram da revolução, ao contrário de muitos outros que não apareceram para assumir uma postura política.
Minha mãe me contou que esse vídeo lamentável foi exibido na tevê, mostrando o incidente. O ambiente à sua volta não parece com Tahrir, alguns informaram que tudo aconteceu quando ela estava deixando a praça na sexta.
O que realmente me enfurece é a falta de atenção dedicada a tal incidente e alguns dos comentários culpe-a-vítima, como os que sempre escuto quando toca-se no assunto assédio sexual. Alguns perguntam o que ela queria saindo de casa! O que me faz pensar o quão enraizado o negacionismo acerca da desigualdade de gênero é em nosso país. Mesmo ativistas abstêm-se de mencionar o incidente. É porque não tomaram conhecimento? Ou é uma tentativa de manter em evidência o lado bom da revolução? Será que não é mesmo importante falar disso agora? Ou trata-se apenas de patriarcalismo enrustido?
A resposta para o problema não será simples e muitos fatores se apresentam. E se isso tivesse ocorrido com uma das famosas ativistas da revolução? Terá a revolução um sistema autoritário que controla quem é importante e quem não é? Se a vítima do assédio tivesse sido uma pessoa desconhecida, será que ao menos teríamos tomado conhecimento?
Quando a repórter Lara Logan foi abusada sexualmente em Tahrir logo após Mubarak ser derrubado, a mídia ocidental em massa correu para cobrir sua história. A cobertura foi muito irregular, com alguma coisa de culpe-a-vítima e também ataques ao Islã. Mas a mídia egípcia falhou ao não reportar o ocorrido. É porque nos recusamos a reconhecer a existência de assédio sexual? É por ela ser uma estrangeira? Ou simplesmente estávamos entusiasmados com a saída de Mubarak?
Em disputas de gênero, há a interferência de outros fatores, como raça, idade, classe e poder. Acho que realmente precisamos pensar nessas questões e reconhecer nossos preconceitos. É assim que devemos fazer avançar a revolução.
Ahmed Awadalla - Vive no Cairo, onde trabalha para uma ONG responsável pela conscientização de questões relacionadas à sexualidade. Escreve no blog "Rebel With a Cause", de onde, com sua autorização, reproduzimos alguns textos no Amálgama.
http://www.amalgama.blog.br/05/2011/revolucao-egipcia-sexualmente-assediada/
Homofobia se aprende, Sexualidade não: Ser gay é tolerar a indiferença dos indiferentes
Homofobia se aprende, Sexualidade não: Ser gay é tolerar a indiferença dos indiferentes
Texto publicado em 26 de Maio de 2011 - 14h22
A presidenta Dilma, acaba de vetar as discussões sobre homofobia no espaço escolar. Ela pode vetar o material, o programa, mas não pode vetar a vozes dos educadores, que viram na proposta do Ministério da Educação, uma forma de se discutir a homoafetividade no espaço escolar. O veto da presidenta sinaliza o preconceito e a descriminação de uma nação, que se julga tão democrática, porém tem nas suas entrelinhas a descriminação.
Pensar que discutir as temáticas ligadas à sexualidade é algo que fere a moral, ou que, por discutir as questões voltadas para o respeito às diferenças irá induzir uma criança a ser homossexual é uma barbaridade epistemológica. O que não podemos aceitar é que, deputados e outras “autoridades” constituídas pelo povo, agora deixem de representar o povo. Ser gay é algo absolutamente normal, o que algumas pessoas estão pregando, é que ser gay, é uma perversão, é algo que fere os bons princípios, que Deus o criador de tudo e todos, abomina os homossexuais. Será que em plena contemporaneidade, vamos ver a morte de inúmeros jovens e adolescentes gays, sendo desrespeitados, marginalizados e sofrendo Bullying, por serem normais?
Muitos jovens gays crescem achando que são diferentes, anormais e revoltados com a vida e com o mundo. Aprendem, que ser gay, é ser diferente, desprezível e ignóbil. Muitas famílias encaram a homossexualidade, como uma anormalidade, e o filho gay, torna-se a ovelha negra, o zero a esquerda, o mutante, o emblema de vergonha. E desta forma crescem, sendo vitimados pelos seus pares.
Ser gay é poder explorar as possibilidades de uma vida recheada de sonhos. Ser gay é também poder desenvolver uma espiritualidade, acreditar em um Deus de amor, louvá-lo pela existência e realizar orações. Ser gay é poder amar incondicionalmente um homem ou mulher, perdoa e agir com solidariedade e companheirismo. Ser Gay é ser capaz de olhar para si mesmo, e ver o quanto ser, um ser humano é belo. Ser gay é enfrentar os obstáculos, superá-los e crescer com cada adversidade, construindo possibilidades de sempre poder ser melhor. Ser gay é tolerar a indiferença dos indiferentes, compreender as limitações dos preconceituosos, agir racionalmente e dentro das legalidades. Ser gay, é ser um cidadão, que paga impostos e cumpre seus deveres sociais. Ser um cidadão gay, é poder demonstrar afetos livremente, amar, sorrir, divertir-se e apaixona-se.
Ninguém nasce homofóbico, pois homofobia se aprende, sexualidade não
Fonte: Blog do Silvano Sulzart
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=46259
Texto publicado em 26 de Maio de 2011 - 14h22
A presidenta Dilma, acaba de vetar as discussões sobre homofobia no espaço escolar. Ela pode vetar o material, o programa, mas não pode vetar a vozes dos educadores, que viram na proposta do Ministério da Educação, uma forma de se discutir a homoafetividade no espaço escolar. O veto da presidenta sinaliza o preconceito e a descriminação de uma nação, que se julga tão democrática, porém tem nas suas entrelinhas a descriminação.
Pensar que discutir as temáticas ligadas à sexualidade é algo que fere a moral, ou que, por discutir as questões voltadas para o respeito às diferenças irá induzir uma criança a ser homossexual é uma barbaridade epistemológica. O que não podemos aceitar é que, deputados e outras “autoridades” constituídas pelo povo, agora deixem de representar o povo. Ser gay é algo absolutamente normal, o que algumas pessoas estão pregando, é que ser gay, é uma perversão, é algo que fere os bons princípios, que Deus o criador de tudo e todos, abomina os homossexuais. Será que em plena contemporaneidade, vamos ver a morte de inúmeros jovens e adolescentes gays, sendo desrespeitados, marginalizados e sofrendo Bullying, por serem normais?
Muitos jovens gays crescem achando que são diferentes, anormais e revoltados com a vida e com o mundo. Aprendem, que ser gay, é ser diferente, desprezível e ignóbil. Muitas famílias encaram a homossexualidade, como uma anormalidade, e o filho gay, torna-se a ovelha negra, o zero a esquerda, o mutante, o emblema de vergonha. E desta forma crescem, sendo vitimados pelos seus pares.
Ser gay é poder explorar as possibilidades de uma vida recheada de sonhos. Ser gay é também poder desenvolver uma espiritualidade, acreditar em um Deus de amor, louvá-lo pela existência e realizar orações. Ser gay é poder amar incondicionalmente um homem ou mulher, perdoa e agir com solidariedade e companheirismo. Ser Gay é ser capaz de olhar para si mesmo, e ver o quanto ser, um ser humano é belo. Ser gay é enfrentar os obstáculos, superá-los e crescer com cada adversidade, construindo possibilidades de sempre poder ser melhor. Ser gay é tolerar a indiferença dos indiferentes, compreender as limitações dos preconceituosos, agir racionalmente e dentro das legalidades. Ser gay, é ser um cidadão, que paga impostos e cumpre seus deveres sociais. Ser um cidadão gay, é poder demonstrar afetos livremente, amar, sorrir, divertir-se e apaixona-se.
Ninguém nasce homofóbico, pois homofobia se aprende, sexualidade não
Fonte: Blog do Silvano Sulzart
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=46259
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