"Marcha das Vadias" repudia o CQC
DOM, 05 DE JUNHO DE 2011 20:45 ESCRITO POR REDAÇÃO
Do blog de Luis Nassif:
Com apoio de mais de 6 mil pessoas na página do Facebook, a Marcha das Vadias levou cerca de mil pessoas, na tarde deste sábado (4), para a Praça do Ciclista, entre a Avenida Paulista e a Rua da Consolação, em São Paulo.
Versão brasileira do "Slut Walk" (movimento mundial que denuncia a violência às mulheres), a manifestação terminou com um protesto contra CQCs em frente ao Comedians — o clube de comédia onde se apresentam Rafinha Bastos e Danilo Gentili, integrantes do programa da Band.
Na porta do clube, mulheres se manifestavam contra uma piada de péssimo gosto em que Rafinha associa a prática estupro a mulheres feias. A piada foi feita pelo integrante do CQC no seu solo de "stand-up" e virou alvo de protestos sobretudo nas redes sociais, como o Twitter e o Facebook.
A organizadora do evento, Madô Lopez, diz em seu blog que já foi insultada pelas roupas que usava, em cantadas e gracinhas feitas por homens. "Chega de sermos recriminadas e discriminadas nas ruas porque usamos saias, leggings, regatas, vestidos justos. Chega de sermos reprimidas e intimidadas porque somos mulheres, porque somos femininas e porque queremos nos sentir sensuais. Bora pras ruas, mulherada! Não é porque uso saia que sou puta!", escreve ela.
Além de São Paulo, o "Slut Walk" já foi realizado em várias cidades dos Estados Unidos, do Canadá e da Austrália. Nesta sábado, a marcha estava prevista também em Copenhague (Dinamarca), Amsterdã (Holanda) e Estocolmo (Suécia). A manifestação será realizada, ainda, em Belo Horizonte (MG), no dia 18, à partir das 13 horas, saindo da Praça da Rodoviária.
O evento foi criado após um representante da polícia do Canadá ter declarado que as mulheres deveriam evitar se vestir como prostitutas para não serem vítimas de estupro. As declarações causaram revolta e geraram um grande movimento organizado na internet, que começou no início de abril com o protesto de Toronto e já aconteceu até agora em mais de 20 cidades norte-americanas e australianas.
"Não é culpa dos nossos vestidos, salto alto, regatas, saias e afins que todos os dias mulheres são desrespeitadas e agredidas sexualmente. Isso é culpa do machismo ainda muito presente na nossa sociedade. As mulheres do mundo estão se unindo", diz a apresentação do evento no site Slut Walk Toronto.
Segundo o site oficial do “Slut Walk”, o termo slut (puta, vagabunda ou vadia, em português) tem, historicamente, conotação negativa e se tornou ferramenta de acusação grave de caráter. "Estamos cansadas de sermos oprimidas pela palavra 'vagabunda'; de sermos julgadas por nossa sexualidade e de nos sentirmos inseguras como resultado disso”, assinalam as integrantes do movimento.
“Ter o controle das nossas vidas sexuais não significa que estamos abertas à violência e ao abuso, mesmo que façamos sexo por prazer ou trabalho”, acrescentam elas, na página oficial. “Ninguém deveria comparar gostar de sexo com atrair abuso sexual."
http://www.planetaosasco.com/oeste/index.php?/2011060514784/Coluna-politica/qmarcha-das-vadiasq-repudia-o-cqc.html
domingo, 3 de julho de 2011
ABGLT sobre as declarações de Myrian Rios: “Equivocadas e irresponsáveis”
28 de junho de 2011 às 9:11
ABGLT sobre as declarações de Myrian Rios: “Equivocadas e irresponsáveis”
Nota Oficial de Descontentamento da ABGLT sobre Declarações da Deputada Estadual do Rio de Janeiro, Myrian Rios (PDT/RJ)
A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), em nome de suas 237 ONGs afiliadas, vem por meio expressar seu extremo descontentamento diante das afirmações equivocadas e irresponsáveis sobre as pessoas homossexuais feitas pela deputada estadual Myrian Rios (PDT/RJ) no plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro durante debate sobre o Projeto de Emenda Constitucional 23/2007 que inseriria a “orientação sexual” no rol de direitos fundamentais da constituição do Estado do Rio de Janeiro, garantindo que ninguém seria discriminado, prejudicado ou privilegiado em razão da mesma.
Lamentável observar mais uma vez uma parlamentar descumprir seu dever como legisladora de se pautar pelo princípio da laicidade do estado e pelo cumprimento dos preceitos fundamentais da Constituição, sendo que a mesma optou e escolheu – ao contrário – basear-se em sua convicção de “missionária católica”.
Pior ainda foi a manipulação proposital e antiética da opinião pública por parte da deputada Myrian Rios em fazer uma associação direta, incorreta e perversa entre a homossexualidade e a pedofilia. Ora, tem sido comprovado cientificamente que a maior ocorrência de abuso sexual de crianças e adolescentes se dá pelos próprios pais e por figuras de autoridade que detêm a confiança dos mesmos. Este consta entre os principais motivos da destituição do pátrio poder. Os estudos científicos também confirmam que não há diferença entre o grau de incidência do abuso sexual de crianças e adolescentes por adultos heterossexuais ou homossexuais. Não há, portanto, fundamento cientificamente comprovado que possa respaldar as afirmações preconceituosas e discriminatórias da deputada de que seus filhos pudessem vir a ser vítimas de pedofilia por parte de funcionários homossexuais eventualmente contratados por ela. A deputada afirma que não é preconceituosa e que não discrimina, porém tacha as pessoas homossexuais de “pedófilas”, alegando assim “proteger crianças e adolescentes inocentes”. Esta afirmação se enquadra tão somente em ato de discriminação e de incitação ao ódio e à violência às pessoas homossexuais.
Queremos indagar: a deputada defenderia seu “direito de demitir uma pessoa”, se esta pessoa fosse negra, como base no raciocínio de que “não está de acordo com a minha” cor? O teor discriminatório do discurso da deputada se encontra neste paralelo, que por sua vez revela precisamente a justiça do propósito do PEC 23. Enquanto o racismo já se encontra criminalizado, a discriminação homofóbica permanece impune. E a deputada se vale desta omissão perversa para se cobrir de uma suposta “razão”, baseada num senso comum sem qualquer fundamento, se não o puro preconceito.
As pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, assim como as pessoas heterossexuais, NÃO ESCOLHEM e nem OPTAM por ter a sexualidade que têm. Faz parte de sua personalidade, e só. Para quê a deputada – cuja função deveria ser legislar de acordo com os princípios constitucionais – invoca o livro Gênese da Bíblia? O Brasil não é um estado teocrático. Não é regido pela Bíblia. O Brasil é um estado laico, regido por uma Constituição. É a obrigação dos/das parlamentares legislarem conforme a Constituição. Caso contrário, suas proposições não seriam aprovadas, devido à própria inconstitucionalidade. É por isso que existem nas casas legislativas as Comissões de Constituição e Justiça – para garantir a conformidade das propisições.
O Projeto de Emenda Constitucional 23/2007 não permitiria nem a discriminação e nem o privilégio por orientação sexual ou identidade de gênero. Tinha apenas o objetivo de garantir o cumprimento do preceito constitucional da igualdade de todos e todas, indiscriminadamente. Aliás, foi este o princípio que norteou a decisão do Supremo Tribunal Federal em equiparar as uniões estáveis homoafetivas às uniões estáveis entre casais heterossexuais. No estado brasileiro, laico e regido pelos princípios da igualdade e da não discriminação, há de se garantir a igualdade de direitos aos heterossexuais e aos homossexuais, “sem distinção de qualquer natureza”.
Imperam, em qualquer esfera que seja – federal, estadual, municipal – os preceitos fundamentais da Constituição.
O Projeto de Emenda Constitucional 23/2007 não tem o propósito de restringir o direito da liberdade de expressão. Apenas visa a garantir o preceito constitucional da não discriminação.
Posto isto:
* exigimos do Partido Democrático Trabalhista (PDT) a tomada imediata de medidas internas em relação ao pronunciamento da deputada estadual Myrian Rios, com base na afirmação deste partido publicada em seu site de que o “PDT assumirá, dentre seus compromissos prioritários, a causa das mulheres, dos negros, das populações indígenas e o combate a todas as formas de discriminação, buscando a democracia e a justiça social através da igualdade de oportunidades.” Compromisso este que foi claramente contrariado pela deputada Myrian Rios.
* pedimos que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro instaure inquérito quanto aos pronunciamentos acima citados da deputada estadual Myrian Rios acerca do PEC 23.
* pedimos que a Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos do Governo de Estado do Rio de Janeiro tome todas as medidas judiciais cabíveis em relação aos pronunciamentos da deputada estadual Myrian Rios acima citados.
Curitiba, 27 de junho de 2011
Toni Reis
Presidente da ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/abglt-sobre-as-declaracoes-de-myrian-rios-equivocadas-e-irresponsaveis.html
ABGLT sobre as declarações de Myrian Rios: “Equivocadas e irresponsáveis”
Nota Oficial de Descontentamento da ABGLT sobre Declarações da Deputada Estadual do Rio de Janeiro, Myrian Rios (PDT/RJ)
A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), em nome de suas 237 ONGs afiliadas, vem por meio expressar seu extremo descontentamento diante das afirmações equivocadas e irresponsáveis sobre as pessoas homossexuais feitas pela deputada estadual Myrian Rios (PDT/RJ) no plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro durante debate sobre o Projeto de Emenda Constitucional 23/2007 que inseriria a “orientação sexual” no rol de direitos fundamentais da constituição do Estado do Rio de Janeiro, garantindo que ninguém seria discriminado, prejudicado ou privilegiado em razão da mesma.
Lamentável observar mais uma vez uma parlamentar descumprir seu dever como legisladora de se pautar pelo princípio da laicidade do estado e pelo cumprimento dos preceitos fundamentais da Constituição, sendo que a mesma optou e escolheu – ao contrário – basear-se em sua convicção de “missionária católica”.
Pior ainda foi a manipulação proposital e antiética da opinião pública por parte da deputada Myrian Rios em fazer uma associação direta, incorreta e perversa entre a homossexualidade e a pedofilia. Ora, tem sido comprovado cientificamente que a maior ocorrência de abuso sexual de crianças e adolescentes se dá pelos próprios pais e por figuras de autoridade que detêm a confiança dos mesmos. Este consta entre os principais motivos da destituição do pátrio poder. Os estudos científicos também confirmam que não há diferença entre o grau de incidência do abuso sexual de crianças e adolescentes por adultos heterossexuais ou homossexuais. Não há, portanto, fundamento cientificamente comprovado que possa respaldar as afirmações preconceituosas e discriminatórias da deputada de que seus filhos pudessem vir a ser vítimas de pedofilia por parte de funcionários homossexuais eventualmente contratados por ela. A deputada afirma que não é preconceituosa e que não discrimina, porém tacha as pessoas homossexuais de “pedófilas”, alegando assim “proteger crianças e adolescentes inocentes”. Esta afirmação se enquadra tão somente em ato de discriminação e de incitação ao ódio e à violência às pessoas homossexuais.
Queremos indagar: a deputada defenderia seu “direito de demitir uma pessoa”, se esta pessoa fosse negra, como base no raciocínio de que “não está de acordo com a minha” cor? O teor discriminatório do discurso da deputada se encontra neste paralelo, que por sua vez revela precisamente a justiça do propósito do PEC 23. Enquanto o racismo já se encontra criminalizado, a discriminação homofóbica permanece impune. E a deputada se vale desta omissão perversa para se cobrir de uma suposta “razão”, baseada num senso comum sem qualquer fundamento, se não o puro preconceito.
As pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, assim como as pessoas heterossexuais, NÃO ESCOLHEM e nem OPTAM por ter a sexualidade que têm. Faz parte de sua personalidade, e só. Para quê a deputada – cuja função deveria ser legislar de acordo com os princípios constitucionais – invoca o livro Gênese da Bíblia? O Brasil não é um estado teocrático. Não é regido pela Bíblia. O Brasil é um estado laico, regido por uma Constituição. É a obrigação dos/das parlamentares legislarem conforme a Constituição. Caso contrário, suas proposições não seriam aprovadas, devido à própria inconstitucionalidade. É por isso que existem nas casas legislativas as Comissões de Constituição e Justiça – para garantir a conformidade das propisições.
O Projeto de Emenda Constitucional 23/2007 não permitiria nem a discriminação e nem o privilégio por orientação sexual ou identidade de gênero. Tinha apenas o objetivo de garantir o cumprimento do preceito constitucional da igualdade de todos e todas, indiscriminadamente. Aliás, foi este o princípio que norteou a decisão do Supremo Tribunal Federal em equiparar as uniões estáveis homoafetivas às uniões estáveis entre casais heterossexuais. No estado brasileiro, laico e regido pelos princípios da igualdade e da não discriminação, há de se garantir a igualdade de direitos aos heterossexuais e aos homossexuais, “sem distinção de qualquer natureza”.
Imperam, em qualquer esfera que seja – federal, estadual, municipal – os preceitos fundamentais da Constituição.
O Projeto de Emenda Constitucional 23/2007 não tem o propósito de restringir o direito da liberdade de expressão. Apenas visa a garantir o preceito constitucional da não discriminação.
Posto isto:
* exigimos do Partido Democrático Trabalhista (PDT) a tomada imediata de medidas internas em relação ao pronunciamento da deputada estadual Myrian Rios, com base na afirmação deste partido publicada em seu site de que o “PDT assumirá, dentre seus compromissos prioritários, a causa das mulheres, dos negros, das populações indígenas e o combate a todas as formas de discriminação, buscando a democracia e a justiça social através da igualdade de oportunidades.” Compromisso este que foi claramente contrariado pela deputada Myrian Rios.
* pedimos que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro instaure inquérito quanto aos pronunciamentos acima citados da deputada estadual Myrian Rios acerca do PEC 23.
* pedimos que a Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos do Governo de Estado do Rio de Janeiro tome todas as medidas judiciais cabíveis em relação aos pronunciamentos da deputada estadual Myrian Rios acima citados.
Curitiba, 27 de junho de 2011
Toni Reis
Presidente da ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/abglt-sobre-as-declaracoes-de-myrian-rios-equivocadas-e-irresponsaveis.html
Fátima Oliveira: Cadê o pronunciamento de Myrian Rios sobre pedofilia clerical?
Fátima Oliveira: Cadê o pronunciamento de Myrian Rios sobre pedofilia clerical?
TER, 28 DE JUNHO DE 2011 05:57 ESCRITO POR REDAÇÃO
Myrian Rios e sua visão de dupla moral sobre a pedofilia
Ela tem direito à fé, desde que não cause danos a outrem
por Fátima Oliveira, em OTEMPO
Médica – fatimaoliveira@ig.com.br
Missionária da Canção Nova, comunidade católica de renovação carismática, a atriz e deputada estadual Myrian Rios (PDT-RJ), que é mineira, primou pela carolice exacerbada. Com seus melhores trejeitos de atriz, verbalizou: “Não poder discriminar homossexuais é abrir uma porta para a pedofilia” (23.6.2011).
Ela tem todo o direito de professar a sua fé como desejar, desde que não cause danos a outrem e sem esquecer que as experiências do sagrado são diversas – nem todas atentam contra os direitos humanos – e que, em território brasileiro, nenhuma religião está acima da lei.
A homofóbica deputada propala inverdades e ousa reclamar pelo direito de discriminar a condição homossexual! Sendo ela de uma facção católica, se tivesse intenção de combater o crime de pedofilia, seu mandato denunciaria a pedofilia clerical de sua igreja. Lamento que o partido de Brizola, o PDT, acolha gente de tal naipe.
É inegável que são ideias incompatíveis com inúmeros estudos sociológicos, com os saberes das biociências e com a própria vida, que já demonstraram que homossexualidade é uma coisa e pedofilia é outra e uma não leva necessariamente à outra! Por que ela tenta embolar o meio de campo?
Não o faz por ignorância, mas por omissão e desfaçatez políticas, esquecendo-se de que integra um ramo do cristianismo que há séculos imola sexualmente crianças, jovens e mulheres; e que santifica a maternidade e sataniza as mulheres. É público que, diante da pedofilia clerical, a omissão do Vaticano tem sido a regra, pois compactua e dá guarida a um signo maldito da dupla moral sexual – crimes clericais de natureza sexual, como registrei em “O Vaticano arde nas labaredas do inferno por causa da pedofilia”: “O furacão da pedofilia, depois dos Estados Unidos e da Europa, chegou à Alemanha, pátria do papa, depois na diocese do papa, agora dentro do Vaticano, na Congregação da Doutrina da Fé, onde o cardeal Joseph Ratzinger foi prefeito – por 24 anos, de 1981 a 2005 -, apontando para a sua responsabilidade direta” (O TEMPO, 30.3.2010).
Em março de 2010, um irmão de Bento XVI, Georg Ratzinger (87 anos), apareceu como um dos envolvidos no escândalo de pedofilia quando era diretor musical do colégio interno de Ratisbona (1963-1994). Ele tem negado. Em seu papado, Bento XVI só se mexeu quando a Igreja Católica começou a perder patrimônio, vendendo igrejas para pagar indenizações das vítimas, o que o obrigou, no encontro com bispos irlandeses, a declarar que a pedofilia era crime hediondo e pecado grave – até então, nem pecado era!
Em 2011, no rastro da notícia de que vítimas belgas de padres pedófilos processariam o papa, o Vaticano, em carta aos bispos, resume as práticas adotadas na Alemanha, na Áustria, na Bélgica, nos EUA, na Holanda, na Irlanda, na Itália e em vários países da América Latina para enfrentar o sangradouro de dinheiro nos tribunais e recomenda que “os membros do clero suspeitos de pedofilia sejam entregues às autoridades civis competentes” (15.5.2011).
A assessoria de imprensa do Vaticano anunciou para fevereiro de 2012, em Roma, uma reunião de bispos e chefes de congregações religiosas para dar uma “resposta global aos problemas de pedofilia”, segundo as diretrizes de luta contra a pedofilia formuladas em maio passado pela Congregação da Doutrina da Fé (13.6.2011). Ou seja, enquanto não meteu a mão no bolso, a Santa Sé não tomou providências.
Desconheço pronunciamento da deputada a respeito da pedofilia clerical. Está passando da hora de fazê-lo!
Clique aqui para ler a nota da ABGLT sobre as declarações equivocadas e irresponsáveis da deputada estadual Myrian Rios (PDT-RJ): http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/abglt-sobre-as-declaracoes-de-myrian-rios-equivocadas-e-irresponsaveis.html
http://www.planetaosasco.com/oeste/index.php?/2011062815926/Nosso-pais/fatima-oliveira-cade-o-pronunciamento-de-myrian-rios-sobre-pedofilia-clerical.html
TER, 28 DE JUNHO DE 2011 05:57 ESCRITO POR REDAÇÃO
Myrian Rios e sua visão de dupla moral sobre a pedofilia
Ela tem direito à fé, desde que não cause danos a outrem
por Fátima Oliveira, em OTEMPO
Médica – fatimaoliveira@ig.com.br
Missionária da Canção Nova, comunidade católica de renovação carismática, a atriz e deputada estadual Myrian Rios (PDT-RJ), que é mineira, primou pela carolice exacerbada. Com seus melhores trejeitos de atriz, verbalizou: “Não poder discriminar homossexuais é abrir uma porta para a pedofilia” (23.6.2011).
Ela tem todo o direito de professar a sua fé como desejar, desde que não cause danos a outrem e sem esquecer que as experiências do sagrado são diversas – nem todas atentam contra os direitos humanos – e que, em território brasileiro, nenhuma religião está acima da lei.
A homofóbica deputada propala inverdades e ousa reclamar pelo direito de discriminar a condição homossexual! Sendo ela de uma facção católica, se tivesse intenção de combater o crime de pedofilia, seu mandato denunciaria a pedofilia clerical de sua igreja. Lamento que o partido de Brizola, o PDT, acolha gente de tal naipe.
É inegável que são ideias incompatíveis com inúmeros estudos sociológicos, com os saberes das biociências e com a própria vida, que já demonstraram que homossexualidade é uma coisa e pedofilia é outra e uma não leva necessariamente à outra! Por que ela tenta embolar o meio de campo?
Não o faz por ignorância, mas por omissão e desfaçatez políticas, esquecendo-se de que integra um ramo do cristianismo que há séculos imola sexualmente crianças, jovens e mulheres; e que santifica a maternidade e sataniza as mulheres. É público que, diante da pedofilia clerical, a omissão do Vaticano tem sido a regra, pois compactua e dá guarida a um signo maldito da dupla moral sexual – crimes clericais de natureza sexual, como registrei em “O Vaticano arde nas labaredas do inferno por causa da pedofilia”: “O furacão da pedofilia, depois dos Estados Unidos e da Europa, chegou à Alemanha, pátria do papa, depois na diocese do papa, agora dentro do Vaticano, na Congregação da Doutrina da Fé, onde o cardeal Joseph Ratzinger foi prefeito – por 24 anos, de 1981 a 2005 -, apontando para a sua responsabilidade direta” (O TEMPO, 30.3.2010).
Em março de 2010, um irmão de Bento XVI, Georg Ratzinger (87 anos), apareceu como um dos envolvidos no escândalo de pedofilia quando era diretor musical do colégio interno de Ratisbona (1963-1994). Ele tem negado. Em seu papado, Bento XVI só se mexeu quando a Igreja Católica começou a perder patrimônio, vendendo igrejas para pagar indenizações das vítimas, o que o obrigou, no encontro com bispos irlandeses, a declarar que a pedofilia era crime hediondo e pecado grave – até então, nem pecado era!
Em 2011, no rastro da notícia de que vítimas belgas de padres pedófilos processariam o papa, o Vaticano, em carta aos bispos, resume as práticas adotadas na Alemanha, na Áustria, na Bélgica, nos EUA, na Holanda, na Irlanda, na Itália e em vários países da América Latina para enfrentar o sangradouro de dinheiro nos tribunais e recomenda que “os membros do clero suspeitos de pedofilia sejam entregues às autoridades civis competentes” (15.5.2011).
A assessoria de imprensa do Vaticano anunciou para fevereiro de 2012, em Roma, uma reunião de bispos e chefes de congregações religiosas para dar uma “resposta global aos problemas de pedofilia”, segundo as diretrizes de luta contra a pedofilia formuladas em maio passado pela Congregação da Doutrina da Fé (13.6.2011). Ou seja, enquanto não meteu a mão no bolso, a Santa Sé não tomou providências.
Desconheço pronunciamento da deputada a respeito da pedofilia clerical. Está passando da hora de fazê-lo!
Clique aqui para ler a nota da ABGLT sobre as declarações equivocadas e irresponsáveis da deputada estadual Myrian Rios (PDT-RJ): http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/abglt-sobre-as-declaracoes-de-myrian-rios-equivocadas-e-irresponsaveis.html
http://www.planetaosasco.com/oeste/index.php?/2011062815926/Nosso-pais/fatima-oliveira-cade-o-pronunciamento-de-myrian-rios-sobre-pedofilia-clerical.html
O risco de retrocesso nos direitos reprodutivos e sexuais
O risco de retrocesso nos direitos reprodutivos e sexuais
SEG, 13 DE JUNHO DE 2011 14:02 ESCRITO POR REDAÇÃO
Petição: NÃO a qualquer retrocesso em matéria de direitos sexuais e reprodutivos – Ipas Brasil
Na última (2007-2010) e na atual legislatura (2011-2014), a Câmara dos Deputados tem sido palco da atuação de parlamentares que vem propondo verdadeiros retrocessos em matéria de direitos sexuais e reprodutivos, tais como: a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o aborto clandestino e com isso intensificar a criminalização de mulheres e profissionais de saúde; além de propostas legislativas que pretendem proteger o direito à vida desde a concepção.
Diante deste fato, vimos a público repudiar as tentativas de retrocesso pelos motivos expostos a seguir.
1. CPI desta natureza não se justifica pelos meios que se pretende usar para alcançar a finalidade a que se destina. Ao contrário, sugere uma perspectiva punitiva no trato de tema complexo e delicado.
2. A magnitude do fenômeno do aborto no país vem sendo tratada no âmbito do Executivo brasileiro como questão de saúde pública. O aborto clandestino e inseguro atinge diretamente pelo menos cerca de 230.000 mulheres que são internadas anualmente, na rede pública de saúde, para tratar de complicações resultantes de procedimentos inadequados de interrupção da gravidez.
3. A prevenção ao aborto inseguro deve ser implementada através de políticas de saúde mais amplas de acesso a contracepção e a educação sexual, bem como ampliando-se o acesso ao aborto nos casos previstos em lei. A ampliação e intensificação da criminalização não previne o aborto nem reduz a sua incidência.
4. Uma ação legislativa e de políticas públicas que se paute pelo bem público e pelo interesse coletivo deve assegurar a prevenção do aborto realizado em condições inseguras através de políticas de saúde adequadas. Não deveria jamais instigar ações policialescas e a lógica punitiva que desconhece ou minimiza a realidade social que cerca o fenômeno e as e as informações científicas sobre suas causas e efeitos.
5. Sem dúvida, a questão da ilegalidade do aborto no Brasil merece um debate sério e aprofundado. No entanto, tal não é o objetivo desta CPI, que mascara a verdadeira intenção pretendida com sua instalação: a de intensificar a perseguição e criminalização das mulheres, profissionais de saúde e organizações feministas.
6. Outra iniciativa deste grupo conservador é a aprovação do projeto de lei denominado Estatuto do Nascituro. Tal projeto pode ter efeitos perversos para a saúde e a vida das mulheres, uma vez que pode ameaçar o acesso ao aborto nos casos previstos em lei, colocar barreiras no acesso a saúde para tratamento das complicações de aborto. O projeto confere direito absoluto a vida aos embriões em detrimento dos direitos das mulheres.
7. Além disso, uma proposta de emenda à Constituição para garantir a proteção da vida desde a concepção que pretende acrescentar ao artigo 5º do texto constitucional a expressão “desde a concepção” na parte que trata da inviolabilidade do direito à vida. O texto atual refere-se apenas à vida, sem especificações. Esta iniciativa pode criar barreiras desnecessárias para o acesso à contracepção e à anticoncepção de emergência, sob o argumento da proteção ao direito à vida desde a concepção.
8. Tais estratégias, entretanto, não são novas. As forças conservadoras e religiosas representadas na Assembléia Nacional Constituinte que se opunham frontalmente aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, sofreram inúmeras derrotas. Uma das mais importantes foi a tentativa fracassada de incluir no texto constitucional a “inviolabilidade do direito à vida desde a concepção”. Posteriormente, em 1995, um grupo de parlamentares católicos e evangélicos apresentou uma proposta de emenda constitucional para, outra vez, tentar criminalizar o aborto em qualquer circunstância.
Uma ampla campanha do movimento de mulheres em todo o país levou os conservadores a mais uma derrota fragorosa: o Plenário da Câmara dos Deputados, com 351 votos contra, 33 a favor e 16 abstenções rejeitou terminantemente, em abril de 1996, a PEC. Novamente, em 2003, o ex-deputado Severino Cavalcanti apresentou a PEC 62/2003 com teor semelhante, que foi arquivada no início de 2007.
10. Esta iniciativa ameaça o direito ao aborto nos casos previstos em lei e se opõe frontalmente a decisão do Supremo Tribunal Federal que autorizou a pesquisa com células tronco embrionárias. Segundo a decisão do Supremo, a Constituição Federal brasileira é clara no que diz respeito à proteção do direito à vida, conferindo tal proteção a partir do nascimento com vida. O voto do Relator na ADI 3510 esclarece a questão quando estabelece que “o conceito da vida humana está revestido de uma dimensão biográfica mais do que simplesmente biológica, que se corporifica em sujeito capaz de adquirir direitos e contrair obrigações em seu próprio nome, a partir do nascimento com vida”.
Entendemos que tais propostas legislativas, como a criação de uma CPI e as que versam sobre a proteção do direito a vida desde a concepção, podem aprofundar o estigma social que cerca o tema do aborto e não devem proposperar pois violam direitos garantidos por lei. As mulheres de baixa renda, negras, com pouca escolaridade, jovens e com limitado acesso aos serviços de planejamento familiar são as mais vulneráveis. É este o grupo que corre o maior risco de morrer ou sofrer complicações devido a abortos inseguros. Por tais motivos, acreditamos que tais iniciativas trariam consequências nefastas para a saúde pública e para a vida das mulheres, gerando insegurança jurídica e ameaças às liberdades fundamentais garantidas pela Constituição Federal.
Assinaturas:
Aníbal Faúndes, Coordenador do Comitê de Direitos Sexuais e Reprodutivos da Federação Latino-Americana de Sociedades de Obstetrícia e Ginecologia (FLASOG) e um dos fundadores do Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas (Cemicamp)
Aton Fon, Advogado
Beto de Jesus, educador, Diretor da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (ABGLT)
Cecilia Sardenberg, Professora de Antropologia da Universidade Federal da Bahia. Coordenadora Nacional do OBSERVE- Observatório da Aplicação da Lei Maria da Penha.
Cristião Rosas, Secretário da Comissão Nacional Especializada em Violência Sexual e Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
Debora Diniz, Antropóloga e professora da Universidade de Brasília
Eduardo Homem, Jornalista
Fernanda Benvenutti, Parteira, diretora da ABGLT e membro do Conselho Nacional para os Direitos das Pessoas LGBT
Guacira Cesar de Oliveira, Diretora colegiada do Centro Feminista de Estudos e Assessoria – CFEMEA
Irina Bacci, Fisioterapeuta, Secretária Geral da ABGLT, membro da Associação Brasileira de Lésbicas
Jaqueline Pitanguy, Socióloga e diretora da CEPIA
José Eustáquio Alves, Demógrafo e professor da Escola Nacional de Contabilidade e Estatística (ENCE)
Roberto Lorea, Juiz de Direito no Estado do Rio Grande do Sul
Luiz Mello, Sociólogo, coordenador do Núcleo de Estudos Ser-tão, da Universidade Federal de Goiás
Maíra Fernandes, Advogada e presidente da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/RJ
Maria Beatriz Galli, Advogada, consultora do Ipas Brasil e membro do Comité Latino Americano e do Caribe pela Defesa dos Direitos da Mulher – CLADEM
Maria Betania Ávila, Socióloga e diretora do Instituto SOS Corpo Gênero e Cidadania
Maria José Araújo, Médica, relatora para o Direito a Saúde, da Plataforma Brasileira de Direitos Econômicos, Sociais Culturais e Ambientais
Maria Luiza Heilborn, antropóloga co-cordenadora do Centro Latino Americano em Sexualidade e Direitos Humanos/ IMS-UERJ
Paula Viana, Enfermeira, Coordenação Colegiada do Grupo Curumim (PE), Secretaria Nacional Executiva das Jornadas Brasileiras pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro
Rivaldo Mendes, Vice-Reitor da Universidade de Pernambuco (UPE)
Rosane M. Reis Lavigne, Defensora Pública no Estado do Rio de Janeiro
Schuma Schumaher, Feminista, escritora e coordenadora executiva da Redeh
Sérgio Amadeu, Professor da Universidade Federal do ABC e pesquisador de cibercultura.
Sonia Corrêa, Pesquisadora associada da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS e co-coordenadora do Observatório de Sexualidade e Política
Para assinar esta petição, clique aqui: http://cpidoabortonao.fw2.com.br/#assine
http://www.planetaosasco.com/oeste/index.php?/2011061315212/Nosso-pais/o-risco-de-retrocesso-nos-direitos-reprodutivos-e-sexuais.html
SEG, 13 DE JUNHO DE 2011 14:02 ESCRITO POR REDAÇÃO
Petição: NÃO a qualquer retrocesso em matéria de direitos sexuais e reprodutivos – Ipas Brasil
Na última (2007-2010) e na atual legislatura (2011-2014), a Câmara dos Deputados tem sido palco da atuação de parlamentares que vem propondo verdadeiros retrocessos em matéria de direitos sexuais e reprodutivos, tais como: a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o aborto clandestino e com isso intensificar a criminalização de mulheres e profissionais de saúde; além de propostas legislativas que pretendem proteger o direito à vida desde a concepção.
Diante deste fato, vimos a público repudiar as tentativas de retrocesso pelos motivos expostos a seguir.
1. CPI desta natureza não se justifica pelos meios que se pretende usar para alcançar a finalidade a que se destina. Ao contrário, sugere uma perspectiva punitiva no trato de tema complexo e delicado.
2. A magnitude do fenômeno do aborto no país vem sendo tratada no âmbito do Executivo brasileiro como questão de saúde pública. O aborto clandestino e inseguro atinge diretamente pelo menos cerca de 230.000 mulheres que são internadas anualmente, na rede pública de saúde, para tratar de complicações resultantes de procedimentos inadequados de interrupção da gravidez.
3. A prevenção ao aborto inseguro deve ser implementada através de políticas de saúde mais amplas de acesso a contracepção e a educação sexual, bem como ampliando-se o acesso ao aborto nos casos previstos em lei. A ampliação e intensificação da criminalização não previne o aborto nem reduz a sua incidência.
4. Uma ação legislativa e de políticas públicas que se paute pelo bem público e pelo interesse coletivo deve assegurar a prevenção do aborto realizado em condições inseguras através de políticas de saúde adequadas. Não deveria jamais instigar ações policialescas e a lógica punitiva que desconhece ou minimiza a realidade social que cerca o fenômeno e as e as informações científicas sobre suas causas e efeitos.
5. Sem dúvida, a questão da ilegalidade do aborto no Brasil merece um debate sério e aprofundado. No entanto, tal não é o objetivo desta CPI, que mascara a verdadeira intenção pretendida com sua instalação: a de intensificar a perseguição e criminalização das mulheres, profissionais de saúde e organizações feministas.
6. Outra iniciativa deste grupo conservador é a aprovação do projeto de lei denominado Estatuto do Nascituro. Tal projeto pode ter efeitos perversos para a saúde e a vida das mulheres, uma vez que pode ameaçar o acesso ao aborto nos casos previstos em lei, colocar barreiras no acesso a saúde para tratamento das complicações de aborto. O projeto confere direito absoluto a vida aos embriões em detrimento dos direitos das mulheres.
7. Além disso, uma proposta de emenda à Constituição para garantir a proteção da vida desde a concepção que pretende acrescentar ao artigo 5º do texto constitucional a expressão “desde a concepção” na parte que trata da inviolabilidade do direito à vida. O texto atual refere-se apenas à vida, sem especificações. Esta iniciativa pode criar barreiras desnecessárias para o acesso à contracepção e à anticoncepção de emergência, sob o argumento da proteção ao direito à vida desde a concepção.
8. Tais estratégias, entretanto, não são novas. As forças conservadoras e religiosas representadas na Assembléia Nacional Constituinte que se opunham frontalmente aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, sofreram inúmeras derrotas. Uma das mais importantes foi a tentativa fracassada de incluir no texto constitucional a “inviolabilidade do direito à vida desde a concepção”. Posteriormente, em 1995, um grupo de parlamentares católicos e evangélicos apresentou uma proposta de emenda constitucional para, outra vez, tentar criminalizar o aborto em qualquer circunstância.
Uma ampla campanha do movimento de mulheres em todo o país levou os conservadores a mais uma derrota fragorosa: o Plenário da Câmara dos Deputados, com 351 votos contra, 33 a favor e 16 abstenções rejeitou terminantemente, em abril de 1996, a PEC. Novamente, em 2003, o ex-deputado Severino Cavalcanti apresentou a PEC 62/2003 com teor semelhante, que foi arquivada no início de 2007.
10. Esta iniciativa ameaça o direito ao aborto nos casos previstos em lei e se opõe frontalmente a decisão do Supremo Tribunal Federal que autorizou a pesquisa com células tronco embrionárias. Segundo a decisão do Supremo, a Constituição Federal brasileira é clara no que diz respeito à proteção do direito à vida, conferindo tal proteção a partir do nascimento com vida. O voto do Relator na ADI 3510 esclarece a questão quando estabelece que “o conceito da vida humana está revestido de uma dimensão biográfica mais do que simplesmente biológica, que se corporifica em sujeito capaz de adquirir direitos e contrair obrigações em seu próprio nome, a partir do nascimento com vida”.
Entendemos que tais propostas legislativas, como a criação de uma CPI e as que versam sobre a proteção do direito a vida desde a concepção, podem aprofundar o estigma social que cerca o tema do aborto e não devem proposperar pois violam direitos garantidos por lei. As mulheres de baixa renda, negras, com pouca escolaridade, jovens e com limitado acesso aos serviços de planejamento familiar são as mais vulneráveis. É este o grupo que corre o maior risco de morrer ou sofrer complicações devido a abortos inseguros. Por tais motivos, acreditamos que tais iniciativas trariam consequências nefastas para a saúde pública e para a vida das mulheres, gerando insegurança jurídica e ameaças às liberdades fundamentais garantidas pela Constituição Federal.
Assinaturas:
Aníbal Faúndes, Coordenador do Comitê de Direitos Sexuais e Reprodutivos da Federação Latino-Americana de Sociedades de Obstetrícia e Ginecologia (FLASOG) e um dos fundadores do Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas (Cemicamp)
Aton Fon, Advogado
Beto de Jesus, educador, Diretor da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (ABGLT)
Cecilia Sardenberg, Professora de Antropologia da Universidade Federal da Bahia. Coordenadora Nacional do OBSERVE- Observatório da Aplicação da Lei Maria da Penha.
Cristião Rosas, Secretário da Comissão Nacional Especializada em Violência Sexual e Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
Debora Diniz, Antropóloga e professora da Universidade de Brasília
Eduardo Homem, Jornalista
Fernanda Benvenutti, Parteira, diretora da ABGLT e membro do Conselho Nacional para os Direitos das Pessoas LGBT
Guacira Cesar de Oliveira, Diretora colegiada do Centro Feminista de Estudos e Assessoria – CFEMEA
Irina Bacci, Fisioterapeuta, Secretária Geral da ABGLT, membro da Associação Brasileira de Lésbicas
Jaqueline Pitanguy, Socióloga e diretora da CEPIA
José Eustáquio Alves, Demógrafo e professor da Escola Nacional de Contabilidade e Estatística (ENCE)
Roberto Lorea, Juiz de Direito no Estado do Rio Grande do Sul
Luiz Mello, Sociólogo, coordenador do Núcleo de Estudos Ser-tão, da Universidade Federal de Goiás
Maíra Fernandes, Advogada e presidente da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/RJ
Maria Beatriz Galli, Advogada, consultora do Ipas Brasil e membro do Comité Latino Americano e do Caribe pela Defesa dos Direitos da Mulher – CLADEM
Maria Betania Ávila, Socióloga e diretora do Instituto SOS Corpo Gênero e Cidadania
Maria José Araújo, Médica, relatora para o Direito a Saúde, da Plataforma Brasileira de Direitos Econômicos, Sociais Culturais e Ambientais
Maria Luiza Heilborn, antropóloga co-cordenadora do Centro Latino Americano em Sexualidade e Direitos Humanos/ IMS-UERJ
Paula Viana, Enfermeira, Coordenação Colegiada do Grupo Curumim (PE), Secretaria Nacional Executiva das Jornadas Brasileiras pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro
Rivaldo Mendes, Vice-Reitor da Universidade de Pernambuco (UPE)
Rosane M. Reis Lavigne, Defensora Pública no Estado do Rio de Janeiro
Schuma Schumaher, Feminista, escritora e coordenadora executiva da Redeh
Sérgio Amadeu, Professor da Universidade Federal do ABC e pesquisador de cibercultura.
Sonia Corrêa, Pesquisadora associada da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS e co-coordenadora do Observatório de Sexualidade e Política
Para assinar esta petição, clique aqui: http://cpidoabortonao.fw2.com.br/#assine
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Cirurgia da próstata não significa fim da vida sexual para
Sexo | 23/06/2011 08h10min Cirurgia da próstata não significa fim da vida sexual para homemSegundo a especialista Lorraine Grover, muitos homens acreditam que a cirurgia resultaria na diminuição do apetite sexual, impotência e consequente traição da mulher
É muito comum que se pense que uma cirurgia de próstata significa automaticamente o fim da vida sexual para os homens. No entanto, de acordo com o Centro da Próstata de Londres, este quadro não é verdadeiro. Segundo os pesquisadores, a maioria dos homens tem condições de continuar com a vida sexual depois do procedimento.
Segundo a especialista Lorraine Grover, muitos homens acreditam que a cirurgia resultaria na diminuição do apetite sexual, impotência e consequente traição da mulher. Contudo, a médica que trabalha há mais de 17 anos com pacientes com problemas de próstata, afirma que na maioria das vezes essa preocupação não condiz com a realidade.
— Em média, oito em 10 homens que passam por cirurgia de próstata continuam a ter vida sexual depois — revela.
Conforme a médica, além dos medicamentos, o aconselhamento psicossexual também é importante para que o homem retome a sua vida sexual. Este tratamento, além de garantir que o paciente fique confiante depois da cirurgia, é importante para reintroduzir a intimidade do casal, reconhecer e superar medos em relação à performance sexual e mostrar o significado do sexo no relacionamento.
ZH
http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/almanaque/19,812,3361214,Cirurgia-da-prostata-nao-significa-fim-da-vida-sexual-para-homem.html
É muito comum que se pense que uma cirurgia de próstata significa automaticamente o fim da vida sexual para os homens. No entanto, de acordo com o Centro da Próstata de Londres, este quadro não é verdadeiro. Segundo os pesquisadores, a maioria dos homens tem condições de continuar com a vida sexual depois do procedimento.
Segundo a especialista Lorraine Grover, muitos homens acreditam que a cirurgia resultaria na diminuição do apetite sexual, impotência e consequente traição da mulher. Contudo, a médica que trabalha há mais de 17 anos com pacientes com problemas de próstata, afirma que na maioria das vezes essa preocupação não condiz com a realidade.
— Em média, oito em 10 homens que passam por cirurgia de próstata continuam a ter vida sexual depois — revela.
Conforme a médica, além dos medicamentos, o aconselhamento psicossexual também é importante para que o homem retome a sua vida sexual. Este tratamento, além de garantir que o paciente fique confiante depois da cirurgia, é importante para reintroduzir a intimidade do casal, reconhecer e superar medos em relação à performance sexual e mostrar o significado do sexo no relacionamento.
ZH
http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/almanaque/19,812,3361214,Cirurgia-da-prostata-nao-significa-fim-da-vida-sexual-para-homem.html
O caminho sem volta dos anabolizantes
12/06/2011
O caminho sem volta dos anabolizantes
Os danos causados por seu uso indiscriminado podem ser irreversíveis e gravíssimos, podendo levar à morte
Adilson Camargo
A busca pelo corpo escultural tem levado os jovens, em especial, a trilhar um caminho sem volta. O uso de esteroides anabolizantes é o meio mais fácil e rápido para deixar os músculos torneados e volumosos. Mas o preço a ser pago é alto. E o que antes era restrito a atletas que precisavam de mais força física, hoje se espalhou entre homens e mulheres “comuns” que querem ganhar massa muscular com rapidez.
Quando usado com moderação, geralmente por meio de recomendação médica, os anabolizantes ajudam a suprir alguma deficiência do organismo sem causar dano. No entanto, o que ocorre, normalmente, é um abuso no consumo do medicamento, o que leva à dependência e a efeitos colaterais irreversíveis e graves, como aumento da pressão arterial, de problemas cardíacos, infertilidade e impotência sexual, entre outros.
A dosagem médica é ministrada em torno de 15 miligramas de anabolizantes. Dependendo do caso, se usa um pouco menos ou um pouco mais. Mas, para se ter uma ideia do exagero, a dosagem usada para fins de produção de massa muscular, que deixa a pessoa “bombada”, é 10 a 20 vezes superior a essa, em torno de 150 a 300 miligramas. “Nessas dosagens, os anabolizantes são maléficos à saúde”, afirma o nutrólogo José Roberto Ferreira Santiago.
E usa-se em grande quantidade porque as pessoas têm pressa. Em um prazo de 45 a 90 dias, o corpo é outro. O volume da musculatura do organismo chega a dobrar e, às vezes, quintuplicar. Segundo Santiago, o aumento é por conta da retenção de líquido nas células provocada pelo anabolizante.
Com a célula hipertrofiada, o coração precisa trabalhar mais e a primeira consequência disso é o aumento da pressão arterial. “Em menos de 45 dias, a pessoa fica hipertensa”, afirma o nutrólogo.
Os hormônios liberados pelos anabolizantes não agem em uma musculatura específica. Sua ação é um todo o corpo, inclusive nos músculos do coração e do trato digestivo. A hipertrofia afeta a motilidade dessa musculatura e as consequências começam a se agravar, porque o coração hipertrofiado leva à insuficiência cardíaca.
Além do coração ter de bombear mais forte para suportar o excesso de líquido retido nos músculos, ele próprio está com uma musculatura exagerada que não é compatível com a vascularização dele. “Com isso, a pessoa pode ter um infarto, uma arritmia ou coisa desse tipo”, alerta Santiago.
Reação orgânica
Uma vez no organismo, o anabolizante tem de ser metabolizado e o órgão que faz isso é o fígado. E ele não consegue dar conta de metabolizar uma carga alta dessa substância e começa a sofrer e acumular gordura ou ter degeneração celular. Daí surge ou aumenta-se o risco de câncer hepático.
Segundo explica o nutrólogo, o próprio processo de metabolização dos anabolizantes faz com que haja uma produção do colesterol ruim (LDL), que aumenta a incidência de placa de gordura, que vão obstruir as artérias.
E as consequências negativas para quem se utiliza dessas substâncias sem acompanhamento médico não param por aí. O uso exagerado de anabolizantes faz com que o organismo fique abarrotado de hormônios, entre eles a testosterona. E o órgão que produz a testosterona no homem são os testículos.
Se o organismo tem uma grande carga desse hormônio, ele entende que ele não é preciso produzir mais. Então, cessa-se os estímulos de produção testicular e os testículos começam a atrofiar podendo chegar ao tamanho de uma uva passas, sendo que o tamanho normal deles é o de uma uva grande.
Além de levar à infertilidade, pela baixa ou nenhuma produção espermatozoide, esse quadro leva também à impotência sexual porque os testículos têm função regulatória da potência masculina.
Para o professor de educação física Dalton Müller, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru, os anabolizantes podem ser comparados ao cigarro. Eles provocam uma série de sequelas, mas não dá para dizer em quanto tempo elas irão se manifestar. “Só sabemos que os problemas aparecerão porque o impacto no organismo é muito grande.”
Embora a venda de anabolizantes só é permitida mediante apresentação de receita médica, até para evitar a automedicação e uso inadequado, é possível conseguir o produto no “mercado paralelo”, inclusive pela internet.
http://www.jcnet.com.br/detalhe_geral.php?codigo=209412
O caminho sem volta dos anabolizantes
Os danos causados por seu uso indiscriminado podem ser irreversíveis e gravíssimos, podendo levar à morte
Adilson Camargo
A busca pelo corpo escultural tem levado os jovens, em especial, a trilhar um caminho sem volta. O uso de esteroides anabolizantes é o meio mais fácil e rápido para deixar os músculos torneados e volumosos. Mas o preço a ser pago é alto. E o que antes era restrito a atletas que precisavam de mais força física, hoje se espalhou entre homens e mulheres “comuns” que querem ganhar massa muscular com rapidez.
Quando usado com moderação, geralmente por meio de recomendação médica, os anabolizantes ajudam a suprir alguma deficiência do organismo sem causar dano. No entanto, o que ocorre, normalmente, é um abuso no consumo do medicamento, o que leva à dependência e a efeitos colaterais irreversíveis e graves, como aumento da pressão arterial, de problemas cardíacos, infertilidade e impotência sexual, entre outros.
A dosagem médica é ministrada em torno de 15 miligramas de anabolizantes. Dependendo do caso, se usa um pouco menos ou um pouco mais. Mas, para se ter uma ideia do exagero, a dosagem usada para fins de produção de massa muscular, que deixa a pessoa “bombada”, é 10 a 20 vezes superior a essa, em torno de 150 a 300 miligramas. “Nessas dosagens, os anabolizantes são maléficos à saúde”, afirma o nutrólogo José Roberto Ferreira Santiago.
E usa-se em grande quantidade porque as pessoas têm pressa. Em um prazo de 45 a 90 dias, o corpo é outro. O volume da musculatura do organismo chega a dobrar e, às vezes, quintuplicar. Segundo Santiago, o aumento é por conta da retenção de líquido nas células provocada pelo anabolizante.
Com a célula hipertrofiada, o coração precisa trabalhar mais e a primeira consequência disso é o aumento da pressão arterial. “Em menos de 45 dias, a pessoa fica hipertensa”, afirma o nutrólogo.
Os hormônios liberados pelos anabolizantes não agem em uma musculatura específica. Sua ação é um todo o corpo, inclusive nos músculos do coração e do trato digestivo. A hipertrofia afeta a motilidade dessa musculatura e as consequências começam a se agravar, porque o coração hipertrofiado leva à insuficiência cardíaca.
Além do coração ter de bombear mais forte para suportar o excesso de líquido retido nos músculos, ele próprio está com uma musculatura exagerada que não é compatível com a vascularização dele. “Com isso, a pessoa pode ter um infarto, uma arritmia ou coisa desse tipo”, alerta Santiago.
Reação orgânica
Uma vez no organismo, o anabolizante tem de ser metabolizado e o órgão que faz isso é o fígado. E ele não consegue dar conta de metabolizar uma carga alta dessa substância e começa a sofrer e acumular gordura ou ter degeneração celular. Daí surge ou aumenta-se o risco de câncer hepático.
Segundo explica o nutrólogo, o próprio processo de metabolização dos anabolizantes faz com que haja uma produção do colesterol ruim (LDL), que aumenta a incidência de placa de gordura, que vão obstruir as artérias.
E as consequências negativas para quem se utiliza dessas substâncias sem acompanhamento médico não param por aí. O uso exagerado de anabolizantes faz com que o organismo fique abarrotado de hormônios, entre eles a testosterona. E o órgão que produz a testosterona no homem são os testículos.
Se o organismo tem uma grande carga desse hormônio, ele entende que ele não é preciso produzir mais. Então, cessa-se os estímulos de produção testicular e os testículos começam a atrofiar podendo chegar ao tamanho de uma uva passas, sendo que o tamanho normal deles é o de uma uva grande.
Além de levar à infertilidade, pela baixa ou nenhuma produção espermatozoide, esse quadro leva também à impotência sexual porque os testículos têm função regulatória da potência masculina.
Para o professor de educação física Dalton Müller, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru, os anabolizantes podem ser comparados ao cigarro. Eles provocam uma série de sequelas, mas não dá para dizer em quanto tempo elas irão se manifestar. “Só sabemos que os problemas aparecerão porque o impacto no organismo é muito grande.”
Embora a venda de anabolizantes só é permitida mediante apresentação de receita médica, até para evitar a automedicação e uso inadequado, é possível conseguir o produto no “mercado paralelo”, inclusive pela internet.
http://www.jcnet.com.br/detalhe_geral.php?codigo=209412
Pesquisador da UFPB descobre planta que tem o efeito do Viagra
16 de Junho de 2011
Pesquisador da UFPB descobre planta que tem o efeito do Viagra
Made in PB: Pesquisador da UFPB descobre planta que tem mesmo efeito do Viagra
O Viagra é um sucesso raro no mundo farmacêutico. Somente em 2004, quando já concorria com outras marcas no mercado, chegou a vender quase dez milhões de comprimidos nos Estados Unidos, representando o maior faturamento farmacêutico do mundo com uma receita anual de 67 milhões de dólares.
No Brasil, somente no primeiro semestre de 2005, já representava metade de todos os medicamentos vendidos contra impotência sexual no país. Foram quatro milhões de pílulas azuis vendidas para gerar, além do prazer de homens e mulheres, cerca de 35 milhões de dólares em faturamento.
Não foi à toa, portanto, que o Pro-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Federal da Paraíba, professor Isac Almeida de Medeiros, se espantou quando começou a registrar as primeiras semelhanças dos efeitos de uma planta comum no semi-árido nordestino com a poderosa pílula azul no início de pesquisa realizada no Campus I da UFPB.
Ou seja, uma planta comum em todo o semi-árido do Nordeste, incluindo a Paraíba, que tem o poder de combater no mesmo grau do Viagra um dos principais males do mundo atual: a disfunção eréctil (impotência sexual).
A Cissampelos sympodialis, mais conhecida como Milona, Orelha de Onça ou Farinha, sempre foi tida pela sabedoria popular como uma planta indicada para combater o cansaço, a fadiga. Com grande incidência no Sertão paraibano, mais especificamente em Sousa, a Milona também apresentava, empiricamente, efeitos antiflamatórios e antialérgicos.
Um excelente remédio natural para a asma.
Daí pra aguçar a atenção da comunidade científica foi um pulo.
Ao iniciar a pesquisa, os pesquisadores descobriram que a Milona atuava como forte inibidor de enzimas que provocam alteração da da pressão arterial (hipertensão) pulmonar. Simplesmente a mesma doença que motivou os pesquisadores norte-americanos a avançar no descobrimento do Viagra, na década de 90.
Com o avanço dos estudos sobre a Milona, veio a constatação. Ela apresentava o mesmo resultado do Sildenafil, o princípio ativo que deu luz ao Viagra que conhecemos hoje.
Doutor pela universidade de Lyon, na França, o professor Isac, que conduz a turma de pesquisadores da UFPB que descobriu há três anos a semelhança entre os efeitos terapêuticos do uso da Milona e do Viagra, declarou quem muito em breve serão feitos testes em humanos.
Por enquanto, a pesquisa, que é pioneira no mundo científico, tem como base apenas testes feitos em ratos de laboratório.
Apesar disso, dado à objetividade dos primeiros testes químicos, os pesquisadores ficaram excitados com a possibilidade de apresentarem ao mundo científico uma descoberta que mexe com o mercado farmacêutico mundial.
E que deve estimular uma corrida desenfreada para Sousa, onde todo mundo vai querer plantar Milona pra colher milhões.
“Trabalhamos com a objetividade necessária e sem permitir que a ansiedade pelas recentes descobertas nos deixem deslumbrados e longe de resultados objetivos. Ao mesmo tempo não podemos deixar de admitir que os primeiros testes nos estimulam a reconhecer que estamos muito perto de mostrarmos ao mundo que podemos, de forma natural, assegurar os mesmos efeitos que uma droga com o Viagra proporciona a todos que sofrem com disfunção erétil”, contou o professor Isac Medeiros.
Que se prepara para publicar em revistas científicas artigo sobre a Milona, ao que parece, a prima paraibana do famoso Viagra.
Blog do Luís Tôrres
http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20110616071822&cat=paraiba&keys=pesquisador-ufpb-descobre-planta-tem-efeito-viagra
Pesquisador da UFPB descobre planta que tem o efeito do Viagra
Made in PB: Pesquisador da UFPB descobre planta que tem mesmo efeito do Viagra
O Viagra é um sucesso raro no mundo farmacêutico. Somente em 2004, quando já concorria com outras marcas no mercado, chegou a vender quase dez milhões de comprimidos nos Estados Unidos, representando o maior faturamento farmacêutico do mundo com uma receita anual de 67 milhões de dólares.
No Brasil, somente no primeiro semestre de 2005, já representava metade de todos os medicamentos vendidos contra impotência sexual no país. Foram quatro milhões de pílulas azuis vendidas para gerar, além do prazer de homens e mulheres, cerca de 35 milhões de dólares em faturamento.
Não foi à toa, portanto, que o Pro-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Federal da Paraíba, professor Isac Almeida de Medeiros, se espantou quando começou a registrar as primeiras semelhanças dos efeitos de uma planta comum no semi-árido nordestino com a poderosa pílula azul no início de pesquisa realizada no Campus I da UFPB.
Ou seja, uma planta comum em todo o semi-árido do Nordeste, incluindo a Paraíba, que tem o poder de combater no mesmo grau do Viagra um dos principais males do mundo atual: a disfunção eréctil (impotência sexual).
A Cissampelos sympodialis, mais conhecida como Milona, Orelha de Onça ou Farinha, sempre foi tida pela sabedoria popular como uma planta indicada para combater o cansaço, a fadiga. Com grande incidência no Sertão paraibano, mais especificamente em Sousa, a Milona também apresentava, empiricamente, efeitos antiflamatórios e antialérgicos.
Um excelente remédio natural para a asma.
Daí pra aguçar a atenção da comunidade científica foi um pulo.
Ao iniciar a pesquisa, os pesquisadores descobriram que a Milona atuava como forte inibidor de enzimas que provocam alteração da da pressão arterial (hipertensão) pulmonar. Simplesmente a mesma doença que motivou os pesquisadores norte-americanos a avançar no descobrimento do Viagra, na década de 90.
Com o avanço dos estudos sobre a Milona, veio a constatação. Ela apresentava o mesmo resultado do Sildenafil, o princípio ativo que deu luz ao Viagra que conhecemos hoje.
Doutor pela universidade de Lyon, na França, o professor Isac, que conduz a turma de pesquisadores da UFPB que descobriu há três anos a semelhança entre os efeitos terapêuticos do uso da Milona e do Viagra, declarou quem muito em breve serão feitos testes em humanos.
Por enquanto, a pesquisa, que é pioneira no mundo científico, tem como base apenas testes feitos em ratos de laboratório.
Apesar disso, dado à objetividade dos primeiros testes químicos, os pesquisadores ficaram excitados com a possibilidade de apresentarem ao mundo científico uma descoberta que mexe com o mercado farmacêutico mundial.
E que deve estimular uma corrida desenfreada para Sousa, onde todo mundo vai querer plantar Milona pra colher milhões.
“Trabalhamos com a objetividade necessária e sem permitir que a ansiedade pelas recentes descobertas nos deixem deslumbrados e longe de resultados objetivos. Ao mesmo tempo não podemos deixar de admitir que os primeiros testes nos estimulam a reconhecer que estamos muito perto de mostrarmos ao mundo que podemos, de forma natural, assegurar os mesmos efeitos que uma droga com o Viagra proporciona a todos que sofrem com disfunção erétil”, contou o professor Isac Medeiros.
Que se prepara para publicar em revistas científicas artigo sobre a Milona, ao que parece, a prima paraibana do famoso Viagra.
Blog do Luís Tôrres
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