29.06.2011
Juiz federal escreve sobre a união homoafetiva e vê na decisão do STF ´´O Fim da Monogamia``
O juiz federal Marcos Mairton, da comarca de Quixadá/Ce, conhecido por suas incursões na literatura e na música popular, escreve hoje sobre Direito, com exclusividade para o portal Direitoce. E enfoca a sempre discutida decisão do STF que sobre a união homoafetiva. O título define para o magistrado a sua tese. Trata-se, para ele, na prática, de uma decisão que decreta “O Fim da Monogamia”. Leia aqui, na íntegra:
O fim da monogamia
Marcos Mairton
"Nos últimos anos, o Supremo Tribunal Federal tem ocupado lugar de destaque nos noticiários e nas conversas dos brasileiros. Não é para menos. Nossa Corte Suprema tem enfrentado temas novos e complexos, tais como aborto, pesquisas com células tronco, inelegibilidades e tantas outras, envolvendo discussões que facilmente desbordam do jurídico para o político, o moral e o religioso.
Aqui, atenho-me à decisão que reconheceu a validade jurídica da união estável entre pessoas do mesmo sexo, ultimamente chamada com mais frequência de união homoafetiva.
Nesse sentido, registro inicialmente que, embora não seja minha pretensão avaliar se foi acertada ou não a decisão do Supremo Tribunal Federal, quanto ao seu mérito, reconheço que o STF foi extremamente inovador e criativo em relação a essa questão, além do que se posicionou de forma a regularizar um incontável número de situações de fato que precisavam de solução jurídica.
A verdade é que, no mundo dos fatos, as uniões homoafetivas já existiam, mas sobre elas pairava grande insegurança jurídica, o que não faz bem à estabilidade social. O STF fixou o rumo que deve ser tomado em relação ao assunto, favorecendo essa estabilidade.
Dito isto, concentro-me nos efeitos dessa tomada de posição do STF, ou, pelo menos, em um desses efeitos, qual seja, verificar se outros modelos de uniões destinadas à formação de uma família estariam albergados pela decisão do Supremo.
Afinal, até antes de tal decisão, sabia-se que a união estável, assim como o casamento, era resultante de uma relação duradoura entre um homem e uma mulher, com o objetivo de constituir uma família. Agora, fixado esse entendimento inovador do STF, ficou estabelecido que essa relação – duradoura e com o intuito de constituir família – também pode ser entre dois homens ou entre duas mulheres.
Nessa linha de raciocínio, chamou-me a atenção o argumento do Ministro-Relator, Carlos Ayres Britto, no sentido de que “a Constituição Federal não dispõe, por modo expresso, acerca das três clássicas modalidades do concreto emprego do aparelho sexual humano. Não se refere explicitamente à subjetividade das pessoas para optar pelo não-uso puro e simples do seu aparelho genital (absenteísmo sexual ou voto de castidade), para usá-lo solitariamente (onanismo), ou, por fim, para utilizá-lo por modo emparceirado.
Logo, a Constituição entrega o empírico desempenho de tais funções sexuais ao livre arbítrio de cada pessoa, pois o silêncio normativo, aqui, atua como absoluto respeito a algo que, nos animais em geral e nos seres humanos em particular, se define como instintivo ou da própria natureza das coisas. Embutida nesse modo instintivo de ser a “preferência” ou “orientação” de cada qual das pessoas naturais”.
Noutras palavras - não tão belas quanto as do Ministro, mas tentando ser mais simples - a natureza proporcionaria ao ser humano três formas de exercício de sua sexualidade: a abstinência, o sexo solitário e o sexo com a participação de outrem, sendo que a Constituição não aponta quais dessas seriam legalmente aceitas ou repudiadas.
Não ficou dito expressamente no voto se o sexo com a participação de outrem, ali chamado de “emparceirado”, inclui o sexo em grupo, mas este não é um ponto muito relevante nesta análise. O que importa aqui é perceber que, ainda segundo o Ministro-Relator, a Constituição Federal deixa ao arbítrio de cada indivíduo o exercício de qualquer dessa formas de uso da sexualidade, conforme a sua preferência ou orientação.
Isto significaria que, ao dispor pelo reconhecimento da “união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar” (art. 226, § 3º), silenciando em relação às demais possibilidades - tais como uniões somente entre homens ou somente entre mulheres - a Constituição não estaria afastando essas outras possibilidades, mas, ao contrário, respeitando-as.
Um dos fundamentos apresentados pelo Ministro para sustentar esse ponto de vista estaria na obra de um dos maiores teóricos do Direito de todos os tempos, Hans Kelsen, uma vez que esse raciocínio seria já "um modo de atuar mediante o saque da kelseniana norma geral negativa, segundo a qual 'tudo que não estiver juridicamente proibido, ou obrigado, está juridicamente permitido'".
O outro fundamento seria a própria vedação ao preconceito e à discriminação, impostos pela nossa Constituição Federal, a qual relaciona dentre os objetivos fundamentais da República a promoção do “bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art. 3º, IV).
Apoiado nesse dispositivo constitucional é que o Ministro-Relator afirma que é explícita a “vedação de tratamento discriminatório ou preconceituoso em razão do sexo dos seres humanos. Tratamento discriminatório ou desigualitário sem causa que, se intentado pelo comum das pessoas ou pelo próprio Estado, passa a colidir frontalmente com o objetivo constitucional de ‘promover o bem de todos’”.
Diante desses fundamentos, que conduziram ao reconhecimento jurídico da união estável homoafetiva, penso que são também acolhidas pela Constituição Federal do Brasil as relações poligâmicas. Ou, para usar uma linguagem mais simples: as uniões entre um homem e duas mulheres, ou entre uma mulher e dois homens, ou outras combinações possíveis.
Afinal, se a Constituição veda o tratamento discriminatório em razão do sexo dos seres humanos, aí incluído o uso dado às faculdades sexuais desses mesmos seres humanos, é fácil concluir que não é admitida em nosso sistema jurídico a discriminação contra pessoas que se sentem felizes e realizadas em uma relação entre mais de duas pessoas, como aquela que ocorre no filme “Eu, tu, eles”, cujo enredo, baseado em fatos reais, conta a história da vida conjugal de Darlene com Ozias, Zezinho e Ciro.
O mesmo se diga da aplicação ao caso da máxima kelseniana, segundo a qual “tudo que não estiver juridicamente proibido, ou obrigado, está juridicamente permitido”. Pois, se a Constituição se refere a homem e mulher, sem dizer quantos de cada gênero, é de se concluir, seguindo o raciocínio exposto no multireferido voto do Ministro-Relator, que o silêncio constitucional labora em favor do respeito às relações conjugais multilaterais.
É dizer: se do dispositivo constitucional no qual está escrito “o homem e a mulher”, é possível deduzir que a norma se refere a “um homem e outro homem” e a “uma mulher e outra mulher”, com muito mais facilidade se extrai que também alcança a expressão “homens e mulheres”.
É bem verdade, que há um ponto no qual o Ministro-Relator defende que algumas uniões fundamentadas na sexualidade estariam fora do abrigo constitucional, e dá o critério para isso: "quando a sexualidade de uma pessoa é manejada para negar a sexualidade da outra, como sucede, por exemplo, com essa ignominiosa violência a que o Direito apõe o rótulo de estupro. Ou com o desvario ético-social da pedofilia e do incesto. Ou quando resvalar para a zona legalmente proibida do concubinato".
À primeira vista, o argumento seria capaz de afastar a possibilidade da poligamia, notadamente se considerarmos que uma das formas de concubinato é a relação mantida entre uma pessoa já casada e outra, também casada ou não. Mas, não é bem assim.
Primeiro, é preciso reconhecer que não é possível por o concubinato na mesma prateleira do estupro, do incesto e da pedofilia. No estupro e na pedofilia, há flagrante violação de direitos fundamentais das vítimas e dos menores. No incesto, a própria natureza se encarrega de aumentar as chances de relações consanguíneas gerarem filhos defeituosos. No concubinato viola-se apenas o dever de fidelidade do casamento, violação já nem tão repudiada pela sociedade, tanto que o adultério deixou de ser crime desde 2005, com a entrada em vigor da Lei 11.106.
Mas o verdadeiro motivo pelo qual a exceção apontada no voto não exclui a poligamia, é que esta não se confunde com o concubinato. Na poligamia, cada um dos participantes tem consciência da relação multilateral da qual está participando, não havendo, portanto, quebra de confiança. Sendo a participação consentida, também não se pode falar de supressão de vontade. Trata-se apenas, portanto, de uma das possibilidades de união entre seres humanos, na qual o sexo é um de seus elementos, como o é o casamento monogâmico.
Em vista disso, o que se poderia apontar como justificador da intromissão do Direito, proibindo esse tipo de relação, se não a nossa tradição cultural monogâmica? A resposta é: nada. Não há nada que impeça a união conjugal entre mais de duas pessoas, a não ser a nossa cultura monogâmica.
Tanto é assim que em outros países - e outros grupos sociais mais restritos - a poligamia é aceita. Friedrich Engels, em sua clássica obra “A origem da família, da propriedade privada e do Estado”, chega mesmo a apontar como forma mais antiga e primitiva da família o casamento entre grupos inteiros de homens e mulheres.
O fato é que a família monogâmica é produto cultural da nossa sociedade. Nessa mesma sociedade formou-se a tradição de as uniões conjugais se formarem entre pessoas de sexos opostos, não obstante, isso mudou. E mudou porque as nossas tradições e estruturas culturais não podem se opor a princípios constitucionais e direitos fundamentais garantidos em nossa Constituição. Isto, aliás, não é nenhuma novidade. Decisões judiciais sobre tradições como a “farra do boi” e as “rinhas de galo” mostram isso.
Dessa forma, seguindo o raciocínio proposto no voto que conduziu o julgamento do processo relativo às uniões estáveis homoafetivas, o qual foi corroborado pelos demais Ministros, concluo que a monogamia está abolida no Brasil, revogadas tacitamente pela Constituição Federal de 1988 as normas infraconstitucionais que a proíbem.
A união estável, portanto, reconhecida constitucionalmente como entidade familiar, para fins de proteção do Estado, é possível não apenas entre um homem e uma mulher, como faz crer a literalidade do texto do art. 226, § 3º. Ela também pode ocorrer entre dois homens ou entre duas mulheres, como já decidiu o Supremo Tribunal Federal, ou ainda entre mais de duas pessoas, conclusão à qual se chega aplicando ao número de participantes da relação conjugal o mesmo raciocínio adotado pela Suprema Corte em relação ao gênero desses participantes."
http://www.direitoce.com.br/noticias/50164/.html
terça-feira, 5 de julho de 2011
IMA realiza Semana da Cidadania
27 de Junho de 2011 - 15:57
IMA realiza Semana da Cidadania
Viver bem, sexualidade, drogas. Temas muito atuais foram contemplados na Semana da Cidadania promovida pelo Instituto Maria Auxiliadora de Rio do Sul.
Karine Sabino
O objetivo do evento foi abordar situações que possam contribuir para a formação dos alunos como bons cristãos e honestos cidadãos. A ação aconteceu entre os dias 20 a 22 de junho.
Focada também na formação de lideranças, a Semana teve como temática: “A juventude quer viver”. Realizada pela Pastoral da Juventude, o tema trouxe aos participantes alternativas para a contribuição do jovem em sociedade. “Os jovens tem sede pela vida e podem contribuir em muito para a melhoria social, desde que bem formados para realizarem suas escolhas de maneira consciente”, destacou a diretora da escola Angelita Maria Gambeta Stuepp.
O segundo dia de atividades trouxe a apresentação de mini palestras com profissionais diversos sobre a sexualidade. Abordando três temas específicos: Gravidez Precoce, a Formação Cristã e a sexualidade e os Métodos Contraceptivos.
Juventude e Drogas também foi discutido com os alunos. Trazendo a temática da saúde, profissionais do Hospital Samária explicaram as ações das drogas no corpo humano e as conseqüências do uso. Já policiais militares trouxeram à tona a implicação legal e as conseqüências sociais promovidas pelo uso dos entorpecentes.
“A resposta dos alunos aos assuntos trabalhados foi bastante positiva. Faltou tempo para responder a todas as perguntas e dúvidas, o que evidenciou a necessidade de debate sobre essas temáticas”, ressaltou a coordenadora da Semana da Cidadania, Irma Márcia Koffermann.
Esta é a primeira vez que o IMA realiza a semana da cidadania. A intenção é dar continuidade no próximo ano. A escola busca desenvolver a autonomia e a liderança dos jovens. Por isso, na organização deste evento, os jovens, sob a orientação de Irmã Márcia Koffermann, assumiram a organização “Todas as ações desenvolvidas dentro desta semana foram coordenadas com o auxílio da Articulação da Juventude Salesiana (AJS). Além de nos ajudar a ter resultados positivos, trabalhamos em sinergia com a capacitação de lideranças”, conclui Angelita.
http://www.adjorisc.com.br/jornais/obarrigaverde/cidadania/ima-realiza-semana-da-cidadania-1.490598
IMA realiza Semana da Cidadania
Viver bem, sexualidade, drogas. Temas muito atuais foram contemplados na Semana da Cidadania promovida pelo Instituto Maria Auxiliadora de Rio do Sul.
Karine Sabino
O objetivo do evento foi abordar situações que possam contribuir para a formação dos alunos como bons cristãos e honestos cidadãos. A ação aconteceu entre os dias 20 a 22 de junho.
Focada também na formação de lideranças, a Semana teve como temática: “A juventude quer viver”. Realizada pela Pastoral da Juventude, o tema trouxe aos participantes alternativas para a contribuição do jovem em sociedade. “Os jovens tem sede pela vida e podem contribuir em muito para a melhoria social, desde que bem formados para realizarem suas escolhas de maneira consciente”, destacou a diretora da escola Angelita Maria Gambeta Stuepp.
O segundo dia de atividades trouxe a apresentação de mini palestras com profissionais diversos sobre a sexualidade. Abordando três temas específicos: Gravidez Precoce, a Formação Cristã e a sexualidade e os Métodos Contraceptivos.
Juventude e Drogas também foi discutido com os alunos. Trazendo a temática da saúde, profissionais do Hospital Samária explicaram as ações das drogas no corpo humano e as conseqüências do uso. Já policiais militares trouxeram à tona a implicação legal e as conseqüências sociais promovidas pelo uso dos entorpecentes.
“A resposta dos alunos aos assuntos trabalhados foi bastante positiva. Faltou tempo para responder a todas as perguntas e dúvidas, o que evidenciou a necessidade de debate sobre essas temáticas”, ressaltou a coordenadora da Semana da Cidadania, Irma Márcia Koffermann.
Esta é a primeira vez que o IMA realiza a semana da cidadania. A intenção é dar continuidade no próximo ano. A escola busca desenvolver a autonomia e a liderança dos jovens. Por isso, na organização deste evento, os jovens, sob a orientação de Irmã Márcia Koffermann, assumiram a organização “Todas as ações desenvolvidas dentro desta semana foram coordenadas com o auxílio da Articulação da Juventude Salesiana (AJS). Além de nos ajudar a ter resultados positivos, trabalhamos em sinergia com a capacitação de lideranças”, conclui Angelita.
http://www.adjorisc.com.br/jornais/obarrigaverde/cidadania/ima-realiza-semana-da-cidadania-1.490598
Parlamento da Islândia proíbe shows de strip-tease
Crime"
Parlamento da Islândia proíbe shows de strip-tease
Agora é crime no país qualquer negócio que lucre com a nudez de seus funcionários
24/03/10 às 17:25 | Agência Estado
O Parlamento da Islândia proibiu a realização de shows de strip-tease, tornando um crime qualquer negócio que lucre com a nudez de seus funcionários. O Legislativo aprovou a proibição na noite de ontem, com apenas duas abstenções e nenhum voto contrário à proposta
A dança erótica já era bastante regulada na Islândia, uma nação insular do norte do Atlântico, de 320 mil habitantes, com poucos clubes que oferecem strip-teases. A ex-parlamentar Kolbrun Halldorsdottir, a primeira a propor a lei, disse à emissora RUV, nesta quarta-feira, que "não é aceitável que as mulheres, ou pessoas em geral, sejam um produto para ser vendido"
A Islândia tem valores sociais liberais e também um forte movimento em prol das mulheres. Quase a metade dos legisladores do país é do sexo feminino
http://www.bemparana.com.br/index.php?n=139113&t=parlamento-da-islandia-proibe-shows-de-strip-tease
Parlamento da Islândia proíbe shows de strip-tease
Agora é crime no país qualquer negócio que lucre com a nudez de seus funcionários
24/03/10 às 17:25 | Agência Estado
O Parlamento da Islândia proibiu a realização de shows de strip-tease, tornando um crime qualquer negócio que lucre com a nudez de seus funcionários. O Legislativo aprovou a proibição na noite de ontem, com apenas duas abstenções e nenhum voto contrário à proposta
A dança erótica já era bastante regulada na Islândia, uma nação insular do norte do Atlântico, de 320 mil habitantes, com poucos clubes que oferecem strip-teases. A ex-parlamentar Kolbrun Halldorsdottir, a primeira a propor a lei, disse à emissora RUV, nesta quarta-feira, que "não é aceitável que as mulheres, ou pessoas em geral, sejam um produto para ser vendido"
A Islândia tem valores sociais liberais e também um forte movimento em prol das mulheres. Quase a metade dos legisladores do país é do sexo feminino
http://www.bemparana.com.br/index.php?n=139113&t=parlamento-da-islandia-proibe-shows-de-strip-tease
Compulsão - Pensar em sexo o tempo todo pode ser doença
Compulsão - Pensar em sexo o tempo todo pode ser doença
Considerar o sexo uma prioridade, a ponto de colocar em risco a própria vida, trabalho ou saúde é considerado um distúrbio
03/07/11 às 15:06 | Redação Bem Paraná com informações do Estadao.com
Gostar de sexo e do prazer que ele proporciona é normal e faz bem à saúde. Pensar no assunto excessivamente e considerá-lo prioritário – a ponto de colocar em risco a própria vida, o trabalho ou a saúde de outras pessoas – pode ser uma doença. O alerta é do psiquiatra Marco Scanavino, responsável pelo Ambulatório de Impulso Sexual Excessivo do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que acaba de iniciar seu primeiro grande estudo sobre o tema e está em busca de voluntários.
“Se a pessoa tem bastante apetite sexual, mas tem o controle de sua vida, honra seus compromissos e está feliz, ótimo. Agora, se a pessoa vive em função do sexo, isso deixa de ser saudável”, diz. O assunto, abordado por Scanavino durante a sétima edição do Congresso Brasileiro de Cérebro, Comportamento e Emoções, acompanhado pelo JT no mês passado, em Gramado (RS), é alvo de uma pesquisa planejada pelo Instituto de Psiquiatria do HC para conhecer melhor o universo desses pacientes. A ideia é avaliar no grupo possíveis sintomas, como depressão e ansiedade, além de alterações neuropsicológicas – como mudanças na atenção e na memória.
Podem participar do estudo homens e mulheres, com mais de 18 anos, que tenham comportamento sexual excessivo. O problema é que a sexualidade exacerbada, muitas vezes valorizada no Brasil, nem sempre é vista como um problema – mesmo quando traz sofrimento para o indivíduo. O universitário J. Alves, de 36 anos, por exemplo, não sabe exatamente se o que ele tem é um transtorno, mas reconhece não ter controle quando o assunto é sexo e tem consciência de que algo não está correto. “É como se fosse uma droga. Se eu sentir vontade e não fizer, bate uma coisa muito ruim”, conta.
A pesquisa é conduzida paralelamente à quinta revisão que a Associação de Psiquiatria Americana (APA) está promovendo no Manual Diagnóstico e Estatístico dos Distúrbios Mentais (DSM-V). Referência para médicos de todo o mundo, inclusive para o Brasil, o documento – lançado em 1952 e revisado pela última vez em 1994 – deve ser publicado em 2013 com cerca de 300 distúrbios psiquiátricos – entre eles os sexuais, que sofrerão mudanças.
“Em vez de impulso sexual excessivo ou compulsão sexual, o código americano vai alterar o nome para transtorno hipersexual”, diz Scanavino. O que muda, na prática, é que os critérios serão bem definidos. Para ser considerado portador de transtorno hipersexual, a pessoa terá de ter pensado muito em sexo nos últimos seis meses, ter tido muitos impulsos sexuais ou ter se comportado com relação ao sexo de maneira que o ato tenha trazido algum tipo de sofrimento para ela. “Não precisa necessariamente ter sido com outra pessoa. O sujeito pode estar sozinho em casa, assistindo a um filme erótico ou se masturbando. Se isso causar sofrimento ou comprometer outras áreas, como trabalho ou vida social, ele terá transtorno hipersexual.”
Coordenador responsável pelo Ambulatório de Tratamento de Dependentes Não-Químicos do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o psiquiatra Aderbal Vieira Júnior considera a adoção do termo ‘transtorno hipersexual’ superficial. “Transtorno só significa que algo não está funcionando bem”, afirma. Na avaliação dele, não há diferenças significativas entre a química cerebral desses pacientes e a de um indivíduo saudável. “O que essa pessoa faz com o ‘tesão’ que tem é que é diferente”, compara. “A maioria dos dependentes de sexo é de pessoas convencionais, só que elas têm mais descontrole.”
O ambulatório coordenado por ele já atendeu cerca de 200 casos, sendo 95% homens. “Eles estão mais ligados ao lado sexual e a mulher, ao afetivo”, compara Vieira Júnior. A idade média dos pacientes atendidos no local é de 34 anos. “Metade tem faculdade, boa parte tem pós-graduação e praticamente todos concluíram o 2.º grau”, detalha o psiquiatra.
As avaliações feitas até agora no levantamento do Hospital das Clínicas também indicam uma prevalência masculina entre os compulsivos sexuais: oito homens para uma mulher. “Na literatura, a mulher com compulsão sexual teria casos com frequência e não sexo casual, algo que o homem mais frequentemente tem”, explica Scanavino. “Mas o que temos observado até agora é que a diferença de padrão de comportamento não é tão grande assim.”
A pesquisa do Hospital das Clínicas já está adotando os novos critérios do DSM-V. “Queremos saber se os comportamentos hipersexuais se desencadeiam por eventos adversos ou por estados de humor negativos, sem levar em consideração a repercussão para outros envolvidos, outras áreas da vida da pessoa e a perda de controle”, conta. Os resultados preliminares devem ser divulgados ainda neste ano.
http://www.bemparana.com.br/index.php?n=184477&t=pensar-em-sexo-o-tempo-todo-pode-ser-doenca
Considerar o sexo uma prioridade, a ponto de colocar em risco a própria vida, trabalho ou saúde é considerado um distúrbio
03/07/11 às 15:06 | Redação Bem Paraná com informações do Estadao.com
Gostar de sexo e do prazer que ele proporciona é normal e faz bem à saúde. Pensar no assunto excessivamente e considerá-lo prioritário – a ponto de colocar em risco a própria vida, o trabalho ou a saúde de outras pessoas – pode ser uma doença. O alerta é do psiquiatra Marco Scanavino, responsável pelo Ambulatório de Impulso Sexual Excessivo do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que acaba de iniciar seu primeiro grande estudo sobre o tema e está em busca de voluntários.
“Se a pessoa tem bastante apetite sexual, mas tem o controle de sua vida, honra seus compromissos e está feliz, ótimo. Agora, se a pessoa vive em função do sexo, isso deixa de ser saudável”, diz. O assunto, abordado por Scanavino durante a sétima edição do Congresso Brasileiro de Cérebro, Comportamento e Emoções, acompanhado pelo JT no mês passado, em Gramado (RS), é alvo de uma pesquisa planejada pelo Instituto de Psiquiatria do HC para conhecer melhor o universo desses pacientes. A ideia é avaliar no grupo possíveis sintomas, como depressão e ansiedade, além de alterações neuropsicológicas – como mudanças na atenção e na memória.
Podem participar do estudo homens e mulheres, com mais de 18 anos, que tenham comportamento sexual excessivo. O problema é que a sexualidade exacerbada, muitas vezes valorizada no Brasil, nem sempre é vista como um problema – mesmo quando traz sofrimento para o indivíduo. O universitário J. Alves, de 36 anos, por exemplo, não sabe exatamente se o que ele tem é um transtorno, mas reconhece não ter controle quando o assunto é sexo e tem consciência de que algo não está correto. “É como se fosse uma droga. Se eu sentir vontade e não fizer, bate uma coisa muito ruim”, conta.
A pesquisa é conduzida paralelamente à quinta revisão que a Associação de Psiquiatria Americana (APA) está promovendo no Manual Diagnóstico e Estatístico dos Distúrbios Mentais (DSM-V). Referência para médicos de todo o mundo, inclusive para o Brasil, o documento – lançado em 1952 e revisado pela última vez em 1994 – deve ser publicado em 2013 com cerca de 300 distúrbios psiquiátricos – entre eles os sexuais, que sofrerão mudanças.
“Em vez de impulso sexual excessivo ou compulsão sexual, o código americano vai alterar o nome para transtorno hipersexual”, diz Scanavino. O que muda, na prática, é que os critérios serão bem definidos. Para ser considerado portador de transtorno hipersexual, a pessoa terá de ter pensado muito em sexo nos últimos seis meses, ter tido muitos impulsos sexuais ou ter se comportado com relação ao sexo de maneira que o ato tenha trazido algum tipo de sofrimento para ela. “Não precisa necessariamente ter sido com outra pessoa. O sujeito pode estar sozinho em casa, assistindo a um filme erótico ou se masturbando. Se isso causar sofrimento ou comprometer outras áreas, como trabalho ou vida social, ele terá transtorno hipersexual.”
Coordenador responsável pelo Ambulatório de Tratamento de Dependentes Não-Químicos do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o psiquiatra Aderbal Vieira Júnior considera a adoção do termo ‘transtorno hipersexual’ superficial. “Transtorno só significa que algo não está funcionando bem”, afirma. Na avaliação dele, não há diferenças significativas entre a química cerebral desses pacientes e a de um indivíduo saudável. “O que essa pessoa faz com o ‘tesão’ que tem é que é diferente”, compara. “A maioria dos dependentes de sexo é de pessoas convencionais, só que elas têm mais descontrole.”
O ambulatório coordenado por ele já atendeu cerca de 200 casos, sendo 95% homens. “Eles estão mais ligados ao lado sexual e a mulher, ao afetivo”, compara Vieira Júnior. A idade média dos pacientes atendidos no local é de 34 anos. “Metade tem faculdade, boa parte tem pós-graduação e praticamente todos concluíram o 2.º grau”, detalha o psiquiatra.
As avaliações feitas até agora no levantamento do Hospital das Clínicas também indicam uma prevalência masculina entre os compulsivos sexuais: oito homens para uma mulher. “Na literatura, a mulher com compulsão sexual teria casos com frequência e não sexo casual, algo que o homem mais frequentemente tem”, explica Scanavino. “Mas o que temos observado até agora é que a diferença de padrão de comportamento não é tão grande assim.”
A pesquisa do Hospital das Clínicas já está adotando os novos critérios do DSM-V. “Queremos saber se os comportamentos hipersexuais se desencadeiam por eventos adversos ou por estados de humor negativos, sem levar em consideração a repercussão para outros envolvidos, outras áreas da vida da pessoa e a perda de controle”, conta. Os resultados preliminares devem ser divulgados ainda neste ano.
http://www.bemparana.com.br/index.php?n=184477&t=pensar-em-sexo-o-tempo-todo-pode-ser-doenca
Conotação Sexual
Conotação Sexual
02/07/2011 - 00:23:00 - Da Redação Esta notícia foi lida 4.327 vezes
O tema sexualidade tem invadido, e de forma ousada, cada vez mais as letras musicais, telenovelas, filmes e programas televisivos em geral. Por não ser uma questão muito bem resolvida na cabeça das pessoas, gera-se a grande polêmica – os prós e os contras.
Quem falava disso com grande convicção e muita autoridade era a parenta Copélia, do seriado Tomaladaca, a qual proibira o neto de chamá-la de avó, pois não gostava do título. O seu discurso nada esférico e obsceno provocava risos na platéia e nos telespectadores. Comédia e sonegação caminhavam juntas, porém, com indícios libidinosos, mas não vulgares, e, o popular jargão: “Prefiro não comentar”. Logo, esse clichê se tornou uma conotação da alegoria de sua personagem, dentro daquele contexto, de caráter mais público.
Mas, e quanto à literatura protocolada, que se trata de textos mais bem elaborados. O mesmo ocorre. Em uma escala do mais fácil para o mais significativo possível, considera-se a obra de Miguel Falabela como de mais fácil acesso à população e as próximas duas como expressiva e super expressiva. Uma é a letra musical de Roberto Carlos “Cavalgada”. “Vou cavalgar por toda noite / por uma estrada colorida / Usar meus beijos como açoite / e a minha mão mais atrevida [...] Vou me agarrar aos seus cabelos / para não cair do seu galope”... Ele esta descrevendo o ato sexual, de uma maneira mais velada, porém, um tanto apelativa.
A outra é o texto musical “As aparências enganam” de Tunai e Sergio Natureza com interpretação de Elis Regina. A linguagem é super expressiva, e só com algum conhecimento e análise que se consegue chegar à conclusão de tal. A construção se dá por meio de antíteses – “amor/ódio”, metáforas – “os corações cortam lenha” e anáforas – “não há mais”, a qual se repete em mais dois versos.
Todos esses recursos estilísticos dão mais força e colorido ao texto, criando uma atmosfera densa e dramática, à cena do enlace. “Se a combustão os persegue / as labaredas e as brasas são...” Labaredas e brasas cuja denotação é o fogo tomando conta de tudo e ele adormecido, controlado aqui ganha alento e simboliza o durante e o depois da celebração dos amantes. Contemplar esse tipo de leitura não quer dizer que somos pervertidos ou que somente pensamos em sexo, mas mostra a nossa capacidade de compreensão, deleite e lazer diante de uma lapidação a qual muitos de nós, meros mortais, não somos capazes. A criação da arte literária.
http://www.regiaonoroeste.com/portal/materias.php?id=31288
02/07/2011 - 00:23:00 - Da Redação Esta notícia foi lida 4.327 vezes
O tema sexualidade tem invadido, e de forma ousada, cada vez mais as letras musicais, telenovelas, filmes e programas televisivos em geral. Por não ser uma questão muito bem resolvida na cabeça das pessoas, gera-se a grande polêmica – os prós e os contras.
Quem falava disso com grande convicção e muita autoridade era a parenta Copélia, do seriado Tomaladaca, a qual proibira o neto de chamá-la de avó, pois não gostava do título. O seu discurso nada esférico e obsceno provocava risos na platéia e nos telespectadores. Comédia e sonegação caminhavam juntas, porém, com indícios libidinosos, mas não vulgares, e, o popular jargão: “Prefiro não comentar”. Logo, esse clichê se tornou uma conotação da alegoria de sua personagem, dentro daquele contexto, de caráter mais público.
Mas, e quanto à literatura protocolada, que se trata de textos mais bem elaborados. O mesmo ocorre. Em uma escala do mais fácil para o mais significativo possível, considera-se a obra de Miguel Falabela como de mais fácil acesso à população e as próximas duas como expressiva e super expressiva. Uma é a letra musical de Roberto Carlos “Cavalgada”. “Vou cavalgar por toda noite / por uma estrada colorida / Usar meus beijos como açoite / e a minha mão mais atrevida [...] Vou me agarrar aos seus cabelos / para não cair do seu galope”... Ele esta descrevendo o ato sexual, de uma maneira mais velada, porém, um tanto apelativa.
A outra é o texto musical “As aparências enganam” de Tunai e Sergio Natureza com interpretação de Elis Regina. A linguagem é super expressiva, e só com algum conhecimento e análise que se consegue chegar à conclusão de tal. A construção se dá por meio de antíteses – “amor/ódio”, metáforas – “os corações cortam lenha” e anáforas – “não há mais”, a qual se repete em mais dois versos.
Todos esses recursos estilísticos dão mais força e colorido ao texto, criando uma atmosfera densa e dramática, à cena do enlace. “Se a combustão os persegue / as labaredas e as brasas são...” Labaredas e brasas cuja denotação é o fogo tomando conta de tudo e ele adormecido, controlado aqui ganha alento e simboliza o durante e o depois da celebração dos amantes. Contemplar esse tipo de leitura não quer dizer que somos pervertidos ou que somente pensamos em sexo, mas mostra a nossa capacidade de compreensão, deleite e lazer diante de uma lapidação a qual muitos de nós, meros mortais, não somos capazes. A criação da arte literária.
http://www.regiaonoroeste.com/portal/materias.php?id=31288
Exposição em Berlim aborda sexualidade e o papel da mulher no futebol
Cultura | 04.07.2011
Exposição em Berlim aborda sexualidade e o papel da mulher no futebol
'Private dancer', de Katja Schneider
Em cartaz no Museu Gay de Berlim, mostra alusiva à Copa do Mundo feminina reúne a visão de 22 artistas sobre a participação da mulher no futebol e a homossexualidade no esporte.
Em alusão à Copa do Mundo de futebol feminino, realizada na Alemanha, o Museu Gay de Berlim apresenta uma exposição em que diversos artistas investigam a complexa relação entre gênero, homossexualidade e futebol, explorando o esporte como fenômeno social e cultural, no qual a redefinição de papéis só pode acontecer a preço de muita controvérsia.
Em campos como a pintura, a escultura, o vídeo, a instalação e os documentários, os trabalhos de 22 artistas reunidos na exibição transitam pelo tema, indo do retrato abstrato à estética nos gramados, da homossexualidade ao papel social da mulher no esporte, passando pela definição dos gêneros.
"Foram abertas inscrições e recebemos uma quantidade enorme de interessados. Alguns dos trabalhos já existiam e se encaixavam no tema. Outros foram desenvolvidos especialmente para a exposição", conta Birgit Bosold, diretora da exposição, chamada Andererseits ("por outro lado", em tradução livre).
Estádios vazios
Obra da artista Franziska VollbornPara uma mulher, jogar futebol é mais difícil do que parece. Em 1956, a Federação Alemã de Futebol (DFB) proibiu a presença das mulheres nos gramados, alegando que a agressividade do esporte não fazia parte da natureza feminina. O banimento caiu em 1970, mas o primeiro campeonato nacional de futebol feminino no país apoiado pela entidade só aconteceu em 1990.
Hoje, mais de um milhão de mulheres praticam o esporte na Alemanha, e o time alemão é um dos mais poderosos do mundo. As alemãs já foram sete vezes campeãs europeias e duas vezes campeãs do mundo. Mesmo assim, o esporte ainda recebe pouca atenção da mídia. "Mesmo em partidas importantes, com um bom número de espectadores pela televisão, os estádios estão sempre vazios", lamenta Bosold.
A igualdade de direitos ainda é um sonho distante nos campos de futebol, mesmo em países como a Alemanha. "Como o futebol feminino muitas vezes não é profissional, muitas das jogadoras têm problemas em se dedicar somente ao esporte", ressalta a curadora da exposição.
Para trazer um pouco mais de atenção da mídia e mais dinheiro ao esporte, o slogan da Copa desde ano é "O lado mais bonito de 2011". O ajuste da imagem das jogadoras ao perfil do público masculino heterossexual é, segundo Bosold, um preço muito alto a se pagar. "Não podemos criar uma imagem consistente em cima de um estereótipo. Esse slogan expressa que, para o mundo masculino, a beleza ainda é o melhor que as mulheres podem oferecer", completa.
Homossexualidade nos campos
Outro ponto abordado na exibição é a questão da homossexualidade. Um tema que aparentemente não é tabu na sociedade alemã, onde diversas celebridades artísticas e políticas são abertamente gays, como o prefeito de Berlim, Klaus Wowereit.
Mas, no mundo do futebol masculino alemão, ainda permanece assunto proibido devido ao jogo de poder, segundo Bosold. "O futebol masculino é como um clube fechado e cheio de poder. Um elemento homossexual quebra esse círculo, e o risco de se perder o poder é assustador. Um membro homossexual enfraquece o grupo e pode manchar sua reputação e, consequentemente, seu poder", diz a responsável pela mostra.
Quadros de Katja Schneider abordam o homossexualismo no futebol masculino
A ambiguidade do relacionamento entre jogadores de futebol é o tema da obra da artista Katja Schneider. Baseadas em fotos reais de jogadores, as pinturas descontextualizam seus personagens do campo e revelam que o contato entre homens no gramado tem mais elementos homoeróticos do que o aceitável no meio. Em contraponto, no futebol feminino a homossexualidade é melhor aceita dentro do grupo, mas gera um marketing negativo para o público heterossexual masculino.
Dois documentários que fazem parte da exposição trazem questões interessantes. O diretor alemão Tom Weller mostra em seu filme como a tradicional divisão dos sexos no esporte não vale para os jogos gays, onde os transsexuais competem de acordo com sua identificação psicológica.
Já o filme da alemã Christine Olderdissen, feito em 91, mostra a viagem de um time feminino de Berlim para uma competição em Dresden. Ao selecionar o filme, os responsáveis quiseram levantar a discussão sobre o que mudou no esporte nesses 20 anos.
A exposição questiona o futebol como um esporte tradicionalmente masculino, mostrando que ele também pode ser o espaço ideal para as mulheres conquistarem força e poder.
A exposição Andererseits está em cartaz no Museu Gay de Berlim até o dia 25 de setembro.
Autor: Marco Sanchez
Revisão: Alexandre Schossler
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15205271,00.html
Exposição em Berlim aborda sexualidade e o papel da mulher no futebol
'Private dancer', de Katja Schneider
Em cartaz no Museu Gay de Berlim, mostra alusiva à Copa do Mundo feminina reúne a visão de 22 artistas sobre a participação da mulher no futebol e a homossexualidade no esporte.
Em alusão à Copa do Mundo de futebol feminino, realizada na Alemanha, o Museu Gay de Berlim apresenta uma exposição em que diversos artistas investigam a complexa relação entre gênero, homossexualidade e futebol, explorando o esporte como fenômeno social e cultural, no qual a redefinição de papéis só pode acontecer a preço de muita controvérsia.
Em campos como a pintura, a escultura, o vídeo, a instalação e os documentários, os trabalhos de 22 artistas reunidos na exibição transitam pelo tema, indo do retrato abstrato à estética nos gramados, da homossexualidade ao papel social da mulher no esporte, passando pela definição dos gêneros.
"Foram abertas inscrições e recebemos uma quantidade enorme de interessados. Alguns dos trabalhos já existiam e se encaixavam no tema. Outros foram desenvolvidos especialmente para a exposição", conta Birgit Bosold, diretora da exposição, chamada Andererseits ("por outro lado", em tradução livre).
Estádios vazios
Obra da artista Franziska VollbornPara uma mulher, jogar futebol é mais difícil do que parece. Em 1956, a Federação Alemã de Futebol (DFB) proibiu a presença das mulheres nos gramados, alegando que a agressividade do esporte não fazia parte da natureza feminina. O banimento caiu em 1970, mas o primeiro campeonato nacional de futebol feminino no país apoiado pela entidade só aconteceu em 1990.
Hoje, mais de um milhão de mulheres praticam o esporte na Alemanha, e o time alemão é um dos mais poderosos do mundo. As alemãs já foram sete vezes campeãs europeias e duas vezes campeãs do mundo. Mesmo assim, o esporte ainda recebe pouca atenção da mídia. "Mesmo em partidas importantes, com um bom número de espectadores pela televisão, os estádios estão sempre vazios", lamenta Bosold.
A igualdade de direitos ainda é um sonho distante nos campos de futebol, mesmo em países como a Alemanha. "Como o futebol feminino muitas vezes não é profissional, muitas das jogadoras têm problemas em se dedicar somente ao esporte", ressalta a curadora da exposição.
Para trazer um pouco mais de atenção da mídia e mais dinheiro ao esporte, o slogan da Copa desde ano é "O lado mais bonito de 2011". O ajuste da imagem das jogadoras ao perfil do público masculino heterossexual é, segundo Bosold, um preço muito alto a se pagar. "Não podemos criar uma imagem consistente em cima de um estereótipo. Esse slogan expressa que, para o mundo masculino, a beleza ainda é o melhor que as mulheres podem oferecer", completa.
Homossexualidade nos campos
Outro ponto abordado na exibição é a questão da homossexualidade. Um tema que aparentemente não é tabu na sociedade alemã, onde diversas celebridades artísticas e políticas são abertamente gays, como o prefeito de Berlim, Klaus Wowereit.
Mas, no mundo do futebol masculino alemão, ainda permanece assunto proibido devido ao jogo de poder, segundo Bosold. "O futebol masculino é como um clube fechado e cheio de poder. Um elemento homossexual quebra esse círculo, e o risco de se perder o poder é assustador. Um membro homossexual enfraquece o grupo e pode manchar sua reputação e, consequentemente, seu poder", diz a responsável pela mostra.
Quadros de Katja Schneider abordam o homossexualismo no futebol masculino
A ambiguidade do relacionamento entre jogadores de futebol é o tema da obra da artista Katja Schneider. Baseadas em fotos reais de jogadores, as pinturas descontextualizam seus personagens do campo e revelam que o contato entre homens no gramado tem mais elementos homoeróticos do que o aceitável no meio. Em contraponto, no futebol feminino a homossexualidade é melhor aceita dentro do grupo, mas gera um marketing negativo para o público heterossexual masculino.
Dois documentários que fazem parte da exposição trazem questões interessantes. O diretor alemão Tom Weller mostra em seu filme como a tradicional divisão dos sexos no esporte não vale para os jogos gays, onde os transsexuais competem de acordo com sua identificação psicológica.
Já o filme da alemã Christine Olderdissen, feito em 91, mostra a viagem de um time feminino de Berlim para uma competição em Dresden. Ao selecionar o filme, os responsáveis quiseram levantar a discussão sobre o que mudou no esporte nesses 20 anos.
A exposição questiona o futebol como um esporte tradicionalmente masculino, mostrando que ele também pode ser o espaço ideal para as mulheres conquistarem força e poder.
A exposição Andererseits está em cartaz no Museu Gay de Berlim até o dia 25 de setembro.
Autor: Marco Sanchez
Revisão: Alexandre Schossler
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15205271,00.html
domingo, 3 de julho de 2011
Impotencia más común en los que toman analgésicos
ueves 30 de junio del 2011 - 10:27 |
Impotencia más común en los que toman analgésicos
“Se cree los fármacos bloquean las hormonas responsables de generar las erecciones en los hombres”, expresó el doctor Joseph Gleason, investigador en el proyecto.
Se analizó a más de 85 mil hombres entre 45 y 69 años.
Estados Unidos. El vínculo entre la impotencia sexual en los hombres y la toma de medicamentos no esteroideos (analgésicos y antiinflamatorios) es claro, inclusive eliminando factores como la edad y otras enfermedades, indica un estudio publicado por Journal of Urology.
Los investigadores encontraron que aquellos usuarios regulares de medicamentos como aspirinas, ibuprofeno o paracetamol son 38% más propensos a tener una disfunción sexual que los hombres que no toman analgésicos similares, informó Salud180.com.
“Se cree que dichos fármacos bloquean las hormonas responsables de generar las erecciones en los hombres, lo cual podría explicar los porcentajes en los resultados” expresó el doctor Joseph Gleason, investigador en el proyecto.
La investigación analizó cuestionarios de más de 80 mil hombres de entre 45 y 69 años de edad. Aquellos que reportaron tomar regularmente analgésicos, 64% declaró nunca poder lograr una erección, en comparación con 36% de los hombres que no tomaban medicamentos con frecuencia.
http://peru.com/salud/9699/noticia-cuidadoimpotencia-mas-comun-que-toman-analgesicos
Impotencia más común en los que toman analgésicos
“Se cree los fármacos bloquean las hormonas responsables de generar las erecciones en los hombres”, expresó el doctor Joseph Gleason, investigador en el proyecto.
Se analizó a más de 85 mil hombres entre 45 y 69 años.
Estados Unidos. El vínculo entre la impotencia sexual en los hombres y la toma de medicamentos no esteroideos (analgésicos y antiinflamatorios) es claro, inclusive eliminando factores como la edad y otras enfermedades, indica un estudio publicado por Journal of Urology.
Los investigadores encontraron que aquellos usuarios regulares de medicamentos como aspirinas, ibuprofeno o paracetamol son 38% más propensos a tener una disfunción sexual que los hombres que no toman analgésicos similares, informó Salud180.com.
“Se cree que dichos fármacos bloquean las hormonas responsables de generar las erecciones en los hombres, lo cual podría explicar los porcentajes en los resultados” expresó el doctor Joseph Gleason, investigador en el proyecto.
La investigación analizó cuestionarios de más de 80 mil hombres de entre 45 y 69 años de edad. Aquellos que reportaron tomar regularmente analgésicos, 64% declaró nunca poder lograr una erección, en comparación con 36% de los hombres que no tomaban medicamentos con frecuencia.
http://peru.com/salud/9699/noticia-cuidadoimpotencia-mas-comun-que-toman-analgesicos
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