‘Violência contra as mulheres’ é tema do I Seminário Nacional de Mulheres do ANDES-SN, em Fortaleza
30/6/2011 15:32, Por Adital
O I Seminário Nacional de Mulheres do ANDES- SN,organizado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de EnsinoSuperior, iniciou as suas atividades nesta quinta-feira (30), às 10h, abordandoa temática da ‘violência contra as mulheres’. O evento tem programação até amanhã(1°), no Auditório José Albano, na Área 1 do Centro de Humanidades – Campus doBenfica, da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Além do tema ‘violência contra as mulheres’, queserá ministrado pela Professora Acácia Batista Dias, da Universidade Estadualde Feira de Santana, o Seminário contará com grupos de trabalhos e mesas dedebates sobre os temas: “Mulheres, docência universitária e movimentosindical”, “Saúde sexual e reprodutiva das mulheres, sexualidade e lesbofobia”,”Mulheres e diversidade: geracional e étnico-racial” e “Violência contra asmulheres: políticas públicas e legislação”.
Mais informações e a programação completa nos siteswww.ufc.br e http://www.andes.org.br/andes/portal.andes
Fonte:Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior
http://correiodobrasil.com.br/%E2%80%98violencia-contra-as-mulheres%E2%80%99-e-tema-do-i-seminario-nacional-de-mulheres-do-andes-sn-em-fortaleza/262244/
terça-feira, 12 de julho de 2011
Bispo belga admite abuso contra segundo sobrinho
Bispo belga admite abuso contra segundo sobrinho
15/4/2011 8:50, Por swissinfo.ch - O portal suíço de notícias
Bispo belga admite abuso contra segundo sobrinho
BRUXELAS (Reuters) – Um ex-bispo belga admitiu na quinta-feira que cometeu abuso contra um segundo sobrinho, mas disse que não se considera um pedófilo.
Roger Vangheluwe, de 74 anos, renunciou há um ano à chefia da diocese de Bruges, depois de admitir ter cometido abuso sexual contra um sobrinho. Ele continua esperando um veredicto do Vaticano sobre o seu caso.
Na sua primeira aparição pública em um ano, Vangheluwe concedeu uma longa entrevista ao vivo à emissora belga VT4, na noite de quinta-feira. Começou dizendo que lamentava a situação, e então contou detalhes sobre os abusos cometidos a dois sobrinhos — um deles durante 13 anos, o outro durante menos de 1 ano.
“Não tinha nada a ver com a sexualidade. Eu sempre me envolvi com crianças e nunca senti a mais leve atração. Foi uma certa intimidade que ocorreu”, disse o ex-bispo.
“Não tenho impressão alguma de que eu seja um pedófilo. Foi realmente só um pequeno relacionamento. Não tive a sensação de que meu sobrinho era contra, pelo contrário.”
Vangheluwe disse que os abusos deixaram de ocorrer há cerca de 25 anos, antes de ele se tornar bispo, e que ele conseguiu conviver com seu passado desde então.
“Como isso começou? Como com todas as famílias. Quando vinham me visitar, os sobrinhos dormiam comigo. Começou como um jogo com os meninos. Nunca foi uma questão de estupro, nunca foi usada violência física. Ele nunca me viu nu e não houve penetração.”
Vangheluwe disse que pensava nos seus atos como uma coisa mais “superficial.”
“É claro que eu sabia que isso não era bom. Eu confessei muitas vezes”, afirmou.
O ex-bispo contou também que pagou a uma das vítimas 1 milhão de francos belgas (25 mil euros) em várias ocasiões, mas que isso não havia sido para comprar o seu silêncio.
Vangheluwe está escondido desde sua confissão pública. O Vaticano disse que ele deixou a Bélgica e está recebendo “tratamento espiritual e psicológico.”
O religioso disse ter recebido centenas de cartas de apoio, e prometeu aceitar o veredicto do Vaticano.
Promotores belgas dizem que os casos de abuso já prescreveram perante a lei. Depois da revelação do escândalo, o arcebispo de Bruxelas, André-Joseph Leonard, causou polêmica ao dizer que seria vingativo processar padres aposentados, e que a Igreja não tem obrigação de indenizar vítimas de abusos.
Uma CPI no país pediu no mês passado à Igreja que pague indenizações. A Igreja disse que também está cogitando isso.
(Reportagem de Philip Blenkinsop)
Reuters
http://correiodobrasil.com.br/bispo-belga-admite-abuso-contra-segundo-sobrinho/230107/
15/4/2011 8:50, Por swissinfo.ch - O portal suíço de notícias
Bispo belga admite abuso contra segundo sobrinho
BRUXELAS (Reuters) – Um ex-bispo belga admitiu na quinta-feira que cometeu abuso contra um segundo sobrinho, mas disse que não se considera um pedófilo.
Roger Vangheluwe, de 74 anos, renunciou há um ano à chefia da diocese de Bruges, depois de admitir ter cometido abuso sexual contra um sobrinho. Ele continua esperando um veredicto do Vaticano sobre o seu caso.
Na sua primeira aparição pública em um ano, Vangheluwe concedeu uma longa entrevista ao vivo à emissora belga VT4, na noite de quinta-feira. Começou dizendo que lamentava a situação, e então contou detalhes sobre os abusos cometidos a dois sobrinhos — um deles durante 13 anos, o outro durante menos de 1 ano.
“Não tinha nada a ver com a sexualidade. Eu sempre me envolvi com crianças e nunca senti a mais leve atração. Foi uma certa intimidade que ocorreu”, disse o ex-bispo.
“Não tenho impressão alguma de que eu seja um pedófilo. Foi realmente só um pequeno relacionamento. Não tive a sensação de que meu sobrinho era contra, pelo contrário.”
Vangheluwe disse que os abusos deixaram de ocorrer há cerca de 25 anos, antes de ele se tornar bispo, e que ele conseguiu conviver com seu passado desde então.
“Como isso começou? Como com todas as famílias. Quando vinham me visitar, os sobrinhos dormiam comigo. Começou como um jogo com os meninos. Nunca foi uma questão de estupro, nunca foi usada violência física. Ele nunca me viu nu e não houve penetração.”
Vangheluwe disse que pensava nos seus atos como uma coisa mais “superficial.”
“É claro que eu sabia que isso não era bom. Eu confessei muitas vezes”, afirmou.
O ex-bispo contou também que pagou a uma das vítimas 1 milhão de francos belgas (25 mil euros) em várias ocasiões, mas que isso não havia sido para comprar o seu silêncio.
Vangheluwe está escondido desde sua confissão pública. O Vaticano disse que ele deixou a Bélgica e está recebendo “tratamento espiritual e psicológico.”
O religioso disse ter recebido centenas de cartas de apoio, e prometeu aceitar o veredicto do Vaticano.
Promotores belgas dizem que os casos de abuso já prescreveram perante a lei. Depois da revelação do escândalo, o arcebispo de Bruxelas, André-Joseph Leonard, causou polêmica ao dizer que seria vingativo processar padres aposentados, e que a Igreja não tem obrigação de indenizar vítimas de abusos.
Uma CPI no país pediu no mês passado à Igreja que pague indenizações. A Igreja disse que também está cogitando isso.
(Reportagem de Philip Blenkinsop)
Reuters
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‘Forte apelo sexual’ da folia é mito, diz pesquisadora
‘Forte apelo sexual’ da folia é mito, diz pesquisadora
23/1/2008 9:58, Redação, com ABr
As festas de carnaval não influenciam na incidência de doenças sexualmente transmissíveis (DST). A ocorrência das DST antes e depois do carnaval se mantém praticamente inalterada. A conclusão é de pesquisa da Universidade Federal Fluminense (UFF), divulgada nesta quarta-feira. Segundo o estudo, a idéia da promiscuidade e do “forte apelo sexual” no período do carnaval pode ser um mito.
- Os dados indicam que a relação entre a maior sexualidade e carnaval pode ser um grande mito, pois não há mais abortos, partos e DST na população – diz o texto.
Mesmo sem pesquisar um possível aumento do número de relações sexuais, a autora do estudo, a médica Wilma Arze, constatou que o pico de manifestação das três DST estudadas, comprovadas por meio de atendimento médico, não coincidiam com o período próximo ao carnaval .
Segundo a pesquisa, nos cerca de 2,5 mil pacientes que procuraram pela primeira vez o serviço médico da UFF entre 1993 e 2005 com gonorréia, sífilis ou tricomoníase, as doenças apareceram entre os meses de junho e julho, e não entre março e abril, período seguinte ao carnaval. A pesquisa descontou o tempo de incubação das doenças.
- Uma suposta maior contaminação no período do carnaval não gerou um maior número de consultas no setor de DST, não se confirmando a hipótese de que o carnaval geraria um maior número de contaminações - diz a pesquisa de Wilma Arze.
A médica mostra também que o pico de partos, tanto no estado do Rio quanto em Niterói, foi registrado em maio, mostrando que as mulheres engravidam em agosto do ano anterior e não em fevereiro.
Ainda segunda a pesquisa, como não houve aumento da incidência das DST nem antes nem após o período do carnaval, constata-se que as pessoas correm o mesmo risco de pegar uma dessas doenças durante todo o ano. “Transar sem camisinha é o maior fator de risco”, alerta Wilma Arze. Segundo ela, para que haja uma redução dos casos, campanhas de prevenção devem ser contínuas.
http://correiodobrasil.com.br/forte-apelo-sexual-da-folia-e-mito-diz-pesquisadora/130772/
23/1/2008 9:58, Redação, com ABr
As festas de carnaval não influenciam na incidência de doenças sexualmente transmissíveis (DST). A ocorrência das DST antes e depois do carnaval se mantém praticamente inalterada. A conclusão é de pesquisa da Universidade Federal Fluminense (UFF), divulgada nesta quarta-feira. Segundo o estudo, a idéia da promiscuidade e do “forte apelo sexual” no período do carnaval pode ser um mito.
- Os dados indicam que a relação entre a maior sexualidade e carnaval pode ser um grande mito, pois não há mais abortos, partos e DST na população – diz o texto.
Mesmo sem pesquisar um possível aumento do número de relações sexuais, a autora do estudo, a médica Wilma Arze, constatou que o pico de manifestação das três DST estudadas, comprovadas por meio de atendimento médico, não coincidiam com o período próximo ao carnaval .
Segundo a pesquisa, nos cerca de 2,5 mil pacientes que procuraram pela primeira vez o serviço médico da UFF entre 1993 e 2005 com gonorréia, sífilis ou tricomoníase, as doenças apareceram entre os meses de junho e julho, e não entre março e abril, período seguinte ao carnaval. A pesquisa descontou o tempo de incubação das doenças.
- Uma suposta maior contaminação no período do carnaval não gerou um maior número de consultas no setor de DST, não se confirmando a hipótese de que o carnaval geraria um maior número de contaminações - diz a pesquisa de Wilma Arze.
A médica mostra também que o pico de partos, tanto no estado do Rio quanto em Niterói, foi registrado em maio, mostrando que as mulheres engravidam em agosto do ano anterior e não em fevereiro.
Ainda segunda a pesquisa, como não houve aumento da incidência das DST nem antes nem após o período do carnaval, constata-se que as pessoas correm o mesmo risco de pegar uma dessas doenças durante todo o ano. “Transar sem camisinha é o maior fator de risco”, alerta Wilma Arze. Segundo ela, para que haja uma redução dos casos, campanhas de prevenção devem ser contínuas.
http://correiodobrasil.com.br/forte-apelo-sexual-da-folia-e-mito-diz-pesquisadora/130772/
Pesquisa mostra que 87% das escolas têm preconceito contra homossexuais
Pesquisa mostra que 87% das escolas têm preconceito contra homossexuais
24/7/2009 10:11, Redação, com ABr
Nas escolas públicas brasileiras, 87% da comunidade – sejam alunos, pais, professores ou servidores – têm algum grau de preconceito contra homossexuais. O dado faz parte de pesquisa divulgada recentemente pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e revela um problema que estudantes e educadores homossexuais, bissexuais e travestis enfrentam diariamente nas escolas: a homofobia.
O levantamento foi realizado com base em entrevistas feitas com 18,5 mil alunos, pais, professores, diretores e funcionários, de 501 unidades de ensino de todo o país.
– A violência dura, relacionada a armas, gangues e brigas, é visível. Já o preconceito a escola tem muita dificuldade de perceber porque não existe diálogo. Isso é empurrado para debaixo do tapete, o que impera é a lei é a do silêncio – destaca a socióloga e especialista em educação e violência, Miriam Abromovay.
Um estudo coordenado por ela e divulgado este ano indica que nas escolas públicas do Distrito Federal 44% dos estudantes do sexo masculino afirmaram não gostariam de estudar com homossexuais. Entre as meninas, o índice é de 14%. A socióloga acredita que o problema não ocorre apenas no DF, mas se repete em todo o país.
– Isso significa que existe uma forma única de se enxergar a sexualidade e ela é heterossexual. Um outro tipo de comportamento não é admitido na sociedade e consequentemente não é aceito no ambiente escolar. Mas a escola deveria ser um lugar de diversidade, ela teria que combater em vez de aceitar e reproduzir – defende.
A coordenadora-geral de Direitos Humanos do Ministério da Educação (MEC), Rosiléa Wille, também avalia que a escola não sabe lidar com as diferenças.
– Você tem que estar dentro de um padrão de normalidade e, quando o aluno foge disso, não é bem-compreendido naquele espaço – disse.
Desde 2005 o MEC vem implementando várias ações contra esse tipo de preconceito, dentro do programa Brasil sem Homofobia. As principais estratégias são produzir material didático específico e formar professores para trabalhar com a temática.
– Muitos profissionais de educação ainda acham que a homossexualidade é uma doença que precisa ser tratada e encaminham o aluno para um psicólogo. Por isso nós temos pressionado os governos nas esferas federal, estadual e municipal para que criem ações de combate ao preconceito – explica o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis.
As piadas preconceituosas, os cochichos nos corredores, as exclusões em atividades escolares e até mesmo as agressões físicas contra alunos homossexuais têm impacto direto na autoestima e no rendimento escolar desses jovens. Em casos extremos, os estudantes preferem interromper os estudos.
– Esse aluno desenvolve um ódio pela escola. Para quem sofre violência, independentemente do tipo, aquele espaço vira um inferno. Imagina ir todo dia a um lugar onde você vai ser violentado, xingado. Quem é violentado não aprende – alerta o educador Beto de Jesus, representante na América Latina da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo (ILGA).
Especialistas ouvidos pela Agência Brasil acreditam que, para combater a homofobia, a escola precisa encarar o desafio em parceria com o Poder Público.
http://correiodobrasil.com.br/pesquisa-mostra-que-87-das-escolas-tem-preconceito-contra-homossexuais/152712/
24/7/2009 10:11, Redação, com ABr
Nas escolas públicas brasileiras, 87% da comunidade – sejam alunos, pais, professores ou servidores – têm algum grau de preconceito contra homossexuais. O dado faz parte de pesquisa divulgada recentemente pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e revela um problema que estudantes e educadores homossexuais, bissexuais e travestis enfrentam diariamente nas escolas: a homofobia.
O levantamento foi realizado com base em entrevistas feitas com 18,5 mil alunos, pais, professores, diretores e funcionários, de 501 unidades de ensino de todo o país.
– A violência dura, relacionada a armas, gangues e brigas, é visível. Já o preconceito a escola tem muita dificuldade de perceber porque não existe diálogo. Isso é empurrado para debaixo do tapete, o que impera é a lei é a do silêncio – destaca a socióloga e especialista em educação e violência, Miriam Abromovay.
Um estudo coordenado por ela e divulgado este ano indica que nas escolas públicas do Distrito Federal 44% dos estudantes do sexo masculino afirmaram não gostariam de estudar com homossexuais. Entre as meninas, o índice é de 14%. A socióloga acredita que o problema não ocorre apenas no DF, mas se repete em todo o país.
– Isso significa que existe uma forma única de se enxergar a sexualidade e ela é heterossexual. Um outro tipo de comportamento não é admitido na sociedade e consequentemente não é aceito no ambiente escolar. Mas a escola deveria ser um lugar de diversidade, ela teria que combater em vez de aceitar e reproduzir – defende.
A coordenadora-geral de Direitos Humanos do Ministério da Educação (MEC), Rosiléa Wille, também avalia que a escola não sabe lidar com as diferenças.
– Você tem que estar dentro de um padrão de normalidade e, quando o aluno foge disso, não é bem-compreendido naquele espaço – disse.
Desde 2005 o MEC vem implementando várias ações contra esse tipo de preconceito, dentro do programa Brasil sem Homofobia. As principais estratégias são produzir material didático específico e formar professores para trabalhar com a temática.
– Muitos profissionais de educação ainda acham que a homossexualidade é uma doença que precisa ser tratada e encaminham o aluno para um psicólogo. Por isso nós temos pressionado os governos nas esferas federal, estadual e municipal para que criem ações de combate ao preconceito – explica o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis.
As piadas preconceituosas, os cochichos nos corredores, as exclusões em atividades escolares e até mesmo as agressões físicas contra alunos homossexuais têm impacto direto na autoestima e no rendimento escolar desses jovens. Em casos extremos, os estudantes preferem interromper os estudos.
– Esse aluno desenvolve um ódio pela escola. Para quem sofre violência, independentemente do tipo, aquele espaço vira um inferno. Imagina ir todo dia a um lugar onde você vai ser violentado, xingado. Quem é violentado não aprende – alerta o educador Beto de Jesus, representante na América Latina da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo (ILGA).
Especialistas ouvidos pela Agência Brasil acreditam que, para combater a homofobia, a escola precisa encarar o desafio em parceria com o Poder Público.
http://correiodobrasil.com.br/pesquisa-mostra-que-87-das-escolas-tem-preconceito-contra-homossexuais/152712/
Meninos que sofrem assédio sexual têm cognição prejudicada
Meninos que sofrem assédio sexual têm cognição prejudicada
8/10/2010 12:36, Redação, com Agência USP - de São Paulo
Uma pesquisa realizada no Núcleo Forense do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) mostrou que as consequências do assédio sexual são diferentes em meninos em relação a meninas. As jovens do sexo feminino podem desenvolver sequelas graves como distúrbios alimentares e hipersexualidade (o que pode levar à prostituição), mas mesmo assim se mantêm seguras quanto à sua opção sexual e à sua feminilidade. Já nos adolescentes do sexo masculino, o assédio sexual na infância é capaz de conduzir ao déficit de memória e à distorção da realidade. Esse tipo de sequela também pode leva-los à prática de abuso sexual e estupro.
– O déficit de memória e a distorção da realidade estão ligados –, explica a psicóloga Mery Pureza Candido de Oliveira.
Em seu estudo, ela descreve que a sensação de ameaça que o jovem sentia quando criança diante da iminência do assédio sexual provocava atividade constante da amígdala cerebral. Essa amígdala, por consequência, acelera as atividades do eixo HHS (sigla para hipófise, hipotálamo e suprarrenal — regiões responsáveis pela produção hormonal no corpo), o que leva o organismo a um estado de estresse inesperado, fazendo com que a captação e o arquivamento de informações no cérebro sejam prejudicados.
– Há cheiros, cenas e momentos que ficam gravados na memória do abusado de forma distorcida. Pode ser que uma dessas coisas remeta ao abuso sexual sofrido. Isso faz a amígdala cerebral trabalhar além do normal, comprometendo a capacidade de cognição –, aponta a psicóloga, autora da dissertação de mestrado Abuso sexual de meninos: estudo das consequências psicossexuais na adolescência.
A pesquisadora analisou um grupo de 26 jovens de 16 a 18 anos, sendo 20 da Fundação Casa, e outros 6 que buscaram tratamento voluntariamente no HC, comparando-os com o grupo controle. Mery conta que a procura voluntária foi muito baixa.
– Também estávamos procurando 20 jovens que aparecessem por vontade própria, mas muitos têm medo de vir por temer serem denunciados ou presos.
Entre os jovens da Fundação Casa, o abuso sexual ocorreu quando os adolescentes tinham em média 7 a 9 anos. Já entre os voluntários do Núcleo Forense do IPq, a violência ocorreu entre os 4 e 6 anos.
Para a realização do trabalho, Mery avaliou memória, estresse, impulsividade e quatro fatores de personalidade de cada adolescente: vulnerabilidade, depressão, ansiedade e desajustamento psicossocial. A pesquisadora também complementou o trabalho com um questionário sobre desenvolvimento da vida sexual, que foi respondido por cada um dos jovens.
Mery constatou que entre os seis jovens que foram voluntariamente ao IPq, quatro já abusavam sexualmente de crianças, tendo realizado a troca de papel — de vítima para agressor. Além disso, um apresentava incertezas sobre sua sexualidade e o último simplesmente não praticava atividade sexual alguma. Já entre os jovens da Fundação Casa, viu-se que 48% deles haviam se transformado em abusadores sexuais. Outros 2% se tornaram estupradores.
– Há uma grande diferença entre os dois tipos. O abusador se sente no mesmo nível da criança quando abusa dela. Mas o estuprador age com raiva e violência –, explica Mery.
A psicóloga conta que jovens abusadores apresentam personalidade infantil e imatura, e grande parte deles sofre de graves problemas de autoestima.
– Apesar de esses jovens estarem na fase em que os hormônios estão em alta para a atividade sexual, eles não têm confiança em si mesmos. Alguns argumentam que são feios e que nenhuma garota se interessaria por eles. Assim, abusam de crianças menores, que não vão entender o que está acontecendo.
Mery chama essa atitude de abuso sexual por oportunismo, uma vez que não há desvio sexual, mas um desvio de moral por parte do jovem, o que mostra o quão prejudicado está o seu desempenho cognitivo.
Atualmente, o grupo de assistência a vítimas do Ambulatório Nufor (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica), do IPq, realiza tratamentos para esses jovens, a fim de lhes dar maior noção da realidade que os cerca.
– São desempenhadas atividades que revivem a cena do abuso sexual. Damos aos jovens, assim, a possibilidade de agir diante da situação, impedindo que o assédio aconteça.
Outra técnica utilizada é o treino de empatia, que coloca o jovem que se tornou abusador no lugar de sua vítima, a fim de diminuir a distorção cognitiva.
http://correiodobrasil.com.br/meninos-que-sofrem-assedio-sexual-tem-cognicao-prejudicada/185150/
8/10/2010 12:36, Redação, com Agência USP - de São Paulo
Uma pesquisa realizada no Núcleo Forense do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) mostrou que as consequências do assédio sexual são diferentes em meninos em relação a meninas. As jovens do sexo feminino podem desenvolver sequelas graves como distúrbios alimentares e hipersexualidade (o que pode levar à prostituição), mas mesmo assim se mantêm seguras quanto à sua opção sexual e à sua feminilidade. Já nos adolescentes do sexo masculino, o assédio sexual na infância é capaz de conduzir ao déficit de memória e à distorção da realidade. Esse tipo de sequela também pode leva-los à prática de abuso sexual e estupro.
– O déficit de memória e a distorção da realidade estão ligados –, explica a psicóloga Mery Pureza Candido de Oliveira.
Em seu estudo, ela descreve que a sensação de ameaça que o jovem sentia quando criança diante da iminência do assédio sexual provocava atividade constante da amígdala cerebral. Essa amígdala, por consequência, acelera as atividades do eixo HHS (sigla para hipófise, hipotálamo e suprarrenal — regiões responsáveis pela produção hormonal no corpo), o que leva o organismo a um estado de estresse inesperado, fazendo com que a captação e o arquivamento de informações no cérebro sejam prejudicados.
– Há cheiros, cenas e momentos que ficam gravados na memória do abusado de forma distorcida. Pode ser que uma dessas coisas remeta ao abuso sexual sofrido. Isso faz a amígdala cerebral trabalhar além do normal, comprometendo a capacidade de cognição –, aponta a psicóloga, autora da dissertação de mestrado Abuso sexual de meninos: estudo das consequências psicossexuais na adolescência.
A pesquisadora analisou um grupo de 26 jovens de 16 a 18 anos, sendo 20 da Fundação Casa, e outros 6 que buscaram tratamento voluntariamente no HC, comparando-os com o grupo controle. Mery conta que a procura voluntária foi muito baixa.
– Também estávamos procurando 20 jovens que aparecessem por vontade própria, mas muitos têm medo de vir por temer serem denunciados ou presos.
Entre os jovens da Fundação Casa, o abuso sexual ocorreu quando os adolescentes tinham em média 7 a 9 anos. Já entre os voluntários do Núcleo Forense do IPq, a violência ocorreu entre os 4 e 6 anos.
Para a realização do trabalho, Mery avaliou memória, estresse, impulsividade e quatro fatores de personalidade de cada adolescente: vulnerabilidade, depressão, ansiedade e desajustamento psicossocial. A pesquisadora também complementou o trabalho com um questionário sobre desenvolvimento da vida sexual, que foi respondido por cada um dos jovens.
Mery constatou que entre os seis jovens que foram voluntariamente ao IPq, quatro já abusavam sexualmente de crianças, tendo realizado a troca de papel — de vítima para agressor. Além disso, um apresentava incertezas sobre sua sexualidade e o último simplesmente não praticava atividade sexual alguma. Já entre os jovens da Fundação Casa, viu-se que 48% deles haviam se transformado em abusadores sexuais. Outros 2% se tornaram estupradores.
– Há uma grande diferença entre os dois tipos. O abusador se sente no mesmo nível da criança quando abusa dela. Mas o estuprador age com raiva e violência –, explica Mery.
A psicóloga conta que jovens abusadores apresentam personalidade infantil e imatura, e grande parte deles sofre de graves problemas de autoestima.
– Apesar de esses jovens estarem na fase em que os hormônios estão em alta para a atividade sexual, eles não têm confiança em si mesmos. Alguns argumentam que são feios e que nenhuma garota se interessaria por eles. Assim, abusam de crianças menores, que não vão entender o que está acontecendo.
Mery chama essa atitude de abuso sexual por oportunismo, uma vez que não há desvio sexual, mas um desvio de moral por parte do jovem, o que mostra o quão prejudicado está o seu desempenho cognitivo.
Atualmente, o grupo de assistência a vítimas do Ambulatório Nufor (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica), do IPq, realiza tratamentos para esses jovens, a fim de lhes dar maior noção da realidade que os cerca.
– São desempenhadas atividades que revivem a cena do abuso sexual. Damos aos jovens, assim, a possibilidade de agir diante da situação, impedindo que o assédio aconteça.
Outra técnica utilizada é o treino de empatia, que coloca o jovem que se tornou abusador no lugar de sua vítima, a fim de diminuir a distorção cognitiva.
http://correiodobrasil.com.br/meninos-que-sofrem-assedio-sexual-tem-cognicao-prejudicada/185150/
Aceitar ainda é difícil, mas respeito é fundamental’, diz Toni Reis
Aceitar ainda é difícil, mas respeito é fundamental’, diz Toni Reis
25/6/2011 9:31, Por Rede Brasil Atual
‘Aceitar ainda é difícil, mas respeito é fundamental’, diz Toni Reis
Presidente da ABGLT, considera que decisão do STF a favor da união homoafetiva estável ajuda a destravar preconceitos
Por: João Peres, Rede Brasil Atual
Publicado em 25/06/2011, 12:13
Última atualização às 12:13
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Toni Reis e Marta Suplicy, durante ato contra homofobia em SP (Foto: ©Elisabete alves/Marta Senadora/Flickr)
Curitiba – O Executivo evoluiu. O Judiciário evoluiu. O Congresso resiste a ampliar o debate sobre a igualdade no Brasil. Na segunda parte da entrevista à Rede Brasil Atual, o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, avalia que essa resistência segue existindo, mas tem diminuído, e há espaço para uma discussão séria no Legislativo.
“Nós até brincamos que temos bons generais lá para essa nossa guerra contra a homofobia, contra o preconceito e a incitação à violência”, afirma, em referência a parlamentares como Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Marta Suplicy (PT-SP).
Reis avalia que existe é fundamental aprovar o Projeto de Lei 116, de 2002, que classifica como crime a discriminação a homossexuais. Ao mesmo tempo, indica que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de autorizar a união estável entre pessoas do mesmo sexo se inscreveu como um passo importante no combate ao preconceito. “Quem estava em dúvida quanto aos nossos direitos poderá ‘sair do armário’”, diz, a partir da conclusão (por incrível que pareça, óbvia) da Suprema Corte do país, de que todos são iguais perante a lei.”
Confira aqui a primeira parte da entrevista: Parada LGBT é o momento de dar visibilidade à luta
Confira a seguir a continuidade da conversa com o ativista, realizada em Curitiba.
RBA – Antes do julgamento (do STF) havia uma expectativa de que aquela avaliação fosse um marco na luta (do reconhecimento dos direitos civis de homossexuais e contra todos os preconceitos). Passadas algumas semanas, você acha que a gente já pode enxergar dessa maneira?
Já diminuiu quem se manifeste contra nós, a não ser os radicais, que vão continuar, e é muito normal para uma democracia. No entanto, os radicais já estão diminuindo a crítica à nossa comunidade, e isso é importante porque os votos no STF foram bastante profundos e com muita lógica, principalmente na lei baseada na igualdade, na dignidade humana, na segurança jurídica, na liberdade e no livre arbítrio. Para a gente foi muito importante e já está se percebendo no meio acadêmico uma outra postura. Quem estava em dúvida quanto aos nossos direitos poderá sair do armário porque a Suprema Corte do país falou que nós somos iguais perante a lei.
Foi uma coisa que lavou a nossa alma e nossa cidadania, nós estamos muito mais brasileiros, cientes de que a gente tem de confiar na justiça. Foi um passo histórico, foi emblemático, a maior vitória para a nossa comunidade no Brasil, sem sombra de dúvida, mas nós vamos ter que trabalhar muito.
RBA - Apesar do grande avanço, no Congresso parece haver uma resistência maior, e é por ali que terão de passar algumas propostas. Como destravar essa resistência?
Primeiro eu vejo que o nosso Executivo evoluiu. A nossa presidenta Dilma, no último 8 de maio, convocou a segunda conferência LGBT, que vai ser realizada em Brasília no mês de setembro. Isso é importante, teremos um plano nacional organizando essas ações. A violência precisa ser colocada e temos de confrontá-la, expor os radicais e ganhar deles no voto. Não vai haver unanimidade. Nosso Legislativo está muito atrasado e costuma tratar essas questões com entendimento limitado. Mas a partir da decisão do STF há uma estrutura a nosso favor.
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RBA – As chegadas de Jean Wyllys à Câmara e da Marta Suplicy ao Senado ajudam.
Nós já tínhamos pessoas que nos defendiam muito bem. Mas é importante ter uma pessoa como o Jean Wyllys, que é muito popular e é o nosso principal líder. A Marta também, porque é uma pessoa que entende de sexualidade, entende de psicologia e tem uma experiência política e segurança muito grandes. Nós até brincamos que temos bons generais lá para essa nossa guerra contra a homofobia, contra o preconceito e a incitação à violência.
RBA - Para vocês, o que representaria como próximo passo oficializar o casamento entre pessoas do mesmo sexo?
A Constituição é clara, as uniões estáveis devem ser transformadas em casamento. Eu e meu companheiro, que já vivemos há 21 anos juntos, já estamos com nossos advogados constituídos para transformar nossa união, logo após a decisão, em casamento. Já temos garantido o casamento a partir da decisão do STF. Com certeza os juízes da primeira e segunda instância aprovarão casamentos.
RBA - Há muito oportunismo na discussão do kit contra a homofobia?
O preconceito acontece em situações dentro e fora do contexto. As pessoas não conhecem o material. Quando viram um vídeo, distorceram as informações. Claro que pessoas querem aparecer, mas nós trabalhamos de uma forma muito tranquila e já temos a maioria de apoio. As pesquisas colocam de uma forma bem clara: 40% dos meninos têm dificuldade de lidar com questões de um gay ou uma lésbica dentro de sala de aula, e isso causa o problema de evasão escolar na nossa comunidade. Então é necessário trabalhar isso nas escolas, esse material é uma resposta à essa violência.
Com relação aos opositores a gente percebe que há um oportunismo, um exagero, distorções e mentiras. O material é para escolas de segundo grau, ninguém vai sair distribuindo. Vai ser para profissionais de educação, depois de passarem por capacitação com governos e secretarias estaduais. Quer dizer, vamos treinar os profissionais de educação para utilizar os materiais, que não têm absolutamente nada de imoral, ou pornográfico, ou o que o valha.
RBA – Você acha que homofobia e machismo são mais tolerados do que o racismo pela sociedade?
Eu vejo que são sim, mas é tudo ‘uma família’, machismo e homofobia. Geralmente uma pessoa que é machista tem uma grande tendência a ser homofóbica e racista. A gente precisa combater esse tipo de questão em todos os níveis.
Sempre coloco que o respeito é fundamental. Aceitação é mais difícil, mas o respeito é fundamental. Temos de trabalhar isso no nível da educação, com as crianças, os adolescentes. A partir do momento que uma pessoa nasce, ela é um ser humano e precisa ser respeitada. Geralmente, com todos os políticos com quem a gente tem conversado, quando ele é machista, também é racista e homofóbico.
http://correiodobrasil.com.br/aceitar-ainda-e-dificil-mas-respeito-e-fundamental-diz-toni-reis/259126/
25/6/2011 9:31, Por Rede Brasil Atual
‘Aceitar ainda é difícil, mas respeito é fundamental’, diz Toni Reis
Presidente da ABGLT, considera que decisão do STF a favor da união homoafetiva estável ajuda a destravar preconceitos
Por: João Peres, Rede Brasil Atual
Publicado em 25/06/2011, 12:13
Última atualização às 12:13
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Toni Reis e Marta Suplicy, durante ato contra homofobia em SP (Foto: ©Elisabete alves/Marta Senadora/Flickr)
Curitiba – O Executivo evoluiu. O Judiciário evoluiu. O Congresso resiste a ampliar o debate sobre a igualdade no Brasil. Na segunda parte da entrevista à Rede Brasil Atual, o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, avalia que essa resistência segue existindo, mas tem diminuído, e há espaço para uma discussão séria no Legislativo.
“Nós até brincamos que temos bons generais lá para essa nossa guerra contra a homofobia, contra o preconceito e a incitação à violência”, afirma, em referência a parlamentares como Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Marta Suplicy (PT-SP).
Reis avalia que existe é fundamental aprovar o Projeto de Lei 116, de 2002, que classifica como crime a discriminação a homossexuais. Ao mesmo tempo, indica que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de autorizar a união estável entre pessoas do mesmo sexo se inscreveu como um passo importante no combate ao preconceito. “Quem estava em dúvida quanto aos nossos direitos poderá ‘sair do armário’”, diz, a partir da conclusão (por incrível que pareça, óbvia) da Suprema Corte do país, de que todos são iguais perante a lei.”
Confira aqui a primeira parte da entrevista: Parada LGBT é o momento de dar visibilidade à luta
Confira a seguir a continuidade da conversa com o ativista, realizada em Curitiba.
RBA – Antes do julgamento (do STF) havia uma expectativa de que aquela avaliação fosse um marco na luta (do reconhecimento dos direitos civis de homossexuais e contra todos os preconceitos). Passadas algumas semanas, você acha que a gente já pode enxergar dessa maneira?
Já diminuiu quem se manifeste contra nós, a não ser os radicais, que vão continuar, e é muito normal para uma democracia. No entanto, os radicais já estão diminuindo a crítica à nossa comunidade, e isso é importante porque os votos no STF foram bastante profundos e com muita lógica, principalmente na lei baseada na igualdade, na dignidade humana, na segurança jurídica, na liberdade e no livre arbítrio. Para a gente foi muito importante e já está se percebendo no meio acadêmico uma outra postura. Quem estava em dúvida quanto aos nossos direitos poderá sair do armário porque a Suprema Corte do país falou que nós somos iguais perante a lei.
Foi uma coisa que lavou a nossa alma e nossa cidadania, nós estamos muito mais brasileiros, cientes de que a gente tem de confiar na justiça. Foi um passo histórico, foi emblemático, a maior vitória para a nossa comunidade no Brasil, sem sombra de dúvida, mas nós vamos ter que trabalhar muito.
RBA - Apesar do grande avanço, no Congresso parece haver uma resistência maior, e é por ali que terão de passar algumas propostas. Como destravar essa resistência?
Primeiro eu vejo que o nosso Executivo evoluiu. A nossa presidenta Dilma, no último 8 de maio, convocou a segunda conferência LGBT, que vai ser realizada em Brasília no mês de setembro. Isso é importante, teremos um plano nacional organizando essas ações. A violência precisa ser colocada e temos de confrontá-la, expor os radicais e ganhar deles no voto. Não vai haver unanimidade. Nosso Legislativo está muito atrasado e costuma tratar essas questões com entendimento limitado. Mas a partir da decisão do STF há uma estrutura a nosso favor.
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RBA – As chegadas de Jean Wyllys à Câmara e da Marta Suplicy ao Senado ajudam.
Nós já tínhamos pessoas que nos defendiam muito bem. Mas é importante ter uma pessoa como o Jean Wyllys, que é muito popular e é o nosso principal líder. A Marta também, porque é uma pessoa que entende de sexualidade, entende de psicologia e tem uma experiência política e segurança muito grandes. Nós até brincamos que temos bons generais lá para essa nossa guerra contra a homofobia, contra o preconceito e a incitação à violência.
RBA - Para vocês, o que representaria como próximo passo oficializar o casamento entre pessoas do mesmo sexo?
A Constituição é clara, as uniões estáveis devem ser transformadas em casamento. Eu e meu companheiro, que já vivemos há 21 anos juntos, já estamos com nossos advogados constituídos para transformar nossa união, logo após a decisão, em casamento. Já temos garantido o casamento a partir da decisão do STF. Com certeza os juízes da primeira e segunda instância aprovarão casamentos.
RBA - Há muito oportunismo na discussão do kit contra a homofobia?
O preconceito acontece em situações dentro e fora do contexto. As pessoas não conhecem o material. Quando viram um vídeo, distorceram as informações. Claro que pessoas querem aparecer, mas nós trabalhamos de uma forma muito tranquila e já temos a maioria de apoio. As pesquisas colocam de uma forma bem clara: 40% dos meninos têm dificuldade de lidar com questões de um gay ou uma lésbica dentro de sala de aula, e isso causa o problema de evasão escolar na nossa comunidade. Então é necessário trabalhar isso nas escolas, esse material é uma resposta à essa violência.
Com relação aos opositores a gente percebe que há um oportunismo, um exagero, distorções e mentiras. O material é para escolas de segundo grau, ninguém vai sair distribuindo. Vai ser para profissionais de educação, depois de passarem por capacitação com governos e secretarias estaduais. Quer dizer, vamos treinar os profissionais de educação para utilizar os materiais, que não têm absolutamente nada de imoral, ou pornográfico, ou o que o valha.
RBA – Você acha que homofobia e machismo são mais tolerados do que o racismo pela sociedade?
Eu vejo que são sim, mas é tudo ‘uma família’, machismo e homofobia. Geralmente uma pessoa que é machista tem uma grande tendência a ser homofóbica e racista. A gente precisa combater esse tipo de questão em todos os níveis.
Sempre coloco que o respeito é fundamental. Aceitação é mais difícil, mas o respeito é fundamental. Temos de trabalhar isso no nível da educação, com as crianças, os adolescentes. A partir do momento que uma pessoa nasce, ela é um ser humano e precisa ser respeitada. Geralmente, com todos os políticos com quem a gente tem conversado, quando ele é machista, também é racista e homofóbico.
http://correiodobrasil.com.br/aceitar-ainda-e-dificil-mas-respeito-e-fundamental-diz-toni-reis/259126/
Gays…Pastor é enxotado de emissora cristã de televisão por homofobia.
Gays…Pastor é enxotado de emissora cristã de televisão por homofobia.
11/6/2011 7:25, Por CMI Brasil
Por militante gay 11/06/2011 às 10:02
CRISTÃOS PODEM FALAR MAL À VONTADE[liberdade de expressão?…,então posso amar um gay a vontade , não?… MAS NINGUÉM PODE CRITICAR a homofobia maldade evangélica?
BURLINGTON, Ontario, Canadá, 2 de fevereiro de 2011 (Notícias Pró-Família) ? Uma importante emissora cristã de televisão do Canadá cancelou de forma permanente o programa Word TV (TV da Palavra), apresentado pelo proeminente pastor evangélico Charles McVety, depois que um órgão de inspeção da indústria de televisão anunciou em dezembro seu parecer de que o programa descriminava os homossexuais.
Olha, homofobia a parte, não sei de onde alguém tirou a conclusão de que um gay nasce gay. E como querer pensar que um padre nasce celibato, um eunuco nasce castrado, uma mulher nasce com pré-disposição genética de ser copulada por um macho, uma lésbica nasce sem pré-disposição a transa heterossexual, e que a população mulçumana nasceu com pré-disposição genética a poligamia 4×1 enquanto a crista nasceu com o gene da monogamia 1×1, e por ai vai. Imagina se amanha forem testar as dezenas de centenas de milhares de gays do mundo para saber quem NÃO tem o gene gay, e obrigar o pobre coitado a deixar de dar o próprio rab* e obrigá-lo a comer rab* feminino (desculpem pelo termo) porque ele não tem o “gene”… Eu queria ver o Rick Martin nascendo na Arábia Saudita e afirmando que a natureza o fez gay para enfrentar a imolação…
Bom eu acho certo o que fizeram com esse pastor… Gente vamos acabar com o preconceito e amar e respeitar mais o Próximo, pois essa não seria a vontade de Deus…
Seria muito legal se a natureza já tivesse resolvido para cada um de nos a nossa opção sexual, e assim ninguém teria de sofrer em fazer as próprias escolhas, e seria bom demais não ter liberdade de escolher com quem se vai fazer sexo e/ou amor porque bastaria só decifrar o código genético… imagina que constrangimento para os bissexuais terem de ficar se explicando que não são aberrações da natureza, porque eles resolveram gostar de meninas e meninos indistintamente…
Não sei o que é pior, homofobia escrachada ou homossexual se desculpando pelas escolhas afetivas, amorosas e sexuais que fez na vida. Daqui a pouco vão querer acreditar que a escolha do gosto do sorvete e também determinação genética. Quem você gosta de copular e’ problema seu, escolha sua, gosto seu, opção sua e aqui vale apenas uma regra: “gosto não se discute” e “se você gosta de mel e eu de melão” não tem porque discordarmos. Mas não mete a “natureza” como condicionante de suas escolhas, porque isto e um desrespeito a luta de gerações e gerações pelo reconhecimento do direito de viver livremente a própria sexualidade.
http://correiodobrasil.com.br/gays-pastor-e-enxotado-de-emissora-crista-de-televisao-por-homofobia/253077/
11/6/2011 7:25, Por CMI Brasil
Por militante gay 11/06/2011 às 10:02
CRISTÃOS PODEM FALAR MAL À VONTADE[liberdade de expressão?…,então posso amar um gay a vontade , não?… MAS NINGUÉM PODE CRITICAR a homofobia maldade evangélica?
BURLINGTON, Ontario, Canadá, 2 de fevereiro de 2011 (Notícias Pró-Família) ? Uma importante emissora cristã de televisão do Canadá cancelou de forma permanente o programa Word TV (TV da Palavra), apresentado pelo proeminente pastor evangélico Charles McVety, depois que um órgão de inspeção da indústria de televisão anunciou em dezembro seu parecer de que o programa descriminava os homossexuais.
Olha, homofobia a parte, não sei de onde alguém tirou a conclusão de que um gay nasce gay. E como querer pensar que um padre nasce celibato, um eunuco nasce castrado, uma mulher nasce com pré-disposição genética de ser copulada por um macho, uma lésbica nasce sem pré-disposição a transa heterossexual, e que a população mulçumana nasceu com pré-disposição genética a poligamia 4×1 enquanto a crista nasceu com o gene da monogamia 1×1, e por ai vai. Imagina se amanha forem testar as dezenas de centenas de milhares de gays do mundo para saber quem NÃO tem o gene gay, e obrigar o pobre coitado a deixar de dar o próprio rab* e obrigá-lo a comer rab* feminino (desculpem pelo termo) porque ele não tem o “gene”… Eu queria ver o Rick Martin nascendo na Arábia Saudita e afirmando que a natureza o fez gay para enfrentar a imolação…
Bom eu acho certo o que fizeram com esse pastor… Gente vamos acabar com o preconceito e amar e respeitar mais o Próximo, pois essa não seria a vontade de Deus…
Seria muito legal se a natureza já tivesse resolvido para cada um de nos a nossa opção sexual, e assim ninguém teria de sofrer em fazer as próprias escolhas, e seria bom demais não ter liberdade de escolher com quem se vai fazer sexo e/ou amor porque bastaria só decifrar o código genético… imagina que constrangimento para os bissexuais terem de ficar se explicando que não são aberrações da natureza, porque eles resolveram gostar de meninas e meninos indistintamente…
Não sei o que é pior, homofobia escrachada ou homossexual se desculpando pelas escolhas afetivas, amorosas e sexuais que fez na vida. Daqui a pouco vão querer acreditar que a escolha do gosto do sorvete e também determinação genética. Quem você gosta de copular e’ problema seu, escolha sua, gosto seu, opção sua e aqui vale apenas uma regra: “gosto não se discute” e “se você gosta de mel e eu de melão” não tem porque discordarmos. Mas não mete a “natureza” como condicionante de suas escolhas, porque isto e um desrespeito a luta de gerações e gerações pelo reconhecimento do direito de viver livremente a própria sexualidade.
http://correiodobrasil.com.br/gays-pastor-e-enxotado-de-emissora-crista-de-televisao-por-homofobia/253077/
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