terça-feira, 12 de julho de 2011

Homens são mais tolerantes a traição homossexual que mulheres

28/01/2011 - 17h56
Homens são mais tolerantes a traição homossexual que mulheres
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os homens têm duas vezes mais chances de continuar namorando uma mulher que o traiu com outra do que com aquela que o enganou com outro homem, segundo uma nova pesquisa da Universidade do Texas, em Austin.

As mulheres mostram o padrão oposto. Elas são mais propensas a continuar o namoro com um homem que teve um caso heterossexual do que com aquele que teve um caso homossexual.

O estudo, publicado no mês passado na revista "Personality and Individual Differences", proporciona uma nova visão sobre as adaptações psicológicas por trás do desejo dos homens por uma variedade de parceiros e o desejo das mulheres por um parceiro comprometido.

"O ciúme é ativado em homens e mulheres por diferentes motivos --os que ameaçam a paternidade nos homens e os que ameaçam o abandono nas mulheres", diz Jaime C. Confer, principal autor do estudo.

Confer conduziu o estudo com seu pai, Mark D. Cloud, professor de psicologia da Lock Haven University, na Pensilvânia.

Os pesquisadores pediram a 700 estudantes universitários para imaginar que estavam em um relacionamento romântico e sexual há três meses. Eles então foram indagados como reagiriam à infidelidade cometida pelo parceiro imaginado.

Alguns dos participantes foram informados que seus companheiros tinham sido infiéis com um homem, outros com uma mulher. Os pesquisadores também disseram para alguns que seus parceiros tiveram um caso com uma pessoa, enquanto para outros, com múltiplos parceiros. Alguns foram informados que a infidelidade aconteceu uma vez, outros, duas vezes.

Independentemente do número de episódios ou parceiros, o estudo constatou que:

- Em geral, os homens mostraram uma probabilidade 50% maior de continuar o namoro com um parceiro que teve um caso homossexual e uma probabilidade de 22% de ficar com uma mulher após um caso heterossexual.

- As mulheres demonstraram uma probabilidade 28% maior de continuar o namoro com quem teve um caso heterossexual e uma probabilidade de 21% de ficar com alguém que teve um caso homossexual.

Os resultados sugerem que os homens se sentem mais ameaçados pelo tipo de infidelidade que pode ameaçar sua paternidade. Eles também podem enxergar o caso homossexual da parceira como uma oportunidade de se relacionar com mais de uma mulher ao mesmo tempo, satisfazendo o maior desejo dos homens por mais de uma parceira, segundo os autores.

"Estes resultados são ainda mais notáveis, pois mostram que os homens têm atitudes mais negativas em relação à homossexualidade masculina e são menos favoráveis a direitos civis para casais do mesmo sexo do que as mulheres. Contudo, esta tendência geral dos homens é revertida em relação à homossexualidade feminina", disseram os autores.

Inversamente, as mulheres se opuseram à continuação de uma relação após ambos os casos, mas especialmente após um caso homossexual do namorado. Tal caso pode ser visto como um sinal de insatisfação com o relacionamento atual e um prelúdio de possível abandono, de acordo com os autores.
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/867473-homens-sao-mais-tolerantes-a-traicao-homossexual-que-mulheres.shtml

Testes usam ultrassom como contraceptivo masculino

12/05/2010 - 07h15
Testes usam ultrassom como contraceptivo masculino
da BBC Brasil

Aplicação de ultrassom em homens pode ser usada como um anticoncepcional masculino válido por seis meses, segundo testes preliminares da universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

A equipe de pesquisadores obteve um financiamento de US$ 100 mil (quase R$ 180 mil) da Fundação Bill & Melinda Gates e busca a aprovação para realizar mais testes clínicos.

O coordenador do estudo, James Tsuruta, disse acreditar que o novo método possa se transformar em uma opção de contracepção segura e barata.

"O nosso objetivo de longo prazo é usar o ultrassom de instrumentos terapêuticos que normalmente são utilizados na medicina esportiva ou em clínicas de fisioterapia como contraceptivos masculinos baratos, de longo prazo e reversíveis, adequados para uso em países em desenvolvimento e do Primeiro Mundo."

Os testes preliminares indicam que após as aplicações de ultrassom nos testículos, a produção de esperma é interrompida e as reservas já existentes são exauridas, deixando o homem temporariamente infértil.

"Efeito e segurança máximos"

O financiamento da pesquisa prevê o aprimoramento da técnica para atingir efeitos e segurança máximos.

Há poucas semanas, pesquisadores na China divulgaram ter desenvolvido um outro tratamento anticoncepcional para homens que é eficaz, reversível e sem efeitos colaterais sérios a curto prazo.

Os cientistas realizaram testes com mais de mil homens com idades entre 20 e 45 anos e que tiveram pelo menos um filho nos dois anos anteriores ao experimento. Suas parceiras tinham idades entre 18 e 38 anos, sem problemas reprodutivos.

No tratamento, os homens receberam por dois anos e meio uma injeção de um líquido contendo o hormônio testosterona que provocou a suspensão temporária da produção de espermatozoides.

Durante os testes, apenas um em cada cem voluntários engravidou a parceira. Seis meses após a interrupção do tratamento, o número de espermatozoides dos participantes voltou ao nível normal.

Apesar de a injeção não ter provocado efeitos colaterais, quase um terço dos participantes abandonou o experimento. A saída dos voluntários não foi explicada.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u733785.shtml

Cientistas buscam "fator genético" para infidelidade

12/05/2010 - 10h23
Cientistas buscam "fator genético" para infidelidade
da Reportagem Local

Pesquisadores têm buscado embasamento científico e justificativas para um fenômeno que talvez nunca seja fácil de explicar: a infidelidade. Estudos sugerem que variações genéticas estariam relacionadas à dificuldade de ser fiel.

Por exemplo um trabalho feito com 552 pares de gêmeos e seus parceiros, que avaliou um gene presente na maioria dos mamíferos, relacionado à formação de vínculos.

Os homens que carregavam variações desse gene eram menos propensos a se casar: os que se casaram tiveram mais crises conjugais, e suas mulheres eram mais infelizes, segundo o estudo, feito pelo Instituto Karolinska, na Suécia.

Mas é claro que não é possível utilizar esse dado para prever o comportamento masculino em um relacionamento.

"Você olha um "pegador" e identifica, por atitudes e pela forma de se relacionar, que ele tem maior tendência à traição. Mas ainda não dá para dizer que foi programado geneticamente para agir dessa forma", comenta a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de SP.

Outros estudos dizem que é possível treinar o cérebro para resistir a desejos "proibidos".
Um grupo da Universidade McGill, no Canadá, fez várias pesquisas para mostrar a reação de pessoas comprometidas diante das tentações.

Concluíram, em um primeiro estágio, que, quanto mais comprometida é a pessoa, mais ela sente repulsa por alguém ou alguma situação que ameace seu relacionamento.

Em um dos trabalhos, foi solicitado aos voluntários que dessem notas para fotos de pessoas do sexo oposto. As mais atraentes receberam notas mais altas. Depois, as mesmas fotos foram mostradas, seguidas da informação de que aquelas pessoas gostariam de encontrar os voluntários. Dessa vez, as avaliações foram piores.

Os canadenses ainda avaliaram como os sexos responderiam às ameaças de traição.

Em dois estudos, as mulheres se mostraram mais conscientes do risco de ferir a relação por causa de uma situação proibida, tornando-se mais compreensivas com os parceiros, por exemplo, ao discutir o relacionamento. Os homens não alteraram o comportamento após um flerte simulado.

Uma outra linha de pesquisa tenta provar o que parece óbvio: para Arthur Aron, pesquisador da Stony Brook University, nos EUA, não são os sentimentos de lealdade e de amor que mantêm os casais fiéis. Seus experimentos com atividades monótonas e instigantes mostram que o desafio constante eleva a satisfação dos parceiros com a relação.

"Partindo da hipótese de que não somos naturalmente monogâmicos, que é a mais aceita pelos estudiosos, podemos dizer que alguns se moldam mais e outros não conseguem. A fidelidade é um aprendizado e se sustenta pela necessidade de adequação social, econômica e afetiva", resume Abdo.

Com "The New York Times"
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u733870.shtml

Site para traição é lançado no Brasil

12/07/2011 - 11h18
Site para traição é lançado no Brasil
IARA BIDERMAN DE SÃO PAULO

Mais uma modalidade da traição globalizada foi lançada na segunda-feira (11) no Brasil. O site Ohhtel, que tem sua base nos EUA, começou a oferecer seus serviços com.br.

Apesar do nome, é só um espaço virtual. Os encontros físicos são por conta e risco dos usuários -gente interessada em pular a cerca sem chamuscar o casamento.

Infidelidade vira tema de discussão na rede

Lais Ranna, vice-presidente do site Ohhtel no Brasil
A promessa é achar amantes discretos para clientes cadastrados. A justificativa sociológica é que a aventura é alternativa ao divórcio, desde que o outro não descubra. Teoricamente, o serviço é seguro. Mas, como diz Laís Ranna, vice-presidente do site no Brasil, "garantias são sempre muito vagas na internet".

Formada em artes cênicas, a paranaense Ranna, 31, conta que antes do Ohhtel trabalhou em uma rede social que ajuda mulheres a encontrar homens ricos. Uma coisa levou a outra.

A executiva veio ao Brasil para lançar o site, mas deu esta entrevista à Folha por telefone, quando estava na Califórnia, onde vive com o marido francês.

Folha - Por que escolher o Brasil para um site de traição?
Lais Ranna - Em 2010, o site americano recebeu 3.000 e-mails do Brasil perguntando quando seria lançado no país. A empresa pesquisou e descobriu que tem 15 milhões de brasileiros vivendo em casamento sem sexo.

Como chegaram ao número?
Foram feitas entrevistas por telefone com 2.500 pessoas casadas, e 19,2% tinham menos de uma relação sexual por mês. Transferimos a porcentagem para o total de pessoas casadas ou em união estável, segundo o Censo, e chegamos a 15 milhões.

De quem é a pesquisa?
É interna, não divulgamos quem fez. O objetivo foi fazer uma projeção do negócio.

Quanto a empresa fatura?
Não posso dizer. A empresa só tem dois anos e já conta com milhões de dólares.

Infidelidade é bom negócio?
É. Se não fosse, a gente não estaria se expandindo.

E para o usuário?
É uma opção ao divórcio. Se a pessoa está em um casamento de longo prazo e o parceiro perdeu o interesse sexual, ela tem três escolhas: continuar casada numa vida de castidade; um divórcio, dividindo filhos, bens etc. ou procurar sexo em outro lugar. É aí que a gente entra, oferecendo uma maneira mais discreta e segura.

Por que é mais segura?
Ninguém tem acesso às informações pessoais. Quem entra tem que concordar com termos de condições do site.

O que garante que vão cumprir esses termos?
Quando se trata de internet as garantias são sempre muito vagas. Mas a pessoa tem opção de colocar sua foto de forma privada, só vê quem tiver sua permissão. E o nome do site não aparece na fatura do cartão. Temos a opção de pagar em dinheiro, não deixa rastro. E a pessoa não precisa colocar o seu nome para se inscrever. Tem que por idade e sexo, basicamente isso. A gente propõe que a pessoa use um apelido e aconselha a não usar e-mail pessoal, mas criar um e-mail só para isso.

A empresa faz alguma seleção antes de aceitar o cadastro?
Mulheres se cadastram gratuitamente, homens têm que pagar uma taxa. Não podem entrar em contato com as mulheres se não tiverem esse engajamento pessoal.

Engajamento pessoal?
É. Essa tarifinha inicial [R$ 60]. Para mulheres é 100% grátis. Isso porque elas precisam de vínculo afetivo e podem construir isso no site.

Mas o texto de divulgação do seu site diz que o seu diferencial é exatamente reunir pessoas que querem ter casos sem criar vínculos.
O que queremos dizer com isso é não criar vínculo com pessoas que estão no mesmo meio social.

Por que os interessados em se cadastrar confiariam no site?
O nosso slogan é ser uma empresa segura. A ética de nossa equipe é muito grande.

Quais os valores éticos do site?
Nosso ponto principal é a fidelidade...

O quê?
Quer dizer, a privacidade.

Você é capaz de trair?
Eu trairia meu marido para continuar casada com ele.

Seu marido te perdoaria?
Eu conto com isso.
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/941971-site-para-traicao-e-lancado-no-brasil.shtml

ZOOFILIA - PM flagra homem fazendo sexo com cadela em Ji-Paraná

Publicada em 12/07/2011 - 08:10 / Autor: Comando190
ZOOFILIA - PM flagra homem fazendo sexo com cadela em Ji-Paraná
Diante da situação, o homem recebeu voz de prisão

O fato, um tanto quanto inusitado, ocorreu hoje (11), por volta das 14h00, na Rua Raimundo Ferreira, no bairro Urupá, na cidade de Ji-Paraná. De acordo com o BOP nº 1812/2011, a Central de Operações recebeu várias ligações informando que um homem estava escondido dentro de uma casa abandonada, fazendo sexo com uma cachorrinha.

De imediato a guarnição composta pelo SGT Jardim e SD PM Martins, foi acionada e ao chegar na tal residência, se deparou com um homem, identificado como Aldemir Ferreira de Araújo, 57 anos, escondido em um dos cômodos da casa, totalmente despido. Neste momento, os policiais notaram que o sujeito segurava uma cachorrinha, de cor preta, no colo.

Diante da situação, o homem recebeu voz de prisão e foi conduzido até a 1ª Delegacia de Polícia. Já a “VÍTIMA”, que não tem dono, foi entregue no Centro de Controle de Zoonoses de Ji-Paraná, onde receberá cuidados do veterinário.

Aldemir Ferreira confessou aos policiais que esta não é a 1ª vez que tenta manter relações sexuais com a cachorrinha, mas que nunca conseguiu consumar tal ato. Ele também informou que é universitário e que atualmente está trabalhando em um projeto em uma Escola Estadual de Ji-Paraná.

Matéria: comando190.com.br/FLS
Fotos/Celular: Willian David
http://www.rondoniadinamica.com/arquivo/zoofilia--pm-flagra-homem-fazendo-sexo-com-cadela-em-ji-parana-,27104.shtml

Crimes de ódio homofóbico em ascensão no mundo

Crimes de ódio homofóbico em ascensão no mundo

17/5/2011 11:12, Por Rádio ONU

Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos faz alerta por ocasião do Dia Internacional Contra a Homofobia e Transfobia.

Preconceito maior no Brasil

Yara Costa, da Rádio Onu em Nova York.

Os crimes de ódio contra lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros estão subindo em todo o mundo. A declaração foi feita pela Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, nesta terça-feira, em que se celebra o Dia Internacional Contra a Homofobia e Transfobia.

Brasil

Segundo ela, as estatísticas indicam que os crimes de ódio homofóbico “aumentaram em muitas partes do mundo, de Nova York para o Brasil e Honduras para África do Sul.”
Pillay fez um apelo aos governos para que trabalhem mais para eliminar a discriminação e o preconceito baseado em orientação sexual ou identidade de gênero.

Preconceito

Numa mensagem vídeo por ocasião da data, Pillay disse que a homofobia e a transfobia não são diferentes do sexismo, racismo ou xenofobia.

Ela disse “que enquanto essas últimas formas de preconceito são universalmente condenadas pelos governos, a homofobia e a transfobia são muitas vezes esquecidas”.

Homossexualidade

Em mais de 70 países, a homossexualidade ainda é uma ofensa criminal. No entanto, a Alta Comissária disse que a homossexualidade tem estado presente em todas as sociedades ao longo da história humana.

Ela acrescentou que as normas internacionais de direitos humanos já incorporaram o princípio de que ninguém deveria sofrer discriminação em função da sua sexualidade ou identidade de gênero.

Unaids

Em outra mensagem, o diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV /Aids, Unaids, disse que o estigma e a discriminação enfrentados por muitas lésbicas, gays, bissexuais ou transgêneros estava prejudicando uma resposta eficaz para a doença.

“A resposta à Aids tem mostrado que quando as pessoas são estigmatizadas devido à sua orientação sexual ou identidade de gênero, elas são menos propensas a ter acesso aos serviços de HIV que precisam”, disse Michel Sidibé.

Sidibé pediu aos governos que criem ambientes sociais e legais que assegurem o respeito pelos direitos humanos e acesso universal à prevenção, tratamento e apoio.
http://correiodobrasil.com.br/crimes-de-odio-homofobico-em-ascensao-no-mundo/240937/

Apesar de avanços, homossexualidade ainda é tabu em escolas

Apesar de avanços, homossexualidade ainda é tabu em escolas
10/7/2011 7:16, Por Rede Brasil Atual
Por: Luiz Braz, da Rede Brasil Atual
São Paulo -Mesmo com avanços em relação ao respeito à orientação sexual, a homossexualidade continua sendo tabu ou uma questão difícil para ser tocada em espaços como a escola. De acordo com professores ouvidos pela Rede Brasil Atual, a forma como os educadores lidam com os comportamentos homofóbicos dos alunos é determinante para evitar episódios de preconceito e violência.

Manifestações preconceituosas e de intolerância continuam a ocorrer com frequência, especialmente entre adolescentes. A dificuldade em debater o assunto em sala de aula levou o Ministério daEducação (MEC) e a Organização das Nações Unidas para a Educação,Ciência e Cultura (Unesco) a formularem um kitpara instruir professores e alunos sobre sexualidade. Mas a iniciativa enfrenta sérias resistências para seguir adiante.

Apesar de atiragem prevista inicialmente ser de apenas 6 mil exemplares – opaís tem 51,5 milhões de estudantes em escolas públicas – areação foi grande. A contracampanha incluiu parlamentares dabancada evangélica do Congresso Nacional e alcançou tal dimensãoque a presidenta Dilma Rousseff decidiu intervir e deixar o materialde lado.

Para a professora de escolapública de Suzano, município da região metropolitana de São Paulo, Andréia Calçada, a postura doprofessor e a forma de abordagem são as melhores ferramentas para adiscussão do assunto em sala de aula. “A escola é um lugar onde acriança forma seu caráter, tem um papel decisivo na formação doaluno”, destaca. Ela acredita que tratar em sala de aula que homossexualidade não é doença nem algo anormal favorece que a criança assimile a importância da tolerância com naturalidade.”A escola tem o dever de promover a diversidade no dia a dia, e nãosó quando alguma coisa acontece.”

A mestre em educação Elisabete Oliveira lembra que não é difícil encontrar professores que, por despreparo, protagonizam atitudes homofóbicas. Em outros casos, pode-se exagerar na dose na hora de tentar conter o preconceito. “Existem professores que lavam aboca do aluno com sabão como forma de punição, por algumabrincadeira ingênua. Mas como você vai saber se, com quatro ou cinco anos, acriança tem a orientação sexual definida?”

Em maio deste ano, a reação de uma professora na Bahia ganhou projeção nacional. A vice-diretora de uma unidade estadual suspendeu um aluno por dois dias por tê-lo visto mexendo no cabelo de outro menino. O gesto da criança foi entendido por ela como “indecência” e “ousadia”. A vice-diretora recomendou ainda “atenção” à mãe do menino, que decidiu prestar queixa à Secretaria Estadual de Educação. O órgão decidiu exonerar a vice-diretora por considerar que a conduta foi inadequada.

Novo momento

A decisãodo Supremo Tribunal Federal de validar os direitos de casaishomossexuais à união civil estável, em junho deste ano, e aretomada, no Congresso Nacional, da discussão do projeto de lei122/2006, que prevê a criminalização de atos homofóbicos, acentuam a necessidade de levar o tema aos bancos escolares.

Na análise da professora Cecília Rolim, coordenadora de escola, o debate sobre a homossexualidade deveria ocorrer no início da adolescência. “Tudo tem a sua hora, onde uma criança de quatro, cinco anos vaientender isso? Existem assuntos que você pode falar a partir damaturidade do aluno. Com oito, nove anos ela pode já começar acompreender o assunto.”

Longe derepresentar “risco” de crianças se “transformarem” em homossexuais, como alega a bancada religiosa no Congresso, a discussão do tema nas escolas ajuda a refletir sobre tolerância. Para Elisabete Oliveira, a sociedade ainda é bastante preconceituosa comos homossexuais. Brincadeiras de mau gosto são frequentes, sejano cotidiano escolar da criança, seja em casa. “A nossa sociedadesempre foi diversa e plural, mas a maneira que você lida comessa diversidade vem mudando ao longo da história, iniciativas como adecisão do STF e a cartilha anti-homofobia, oriundas demovimentos sociais e do poder público devem perpetuar movimentos afavor da diversidade”.

Leia também:
‘Aceitar ainda é difícil, mas respeito é fundamental’, diz Toni ReisGoverno recua em temas de direitos humanos diante do avanço conservador Dilma pode ter se baseado em “kit errado” ao vetar cartilha contra homofobiaAssociação LGBT entrega 100 mil assinaturas a favor do projeto que criminaliza a homofobiaBrasil tem 60 mil casais homoafetivos, diz Censo 2010Julgamento no STF sobre união homoafetiva é aguardado com otimismo
http://correiodobrasil.com.br/apesar-de-avancos-homossexualidade-ainda-e-tabu-em-escolas/266773/