quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Estudo mostra que a homofobia envolve relação de medo

- Estudo mostra que a homofobia envolve relação de medo
Sex, 21/01/2011 - 09h20 - Amor e Sexo postar comentário
Um estudo feito pelo Departamento de Psicobiologia da UNIFESP apontou que o preconceito contra homossexuais pode estar baseado em sentimentos de baixa dominância, como medo e vergonha, indicando que a homofobia seria um comportamento defensivo.
Os resultados sugerem que, diante de um grupo com orientação sexual diferente, as pessoas tendem a ficar mais acuadas ou receosas, indicando que esses sentimentos devem ter maior influência no preconceito do que o ódio propriamente dito.
Realizado pela pesquisadora Cristina Lasaitis, o estudo, tema de dissertação de mestrado, analisou as emoções envolvidas no tabu da homossexualidade e comparou as diferenças entre grupos de voluntários com diferentes níveis de preconceito: homo e bissexuais, heterossexuais sem preconceito e heterossexuais que se declararam preconceituosos. Para isso, foram avaliados 39 voluntários, sendo 9 homens heterossexuais e 9 gays ou bissexuais, 10 mulheres heterossexuais e 11 lésbicas ou bissexuais. Os voluntários foram recrutados mediante o preenchimento de um questionário que avaliava, entre diversos assuntos, o seu nível de preconceito.
O experimento foi realizado individualmente em uma sala onde cada voluntário assistia a uma apresentação de 40 imagens de diversos tipos, como de casais hétero e homossexuais em cenas eróticas e fotos sem cunho sexual, como de animais e paisagens. O voluntário relatava o que sentia perante cada imagem através de uma escala que media os níveis de prazer, alerta e dominância e durante a exibição das imagens eram tomadas medidas fisiológicas, como suor das mãos, temperatura e movimento dos músculos faciais. "Essas medidas eram uma observação direta daquilo que os voluntários declararam nas escalas de emoção. Por exemplo, o suor das mão sem excesso indicava um alto nível de alerta perante a imagem apresentada.", explica Cristina.
Através das medições, a pesquisa apontou que os homens heterossexuais se sentiram incomodados ao verem especificamente imagens de casais gays. Em contrapartida, as mulheres heterossexuais mostraram desagrado moderado frente a imagens de casais homossexuais, independentemente se fossem de gays ou de lésbicas. Já os voluntários homo e bissexuais apresentaram níveis de prazer altos e semelhantes para imagens dos três tipos de casais.
http://vilamulher.terra.com.br/estudo-mostra-que-a-homofobia-envolve-relacao-de-medo-3-1-31-474.html

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Livro sobre educação sexual gera polémica no Paquistão - Sol

11de Janeiro, 2011
Um livro cujo objectivo é educar os jovens muçulmanos para a sexualidade sem desrespeitar a doutrina islâmica está a causar polémica no Paquistão.
A obra, cujo título inglês é Educação Sexual para Muçulmanos, foi escrita por um psiquiatra de 81 anos.
Mobin Akhtar escreveu o livro porque considera que a ausência de discussão sobre sexo no Paquistão tem sérias consequências no país.
Conta que no exercício da sua profissão percebeu que os «adolescentes alcançam a puberdade não percebem as mudanças que acontecem no seu corpo e que não têm ninguém que lhas explique», por isso «encaram as transformações como uma doença ou como um pecado, entram em depressão e muitos cometem suicídio».
Na conservadora cultura paquistanesa, o assunto não é considerado apropriado e falar sobre o tema é visto como algo que poderia encorajar comportamentos «não islâmicos».
Mobin Akhtar conta que recebeu «ameaças» e que até outros médicos o acusaram «de agir como uma ovelha negra, um charlatão». Houve um político de uma província que o arrastou ao seu escritório e o acusou de estar a encorajar a pornografia.
A BBC avança, que o autor tem tido dificuldades em encontrar livrarias dispostas a vender a obra e jornais dispostos a publicitá-la.
O médico lamenta a reacção pois considera que «a ignorância sobre temas sexuais está a provocar sofrimento desnecessário em muitos dos nossos jovens».
Akhtar explica que, no Paquistão, mesmo a maior parte dos médicos não discute temas sexuais e que tanto pais como professores evitam o assunto por o acharem constrangedor.
Os ensinamentos do livro vêm acompanhados por citações do profeta Maomé e do Alcorão. E o autor explica que quando começou «a estudar o que o Alcorão, a lei islâmica e os clérigos dizem sobre o sexo», descobriu que «há muita discussão sobre tema no Islão».
Avança que «existem explicações de Maomé sobre temas sexuais e fontes históricas revelam que ele respondeu a perguntas detalhadas sobre o assunto, tanto a homens quanto de mulheres».
Entre as citações do Alcorão incluídas no livro está a seguinte: «podes ter relações sexuais com as tuas esposas nas noites do mês do jejum. Elas tão íntimas para ti como as tuas próprias roupas».
Muitos paquistaneses acharam o livro do médico desagradável. E nem a mudança do título de Educação Sexual para Muçulmanos para Problemas Especiais para Jovens conseguiu aplacar os ânimos mais exaltados.
SOL
http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=8983

Denúncias de abusos a meninos aumentam em Ribeirão Preto

Sábado, 15 de Janeiro de 2011 - 21h37
Crianças desenvolvem traumas mesmo que apenas presenciem violência em família; mãe deve ficar atenta
Geórgia Rodrigues
O número de abusos sexuais cometidos contra meninos aumentou nos meses de novembro e dezembro de 2010, em Ribeirão Preto. De 30 casos registrados, 13 foram contra os garotos. A média era de dois casos com vítimas do sexo masculino.
A dificuldade para falar sobre sentimentos ainda constrange os meninos. Raramente eles procuram ajuda para falar dos abusos que sofrem. O silêncio prejudica o tratamento e a identificação dos agressores. Para a coordenadora do Sentinela, Maria das Graças Rovério José, esse cenário apenas começa a mudar quando o tema é amplamente discutido na família, pelos veículos de comunicação e pela sociedade.
"Observamos uma quebra de paradigmas. Quanto mais debatemos, mais chance temos de cuidar dos casos. Os meninos têm falado mais sobre assuntos sentimentais", afirma.
Nos últimos meses, a novela da Globo "Passione" trouxe o tema à tona. O personagem Gerson, piloto de corridas de classe alta, agia de modo estranho quando o tema era sexo. Abusado pela babá na infância, começou precocemente a ter relações sexuais e passou a enfrentar problemas.
"Alguns meninos não ficam com sequelas psicológicas, mas cada um desenvolve o próprio aprendizado e muitas vezes os abusos determinam o modo como o adulto vai encarar o sexo", afirma o psiquiatra Ericson Furtado, do HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão.
No serviço do HC que atende problemas idênticos, as vítimas são encaminhadas após muitos abusos. É justamente quando a agressividade do menino começa a assustar a família. A temática sexual se manifesta em gestos com brinquedos, animais de estimação e interesse por assuntos do mundo adulto.
Com apenas 5 anos, um menino criado no ambiente rural descobriu da pior maneira a sexualidade. Induzido a participar de brincadeiras entre primos mais velhos, foi abusado ao longo de anos. Nunca teve coragem de pedir ajuda, por vergonha e timidez. No início da adolescência, quando entendeu o que havia sofrido, não conseguiu lidar com os próprios sentimentos. Somente ao passar dos 30 anos conseguiu buscar ajuda.
Furtado afirma que o caso é bastante comum. "Em pacientes psiquiátricos adultos, é muito frequente encontrar relatos de abuso", diz ele.
Em outro caso, um menino foi forçado por um parente a praticar sexo, mas sem agressão. Isso porque a pressão costuma ser mais psicológica, com ameaças a familiares ou chantagem emocional.
http://www.jornalacidade.com.br/editorias/cidades/2011/01/15/denuncias-de-abusos-a-meninos-aumentam-em-ribeirao-preto.html

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

- FMABC (SP) abre terapia sexual para mulheres

- FMABC abre terapia para mulheres
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011 7:00
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
Não são só os homens que podem sofrer com a disfunção sexual. Mulheres que geralmente têm ausência de orgasmo, vaginismo (contração involuntária dos músculos próximos da vagina) e dor na relação com o parceiro podem procurar auxílio e se inscrever a partir de hoje para o novo grupo de terapia que acontece na FMABC (Faculdade de Medicina da Fundação do ABC) a partir de fevereiro.
A insatisfação sexual pode estar relacionada com uso de remédios, mau relacionamento afetivo com o companheiro, falta de fantasias eróticas e não conhecimento do próprio corpo. Em geral, o perfil das pacientes é de poder econômico reduzido e baixa autoestima. O grupo de terapia foi implantado há dez anos na faculdade. "No início elas reclamavam que não tinham orgasmo, e hoje o que mais encontramos são mulheres que dizem não sentir desejo pelo parceiro. Isso pode acontecer por consequência de problemas afetivos. Ninguém vai beijar uma boca que acabou de te xingar", explicou uma das profissionais da atividade, a psicóloga e terapeuta sexual Amazonita Esashika.
A especialista defende a descoberta do próprio corpo como fator fundamental de um bom resultado após a relação sexual. "Para termos intimidade com o outro precisamos, antes de tudo, ter intimidade conosco", justifica.
Durante as reuniões, profissionais ensinam como exercitar o órgão sexual e por vezes conversam individualmente com cada paciente. Segundo a especialista, as mulheres perdem a vergonha de expor a sua dificuldade nas reuniões. "Acho que é porque a mídia fala muito de sexualidade. Por isso, elas vêm dispostas a resolver o problema", opina. EM
O grupo é formado por até 15 mulheres, que frequentam 20 sessões em até seis meses. As reuniões acontecem às segundas-feiras. Dependendo da avaliação dos profissionais, a mulher pode ou não ser incluída no próximo grupo.
O serviço gratuito integra o setor de Saúde e Medicina Sexual do Ambulatório de Ginecologia da FMABC e tem caráter multidisciplinar. A equipe é formada por médico ginecologista, psicólogos, fisioterapeuta do assoalho pélvico e por uma feminologista. As interessadas precisam ter disponibilidade de horário, pois as terapias ocorrem no período da manhã, das 10h às 12h, no Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia do campus da FMABC, em Santo André.
As inscrições para a triagem das interessadas podem ser feitas até dia 28 pelo telefone 4993-7227 ou por meio de encaminhamento de ginecologistas dos postos de saúde do Grande ABC
http://www.dgabc.com.br/News/5851391/fmabc-abre-terapia-para-mulheres.aspx

Pesquisa: homossexualidade é definida na gestação

Pesquisa: homossexualidade é definida na gestação
por Uol

(19/07/2010 12:07)

Em que momento da vida uma pessoa se torna homossexual? Durante a gestação, na infância ou adolescência? E o que define a sexualidade humana? Fatores genéticos ou sociais? Essas questões sempre geraram muita discordância entre militantes, cientistas e psicanalistas.

Mas, ao menos de acordo com o pesquisador Jacques Balthazar da Universidade de Liège, na Bélgica, nossa orientação sexual é definida quando não passamos de um embrião.

Balthazar acaba de lançar no exterior o livro "Biologia da Homossexualidade", em que afirma que o indivíduo nasce homossexual, não torna-se um.

De acordo com o estudioso, que há 30 anos analisa a relação entre hormônios e comportamento sexual, o histórico genético e as descargas hormonais recebidas quando ainda estamos no ventre são os determinantes para que alguém nasça homo, bi ou heterossexual.
http://www.primeiraedicao.com.br/?pag=brasil_mundo&cod=8686

Jovem baleado diz que violência contra homossexuais é frequente em parque do Rio

Jovem baleado diz que violência contra homossexuais é frequente em parque do Rio
por Folha Online

(16/11/2010 18:54)

A violência contra homossexuais no parque Garota de Ipanema (zona sul do Rio) é frequente. Foi o que contou nesta terça-feira o jovem baleado no local no último domingo (14), após a 15ª Parada do Orgulho Gay, em Copacabana.

Segundo o rapaz, de 19 anos, muitas pessoas o procuraram para relatar casos de agressão no parque.

"A maioria disse que é comum as agressões ali contra gays. O próprio delegado que me atendeu contou que tem policial que vai ali fardado para tirar dinheiro das pessoas", afirmou o rapaz.

A assessoria da Policia Civil não confirmou a informação de que o delegado que atendeu o jovem, Alessandro Thiers, da 14ª DP (Leblon), disse isso.

O estudante contou que assumiu sua homossexualidade aos 12 anos e que nunca havia sofrido preconceito. De acordo com ele, que sempre frequenta a Parada do Orgulho Gay, ainda durante o evento policiais jogavam spray de pimenta contra casais que se beijavam na praia.

"Por mais que as pessoas digam que aceitam, quando veem um casal gay se beijando não gostam", disse.

O estudante disse ter certeza que os três agressores eram militares, apesar de ter enxergado um fundo azul na farda. De acordo com o Comando Militar do Leste, o Exército usa farda camuflada verde.

"Eu posso ter confundido as cores, mas tenho certeza que eles são militares porque falaram que eram do Exército e, quando foram embora, eles saíram pela área que pertence ao Exército, atrás do parque".

AGRESSÃO

O jovem contou que, após a Parada Gay, foi para o parque com dois amigos, por volta das 22h30. Chegando lá, os três homens começaram a pedir identidade e telefone dos cerca de 15 jovens que estavam ali. Segundo o rapaz, a maioria estava namorando, mas ele estava apenas conversando.

"Esses homens chegaram dizendo que a gente não podia ficar ali, pois era uma área militar, e que iam ligar para a polícia. E a partir daí começaram as agressões. Eles deram muitos puxões de cabelo, chutes, xingaram a gente e colocaram a arma na minha cabeça", contou.

"Um deles saiu dizendo que ia buscar um policial e os outros dois ficaram ameaçando a gente, pedindo identidade e telefone. Eles fizeram terror psicológico, ameaçando ligar para nossas famílias e contar o que fazíamos ali. Os que estavam com identidade foram liberados, mas um amigo meu estava sem. Então só nós dois ficamos. Quando eu disse que podiam ligar para os meus pais, pois eles sabem que eu sou homossexual, um deles disse que aquilo era uma pouca vergonha, me jogou no chão e atirou. Depois foram embora", disse o rapaz.

O jovem relatou ainda que havia um policial perto, mas que nada fez.

Após ser baleado, o jovem afirmou que ligou diversas vezes para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas o atendente alegava que se tratava de um trote e se recusou a fazer o atendimento. O jovem disse que andou muito até conseguir ser socorrido.

Nesta semana, ele voltará ao Hospital Miguel Couto para novos exames e, em seguida, fará o reconhecimento dos oficiais, através de fotos.

Em nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que enviou um ofício ao Exército, requisitando a apresentação dos três militares da corporação envolvidos no incidente e também do oficial do dia (do Exército) para prestar depoimento.

http://www.primeiraedicao.com.br/?pag=brasil_mundo&cod=9683