sábado, 19 de fevereiro de 2011

Fique de bem com a vida

Fique de bem com a vida

Viver é muito mais do que comer e morar dignamente. Para viver bem, é essencial atender todas as necessidades do corpo, da mente e do espírito – e isso requer um conjunto de fatores. Sem nos alongarmos nesses itens, podemos destacar que um fator importante do ser humano é o sexo. Não essa banalidade que vemos divulgadas por aí, mas o direito pessoal de ter uma vida saudável nesse quesito.
O psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., do Instituto Paulista de Sexualidade, há 25 anos na profissão e há 14 no comando de sua clínica, trata de questões ligadas à sexualidade, e é referência no País e no exterior sobre o assunto. Prestes a iniciar um grupo de estudo sobre disfunção erétil (veja box no final da entrevista), ele fala sobre sua experiência clínica. Numa casa tranquila, próxima à Avenida Sumaré, Oswaldo nos concedeu esta entrevista.

É difícil falar sobre sexo?
Na verdade, fomos criados para cumprir alguns papéis principalmente relacionados ao trabalho, à vida social, familiar. Relacionamento e sexo, bem, essas são situações para quais nós, humanos, não fomos criados. A gente aprende que temos que casar na frente de todo mundo, fazer a festa e está tudo feito. Problema sexual é diferente de uma dor de dente. A dor de dente faz o paciente ir ao dentista imediatamente. Os problemas sexuais fazem com que as pessoas aguardem de cinco a dez anos antes de procurar a solução para o problema. Então esses homens ou mulheres, mesmo os mais jovens, demoram para procurar um tratamento.

E fica difícil saber o que vai acontecer, né?
Porque sexo é uma coisa da qual a gente não aprende a conversar e a discutir, e isso dificulta muito os casais e aí tem essas outras dificuldades que vão acontecendo. Sexo não adianta pegar um livro, ler e saber o que fazer. A comunicação é o ponto principal. E por isso procuramos resgatar a situação que eles não desenvolveram, não puderam desenvolver, tiveram dificuldades de desenvolver e aí conseguimos fazer alguma coisa, através de um processo de psicoterapia que implica mudar atitude e facilitar os novos comportamentos.

Isso é muito comum entre os casais?
Uma das coisas que a gente percebe é que muitas pessoas, muitos casais precisam de melhorias nas suas vidas sexuais. Algumas pessoas têm queixas específicas sexuais, outras têm queixas um pouco mais nebulosas, e a nossa proposta é fazer atendimento em psicologia, em psicoterapia, em pessoas ou casais que queiram melhorar seu bem-estar sexual, com vistas de melhorar sua vida de forma geral. É muito comum o que a gente chama de inadequação sexual do casal, quer dizer, como o casal se integra sexualmente para que sinta bem com o outro. Muitas vezes temos um casal aqui discutindo e aprendendo a se comunicar de uma forma efetiva e afetiva para que o sexo e o relacionamento a dois possa acontecer.

Quais são as principais queixas?
Atendemos queixas específicas, como, por exemplo, dificuldade de ereção, de controle ejaculatório, falta de ejaculação na relação, dificuldades relacionadas a desejo, diminuição ou excesso, ou desejo descontrolado, ou variações de comportamentos sexuais que às vezes são complicados de serem sustentáveis num casal, ou mesmo socialmente. E mulheres com queixas de orgasmo, com dificuldades de permitir ou ter penetração, dificuldade de lubrificação vaginal, também dificuldade de desejo.

O que fazem os psicólogos?
Nosso papel é ajudar esse período de comunicação, afetivo, fazer com que esse casal aprenda uma comunicação emocional e sempre discutimos questões e técnicas sexuais, as soluções dos próprios problemas específicos que dependem de desenvolvimento e algumas vezes de técnicas, mas são na verdade atitudes que envolvem pensamento, emoção e o próprio comportamento. A técnica atinge só o comportamento, não atinge necessariamente a contribuição e a emoção.

E quem procura mais, casais mais velhos ou casais mais novos?
Olha, ao longo de 25 anos atendendo, tem uma variação de coisas. Por exemplo, no final da década de 1980 e começo de 1990, existiam muitos homens sozinhos que procuravam tratamento porque houve uma grande divulgação das questões masculinas. Antes, na década de 1970 e começo de 1980, existia muita divulgação das questões dos problemas femininos, através das revistas femininas. Então, no final da década de 1980, começaram a aparecer muitos homens sozinhos, que diziam ter um problema e queriam resolver para chegar em casa já resolvidos. Depois ficou mais comum recebermos pessoas mais velhas e depois começaram aparecer pessoas mais novas por causas dessas pílulas. No Brasil, aconteceu um fenômeno interessante, diferente dos Estados Unidos ou alguns países europeus, onde essas pílulas são compradas por pessoas mais velhas de uma maneira mais coerente.

Fale um pouco sobre esses comprimidos.
Muitos homens podem ir até a farmácia e tomar um comprimidinho, por exemplo, para experimentar. Mas eles não percebem que na bula diz que é e necessário ter desejo sexual e é necessário ter ambiente erótico, ou seja, na verdade dependemos da nossa parceira. É verdade que essas pílulas funcionam e ajudam até mesmo quanto aos estímulos físicos, se não houver nada errado. O que aconteceu no Brasil na última década? Muitos jovens passaram a experimentar as pílulas e perceberam que elas não funcionavam. Aí veio a sensação maior de carga de culpa.

Então nem todos tinham problemas?
Sim, alguns não tinham o problema e agora passaram a ter! Começou a acontecer de casais jovens estarem chegando até aqui. Atendemos até adolescentes. Alguns com 15, 16 ou 17 anos chegam aqui trazidos pelos seus pais, inclusive, que marcam consulta dizendo ‘nosso filho está com problemas, descobrimos que ele está com impotência’. Uau! Se os pais já estão sabendo, vamos lembrar que a intimidade e a privacidade já se tornaram pública, então, para esse adolescente, se torna mais um problema.

A maioria que vem aqui tem um relacionamento estável?
É, 80% deles vêm porque tem um relacionamento estável, mas ainda tem uma porcentagem que vem sozinha. Tem gente que chega aqui até com 40 anos de idade e diz não ter tido nenhuma relação sexual, não ter namorada. No entanto, há muitos casais que procuram porque começaram a perceber, até mesmo pela discussão mais pública, que sexo se faz a dois. Quando ele vem sozinho, a primeira coisa que fazemos é perguntar pela parceira, porque vai chegar um momento em que a parceira vai precisar estar presente. Existe a questão individual que precisa ser tratada por psicoterapia – os medos, as dificuldades de comunicação –, mas existem momentos que a parceria precisa estar lá, é necessário troca.

Isso quer dizer que o casamento está em alta?
Não sei te dizer, mas existe uma coisa na nossa cultura que valoriza o casal. Uma coisa importante: homens solteiros morrem mais cedo, de 10 a 15 anos antes que os casados! Você sabe, os homens ainda acreditam que viver sozinhos e solteiros seja um glamour porque saem com qualquer uma, mas isso é mentira. Estatisticamente, os casados fazem mais sexo. Porque os solteiros não saem todo dia para fazer sexo. Então são fantasias mesmo.

Até o dia 14 de dezembro o Instituto Paulista de Sexualidade estará recebendo inscrições para a participação gratuita no Grupo de Tratamento para Disfunção Erétil.
A disfunção erétil é conhecida pela dificuldade ou incapacidade de obter ereção suficiente para relação sexual, dificuldade que pode agravar diversas outras áreas da vida social e pessoal do indivíduo, tais como baixa autoestima, ansiedade, depressão, sentimentos de culpa e prováveis desencontros conjugais. O tratamento será feito em consultas semanais de 90 minutos, às segundas-feiras, com início dia 4 de janeiro de 2010, para um grupo de 15 homens, no máximo. O tratamento é grátis e terá duração de oito meses.
O estudo será conduzido por psicólogos da clínica. Para maiores informações, telefone 3662-3139 ou e-mail inpasex@uol.com.br.

Fonte : Portal Tudoeste - 29/09/2009
http://www.tudoeste.com.br/?DS=ttl_fique-de-bem-com-a-vida|Pub_7|smfr_3|CodArt_8614

Transar faz bem para a saúde?

Transar faz bem para a saúde?
2/4/11
Faz bem, sim. Apesar da energia que o nosso corpo gasta com o ato sexual, com a produção de espermatozóides e com o ciclo reprodutivo da mulher, o investimento compensa. Do ponto de vista evolutivo, pode-se dizer que só transamos porque o sexo faz bem. De acordo com o psicólogo John Tooby, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, a reprodução sexuada só existe na espécie humana - e em várias outras - porque garante a nossa sobrevivência. Se não trocássemos genes uns com os outros, seríamos um prato cheio para os micróbios, entre outras ameaças. A variação genética impede que uma doença causada por um único vírus, por exemplo, acabe com toda a raça humana. Se transar traz benefícios, ficar só na vontade por muito tempo pode prejudicar a saúde. "A falta de sexo traz conseqüências para o homem. Ocorre um efeito conhecido como blue balls, no qual os testículos ficam doloridos devido ao acúmulo de líquidos. E, se a abstinência não for um ato deliberado, também pode trazer efeitos psicológicos negativos, como depressão e ansiedade", afirma o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., diretor do Instituto Paulista de Sexualidade. Já o excesso de rala-e-rola não chega a fazer mal. "Só há problema quando isso se torna o foco das ações no cotidiano", afirma a psicóloga Iracema Teixeira, da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana. Agora que você já sabe que o sexo é um remédio natural e prazeroso, só não vá esquecer de se proteger contra doenças sexualmente transmissíveis e contra uma gravidez indesejada.
Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/saude/pergunta_286996.shtml

O que dizer? não se pode discutir com os fatos..
http://www.fotolog.com.br/stormcrow/85221418

Incesto: imoral? ilegal?

Incesto: imoral? ilegal?
O incesto é uma prática comum e pode trazer consequencias ruins aos adolescentes.
(01/02/2011, às 13:27:07)
Há alguns meses, recebi um email de um adolescente, hoje com uns 17 anos, contando que mantinha um caso afetivo-sexual com sua mãe, jovem ainda, perto de seus 40 anos. O email era breve e não me trazia muitos detalhes dessa relação.
Foi o suficiente para eu questionar essa relação, os porquês e as conseqüências. Eu respondi ao seu email, mas nunca obtive nenhum retorno com relação às minhas palavras. Talvez tenha sido dura com essa mãe, sem nem conhecer a sua história. Gostaria de saber a opinião dos meus leitores a respeito desse tema tão complicado.
No Brasil, essa prática sexual, digamos assim, imoral, é chamada de incesto. O abuso sexual contra crianças e adolescentes é um dos segredos de família mais bem guardados, sendo considerado o delito menos notificado. Ao contrário do que se imagina, é um dos crimes mais democráticos. Atinge as famílias de todas as classes sociais e níveis culturais. É um delito que nem nome tem, pois não se encontra tipificado no Código Penal.
Quando lidamos com pacientes psiquiátricos, ou com problemas psicológicos é comum em seus relatos histórias de abusos (sexual e/ou moral) justamente por pessoas com quem possuíam laços afetivo-familiares e isso de alguma forma trouxe traumas ou dificuldades em algum aspecto de suas vidas.
Várias circunstâncias ocorrem para que a criança/adolescente participe da relação incestuosa; o desejo de conquistar o afeto do agressor; pouca resistência às iniciativas incestuosas; o sentimento de prazer obtido pelas atividades sexuais incestuosas; o sentimento de repulsa; o segredo ansioso sobre o incesto; culpa desmensurada.
Quando pensamos na relação mãe-filho, pensamos numa relação de segurança, apoio, educação, valores, afeto. Na nossa cultura, o papel da mãe é esse: dar suporte e estrutura para educar um filho possibilitando que esse, ao se tornar um adulto, possa ter autonomia, independência, valores bons para seguir sua vida, de certa forma, independente de seus pais.
Culturalmente, os pais são os principais referencias do que é certo e do que é errado. São os responsáveis em impor limites, em educar, em proteger... Enfim, são eles os nossos modelos, de amor, de comportamento. São os principais responsáveis pela privacidade do nosso corpo e que essa relação incestuosa não aconteça. De certa forma, existe uma traição da confiança depositada pela criança/adolescente no agressor.
Oswaldo Rodrigues afirma que “relações entre pais e filhas são mais comuns e causam traumas violentos nas meninas. Geralmente, as relações e as atividades sexuais que envolvem o adulto mulher e a criança/jovem menino não tendem a ser consideradas na memória com cunho negativo. Estas memórias são lembradas e mantidas positivamente.” Não existem muitos registros de tais práticas.
Se me permitem, vou colocar alguns questionamentos, não pela relação incestuosa por si só, mas pela relação mãe e filho como um todo.
1) Trata-se de um adolescente. Essa relação pode ter se iniciado enquanto ele ainda era criança. No Brasil, qualquer relação de caráter sexual com crianças menores de 14 anos é crime.
2) O que importa é que talvez o papel de mãe tenha sido abalado quando ela assumiu o de mulher. São papéis diferentes, não concordam comigo? Como impor limites ou regras para alguém que você elege como parceiro?
3) Fico me questionando quais os referenciais (pai/mãe) que ele tem. Qual o papel que essa mãe exerce em sua vida? Como ficarão seus relacionamentos futuros? Será que ele vai conseguir ter um relacionamento saudável com uma parceira? E se essa parceira vier a engravidar? E se esse filho for um menino? Será se ele vai sentir ciúmes da relação mãe-filho? E se for uma menina? Será uma vítima também?
4) Se essa mãe permitiu que isso acontecesse o que mais ela negligenciou em sua educação? Se isso pode, o que não pode? O que mais pode? O que é certo e o que é errado?
5) O que é amor de mãe pra ele? E amor de namorada?
6) Ele se sente culpado por viver essa relação? Ele se sente bem? Se sente feliz?
7) Raramente ocorre imposição de força nas relações incestuosas, mas a ameaça de punição paira sobre a relação. O fato de não vir associada à violência física não significa dizer que não é uma violência, pois a criança/adolescente pode não ter maturidade suficiente para vivenciar tais experiências.
Eu tinha um professor que dizia que abusadores geralmente tinham história de abuso na infância, então, é possível que essa mãe tenha sido uma vítima também.
Em nossa cultura, o incesto ocorre em famílias perturbadas, nas quais os integrantes apresentam algum tipo de comprometimento psicológico. Tais comprometimentos induzem-nos à invasão do outro, sobrepondo-se por imposição de poder, não aceitando os limites individuais do outro, suas necessidades e desejos, não permitindo seu crescimento de modo sadio, psicológica e socialmente adequados.
Abraços!
Bibliografia consultada:
RODRIGUES JR., Oswaldo M. Objetos do Desejo: das variações sexuais, perversões e desvios. 2ª Ed. São Paulo: Iglu, 2000.
http://www.lexuniversal.com/pt/articles/1185
http://www.cedeca.org.br/tiraduvida.php

http://www.acessepiaui.com.br/sexualidade/incesto-imoral-ilegal/10324.html

O baixo QI da traição

Folha Universal - Matéria de Capa
O baixo QI da traição

Por Andrea Dip
andrea.dip@folhauniversal.com.br

Pesquisa associa a infidelidade à baixa inteligência e causa polêmica entre estudiosos que apontam outros motivos para essa atitude que provoca sofrimento e desagregação

Homens que traem são menos inteligentes. É o que garante um estudo divulgado recentemente por uma das mais respeitadas escolas de economia e ciências políticas do mundo, a London School of Economics. Para chegar a essa conclusão, foram cruzados dados de duas grandes pesquisas norte-americanas que avaliaram atitudes sociais e quociente de inteligência (QI) de milhares de adolescentes e adultos.

Assim se percebeu que as pessoas que acreditam na importância da fidelidade para uma relação têm QI mais alto. Outra conclusão da pesquisa é que assumir uma relação de exclusividade é uma novidade na evolução da espécie humana, e que homens inteligentes são mais propensos a adotar novas ideias.

Quanto às mulheres, o estudo mostra que a fidelidade não está ligada ao QI porque elas sempre foram relativamente monogâmicas.

A pesquisa animou mulheres do mundo inteiro, mas grande parte dos especialistas tem outra leitura sobre os resultados: “Os testes de QI foram desenvolvidos para designar uma capacidade de aprendizagem masculina e são mais ligados a um raciocínio matemático.

Hoje sabemos que há vários tipos de inteligência, tanto que algumas pessoas se destacam mais nas áreas humanas e outras nas exatas”, explica Oswaldo Rodrigues Jr, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade.

“Há também a inteligência emocional, que é diferente das outras. Então é preciso, em primeiro lugar, saber que metodologia foi utilizada nestes testes”, acrescenta. Outra que discorda é a antropóloga Mirian Goldenberg, que estuda temas relacionados à traição há mais de 20 anos e já lançou diversos livros sobre o assunto (veja entrevista abaixo): “Acho que não é possível generalizar. Cada um tem seus próprios motivos.

Na minha pesquisa, 60% dos homens traem. Será que 60% dos homens têm o QI baixo? Acho que é um problema mais cultural do que do cérebro”, questiona.

De qualquer maneira, a traição é um assunto que sempre levanta polêmica e assusta quem ama, por ter o poder de transformar a vida do casal em um verdadeiro pesadelo. Foi o que aconteceu com a química Marta*, de 32 anos.

Ela conta que, 2 anos após o casamento e com um filho pequeno, flagrou o marido e a irmã dela namorando na sala de casa. “Fiquei chocada, fora de mim. Eles ainda tiveram a coragem de dizer que não era nada daquilo, que eu estava louca. Após muito insistir acabei arrancando a confissão do meu marido.

Resolvi seguir com o casamento, porque o amava muito, porém disposta a dar o troco.” A traição foi seguida por várias outras, das duas partes. “Eu me sentia vingada, mas isso não acabava com o vazio e a mágoa que tinha dele.

A cada briga, tudo era posto novamente”, lembra. Para justificar as sucessivas escapadas, o marido de Marta jogava a culpa no instinto masculino: “Ele me dizia que me amava e que tinha me traído porque os homens traem mesmo.

E que, no meu caso, eu poderia ter evitado por ser mulher.”mente existirem homens que se dizem naturalmente poligâmicos, eles não são a maioria: “A grande parcela dos homens que traem fazem isso em função de uma crise pessoal ou no casamento. Já a mulher diz trair invariavelmente por vingança ou carência.

” Para a psicóloga Olga Tessari, um passo muito difícil a ser tomado quando a traição é descoberta é tentar entender a própria parcela de culpa. “O mundo cai e a tendência é que a pessoa traída se vitimize, ache que o outro é um crápula e esqueça que, se a relação não está bem, ela também precisa reavaliar sua conduta.”

Recentemente, um dos maiores jogadores de golfe da história, o norte-americano Tiger Woods, viu sua vida desmoronar após confessar publicamente diversos casos extraconjugais.

Woods perdeu importantes patrocínios, a mulher dele, Elin Nordegren, chegou a sair de casa e ele ficou com a imagem – até então impecável – totalmente abalada.

O atleta se desculpou publicamente, dizendo que tinha compulsão por sexo e se internou em uma clínica de reabilitação. Conquistou o perdão de sua mulher, mas ainda não voltou a jogar e alguns prejuízos em sua vida profissional provavelmente serão irreversíveis.

Menos de duas semanas depois de ganhar o Oscar, a atriz Sandra Bullock ficou sabendo que o marido, com quem estava havia 6 anos, a traiu com uma modelo enquanto ela filmava “Um sonho possível”, pelo qual levou o prêmio.

Ela deixou a casa onde moravamOutro caso de traição que passou de uma simples crise conjugal foi o da então esposa do lateral Wayne Bridge, do clube inglês Manchester City, a modelo francesa Vanessa Perroncel, com o zagueiro do Chelsea John Terry.

Os dois jogadores dividiam os gramados pela seleção inglesa e eram amigos próximos. Quando o caso veio à tona, Bridge desistiu de participar da Copa do Mundo de 2010 na África do Sul. Terry, por sua vez, perdeu a braçadeira de capitão da seleção e teve de se esforçar para conquistar o perdão da mulher.

Para não ter de passar pelo sofrimento que uma traição pode causar, a dica dos especialistas aos casais é conversar muito e sempre: “Falar ao outro o que o incomoda e também saber ouvir é essencial para um relacionamento saudável”, adverte Olga Tessari.

“Estabeleçam os limites do relacionamento, acertem o que consideram traição. Porque muitas vezes o que um acredita ser traição não é nada demais para o outro”, acrescenta Rodrigues Jr. E ser feliz, perdoando ou dando um basta, é a primeira regra. “É preciso se respeitar acima de tudo”, finaliza Olga.

*Os nomes foram alterados a pedido dos entrevistados

Eu fui casado duas vezes. Da primeira vez, casei muito novo, aos 19 anos, porque minha namorada, na época com 17, engravidou. Quis ser um cara responsável, cuidar do filho que iria nascer. Mas eu e ela não tínhamos nada em comum.

Logo conheci uma garota que começou a me paquerar descaradamente. Me ligava, pedia para me encontrar. Era divertido estar com ela, tínhamos afinidades, gostávamos das mesmas coisas. Foi a primeira traição.

Me sentia mal, mas me apaixonei. Tanto que larguei a mãe do meu filho para ficar com ela. Casei novamente e fiquei 15 anos com essa pessoa.

Tivemos mais dois filhos e eu permaneci fiel a ela durante os primeiros anos de nossa união. Em determinado momento, ela não queria mais saber de sexo. E de tanto eu perguntar e insistir, ela me disse para procurar outras mulheres e deixá-la em paz. Foi o que fiz. Fiquei com várias e depois soube que ela também me traiu diversas vezes, inclusive com amigos nossos. É claro que não deu certo.

Depois de tantos anos nos separamos e fui viver a vida de solteiro. O tempo passou e eu conheci minha atual esposa. Estamos juntos há 5 anos e nunca pensei em traí-la. Nos damos bem, namoramos, conversamos e nos divertimos juntos. Acho que o homem trai quando falta alguma coisa no relacionamento. Mas eu aprendi que o medo de ser descoberto e o ciúme que a traição causa não valem a pena. Se não está bom, o melhor é terminar e cada um ir para o seu lado. Talvez as circunstâncias da vida tenham aumentado o meu QI.
Traidor arrependido
http://folha.arcauniversal.com.br/integra.jsp?codcanal=981&cod=148852&edicao=938

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O prazer em suas mãos - Superinteressante

O prazer em suas mãos
De pecado mortal e praga anti-social, nos últimos50 anos, a masturbação passou a ser aceita como uma prática natural e saudável. Por que, então, ainda somos cheios de dedos para tocar no assunto?
por Marcos Nogueira
Hora do recreio. Em um canto do pátio, três meninos de 11 anos tentam se esquivar dos olhares dos outros. Eles riem, cochicham e não percebem a aproximação de um garoto nos seus 15 anos. Flagradas, as crianças ruborizam. Escondem precariamente o motivo da reunião secreta, uma revista de mulheres nuas. O rapaz mais velho percebe o constrangimento. Escondendo o sorriso, assume um ar paternal e diz ao trio:
– Vocês sabiam que isso dá pêlo na palma da mão?
Os três meninos se entreolham e trocam risadas nervosas até que um deles, quase sem perceber, fixa o olhar na palma da mão direita. Era a deixa de que os outros precisavam. Sob a liderança do adolescente, começa um espetáculo de humilhação pública do jovem masturbador. Ele não tem nada a fazer senão engolir as gargalhadas de toda a escola e torcer – em vão – para que no dia seguinte os colegas já tenham apagado o episódio da memória. Até ingressar na faculdade, o garoto será conhecido pelo apelido “Mãozinha”.
A cena acima é fictícia e exagerada, mas não impossível. Os mitos sobre a masturbação estão enfraquecidos, porém ainda não caíram. Até o século 19, a lenda da mão cabeluda tinha o aval da comunidade médica. E esse era um dos “efeito colaterais” mais brandos que se atribuíam ao sexo solitário. A lista de doenças masturbatórias era imensa: tuberculose, loucura, cegueira, anemia, envelhecimento precoce, calvície e epilepsia são apenas algumas delas. A invalidez e a morte eram o destino de quem ousasse tocar a si próprio.
Culpe Onã. Na narrativa bíblica, o personagem é fulminado por Deus como castigo pelo delito de “derramar a semente no chão”. O texto não diz se Onã era um masturbador ou não (seu pecado mais provável foi o coito interrompido), mas a parábola é clara: sexo deve servir só para procriação. E não há prática sexual menos procriativa que a masturbação. Eis por que Onã, o anti-herói do Gênesis, se tornou substantivo comum – onanismo e onanista ainda são termos usados para designar, respectivamente, a masturbação e o masturbador. Pode olhar no Aurélio.
O mito de Onã reflete a conduta dos judeus de 4 mil anos atrás. Ocorre que, no que se refere à sexualidade, elas mudaram relativamente pouco até o 17º século da era cristã – não é por acaso que se fala tanto na tal moral judaico-cristã. Foi somente no século 18 que o pensamento religioso começou a ser substituído por uma visão de mundo mais racional e científica. Seria de se intuir que essa guinada aliviasse a barra dos masturbadores. Mas não foi bem assim.
Na opinião do historiador americano Thomas Laqueur, da Universidade da Califórnia em Berkeley, aconteceu justamente o oposto. Segundo ele, o monstro da culpa nasceu na modernidade. “É uma criatura do Iluminismo”, escreve Laqueur no livro Solitary Sex – A Cultural History of Masturbation (“Sexo Solitário – Uma História Cultural da Masturbação”, inédito no Brasil). Com a religião de fora, já não bastava uma ordem divina para reprimir um ato socialmente abominável como a masturbação. Então, diz o historiador, surgem os pêlos na mão e toda sorte de justificativas pseudocientíficas para condenar o hábito. A tolerância só viria no século 20, com o surgimento da psicanálise. Com a revolução de costumes dos anos 50 e 60, a masturbação começaria a ser aceita.
Atualmente, nenhum cientista sério acredita que a masturbação possa causar doenças. O monstro de antigamente agora é tratado como uma coisa natural, algo indispensável para o desenvolvimento da personalidade. Virtualmente toda a humanidade já se masturbou em algum momento da vida, mesmo que alguns nem se lembrem disso (exames de ultra-som mostraram fetos estimulando os genitais dentro do útero materno). Se todo mundo faz, por que a masturbação ainda é motivo de angústia, culpa e censura social?
A GÊNESE DO PECADO
A masturbação sempre foi um assunto incômodo, em maior ou menor grau, desde que os humanos começaram a se organizar socialmente – em especial a masturbação masculina. A mulher, até três séculos atrás, detinha um status muito pouco abonador. Se fora gerada a partir de uma costela de Adão, a fêmea era uma cópia malfeita do macho. Supunha-se que o esperma guardasse tudo de que se precisava para gerar uma pessoa. Em uma comparação com o mundo vegetal, o esperma seria a semente – daí a palavra “sêmen” – e à mulher restaria o papel de vaso. Não bastasse, havia a crença de que o sêmen era esgotável. Portanto, é compreensível que o costume de ejacular ao vento já tenha nascido com péssima reputação. Já os hábitos solitários das mulheres gozavam de pouca ou nenhuma atenção da sociedade.
Esse contexto nos remete de volta a Onã. O episódio é narrado no Gênesis, o primeiro livro do Velho Testamento. Er, irmão mais velho de Onã, é eliminado por Deus em circunstâncias não explicadas. Cabe a Onã, então, a missão de gerar um descendente de seu irmão. Mas quando está com Tamar, viúva de Er, Onã opta por derramar o sêmen na terra. Pronto: mais uma vítima fatal da ira divina.
Se Onã se masturbou ou não é irrelevante. Seu crime foi ameaçar uma linhagem que geraria Davi, Salomão e, mais adiante, Jesus (a mancada seria remediada por Judá, pai de Onã, que se encarregou de engravidar Tamar). “O grande pecado da masturbação é o fato de ela ir na contramão da reprodução”, afirma a psiquiatra Carmita Abdo, da Universidade de São Paulo. “Por isso, não existe nenhum grupo social que a encoraje.” Entre os antigos hebreus, qualquer modalidade sexual que não resultasse em filhos era condenada. De acordo com Laqueur, no hebraico antigo, nem sequer existia palavra para designar o sexo solitário. Tocar a própria genitália era vedado aos homens até na hora de urinar. “Na tradição judaica, o pênis já nasce impuro. Tanto que é preciso tirar um pedaço dele na circuncisão”, afirma o médico e escritor Moacyr Scliar, que prepara um romance chamado O Irmão de Onã. “A rejeição da masturbação é um traço da cultura judaica e, por conseqüência, também da cristã”, diz.
Qual não foi o escândalo entre os judeus quando a Palestina foi invadida por povos helênicos, de notória permissividade sexual. “Um dos motivos de os judeus terem resistido tão fervorosamente à ocupação grega no século 3 a.C. foi o fato de os invasores serem adeptos de práticas como o homossexualismo”, diz Scliar. A masturbação, na sociedade helênica, não era propriamente condenada. Mas seus praticantes eram alvo de chacota na aristocracia. “Um cavalheiro não devia precisar se masturbar, dadas as alternativas sexuais que ele tinha à mão: escravos, prostitutas, mulheres de classes inferiores”, diz Laqueur. Masturbar-se era coisa de pastores de ovelhas, de escravos, de gente sem acesso a parceiros sexuais. O masturbador era digno de piedade e de riso.
Em Roma, a questão era vista mais ou menos da mesma maneira – a última forma de sexo a que se deveria recorrer. Pelo menos até a ascensão do catolicismo. A Igreja, cujos valores nortearam a sociedade ocidental por toda a Idade Média, classificou a masturbação como pecado mortal. Mas era apenas um pecado a mais em um universo em que qualquer tipo de prazer era proibido. Para alguns, não ficava de fora da lista negra nem o sexo marital com a finalidade única de procriação. “Sempre ocorre com excitação e prazer, que não existem sem pecado”, escreveu no século 12 o teólogo Huguccio.
Assim, na escala de premência dos guardiães da castidade, a masturbação ficava aquém de uma infinidade de delitos: adultério, sodomia, incesto, fornicação... Além do mais, não convinha ao clero usar a mão de ferro na repressão ao sexo solitário – embora não fosse admitido abertamente, ele era uma válvula de escape da tensão sexual que pairava nos corredores dos mosteiros. Ironicamente, a reputação de “vício dos padres” foi um dos argumentos usados pela patrulha antimasturbatória que surgiria no século 18.
SURGE A DOENÇA
Nos cafés de Londres, por volta de 1710, podia-se comprar vários folhetos sobre doenças. Tais publicações eram pretexto para veicular anúncios de tônicos e elixires elaborados por charlatães que faturavam alto em cima da ignorância alheia. Uma brochura anônima sobre um doença inédita destacou-se das demais: Onania ou o Pecado Infame da Desonra de Si Mesmo e Suas Terríveis Conseqüências para Ambos os Sexos, com Conselhos Morais e Físicos Endereçados Àqueles Que Já Sofreram os Prejuízos Desse Hábito Abominável. O impacto dessa obra seria tão grande quanto o título.
Onania – que garantiu ao pobre Onã uma indesejável notoriedade – desvelava os supostos malefícios do “vício secreto”, que até então havia sido ignorado. A Igreja já não apitava tanto na vida das pessoas, o que permitiu que a sexualidade se manifestasse mais abertamente. A pornografia ganhara espaço nas artes, como se percebe nos quadros que ilustram esta reportagem. Mulheres conquistaram uma importância social maior. E, sim, elas se masturbavam. Onania captou tais mudanças e tratou a masturbação feminina com o mesmo tom condenatório antes só dirigido aos rapazes. Um de seus episódios narra a história de duas freiras que, de tanto se masturbarem, desenvolveram clitóris do tamanho de pênis masculinos.
Para uma época sem rádio, TV ou internet, Onania foi um sucesso editorial espetacular. Começou com 2 mil cópias pagas pelo autor – que, segundo o historiador Thomas Laqueur, era um pornógrafo chamado John Marten – e, em meio século, teve 24 edições em toda a Europa. Aquele punhado de teorias preconceituosas arrebatou o suíço Samuel Tissot, que em 1760 publicou L’Onanisme (“O Onanismo”), fenômeno ainda maior de vendas: 35 edições em francês e 61 em outras línguas. De novo, lia-se uma sucessão de contos sobre gente que caíra em desgraça física e moral devido à masturbação. Mas, agora, quem escrevia era um dos doutores mais respeitados do continente europeu, primeiro-médico do rei da Inglaterra e amigo de figurinhas como o filósofo iluminista Jean-Jacques Rousseau – que, por sinal, agradeceu ao companheiro pelo alerta sobre os riscos do vício que o acometia.
Vale lembrar que, na época, a medicina apenas começava a se desviar de teorias formuladas na Antiguidade clássica. A curiosidade setecentista era imensa, só que empacava na precariedade do conhecimento biológico. O microscópio acabara de ser inventado, mas ainda não se descobrira grande utilidade para ele. A palavra “bactéria” simplesmente não existia. “Se alguém que se masturbava pegasse uma tuberculose, o mal era associado à masturbação”, afirma Moacyr Scliar. “Havia a idéia de que a emissão de esperma exauria o indivíduo.”
No que tocava às mulheres, a masturbação era tratada de forma ambígua. Havia a execração do hábito, considerado uma afronta à ordem sexual estabelecida. Curiosamente, porém, a estimulação genital era largamente praticada por médicos para o tratamento daquilo que se chamava de histeria – as oscilações de humor provocadas por insatisfação sexual. “Quando, afinal, a mulher tinha um orgasmo, ele era encarado como uma crise histérica”, diz a psiquiatra Carmita Abdo. Tal procedimento médico foi a semente da indústria de brinquedos masturbatórios destinados ao público feminino. “No começo do século 20, houve um boom de aparelhos destinados a poupar os médicos do tédio de massagear a genitália de mulheres histéricas: vibradores elétricos, máquinas hidroterápicas, tudo vendido nos catálogos das lojas de departamento”, afirma Laqueur.
As teorias médicas disparatadas eram o sustentáculo da condenação moral. Mas por que a masturbação foi alvo de uma artilharia tão pesada justamente no chamado Século das Luzes? Na opinião de Laqueur, porque representa o lado negro da autonomia tão enaltecida pelos intelectuais de então. O pensamento iluminista valorizava o indivíduo, desde que este fosse uma engrenagem da máquina social. Na masturbação, o indivíduo se isola, não produz nada de útil para os outros, não está sujeito ao controle da sociedade. Para o filósofo alemão Immanuel Kant, masturbar-se era “abraçar a animalidade nua”. Essa visão prevaleceria até a virada do século 20.
FREUD EXPLICA?
A lenta demolição dos mitos sobre a masturbação começou com a descoberta das causas verdadeiras de doenças atribuídas ao tal onanismo. No início do século 20, já eram poucos os médicos que levavam a sério as fábulas de terror propaladas por Samuel Tissot. O problema persistia, mas agora se instalava na mente do masturbador. Nessa época, causavam furor as idéias de um médico austríaco chamado Sigmund Freud.
Para Freud, não havia nada de anormal na masturbação. Bem, desde que ela fosse praticada durante a infância. “No contexto da época, isso era revolucionário”, afirma a psiquiatra Carmita. O pai da psicanálise julgava que o amadurecimento sexual envolvia necessariamente o abandono da masturbação em favor do sexo a dois. O adulto que insistisse no ato era imaturo e padecia da culpa gerada pelo comportamento inadequado. A teoria freudiana chegou a traçar um quadro particularmente infeliz para as mulheres. Ao atingir a idade adulta, elas deveriam transferir seu centro de prazer do clitóris – um órgão erétil, uma referência masculina – para a vagina, onde residiria a verdadeira sexualidade feminina. Assim, uma mulher que se masturbasse com estimulação clitoridiana não somente seria imatura: teria problemas de identidade sexual.
Apesar dos pesares, a visão de Freud foi um avanço e tanto. “A amplitude da interpretação freudiana abriu avenidas largas de política sexual”, escreve Laqueur. De acordo com o autor, essas avenidas foram niveladas no fim dos anos 40 e início dos 50 com os relatórios do biólogo Alfred Kinsey – um sobre o homem, outro sobre a mulher – e asfaltadas em 1966, ano do lançamento de A Resposta Sexual Humana (esgotado no Brasil), de William Masters e Virginia Johnson. Esses estudos traçaram perfis inéditos da população americana. Obviamente não se restringiam à masturbação, mas deram uma mãozinha para reabilitar o sexo solitário. Kinsey observou que a masturbação era um hábito comum – em especial entre as mulheres. Masters e Johnson sustentavam que o prazer feminino poderia ser amplificado se elas incorporassem a masturbação às relações heterossexuais. Estava inaugurada a era do vale-tudo. Ou quase.
MITO DURO DE MATAR
No momento em que esta reportagem é escrita, a página de web dos New York Jacks, clube virtual de gays masturbadores, contabiliza 1 703 881 visitas. Outro site, dedicado a homens heterossexuais, adverte: “Não introduza seu pênis no aspirador de pó – ele pode ficar entalado”. Menções à masturbação estão no cinema e na TV. Vibradores de todos os formatos e tamanhos são vendidos em sex shops cada vez mais parecidas com assépticas lojas de CDs. Cartazes de publicidade mostram mulheres em posições que insinuam o ato. Mais que uma prática inofensiva e saudável, a masturbação se tornou no século 21 um produto da indústria de bens de consumo. Mas será que a masturbação não oferece nenhum risco?
Aí surgem divergências. Laqueur diz que o uso do auto-erotismo como expressão da individualidade é legítimo e saudável. Carmita Abdo, da USP, afirma que a apologia da masturbação como uma sexualidade alternativa pode levar ao isolamento dos indivíduos. Do ponto de vista clínico, é consenso que o “sexo manual” não faz mal a ninguém. “É recomendado para todas as idades”, diz Moacyr. Para a saúde mental, no entanto, há quem veja situações de risco: “Se alguém se masturba porque não consegue parceiros e isso a incomoda, deve procurar ajuda”, diz Carmita.
Segundo ela, há casos em que o hábito realmente se transforma em um vício: o comportamento compulsivo faz com que a pessoa não se interesse pela procura de sexo a dois. “A masturbação não é a causa do problema, mas continuar a praticá-la não ajuda em nada”, diz a psiquiatra. Masturbar-se também é sinal de problemas se interferir na vida dos outros. É o que ocorre, por exemplo, quando alguém o faz em lugares públicos – quem nunca ouviu histórias sobre o infame “tarado do ônibus”?
Mas isso é exceção. A repressão da masturbação costuma causar mais transtornos que o ato em si, especialmente em crianças. O sexo solitário é a descoberta do próprio corpo, uma preparação para encarar a rotina sexual do futuro. Na visão de Carmita, a censura à masturbação é mais desvantajosa para as meninas. “Garotos encaram a questão com muito mais naturalidade, pois estão acostumados a tocar o pênis desde muito pequenos, mesmo que seja para urinar. As garotas só têm esse contato mais íntimo quando menstruam. Se lhes ensinarem que esse toque é sujo, isso poderá comprometer sua vida sexual.”
O.k., sabemos que a masturbação é uma coisa natural e, mais que isso, recomendável. Mas a página do Vaticano na internet insiste em chamá-la de uma “desordem grave, ilícita em si mesma” – uma versão light do pensamento medieval católico. Crianças que se masturbam continuam a ser alvo de piadas dos colegas e, não raro, a ser aterrorizadas pelos próprios pais. A historinha da mão peluda sobrevive. Por que os preconceitos ainda não caíram? O palpite de Carmita Abdo é um tanto lacônico: “Eles estão caindo, mas removê-los da memória das pessoas é um processo demorado”. Dois ou três séculos são quase nada quando se trata de demolir um mito bem construído.

Para saber mais
Na livraria:
Solitary Sex – A Cultural History of Masturbation, Thomas W. Laqueur, Zone Books, EUA, 2003
Elogio da Masturbação, Philippe Brenot, Rosa dos Tempos, 1997
Onanism, Samuel Tissot, Garland Pub, EUA, 1985
Human Sexual Response, William Masters e Virginia Johnson, Bantam, EUA, 1981
Na internet:
Site do Projeto Sexualidade da Universidade de São Paulo, www.portaldasexualidade.com.br


http://super.abril.com.br/ciencia/prazer-suas-maos-444358.shtml

Usuários de maconha podem enfrentar disfunção erétil

Usuários de maconha podem enfrentar disfunção erétil
Por Natasha Romanzoti em 15.02.2011 as 22:11
A maconha é certamente um produto polêmico. Defensores e acusadores trocam benefícios e desvantagens da planta há anos. Porém, segundo novas pesquisas, os usuários masculinos da maconha deveriam mesmo repensar seu consumo, pois uma das consequências pode ser disfunção sexual.
Essa novidade pode ser o ponto para mudar de vez a cabeça de algumas pessoas. O consumo da maconha é popular hoje em dia, mesmo que ela seja proibida em muitos lugares, especialmente entre os homens no auge da vida sexual. O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime relatou que 162 milhões de pessoas fumam maconha em todo o mundo a cada ano. Mais de 22 milhões a consomem diariamente; isso torna a compreensão de seus efeitos a longo prazo importante.
Os estudos sobre o tema são às vezes de baixa qualidade, mas uma nova revisão de pesquisas sobre saúde sexual e maconha produziu resultados mais sólidos, como a conclusão de que o pênis contém receptores para o ingrediente ativo da maconha, o que sugere que os homens fumantes correm riscos de encarar a disfunção.
O histórico dos estudos nessa área é contraditório. Os cientistas começaram a estudar a maconha e o sexo em 1970. Alguns pesquisadores descobriram que a cannabis parece ter o efeito de uma droga do amor. Em 1982, 75% dos fumantes de maconha alegou em um estudo que a droga reforçava suas vidas sexuais.
Enquanto isso, outro estudo do mesmo ano descobriu que a disfunção erétil era duas vezes mais comum em usuários de maconha. Outros estudos ainda sugerem um efeito dose, em que pequenas quantidades de maconha têm pouco impacto sobre a disfunção sexual, mas maiores quantidades produzem menos ereções.
Porém, todas essas pesquisas são cheias de falhas. Nenhum dos estudos utilizou técnicas de medição validadas ao examinar a função sexual dos homens. As perguntas usadas poderiam distorcer as respostas, como poderia a própria droga. Por exemplo, os 39% de homens que disseram que a maconha prorrogou o sexo pode apenas ter experimentado os efeitos da droga que alteram a percepção do tempo.
Já um estudo de 2010 que descobriu receptores de tetrahidrocanabinol (THC), ingrediente ativo da maconha, no tecido do pênis de cinco pacientes do sexo masculino e seis macacos é preocupante.
Segundo os pesquisadores, esses receptores estavam principalmente na musculatura lisa do pênis. Estudos de laboratório adicionais sugerem que o THC tem um efeito inibitório sobre o músculo; um efeito sério sobre a função erétil, já que o músculo liso constitui 70 a 80% do próprio pênis.
A opinião dos especialistas é que faltam estudos clínicos, pesquisas controladas com placebo que analisem os efeitos da maconha em ambos curto e longo prazo. A partir disso, os resultados mais confiáveis poderão se transformar em campanhas de conscientização. [LiveScience]
http://hypescience.com/usuarios-de-maconha-podem-enfrentar-disfuncao-eretil/

I Congreso Sudamericano y II Congreso Peruano de TERAPIA SEXUAL Y DE PAREJA (I CSTSP) - LIMA (PERU), 17-19 de Junio del 2011

I Congreso Sudamericano y II Congreso Peruano de TERAPIA SEXUAL Y DE PAREJA (I CSTSP) - LIMA (PERU), 17-19 de Junio del 2011
SHERATON LIMA HOTEL & CONVENTION CENTER
Estimados colegas peruanos y sudamericanos, es un verdadero placer poner a disposición de Ustedes e Invitarlos a participar del I Congreso Sudamericano y II Congreso Peruano de TERAPIA SEXUAL Y DE PAREJA ( I CSTSP).
Contaremos con la presencia de renombrados psicoterapeutas de pareja y terapeutas sexuales de Sudamérica, España y Perú, autores de libros, investigadores, profesores de posgrado y lideres en el campo y en sus propios países. Les invitamos a conocer más de ellos, a través de los navegadores y links que permitan visitar sus institutos, páginas o presentaciones.
Este I CSTSP se llevara a cabo en el Centro de Convenciones del Hotel Sheraton de Lima, del 17 al 19 de Junio, mediante Conferencias Magistrales, Conferencias por Invitación, Simposios, Presentaciones de Casos Clínicos, Exposiciones de Videos y libros de los Expositores Invitados, así como Talleres prácticos, a cargo principalmente de expertos extranjeros que nos visitaran, lo cual nos permitirá ponernos al día de las nuevas tendencias teóricas y marcos explicativos, así como de las nuevas estrategias de evaluación, diagnostico e intervención en los diversos problemas de pareja y los problemas sexuales.
El Tema Central, NUEVAS RUTAS HACIA EL PLACER Y LA CONVIVENCIA SALUDABLE, nos abre pues una serie de probabilidades y alternativas novísimas, que nuestros expositores nos brindaran, no solo para los problemas en el área, sino, desde una visión positivista, para la exploración, el disfrute y el enriquecimiento de la misma relación de pareja y sexual, que indudablemente redunde en una mejor calidad de vida en general.
Este es un campo fundamental no solo para psicoterapeutas, psicólogos y estudiantes en general, sino para ginecólogos, obstetrices, enfermeras, consejeros y tutores educacionales, que diariamente se encuentran con estos serios problemas de parejas y de la sexualidad, los mismos que, con mucha frecuencia, son evitados o intervenidos inadecuadamente, por carecer de los conocimientos y estrategias acertadas, lo cual impacta no solo en la vida personal, familiar e hijos, sino en los campos donde va la actividad humana, incluida en las organizaciones y en la productividad en general.
Lima esta cada vez mejor e indudablemente es una de las capitales más hermosas de América Latina con su zona moderna, museos, zonas ecológicas, circuitos de playas, su gran zona histórica, arqueológica, templos, huacas, legados incas, virreinales y muchos más atractivos turísticos que visitar. La zona donde se llevara a cabo el Congreso, ubicada en el Centro Histórico, hoy en día cuenta con un muy fácil y rápido acceso desde cualquier punto de la ciudad a través del Metropolitano.
Los invitamos pues a deleitarse de nuestro país y de este grandioso evento científico y académico.
Comité Organizador I CSTSP.
AREA TERAPIA DE PAREJA
1) Carencias Tempranas y Pareja
2) Celos, Celotipia y Psicosis.
3) Control de la Ira y Problemas de Pareja
4) Creencias Irracionales y Problemas de Pareja
5) Dependencia Afectiva y Angustia de Separación.
6) Escuela de Pareja y Prevención.
7) Esquemas Cognitivos y Problemas de Pareja
8) Infidelidad Femenina Vs Masculina
9) Neurociencias y Amor.
10) Neurosis del Amor
11) Parejas Felices y Convivencia Saludable
12) Problemas de Pareja y Organizaciones
13) Psicología de las y los Amantes
14) Psiconeuroinmunlogía y Relaciones de Pareja
15) Resentimiento, Odio y Perdón.
16) Rompimiento, Divorcio y Bienestar.
17) Sistemas Familiares y Pareja
18) Soledad Vs Vivir en Pareja
19) Terapia de Pareja en GLBT
20) Terapias de Tercera Generación y Pareja
21) Trastornos de Personalidad y Pareja.
AREA TERAPIA SEXUAL
22) Adicciones Sexuales
23) Anorexia, Bulimia y Abuso Sexual
24) Modelo Erótico y Terapia de las Disfunciones Sexuales
25) Neurociencias y Trastornos Sexuales.
26) Nuevas Estrategias para el Enriquecimiento Sexual
27) Nuevos Modelos Explicativos de las Parafilias
28) Placer, Disfrute y Desarrollo Personal.
29) Pompoarismo, Masages y Placer.
30) Problemas Ginecológicos y Función Sexual.
31) Programas de Rehabilitación en Parafilias.
32) Psicoterapia de las Disfunciones Sexuales
33) Swingers y Troilismo
34) Terapia Sexual en GLBT.
35) Trastornos Urológicos y Función Sexual.
36) Viagra y Drogas Vasoactivas.
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