sábado, 4 de junho de 2011

Doenças do coração e sexualidade

Doenças do coração e sexualidade
Publicado em junho 4, 2011 por Psic. Oswaldo M. Rodrigues Jr.
Psic. Oswaldo Martins Rodrigues Júnior (Instituto Paulista de Sexualidade)



inpasex.com.br

Dois assuntos são de grande importância para o ser humano: o sexo (a fonte da vida) e a morte (o fim da vida). Sem a conservação da vida não pode, naturalmente, haver sexo. Desta forma temos que o sex o pode ficar em segundo plano quando há o risco de vida. Dentre as situações que podem causar o cessar da vida estão os problemas do coração. Não, não se trata de falar de romances e paixões. Não são estes os problema do coração a que nos re ferimos. São os problemas cardíacos. Problemas que conduzem quem os tem a deixar para segundo plano outras necessidades da vida para tentar mantê-las. O sexo muitas vezes fica de lado, deixa de ser tão importante quanto era, e muitas vezes traz medo. Por ém sua falta incomoda. Se não incomoda, já trouxe uma patologia psicológica: a falta de desejo sexual, que é um distúrbio muito comum na população brasileira, mas que continua sendo uma disfunção sexual! Com os problemas do coração, muitos distúrbios na esfera sexual costumam ocorrer. As pesquisas em sexualidade mostram que ocorre uma diminuição global de orgasmos (sensação de prazer sexual) nos primeiros seis me ses ap s um infarto do coração em um de cada quatro homens. Outras pesquisas mais pessimistas mostraram um quadro pior: 62% dos pacientes infartados acusaram sensível diminuição da frequência das relações sexuais, sendo que 19% deixaram de ter quaisquer atividades sexuais após o infarto do mio càrdio por um longo período.
Junto aos ataques do coração, também ocorrem a diminuição do desejo sexual, a depressão, a ansiedade, o desinteresse pela esposa, o medo de um novo ataque, o medo da morte, a fadiga mais constante, a angina… Todas situações que podem produzir uma famigerada disfunção sexual que aterroriza muito o homem brasileiro: a impotência sexual.
Muito se fala da associação entre a relação sexual e os ataques cardíacos. Muita gente conta estórias de homens que teriam morrido durante a atividade sexual. No entanto as pesquisas não revelam esta situação como verda de : das pessoas com problemas cardíacos, nem ao menos 1% chegou a morrer em decorrência de atividades sexuais! As situações em que cardíacos cheg a ram a falecer em atividades sexuais eram, geralmente rela ções extra-conjugais, com mulheres jovens, mais excitantes, ap s terem bebido grande quantidade de àlcool ou comida, e com sentimentos de culpa e com a ver gonha de falar sobre as dores e disconfortos e de falar que a atividade sexual est i vesse se tornando cansativa! Assim não é possível qualquer ser humano desempenhar satisfatoriamente sua atividade sexual! Também, o medo da reincidência do infarto afasta o homem de tentar atividades sexuais. Em condições normais, sem ansiedade e sem medo ou culpa não há razões para que ninguém se preo cupe com o esforço do coração durante a relação sexual. Os estudos demonstraram que o exercícios físicos são importantes para que o coronariano tenha uma vida melhor. Os exercícios físicos melhoram a vida se xual dos homens que já tiveram problemas cardíacos sérios. Com o ataque cardíaco, a pessoa te n de a imaginar que não pode isto ou aquilo. Fantasia, e no entanto tem certeza, que se fizer sexo como antes terà ou tro ataque cardíaco. Naturalmente, a retomada das atividades sexuais deverà ser orientada pelo cardiologista que esteja acompanhando o homem que teve o ataque cardíaco. Esta retomada não terá problemas se o paciente tem um casamento (ou relacionamento) estável, e se o relacionamento sexual anterior ao infarto era satisfat rio com a mulher. Estes pontos são importantes, pois um dos dois pode estar procurando uma desculpa para não mais ter relações sexuais com o companheiro. Se este for o caso devem-se encontrar as causas: possivelmente dificuldades sexuais anteriores, tanto da mulher quanto do homem (o que é bem comum!); continuar doente pode ser melhor para obter as atenções que desejar; pode ter acabado o amor, mesmo que muito carinho tenha res tado; pode acabar o desejo sexual ou a afinidade entre am bos… Cada caso de impedimento é um caso, e para cada caso deve-se encontrar um saída adequada. Devemos lembrar que o homem que tem problemas car díacos, os tem a partir da quarta década de vida. Nestes anos ocorre o que chamamos a “idade do lobo”. Uma fase da vida do homem em que há modificações importan tes tanto biológicas quanto psicológicas. O homem sente que está envelhecendo, perdendo a juventude. Com a perda da juventude, sente que está acontecendo um declínio sexual e a insegurança pessoal tomando conta. Quer aproveitar o que lhe resta da vida sexual. Para estes homens qualquer perío do de abstinência sexual poderá se torn ar trágico, intransponível! Os sentimentos de abandono e a redução da autoestima que ocorrem precisam ser evitados no cardíaco. Desta forma a saúde sexual precisa ser restabelecida para que possa o cardíaco se inserir adequadamente em seu próprio papel e se sentir quem sente que é. Devemos considerar vários fatores para a retomada das atividades sexuais pelo cardíaco:
- 1 Como o paciente está recuperando a saúde geral;
- 2 Como eram as atividades sexuais anteriormente ao problema do coração;
- 3 Desgaste fisiológico da atividade sexual;
- 4 Características e estado emocional do paciente;
- 5 O papel do cônjuge ou parceiro(a) sexual para o reinício das atividades sexuais;
Algumas considerações devem se feitas a respeito de condições fisiológicas e comportamentais:
- o relacionamento sexual deve ser proibido durante o período do ataque agudo e nas semanas subsequentes.
- normalmente o paciente leva de 8 a 12 semanas para retornar às atividades rotineiras.
- a retomada das ativiadades sexuais deve ser lenta e gradual, assim como qualquer atividade rotineira!
- a convalescença do paciente deve ser avaliada pelo médico e pelo prprio paciente, a partir de da capacidade de desempenhar tarefas cujo custo energético seja baixo.
- as atividades sexuais devem ser retomadas quando o paciente puder caminhar 3.200 metros por hora, ou puder subir e descer de um degrau 24 vezes em um minuto… situações que serão mensuradas pelo cardiologista, que apontará a possibilidade de retomar o dia-a-dia normal. Este será o momento adequado para a vida sexual voltar ao normal! O médico poderà indicar medicamen tos para as dores leves que incomodem a atividade sexual, mas o mais sensato é de que se está incomodando, deixemos o ato sexual para o dia seguinte, sem forçar a máquina. Se a retomada das atividades sexuais está difícil, então é hora de buscar um terapeuta sexual. Este profissional é um psicólogo especializado a orientar pessoas a superarem dificuldades sexuais e com certeza auxiliarão na retomada das atividades sexuais. Esta determinação também é real para a existência de disfunções sexuais que venham a ocorrer com o problema cardíaco. Claro que o terapeuta sexual deve ser chamado se já existiam problemas sexuais antes do problema cardíaco surgir…
Há uma porcentagem de homens e mulheres que apresentam dificuldades sexuais após o infarto do miocárdio: impotência, frigidez, inibição do desejo se xual… Nestes casos a solução ainda é procurar um profissional que possa ajudar adequadamente a achar o caminho de volta para a normalidade, saúde e felicidade sexuais.
http://oswrod1.wordpress.com/2011/06/04/doencas-do-coracao-e-sexualidade/

HOMEM,IMPOTÊNCIA E SENSO COMUM

- Rodrigues Jr., O.M.; Carrieri, C. M.; Borelli, S.; Blake, M.; Margotto, A.; Pizarro, C.M.



Com a preocupação de conhecer como os homens leigos entendem a impotência, um questionário foi desenvolvido, incluindo várias formas possíveis de se descrever a disfunção eretiva e as contradições e falsas concepções divulgadas pela mídia. Constituído de 23 afirmações sobre o que seria impotência e 6 questões sobre informações do questionado e sobre fontes de informações sexuais, o questionário foi entregue a 58 homens, com a idade de 30,83 anos (19 a 60 anos) e com segundo grau de escolaridade (48%), fazendo leituras de revistas e jornais com frequência (39%), com 61% referindo ter recebido educação sexual, sendo que obtiveram as primeiras informações sexuais com a idade de 13 anos (7 a 14 anos). Estas as assertivas mais consideradas como definições de impotência sexual:
- é não conseguir ter ereção no sexo (58,62%);
- acontece em todas as idades (55,17%);
- é ter problemas de cabeça (psicológicos) (48,27%);
- por trauma de infância (41,37%);
- é por problemas de veias e artérias (39,65%);
- é por problemas nervosos (39,65%);
- é ter problemas físicos de nascença (37,93%);
- é não conseguir satisfazer a parceira (37,93%);
- é por doenças sexuais (34,48%);
- é gozar muito rápido antes de penetrar (31,03%);
- é por falta de amor (31,03%);
- por trauma das primeiras relações sexuais (29,31%);
- é não conseguir ficar com o membro duro até o final da relação (29,31%);
- é não poder fazer sexo, mesmo por escolha ou crenças religiosas (27,58%);
- é ter problemas mentais (loucura) (25,86%);
- é por homossexualismo (25,86%);
Embora sejam situações associadas verdadeiramente com a disfunção erétil, a frequência relativamente baixa de reconhecimento destas circunstâncias mostra o homem bastante inseguro quanto à sexualidade e desempenho sexual em nossa cultura. Este fato aponta para a fragilidade da identidade masculina que o homem vive e pode, facilmente, permitir a ocorrência de impotência psicogênica.
Estas definições e causações para a disfunção eretiva pelo homem mediano aponta para o nível de informações que recebe seja pela transmissão cultural, seja pela mídia, sobre a impotência.
Aponta-se para a responsabilidade dos profissionais e cientistas da impotenciologia na divulgação adequada de fatos e fontes corretos sobre a impotência, posto que as cognições sobre impotência perceptíveis nos homens brasileiros trazem incoerências e inadequações.
http://oswrod1.wordpress.com/2011/06/04/

O QUE AS MULHERES ACHAM QUE É IMPOTÊNCIA SEXUAL?

O QUE AS MULHERES ACHAM QUE É IMPOTÊNCIA SEXUAL?
Publicado em junho 4, 2011 por Psic. Oswaldo M. Rodrigues Jr.
Psic. Oswaldo M. Rodrigues Jr.
Através de um pesquisa realizada com o auxílio de um grupo de psicólogas, estudantes de Psicologia e um médico, descobrimos que as mulheres sabem melhor o que é a impotência sexual masculina do que os próprios homens.
Mulheres de 16 a 66 anos disseram o que consideravam ser impotência e suas causas.
Vejam o que as mulheres dizem sobre o que é a impotência:
- não conseguir ter ereção no sexo (81,57%);
- acontece em todas as idades (78,94%);
- ter problemas de cabeça (psicológicos) (68,42%);
- por problemas nervosos (57,89%);
- por trauma de infância (48,68%);
- por trauma das primeiras relações sexuais (46,05%);
- por problemas de veias e artérias (42,10%);
- ter problemas físicos de nascença (40,78%);
- por doenças sexuais (31,57%);
- gozar muito rápido antes de penetrar (26,31%);
- por doenças crônicas (25,00%);
- não conseguir ficar com o membro duro até o final da relação (22,36%)
- gozar muito rápido, mesmo conseguindo a penetração (19,73%);
- por falta de amor (18,42%);
- não poder fazer sexo, mesmo por escolha ou crenças religiosas (18,42%);
- não conseguir satisfazer a parceira (18,42%);
- não poder ter filhos (17,10%);
- por homossexualismo (14,47%);
- por falta de uso (14,47%);
- ter problemas mentais (loucura) (13,15%);
- por causa de pênis pequeno demais (13,15%);
Todas as assertivas são corretas. Porém, algumas considerações devem ser feitas. A impotência não deve ser confundida com a falta de controle da ejaculação, ou ejaculação precoce ou rápida. Não conseguir satisfazer a parceira pode se que não seja associado à impotência. São, também causas psicológicas (da cabeça): trauma de infância, problemas nervosos, trauma das primeiras relações sexuais, ejaculação precoce, problemas mentais, pênis pequeno demais. A impotência não deve ser confundida com a homossexualidade, o que não impede de homossexuais terem problemas de ereção, mas que a homossexualidade poderá causar disfunção eretiva em alguns homens é uma verdade que não existe par outros. O fato de um homem não poder ter filhos chama-se infertilidade masculina, e dificilmente tem associação com disfunção eretiva. A falta de uso pode mascarar a inibição do desejo sexual, outra disfunção que pode causar a impotência.
As mulheres, aparentemente, sabem mais sobre a impotência do que os homens. Salvo exceções, as mulheres conseguem apontar mais realisticamente as situações causadoras da impotência. A visão feminina mostra mais proximidade de crença em etiologia psicológica do que etiologias orgânicas, no que as mulheres estão certas, pois ao menos 60% das causas de impotência não tem qualquer ligação com as coisas orgânicas e médicas.
As mulheres, aparentemente, recebem maior número de informações sobre a disfunção eretiva, o que talvez influencie diretamente sua visão sobre a impotência. Isto nos indica que os homens não tem tido tantas informações ou tem mais medo de buscar estas informações. Talvez já exista na maior parte dos homens a semente da preocupação com a impotência, o que faz com que ele se torne mais fácil de ter problemas de ereção mais tarde…


http://oswrod1.wordpress.com/2011/06/04/o-que-as-mulheres-acham-que-e-impotencia-sexual/

'Sentir-se excluído será motivo de sofrimento', diz psicoterapeuta sexual


04/06/2011 06h02 - Atualizado em 04/06/2011 06h44
'Sentir-se excluído será motivo de sofrimento', diz psicoterapeuta sexual
Oswaldo M. Rodrigues Jr. fala sobre a formação sexual do ser humano e os impactos do preconceito contra crianças e adolescentes homossexuais
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Oswaldo M. Rodrigues Jr, psicólogo e diretor do InPaSex (Foto: Divulgação)
Alguns passam a ter desejo sexual por pessoas de outro sexo na fase da puberdade. Outros descobrem esse sentimento na adolescência. Há ainda aqueles que nunca conseguirão se classificar. Muitos são vítimas de preconceito e de exclusão. De acordo com o diretor do Instituto Paulista de Sexualidade (InPaSex), Oswaldo M. Rodrigues Jr., uma das necessidades mais importantes na vida de uma pessoa é o sentimento de pertencer a um grupo que o acolha e lhe dê proteção.
“Sentir-se excluído por qualquer razão será um motivo de sofrimento”, diz o psicólogo e psicoterapeuta sexual, que segue abordagem psicológica comportamental-cognitiva.
O InPaSex atua em questões relacionadas a disfunções sexuais e queixas relativas à sexualidade do ponto de vista da psicologia, fornecendo psicoterapia a indivíduos e casais que buscam superar problemas que vivenciam nestas áreas. O diretor Oswaldo Rodrigues fala sobre a formação sexual do ser humano e os impactos do preconceito contra crianças e adolescentes homossexuais.
Com qual idade é comum uma pessoa descobrir sua sexualidade?
Existem várias partes do que se tem sido chamado de “sexualidade”. A sexualidade é composta de vários graus de identidades que se sobrepõe. A “identidade de gênero”, que significa descobrir se pertence ao grupo dos homens ou das mulheres, ocorre nos dois primeiros anos de vida e se confirma aos 7 anos. A maioria das pessoas desenvolve uma identidade de gênero de acordo com o sexo genital. A “identidade sexual social” é percebida com expressões e formas de fazer as coisas como masculino ou feminino. Estas características são aprendidas e assimiladas desde o nascimento e firmadas por volta dos 7 anos, quando a criança passa a exercitar o “ser homem” ou “ser mulher” a partir das expressões sociais e externas.
As designações “objeto sexual”, “opção sexual” e “orientação sexual” implicam gramaticalmente em qual deverá ser o objeto da satisfação sexual da pessoa. Precisamos observar um contínuo entre dois extremos, para começar: da heterossexualidade à homossexualidade, com vários graus de bissexualidade intermediários. Ainda existe a assexualidade e a preferência por objetos/partes do corpo. Estas formas são estados de ser que podem dominar a vida toda ou serem fases com durações mais ou menos prolongadas gerando identidades sociais diferenciadas. Algumas destas identidades são pronunciadas e visíveis de acordo com momento histórico, valores e mecanismos de tolerância à frustração por parte dos indivíduos de uma cultura.
Há 500 anos se ateava fogo a uma pessoa de genitália ambígua ou transexual. Há 100 anos se mandava para a prisão quem fosse homossexual. Ainda hoje há quem não acredite que bissexuais existam e se ridicularizam assexuados e parafílicos como pervertidos. Esta fase objetal implica em designar o outro como fonte de satisfação sexual ou de satisfação afetiva. Ambas as formas são consideradas sexualidade em nosso momento cultural, embora sejam qualitativamente diferentes. Algumas pessoas iniciarão esta fase ao redor da puberdade, outras na adolescência, e outras após os 18-20 anos de idade. Muitas passarão por momentos de variação ao longo de 5 ou 6 décadas de vida. De toda forma, não se pode dizer se uma criança terá orientação sexual hetero, homo, bi, assexual ou objetal. Muitos sequer conseguirão classificar-se mesmo sendo adultos (por mais que possam ser classificados pelo mundo externo).
Quando a criança descobre que é minoria entre os seus colegas, como ela se sente?
Uma das necessidades de importância na vida de uma pessoa será o sentimento de pertencer a um grupo que o acolha e lhe dê proteção. Sentir-se excluído por qualquer razão será um motivo de sofrimento. Este sofrimento poderá produzir uma capacidade de administrar as frustrações que ocorrerão ao longo de toda a vida, sendo um produto positivo de uma condição negativa. Porém, a maioria das pessoas reage de modo negativo, desenvolvendo o que se denomina de baixa autoestima, autoidentidades negativas e passa a associar-se adjetivos negativos que o conduzirão a comportamentos e atitudes negativas e contraproducentes sobre si e sobre o mundo. As pessoas que poderão aprender a administrar as frustrações destas exclusões, vivendo como minoria, serão os mais ilustres e mais bem-sucedidos daquele mesmo grupo. Assim, em determinado momento, sentir-se mal não é exatamente apenas negativo. Se a criança tem acolhimento em outras áreas, provavelmente ela se perceberá diferente, e não excluída, mesma que assim o seja.
A exclusão pode se dar não por ela ser diferente, mas pelo grupo necessitar de um bode expiatório, para os indivíduos do grupo sentirem-se bem. Assim são as histórias de crianças chamadas de “bicha”, que recebem toda a carga negativa que os colegas têm, não por ser homossexual, mas para servir de expiação dos problemas do grupo. O mesmo ocorre na família, onde pais e irmãos usam palavras negativas para sentirem-se bem e superiores. A criança assume a identidade homossexual não por desejar outro de mesmo sexo, mas para cumprir um papel de carregar as dificuldades da família. Mais provavelmente esta criança desenvolverá preferências homossexuais, pois o mundo já participa com determinantes coerentes ao epíteto designador.
É comum adolescentes tirarem sarro, implicarem e até praticarem bullying com os colegas. Como esse comportamento é visto dentro da psicologia?
A competição é um dos mecanismos para produzir características úteis na sociedade adulta. A competição entre crianças é moldada nos adultos que as cercam. Entre a idea de competição e uma agressão existe grande diferença que precisa de ponderação. Por isso o termo bullying. Uma criança hostil vem de lares hostis ou ela é perturbada em termos de personalidade. O mais comum é a criança copiar comportamentos que assiste em casa: violência de gênero. A criança repete o que vivencia, pois é assim que compreende que deve ser o mundo.
Quais cuidados as escolas devem tomar para que alunos homossexuais não sejam vítimas de bullying?
A discussão sobre as possibilidades de identidades de gênero, expressões sexuais sociais, formas e preferências sexuais deveria ser compreendida pelos professores, pois eles é que passarão esta compreensão para os alunos. Isto exige atuação cotidiana, não apenas em uma ou outra aula especial (como em muitas escolas ainda chamam inadequadamente de “educação sexual”). Isto ainda é e ainda será muito complicado, pois envolve discussões de valores pessoais e grupais para os adultos. O mundo se encontra em constante mudança. Parodiando Henry Havelock Ellis no começo do século XX: “se tudo no universo se encontra em constante movimento, porque o ser humano seria estático?”
Crenças e valores de adultos não são modificados com facilidade. Por isso existe a psicoterapia, um processo que permite mudanças e não é baseado em apenas informações e conhecimentos. A informação permite o debate, mas não muda crenças. Na maior parte das vezes as informações são utilizadas para manter crenças e não modificá-las. A construção das crenças estereotipadas socialmente é feita de modo pedagógico. Isto se diferencia do método psicológico, focado no indivíduo e não na informação. Assim, muitos dos professores que têm dificuldades em administrar o “diferente” precisariam aprender a mudar suas crenças para que convivessem com os diferentes. As crianças só copiam e seguem os modelos dos adultos.
Um estudo da Universidade de Columbia (EUA) mostrou que adolescentes gays têm até cinco vezes mais chances de se matar do que os heterossexuais. Existe alguma pesquisa como essa no Brasil que o senhor possa destacar?
Várias pesquisas brasileiras têm sido feitas e várias conclusões são tiradas há 30 anos. Grupos de apoio a adolescentes homossexuais têm sido tentados. Problemas legais de pais não aceitarem seus filhos não os permitindo sequer discutirem e compreenderem se realmente são ou não homossexuais apenas facilitaram o aumento destas estatísticas. Psicólogos que atendem adolescentes sabem disso ao verem seus pacientes trazerem estas discussões. Eles levam muitas semanas para confiarem no terapeuta, pois o mecanismo mais degradado é o da confiança em outros superiores.
Qual é o impacto que o preconceito pode ter na vida da criança e/ou do adolescente homossexual?
Isto sempre dependerá das características de personalidade que a criança e o adolescente estão desenvolvendo. Assimilar-se negativo ou positivo frente as adversidades será determinante para produzir um impacto e de que tipo.


http://redeglobo.globo.com/globoeducacao/noticia/2011/06/sentir-se-excluido-sera-motivo-de-sofrimento-diz-psicoterapeuta-sexual.html

sexta-feira, 3 de junho de 2011

São Paulo recebe a Marcha das Vadias no sábado

03/06/2011 - 19h10
São Paulo recebe a Marcha das Vadias no sábado

DE SÃO PAULO

No começo do ano, um representante da polícia do Canadá deu uma palestra em uma universidade de Toronto dizendo que as mulheres deveriam evitar se vestir como prostitutas para não serem vítimas de estupro. A afirmação deu origem a Slut Walk, a Marcha das Vadias, que já aconteceu em Toronto, Los Angeles e Chicagos (EUA), Buenos Aires (Argentina), Amsterdã (Holanda), entre outras cidades do mundo.

São Paulo recebe o evento no sábado (3), a partir das 14h. A concentração está marcada na praça do Ciclista, na avenida Paulista com a rua Consolação, na região central da cidade.

A página da marcha no Facebook tinha, até o início da noite desta sexta-feira, 5.917 pessoas confirmadas.

"Não é culpa dos nossos vestidos, salto alto, regatas, saias e afins que todos os dias mulheres são desrespeitadas e agredidas sexualmente, isso é culpa do machismo ainda muito presente na nossa sociedade. As mulheres do mundo estão se unindo!", diz a apresentação do evento no site.

A manifestação também está marcada para acontecer em Belo Horizonte (MG) no dia 18, na praça da rodoviária.

No blog de uma das organizadoras da marcha em São Paulo, Madô Lopez, ela diz já ter sido insultada pelas roupas que estava vestindo.

"Chega de sermos recriminadas e discriminadas nas ruas porque usamos saias, leggings, regatas, vestidos justos, chega de sermos reprimidas e intimidadas porque somos mulheres, porque somos femininas e porque queremos nos sentir sensuais, bora pras ruas mulherada!"

No site oficial da Slut Walk, a organização diz que historicamente o termo slut (puta, vagabunda ou vadia, em português) tem conotação negativa e se tornou ferramenta de acusação grave de caráter.

"Somos um movimento exigindo que nossas vozes sejam ouvidas. Estamos aqui para exigir mudanças (...) Queremos sentir que seremos respeitadas e protegidas", diz o site.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/925192-sao-paulo-recebe-a-marcha-das-vadias-no-sabado.shtml

Para 77% das moradoras da capital mineira, a pílula ideal é aquela que não afeta a libido e não engorda

Para 77% das moradoras da capital mineira, a pílula ideal é aquela que não afeta a libido e não engorda


Pesquisa Febrasgo, patrocinada pela Janssen-Cilag Farmacêutica, com 100 mulheres em Belo Horizonte, entre 15 e 45 anos, mostra que uma em cada três considera que o uso do contraceptivo também poderia aumentar a auto-estima
Uma pesquisa realizada pela Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia) em parceria com a Janssen-Cilag Farmacêutica com 100 mulheres de Belo Horizonte (MG), entre 15 e 45 anos, revela que para 43% das entrevistadas, a pílula anticoncepcional melhora a vida sexual como um todo. O resultado faz parte da segunda fase do projeto R.O.S.A (Resultados e Opiniões sobre Saúde e Anticoncepcional) divulgado hoje em Belo Horizonte. No total, a pesquisa ouviu 500 pessoas em todo o Brasil.

De acordo com a pesquisa Febrasgo/Janssen-Cilag, para 77% das entrevistadas, a pílula ideal é aquela que não interfere de forma negativa na aparência (ou seja, não engorda), traz benefícios adicionais (como melhora da aparência do cabelo e da pele) e ainda tem o potencial de manter a libido. “As pílulas anticoncepcionais com ação anti-androgênica moderada alcançam este resultado, sem comprometer a sexualidade”, explica o ginecologista Gerson Lopes, presidente da Comissão Nacional de Sexologia da Febrasgo.

Nas pílulas combinadas, o progestagênio (tipo de progesterona) é o componente que dá eficácia contraceptiva e os benefícios extra-contraceptivos. A escolha adequada do progestagênio na composição da pílula poderá agir contra ou a favor da sexualidade. Segundo o especialista, o progestagênio clormadinona dá à pílula a propriedade de ação anti-androgênica moderada que age de duas formas. Primeiro impedindo que o hormônio masculino – testosterona – aumente a produção de oleosidade, deixando pele e cabelos mais bonitos. Por outro lado, a ação moderada vai garantir a atuação desse hormônio no organismo, favorecendo a manutenção da libido.

Prevenção e sexo

Para Lopes, a preocupação das mulheres com a vida sexual, já pede um contraceptivo que garanta prevenção da gravidez e, ao mesmo tempo, uma vida sexual prazerosa para a mulher. “Até pouco tempo, não existia por parte dos médicos uma preocupação com a relação pílula e libido”, afirma. “Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sexualidade é um aspecto que interfere diretamente em sua qualidade de vida”, completa Lopes.

Auto-estima

A pesquisa mostrou também que 41% das mulheres entrevistadas acham que o uso da pílula aumenta a auto-estima e 42% acreditam que melhora o humor. “A melhora no aspecto visual contribui para a construção de uma auto-imagem positiva, o que, consequentemente, poderá influenciar ainda mais na auto-estima da mulher”, lembra o especialista. Ainda de acordo com Lopes, “o uso da pílula não deve interferir no humor da mulher, porque isso pode, dentre outros aspectos, comprometer a sua auto-estima”.

Alguns resultados da Pesquisa Febrasgo/Janssen-Cilag – entrevista com 100 usuárias de pílula anticoncepcional em Belo Horizonte (MG)

O que pensam as mulheres entrevistadas na capital mineira?
•83% não pretendem parar de usar anticoncepcional;
•68% afirmaram não ter intenção de mudar de método contraceptivo;
•69% delas afirmaram ouvir mais comentários positivos do que negativos sobre o anticoncepcional.

Onde elas buscam informação?
•61% das entrevistadas se informam sobre o método com o médico
•31% pela internet
•15% com amigas

Falando em pílula…
•43% delas dizem que a vida sexual como um todo fica melhor com o uso da pílula.
•33% afirmam que melhora a frequência das relações sexuais.

Quando o assunto é libido, as mineiras entrevistadas…
•27% acham que a pílula aumenta a vontade de ter relação sexual
•61% acham que a pílula não interfere na libido

Sobre Belara, pílula de ação anti-androgênica moderada

Belara® é uma pílula anticoncepcional comercializada no Brasil pela Janssen-Cilag desde 2005. Ela tem como princípios ativos o etinilestradiol, um estrogênio, e a clormadinona, um progestogênio.

Graças à ação anti-androgênica moderada da clormadinona, os estudos clínicos mostraram que Belara® não interfere na libido nem no peso e apresenta efeitos positivos na melhora da acne e oleosidade do cabelo.
Belara® é comercializado em comprimidos revestidos em embalagens com 1 cartela com 21 comprimidos.

Sobre a Janssen-Cilag

A Janssen-Cilag é uma indústria farmacêutica reconhecida pela inovação em pesquisa e desenvolvimento de medicamentos e serviços de alta qualidade. Opera mundialmente, atendendo as diversas necessidades médicas e farmacológicas.

A empresa está no Brasil há 75 anos e comercializa 60 medicamentos. É pioneira em biomedicina e na produção de imunológicos, além de ser referência no tratamento da dor, oncologia, transplantes, infectologia, cardiologia, sistema nervoso central, saúde da mulher, nefrologia e doenças gastrintestinais.

http://bagarai.com.br/para-77-das-moradoras-da-capital-mineira-a-pilula-ideal-e-aquela-que-nao-afeta-a-libido-e-nao-engorda.html

¡Diabetes y Sexualidad!

La diabetes no tiene porque ser un enemigo en la cama.

La diabetes es una de las pocas enfermedades que afectan más a mujeres que a hombres. En promedio los hombres con diabetes mueren a una edad más temprana que las mujeres (67 versus 70 años respectivamente). Desafortunadamente esta enfermedad no sólo trae consecuencias para la salud física, también afecta la salud sexual.

La angustia y los problemas circulatorios provocados por la enfermedad pueden causar disfunciones sexuales en los diabéticos que no les permitirán el goce pleno de sus relaciones íntimas. En las mujeres provoca vaginismo y falta de deseo sexual, este padecimiento transforma la vida de una persona. Los portadores tendrán que empezar a vigilar su dieta, a hacer más actividad física y a someterse a controles para evitar complicaciones.

Existen diferentes tipos de productos para disminuir las consecuencias de la enfermedad como son los lubricantes a base de agua son la mejor opción para evitar relaciones dolorosas por la deshidratación de la vagina. Sin embargo se debe de tener en cuenta que, además del coito, una relación sexual integral incluye la aceptación de uno mismo, el afecto por la pareja y el placer no genital, por eso es importante la búsqueda de apoyo en la pareja, familia o ayuda profesional, esto mejorará su salud mental.
http://www.mundodehoy.com/mujeres/9622-Diabetes-Sexualidad.html