segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Veteranos homossexuais devem enfrentar obstáculos no realistamento

Com a revogação da lei que proibia gays nas Forças Armadas, centenas de dispensados sonham em ter vida militar de volta
The New York Times 09/09/2011 08:02

Eles viviam uma vida obscura e com medo de que a divulgação de sua sexualidade arruinasse as carreiras que lutaram para construir. Muitos foram profundamente humilhados por investigações e dispensas sem nenhuma honraria. Anos depois, os sentimentos que ficaram são de raiva e traição.No entanto, apesar do término repentino e amargo de suas carreiras, muitos gays e lésbicas que foram dispensados por causa da política militar "Don't Ask, Don't Tell" ("Não Pergunte, Não Conte", em tradução literal) dizem que querem se alistar novamente nas Forças Armadas, motivados por uma vida que perderam ou em busca de estabilidade de salário e benefícios que não conseguiram encontrar em trabalhos civis. Segundo algumas estimativas, centenas de homossexuais entre os mais de 13 mil que foram dispensados por causa dessa política têm contatado recrutadores ou grupos de defesa dizendo que querem voltar a se alistar após a revogação da política no dia 20 de setembro.

Foto: NYT
Sargento Bleu Copas­ foi dispensado do Exército em 2006 sob a política do "não pergunte, não conte"
Bleu Copas é um deles. Ele esteve no Exército por apenas três anos, quando alguém enviou um e-mail anônimo para seus comandantes avisando-os que era homossexual. Depois disso, foi dispensado em 2006 sob a política "Don't Ask, Don't Tell, a já mencionada proibição de soldados abertamente homossexuais nas Forças Armadas. "Eles tiraram todo o meu valor como pessoa", lembrou Bleu.
Michael Almy é outro exemplo. Quando a Força Aérea começou a investigá-lo para saber se era homossexual, suspenderam sua habilitação de segurança e eventualmente o dispensaram de seu cargo. Em seu último dia de serviço em 2006, policiais o escoltaram até o portão. "Isso me deixou com uma certa amargura", recordou.
Embora o Pentágono diga que vai receber as suas candidaturas, os ex-membros do serviço militar que foram dispensados devido à sua homossexualidade não terão nenhum tipo de tratamento especial. Eles terão que passar por testes de aptidão física e provar que têm habilidades e que se adaptam com aquilo que as Forças Armadas estão precisando no momento. Alguns que enveleheceram necessitarão de uma exoneração para voltar ao posto.

Pessoas dispensadas pela política "Don't Ask, Don't Tell" que desejam voltar ao Serviço Militar "serão avaliadas de acordo com os mesmos critérios e requisitos aplicáveis a todos os outros que procuram reingressar", disse Eileen Lainez, porta-voz do Pentágono. "O Serviço Militar continuará a basear seu processo de seleção de antigos membros dispensados de acordo com as necessidades e qualificações necessárias para cada vaga. "
Mesmo que passem por tais obstáculos, não há garantia de que eles voltarão para seu antigo cargo. Isto porque as Forças Armadas estão começando a diminuir seu tamanho e parte deles serão rejeitados simplesmente porque não há vagas disponíveis.
Para se realistar, membros que já serviram não podem ter sido dispensados sob "condições desonradas", disse Lainez. A maioria das pessoas dispensadas pela política desde 1993 - um número significativo deles eram altamente treinados - recebeu dispensa com honra.
Tal como acontece com muitas pessoas que decidem se alistar, as razões para quererem voltar varia. Alguns dizem que querem terminar o que começaram, mas em seus próprios termos. Outros apontam para o salário e benefícios, como plano de saúde e aposentadoria. Outros ainda falam sobre um desejo idealista de servir e ser parte de uma empreitada maior.
"É uma vontade insaciável", disse Copas, 35, que agora trabalha com veteranos moradores de rua em Knoxville, Tennessee. "Não é necessariamente algo que faça sentido. É uma ideia de fé, como uma obrigação para com a pátria."
Jase Daniels foi dispensado duas vezes. Por causa de um erro burocrático, a Marinha não conseguiu reconhecer em seus registros que o motivo de sua primeira dispensa em 2005 foi a sua homossexualidade. Então, no ano seguinte, quando seus serviços como linguista eram necessários, o Pentágono o chamou de volta. 
"Eu queria tanto voltar que estava pulando de alegria", disse. "O serviço militar era a minha vida."
Ele disse ter sido aberto quanto à sua sexualidade durante a passagem pelo Kuwait por um ano. Mas seu perfil no Stars and Stripes (site sobre as Forças Armadas) levou a uma nova investigação que culminou na sua dispensa pela segunda vez ao retornar aos Estados Unidos em 2007.
Agora com 29 anos, Daniels diz que desde estes acontecimentos, "minha vida não tem mais sentido". Ele quer se tornar um oficial e aprender a falar árabe, e se diz confiante de que vai ser aceito, pois já serviu anteriormente como um homossexual assumido.
"Ninguém se importava se eu era homossexual", disse a respeito do Kuwait. "O que importava era que eu fazia um bom trabalho."
A questão do reposicionamento pode desencorajar muitos de se realistarem. Isso acontece, porque não há números fixos de empregos ou posições em cada setor das Forças Armadas e alguns podem ter que aceitar posições inferiores para voltar a se alistar. Aqueles que forem realocados em suas posições antigas estarão em desvantagem se comparados com seus colegas que permaneceram em seus respectivos cargos.
"Eu estive fora do Exército por seis anos, então meus colegas estão muito à frente de mim no quesito de serem promovidos", disse Jarrod Chlapowski, 29, um linguista coreano que deixou o Exército voluntariamente em 2005, porque não gostava de ter que esconder a sua orientação sexual. Ele agora está pensando em se realistar.
"Vai ser um Exército diferente daquele que eu deixei", disse ele. "E isso pode ser um pouco intimidante."
Almy, Daniels e um outro membro do serviço foram os primeiros a apresentar uma ação judicial afirmando que eles foram dispensados inconstitucionalmente e devem ser recolocados em seus cargos antigos. Um ex-Major, Almy, 41 anos, que serviu pelo menos quatro vezes no Oriente Médio, estava entre os membros que tinham um dos cargos mais altos antes de ser dispensado sob a política de proibição.
Mas até mesmo os advogados em defesa dos soldados homossexuais dizem que as Forças Armadas adotarem uma política geral de permitir que todos os membros do serviço com dispensa sob a política de "Don't Ask, Don't Tell" voltarem a seus cargos anteriores pode não ser uma boa solução.
"Você tem que pensar de uma perspectiva política se quer colocar alguém que está fora do Serviço Militar por 5 ou dez anos de volta para o mesmo cargo que possuía só porque uma injustiça foi cometida", disse Alexander Nicholson, diretora-executiva da Service Members United, um dos grupos de defesa dos direitos dos homossexuais militares.
Nicholson, 30 anos, que foi dispensado em 2002, está considerando a possibilidade de cursar uma faculdade de direito e tentar se tornar um oficial militar.
Para Copas, a idade pode ser um fator para ele conseguir se realistar. Linguista árabe durante o seu primeiro alistamento, ele está pensando agora em aprender Dari ou Pashto assim poderia ter a oportunidade de servir no Afeganistão. Ele também é músico e tem um mestrado em aconselhamento psicológico.
Mas o Exército pode considerá-lo muito velho e exigir uma nova dispensa. Mesmo enquanto ele procura na internet por vagas de trabalho no Exército, ele tem medo de passar por muitos empecilhos apenas para ser rejeitado novamente.
"É quase como se eu estivesse voltando para a cama com um amante ruim", ele afirmou. "Eu ainda estou morrendo de vontade de servir. Mas eu não sei o quão realista isto seria".
* Por James Dao

Aliança que dá choque em pessoa infiel causa polêmica



As alianças que aplica choque elétrico, quando uma pessoa casada chifra o cônjuge, chegaram ao mercado causando polêmica. Por um lado, é uma garantia de que o marido ou esposa evitará ser infiel para não sofrer a pena do choque no dedo, entretanto, muitos casais estão preferindo comprar as alianças normais – que não dá choque.
A estudante de medicina, Juliana Julieta, 29 anos, noiva há 2 meses, disse que pediu ao futuro esposo um par de alianças normais. “Não quero essa aliança que dá choque, porque o que vale á confiança que um deve ter no outro, O resto é bobagem”, disse.
Saiba como funciona
Muitos noivos com data marcada para o casamento
estão preferindo comprar alianças normais
As alianças possuem sensores que ligam uma com a outra em um raio de 1 metro. Se uma mulher se amassa e se beija com outro homem, que não seja o esposo, a aliança não irá detectar o sensor da outra aliança, do esposo (porque ele não estará no ambiente – obvio) e irá disparar o choque.
Fonte:g17

Homossexualidade: já cansei desse assunto!

Não sei por que está se fazendo tanto alarde com a questão do homossexualismo! Percebo que está havendo uma divergência até mesmo de gerações. Muitas pessoas mais velhas não conseguem aceitar a homossexualidade como uma coisa natural, ao passo de que os mais jovens e esclarecidos já conseguem aceitar melhor.
Para aqueles que não estudaram história e não sabem, a homossexualidade sempre foi algo rotineiro. Na Grécia antiga (e ressalto: um dos povos mais evoluídos da História) o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo era normal, assim como em Roma antiga também. As mulheres normalmente eram procuradas mais para reprodução, enquanto que, quando os homens queriam o prazer sexual, buscavam outros homens. As mulheres também mantinham relações com outras mulheres. E isso tudo era normal, era como se a maioria fosse bissexual. Após a consolidação do cristianismo é que quase tudo virou pecado! Digo quase tudo porque, matar em nome de religião não era pecado, escravizar outro ser humano não era pecado, mas deixar de ir a missa era pecado, ter prazer sexual era pecado….e por aí vai…
Hoje, realmente acredito que parada gay não é um bom artifício para se conseguir respeito. Até mesmo porque acaba se criando um estereótipo do tipo “todo gay é divertido” ou “todo gay se veste como mulher” e isso não é verdade. O respeito que eles estão tentando conquistar vai muito além disso. Tomem como exemplo os outros países. O povo vai para as ruas lutar pelos seus direitos de forma séria e não com demonstrações carnavalescas!!! Já é o bastante sermos rotulados de “país do carnaval” ou “país do futebol!” Aliás quem gosta de carnaval e futebol é porque nunca saiu do país e enfrentou os olhares dos estrangeiros. No exterior, se você for mulher, é só dizer que é brasileira para já te perguntarem quanto você cobra pelo programa! Se for homem já pensam que é ladrão, traficante ou jogador de futebol!
Os brasileiros são um povo de memória curta. Nós já temos muito do que nos envergonhar na história desse país. Demoramos mais de uma década para reconhecer a lei Maria da Penha, e isso porque houve uma pressão internacional para que o Brasil apoiasse essa lei que defende as mulheres e pior ainda, a lei Maria da Penha não foi criada pelo governo (que a era obrigação deles) e sim através da luta heróica da própria mulher que dá nome à lei.
Fomos um dos últimos países a proclamar a abolição da escravatura e demoramos mais tempo ainda para fazer do preconceito racial um crime. Até bem pouco tempo o negro podia ser insultado nas ruas, podia ser proibido de freqüentar lugares e não havia punição para isso! Hoje fazemos com os gays as mesmas atrocidades que faziam com os negros…
As famílias não educam mais os seus filhos nem para coisas básicas como pedir “por favor” e “com licença”. Os pais não têm controle ou simplesmente não querem controlar seus filhos e a responsabilidade cai em cima da escola, como se a escola fosse obrigada a ensinar essas regras de educação básica. Os pais querem tanto interferir em como a escola educa os seus filhos, mas a educação que os alunos recebem em casa é precária!
Vivemos sob um Estado Laico, ou seja, que não mistura religião com política. Mas isso só acontece na teoria, porque existem partidos cristãos, evangélicos etc. E pasmem, não raro se usa a religião para justificar a total falta de humanidade para com as minorias! Todos querem defender suas crenças religiosas, sem pensar que existem outras crenças e até mesmo pessoas que não querem ter crença religiosa nenhuma. Em nome da religião o homem já fez as maiores atrocidades já vistas… Não podemos repetir os erros do passado. Quando se fala na palavra política, a palavra religião ou credo não deve estar na mesma frase!
Enfim, com tantos problemas que temos para resolver, as pessoas ainda tem tempo para cuidar da vida sexual alheia e se preocupar com o que os outros fazem com os seus orifícios corporais… Deixem cada um viver o que quiser, como quiser e acima de tudo respeite o outro como você desejaria ser respeitado. As crianças devem sim aprender a respeitar os homossexuais, assim como aprender as respeitar os idosos, os portadores de deficiência, os estrangeiros, os parentes, os professores, resumindo: respeitar todo mundo!
Ao invés de ficar reparando se as redes televisivas fazem isso ou aquilo, se os gays fazem isso ou aquilo, pega um livro e vai ler. Porque é isso que o país precisa: de pessoas cultas. Ninguém vê os verdadeiros intelectuais discutindo sobre homossexualidade ou assuntos polêmicos, porque para quem estuda a mente está sempre aberta…
do Recanto das Letras
por Allyne Fiorentino de Oliveira

Heterossexual é normal?

Muita gente diz que o “homossexualismo” é condenado pela bíblia. Se, entretando, fizermos uma leitura minuciosa e completíssima dos textos sagrados para religiões judaico-cristãs, não encontraremos a palavra homossexualismo, nem homossexualidade ou homossexual, em nenhuma passagem. Para quem imagina que a condenação ao amor homossexual vem de tempos imemoriais, uma surpresa: o termo homossexual foi criado apenas em 1868.
E, claro, imaginamos que o termo “heterossexual”, assim como o significado que a ele se atribui correntemente, o de amor normal entre pessoas de sexo diferentes, seja tão antigo quanto fazer sexo. Pois saiba: o termo heterossexual foi criado depois do termo homossexual,  por volta de 1892, e significava, em sua origem, o amor patológico e doentio por pessoa de sexo oposto. Ou seja, até o início do século XX , o termo heterossexual designava um ser “depravado”! Foi apenas muito lentamente que a palavra heterossexual passou a ter a conotação do ideal erótico que conhecemos hoje.
Como acostumamos com os conceitos e significados vigentes em nossa época e em nossa cultura, esquecemo-nos, muitas vezes, de que eles são contruções históricas, dependem da cultura e da forma de pensar dominante em determinada época e que sofrem variações de sentido no decorrer do tempo.
O amor entre pessoas do mesmo sexo, na época do Brasil colônia, era tido como pecado ou sem-vergonhice, sendo tratado com punição, o que podia até mesmo significar morte na fogueira da Inquisição. Com o avanço das ciências, a partir do final do século XIX, a medicina assumiu o “saber” sobre a sexualidade e, portanto, sobre a homossexualidade, que passou a ser entendida como doença, necessitando, assim, de cura e compaixão. Desde o final do século XX a homossexualidade deixou de ser considerada doença pela medicina, pela psiquiatria e pela psicologia, sendo entendida a partir de então apenas como uma outra forma de se estabelecer relacionamento afetivo e sexual. E a lógica é simples: se não há doença, não há o que curar!
Esses exemplos nos mostram que o controle da sexualidade e a forma de se entender a homossexualidade servem à ideologia dominante de uma determinada época. E, por isso, são mutáveis e moldáveis aos interesses de cada sociedade e cultura. Se, por um lado, isso evidencia a injustiça que se cometeu contra os homossexuais por séculos, por outro lado nos dá a perspectiva de, como agentes da história, podermos promover a transformação de mentalidade e não sucumbir a ela. A homossexualidade e a heterossexualidade são apenas formas diferentes de relacionamento afetivo e sexual e não se pode fazer juízo de valor que prestigie uma em detrimento de outra.
O poder de construir uma sociedade mais justa está em nossas mãos. O primeiro passo é ter consciência disso. Depois cabe mostrar ao mundo que ele pertence a todxs, sem exceção.
do Jornal de Teresina
por Valéria Melki Busin
http://agencialgbt.com.br/heterossexual-e-normal.html

Como explicar a homossexualidade para as crianças?



crianca
Os questionamentos sobre sexualidade são considerados normais pela psicologia dentro do desenvolvimento infantil. Como a homossexualidade tornou-se mais visível pelos meios midiáticos – e a criança fica exposta a esta informação- surgem dúvidas que outras gerações provavelmente não tinham tão precocemente.
O psicólogo Cesar A.R de Oliveira (saude_mental@ig.com.br) afirma que, por volta dos três anos de idade, a questão dos gêneros já começa a ser rotulada, mas com uma compreensão limitada. Depois, por volta dos 5 a 6 anos os pequenos estão convictos de que, independentemente de aparências, vestimentas ou atividades, os sexos estão definidos. À medida que tomam conhecimento sobre a existência de homossexuais, muitas vezes por denominações pejorativas, ficam curiosas e se interessam em saber mais. O psicólogo responde questões sobre como tratar o assunto de forma segura e saudável com os filhos:
DM- Como os pais devem conversar com as crianças sobre o homossexualismo?
Cesar Oliveira – 
Parto da premissa básica de que ninguém é capaz de dar aquilo que não tem. Como abordar sobre homossexualidade se falar sobre sexo é ainda um tabu, uma dificuldade muito grande para a maioria dos pais? E ainda: em alguns momentos homossexualidade é confundida com pré-conceitos religiosos e adquire o significado de pecado, em outros recebe uma forte carga de moralismo e então é “sem vergonhice”. Tudo isto complica ainda mais para os pais que pensam em abordar o assunto, pois seus valores terão influência direta sobre como tratar o tema. O ideal é que os pais não fujam da obrigação de educar seus filhos, pois as dúvidas sobre sexualidade fazem parte do processo de desenvolvimento infantil. Caso sintam-se constrangidos, envergonhados ou simplesmente se não souberem como fazer, sugiro que busquem a orientação de um profissional da área, o qual poderá auxiliá-los em suas tarefas de educação dos filhos.
DM- É melhor que esta discussão seja feita primeiro dentro de casa?
Cesar Oliveira – 
A distinção entre o espaço da casa e o da escola ficou reduzida na atualidade uma vez que as crianças têm ido mais cedo para os berçários, creches e escolinhas. Então, estão a todo o momento expostas ao espaço público e ao conteúdo que circular por ali, sendo importante que os pais mantenham-se atentos em casa brincando e conversando com seus filhos. Sempre que a criança trouxer distinções de gêneros, por exemplo, ao dizer que “isto é coisa de menino – ou de menina-, de que menino não brinca de bonecas” e isto não partiu de dentro de casa, é sinal de que ela ouviu de alguém e está procurando firmar seu lugar, sua identificação de gênero. Desde que as relações intrafamiliares sejam saudáveis e confiáveis, tudo o que for aprendido em casa terá maior importância para as crianças.
DM- Como evitar o desenvolvimento de preconceitos?
Cesar Oliveira – 
Não há a menor dúvida de que qualquer tipo de preconceito ganha reforço ou rechaço dentro da própria família, mesmo que por omissão. Então, ainda que manifestações de preconceito venham da escola ou do círculo social ao qual a criança esteja exposta, cabe à família – considerando uma família com pai e mãe interessados e preocupados com a educação dos filhos- uma intervenção no sentido de esclarecer seus filhos. É de se considerar como muito importante a fase de desenvolvimento infantil pela qual passa a criança, sua idade e sua maturidade, pois qualquer tentativa de orientação deve respeitar a capacidade de compreensão da criança. Todavia, é muito importante que os pais avaliem-se sobre quais são suas opiniões para com a homossexualidade, pois podem estar indiretamente reforçando os preconceitos em seus filhos. Sempre que uma criança tiver uma educação adequada em sua formação junto à sua família, esta servirá de parâmetro para o que vier depois, o convívio social, e somente terá preponderância à medida que estiver internalizada a sua opinião. Ao desenvolver um senso crítico os filhos poderão fazer valer seus conceitos, não se permitindo influenciarem-se por terceiros.
DM- Algumas pessoas acreditam que cenas homossexuais podem influenciar as crianças em sua opção sexual. Isso realmente pode ocorrer?
Cesar Oliveira – 
Há muita discussão e incertezas sobre comportamento sexual humano. Algumas teorias apontam para questões genéticas como causadoras de comportamento homossexual, outras, para implicações psicológicas e algumas para aspectos de influência do meio em que vive, alimentando o mito de que menino que é criado junto com meninas pode vir a ser homossexual, por exemplo. Todavia, estas suposições biopsicossociais ganham amplitude para alguns quando se insere a possibilidade de ser um “encosto”, uma influência do demônio e que deva ser tratado na Igreja. Então a exposição a cenas de homossexualidade através da televisão ou de qualquer outro meio somente será reforçadora da realidade de alguma crença familiar. É muito simplório acreditar que homossexualidade seja uma opção, uma escolha ou o resultado de alguma influência exterior, ela é um somatório muito complexo de acontecimentos na vida do sujeito. Há sempre a preocupação de que a mídia pode ser danosa às crianças, quer seja em exposição a cenas de violência, de estímulo ao consumo ou então, sobre cenas de sexo, explícito ou não. Entendo que, se cada vez mais o homossexualismo tem aumentado seu espaço nos meios de comunicação, é, naturalmente, por consequência de sua amplidão e pela tentativa de aceitação na sociedade. O que causa prejuízo às crianças é uma família que não esteja voltada à sua educação, são pais omissos ou ausentes, que tenham comportamentos inadequados e sem ética, ou de valores e concepções errôneas. Não é a homossexualidade que vai trazer algum prejuízo ao desenvolvimento infantil, é a forma como ela é vista pela família e repassada aos filhos que terá influência.

DM- Meninos têm mais tendência a ter preconceito ou atitudes violentas contra homossexuais do que as meninas?
Cesar Oliveira – 
A violência pode partir de qualquer um, homem ou mulher, na medida em que o preconceito seja alimentado. Todavia, em uma distinção de gêneros, os homens sempre têm um comportamento mais agressivo do que as mulheres, basta ver que são os homens os que mais morrem de forma violenta, seja no trânsito de veículos, em assassinatos ou até mesmo em suicídios. Então uma atitude violenta contra homossexuais pode ser definida como o preconceito em si: o simples fato de não convidar um amigo (a) para uma festa por questões sexuais veladas, não explícitas, é uma atitude de violência contra a liberdade individual. É claro que em se tratando de agressão física, este é um comportamento predominantemente masculino e suas causas devem ser investigadas em cada caso, pois, com certeza, o que representa aquela pessoa homossexual para o agressor tem muito a ver com a sua própria subjetividade. Em muitos casos, a agressão pode ser uma tentativa de autoafirmação de sua masculinidade, pois entende que agredindo a um homossexual estará afastando de si mesmo a possibilidade de vi-lo a ser, o que não serve de garantia alguma, evidentemente.
DM-O que a psicanálise fala sobre a homossexualidade de um modo geral?
Cesar Oliveira – 
Freud dedicou seus estudos a questões da sexualidade humana, e causou muito furor e surpresas ao dizer que a sexualidade infantil tem influência direta no desenvolvimento psicológico do ser humano. Até então, sexualidade restringia-se (e confundia-se) ao ato sexual entre adultos e não a questões que interessassem às crianças. De forma muito genérica, há muitas diferenças entre homossexualidades masculina e feminina, mas a essência é que não se trata de uma doença e nem de uma perversão, há psicanalistas de expressão que a definem como uma modalidade própria de amor, uma maneira particular de amar e sentir-se amado. O importante é que as pessoas percebam que a significado da homossexualidade mudou muito nos últimos anos e cada vez mais novas representações surgirão, ensejando também com que a sociedade mude.

Diálogo entre casais X disfunção erétil


A falta de diálogo entre os parceiros que passam pela DE norteou uma pesquisa conduzida pelo psicólogo Oswaldo Rodrigues, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade. Segundo ele, muitos homens com DE evitam todo tipo de contato físico com a mulher por temerem que ela queira sexo.
Vergonha. Angústia. Medo de fracassar. Sentimentos como esses fazem o homem com disfunção erétil evitar a mulher, que encara a distância conjugal como sinal de infidelidade.
Numa analise com 200 casais percebeu que 85% das mulheres desses pacientes acham que o marido tem outra mulher e por isso já não manifesta desejo por ela ,até a troca de carinhos fica afetada provocando um distanciamento entre o casal, com grande prejuízo emocional,já outros, depositam na companheira a culpa pelo desempenho insatisfatório. Muitos acreditam que se a parceira for bonita e jovem o problema desaparecerá, mas isso não é verdade. cerca de 82% dos homens que procuraram uma nova parceira perceberam que o problema persistia.
A disfunção erétil  tem uma carga psicológica intensa porque perturba a autoidentificação do paciente com o gênero masculino. Sente-se menos homem, ou meio homem, porque acredita que só será macho se for capaz de cumprir as funções sexuais que acredita estarem designadas ao homem: ereção e penetração. Essa visão tacanha, de que sexo é algo só genital, se aprende desde a infância. É por isso que muitos escondem o problema  por anos.
O homem já está com dificuldades e aparece um problema ainda pior com a esposa isso vira uma bola-de-neve, que só melhora quando a parceira entre em contato com o problema e também faça uma aderência ao tratamento.
Há estudos minuciosos sobre as causas orgânicas da DE, mas na prática diária o que observamos é que os fatores psicológicos  estão intimamente associados à piora do quadro. Em 70% dos casos há a influência do fator psicológico que pode ser o estresse, o receio da crise econômica, a falta de estímulo ou fantasia no relacionamento e até as cobranças por parte da companheira.

Londrina sedia maior evento sobre sexualidade do país

SAÚDE - SEXUALIDADE
09/09/2011 -- 14h57
Londrina sedia maior evento sobre sexualidade do país
O evento vai contar com a participação de profissionais das áreas de saúde, educação, assistência social, psicologia e comunicação
A Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (SBRASH), promove entre os dias 02 e 05 de outubro, o XIII Congresso Brasileiro de Sexualidade Humana, no Hotel Sumatra, em Londrina, Paraná.

Este evento reunirá participantes atuantes nas áreas da saúde, educação, assistência social, psicologia e comunicação, além de estudiosos e demais interessados nas questões relacionadas à sexualidade humana, contribuindo de modo efetivo na disseminação dos mais atuais conhecimentos sexológicos e do desenvolvimento de uma nova cultura do exercício da sexualidade junto à população.

Este é o maior evento nacional da sexualidade humana. São esperados mais de 600 participantes.

A programação conta com a presença da Dra. Laura Muller, psicóloga, especialista em sexualidade e consultora do programa Altas Horas (Rede Globo). Outros renomados profissionais promoverão discussões relacionadas ao tema, como Carla Cecarello, psicóloga e apresentadora do programa Falando sobre Sexo (ComunixTV), Celso Marzano, médico urologista, sexólogo e membro titular da ISSM (Sociedade Internacional de Medicina Sexual) e Maria Helena Matarazzo, socióloga e sexóloga.

onfira a programação completa do XIII Congresso Brasileiro de Sexualidade Humana: http://www.fbeventos.com/cbsh2011/programacao.php
Redação Bonde