terça-feira, 15 de março de 2011

Analgésicos podem causar impotência

Por Natasha Romanzoti em 14.03.2011 as 1:28
Homens idosos tendem a tomar mais analgésicos e ter mais problemas sexuais, mas isso significa que um problema causa o outro?
Talvez sim. Foi o que concluiu um novo estudo, que afirmou que a ligação entre medicamentos para dor e impotência se manteve mesmo após a exclusão de idade e diversas outras doenças como possíveis explicações.
A pesquisa mostra que os usuários regulares de drogas como aspirina, paracetamol, ibuprofeno e celebrex são 38% mais propensos a sofrer de disfunção erétil do que os homens que não tomam os analgésicos anti-inflamatórios.
De acordo com instituto nacional de saúde americano, cerca de 1 em cada 100 homens na faixa dos 40 anos têm disfunção erétil, em comparação com quase metade dos homens com mais de 75 anos.
No estudo atual, os cientistas analisaram questionários sobre a saúde de quase 81.000 homens com idades entre 45 e 69 anos. Em geral, apenas metade afirmou tomar analgésicos regularmente (pelo menos cinco vezes por semana) e menos de um terço relatou moderada ou severa disfunção erétil.
Daqueles que tomavam analgésicos regularmente, 64% disseram que nunca tinham ereção, em comparação com 36% dos homens que não tomavam os remédios tão frequentemente.
Após a verificação de fatores como idade, peso, pressão arterial alta e doenças cardíacas, os pesquisadores ainda encontraram um risco 38% maior de disfunção erétil entre os homens que tomam analgésicos.
Ainda assim, os cientistas alertam que os resultados não provam que analgésicos provocam impotência. É possível que fatores desconhecidos estejam em jogo, ou que eles não tenham conseguido eliminar a influência de outras doenças inteiramente.
Por exemplo, muitos homens tomam uma dose baixa de aspirina porque estão em maior risco de ataque cardíaco, o que significa que seus vasos sanguíneos não estão em forma, e isso pode afetar o pênis também.
As artérias do pênis são menores do que aquelas que vão para o coração, e por isso podem ficar bloqueadas até vários anos antes. Elas obstruem o sangue que normalmente faz o pênis crescer e tornar-se duro.
Porém, os cientistas acreditam que tais drogas analgésicas bloqueiam os hormônios que “comandam” as ereções dos homens, o que pode ajudar a explicar as novas descobertas.
Como o estudo não testou os analgésicos diretamente, os pesquisadores advertem que os homens não devem parar de usar os remédios por medo de reduzir as chances de conseguir uma ereção. [MSN]
http://hypescience.com/analgesicos-podem-causar-impotencia/

Infidelidade feminina quase que dobrou em uma década

Infidelidade feminina quase que dobrou em uma década
por Patrícia Diguê, da Istoé

As mulheres estão traindo mais, indicam as pesquisas. Levantamento da Fundação Perseu Abramo e do Sesc com 2.365 brasileiras mostrou que 12% delas admitiram ter pulado a cerca pelo menos uma vez na vida – há nove anos eram 7%. Outro estudo, do Projeto de Sexualidade (Prosex) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), coordenado pela médica Carmita Abdo, mostra que, em média, metade já eve algum envolvimento extraconjugal.


Mais surpreendentes do que os números são os motivos que as fazem infiéis. Na pesquisa recém-divulgada da fundação, “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços públicos e privado”, aparece a vingança como a grande motivadora para elas procurarem outro homem. Uma em cada três (35%) disse que só enganou o parceiro porque descobriu que havia sido traída e desejava provocar ciúme.

A advogada C.V., 23 anos, seguiu essa cartilha. Após três anos de namoro, ela descobriu que o namorado se encontrava com outras. “Todo mundo sabia, foi humilhante”, conta C.V., que chegou a surpreender o amado abraçado a uma moça. A primeira reação da advogada foi ceder às investidas de um colega de classe. “Na hora me deu tanta raiva que eu só pensei em dar o troco, nem estava apaixonada.” A pulada de cerca foi passageira e o namoro ainda durou três meses. “Mas eu não conseguia mais confiar nele e terminei tudo.” Segundo a antropóloga Mirian Goldenberg, elas dizem que foram empurradas para o colo de outro por vingança porque, mesmo inconscientemente, sabem que é mais aceitável do que assumirem uma atração física. “Culpar o homem pela traição, é uma desculpa social, já que em nossa sociedade não é aceito que as mulheres tenham o desejo de ter mais de um homem”, explica a autora de “Por que os Homens e as Mulheres Traem?” (editora Record). Em suas pesquisas, Mirian encontrou um índice de traição feminina de 47%. “As mulheres estão mais ativas no comportamento sexual, mas no discurso continuam se colocando como vítimas”, completa.

A segunda justificativa para trair o parceiro apontada na pesquisa da Perseu Abramo é a carência afetiva – 26% responderam que foram infiéis por não se sentirem amadas suficientemente pelos namorados ou maridos. Em terceiro lugar vem a insatisfação sexual (14%). Quando ficou grávida de seu filho, 15 anos atrás, a astróloga Denise Rodrigues, 51 anos, teve de enfrentar não somente uma gravidez complicada, mas também a rejeição do marido. “Tive uma gestação de risco e fui para perto da minha família em outra cidade nos últimos quatro meses. Quando voltei, ele tinha arrumado uma amante.” Depois de um ano de humilhações, uma depressão e muitos quilos a menos, ela encontrou alento no vizinho divorciado que a galanteava havia seis meses. “Eu estava extremamente carente e me sentia atraída por ele. Foi uma paixão louca, me senti bonita e desejada de novo, com mais vida”, conta. Apesar de o marido ter descoberto o romance, ela permaneceu com o companheiro até a morte dele, dois anos atrás. “Fizemos terapia de casal e ficamos mais 12 anos tentando, ele continuou a ter casos e era frio comigo, mas não tive mais ninguém, acabei jogando minha energia em outras coisas da vida.”

Outra especialista em relacionamentos amorosos, a psicanalista Regina Navarro Lins, autora do best seller “A Cama na Varanda” (editora Best Seller), explica que as mulheres lançam mão de motivos dramáticos para justificar um comportamento não aceito pela sociedade porque são educadas a ser frígidas. “Feminilidade no século XIX era não gostar de sexo e até hoje elas têm dificuldade de dizer que gostam”, explica a médica, que, em levantamento pela internet para escrever o livro “A Cama na Rede” (editora Best Seller), no ano passado, registrou índice de 72% de pessoas que já traíram, tanto homens quanto mulheres. Somente 11% das entrevistadas na pesquisa da Perseu Abramo admitiram que o que as levou aos braços de outro foi simplesmente a atração física. Ainda aparecem como causas da traição feminina o fato de ter casado por obrigação, a violência do marido e a ausência de vida sexual.

Na opinião de Regina Navarro, foi a invenção da pílula anticoncepcional, há 51 anos, que abriu o caminho para a igualdade de gênero também no item traição. “As mulheres tinham menos relações extraconjugais porque tinham medo de uma gravidez indesejada, mas a pílula mudou isso”, avalia. Para a psicanalista, o que ainda impede que elas traiam tanto quanto os homens é o fato de ainda sentirem mais medo e culpa do que eles. E isso se deve à educação dada às meninas: não separar sexo de amor. “Ainda somos regidos pela ideia do amor romântico, que entrou para valer na década de 1940 e prega a existência de uma fusão entre os amantes, em que um vai preencher todas as necessidades do outro”, explica Regina.

Por outro lado, os homens não cresceram sob esse tabu e conseguem fazer a separação com facilidade. Tanto que os índices de traição masculina continuam altos. Na pesquisa da Perseu Abramo, que também entrevistou 1.181 homens, 45% deles disseram já ter traído. “Sexo e amor são coisas distintas, você pode amar e não querer ter sexo e gostar de ter sexo e não querer casar. Está mais do que na hora de acabar com essa ideia de que uma pessoa tem que contemplar tudo. É por isso que existe tanta frustração nas relações”, defende Regina. E as mulheres, segundo ela, são as que mais sofrem e se mostram mais insatisfeitas nos casamentos. “Por causa desse pacto de exclusividade, que na prática é uma ficção, 80% dos casais vivem mal. Não sou contra casamento, mas essa fórmula que está aí não está dando certo”, preconiza a pesquisadora.

Nisso, os estudiosos das relações amorosas são uníssonos: homens e mulheres vão encontrar cada vez mais novas formas de se relacionar. “O jeito como lidamos com o amor está em constante transformação. É só imaginar que até há muito pouco tempo adultério era considerado crime”, lembra Carmita Abdo, da Prosex/USP. Para Mirian Goldenberg, a vantagem é que os casais terão mais opções. “Alguns manterão a exclusividade sexual como principal valor do casamento, outras experimentarão maior liberdade.” Regina Navarro vai mais longe. “Acredito no poliamor, quando se pode amar e ser amado por mais de uma pessoa.” Pelo jeito, se relacionar com o sexo oposto ficará mais e mais complexo daqui para frente.
www.istoe.com.br/.../128077_POR+QUE+AS+MULHERES+TRAEM

Terapia de calor será testada contra ejaculação precoce

15/03/2011
Terapia de calor será testada contra ejaculação precoce
Redação do Diário da Saúde

Terapia de calor

Médicos do Case Medical Center, nos Estados Unidos, estão realizando o primeiro estudo-piloto com uma nova "terapia de calor" para tratar a ejaculação precoce.

O procedimento é chamado de modulação neurotermal guiada por imagem.

O calor é produzido por ondas de rádio dirigidas com uma sonda e dirigido para um nervo, de forma a modular, ou diminuir, as sensações que ele transporta.

Ejaculação precoce

Dados de diversas pesquisas indicam que a ejaculação precoce afeta entre 20 e 38 por cento dos homens no mundo todo, sendo esta a disfunção sexual masculina mais comum.

Atualmente há poucas opções de tratamento, de eficácia limitada, baseadas em medicação oral, tais como inibidores seletivos de recaptação da serotonina, que pode ter efeitos colaterais por todo o corpo durante o uso prolongado.

"Estamos muito animados com este que é o primeiro estudo desse tipo no mundo," disse David Prologo, coordenador da pesquisa. "Esta é uma condição bastante comum para a qual os homens têm opções muito limitadas [de tratamento]. Se pudermos demonstrar que a terapia local pode ajudar, teremos uma opção ambulatorial para controle dos sintomas [da ejaculação precoce]."

Ajustando a sensibilidade do nervo

Neste tratamento experimental, os pacientes serão submetidos a uma tomografia computadorizada para guiar um minúsculo eletrodo, do tamanho de uma agulha, até o nervo dorsal do pênis que, em última instância, é o responsável pela sensibilidade da pele do pênis.

Ondas de rádio serão transmitidas de forma intermitente através do eletrodo para diminuir as sensações coletadas por este nervo. Os pacientes ficarão sedados, mas conscientes, durante o procedimento.

O procedimento será feito em ambulatório e os pacientes poderão ir para casa no mesmo dia. O tratamento leva apenas cerca de 20 minutos, sem contar o tempo de preparação antes e o tempo de observação ao final.

Ablação

O Dr. Prologo explica que o nervo se recupera ao longo do tempo. Ou seja, os efeitos do tratamento não são permanentes.

Se os efeitos observados durante o estudo piloto forem positivos, o próximo passo será avaliar a possibilidade de uma ablação permanente.

A ablação é comumente usada para o controle da dor em pacientes com problemas nas costas, por exemplo.
http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=ejaculacao-precoce-terapia-calor&id=6281

segunda-feira, 14 de março de 2011

Conheça mitos relacionados à qualidade de vida sexual

11/03/2011 -- 14h46
Conheça mitos relacionados à qualidade de vida sexual
Disfunções sexuais nem sempre estão associadas a problemas físicos; maneira de pensar e conduzir o relacionamento também influência relação sexual


Conceitos de vida sexual masculina e feminina são caracterizadas pelo aprendizado social das pessoas, por suas relações com o mundo e cultura. Tendo isso como premissa é muito comum que surjam mitos e crenças estereotipadas e muitas vezes exacerbadas sobre a vida e a atividade sexual.

Quando falamos de disfunções sexuais logo podemos pensar em problemas de caráter físico e muitas vezes demoramos a compreender que o que nos aflige também pode estar além da biologia, ou seja, tudo isso também pode ocorrer por maneiras de pensar e agir em uma relação conjugal e sexual.

Atualmente temos uma proposta sexual exposta na mídia de corpos excepcionais e superpotencializados sexualmente, sem contar nos discursos sexuais perfeitos que surgem em rodas de amigos e amigas.

Finalmente quando nos deparamos em uma situação que contradiz aquilo que estamos acostumados a ouvir e que conhecemos como ''normal'', começamos a nos questionar e tentar encontrar mecanismos que nos tirem desse sofrimento psíquico que muitas vezes ficam internalizados durante anos por medo da repreensão cultural e social, medo da estigmatização da pessoa enquanto individuo, no medo de fracassar cada vez mais até chegar a uma situação irreparável.

Nessa situação começamos a acreditar em uma possível dessexualização pessoal, às vezes até optando por não mais tentar viver o prazer que a atividade sexual pode proporcionar. Nesse contexto começamos a reforçar mecanismos que podem manter o comportamento disfuncional, como: a antecipação do fracasso, obrigação de satisfazer a parceira, fingir prazer sexual, a necessidade de sempre estar pronto e disposto, não interessa onde, nem quem esteja oferecendo.

Todos os exemplos citados e muitos outros podem contribuir para que a sexualidade seja defasada e que a disfunção se instale cada vez mais angustiante e profundamente.

Mas esquecemos de um pequeno detalhe: a vida sexual deve e pode ser prazerosa. Quando nos deparamos com mitos e crenças, tendemos a nos prender a eles e fazer deles condições imutáveis, regras que devem ser seguidas a todo custo, nem sequer pensamos em questioná-los. Nos colocamos a mercê de uma vida estagnada e sem possibilidades de reaprendizado.

A vida sexual pode ser vivida sem culpa, desde que nossos desejos e ações não interfiram no bem-estar do outro.

Devemos procurar maneiras e mecanismos que possam viabilizar uma vida sexual ativa e, acima de tudo, prazerosa. Se para isso for necessário procurar um profissional especializado, que seja, pois a busca sempre quer dizer novas possibilidades de ver a situação de maneiras diferentes, de reaprender aquilo que por algum motivo tornou-se a única possibilidade.

Não saber, não é motivo para vergonha, vergonhoso mesmo é ter medo de questionar, experimentar e de viver.

Diego Henrique Viviani, psicólogo (São Paulo)

http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--62-20110311&tit=conheca+mitos+relacionados+a+qualidade+de+vida+sexual

domingo, 13 de março de 2011

Busca do desejo sexual

Zenilce Vieira Bruno - Psicóloga, pedagoga e sexóloga
zenilcebruno@ uol.com.br

A busca da melhora na sexualidade é tão antiga quanto a história da própria humanidade. Práticas eram usadas na Idade Média para ter e conseguir a pessoa amada. Inúmeros fetiches foram e são usados no ritual do sexo.

Portanto, não é de admirar que os seres humanos venham buscando formas fáceis e até mágicas de modificar e elevar a libido. Muitas substâncias foram anunciadas como tendo propriedades afrodisíacas com capacidade de realçar o impulso sexual.

Os afrodisíacos têm como principal característica a problemática de sua variância, pois o mesmo “agente”, instigante para uns, pode ser elemento de bloqueio para outros, daí torna-se antiafrodisíaco, inibindo o desejo sexual. A finalidade dos afrodisíacos é incitar o amor carnal.

De fato, não existe qualquer substância que aumente o desejo sexual em todas as pessoas. É necessário compreender que o elemento liberador da sexualidade está, não no afrodisíaco, mas dentro da própria mente, não podendo criar nada que já não exista.

Muitos dos fatores que afetam nosso impulso sexual estão fora do nosso controle, pois a marca da sexualidade humana é o papel central desempenhado pelo parceiro e não apenas as características exibidas por aquela pessoa, mas seu comportamento. Outra razão é que algumas das variáveis que afetam nosso impulso sexual estão além da nossa percepção consciente.

Desde sempre, a humanidade tem recorrido a substâncias, truques e jogos que as pessoas tidas como sérias e virtuosas se apressam a classificar como perversões, para estimular o desejo amoroso e a fertilidade. No entanto, para os simples mortais, a sexualidade é um componente da boa saúde e faz parte do caminho da alma; não está associada a culpas.

Vivemos obcecados por um insaciável apetite de sensações cada vez mais fortes, porque, na pressa de devorar tudo, dissociamos o corpo da alma. Já não basta uma carícia sutil, o prazer da pele contra pele ou compartilhar uma fantasia; exigimos exaltação cósmica.

Penso que há tanto descaso com o outro e com as emoções nessa olimpíada de desempenhos que tudo termina por se inverter. Na falta de alegrias consistentes, de sinceridade, de espontaneidade do sentimento, tem lugar a

indústria erótica que serve mais

à competição que à expressão amorosa.

A cultura na qual se enquadra hoje o sexual é aquela do espetacular, que se mostra, expõe, revela, se manifesta em eficiência. Daí a necessidade gerada de se parecer que é o melhor, que se é potente, competente e até onipotente, mesmo que lá no íntimo, sintamo-nos frágeis e até impotentes.

É necessário anunciar de peito aberto que o único afrodisíaco verdadeiramente infalível é o amor. Nada consegue deter a paixão acesa de duas pessoas apaixonadas. Neste caso, não importam os achaques da existência, o furor dos anos, o envelhecimento físico ou a mesquinhez de oportunidades; os amantes dão um jeito de se amarem porque, por definição, esse é seu destino.
http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2011/03/12/noticiaopiniaojornal,2112472/busca-do-desejo-sexual.shtml

quinta-feira, 10 de março de 2011

Casais grudentos

Casais grudentos
March 8th, 2011
Casais grudentos

Os relacionamentos conjugais existem em diversas formas que permitem que se estenda por muitas décadas.

Alguns casais são tormentosos, discutem e brigam constantemente, mas tem a base do relacionamento nesta forma do que parece ser mal estar para os outros.

Outros casais baseiam-se em manutenção do contato físico e atividades conjuntas. A isto sempre se denominou companheirismo. Alguns casais assim sempre podem dar-se muito bem, mas em outros poderá ocorrer mal estar num dos cônjuges que necessite momentos solitários e atividades individuais. Nestes casos o casal será prejudicado caso não recontrate como estabelecer um formato de relacionamento que satisfaça as necessidades de ambos.

Mas muitos casais que parecem viver grudados podem dar-se muito bem e estar satisfeitos com este modelo.

Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Iowa, o companheirismo excessivo é mais nocivo do que os parceiros indiferentes.

Existe, sempre, uma pequena percentagem de casais que viverá compartilhando o cotidiano de modo satisfatório para os dois cônjuges. Podem trabalhar juntos e fazer a maior parte das atividades em conjunto.

Os casais que estão satisfeitos não aparecerão, pois não reclamam, não são visíveis fora do normal, não serão considerados um problema aos conhecidos e vizinhos. Por isso os casais brigões aparecem mais, mesmo que sejam, talvez, uma proporção semelhante.

Este grupo pode aumentar, mas não há indícios de que seja algum aumento importante estatisticamente.

Ter um companheiro grudento pode trazer benefícios: Confiança plena e constante para ambos! A divisão de atividades de modo complementar será outro benefício, com aumento de comunicação efetiva e constante. Aprendem a comunicar-se de modo eficaz e constante, aumentando a confiança entre o casal.

Sempre o relacionamento grudento pode produzir casais simbióticos, mutuamente dependentes num grau que quando o outro deixa de existir, ambos individualmente também passam a não existir junto com o casal.

Em verdade podemos observar algo semelhante em todos os casais mais idosos que conviveram por muitas décadas. A afinidade intensa deste companheirismo e como cada um confia no que o outro fará a cada dia e em cada momento do dia traz segurança especial. Quando um dos dois falece, em pouco tempo vemos o outro falecer, tendo desistido da vida sem companheiro. Este seria um malefício: perder a capacidade de viver individualmente e sem companhia específica.

Homem grudento ou a mulher grudenta: os dois podem ser muito ruins caso a outra pessoa não seja compatível com este grude. Somente pessoas que saibam administrar este tipo de relacionamento é que poderão tirar proveitos deste grude. São pessoas que agradam-se de ter alguém por perto sempre, e que conseguem produzir momentos de individualidade pessoal, quando também a chamada pessoa grudenta também terá seu momento individual.

E a individualidade?

Todas as pessoas precisam de momentos de individualidade. Alguns homens jogam futebol uma vez por semana, ou jogam tênis, ou pôquer, ou colecionam moedas ou selos. Alguns deleitam-se em ler, isolados, outros fazendo remendos na casa, lidando com madeira numa marcenaria caseira… Mulheres querem passar algumas horas no cabeleireiro, fazer as unhas, andar no shopping dizendo que fazem compras…

Cada pessoa descobre e desenvolve atividades que permitem com que se identifiquem como indivíduos diferenciados. Cada casal precisa desenvolver suas formas compatíveis de atividades que garantam a individualidade.

Mudanças Sociais

A parcela de mulheres que desenvolveram nas poucas últimas décadas características que as permitem enfrentar o mercado de trabalho e participar da administração dos locais de trabalho, terão dificuldades de aceitar positivamente este homem se ele, de fato, ficar o tempo todo ao seu redor. Mas algumas os assimilarão complementarmente da mesma forma que o inverso era muito mais comum há época de nossos avós.

Então nos cabe perguntar a estas mulheres, diferenciadas de suas mães e avós, que tipo de homem elas preferirão e com os quais se sentirão mais adequadas.

As mulheres que tem um compromisso como relacionamento, com o casamento, farão muito bom uso de homens que sejam mais grudentos!

Estas mulheres que não tem projetos de relacionamentos paralelos em suas vidas se encaixarão de modo muito fácil e tranquilo com homens que serão sentidos como confiáveis, excelentes companheiros.

Como precisa ser desenvolvido o convívio com grudentos

O contrato do casamento pode ter sido entendido que compreendia a aceitação desta característica… assim será um árduo trabalho recontratar o casamento, produzir nova forma garantia de relacionamento que exclua este comportamento grudento. Nem sempre isso será possível, pois haverá o sentimento de ter sido enganado, traído, pois o acordo tácito que o casal efetuou para desenvolver o relacionamento era a base deste casamento…

Haveria de ser um processo de certa maneira longo através do qual ambos precisariam compreender como desenvolver novo mecanismo de convivência que permitisse que os dois indivíduos envolvidos possam satisfazer as necessidades individuais.

Cada indivíduo precisará reconhecer em si mesmo as necessidades pessoais para poder expor ao outro. Isto implica em melhorar comunicação verbal e desenvolver expressividade emocional assertiva, o que nem sempre os casais aprenderam ou pretendem desenvolver. Apenas assim não se magoa o outro quando a intenção é de melhorar o casal.

Podem existir casais grudentos e grudados de modo a produzir felicidade a ambos cônjuges.

O mais importante é aprender a comunicar-se consigo mesmo e com o outro, pois assim pode-se administrar diferenças e possíveis mudanças necessárias durante a vida.

Fonte: Psic. Oswaldo M. Rodrigues Jr : Psicólogo (CRP06/20610), psicoterapeuta sexual e de casais do Instituto Paulista de Sexualidade – www.inpasex.com.br; autor de vários livros sobre sexualidade, incluindo “Amor e Sexualidade” (Iglu ed., 2007), “Problemas sexuais” (Biblioteca 24×7, 2008);
http://semeandooconhecimento.net/casais-grudentos/

Sexualidade é assunto de criança - Saúde e Ciência - Extra Online

Sexualidade é assunto de criança

Tatiana Clébicar - O Globo Online Tamanho do textoA A A


Quando falar de sexo com as crianças? Como explicar por que há meninos que gostam de meninas e meninos? Por que alertar para os riscos de abusos sexuais? Para responder a questões com as quais nem sempre os pais lidam bem, a psicanalista Maria Cecília Pereira da Silva reuniu artigos de especialistas em crianças e adolescentes no livro "Sexualidade começa na infância" (Casa do Psicólogo). Doutora pela PUC-SP e membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise, Maria Cecília defende que os conceitos aprendidos e as experiências vividas na infância serão determinantes na vivência da sexualidade na idade adulta. Por isso, pais e professores têm de estar preparados para lidar com o tema com naturalidade e seriedade. Leia aqui orientações para pais e professores.

- Os pais transmitem seus valores sobre a sexualidade mesmo sem nada a dizer. Se estiverem à vontade para conversar sobre sexualidade com as crianças desde cedo, provavelmente, os filhos terão mais liberdade e prazer na vida adulta.

Para a médica o mais importante diante de uma pergunta é entender o criança quer saber. E não há limites de idade para se tocar no assunto. A curiosidade da criança é o que define quando é a melhor hora de conversar sobre sexo ou outros temas:

- Ao compreender o tamanho e o conteúdo da pergunta, é preciso dar uma resposta cientificamente correta e objetiva e corrigir informações erradas. Responda sempre, mesmo que seja para dizer que não sabe. Nunca diga "quando você crescer, eu respondo", "pergunte ao papai quando chegar", "pergunte à sua mãe", "isso é coisa de mulher", "foi a cegonha que te trouxe", ou "não tenho tempo agora".

Reprimir é um perigo

Ela alerta que as conseqüências da repressão podem ser danosas para todo o desenvolvimento da curiosidade existencial.

- Se não podemos saber de onde viemos, não podemos investigar o mundo. Além disso, conforme o nível de repressão toda possibilidade ao prazer na vida fica interditada - diz ela, acrescentando que os pais devem tratar a descoberta da sexualidade pelas crianças de maneira acolhedora, porém firme. - Por exemplo, uma conversa particular com a criança que se masturba em situações de grupo pode ajudar. Os pais devem explicar que alguns comportamentos íntimos, que dizem respeito apenas à própria pessoa, devem acontecer em lugares reservados, com privacidade. Como outras normas de convivência social, as crianças rapidamente entendem a diferença entre o que pode e o que não pode ser feito em público e procuram se adequar a elas.

Programa de TV tem hora

Maria Cecília enfatiza que a brincadeira é a forma que a criança encontra para dar vazão à sua curiosidade sexual. Mas alerta: brincadeiras repetitivas podem ser sinal de que algo não vai bem. Ela critica ainda o excesso de estímulos sexuais em programas de TV ou na internet. (Vote aqui: Você conversa sobre sexo com seus filhos?)

- Programas com muito estimulo sexual criam uma excitação na criança com a qual ela não é capaz de lidar - afirma, comentando a polêmica envolvendo personagens do universo infantil como Harry Potter e o dinossauro Barney nos quais alguns pais e estudiosos enxergavam tendências homossexuais. - As questões de gênero podem ser trabalhadas a todo o momento na sala de aula ou fora da escola. é importante tomar cuidado com as fantasias e projeções dos adultos, evidenciando muitas vezes preconceitos, sobre as brincadeiras e programas infantis. Acredito que o mais importante é que as crianças tenham modelos masculinos e femininos para se identificar e conte com adultos críticos para conversar sobre aquilo a que assiste. Lidar com as diferenças é muito importante e todo o tempo as crianças se deparam com elas no seu dia-a-dia, inclusive com meninos que brincam de boneca e meninas que não largam a bola.
http://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/sexualidade-assunto-de-crianca-662530.html