Produtos proibidos
Importadores pressionam liberalização de material pornográfico
Aprovável alteração da Pauta Aduaneira no próximo ano já faz com que alguns sectores empresariais dedicados à importação de variadíssimos produtos pressionem a Direcção Nacional das Alfândegas no sentido de permitir a entrada no país de produtos até agora tidos como pornográficos.
Actualmente, a Direcção Nacional das Alfândegas desenvolve uma série de consultas com diversos organismos ministeriais e empresariais, sendo nestes últimos onde se situam os indivíduos que pretendem ver alterados alguns pontos do artigo 54, constantes do decreto 2/ 08 de 4 de Agosto, particularmente os que proíbem a entrada em Angola de bebidas ou comprimidos estimulantes sexuais, livros, impressos, fotografias, fitas cinematográficas, desenhos, estampas, objectos pornográficos ou de estímulos sexuais.
Na realidade, de acordo com informações apuradas por este jornal, as autoridades alfandegárias e a própria Polícia Fiscal têm permitido apenas a entrada destes materiais pornográficos quando se apresentam como para uso próprio, proibindo apenas a importação de grandes quantidades destinadas sobretudo para a comercialização. Mas estes limites não travam a existência cada vez maior destes produtos pornográficos, cuja comercialização é tida como proibida, sendo o caso mais flagrante a venda nas principais praças da cidade de vídeos ou DVDs com filmes de cariz sexual.
“A venda de filmes pornográficos também é crime. E como a pornografia vem em DVD, está abrangida igualmente nos artigos 31, 32 e 34 da Lei 4/90 de 10 Março, que é a chamada Lei dos Direitos de Autor. Pune com prisão e multas aqueles que forem apanhados a comercializar tais produtos”, contou uma fonte afecta à Direcção Nacional de Inspecção às Actividades Económicas, a conhecida Polícia Económica.
A comercialização de filmes é apenas a ponta mais visível de um mercado negro existente há anos em Luanda e arredores onde qualquer cidadão pode encontrar variadíssimos produtos libidinosos e outros até agora tidos por alguns sectores mais conservadores da sociedade angolana como perversos.
Maria António (nome fictício), secretária de um conhecido grupo empresarial contou a O PAÍS que já conseguiu comprar aqui mesmo em Luanda óleos exóticos, líquidos para fricção dos órgãos genitais, fantasias diversas, borboletas clitorianas que dão a sensação de alcance de orgasmos e outros produtos.
A primeira vez que teve acesso aos referidos produtos foi por intermédio de algumas comerciantes brasileiras que se dedicam oficialmente a comercialização de roupas, mas que tinham à disposição outros produtos, incluindo vibradores (pénis artificiais).
“Tive conhecimento porque uma amiga contou-me da presença delas. Eram sobretudo pessoas que vendiam roupas, mas inicialmente pedimos que nos trouxessem estas coisas. Pessoalmente nunca comprei um vibrador, mas tenho colegas que já compraram vários”, explicou a jovem de 36 anos, acrescentando que “não se tratam apenas de produtos para mulheres. É para a brincadeira dos próprios casais”.
Normalmente, Sandra Pascoal (outro nome fictício, que introduzimos a pedido da própria entrevistada), publicitária, contou a este jornal que inicialmente adquiria alguns destes ‘produtos proibidos’ quando se deslocasse a Portugal, África do Sul ou Brasil, mas hoje encontra-os aqui mesmo em Luanda, das mãos das conhecidas “moambeiras” que se dedicam legalmente à venda de roupas.
Segundo ela, os óleos para massagens que devem ser friccionados nos órgãos genitais masculinos ou femininos adquiri-os numa conhecida casa de cosméticos, cuja denominação preferiu omitir. “Há de tudo um pouco aqui, desde os óleos relaxantes, pastilhas, um kit de bolinhas, cuecas comestíveis com sabores que vão desde o morango ao chocolate e ao pêssego, assim como uma tampa de chocolate, também comestível, com que as mulheres podem tapar o seu sexo e os homens comem durante as preliminares”, acrescentou.
Sandra explica que na capital do país o preço de um vibrador pode ficar entre os 150 e 200 dólares norte-americanos, independentemente da cor de cada um. Diz ela que os vibradores pretos chegam a ser mais caros, porque “é raro de se encontrar”. Quanto aos óleos relaxantes, segundo a nossa interlocutora, os frascos custam entre os 20 e 25 dólares cada.
“As pessoas que vendem roupa também trazem isso. Nas conversas com as amigas ficamos a saber de tudo”, contou a senhora, a caminho dos 40 anos de idade, revelando que “outras fantasias como as de enfermeira, professora, tigre, cozinheira ou gata selvagem custam entre 100 e 120 dólares, podem ser encontradas em muitas casas de roupa íntima em Luanda, mas só que muitas das vezes não são expostas ao público”.
Tabu?
As duas interlocutoras deste jornal concordaram que apesar da proibição da entrada de material pornográfico, principalmente quando destinado ao comércio, aumenta consideravelmente o número de pessoas que utilizam os adereços sexuais que mencionaram.
Maria António considera que servem para “brincadeira dos casais”, ao passo que Sandra Pascoal acredita que é “para quebrar a monotonia do casal”. A segunda justifica o uso os referidos produtos “porque é uma forma indirecta de manter a relação, tendo em conta o stress que as pessoas aparentam quando regressam à casa”.
Alfândega nega pressão
Uma fonte do gabinete do director nacional das Alfândegas, Sílvio Burity, que preferiu falar sob anonimato, não confirmou a existência de pressões
a nível dos importadores para que se liberalize a entrada de material pornográfico.
Segundo a fonte, o decreto-lei 2/08 de 4 de Agosto estabelece os referidos produtos como mercadorias de importação proibida quando importados para fins comerciais. Garantiu que estas mercadorias não são interditas quando entram em quantidades não comerciais, porque a alfândega não tem competência para os travar.
Questionada outra vez sobre a existência de informações que apontam para algum tipo de pressão no sentido da liberalização dos referidos produtos, a fonte disse que a “Alfândega reserva-se apenas ao direito de verificar a qualidade, quantidade e a
Aspecto (desfocado) de uma sexy shop. em natureza da mercadoria importada, quer seja por via terrestre, marítima ou aérea. Desde que não colidam com os procedimentos aduaneiros”.
A fonte reconhece a presença de quantidades consideráveis dos materiais tidos como proibidos a serem comercializados em alguns pontos da cidade, principalmente revistas pornográficas. Ela acredita que é uma mercadoria que entra através do contrabando, ou seja, de forma camuflada.
“O contrabando acontece de várias formas, seja ela terrestre, marítima ou aérea. Nós trabalhamos com base num perfil de risco, quando uma determinada importação cai neste perfil actuamos”, justificou.
Para que a Direcção Nacional das Alfândegas deixasse de ver os referidos bens como mercadorias proibidas seria necessária a alteração da Lei. O próprio decreto-lei que estabelece a proibição não é um produto desta instituição afecta ao Ministério das Finanças, que actualmente está em concertação com outros ministérios, instituições comerciais e empresariais para a actualização da nova Pauta Aduaneira. A nova será harmonizada já no próximo ano, segundo informações apuradas por este jornal.
“Não posso dizer que seja isto que leva algumas pessoas a pensarem que se pode mexer nos pontos proibidos, porque nada nos levou até agora a pensar assim”, rematou a fonte do gabinete do director nacional das Alfândegas, Sílvio Burity.
Dani Costa
11 de Julho de 2011
http://www.opais.net/pt/opais/?id=1657&det=22066&mid=
terça-feira, 12 de julho de 2011
´A outra´ gera polémica
´A outra´ gera polémica
A dor de dividir o marido
Depois de alguns anos de vivência, o anterior companheiro de Maria do Céu decidiu visitar a sua terra natal: o Úige. O que parecia ser uma viagem normal, acabou por se tornar fatal para uma relação que se adivinhava duradoira. Além dos víveres, para espanto da senhora, o cônjuge regressou das terras do "bago vermelho" com uma outra encomenda na bagagem, uma conterrânea com quem acabou por ficar por suposta obrigação dos seus parentes.
"Isso aconteceu em 1992. Ele contou-me que foi obrigado a ficar com ela por ser da mesma terra. Tivemos de viver juntas na mesma casa e houve vezes em que tínhamos de partilhar a mesma cama com o nosso marido. Ele dormia no meio, eu à frente e ela atrás dele, até que chegou um tempo em que já não aguentava mais e tive de me separar", contou a nossa interlocutora.
Depois do afastamento, Maria do Céu não conseguiu se conciliar com o companheiro. E este aproveitou o tempo de separação para fazer outros dois filhos com a sua conterrânea. Infelizmente, as duas acabaram por perder definitivamente o marido, tendo ele investido numa terceira aventura amorosa que dura até hoje. Agora, a anterior primeira é a segunda de outro homem que conheceu há menos de um ano.
O facto de se ter tornado a outra de um homem já comprometido não a incomoda. "Eu aceitei, por que é que haveria de negar? Sei que é complicado aceitar que amanhã ele vá dormir com outra e no dia seguinte vem passar à noite comigo", defendeu-se a jovem, hoje quase refeita do anterior desaire amoroso. E acrescentou: "faço isso por amor, mas, na realidade, muitas aceitam isso por interesses materiais. Se fosse para ser a terceira ou a quarta é que não admitia, por nada neste mundo"
Apesar de ser um assunto cada vez mais presente, a existência das «segundas, terceiras ou quartas esposas» nunca mereceu tantos comentários como nos últimos dias, por causa da disseminação da música "A Outra", inserida no último disco do músico Matias Damásio, intitulado "Amor e Festa na Lixeira". Trata-se de uma canção em que uma segunda esposa reclama os seus direitos e acabou por acrescentar mais uma «pitada de sal» na análise deste fenómeno socio cultural, com muitos contornos, incluindo religiosos. Até hoje a doutrina cristã considera a prática da poligamia um pecado, ao passo que os muçulmanos contrariam claramente o posicionamento dos seguidores de Cristo e consideram ser um absurdo
Embora afirme não conhecer linearmente o conteúdo do último sucesso do jovem de Benguela, a socióloga e professora universitária Fátima Viegas, foi uma das convidadas de O PAÍS para falar sobre a poligamia. Ela salientou que "merece, efectivamente, várias interpretações e implicações sociais", porque, de acordo com a directora do Instituto dos Assuntos Religiosos (INAR), esta sociedade rege-se por um código de família monogâmico, onde o marido tem a sua mulher e vice-versa. "Quando aparece uma outra, é alguém que está a introduzir algo ou a querer perturbar aquilo que tem o seu percurso normal. Vem desestabilizar uma família já constituída", explicou a docente
Não obstante a existência de um código de família monogâmico, observa-se cada vez mais o aparecimento de novos casais, onde o homem já é comprometido oficialmente ou aos olhos de Deus. Outros até vivem em união de facto com as primeiras, segundas ou terceiras senhoras. Isso desenrola-se perante o olhar silencioso dos familiares de ambas as partes e até das companheiras casadas (ou oficiais), num país em que a poligamia nunca foi institucionalizada
"Seja como for, mas não me conformo comisso. Só de pensar que o meu marido vai passar uma noite fora, é um grande transtorno. É uma noite que se perde e a casa fica vazia. Penso que ela também foi usada e o meu desejo é que um dia ele regresse definitivamente. Não tenho boa relação com a minha rival, mas não quer dizer que tenhamos problemas", atirou Sãozinha, outra moradora de Viana, ainda na casa dos 20 anos, mas com três filhos e um quarto a caminho
Sem quaisquer argumentos técnicos ou científicos, a rapariga, que viu o marido partir recentemente para uma segunda relação, depois de 14 anos juntos, descreveu algumas das razões que fazem com que muitos homens partam à procura de novas parceiras
Normalmente, na visão da nossa in terlocutora, os argumentos passam de acordo com explicações que diz ter recebido de amigos – pela falta de respeito aos maridos ou parentes destes e os desentendimentos na vida sexual
O recurso aos eventuais desentendimentos sexuais na cama não é encarado como base para muitas das separações e os homens saiam logo à caça da segunda ou terceira. As senhoras ouvidas pelo jornal acreditam que o "assunto cama", muitas vezes considerado polémico ou mesmo "sagrado", pode ser resolvido com a ajuda de médicos ou outros especialistas em sexologia.
Questionada pelo jornal O PAÍS sobre os motivos que levaram o seu esposo a encontrar mais uma parceira, Sãozinha respondeu prontamente: "ele só diz que também não sabe e que um dia vão entender. Mas, na realidade, nunca conseguiu dar uma resposta que convença às pessoas"
Sarcásticas, Sãozinha e Maria do Céu, os nomes fictícios com que as duas senhoras se apresentaram ao jornal, juraram a pés juntos que o dinheiro é a principal causa que empurra os homens para as "outras", porque muitos deles sentem-se incomodados quando têm os bolsos cheios. E o contrário. "Quando estão fracos voltam à primeira e ficam. Isso é verdade e temos prova disso. E aqueles que têm mais de duas mulheres é pura ilusão e orgulho, porque não amam nenhuma delas.
"Quando não têm dinheiro não se conseguem deslocar", responderam de seguida.
Além dos problemas emocionais, elas defenderam que os pais polígamos podem causar, directa ou indirectamente, outros problemas no seio da família, independentemente das suas posses. Uma delas explicou que, desde que o esposo bandeou-se para a segunda, a situação no seu lar começou a deteriorar-se em todos os sentidos.
Após a concretização da segunda relação, a jovem"São" viu o tecto desabar. O salário do esposo passou a ser repartido com a rival, assim como as roupas e os bens de primeira necessidade que ele levava regularmente à casa. "O sentimento também diminui e aos poucos começou a reduzir a atenção que me prestava. Ninguém se conforma com isso, sobretudo quando fazes o jantar e ele não aparece para comer. Quem mais tem paciência para voltar a fazer uma boa refeição, se não tem certeza que ele vai aparecer?", questionou Sãozinha.
Visivelmente abalada, "São"ainda tentou buscar o consolo de uma companheira durante a conversa com este períodico. Só que a última não está com rodeios quando o assunto é ser a "outra" ou partilhar o parceiro com uma segunda ou terceira. "Prefiro ficar como estou, solteira e boa rapariga. Não aceito ser a segunda, porque isso não tem muita piada. A pessoa é insultada constantemente pela rival", comentou a amiga de Sãozinha.
Porém, a culpabilização dos homens não é algo tão consensual mesmo em muitos círculos femininos. Algumas acreditam que perdem os seus companheiros porque as segundas ou terceiras recorrem, muitas das vezes, a práticas obscuras para cativá-los. Usam uma substância que conhecem pelo nome de "medicamento" que utilizam para "cozinhar o marido das outras", segundo as nossas interlocutoras.
Verdade ou mentira, Sãozinha e Maria do Céu corroboraram que o "medicamento", como o consideram, surte efeitos imediatos. Ao ponto dos esposos esquecerem as primeiras e instalarem-se, definitivamente, nos aposentos das"outras".
8 de Dezembro de 2008
http://www.opais.net/pt/opais/?id=1657&det=1240&ss=sexologia
A dor de dividir o marido
Depois de alguns anos de vivência, o anterior companheiro de Maria do Céu decidiu visitar a sua terra natal: o Úige. O que parecia ser uma viagem normal, acabou por se tornar fatal para uma relação que se adivinhava duradoira. Além dos víveres, para espanto da senhora, o cônjuge regressou das terras do "bago vermelho" com uma outra encomenda na bagagem, uma conterrânea com quem acabou por ficar por suposta obrigação dos seus parentes.
"Isso aconteceu em 1992. Ele contou-me que foi obrigado a ficar com ela por ser da mesma terra. Tivemos de viver juntas na mesma casa e houve vezes em que tínhamos de partilhar a mesma cama com o nosso marido. Ele dormia no meio, eu à frente e ela atrás dele, até que chegou um tempo em que já não aguentava mais e tive de me separar", contou a nossa interlocutora.
Depois do afastamento, Maria do Céu não conseguiu se conciliar com o companheiro. E este aproveitou o tempo de separação para fazer outros dois filhos com a sua conterrânea. Infelizmente, as duas acabaram por perder definitivamente o marido, tendo ele investido numa terceira aventura amorosa que dura até hoje. Agora, a anterior primeira é a segunda de outro homem que conheceu há menos de um ano.
O facto de se ter tornado a outra de um homem já comprometido não a incomoda. "Eu aceitei, por que é que haveria de negar? Sei que é complicado aceitar que amanhã ele vá dormir com outra e no dia seguinte vem passar à noite comigo", defendeu-se a jovem, hoje quase refeita do anterior desaire amoroso. E acrescentou: "faço isso por amor, mas, na realidade, muitas aceitam isso por interesses materiais. Se fosse para ser a terceira ou a quarta é que não admitia, por nada neste mundo"
Apesar de ser um assunto cada vez mais presente, a existência das «segundas, terceiras ou quartas esposas» nunca mereceu tantos comentários como nos últimos dias, por causa da disseminação da música "A Outra", inserida no último disco do músico Matias Damásio, intitulado "Amor e Festa na Lixeira". Trata-se de uma canção em que uma segunda esposa reclama os seus direitos e acabou por acrescentar mais uma «pitada de sal» na análise deste fenómeno socio cultural, com muitos contornos, incluindo religiosos. Até hoje a doutrina cristã considera a prática da poligamia um pecado, ao passo que os muçulmanos contrariam claramente o posicionamento dos seguidores de Cristo e consideram ser um absurdo
Embora afirme não conhecer linearmente o conteúdo do último sucesso do jovem de Benguela, a socióloga e professora universitária Fátima Viegas, foi uma das convidadas de O PAÍS para falar sobre a poligamia. Ela salientou que "merece, efectivamente, várias interpretações e implicações sociais", porque, de acordo com a directora do Instituto dos Assuntos Religiosos (INAR), esta sociedade rege-se por um código de família monogâmico, onde o marido tem a sua mulher e vice-versa. "Quando aparece uma outra, é alguém que está a introduzir algo ou a querer perturbar aquilo que tem o seu percurso normal. Vem desestabilizar uma família já constituída", explicou a docente
Não obstante a existência de um código de família monogâmico, observa-se cada vez mais o aparecimento de novos casais, onde o homem já é comprometido oficialmente ou aos olhos de Deus. Outros até vivem em união de facto com as primeiras, segundas ou terceiras senhoras. Isso desenrola-se perante o olhar silencioso dos familiares de ambas as partes e até das companheiras casadas (ou oficiais), num país em que a poligamia nunca foi institucionalizada
"Seja como for, mas não me conformo comisso. Só de pensar que o meu marido vai passar uma noite fora, é um grande transtorno. É uma noite que se perde e a casa fica vazia. Penso que ela também foi usada e o meu desejo é que um dia ele regresse definitivamente. Não tenho boa relação com a minha rival, mas não quer dizer que tenhamos problemas", atirou Sãozinha, outra moradora de Viana, ainda na casa dos 20 anos, mas com três filhos e um quarto a caminho
Sem quaisquer argumentos técnicos ou científicos, a rapariga, que viu o marido partir recentemente para uma segunda relação, depois de 14 anos juntos, descreveu algumas das razões que fazem com que muitos homens partam à procura de novas parceiras
Normalmente, na visão da nossa in terlocutora, os argumentos passam de acordo com explicações que diz ter recebido de amigos – pela falta de respeito aos maridos ou parentes destes e os desentendimentos na vida sexual
O recurso aos eventuais desentendimentos sexuais na cama não é encarado como base para muitas das separações e os homens saiam logo à caça da segunda ou terceira. As senhoras ouvidas pelo jornal acreditam que o "assunto cama", muitas vezes considerado polémico ou mesmo "sagrado", pode ser resolvido com a ajuda de médicos ou outros especialistas em sexologia.
Questionada pelo jornal O PAÍS sobre os motivos que levaram o seu esposo a encontrar mais uma parceira, Sãozinha respondeu prontamente: "ele só diz que também não sabe e que um dia vão entender. Mas, na realidade, nunca conseguiu dar uma resposta que convença às pessoas"
Sarcásticas, Sãozinha e Maria do Céu, os nomes fictícios com que as duas senhoras se apresentaram ao jornal, juraram a pés juntos que o dinheiro é a principal causa que empurra os homens para as "outras", porque muitos deles sentem-se incomodados quando têm os bolsos cheios. E o contrário. "Quando estão fracos voltam à primeira e ficam. Isso é verdade e temos prova disso. E aqueles que têm mais de duas mulheres é pura ilusão e orgulho, porque não amam nenhuma delas.
"Quando não têm dinheiro não se conseguem deslocar", responderam de seguida.
Além dos problemas emocionais, elas defenderam que os pais polígamos podem causar, directa ou indirectamente, outros problemas no seio da família, independentemente das suas posses. Uma delas explicou que, desde que o esposo bandeou-se para a segunda, a situação no seu lar começou a deteriorar-se em todos os sentidos.
Após a concretização da segunda relação, a jovem"São" viu o tecto desabar. O salário do esposo passou a ser repartido com a rival, assim como as roupas e os bens de primeira necessidade que ele levava regularmente à casa. "O sentimento também diminui e aos poucos começou a reduzir a atenção que me prestava. Ninguém se conforma com isso, sobretudo quando fazes o jantar e ele não aparece para comer. Quem mais tem paciência para voltar a fazer uma boa refeição, se não tem certeza que ele vai aparecer?", questionou Sãozinha.
Visivelmente abalada, "São"ainda tentou buscar o consolo de uma companheira durante a conversa com este períodico. Só que a última não está com rodeios quando o assunto é ser a "outra" ou partilhar o parceiro com uma segunda ou terceira. "Prefiro ficar como estou, solteira e boa rapariga. Não aceito ser a segunda, porque isso não tem muita piada. A pessoa é insultada constantemente pela rival", comentou a amiga de Sãozinha.
Porém, a culpabilização dos homens não é algo tão consensual mesmo em muitos círculos femininos. Algumas acreditam que perdem os seus companheiros porque as segundas ou terceiras recorrem, muitas das vezes, a práticas obscuras para cativá-los. Usam uma substância que conhecem pelo nome de "medicamento" que utilizam para "cozinhar o marido das outras", segundo as nossas interlocutoras.
Verdade ou mentira, Sãozinha e Maria do Céu corroboraram que o "medicamento", como o consideram, surte efeitos imediatos. Ao ponto dos esposos esquecerem as primeiras e instalarem-se, definitivamente, nos aposentos das"outras".
8 de Dezembro de 2008
http://www.opais.net/pt/opais/?id=1657&det=1240&ss=sexologia
Só na impotência o homem lembra do urologista
segunda-feira, 11 de julho de 2011 18:27 [Nenhum Comentário]
Da Redação
A consulta periódica ao urologista deveria fazer parte da vida de todo homem. Mas a falta de tempo, e, às vezes, de informação, faz com que muitos passem anos sem os cuidados desse especialista. De acordo com uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia, 44% dos homens buscam auxílio desse médico apenas quando possuem queixas de impotência sexual.
De acordo com a urologista e terapeuta sexual da Faculdade de Medicina do ABC, Sylvia Faria Marzano, desde criança o homem deve realizar consulta anual ao urologista, mesmo sem estar com algum tipo de sintoma. “A consulta anual é de extrema importância, principalmente, para homens acima de 40 anos. É a partir dessa idade que o homem necessita de uma prevenção maior às doenças da próstata e de monitoração mais precisa dos hormônios importantes para a qualidade de vida”, afirma a médica.
Para o jovem, o urologista também é importante para a orientação no início da vida sexual e também para os cuidados com o trato urinário na prevenção a infecções e doenças sexualmente transmissíveis. De acordo com a urologista, as prática sexuais se modificaram e isso exige que os jovens fiquem mais atentos. “As infecções do pênis, hoje são muito frequentes pela prática do sexo oral e também das uretrites e prostatites pelo sexo anal sem preservativo”, afirma Sylvia.
As doenças sexualmente transmissíveis também são queixa comum entre os mais jovens. Uma pesquisa do INCA (Instituto Nacional do Câncer) revelou que o HPV (papiloma virus do homem) está associado a até 75% dos casos de câncer de pênis. A doença causa verrugas nos genitais, e infecções da pele do pênis. No entanto, esse vírus pode ficar "incubado" no paciente por até 15 anos antes de aparecer algum sintoma.
Prevenção é feita em 30 segundos
A resistência à consulta ao urologista é motivada muitas vezes pelo preconceito ao exame de toque retal, pela vergonha da queixa ou por medo do julgamento do médico. A pesquisa Datafolha “Saúde masculina: o homem e o câncer de próstata”, encomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), revelou que 76% dos homens afirmam ter conhecimento sobre o exame de toque retal para detectar o câncer da próstata, mas apenas 32% já o fizeram.
O exame do toque é rápido, dura de 5 a 30 segundos, e indolor pois, utiliza-se lubrificantes. O teste pode auxiliar na descoberta de um tumor, que em fase precoce, possibilita alto grau de cura. Recomenda-se que o exame retal seja feito em todos os homens acima de 50 anos, como parte do exame médico de rotina, e se houver algum caso confirmado na família, esta prevenção deve ser semestral e iniciar-se entre 40 e 45 anos.
Segundo a urologista Sylvia, a prevenção mais importante é em relação ao câncer da próstata, mas existem outras doenças sérias que acometem a região. “A hiperplasia prostática benigna que é um aumento benigno, pode dar sintomas de dificuldade para urinar, que diminui a qualidade de vida do homem e também pode alterar a função sexual. As infecções da próstata também causam dor ao ejacular e mudam o aspecto do sêmen, podendo ser até sangue”, afirma.
Impotência sexual
Ao contrário do que a maioria pensa, a queixa sexual é muito comum também em homens mais novos. Segundo a urologista, o problema, na maioria das vezes, acontece porque os jovens se cobram muito em relação à performance, têm ansiedade constante, ou estão passando por problemas externos, que muitas vezes não conseguem visualizar.
“Nos homens mais velhos, o grande vilão para ocorrerem as disfunções eréteis é a falta de erotismo, a monotonia e a domesticidade que acomete os casais, que acham que não há necessidade mais do namoro, de conquista e de novidade no relacionamento”, afirma Sylvia. O tratamento depende da causa, mas mesmo as orgânicas (alterações em exames que podem ser solucionadas com o uso de medicamentos), precisam de um acompanhamento psicológico. (Colaborou Carolina Neves)
http://www.reporterdiario.com.br/Noticia/297339/so-na-impotencia-homens-lembram-de-urologista/
Da Redação
A consulta periódica ao urologista deveria fazer parte da vida de todo homem. Mas a falta de tempo, e, às vezes, de informação, faz com que muitos passem anos sem os cuidados desse especialista. De acordo com uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia, 44% dos homens buscam auxílio desse médico apenas quando possuem queixas de impotência sexual.
De acordo com a urologista e terapeuta sexual da Faculdade de Medicina do ABC, Sylvia Faria Marzano, desde criança o homem deve realizar consulta anual ao urologista, mesmo sem estar com algum tipo de sintoma. “A consulta anual é de extrema importância, principalmente, para homens acima de 40 anos. É a partir dessa idade que o homem necessita de uma prevenção maior às doenças da próstata e de monitoração mais precisa dos hormônios importantes para a qualidade de vida”, afirma a médica.
Para o jovem, o urologista também é importante para a orientação no início da vida sexual e também para os cuidados com o trato urinário na prevenção a infecções e doenças sexualmente transmissíveis. De acordo com a urologista, as prática sexuais se modificaram e isso exige que os jovens fiquem mais atentos. “As infecções do pênis, hoje são muito frequentes pela prática do sexo oral e também das uretrites e prostatites pelo sexo anal sem preservativo”, afirma Sylvia.
As doenças sexualmente transmissíveis também são queixa comum entre os mais jovens. Uma pesquisa do INCA (Instituto Nacional do Câncer) revelou que o HPV (papiloma virus do homem) está associado a até 75% dos casos de câncer de pênis. A doença causa verrugas nos genitais, e infecções da pele do pênis. No entanto, esse vírus pode ficar "incubado" no paciente por até 15 anos antes de aparecer algum sintoma.
Prevenção é feita em 30 segundos
A resistência à consulta ao urologista é motivada muitas vezes pelo preconceito ao exame de toque retal, pela vergonha da queixa ou por medo do julgamento do médico. A pesquisa Datafolha “Saúde masculina: o homem e o câncer de próstata”, encomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), revelou que 76% dos homens afirmam ter conhecimento sobre o exame de toque retal para detectar o câncer da próstata, mas apenas 32% já o fizeram.
O exame do toque é rápido, dura de 5 a 30 segundos, e indolor pois, utiliza-se lubrificantes. O teste pode auxiliar na descoberta de um tumor, que em fase precoce, possibilita alto grau de cura. Recomenda-se que o exame retal seja feito em todos os homens acima de 50 anos, como parte do exame médico de rotina, e se houver algum caso confirmado na família, esta prevenção deve ser semestral e iniciar-se entre 40 e 45 anos.
Segundo a urologista Sylvia, a prevenção mais importante é em relação ao câncer da próstata, mas existem outras doenças sérias que acometem a região. “A hiperplasia prostática benigna que é um aumento benigno, pode dar sintomas de dificuldade para urinar, que diminui a qualidade de vida do homem e também pode alterar a função sexual. As infecções da próstata também causam dor ao ejacular e mudam o aspecto do sêmen, podendo ser até sangue”, afirma.
Impotência sexual
Ao contrário do que a maioria pensa, a queixa sexual é muito comum também em homens mais novos. Segundo a urologista, o problema, na maioria das vezes, acontece porque os jovens se cobram muito em relação à performance, têm ansiedade constante, ou estão passando por problemas externos, que muitas vezes não conseguem visualizar.
“Nos homens mais velhos, o grande vilão para ocorrerem as disfunções eréteis é a falta de erotismo, a monotonia e a domesticidade que acomete os casais, que acham que não há necessidade mais do namoro, de conquista e de novidade no relacionamento”, afirma Sylvia. O tratamento depende da causa, mas mesmo as orgânicas (alterações em exames que podem ser solucionadas com o uso de medicamentos), precisam de um acompanhamento psicológico. (Colaborou Carolina Neves)
http://www.reporterdiario.com.br/Noticia/297339/so-na-impotencia-homens-lembram-de-urologista/
Estilo de vida pouco saudável favorece disfunção sexual em homens
Estilo de vida pouco saudável favorece disfunção sexual em homens
Hábitos como fumar e não fazer exercícios podem ser algumas das causas
10/07/2011 09:32
Yahoo!
Um novo estudo publicado no The Journal of Sexual Medicine revelou que hábitos pouco saudáveis, como problemas com peso, inatividade física, alto consumo de álcoolálcool, tabagismo e uso de drogas, aumentam as chances de disfunções sexuais em homens. Ao mesmo tempo, os pesquisadores liderados por um estudioso do Statens Serum Institut, na Dinamarca, perceberam que tal estilo de vida é mais comum em pessoas sexualmente inativas.
A análise contou com informações médicas de 5.552 homens e mulheres entre 16 e 97 anos. A partir dos dados, foi possível quantificar a porcentagem de indivíduos com riscos de saúde e disfunção ou inatividade sexual.
Os resultados apontaram que 78% dos homens e 91% das mulheres com hábitos de vida não saudáveis mantinham tal estilo por não terem um parceiro sexual. Já entre aqueles que tinham parceiros, os riscos de apresentar disfunções sexuais foi representativo apenas no caso dos homens, com probabilidade de 71%.
De acordo com os cientistas, há muitas razões para a disfunção sexual, incluindo algumas sobre as quais a pessoa não tem controle, como após tratamentos de câncer. Entretanto, os hábitos analisados na pesquisa faziam parte de escolhas individuais e, portanto, cabe a esses mesmos indivíduos decidir melhorar a sua vida sexual.
Consciência corporal
Se o exercício da sexualidade passa obrigatoriamente pelo nosso corpo, então a chave para uma vida sexual satisfatória passa pelo desenvolvimento da consciência corporal - despertada, muitas vezes, pela prática de atividades físicas. Unanimidade entre médicos, sexólogos e profissionais da dança: a consciência da forma física e a presença em si mesmo é a chave para autoconfiança e autoestima mais elevadas.
Neste contexto, existe uma questão preliminar a qualquer prática física: a motivação. "A motivação pessoal é o único combustível com potencial para fazer as pessoas chegarem lá", destaca a sexóloga Maria Lúcia Beraldo. Sem ela não existe possibilidade de mudança. E se a sua vida sexual não está lá essas coisas, não adianta se iludir achando que as idas à academia vão mexer com a sua libido.
A libido é muito mais do que estímulos hormonais. Por trás dela está o seu ânimo, o seu interesse em descobrir o outro e de se mostrar. Neste sentido, é fundamental a escolha do seu exercício físico. Conhecer e viver a sua sexualidade é algo que só você pode fazer por si mesma. Variadas modalidades de exercício, danças e estilos estão a sua disposição para que você descubra o seu.
Aqueles que envolvem música e ritmo tornam a descoberta do corpo um momento agradável. "A prática de um estilo como a dança do ventre, as danças ciganas e hispânicas, promove a libertação do feminino e acaba funcionando como uma terapia", afirma a psicóloga e professora de dança do ventre Kelly dos Reis Cavalcanti.
A prática regular de uma atividade física também interfere diretamente num aspecto muito importante da sexualidade que é a boa forma física, consequência natural de um estilo de vida saudável. "A percepção de si mesma, como uma mulher bonita, é fundamental para uma vida sexual mais ativa" acrescenta Kelly. Saber que seu corpo desperta interesse funciona como uma fagulha no fogo do desejo que levará você e seu parceiro a momentos mais intensos.
http://primeiraedicao.com.br/noticia/2011/07/10/estilo-de-vida-pouco-saudavel-favorece-disfuncao-sexual-em-homens
Hábitos como fumar e não fazer exercícios podem ser algumas das causas
10/07/2011 09:32
Yahoo!
Um novo estudo publicado no The Journal of Sexual Medicine revelou que hábitos pouco saudáveis, como problemas com peso, inatividade física, alto consumo de álcoolálcool, tabagismo e uso de drogas, aumentam as chances de disfunções sexuais em homens. Ao mesmo tempo, os pesquisadores liderados por um estudioso do Statens Serum Institut, na Dinamarca, perceberam que tal estilo de vida é mais comum em pessoas sexualmente inativas.
A análise contou com informações médicas de 5.552 homens e mulheres entre 16 e 97 anos. A partir dos dados, foi possível quantificar a porcentagem de indivíduos com riscos de saúde e disfunção ou inatividade sexual.
Os resultados apontaram que 78% dos homens e 91% das mulheres com hábitos de vida não saudáveis mantinham tal estilo por não terem um parceiro sexual. Já entre aqueles que tinham parceiros, os riscos de apresentar disfunções sexuais foi representativo apenas no caso dos homens, com probabilidade de 71%.
De acordo com os cientistas, há muitas razões para a disfunção sexual, incluindo algumas sobre as quais a pessoa não tem controle, como após tratamentos de câncer. Entretanto, os hábitos analisados na pesquisa faziam parte de escolhas individuais e, portanto, cabe a esses mesmos indivíduos decidir melhorar a sua vida sexual.
Consciência corporal
Se o exercício da sexualidade passa obrigatoriamente pelo nosso corpo, então a chave para uma vida sexual satisfatória passa pelo desenvolvimento da consciência corporal - despertada, muitas vezes, pela prática de atividades físicas. Unanimidade entre médicos, sexólogos e profissionais da dança: a consciência da forma física e a presença em si mesmo é a chave para autoconfiança e autoestima mais elevadas.
Neste contexto, existe uma questão preliminar a qualquer prática física: a motivação. "A motivação pessoal é o único combustível com potencial para fazer as pessoas chegarem lá", destaca a sexóloga Maria Lúcia Beraldo. Sem ela não existe possibilidade de mudança. E se a sua vida sexual não está lá essas coisas, não adianta se iludir achando que as idas à academia vão mexer com a sua libido.
A libido é muito mais do que estímulos hormonais. Por trás dela está o seu ânimo, o seu interesse em descobrir o outro e de se mostrar. Neste sentido, é fundamental a escolha do seu exercício físico. Conhecer e viver a sua sexualidade é algo que só você pode fazer por si mesma. Variadas modalidades de exercício, danças e estilos estão a sua disposição para que você descubra o seu.
Aqueles que envolvem música e ritmo tornam a descoberta do corpo um momento agradável. "A prática de um estilo como a dança do ventre, as danças ciganas e hispânicas, promove a libertação do feminino e acaba funcionando como uma terapia", afirma a psicóloga e professora de dança do ventre Kelly dos Reis Cavalcanti.
A prática regular de uma atividade física também interfere diretamente num aspecto muito importante da sexualidade que é a boa forma física, consequência natural de um estilo de vida saudável. "A percepção de si mesma, como uma mulher bonita, é fundamental para uma vida sexual mais ativa" acrescenta Kelly. Saber que seu corpo desperta interesse funciona como uma fagulha no fogo do desejo que levará você e seu parceiro a momentos mais intensos.
http://primeiraedicao.com.br/noticia/2011/07/10/estilo-de-vida-pouco-saudavel-favorece-disfuncao-sexual-em-homens
Carta Pastoral da Presidência: Sexualidade Humana – Homoafetividade
Carta Pastoral da Presidência: Sexualidade Humana – Homoafetividade
8/7/2011 11:51, Por Adital
Presidência
IECLB nº 199070/11
Porto Alegre, 24 de junho de 2011
CARTA PASTORAL DAPRESIDÊNCIA
Assunto: Sexualidadehumana – homoafetividade
Estimados irmãos e estimadas irmãs em Cristo!
Esta carta pastoral foi motivada por dois fatos recentes.Primeiro, a decisão do Supremo Tribunal Federal – STF, de 5 de maio de 2011,que trata do reconhecimento jurídico das uniões estáveis de pessoashomoafetivas. A decisão do STF consiste no “reconhecimento da união contínua,pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como ‘entidade familiar’,entendida esta como sinônimo perfeito de ‘família’, reconhecimento que é de serfeito seguindo as mesmas regras e com as mesmas consequências da união estávelheteroafetiva”. O segundo fato é a tramitação do Projeto de Lei nº 122/2006. Sefosse aprovado na versão original, esse projeto tornaria crime a homofobia.Neste momento, o projeto continua em tramitação no congresso brasileiro.
A homossexualidade já foi tematizada em duas cartaspastorais, emitidas pela Presidência da IECLB em 1999 e em 2001. Reafirmamos oconteúdo dessas cartas. Por quê?
* reconhecemos que o grau de dificuldade para lidar com oassunto relações homoafetivas ou homossexualidade não diminuiu; um sinal dissoé o fato de não termos conseguido avançar no diálogo que a Federação LuteranaMundial propôs, e que a Presidência da IECLB estimulou na década passada, parao que foi publicado e amplamente divulgado o documento Matrimônio, Família eSexualidade Humana;
* reafirmamos o amor incondicional de Deus por nós como baseessencial para abordar esse tema; cremos que as pessoas homossexuais são tãoamadas e necessitam tanto da graça de Deus quanto todo ser humano (Rm 3.23s);
* por serem discriminadas e estigmatizadas, pessoas deorientação homossexual e seus familiares sofrem, e sofrem muito. Aspolarizações apenas aprofundam o sofrimento e não ajudam na construção de umEstado de direito em que todas as pessoas têm assegurada sua dignidade.
Resumindo, essa memória nos lembra da nossa condição deseres amados por Deus e nos conclama para o diálogo respeitoso sobre o assunto.Somente assim chegaremos a aspectos novos a serem considerados nesse diálogo eaprofundamento.
Cabe recordar aqui o que foi mencionado em outra cartapastoral, em 2009, que tratou do discernimento ético:
“não há no âmbito de igrejas evangélicas protestantes ummagistério que tenha a prerrogativa de estabelecer normas éticas que deveriamser seguidas por todos os fiéis. Nem poderia haver. Na tradição da Reformaprotestante essas igrejas não (re)conhecem uma instância eclesiásticaautoritativa, muito menos infalível, em questões morais, mas seus pastores epastoras têm a responsabilidade de, baseados na Bíblia e seus valoresevangélicos, orientar as pessoas implicadas ao discernimento ético,fortalecendo-as a tomarem, simultaneamente em liberdade e responsabilidade,suas próprias decisões diante de Deus”.
É a partir dessa perspectiva que a atual Presidência tambémevitou e evitará emitir uma posição da IECLB sem consulta e diálogo prévios comoutras instâncias constituídas. Uma decisão institucional passa pela discussãoque envolva essas instâncias da Igreja.
Há assuntos, como o aqui em pauta, que requerem umadiscussão acerca da hermenêutica que usamos para interpretar textos bíblicos.Como pessoas evangélicas de confissão luterana, zelamos para evitar uma posturamaniqueísta: deste lado está o bem, a verdade, Deus; daquele lado está o mal, amentira, o diabo. Há questões que exigem da pessoa cristã ter que lidar com atensão oriunda da dificuldade de dar respostas rápidas; de conviver com odebate difícil, mas sério, aberto, respeitoso. Há perguntas para as quais aresposta nem sempre é sim ou não. Não por último, a separação entre joio etrigo, quando e onde ela ocorrer, caberá ao Senhor (Mateus 13.30).
Considerando a separação entre Igreja e Estado, cabe-noscomo IECLB acolher a decisão do STF. O pano de fundo dessa decisão é o empenhodo Estado pela superação da discriminação de pessoas e grupos, da intolerância,do preconceito, da estigmatização de comportamentos diferentes que, tantasvezes, culminam em violência, sofrimento, perseguição e, inclusive, morte. Éfundamental que não percamos esta dimensão: a intolerância é fonte dejulgamentos apressados, incompreensão, dor, sofrimento. Do ponto de vista doEstado, a decisão do STF quer impedir isso.
Ao mesmo tempo em que nos cabe acolher a decisão do STF,precisamos refletir intensamente acerca dos desdobramentos desta decisão para aIECLB. A IECLB tem em seu “Guia da vida comunitária: Nossa Fé – Nossa Vida” aslinhas básicas que pautam os seus fundamentos doutrinários, confessionais elegais para sua atuação. Este documento, aprovado em Concílio da Igreja,reflete o momento atual da caminhada da Igreja à luz de sua missão. Qualquermudança nesta área, inclusive acerca da benção matrimonial ou qualquer outraprática, passa por ampla discussão em todas as instâncias da IECLB.
A Presidência daIECLB
- espera que o Estado brasileiro, através de seus poderes,assegure e concretize os direitos fundamentais da liberdade de pensamento, decrença e de manifestação para todos os cidadãos, conforme estabelecido naConstituição Federal;
- entende que essa garantia dos direitos fundamentais éimprescindível para coibir tanto a violência decorrente de posturas extremasquanto querer calar a voz dos que buscam o diálogo ancorado em argumentossólidos, inclusive para discordar;
- acredita que somente vamos crescer e avançar noentendimento desse tema complexo, se a opção for por uma postura de respeitomútuo pelas posições distintas, de diálogo franco, desarmado e fraternal, desuperação da exclusão e, sobretudo, de opção radical por manifestações e gestosque deem lugar à graça e ao amor de Deus, graça e amor que nos alcançam porcausa da Sua misericórdia, e não porque as mereçamos;
- reafirma a sua opção radical por uma gestão do cuidadoque, em relação ao tema Matrimônio, Família e Sexualidade Humana, reconhece quea graça de Deus dispõe a Igreja de Jesus Cristo para uma caminhada conjunta,sinodal, que faz do diálogo um instrumento imprescindível. Desse modo,conseguiremos avançar e crescer na fé, pela qual somos pessoas justificadas emovidas por Deus para optar por aquilo que promove a Cristo.
Em Cristo,
Nestor Paulo Friedrich
Pastor Presidente
http://correiodobrasil.com.br/carta-pastoral-da-presidencia-sexualidade-humana-%E2%80%93-homoafetividade/266314/
8/7/2011 11:51, Por Adital
Presidência
IECLB nº 199070/11
Porto Alegre, 24 de junho de 2011
CARTA PASTORAL DAPRESIDÊNCIA
Assunto: Sexualidadehumana – homoafetividade
Estimados irmãos e estimadas irmãs em Cristo!
Esta carta pastoral foi motivada por dois fatos recentes.Primeiro, a decisão do Supremo Tribunal Federal – STF, de 5 de maio de 2011,que trata do reconhecimento jurídico das uniões estáveis de pessoashomoafetivas. A decisão do STF consiste no “reconhecimento da união contínua,pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como ‘entidade familiar’,entendida esta como sinônimo perfeito de ‘família’, reconhecimento que é de serfeito seguindo as mesmas regras e com as mesmas consequências da união estávelheteroafetiva”. O segundo fato é a tramitação do Projeto de Lei nº 122/2006. Sefosse aprovado na versão original, esse projeto tornaria crime a homofobia.Neste momento, o projeto continua em tramitação no congresso brasileiro.
A homossexualidade já foi tematizada em duas cartaspastorais, emitidas pela Presidência da IECLB em 1999 e em 2001. Reafirmamos oconteúdo dessas cartas. Por quê?
* reconhecemos que o grau de dificuldade para lidar com oassunto relações homoafetivas ou homossexualidade não diminuiu; um sinal dissoé o fato de não termos conseguido avançar no diálogo que a Federação LuteranaMundial propôs, e que a Presidência da IECLB estimulou na década passada, parao que foi publicado e amplamente divulgado o documento Matrimônio, Família eSexualidade Humana;
* reafirmamos o amor incondicional de Deus por nós como baseessencial para abordar esse tema; cremos que as pessoas homossexuais são tãoamadas e necessitam tanto da graça de Deus quanto todo ser humano (Rm 3.23s);
* por serem discriminadas e estigmatizadas, pessoas deorientação homossexual e seus familiares sofrem, e sofrem muito. Aspolarizações apenas aprofundam o sofrimento e não ajudam na construção de umEstado de direito em que todas as pessoas têm assegurada sua dignidade.
Resumindo, essa memória nos lembra da nossa condição deseres amados por Deus e nos conclama para o diálogo respeitoso sobre o assunto.Somente assim chegaremos a aspectos novos a serem considerados nesse diálogo eaprofundamento.
Cabe recordar aqui o que foi mencionado em outra cartapastoral, em 2009, que tratou do discernimento ético:
“não há no âmbito de igrejas evangélicas protestantes ummagistério que tenha a prerrogativa de estabelecer normas éticas que deveriamser seguidas por todos os fiéis. Nem poderia haver. Na tradição da Reformaprotestante essas igrejas não (re)conhecem uma instância eclesiásticaautoritativa, muito menos infalível, em questões morais, mas seus pastores epastoras têm a responsabilidade de, baseados na Bíblia e seus valoresevangélicos, orientar as pessoas implicadas ao discernimento ético,fortalecendo-as a tomarem, simultaneamente em liberdade e responsabilidade,suas próprias decisões diante de Deus”.
É a partir dessa perspectiva que a atual Presidência tambémevitou e evitará emitir uma posição da IECLB sem consulta e diálogo prévios comoutras instâncias constituídas. Uma decisão institucional passa pela discussãoque envolva essas instâncias da Igreja.
Há assuntos, como o aqui em pauta, que requerem umadiscussão acerca da hermenêutica que usamos para interpretar textos bíblicos.Como pessoas evangélicas de confissão luterana, zelamos para evitar uma posturamaniqueísta: deste lado está o bem, a verdade, Deus; daquele lado está o mal, amentira, o diabo. Há questões que exigem da pessoa cristã ter que lidar com atensão oriunda da dificuldade de dar respostas rápidas; de conviver com odebate difícil, mas sério, aberto, respeitoso. Há perguntas para as quais aresposta nem sempre é sim ou não. Não por último, a separação entre joio etrigo, quando e onde ela ocorrer, caberá ao Senhor (Mateus 13.30).
Considerando a separação entre Igreja e Estado, cabe-noscomo IECLB acolher a decisão do STF. O pano de fundo dessa decisão é o empenhodo Estado pela superação da discriminação de pessoas e grupos, da intolerância,do preconceito, da estigmatização de comportamentos diferentes que, tantasvezes, culminam em violência, sofrimento, perseguição e, inclusive, morte. Éfundamental que não percamos esta dimensão: a intolerância é fonte dejulgamentos apressados, incompreensão, dor, sofrimento. Do ponto de vista doEstado, a decisão do STF quer impedir isso.
Ao mesmo tempo em que nos cabe acolher a decisão do STF,precisamos refletir intensamente acerca dos desdobramentos desta decisão para aIECLB. A IECLB tem em seu “Guia da vida comunitária: Nossa Fé – Nossa Vida” aslinhas básicas que pautam os seus fundamentos doutrinários, confessionais elegais para sua atuação. Este documento, aprovado em Concílio da Igreja,reflete o momento atual da caminhada da Igreja à luz de sua missão. Qualquermudança nesta área, inclusive acerca da benção matrimonial ou qualquer outraprática, passa por ampla discussão em todas as instâncias da IECLB.
A Presidência daIECLB
- espera que o Estado brasileiro, através de seus poderes,assegure e concretize os direitos fundamentais da liberdade de pensamento, decrença e de manifestação para todos os cidadãos, conforme estabelecido naConstituição Federal;
- entende que essa garantia dos direitos fundamentais éimprescindível para coibir tanto a violência decorrente de posturas extremasquanto querer calar a voz dos que buscam o diálogo ancorado em argumentossólidos, inclusive para discordar;
- acredita que somente vamos crescer e avançar noentendimento desse tema complexo, se a opção for por uma postura de respeitomútuo pelas posições distintas, de diálogo franco, desarmado e fraternal, desuperação da exclusão e, sobretudo, de opção radical por manifestações e gestosque deem lugar à graça e ao amor de Deus, graça e amor que nos alcançam porcausa da Sua misericórdia, e não porque as mereçamos;
- reafirma a sua opção radical por uma gestão do cuidadoque, em relação ao tema Matrimônio, Família e Sexualidade Humana, reconhece quea graça de Deus dispõe a Igreja de Jesus Cristo para uma caminhada conjunta,sinodal, que faz do diálogo um instrumento imprescindível. Desse modo,conseguiremos avançar e crescer na fé, pela qual somos pessoas justificadas emovidas por Deus para optar por aquilo que promove a Cristo.
Em Cristo,
Nestor Paulo Friedrich
Pastor Presidente
http://correiodobrasil.com.br/carta-pastoral-da-presidencia-sexualidade-humana-%E2%80%93-homoafetividade/266314/
‘Pornografia sempre foi um lesa vidas’
Jerónimo Cahinga
‘Pornografia sempre foi um lesa vidas’
O director da Faculdade de Teologia da Universidade Católica de Angola (UCAN), Jerónimo Cahinga, considera que a pornografia nunca trouxe nada de benéfico em lado nenhum, mesmo naqueles países que vão lidando com esta realidade há vários anos.
O padre salienta que a pornografia sempre actuou como um ‘lesa vidas’, considerando mesmo como um atentado não só a moral como também à própria espiritualidade a que as pessoas têm direito. “Sabemos que a questão da sexualidade vem do próprio Deus, que permite através dela que o mundo de multiplique e o homem se reproduza. Só o facto de ser um meio de fazer a vida deve ser respeitado, não pode ser banalizado. E quando se banaliza a sexualidade está-se a banalizar a vida da própria pessoa humana”, garantiu o prelado. Jerónimo Cahinga pensa que a comercialização de objectos pornográficos está aliado ao facto de muitas pessoas não verem os meios para atingirem determinados fins. E, segundo ele, a pornografia, tal como a prostituição, é uma das grandes fontes económicas que muitos utilizam, infelizmente. Favorece-lhes a introdução de meios e leva, às vezes intencionalmente, a diluir a moral das pessoas e fragilizar ainda mais aquilo que têm como imoralidade e espiritualidade.
“De uma certa forma”, segundo o padre, “a entrada de produtos pornográficos acontece como a droga”, porque, na realidade existe um combate contra esta substância e na prática também não há esta batalha.
“Porque algumas drogas sempre entram apesar do combate que se fala, àqueles que estão mais ligados a este tipo de comercialização. Há um certo tipo de anuência da parte de uma ou outra personalidade das forças orientadoras do Governo ou alguém com um certo prestígio a nível da sociedade, que deixa com que se fechem os olhos a isso”, explicou o padre.
O pastor e docente universitário defende que o mal deveria ser combatido pela raiz, com todos os meios ao alcance do próprio Executivo, mesmo que nesta actividade estejam implicadas pessoas de bom ou maus nomes.
Acredita ainda que a pressão comercial muitas das vezes ultrapassa as forças daqueles que gostariam de lutar contra. O padre acredita que se as pessoas levantarem as mãos em ‘pé de guerra’ contra a comercialização destes produtos poderão retardar a sua expansão no mercado, podendo travar durante um tempo a possível instala-
ção de lojas para a venda destes objectos pornográficos. Jerónimo Cahinga acha que a Igreja e a própria sociedade poderão fazer algo contra isso, uma vez que a pornografia destrói lares, vidas e o futuro da própria congregação. “A Igreja teria uma voz mais alta no sentido de se resistir a este tipo de introdução de material que prejudica, afinal, aqueles que seriam os verdadeiros crentes e cristãos, que poderiam levar a frente a demonstração de uma moral sã que é necessária para ajudar a sociedade a viver uma vida tranquila”, acrescentou.
O nosso interlocutor explica que uma sociedade com valores sãos ela própria auto-constrói-se e encontra meios para torná-la num país e numa sociedade de referência.
A pornografia e a prostituição acabam por diluir a força de vontade e de ânimo de lutar contra tudo aquilo que se torna corrupção, maldade, delinquência ou violência. O padre contou que quando esteve em Itália teve a oportunidade de assistir a um debate no canal televisivo RAI, quando foi lançado o comprimido viagra. A pílula foi introduzida para estimular os homens. “Uma jornalista perguntou a uma actriz presente, se em relação a ela era necessário que se utilizasse viagra no seu lar.
“A senhora respondeu que o viagra para o meu marido sou eu, quem tem de atrair ou estar pronta sou eu. Se não sirvo, viagra também não serve”, contou o director da faculdade de Teologia da Universidade Católica, realçando que “se prevalecer o verdadeiro amor, este mesmo amor leva as pessoas a uma afectividade e uma relação íntima sem precisar de produtos químicos e vídeos pornográficos. É uma questão de os casais reverem o seu passado e o presente”.
O padre considera que se a sexualidade não significar a conclusão de um amor profundo que liga duas pessoas, então ela é artificial. Ou, como o próprio fez questão de acrescentar, pode ser mesmo uma ‘sexualidade pornográfica’, porque não é a que leva a unidade entre duas pessoas, mas apenas juntarem-se naquele momento e depois separarem-se como indivíduos que se conheceram em plena rua. E que precisavam destes estímulos e produtos.
Dani Costa
11 de Julho de 2011
http://www.opais.net/pt/opais/?id=1657&det=22072
‘Pornografia sempre foi um lesa vidas’
O director da Faculdade de Teologia da Universidade Católica de Angola (UCAN), Jerónimo Cahinga, considera que a pornografia nunca trouxe nada de benéfico em lado nenhum, mesmo naqueles países que vão lidando com esta realidade há vários anos.
O padre salienta que a pornografia sempre actuou como um ‘lesa vidas’, considerando mesmo como um atentado não só a moral como também à própria espiritualidade a que as pessoas têm direito. “Sabemos que a questão da sexualidade vem do próprio Deus, que permite através dela que o mundo de multiplique e o homem se reproduza. Só o facto de ser um meio de fazer a vida deve ser respeitado, não pode ser banalizado. E quando se banaliza a sexualidade está-se a banalizar a vida da própria pessoa humana”, garantiu o prelado. Jerónimo Cahinga pensa que a comercialização de objectos pornográficos está aliado ao facto de muitas pessoas não verem os meios para atingirem determinados fins. E, segundo ele, a pornografia, tal como a prostituição, é uma das grandes fontes económicas que muitos utilizam, infelizmente. Favorece-lhes a introdução de meios e leva, às vezes intencionalmente, a diluir a moral das pessoas e fragilizar ainda mais aquilo que têm como imoralidade e espiritualidade.
“De uma certa forma”, segundo o padre, “a entrada de produtos pornográficos acontece como a droga”, porque, na realidade existe um combate contra esta substância e na prática também não há esta batalha.
“Porque algumas drogas sempre entram apesar do combate que se fala, àqueles que estão mais ligados a este tipo de comercialização. Há um certo tipo de anuência da parte de uma ou outra personalidade das forças orientadoras do Governo ou alguém com um certo prestígio a nível da sociedade, que deixa com que se fechem os olhos a isso”, explicou o padre.
O pastor e docente universitário defende que o mal deveria ser combatido pela raiz, com todos os meios ao alcance do próprio Executivo, mesmo que nesta actividade estejam implicadas pessoas de bom ou maus nomes.
Acredita ainda que a pressão comercial muitas das vezes ultrapassa as forças daqueles que gostariam de lutar contra. O padre acredita que se as pessoas levantarem as mãos em ‘pé de guerra’ contra a comercialização destes produtos poderão retardar a sua expansão no mercado, podendo travar durante um tempo a possível instala-
ção de lojas para a venda destes objectos pornográficos. Jerónimo Cahinga acha que a Igreja e a própria sociedade poderão fazer algo contra isso, uma vez que a pornografia destrói lares, vidas e o futuro da própria congregação. “A Igreja teria uma voz mais alta no sentido de se resistir a este tipo de introdução de material que prejudica, afinal, aqueles que seriam os verdadeiros crentes e cristãos, que poderiam levar a frente a demonstração de uma moral sã que é necessária para ajudar a sociedade a viver uma vida tranquila”, acrescentou.
O nosso interlocutor explica que uma sociedade com valores sãos ela própria auto-constrói-se e encontra meios para torná-la num país e numa sociedade de referência.
A pornografia e a prostituição acabam por diluir a força de vontade e de ânimo de lutar contra tudo aquilo que se torna corrupção, maldade, delinquência ou violência. O padre contou que quando esteve em Itália teve a oportunidade de assistir a um debate no canal televisivo RAI, quando foi lançado o comprimido viagra. A pílula foi introduzida para estimular os homens. “Uma jornalista perguntou a uma actriz presente, se em relação a ela era necessário que se utilizasse viagra no seu lar.
“A senhora respondeu que o viagra para o meu marido sou eu, quem tem de atrair ou estar pronta sou eu. Se não sirvo, viagra também não serve”, contou o director da faculdade de Teologia da Universidade Católica, realçando que “se prevalecer o verdadeiro amor, este mesmo amor leva as pessoas a uma afectividade e uma relação íntima sem precisar de produtos químicos e vídeos pornográficos. É uma questão de os casais reverem o seu passado e o presente”.
O padre considera que se a sexualidade não significar a conclusão de um amor profundo que liga duas pessoas, então ela é artificial. Ou, como o próprio fez questão de acrescentar, pode ser mesmo uma ‘sexualidade pornográfica’, porque não é a que leva a unidade entre duas pessoas, mas apenas juntarem-se naquele momento e depois separarem-se como indivíduos que se conheceram em plena rua. E que precisavam destes estímulos e produtos.
Dani Costa
11 de Julho de 2011
http://www.opais.net/pt/opais/?id=1657&det=22072
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Garota de programa foge ao descobrir que cliente era o marido
Garota de programa foge ao descobrir que cliente era o marido
|| Publicado por : Geronimo Barbosa || Às 15:07 ||
Querendo ganhar dinheiro, uma mulher casada que mora em Blumenau, interior de Santa Catarina, resolveu virar garota de programa. Para tentar conseguir clientes ela publicou anúncio no jornal, com nome e celular diferente, para o marido não desconfiar. A primeira ligação ocorreu justamente no horário de trabalho do marido, motivo para ela pular de alegria e correr para os braços do primeiro cliente, já pensando na grana que iria ganhar.
Mas o primeiro cliente foi justamente o marido, que viu o anúncio nos Classificados do jornal e telefonou, sem saber que se tratava da sua esposa.
O encontro foi marcado em um galpão abandonado. O cliente foi exigente pedindo para que a garota entrasse no local seminua. Quando a mulher chegou ao local, que tirou parte da roupa e entrou no galpão, viu que o cliente era o seu marido e começou a confusão.
O marido – quase traído – correu atrás da sua esposa, com um pedaço de ferro na mão, mas ela foi mais rápida, pulou várias cercas, e conseguiu escapar.
Ao conversar com a repórter do G17, Silvana Souza Sinara Silva, a mulher lamentou o episódio admitindo ser muito azarenta, e disse que não serve sequer para ser garota de programa. “Outra vez tentei conseguir um amante pela Internet mas o cara era o meu pai. Nunca tive sorte na vida”, contou a nossa repórter.
http://www.jornal1005noticias.com.br/2011/07/garota-de-programa-foge-ao-descobrir.html
|| Publicado por : Geronimo Barbosa || Às 15:07 ||
Querendo ganhar dinheiro, uma mulher casada que mora em Blumenau, interior de Santa Catarina, resolveu virar garota de programa. Para tentar conseguir clientes ela publicou anúncio no jornal, com nome e celular diferente, para o marido não desconfiar. A primeira ligação ocorreu justamente no horário de trabalho do marido, motivo para ela pular de alegria e correr para os braços do primeiro cliente, já pensando na grana que iria ganhar.
Mas o primeiro cliente foi justamente o marido, que viu o anúncio nos Classificados do jornal e telefonou, sem saber que se tratava da sua esposa.
O encontro foi marcado em um galpão abandonado. O cliente foi exigente pedindo para que a garota entrasse no local seminua. Quando a mulher chegou ao local, que tirou parte da roupa e entrou no galpão, viu que o cliente era o seu marido e começou a confusão.
O marido – quase traído – correu atrás da sua esposa, com um pedaço de ferro na mão, mas ela foi mais rápida, pulou várias cercas, e conseguiu escapar.
Ao conversar com a repórter do G17, Silvana Souza Sinara Silva, a mulher lamentou o episódio admitindo ser muito azarenta, e disse que não serve sequer para ser garota de programa. “Outra vez tentei conseguir um amante pela Internet mas o cara era o meu pai. Nunca tive sorte na vida”, contou a nossa repórter.
http://www.jornal1005noticias.com.br/2011/07/garota-de-programa-foge-ao-descobrir.html
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