Mães precoces
As necessidades são muitas. Abandonadas pelos pais das crianças e sem ter onde tirar o sustento para o bebé, as adolescentes tornam-se vulneráveis, confrontando-se com desafios e perspectivas obscuras.
“O meu filho não mama peito por isso sou obrigada constantemente a comprar leite Nutriben para amamenta-lo”, disse, Paula António (nome fictício), de 16 anos de idade, mãe do pequeno Serginho.
As amigas são o único apoio, solidárias com o sofrimento da companheira com quem brincavam às casinhas e bonecas juntam o pouco que têm para a compra do leite, da fralda descartável, do pó talco e, quando possível, para cobrirem algumas consultas médicas obrigatórias para o recém-nascido.“Sem a ajuda das minhas amigas não sei o que seria de mim”, lamentou.
Para além dos riscos de saúde advindos da maternidade precoce, atribui-se à gravidez e a maternidade na adolescência a exclusão social, não só em Angola como noutras partes do mundo.
Paula namorava com um rapaz seis anos mais velho, “ele era muito carinhoso e vinha constantemente a minha busca para passear e ajudava-me financeiramente”.O martírio de Paula começou quando descobriu que estava grávida, depois do terceiro mês de gestação, e contou ao parceiro que prontamente negou a paternidade, justificando-se com ao tempo que a gravidez já levava.
“Eu não havia dado conta que estava grávida, foi a minha tia quem descobriu. Quando lhe contei simplesmente negou”.“Os pais dele disserem que também não assumiriam nada até o bebé nascer e por ironia do destino o Serginho tem a cara do pai”, acrescentou.
O pequeno nasceu com considerábom emprego devido a idade optei por fazer amizade com os “tios”, eles sabiam da minha situação por isso sempre que podiam davam-me algum dinheiro”.
Na procura do sustento para o seu filho, Ana tornou-se vulnerável e acreditava nas muitas promessa que ouvia, “sofri, mas com isso aprendi muita coisa sobre a vida”.
Hoje, Ana vive com um homem muito mais velho que apoia financeiramente a sua família. Mas confessa que descobriu que não é o tipo de homem que ela queria, “ele é muito mais velho para mim”.
Mas por causa do filho e principalmente pelos seus pais, não pode deixa-lo.Clarisse Octávio (nome fictício) moradora do bairro Boavista e é uma das meninas mais vistosas do bairro.
Engravidou aos 16 anos de idade e os pais expulsaram-na de casa.“Antes de ter o bebé fiquei seis meses em casa de uma amiga só depois os pais do meu namorado foram lá a minha busca”.
Reclama contra o facto de a mãe ter sido muito agressiva com ela quando criança, facto que a “obrigou” a engravidar: “engravidei de muita raiva pelo que ela me fazia”.
A mãe da pequena era muito exigente, proibindo-a de ter amigos e controlando todos os seus passos, chegando e pedir a alguém que a vigiasse durante as aulas.A rixa entre Mãe e filha aumentou depois ter mandado prender o seu namorado e quando diante do inspector a pequena respondeu que o moço não a coagiu a ter relações sexuais, que eram namorados e o amava demais.
“Depois desse facto, a minha mãe disse que eu não era mais filha dela e pediu-me para nunca mais a procurar. Foi o pior momento da minha vida”, recorda.
As aulas e parte da vida de Clarisse atrasaram-se com esse incidente, interrompeu o ano lectivo e alguns cursos técnico profissionais que frequentava para sozinha cuidar da gravidez. “A minha vida parou em torno disso”. Um acidente durante o oitavo mês de gravidez obrigou a mãe a aceita-la de volta a casa. Nessa altura e tendo de volta o carinho da sua mãe, Clarisse separou-se do pai do seu filho. A tenra idade e o carinho que sente pelos pais não lhe permitiram viver longe destes.
Com o filho ao colo, Clarisse voltou às aulas com um bom aproveitamento no fim do ano lectivo. Vive com os pais mas pretende trabalhar porque o que recebe mensalmente do pai da criança não chega para os gastos, USD150.
O refúgio
Mary (nome fictício), veio há três meses da Namíbia, não fala português, tem 20 anos e um filho de seis.Convidada por amigas a vir a Angola, Mary frequenta algumas casas nocturnas de Luanda – Pub Real e Zorba onde consegue o sustento para a criança.
A maternidade precoce obrigou-a a encontrar alternativas de sustento, a conversa ao telefone com as amigas de Angola, seduziu-a. Deixou o pequeno com os avós para quem regularmente manda algum dinheiro.
Bonita e de pele clara, a Namibiana descendente de pai Angolano, embora viver das noites em Luanda, sente-se feliz por conseguir, em três meses, mandar dinheiro para o filho.
Vive em casa das amigas que a ajudam a comunicar com as pessoas com quem se encontra nas noites.Mary receia arranjar um namorado, com medo de que a proíba de frequentar os seus lugares habituais.
Precisa mandar dinheiro para o filho e um emprego não lhe dará a facilidade de ganhar tanto dinheiro como o que se faz nas noites luandinas.
‘A deficiente educação sexual e a influência dos medias contribuem para o fenómeno’
O sociólogo Zeca Branco Dias aponta como sendo vários, os factores que favorecem o aumento do número de mães adolescentes solteiras numa sociedade como a nossa. A educação sexual, os meios de comunicação de massas, a religião e a pobreza foram alguns do factores listados pelo sociólogo, como causa da gravidez precoce nalgumas famílias.
O facto de estarmos numa sociedade em transição da vida tradicional a moderna causa certas rupturas nos chamados “modelos sexuais”. “Nas sociedades tradicionais cabe às tias o papel de educar sexualmente as sobrinhas; já nas mais industrializadas não existe uma preparação para a rapariga assumir a sexualidade, porquanto elas se auto-educam”.
Os meios de comunicação de massas difundem imagens estéticas, como telenovelas e mini-séries, “em que a ideia de relacionamento entre dois seres tende a resumir-se num beijo e carícias, sendo o adolescente o principal alvo, centrando-se na dimensão erótica dos programas”. famílias, a influência dos media e o fraco papel que a religião tem desempenhado no processo de instrução das crianças e dos adolescentes como sendo negativas ao despertar os mais pequenos para o início da vida sexual. "A probabilidade de filhas de adolescentes também engravidarem na adolescência é muito alta", concluiu.
Necessidade versus moral
Em Luanda, os pubs apresentamse como os locais preferenciais das chamadas mães precoces na busca do sustento para os filhos.
À semelhança da Mary, as irmãs Marilda e Mariza (nomes fictícios), angolanas, mães solteiras de 19 e 20 anos de idade respectivamente com filhos de dois, encontram na noite o sustento para os seus filhos.
O Pub Real na mutamba é o local preferencial, “já não vivemos com os nossos pais, tivemos que sair de casa para sustentarmos os nossos filhos aqui já somos conhecidas. Conquistamos o nosso espaço”.
De físicos elegantes as jovens são trabalhadoras especiais na casa, andam pelo Club servindo bebidas aos clientes, só os mais Vips, os especiais, têm direito aos seus serviços.
“Engravidamos quase em simultâneo, somos solteiras e os nossos pais não têm condições de nos sustentar, precisamos de alimentar os nossos filhos”
Algumas situações com que se confrontam adolescentes grávidas no mundo todo
•Filhos de pais adolescentes sofrem mais abusos e negligência do que aqueles com pais de mais idade.
•Os filhos de mãe precoces têm maiores probabilidades de terem um desenvolvimento mais lento comparado os demais n A maioria dos pais não casam com as mães adolescentes que engravidam n As probabilidades de casamentos entre adolescentes não dar certo são muito maiores do que os que envolvem mulheres com pelo menos 25 anos.
•Filhos de mães adolescentes têm mais probabilidade de nascerem prematuros e com peso abaixo do ideal, aumentando os riscos de problemas respiratórios crónicos, mentais e paralisia cerebral.
•Os filhos de mães precoces têm mais probabilidade de sofrerem mais com a fome e a subnutrição ou estarem mais expostos à violência
Waldney Oliveira
23 de Dezembro de 2009
http://www.opais.net/pt/opais/?id=1657&det=8392&ss=sexualidade
terça-feira, 12 de julho de 2011
Sexualidade na adolescência é tema de debate na ADEFAL
23/02/2011 17:38
A-A+
Assessoria
compartilhar:
O serviço neuropsicomotor da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas – Adefal realiza nesta quinta-feira às 9h uma palestra educativa sobre sexualidade na adolescência, a qual será ministrada pelo psicólogo Plínio Silva. O evento acontece no auditório da Adefal e tem como objetivo preparar as mães para lhe dar com os filhos adolescentes principalmente no que se refere à sexualidade.
De acordo com Monike Damasceno assistente social responsável pelo serviço neuropsicomotor da Adefal, o qual atende cerca de 300 crianças até 17 anos, o tema foi escolhido devido um grande demanda de mães estarem vivenciando este tipo de situação em casa. “É lamentável, mas tudo que envolve sexualidade sempre há uma grande tabu, no nosso caso que convivemos com crianças e adolescentes na maioria com problemas neuropsicomotor esta realidade ainda é mais acentuada. Os pais temem tudo que diz respeito à sexualidade e com isso preferem ignorar ou reprimir os filhos ao invés de buscar ajuda para lhe dar com a situação”, explica MoniKe.
Ao falar sobre a importância da ação Monike explica que as palestras educativas são uma forma terapia conjunto para os pais e responsáveis pelas crianças, tendo em vista que no processo de reabilitação e de inclusão social da pessoa com deficiência se faz necessário uma ação conjunta entre a equipe multiprofissional e a família. “Durante eventos como esse procuramos interagir com a família e mostrar que seus filhos apresentam algumas limitações, porem devem levar uma vida normal e para isso precisam contar com o apoio e ajuda dos mesmos”, ressalta a assistente social.
http://primeiraedicao.com.br/noticia/2011/02/23/sexualidade-na-adolescencia-e-tema-de-debate-na-adefal
23/02/2011 17:38
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Assessoria
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O serviço neuropsicomotor da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas – Adefal realiza nesta quinta-feira às 9h uma palestra educativa sobre sexualidade na adolescência, a qual será ministrada pelo psicólogo Plínio Silva. O evento acontece no auditório da Adefal e tem como objetivo preparar as mães para lhe dar com os filhos adolescentes principalmente no que se refere à sexualidade.
De acordo com Monike Damasceno assistente social responsável pelo serviço neuropsicomotor da Adefal, o qual atende cerca de 300 crianças até 17 anos, o tema foi escolhido devido um grande demanda de mães estarem vivenciando este tipo de situação em casa. “É lamentável, mas tudo que envolve sexualidade sempre há uma grande tabu, no nosso caso que convivemos com crianças e adolescentes na maioria com problemas neuropsicomotor esta realidade ainda é mais acentuada. Os pais temem tudo que diz respeito à sexualidade e com isso preferem ignorar ou reprimir os filhos ao invés de buscar ajuda para lhe dar com a situação”, explica MoniKe.
Ao falar sobre a importância da ação Monike explica que as palestras educativas são uma forma terapia conjunto para os pais e responsáveis pelas crianças, tendo em vista que no processo de reabilitação e de inclusão social da pessoa com deficiência se faz necessário uma ação conjunta entre a equipe multiprofissional e a família. “Durante eventos como esse procuramos interagir com a família e mostrar que seus filhos apresentam algumas limitações, porem devem levar uma vida normal e para isso precisam contar com o apoio e ajuda dos mesmos”, ressalta a assistente social.
http://primeiraedicao.com.br/noticia/2011/02/23/sexualidade-na-adolescencia-e-tema-de-debate-na-adefal
Pesquisa: homossexualidade é definida na gestação
Pesquisa: homossexualidade é definida na gestação
19/07/2010 12:07
Uol
Em que momento da vida uma pessoa se torna homossexual? Durante a gestação, na infância ou adolescência? E o que define a sexualidade humana? Fatores genéticos ou sociais? Essas questões sempre geraram muita discordância entre militantes, cientistas e psicanalistas.
Mas, ao menos de acordo com o pesquisador Jacques Balthazar da Universidade de Liège, na Bélgica, nossa orientação sexual é definida quando não passamos de um embrião.
Balthazar acaba de lançar no exterior o livro "Biologia da Homossexualidade", em que afirma que o indivíduo nasce homossexual, não torna-se um.
De acordo com o estudioso, que há 30 anos analisa a relação entre hormônios e comportamento sexual, o histórico genético e as descargas hormonais recebidas quando ainda estamos no ventre são os determinantes para que alguém nasça homo, bi ou heterossexual.
http://primeiraedicao.com.br/noticia/2010/07/19/pesquisa-homossexualidade-e-definida-na-gestacao
19/07/2010 12:07
Uol
Em que momento da vida uma pessoa se torna homossexual? Durante a gestação, na infância ou adolescência? E o que define a sexualidade humana? Fatores genéticos ou sociais? Essas questões sempre geraram muita discordância entre militantes, cientistas e psicanalistas.
Mas, ao menos de acordo com o pesquisador Jacques Balthazar da Universidade de Liège, na Bélgica, nossa orientação sexual é definida quando não passamos de um embrião.
Balthazar acaba de lançar no exterior o livro "Biologia da Homossexualidade", em que afirma que o indivíduo nasce homossexual, não torna-se um.
De acordo com o estudioso, que há 30 anos analisa a relação entre hormônios e comportamento sexual, o histórico genético e as descargas hormonais recebidas quando ainda estamos no ventre são os determinantes para que alguém nasça homo, bi ou heterossexual.
http://primeiraedicao.com.br/noticia/2010/07/19/pesquisa-homossexualidade-e-definida-na-gestacao
A questão familiar em torno do homossexualidade é discutida em exposição
A questão familiar em torno do homossexualidade é discutida em exposição
A exposição é fruto de uma pesquisa de campo sobre as questões do gênero
03/06/2011 07:27
Railton Teixeira
Fotos: Felipe Brasil/Cortesia
Com a proposta de quebrar o preconceito e promover o debate da vivência familiar diante dos conflitos que envolvem a homossexualidade, o artista multimeios e pesquisador humanista Paulo Santo expôs e debateu com o público o fruto de suas pesquisas, na Pinacoteca Universitária da UFAL, centro de Maceió, na noite desta quinta-feira, 02.
O tema da exposição aborda a saga de uma mãe nordestina que trava uma batalha religiosa, na suspeita e no encalço de retirar de um dos seus filhos possíveis indícios de homossexualidade. Na exposição, o artista mostra através de objetos simples do dia-a-dia a mistura em torno dos temas de ordens sexuais, religiosos e ocultos.
Segundo o artista, a sua pesquisa que segue desde 1991 ao longo de favelas, zonas urbanas, parte alta e elite alagoana o possibilitou a organizar a exposição e de acordo com ele a cada lugar visitado e estudado alguns elementos foram recolhidos e expostos para o público.
“É importante que cada um tenha a sua própria visão, não quis ao montar está exposição criar um conceito de homossexualidade, muito menos a bissexualidade, dentro das questões que envolvem a religião católica, passando pelo protestantismo e ingressando na religião afro-descendente. Tudo isso porque a personagem desconfia que alguns dos seus filhos sejam homossexuais”, expôs Paulo Santo.
Assinando um poema para a exposição à artista plástica e professora universitária, Maria do Socorro Lamenha, descreve a exposição através de uma expressividade amorosa. “O amor, em todas as suas nuances, é um sentimento difícil de ser definido e até ser encontrado”, e de acordo com ela a dúvida ainda paira, pois não sabe se conseguiu colocar em palavras o que acha que seja o sentimento amor.
A exposição seguirá até o dia 8 de julho com visitas diárias manhã e tarde.
http://primeiraedicao.com.br/noticia/2011/06/03/a-questao-familiar-em-torno-do-homossexualismo-e-discutido-em-exposicao
A exposição é fruto de uma pesquisa de campo sobre as questões do gênero
03/06/2011 07:27
Railton Teixeira
Fotos: Felipe Brasil/Cortesia
Com a proposta de quebrar o preconceito e promover o debate da vivência familiar diante dos conflitos que envolvem a homossexualidade, o artista multimeios e pesquisador humanista Paulo Santo expôs e debateu com o público o fruto de suas pesquisas, na Pinacoteca Universitária da UFAL, centro de Maceió, na noite desta quinta-feira, 02.
O tema da exposição aborda a saga de uma mãe nordestina que trava uma batalha religiosa, na suspeita e no encalço de retirar de um dos seus filhos possíveis indícios de homossexualidade. Na exposição, o artista mostra através de objetos simples do dia-a-dia a mistura em torno dos temas de ordens sexuais, religiosos e ocultos.
Segundo o artista, a sua pesquisa que segue desde 1991 ao longo de favelas, zonas urbanas, parte alta e elite alagoana o possibilitou a organizar a exposição e de acordo com ele a cada lugar visitado e estudado alguns elementos foram recolhidos e expostos para o público.
“É importante que cada um tenha a sua própria visão, não quis ao montar está exposição criar um conceito de homossexualidade, muito menos a bissexualidade, dentro das questões que envolvem a religião católica, passando pelo protestantismo e ingressando na religião afro-descendente. Tudo isso porque a personagem desconfia que alguns dos seus filhos sejam homossexuais”, expôs Paulo Santo.
Assinando um poema para a exposição à artista plástica e professora universitária, Maria do Socorro Lamenha, descreve a exposição através de uma expressividade amorosa. “O amor, em todas as suas nuances, é um sentimento difícil de ser definido e até ser encontrado”, e de acordo com ela a dúvida ainda paira, pois não sabe se conseguiu colocar em palavras o que acha que seja o sentimento amor.
A exposição seguirá até o dia 8 de julho com visitas diárias manhã e tarde.
http://primeiraedicao.com.br/noticia/2011/06/03/a-questao-familiar-em-torno-do-homossexualismo-e-discutido-em-exposicao
Traumas para a vida toda
Nvunda Tonet
Traumas para a vida toda
O psicólogo clínico Nvunda Tonet considera que as crianças vítimas de violação, abuso ou qualquer meio de coação no campo sexual podem desenvolver alguma perturbação da primeira infância e adolescência, como a hiperactividade, ansiedade generalizada, perturbação de oposição e, em alguns casos transtorno de conduta.
“É importante ressaltar que cada criança reage de forma única, ou seja, duas crianças podem ser violadas, mas cada uma delas tem uma resposta fisiológica e psíquica diferente. O meio social, o apoio dos pais ou encarregados de educação e amigos é fundamental para que a criança possa lidar com esse acontecimento”, explicou. O professor de Psicopatologia na Universidade Óscar Ribas declarou que a criança, além de todo o sofrimento que ela teve durante o abuso sexual, pode sofrer danos a curto e longo prazos. Na sua óptica, uma simples intervenção precoce e efectiva pode modificar todo o desenvolvimento da criança.
Nvunda Tonet disse ainda que esta acção provoca na vítima a falta de auto-estima, problemas com a sexualidade, dificuldade em construir relações duradouras e falta de confiança em si e nas pessoas. “Com tudo isso, a sua visão do mundo e dos relacionamentos se torna muito diferente do jeito das outras pessoas”.
Quanto à possibilidade de a mesma ter um relacionamento sadio com os seus irmãos, o psicólogo declarou que eles podem apresentar resistência face ao problema e, na maioria das vezes desenvolvem uma aversão aos adultos, que geralmente é ultrapassada quando se atinge a adolescência.
Atendendo ao facto de a mãe da criança a ter deixado em casa para ir ver uma telenovela no dia em que a mesma foi violada pela primeira vez, Nvunda Tonet disse que a pobreza é um dos principais elementos responsáveis pelo descuido educacional nas famílias.
“As preocupações com necessidades primárias, principalmente com a saúde e alimentação, leva todo o ser humano a desenvolver improvisadas actividades para garantirem o sustento da sua família. Soma-se a isso a inércia de um Estado que não procura compensar essas carências, que além de deixar a população desprovida de necessidades básicas à sua sobrevivência, não supre a ausência”.
10 de Junho de 2011
http://www.opais.net/pt/opais/?id=1657&det=21538&ss=sexualidade
Traumas para a vida toda
O psicólogo clínico Nvunda Tonet considera que as crianças vítimas de violação, abuso ou qualquer meio de coação no campo sexual podem desenvolver alguma perturbação da primeira infância e adolescência, como a hiperactividade, ansiedade generalizada, perturbação de oposição e, em alguns casos transtorno de conduta.
“É importante ressaltar que cada criança reage de forma única, ou seja, duas crianças podem ser violadas, mas cada uma delas tem uma resposta fisiológica e psíquica diferente. O meio social, o apoio dos pais ou encarregados de educação e amigos é fundamental para que a criança possa lidar com esse acontecimento”, explicou. O professor de Psicopatologia na Universidade Óscar Ribas declarou que a criança, além de todo o sofrimento que ela teve durante o abuso sexual, pode sofrer danos a curto e longo prazos. Na sua óptica, uma simples intervenção precoce e efectiva pode modificar todo o desenvolvimento da criança.
Nvunda Tonet disse ainda que esta acção provoca na vítima a falta de auto-estima, problemas com a sexualidade, dificuldade em construir relações duradouras e falta de confiança em si e nas pessoas. “Com tudo isso, a sua visão do mundo e dos relacionamentos se torna muito diferente do jeito das outras pessoas”.
Quanto à possibilidade de a mesma ter um relacionamento sadio com os seus irmãos, o psicólogo declarou que eles podem apresentar resistência face ao problema e, na maioria das vezes desenvolvem uma aversão aos adultos, que geralmente é ultrapassada quando se atinge a adolescência.
Atendendo ao facto de a mãe da criança a ter deixado em casa para ir ver uma telenovela no dia em que a mesma foi violada pela primeira vez, Nvunda Tonet disse que a pobreza é um dos principais elementos responsáveis pelo descuido educacional nas famílias.
“As preocupações com necessidades primárias, principalmente com a saúde e alimentação, leva todo o ser humano a desenvolver improvisadas actividades para garantirem o sustento da sua família. Soma-se a isso a inércia de um Estado que não procura compensar essas carências, que além de deixar a população desprovida de necessidades básicas à sua sobrevivência, não supre a ausência”.
10 de Junho de 2011
http://www.opais.net/pt/opais/?id=1657&det=21538&ss=sexualidade
Homossexualismo tem cura
Dossier
Homossexualismo tem cura
Frei João Domingos afirma que a igreja católica não os repudia; apenas aconselha
Homossexualismo: uma doença ou um desvio?
Eu pessoalmente penso que pode haver pessoas que nascem com tendências fáceis para o homossexualismo. Mas não são determinantes. Para mim trata-se de um desvio que as pessoas ganham a partir de certas amizades, experiências ou iniciações de outras pessoas, habitualmente, mais adultas. A pessoa pode já estar marcada com o hábito da masturbação. Esta, habitualmente fruto de carência afectiva ou experiências de crianças de 7-8 anos, por exemplo. Nestes casos, o evoluir para a homos- sexualidade é fácil, sobretudo se se encontram duas pessoas com o mesmo problema. Mas tudo isto pode ser corrigido com uma boa orientação e aconselhamento, se essas pessoas desejam “curar-se”.
Qual a posição da Igreja Católica face a este problema?
A primeira atitude é acolher bem essas pessoas, não as julgar nem condenar, mas antes tentar saber em diálogo pessoal e secreto, (para nós é como o segredo de confissão), com o padre ou conselheiro, os porquês do aparecimento deste desvio. Depois tentar ajudar a pessoa a perceber o porquê que ela se envolveu ou deixou envolver nesse desvio. Tentar des- culpabilizá-la, pois de facto, embora seja algo mau que lhe está a estragar a vida, o seu crescimento normal, pode a pessoa não ter propriamente culpa. Por isso não falamos de pecado, embora lhe façamos entender as consequências destas práticas para o seu crescimento e desenvolvimento normal presentee futuro. Culpabilizar as pessoas é errado, pois só Deus sabe qual e se há culpa; e em segundo lugar, o sentimento de culpa já a pessoa o tem demais e é uma das causas que a faz cair mais vezes nessa prática.
É provável que haja homossexuais na Igreja?
Claro que sim. Pode acontecer a qualquer pessoa, sobretudo, como eu disse, se essa pessoa já traz marcas a predisporem-na para tal desvio. Nós respeitamos cada pessoa e não faze- mos discriminação. Apenas tentamos ajudá-la a superar tal prática ou hábito, seja católico ou não.
Há uma forma de se acabar com este fenómeno?
Totalmente não. É algo muito antigo e certamente continuará. Mas é possível ajudar pessoas a corrigir esses comportamentos ou hábitos que ga- nharam. Pode demorar alguns anos, mas se a pessoa desejar voltar ao normal é possível. No caso da masturbação, até aos 40 anos de idade é possível e consegue-se frequentemente.
Depois dos 45 de idade torna-se difícil erradicar esse hábito. Mas, em muitos casos consegue-se. A homossexualidade é mais difícil, sobretudo se o companheiro/a não está interessado/a em mudar de comportamento.
Como procederia se numa das suas missas estiver um homossexual?
Já disse acima que a Igreja não faz discriminação de pessoas. A todas respeitamos, sejam elas quem forem. Também já disse que a Igreja não julga nem condena (não deve) seja quem for. Acolhe, ajuda, esclarece e perdoa se a pessoa se sente culpada. E só quando a pessoa vem ter connosco. Se eu souber, por outros caminhos, do seu problema, ignoro até que a pessoa se sinta capaz de falar no assunto. Como já disse acima, a pessoa pode sentir-se só relativamente culpada, ou por ignorância ou por outros motivos.
Como reagiria se tomasse conhecimento de padres ou religiosos que sejam homossexuais?
Se chegar ao meu conhecimento que tal padre ou religioso tem esse problema, vou ao seu encontro e, com toda a amizade e franqueza, falo-lhe do assunto. Pergunto se já está a ser ajudado ou se precisa de ajuda. Eu, pessoalmente continuo a acreditar no método de ajuda fraterna, discreta e não na denúncia pública imediata ou ir logo informar o bis- po. A Igreja, respeita a pessoa e a sua dignidade e sua fama. O mesmo faz com quem provoca aborto, apesar de ser algo grave. Notemos que não se trata aqui de pedofilia. Isso é outro assunto e o Papa João Paulo II e o actual Papa já deram orientações para que tais casos sejam denunciados. O caso do homossexualismo é entendido entre pessoas adultas, mais ou menos da mesma idade. Aqui a situação exige que as pessoas assumam a situação e a queiram inverter. Nós estamos dispostos a ajudar. Eu só conheci dois casos, um dos quais se corrigiu, o outro saiu da Congregação a que ele pertencia. Por acaso eram ambos religiosos, não padres. Mas, repito, não se trata aqui de pedofilia ou violações.
http://www.opais.net/pt/opais/?id=1657&det=3452&ss=sexualidade
Homossexualismo tem cura
Frei João Domingos afirma que a igreja católica não os repudia; apenas aconselha
Homossexualismo: uma doença ou um desvio?
Eu pessoalmente penso que pode haver pessoas que nascem com tendências fáceis para o homossexualismo. Mas não são determinantes. Para mim trata-se de um desvio que as pessoas ganham a partir de certas amizades, experiências ou iniciações de outras pessoas, habitualmente, mais adultas. A pessoa pode já estar marcada com o hábito da masturbação. Esta, habitualmente fruto de carência afectiva ou experiências de crianças de 7-8 anos, por exemplo. Nestes casos, o evoluir para a homos- sexualidade é fácil, sobretudo se se encontram duas pessoas com o mesmo problema. Mas tudo isto pode ser corrigido com uma boa orientação e aconselhamento, se essas pessoas desejam “curar-se”.
Qual a posição da Igreja Católica face a este problema?
A primeira atitude é acolher bem essas pessoas, não as julgar nem condenar, mas antes tentar saber em diálogo pessoal e secreto, (para nós é como o segredo de confissão), com o padre ou conselheiro, os porquês do aparecimento deste desvio. Depois tentar ajudar a pessoa a perceber o porquê que ela se envolveu ou deixou envolver nesse desvio. Tentar des- culpabilizá-la, pois de facto, embora seja algo mau que lhe está a estragar a vida, o seu crescimento normal, pode a pessoa não ter propriamente culpa. Por isso não falamos de pecado, embora lhe façamos entender as consequências destas práticas para o seu crescimento e desenvolvimento normal presentee futuro. Culpabilizar as pessoas é errado, pois só Deus sabe qual e se há culpa; e em segundo lugar, o sentimento de culpa já a pessoa o tem demais e é uma das causas que a faz cair mais vezes nessa prática.
É provável que haja homossexuais na Igreja?
Claro que sim. Pode acontecer a qualquer pessoa, sobretudo, como eu disse, se essa pessoa já traz marcas a predisporem-na para tal desvio. Nós respeitamos cada pessoa e não faze- mos discriminação. Apenas tentamos ajudá-la a superar tal prática ou hábito, seja católico ou não.
Há uma forma de se acabar com este fenómeno?
Totalmente não. É algo muito antigo e certamente continuará. Mas é possível ajudar pessoas a corrigir esses comportamentos ou hábitos que ga- nharam. Pode demorar alguns anos, mas se a pessoa desejar voltar ao normal é possível. No caso da masturbação, até aos 40 anos de idade é possível e consegue-se frequentemente.
Depois dos 45 de idade torna-se difícil erradicar esse hábito. Mas, em muitos casos consegue-se. A homossexualidade é mais difícil, sobretudo se o companheiro/a não está interessado/a em mudar de comportamento.
Como procederia se numa das suas missas estiver um homossexual?
Já disse acima que a Igreja não faz discriminação de pessoas. A todas respeitamos, sejam elas quem forem. Também já disse que a Igreja não julga nem condena (não deve) seja quem for. Acolhe, ajuda, esclarece e perdoa se a pessoa se sente culpada. E só quando a pessoa vem ter connosco. Se eu souber, por outros caminhos, do seu problema, ignoro até que a pessoa se sinta capaz de falar no assunto. Como já disse acima, a pessoa pode sentir-se só relativamente culpada, ou por ignorância ou por outros motivos.
Como reagiria se tomasse conhecimento de padres ou religiosos que sejam homossexuais?
Se chegar ao meu conhecimento que tal padre ou religioso tem esse problema, vou ao seu encontro e, com toda a amizade e franqueza, falo-lhe do assunto. Pergunto se já está a ser ajudado ou se precisa de ajuda. Eu, pessoalmente continuo a acreditar no método de ajuda fraterna, discreta e não na denúncia pública imediata ou ir logo informar o bis- po. A Igreja, respeita a pessoa e a sua dignidade e sua fama. O mesmo faz com quem provoca aborto, apesar de ser algo grave. Notemos que não se trata aqui de pedofilia. Isso é outro assunto e o Papa João Paulo II e o actual Papa já deram orientações para que tais casos sejam denunciados. O caso do homossexualismo é entendido entre pessoas adultas, mais ou menos da mesma idade. Aqui a situação exige que as pessoas assumam a situação e a queiram inverter. Nós estamos dispostos a ajudar. Eu só conheci dois casos, um dos quais se corrigiu, o outro saiu da Congregação a que ele pertencia. Por acaso eram ambos religiosos, não padres. Mas, repito, não se trata aqui de pedofilia ou violações.
http://www.opais.net/pt/opais/?id=1657&det=3452&ss=sexualidade
"A homossexualidade é uma perversão condenável"
Dossier
"A homossexualidade é uma perversão condenável"
A Bíblia, diz o Bispo Gaspar Domingos da Metodista, privilegia a relação entre um homem e uma mulher
Bispo Gaspar Domingos da Igreja Metodista considera a homossexualidade uma perversão, à luz dos princípios bíblicos, mas diz que os homossexuais são aceites dentro da Igreja como homens e mulheres que de¬vem receber a instrução constante para se perfilarem dentro do que a Bíblia orienta.
Diz, no entanto, que embora os homossexuais são aceites não podem assumir cargos de ministérios, pois não estariam em condições de pregar como recomendável. “Como é que estas pessoas podiam pregar, por exemplo, o texto do Génesis, que orienta o homem a deixar os seus pais e a juntar-se a uma mulher, constituindo desse modo uma só família?”.
O responsável da Igreja Metodista acredita que a homossexualidade pode ser corrigida, se for conheci¬da a origem do problema. “Sei que muitas dessas situações acontecem dentro das famílias desestruturadas
e, às vezes, desde tenra idade. Outros têm a ver com questões económicas; deixam-se levar. E por tudo isso, acho que haverá medidas capazes de corrigir a situação”.
A Bíblia, justifica o prelado, privilegia a relação entre um homem e uma mulher. “Quando falamos da sexualidade no seu todo, os princípios bíblicos orientam que homem nenhum se deite com outro homem , e mulher nenhuma se deite com outra, porque o homem foi criado como companheiro da mulher, no sentido de se assegurar a reprodução”.
Para o bispo, a homossexualidade é uma perversão no quadro dos princípios bíblicos. “O livro da disciplina na Igreja Metodista não aceita, prática da homossexualidade; ela é reprovável, mas somos tolerantes, como quaisquer crentes, mas nunca assumem, como disse, cargos de relevância”.
Cita, como exemplo, que nos Estados Unidos alguns obreiros passaram a ter problemas dentro da própria comunidade não apenas com os responsáveis da Igreja, a partir do momento que estes assumiram a condição de homossexuais.
Teixeira Cândido
26 de Maio de 2009
http://www.opais.net/pt/opais/?id=1657&det=3417&ss=sexualidade
"A homossexualidade é uma perversão condenável"
A Bíblia, diz o Bispo Gaspar Domingos da Metodista, privilegia a relação entre um homem e uma mulher
Bispo Gaspar Domingos da Igreja Metodista considera a homossexualidade uma perversão, à luz dos princípios bíblicos, mas diz que os homossexuais são aceites dentro da Igreja como homens e mulheres que de¬vem receber a instrução constante para se perfilarem dentro do que a Bíblia orienta.
Diz, no entanto, que embora os homossexuais são aceites não podem assumir cargos de ministérios, pois não estariam em condições de pregar como recomendável. “Como é que estas pessoas podiam pregar, por exemplo, o texto do Génesis, que orienta o homem a deixar os seus pais e a juntar-se a uma mulher, constituindo desse modo uma só família?”.
O responsável da Igreja Metodista acredita que a homossexualidade pode ser corrigida, se for conheci¬da a origem do problema. “Sei que muitas dessas situações acontecem dentro das famílias desestruturadas
e, às vezes, desde tenra idade. Outros têm a ver com questões económicas; deixam-se levar. E por tudo isso, acho que haverá medidas capazes de corrigir a situação”.
A Bíblia, justifica o prelado, privilegia a relação entre um homem e uma mulher. “Quando falamos da sexualidade no seu todo, os princípios bíblicos orientam que homem nenhum se deite com outro homem , e mulher nenhuma se deite com outra, porque o homem foi criado como companheiro da mulher, no sentido de se assegurar a reprodução”.
Para o bispo, a homossexualidade é uma perversão no quadro dos princípios bíblicos. “O livro da disciplina na Igreja Metodista não aceita, prática da homossexualidade; ela é reprovável, mas somos tolerantes, como quaisquer crentes, mas nunca assumem, como disse, cargos de relevância”.
Cita, como exemplo, que nos Estados Unidos alguns obreiros passaram a ter problemas dentro da própria comunidade não apenas com os responsáveis da Igreja, a partir do momento que estes assumiram a condição de homossexuais.
Teixeira Cândido
26 de Maio de 2009
http://www.opais.net/pt/opais/?id=1657&det=3417&ss=sexualidade
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