Dossier
Homossexualismo tem cura
Frei João Domingos afirma que a igreja católica não os repudia; apenas aconselha
Homossexualismo: uma doença ou um desvio?
Eu pessoalmente penso que pode haver pessoas que nascem com tendências fáceis para o homossexualismo. Mas não são determinantes. Para mim trata-se de um desvio que as pessoas ganham a partir de certas amizades, experiências ou iniciações de outras pessoas, habitualmente, mais adultas. A pessoa pode já estar marcada com o hábito da masturbação. Esta, habitualmente fruto de carência afectiva ou experiências de crianças de 7-8 anos, por exemplo. Nestes casos, o evoluir para a homos- sexualidade é fácil, sobretudo se se encontram duas pessoas com o mesmo problema. Mas tudo isto pode ser corrigido com uma boa orientação e aconselhamento, se essas pessoas desejam “curar-se”.
Qual a posição da Igreja Católica face a este problema?
A primeira atitude é acolher bem essas pessoas, não as julgar nem condenar, mas antes tentar saber em diálogo pessoal e secreto, (para nós é como o segredo de confissão), com o padre ou conselheiro, os porquês do aparecimento deste desvio. Depois tentar ajudar a pessoa a perceber o porquê que ela se envolveu ou deixou envolver nesse desvio. Tentar des- culpabilizá-la, pois de facto, embora seja algo mau que lhe está a estragar a vida, o seu crescimento normal, pode a pessoa não ter propriamente culpa. Por isso não falamos de pecado, embora lhe façamos entender as consequências destas práticas para o seu crescimento e desenvolvimento normal presentee futuro. Culpabilizar as pessoas é errado, pois só Deus sabe qual e se há culpa; e em segundo lugar, o sentimento de culpa já a pessoa o tem demais e é uma das causas que a faz cair mais vezes nessa prática.
É provável que haja homossexuais na Igreja?
Claro que sim. Pode acontecer a qualquer pessoa, sobretudo, como eu disse, se essa pessoa já traz marcas a predisporem-na para tal desvio. Nós respeitamos cada pessoa e não faze- mos discriminação. Apenas tentamos ajudá-la a superar tal prática ou hábito, seja católico ou não.
Há uma forma de se acabar com este fenómeno?
Totalmente não. É algo muito antigo e certamente continuará. Mas é possível ajudar pessoas a corrigir esses comportamentos ou hábitos que ga- nharam. Pode demorar alguns anos, mas se a pessoa desejar voltar ao normal é possível. No caso da masturbação, até aos 40 anos de idade é possível e consegue-se frequentemente.
Depois dos 45 de idade torna-se difícil erradicar esse hábito. Mas, em muitos casos consegue-se. A homossexualidade é mais difícil, sobretudo se o companheiro/a não está interessado/a em mudar de comportamento.
Como procederia se numa das suas missas estiver um homossexual?
Já disse acima que a Igreja não faz discriminação de pessoas. A todas respeitamos, sejam elas quem forem. Também já disse que a Igreja não julga nem condena (não deve) seja quem for. Acolhe, ajuda, esclarece e perdoa se a pessoa se sente culpada. E só quando a pessoa vem ter connosco. Se eu souber, por outros caminhos, do seu problema, ignoro até que a pessoa se sinta capaz de falar no assunto. Como já disse acima, a pessoa pode sentir-se só relativamente culpada, ou por ignorância ou por outros motivos.
Como reagiria se tomasse conhecimento de padres ou religiosos que sejam homossexuais?
Se chegar ao meu conhecimento que tal padre ou religioso tem esse problema, vou ao seu encontro e, com toda a amizade e franqueza, falo-lhe do assunto. Pergunto se já está a ser ajudado ou se precisa de ajuda. Eu, pessoalmente continuo a acreditar no método de ajuda fraterna, discreta e não na denúncia pública imediata ou ir logo informar o bis- po. A Igreja, respeita a pessoa e a sua dignidade e sua fama. O mesmo faz com quem provoca aborto, apesar de ser algo grave. Notemos que não se trata aqui de pedofilia. Isso é outro assunto e o Papa João Paulo II e o actual Papa já deram orientações para que tais casos sejam denunciados. O caso do homossexualismo é entendido entre pessoas adultas, mais ou menos da mesma idade. Aqui a situação exige que as pessoas assumam a situação e a queiram inverter. Nós estamos dispostos a ajudar. Eu só conheci dois casos, um dos quais se corrigiu, o outro saiu da Congregação a que ele pertencia. Por acaso eram ambos religiosos, não padres. Mas, repito, não se trata aqui de pedofilia ou violações.
http://www.opais.net/pt/opais/?id=1657&det=3452&ss=sexualidade
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