domingo, 15 de setembro de 2013

Por que existem tantos problemas nas relações conjugais? E quais seriam as origens desses conflitos?

Enviado em 11/09/2013 às 21h58

DIÁRIO DA MANHÃ
DALVA DE JESUS CUTRIM MACHADO
São vários os fatores que causam conflitos nos relacionamentos conjugais. São muitas as diferenças biológicas e culturais entre homens e mulheres, que condicionam seus comportamentos. Este condicionamento, é um dos fatores que os levam a pensar, sentir, reagir, responder, amar, e apreciar de forma diversa um do outro, por exemplo: as mulheres são mais detalhistas, emocionais e subjetivas; enquanto os homens são mais racionais, focados e objetivos.
Outra causa relevante para os diferentes tipos de comportamentos de homens e mulheres são os originários, da estrutura cerebral. Pesquisas mostram que  cérebros masculinos não são iguais a cérebros femininos. A evolução deles se deu de forma diferente, e como consequência tem reflexo até hoje. Vejam como homens e mulheres se comportavam no tempo das cavernas, enquanto elas ficavam cuidando dos serviços domésticos (eram submissas e dependentes economicamente de seus cônjuges) eles saiam para caçar, eram provedores da família, apresentavam sentimento de liberdade e independência sexual.
No processo da procura pela caça como forma de alimento, ele desenvolveu o senso de direção a longa distância e a pontaria para atingir a presa. Logo o seu  cérebro se configurou para uma visão a longa distância. Isso explica porque o homem tem facilidade em encontrar caminhos e grande dificuldade em localizar um par de meias em uma gaveta, ou seja, a curta distância. Deste modo, o cérebro do homem funciona como compartimento e foi configurado para se concentrar em uma atividade específica e é por isso que ele sente dificuldade de executar duas tarefas ao mesmo tempo, como por exemplo, quando a mulher diz: tenho várias coisas para te dizer, ele se sente incomodado porque terá que acessar vários compartimentos do cérebro ao mesmo tempo. Mas, quando ela diz: tenho uma coisa para te dizer, ele se sente confortável para escutá-la, ou seja, só precisará abrir um compartimento do cérebro.
Por outro lado, o cérebro da mulher nesta evolução se configurou para uma visão periférica, foi  programado para realizar múltiplas tarefas, faz e vê tudo ao mesmo tempo, o que facilita, atender a um telefonema, cuidar dos filhos enquanto executa uma receita. Cabe ressaltar que muitas frustrações nos relacionamentos são causadas pelo desconhecimento desta evolução cerebral e comportamental entre o sexo oposto. 
É importante saber que o cérebro é considerado um órgão social, vai se modelando e remodelando dependendo da necessidade do contexto, nesta perspectiva as mulheres foram aprendendo novos procedimentos e conseguiram se adaptar com o desenvolvimento da civilização moderna. 
Vejam, as mulheres que já foram tão dependentes e submissas de seus cônjuges se liberaram na área profissional e sexual, e agora, exigem um desempenho nota dez dos seus parceiros. Eles são cobrados a apresentar, no mínimo, o mesmo nível econômico e cultural semelhante ao delas. Toda essa revolução feminina, trouxe insegurança ao homem, pois ele se depara com uma mulher forte, admirável,  independente dele, e muitas vezes concorrente. 
À medida que a mulher aumenta sua expectativa em relação ao companheiro, a sua capacidade crítica e intolerância também aumentam, gerando conflitos entre o casal, já que o homem estava acostumado a condição de mantenedor da família e já não goza totalmente desse status.
Como as mulheres tem alcançado grandes conquistas, os homens estão procurando uma forma de reencontrar o controle da situação. Ainda assim, as queixa são unanimes da falta de completude no relacionamento.
Muito teria a se falar deste tema, mas quero encorajar os casais para que, além da busca do conhecimento recíproco, que são fundamentais para o sucesso na vida a dois, tenham companheirismo e cumplicidade, que compartilhem suas vidas, sem medo de expor um ao outro suas próprias conquistas e emoções.
Felizes são os casais que usam essas diferenças para se completarem e não para competirem um com o outro. Este deve ser um dos propósitos do relacionamento, o que faltar em um, o outro deve procurar completar com generosidade, carinho, compreensão, respeito e amor principalmente. 
(Dalva de Jesus Cutrim Machado, mestre em Psicologia, especialista em: Psicopatologia Clínica, Sexualidade, profª. dos cursos de Sexologia Forense e Sexualidade Humana pela PUC-GO e pós-graduada em Neuropedagogia, pela Fabec, palestrante e conferencista, psicóloga clínica/sexóloga. dalva_psi@yahoo.com.br tel: (62) 3214 1104/ 3941 5341/ 99529032)

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