segunda-feira, 16 de maio de 2011

Decisão do STF sobre sexualidade é discutida na UFMA de Imperatriz

Decisão do STF sobre sexualidade é discutida na UFMA de Imperatriz
Escrito por Diulia
Qui, 12 de Maio de 2011 10:11
Professor Jonas Alves Silva é estudioso do assunto e coordena grupo de estudos na instituição

O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou na última quarta-feira, 05 maio, a união estável entre pessoas do mesmo sexo. O (STF) tomou como base para a decisão o artigo 1723 da Constituição Federal, que reconhece a união civil estável heterossexual, estendendo esse direito aos casais homossexuais. Essa vitória da classe LGBT (Lésbicas Gays Bissexuais Travestis e Transgeneros) é o resultado de uma luta árdua, pois há tempos os homossexuais travam essa guerra nos tribunais pelo direito e reconhecimento das relações homoafetivas.

O professor e pesquisador da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Campus Imperatriz, Jonas Alves da Silva, é um estudioso da sexualidade. Ele ressalta a importância da decisão do (STF) para os homossexuais e diz que vivemos um momento histórico. “Essa decisão do (STF) reconhecer a relação entre casais homossexuais como célula familiar é histórica. Todos sabemos que os/as homossexuais constituem o segmento social que mais sofre preconceito e discriminação na sociedade. Então, como vivemos em um país laico e democrático, é importante que medidas de igualdade e equidade sejam estendidas a toda a população, conforme prevê a Constituição Federal de 1988”, destaca.
Jonas Alves acrescenta que a decisão é uma forma de o Estado reconhecer uma parte significante de cidadãos que por muito tempo foi esquecida e negligenciada. Para o professor, a decisão deve ser, sim, muito aplaudida, já que representa retirar a homossexualidade da clandestinidade e dar a ela a legitimidade que lhe é justa. “Existiu, existe e sempre existirá homo, hetero, bissexualidade e outras orientações que são difíceis de classificar. E todas essas formas de vivenciar a sexualidade são possíveis e devem ser aceitas de forma normal e natural”, comenta.

Com a legalidade da união estável entre pessoas do mesmo sexo, outros direitos poderão ser conquistados pela comunidade LGBT, como pensão, herança e facilitação na tentativa de adoção de crianças etc. Vale lembrar que essa decisão não é uma nova lei, mas sim uma decisão jurídica. Isto quer dizer que, o que antes era decidido de forma isolada por juízes dos Estados, agora, passa a ter unidade nas deliberações. Assim, por exemplo, caso um convênio médico não aceite que um companheiro seja colocado como dependente no plano de saúde, o casal pode recorrer à justiça e muito provavelmente ganhará a causa.



Receio

Mas apesar da vitória, o professor lembra que há sim o risco de aumentar a homofobia depois da decisão (STF). “É possível que aconteçam sim alguns casos de homofobia por conta dessa decisão, uma vez que grupos radicais se pautam na relação inclusão/exclusão constantes, ou seja, para um ser incluído, outro tem que ser excluído. Então, eles pensam que, se direitos são conquistados por gays e lésbicas, isto quer dizer que direitos serão tirados dos heterossexuais. E isso é uma visão completamente equivocada e maniqueísta, ainda mais quando se pensa num Estado democrático de direito. Um Estado que tem que oferecer garantias de cidadania a todos”, diz.

Apesar dessa ponderação ele diz que está certo de que, de um modo geral, a longo prazo, a tendência é que a homofobia diminua à medida que mais direitos forem conquistados pela comunidade LGBT.

O professor Jonas Alves da Silva coordena o Grupo de Pesquisa Diálogos e Interseções em Sexualidade (DINTERSEX) da UFMA Imperatriz. O grupo tem por objetivo discutir, refletir e realizar pesquisas sobre sexualidade, de forma interdisciplinar, uma vez que se trata de tema que perpassa diversos campos do conhecimento. O grupo se reúne semanalmente para discussão e estudos sobre questões referentes à sexualidade.

Confira no link baixo os dados do Censo do IBGE 2010 sobre o número de casais homossexuais nos estados brasileiros:

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/05/06/confira-os-dados-do-censo-2010-sobre-numero-de-casais-homossexuais-nos-estados-brasileiros-924401116.asp


Texto: Wabner Figueiredo (ASCOM/UFMA-Núcleo Imperatriz)
http://www.imperatriznoticias.com.br/noticias/geral/3285-decisao-do-stf-sobre-sexualidade-e-discutida-na-ufma-de-imperatriz

Vaticano: Papa diz que a sexualidade deve refletir amor divino

Vaticano: Papa diz que a sexualidade deve refletir amor divino
Cidade do Vaticano, 13 mai 2011 (Ecclesia) – Bento XVI afirmou hoje no Vaticano que o “verdadeiro fascínio da sexualidade” deve chegar dos horizontes abertos pelo “amor de Deus”.

O Papa falava aos participantes num encontro promovido pelo Instituto Pontifício João Paulo II para os estudos sobre matrimónio e família, fundado há 30 anos por Karol Wojtyla.

Para Bento XVI, a proposta católica sobre estes temas tem de “conjugar a teologia do corpo com a do amor, para encontrar a unidade do caminho do homem”.

“Os nossos corpos não são matéria inerte, mas falam, se soubermos ouvi-los, a linguagem do verdadeiro amor”, indicou.

A intervenção papal sublinhou que o corpo humano “ensina o valor do tempo, do longo amadurecimento no amor”.

“É nesta luz que a castidade ganha um novo sentido: não é um ‘não’ aos prazeres e à alegria da vida, mas um grande ‘sim’ ao amor como comunicação profunda entre as pessoas, que exige tempo e respeito”, como caminho”, precisou.

Bento XVI assinalou também que “a família é o lugar no qual a teologia do corpo e a teologia do amor se encontram”.

OC
http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=85714

Escritor argentino fala sobre sexualidade de recifenses em livro reeditado

10/05/2011 às 14h42min - Atualizada em 10/05/2011 às 14h42min

Escritor argentino fala sobre sexualidade de recifenses em livro reeditado

Há 50 anos, ao deixar a mulher em Buenos Aires e aceitar o convite do teatrólogo Hermilo Borba Filho para dar aulas de teatro no Recife, Tulio Carella iniciava uma jornada que o conduziria ao prazer selvagem, à tortura e, por fim, à ruína.

Teatrólogo, poeta, tradutor e ensaísta argentino, Carella (1912-1979) era, naquele 1960, um intelectual respeitado em seu país.

Foi indicado a Hermilo (1917-1976) pelo italiano radicado em São Paulo Alberto d'Aversa (1920-1969), a quem fora feito o convite original.

No Brasil, lhe atraíam "a brasa que arde como um fogo maravilhoso e perdurável", o "duplo aspecto destruidor e purificador que dá luz e sombra, ilumina e barra o caminho ao mesmo tempo".

Achava que o país deveria se chamar "Estados Unidos do Fogo".

No Recife, encantou-se com os negros ("A cor escura dos nordestinos me atrai como um abismo") e, guiado pela solidão nos grandes intervalos da atividade acadêmica, entregou-se à libertinagem sexual, principalmente homossexual.

Vagava pelo centro em encontros e bolinações com homens rudes, operários de pouca instrução. Registrou tudo, com crueza de detalhes íntimos, em seus diários.

Numa época em que crescia o desconforto dos militares com o momento político (Jango assumiria o governo em 1961), num bastião esquerdista (berço das Ligas Camponesas de Francisco Julião), a movimentação sorrateira de Carella foi tomada por subversão política.

Supondo que ele era o elo entre as Ligas e Cuba, os militares o prenderam e torturaram. Ao acharem os diários, descobriram que tudo não passava de orgia.

Despacharam-no de volta para Buenos Aires, não sem antes ameaçar divulgar os diários, caso ele denunciasse o que sofrera.

Em 1968, Borba Filho convenceu Carella a publicar os diários no Brasil, numa coleção erótica criada pelo teatrólogo pernambucano na José Alvaro Editor.

"Orgia", o livro, que passou anos esgotado, tornou-se um cult da literatura gay e raridade até mesmo em sebos. Ganha agora reedição pela Opera Prima Editorial.

É TUDO VERDADE

Quando voltou à Argentina, Carella trabalhou ficcionalmente os diários e fez um "roman à clef", história real contada como ficção.

O livro alterna narração em terceira pessoa com relato de diário tradicional, em primeira pessoa.

Responsável pelo novo volume, o jornalista e editor Alvaro Machado assina as notas e uma introdução que situa historicamente a obra e seu autor. Ele viajou a Buenos Aires e ao Recife e revisou lapsos de digitação, pontuação e montagem tipográfica da edição de 1968.

Machado conheceu "Orgia" por meio de "Devassos no Paraíso" (Record, esgotado), de João Silvério Trevisan, estudo sobre a homossexualidade no Brasil e maior responsável por difundir Carella e sua obra depois de esgotada a edição original.

Autor e livro viraram ícones da militância gay --Carella foi listado pelo Grupo Gay da Bahia como um dos "cem desviantes sexuais mais célebres na história do Brasil".

Em "Devassos", Trevisan transcrevia o trecho em que o autor faz sexo com um halterofilista sarará chamado King-Kong (leia ao lado), depois reproduzida em outras obras fora do Brasil.

"Do que eu conheço de literatura e de arte homoerótica, 'Orgia' é uma das coisas mais emblemáticas e contundentes, inclusive pela qualidade literária", diz Trevisan.

O escritor classificou de "muito estranho" não ter sido consultado por Machado para a reedição. "Porque, na verdade, eu que revelei Tulio Carella para o Brasil e os argentinos. Talvez houvesse uma competição embutida."

O sociólogo e professor da Unicamp Laymert Garcia dos Santos destaca o caráter socioantropológico de "Orgia", lembrando que, ao longo da obra, Carella repete uma pergunta: "Que é um negro?".

"O livro traz uma visão diferente: qual é o modo de ser do negro na intimidade absoluta. O que interessa é o ponto de vista ontológico --o modo de ser negro-- e o ponto de vida epistemológico _como posso conhecer o modo de ser negro, mergulhando fundo na sexualidade deles."

ORGIA
AUTOR Tulio Carella
TRADUÇÃO Hermilo Borba Filho
EDITORA Opera Prima
QUANTO R$ 64 (312 págs.)
http://www.jornalfloripa.com.br/mundo/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=6668

Sara entrega pedido de mudança de nome e género no registo civil

Dia Mundial de Luta contra a Homofobia e Transfobia
Sara entrega pedido de mudança de nome e género no registo civil
16.05.2011 - 16:17 Por Andrea Cunha Freitas
Sara entrega terça-feira, às 14h30, no Porto, o processo de mudança de nome e género no registo civil, deixando de se chamar Gil para ver reconhecido o nome de Sara Inês que escolheu há dez anos. Amanhã é o Dia Mundial de Luta contra a Homofobia e Transfobia.
A CASA - Centro Avançado de Sexualidades e Afectos –, criada há dois anos e com sede no Porto, reclama ser a primeira associação do país “a patrocinar na totalidade o primeiro processo legal de mudança de sexo de um transexual, ao abrigo da Lei de Identidade de Género (Lei nº 7/2011 de 15 de Março)”. Sara terá de pagar os cerca de 200 euros necessários para alterar o nome no registo civil mas beneficiou gratuitamente de todo o “apoio especializado nas áreas da Medicina, Sexologia, Psicologia e Direito” do serviço interno de consultas da CASA, uma instituição sem fins lucrativos.

Foi esta associação, presidida pelo sexólogo Manuel Damas, que ajudou Sara a cumprir parte do caminho exigido na nova lei que exige um relatório médico (subscrito por um psicólogo) com o diagnóstico de perturbação de identidade de género para o pedido de mudança. “Sara veio ter comigo depois da publicação da lei. Queria saber se a podíamos ajudar. Tem 22 anos e é uma mulher perfeita que tem um pénis. É tão mulher que me enganou a mim, a postura, a voz, a aparência, o pensamento de mulher...Foi dos casos mais fáceis que tive”, lembra o especialista Manuel Damas, com uma experiência de mais de 20 anos nesta área.

As consultas com Sara fizeram com que Manuel Damas não tivesse qualquer dúvida. Estava perante “uma mulher com uma história incrível”. Sara falou-lhe que soube que era mulher na adolescência, da sua relação estável com um homem, da aceitação da família mas também dos momentos desagradáveis em que, num balcão de uma banco, numa sala de espera de um hospital ou na rua perante um polícia que lhe passava uma multa de estacionamento, se viu confrontada com o seu género errado no bilhete de identidade.

“A Sara já completou todo o processo de transformação menos a cirurgia para a mudança de sexo. Após esta mudança de nome, esse será o próximo passo. ‘Aquilo’ tem de sair, como me diz”, nota Manuel Damas que acompanha mais quatro processos semelhantes que estão a ser “patrocinados” pela CASA. Segundo explica, o processo de Sara está pronto há já alguns dias mas “por uma questão de pedagogia” foi decidido aguardar pelo Dia Mundial contra a Homofobia para dar entrada do processo numa conservatória do Porto.

O processo de Sara não é o único acto que assinala em Portugal o Dia Mundial de Luta contra a Homofobia e Transfobia. A data será comemorada por várias associações que se uniram na realização de várias acções em todo o país. Há almoços arco-íris, abraços grátis, marchas, seminários e debates. Ficam alguns exemplos. A rede ex aequo (associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes) pede a todos que se associem a este dia usando “uma peça de cor roxa” e vai distribuir “abraços grátis” a partir das 17h00 no Parque das Nações, em Lisboa. A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) organiza o Seminário “Boas Práticas na Luta Contra a Homofobia e a Transfobia em Portugal” (10h00-12h30, Centro de Informação Urbana de Lisboa - Picoas Plaza). Por fim, em Coimbra (às 17h00 nos Jardins do Convento de Santa Clara), um conjunto de associações e pessoas individuais assinalam o Dia Mundial de Luta Contra a Homofobia e Transfobia com uma Marcha com o lema “transForma-te”.

http://www.publico.pt/Sociedade/casa-apoia-pedido-de-mudanca-de-nome-e-genero-de-sara-no-registo-civil_1494409

O G1 já viu: 1º filme erótico 3D tem kung fu, pastelão e 'mensagem'

15/05/2011 08h45 - Atualizado em 15/05/2011 15h11
O G1 já viu: 1º filme erótico 3D tem kung fu, pastelão e 'mensagem'
Sucesso em Hong Kong, 'Sex and Zen 3D' bateu estreia de 'Avatar' no país.
Produtor diz que longa atrai público feminino e até turistas chineses à ilha.
Diego Assis
Do G1, em Cannes
Nem Gus Van Sant, nem Woody Allen, nem o novo filme dos irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne. Um dos assuntos mais comentados durante a primeira semana do Festival de Cannes foi "Sex and Zen 3D", anunciado pelos produtores de Hong Kong como o primeiro longa-metragem erótico em 3D do mundo.

Lançado no mês passado em Hong Kong e exibido para compradores e frequentadores do festival na última sexta-feira (13), o filme de Christopher Sun e Shiu Stephen Junior já foi apelidado de "o 'Avatar' do sexo", graças à sua bilheteria de estreia no país, que bateu a do blockbuster 3D de James Cameron.
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Recriação de um filme de mesmo nome lançado em 1991 pelo pai de Shiu, "Sex and Zen 3D" também foi rodado integralmente com câmeras 3D, mas com um orçamento infinitamente menor que o da superprodução hollywoodiana - apenas US$ 4 milhões.

"Nosso dinheiro era apertado. Não dá para competir com 'Avatar'. Usamos a mesma tecnologia e o mesmo espírito de 'Avatar' para fazer as coisas acontecerem, mas não tivemos o mesmo tempo de produção. James Cameron levou 5 anos para fazer o seu, e nós levamos só três meses", contou Sun, o diretor do filme, em entrevista ao G1.

Cena do longa 'Sex and Zen 3D', exibido durante o 64º Festival de Cannes (Foto: Divulgação)

Mas assim como o filme de Cameron, o relativo sucesso da produção erótica cantonesa não pode ser explicado apenas com bytes e números. Um de seus maiores trunfos, especialmente se comparado a outros filmes de sexo, está na história, uma adaptação de uma antiga - e proibida - novela da dinastia Ming, passada de mão em mão nos últimos 200 anos, que narra a relação entre um príncipe malvado e um acadêmico que recorre aos favores do monarca para superar frustrações sexuais.

As atrizes Yukikou Suou (esq.) e Vonnie Lui (dir.),
de 'Sex and Zen 3D' (Foto: AP)
Livremente adaptada por Shiu e Sun, a versão para o cinema 3D carrega nos tom de humor pastelão, nas cenas de kung fu e nas brincadeiras com o membro diminuto do jovem estudante - em uma das cenas mais escatológicas e hilárias jamais vistas em Cannes, o personagem tem o pênis cortado e trocado pelo órgão de um jumento.

Orgulhoso e falastrão, o herói começa a história cortejando e casando-se com a filha virgem de um senhor local, mas logo na primeira noite de amor percebe que também sofre de ejaculação precoce. Incomodado com a situação, ele procura o príncipe e o convence a deixar que pratique a arte do sexo com algumas de suas inúmeras concubinas. Mas, no seio do castelo, há diversos traidores, e quando o nobre descobre que estava sendo trapaceado pelo jovem acadêmico dá início à sua vingança, com requintes de tortura e maquiavelismo.

"O filme é sobre amor, mas com uma história paralela de vingança de um príncipe que toma uma atitude desproporcional por conta de uma coisa muito pequena. A mensagem de 'Sex and Zen 3D' é que o amor se sobrepõe ao sexo", diz Sun.

"Sou um comprador também. Vou a muitas projeções. E, normalmente aqui em Cannes, em 15 ou 30 minutos, metade da plateia já foi embora. Conosco tem sido diferente. Mais de 90% das pessoas ficam e veem o filme até o fim! Até os mais impacientes querem ficar para ver aonde vai essa história", comemora o produtor executivo.

Cena do longa 'Sex and Zen 3D' (Foto: Divulgação)
Mais que isso: segundo Shiu, "mais da metade" do público de "Sex and Zen 3D", em cartaz em cerca de 80 salas de Hong Kong atualmente, é composto de mulheres. "A maioria das pessoas acha que filmes eróticos são para homens, mas já na versão de 1991 muitas mulheres foram ao cinema ver 'Sex and Zen' porque era uma comédia", explica. "Acho que uma das estratégias de marketing que fizemos muito bem foram os clubes das mulheres. Pegamos alguns cinemas e não deixamos homens entrar. As mulheres vão em grupos de 10 ou 20, como se estivessem indo ver homens fazer strip-tease. E se divertem à vontade", garante.

Além da presença feminina, Shiu afirma que a exibição do filme em seu país tem atraído muitos turistas chineses. "Muitos deles vão a Hong Kong por outro motivo e acabam vendo. Mas tem também excursões de turistas que estão indo a Hong Kong só para ver esse filme. Eles sabem que não poderão ver num futuro próximo e sabem que é algo que tem de ser visto no cinema [por causa do 3D]."

Cena do longa 'Sex and Zen 3D', exibido durante o 64º Festival de Cannes (Foto: Divulgação)

De acordo com o produtor de "Sex and Zen 3D", a recente abertura do mercado de filmes na China tem sido positiva, mas "a censura é muito firme"."Eles estão matando a criatividade", reclama. Para contornar o problema da falta de atores e atrizes pornô que falem chinês, ele disse ter recorrido à mão de obra japonesa (os dois protagonistas do filme vêm de lá).

"As atrizes chinesas nem querem fazer [filmes eróticos]. Só as japonesas, por causa da diferença cultural. Elas pensam que é um bom trabalho e uma forma de se livrar da pressão do dia-a-dia, mas em Hong Kong ou na China sexo é uma coisa que elas só fazem com seus maridos ou amantes, não querem mostrar para o mundo", justifica Shiu.

Cena do longa 'Sex and Zen 3D' (Foto: Divulgação)
Enquanto a abertura total de mercado do gigante vizinho não vem, os produtores de "Sex and Zen 3D" vêm buscando negócios em outros continentes. "Estamos muito felizes com a resposta. Só no primeiro dia em Cannes, conseguimos fechar contrato com Turquia e a Tailândia. Na América Latina, também já vendemos para o Peru", revela Shiu.

Diante do cenário promissor, Sun, o diretor, afirma que já pensa em uma sequência. "Primeiro temos que ter certeza que as vendas internacionais deste filme atendam às nossas expectativas. A gente com certeza vai fazer, espero que possamos começar a filmar ainda este ano. Mas isso só se tivermos um bom roteiro", avisa.
http://g1.globo.com/festival-de-cannes/2011/noticia/2011/05/o-g1-ja-viu-1-filme-erotico-3d-tem-kung-fu-pastelao-e-mensagem.html

Livro discute relação do casal após o nascimento dos filhos

Livro discute relação do casal após o nascimento dos filhos
Desinteresse sexual e ciúme são alguns dos assuntos abordados
Por Minha Vida
O livro Casamento à Prova de Bebês (Editora Sextante), conta a história de três mães e amigas, autoras do livro, que trocam confidências sobre casamento, filhos e família. O dilema vivido pelas três personagens Stacie Cockrell, Cathy O?Neill e Julia Stone, é a crise no casamento após a chegada dos filhos.

Nas conversas das personagens e nos depoimentos reunidos no livro, aparecem temas como as dificuldades dos primeiros dias com o bebê em casa, o drama da divisão de tarefas, as mudanças quando o segundo (terceiro, quarto...) filho chega, a influência da família do casal, e a importância dada ao sexo pelo homem e pela mulher, que parecem mudar completamente, são retratados de uma maneira bem humorada e criativa. São exemplos de questionamentos do livros: "Quando ele vai aprender a comprar fraldas?", "Será que minha sogra vai ficar eternamente acampada na minha casa?", "Por que ele não consegue entender que estou exausta e que a última coisa que eu quero é transar?"
http://minhavida.uol.com.br/conteudo/10145-Livro-discute-relacao-do-casal-apos-o-nascimento-dos-filhos.htm

União depois dos 40 é cada vez mais comum

União depois dos 40 é cada vez mais comum
Cada vez mais mulheres tentam ter filhos no segundo casamento
Por Especialistas
Imagine um casamento tradicional, de papel passado, com vestido branco, cerimônia e festa. Agora imagine que a noiva tem 42 anos, o noivo 56. Essa cena está se tornando habitual no Brasil. As mulheres brasileiras na faixa entre 40 e 44 anos estão se casando mais.

O IBGE constatou um aumento de quase 220%, entre 1997 e 2008. A explicação para o crescimento de uniões formais nesta faixa de idade é o recasamento. São considerados recasamentos os eventos nos quais pelo menos um dos cônjuges tinha o estado civil divorciado ou viúvo. Em 2007, os recasamentos representavam 16,1% do total das uniões formalizadas em cartório no Brasil. Em 1998, eles totalizavam 10,1%.

Ainda segundo o IBGE, os percentuais mais elevados desse tipo de casamento são observados entre homens divorciados que casaram com mulheres solteiras (de 4,5% para 7,1% entre 1998 e 2007), se comparados às mulheres divorciadas que se uniram formalmente a homens solteiros (de 2,1% para 3,7% no mesmo período).

Após o segundo ou terceiro casamento
É muito comum que logo após o recasamento, o novo casal - mesmo que formado por um homem e uma mulher que já tenham filhos de outros relacionamentos - procure uma clínica de reprodução humana para fazer uma avaliação das chances de conceberem um filho dentro da atual união.

Numa etapa da vida que não se tem mais que esperar por estabilidade profissional ou segurança financeira, o único fator relevante no processo é a vontade do casal de ter o bebê. O fato de ter engravidado naturalmente com facilidade no primeiro casamento não é garantia de que o mesmo acontecerá uma segunda vez.

São comuns os casos de infertilidade secundária, que é quando um casal não consegue engravidar ou levar uma gravidez até o final, mesmo após já terem tido um filho com parceiros anteriores. Esse tipo de infertilidade é tão comum quanto a infertilidade primária, sem ocorrência de gravidez anterior.

"A infertilidade secundária pode, assim como a primária, pode ser diagnosticada e tratada na maioria das vezes"
Diversas são as causas para o aparecimento da infertilidade secundária. Dentre as que atingem as mulheres, podemos relacionar desordens ovulatórias, menopausa precoce, aderências pélvicas, inflamação ou infecção, danos ou bloqueios nas tubas uterinas, pólipos, fibroses uterinas e endometriose.

Nos homens, as causas principais para os quadros de infertilidade secundária incluem baixa contagem espermática, mobilidade deficiente dos espermatozóides, problemas ejaculatórios ou mesmo a qualidade do esperma.

O estilo de vida também contribui para o aparecimento da infertilidade secundária. Tabagismo, uso e abuso de drogas e álcool, doenças sexualmente transmissíveis e excesso de peso podem interferir na fertilidade do casal.

Em alguns casos, a infertilidade secundária surge em razão do envelhecimento. Com a idade, a capacidade da mulher de conceber um bebê decresce. A fertilidade feminina começa a declinar a partir da metade da terceira década de vida, quando os ovários liberam menos óvulos e a qualidade deles vai declinando. Os óvulos envelhecem a cada ano que passa, mais rapidamente do que a mulher. Assim, uma mulher que tenha tido seu primeiro filho por volta dos 34 anos estará muito menos fértil aos 39 anos, quando ela ainda se julga apta a conceber um segundo bebê.

Saiba Mais
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A idade também aumenta a chance da mulher desenvolver endometriose e outras desordens que interferem no sucesso da concepção e da gravidez. O risco de abortos espontâneos também aumenta com a idade: a taxa de aborto natural está em torno de 10% para mulheres nos seus 20 anos, 20% para mulheres com idade entre 35 e 39 anos, e cerca de 50% para mulheres com idade entre 40 e 44 anos.

A fertilidade masculina também diminui com a idade. Na medida em que envelhecem, os homens produzem espermatozóides em menor quantidade e com menos motilidade. Homens em idade mais avançada podem também apresentar problemas para manter a ereção.

Tratando o problema
A infertilidade secundária pode, assim como a primária, pode ser diagnosticada e tratada na maioria das vezes. Exames apropriados podem revelar problemas com hormônios, contagem espermática e bloqueios tubários, dentre outras causas.

É importante obter o diagnóstico apropriado e tratar o problema o mais cedo possível. O tratamento varia de acordo com a causa do problema. Existe uma possibilidade de sucesso de gravidez, se o casal procurar ajuda médica no tempo adequado, ou seja, assim que notar a dificuldade para engravidar.
http://minhavida.uol.com.br/conteudo/11713-Uniao-depois-dos-40-e-cada-vez-mais-comum.htm