30/10/2011 - 18h A coordenadora de marketing da organização não governamental ECOS – Comunicação em Sexualidade, Maria Helena Franco, falou neste domingo, no Programa Cidadania em Destaque, sobre a grande dificuldade de envolver mulheres com HIV na luta pública contra a aids. Lena, como é conhecida, explicou que grande parte das mulheres que se descobrem portadoras do vírus HIV são pobres, pouco escolarizadas e temem ser discriminadas pela sociedade, assim como por seus familiares e amigos. “É este o perfil geral da maioria das mulheres que trabalhamos. Para elas, reconhecer seus direitos e ir em busca deles é uma missão quase impossível”, comentou. A estratégia da ECOS para ajudar essas mulheres é promover a união delas, explicou Lena. “Procuramos organizar reuniões de mulheres, pois uma vai ajudando a outra e quando percebem já estão mais conscientes dos seus direitos”. Mestre pela Faculdade de Saúde Púbica da Universidade de São Paulo e pesquisadora na área do HIV e aids, Lena defendeu durante o programa os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres soropositivas e o uso dos materiais pedagógicos anti-homofobia nas escolas. O Cidadania em Destaque é produzido pelo Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo e transmitido pela AllTV aos domingos, às 11h. O programa é apresentado pelo Presidente do Fórum, Rodrigo Pinheiro, e neste domingo contou com o apoio do jornalista Liandro Lindner, que recebeu e repassou aos entrevistados as perguntas dos internautas. Ecos – O grupo atua há mais de 20 anos na defesa dos direitos humanos, com ênfase nos direitos sexuais e reprodutivos, em especial de adolescentes e jovens, com a perspectiva de erradicar as discriminações relativas ao gênero, orientação sexual, idade, raça/etnia, existência de deficiências e classe social. Redação da Agência de Notíciais da Aidshttp://agenciaaids.com.br/noticias/interna.php?id=18006 |
Mulheres poderosas tendem a ficar muito cansadas para sexo
Foto: Getty Images
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Muita gente se pergunta como é a vida sexual de pessoas casadas e um estudo divulgado pela revista masculina Ask Men informou que há grandes diferenças entre os casais, mas de uma maneira geral as mulheres poderosas são as que menos aproveitam o relacionamento na cama.
Uma pesquisa realizada pela empresa Durex, fabricante de preservativos, constatou que os casais norte-americanos têm uma frequência sexual menor que de casais do resto do mundo, cerca de 118 vezes/ano, sendo a média 127 vezes. O Instituto Kinsey, que estuda a sexualidade, também fez uma pesquisa e descobriu que 13% dos casados diziam transar poucas vezes por ano, 45% diziam fazê-lo poucas vezes no mês, 34% afirmaram manter relações de duas a três vezes por semana e 7% disseram que transam quatro ou mais vezes na semana.
Wendy Walsh, colunista da revista e da rede CNN, especialista em sexualidade, destacou que geralmente os homens tendem a reportar uma alta frequência sexual, sendo que na verdade, esquecem que a parceira também responde à pesquisa. E destacou ainda que um outro estudo sobre seis países africanos constatou que quanto mais poder a mulher tem, menos sexo ela faz. "Especialmente se ela é responsável pelas compras, decisões e bem estar da família. As esposas que dividiam as responsabilidades com os companheiros faziam mais sexo do que as que assumiam sozinhas tais questões", contou.
Embora seja possível observar a pesquisa sob diversos ângulos, é importante destacar que ela foi realizada em países africanos onde é comum haver a mutilação genital feminina, o que acaba por destruir o prazer sexual delas. "Quando comparada com mulheres de outros países, não é difícil criar uma ligação. Afinal, mulheres ocupadas e preocupadas com as decisões da família, do trabalho e dos filhos são, certamente, mulheres cansadas", disse Wendy. E a constatação está correta, já que a Fundação Nacional do Sono, norte-americana, os casais andam cansados de mais para transar.
"O que a estatística implora é para uma resposta à questão 'os casais estão cansados ou apenas as esposas?', porque temos que lembrar que elas é que controlam a rotina sexual na maioria dos casamentos", finalizou a colunista.