Mostrando postagens com marcador disfunção sexual. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador disfunção sexual. Mostrar todas as postagens

domingo, 25 de março de 2012

A crise chegou ao sexo


Por Bárbara Cruz e Margarida Vaqueiro Lopes

Contas para pagar, desemprego, falta de clientes, filhos a pedir brinquedos... A crise instalou-se nos lares portugueses e chegou ao quarto - e à cama. Falámos com casais, consultámos sexólogos, terapeutas e médicos e tentámos traçar o diagnóstico: afinal, como é que a austeridade está a afetar a nossa vida sexual? E como é que estamos a lidar com isso?
Quando decidiu pedir alteração do horário, a enfermeira Sandra queria mais tempo para investir na relação com o namorado. Cansada de sair sempre às 23h00 do centro de saúde madeirense onde trabalha, farta de não ter vida social e de perder sucessivamente concertos e peças de teatro, colocou a vida pessoal acima das exigências profissionais e aceitou perder quase duzentos euros no fim do mês - garantidos pelas horas de trabalho noturno - para ter tempo para Pedro, professor do ensino primário, que entra às nove e sai às seis. Arrependeu-se. O corte nos subsídios, o aumento da taxa de IRS e a prestação do carro baralharam-lhe as contas do final do mês.
Passou a sair mais cedo mas está longe de andar feliz. E o objetivo não foi alcançado: planeia cada vez menos programas a dois e o desaire financeiro fá-la ter cada vez menos vontade de se entregar à intimidade com o namorado. Rondam ambos os 30 anos, são funcionários públicos, não correm o risco de perder os empregos repentinamente e têm a vida pela frente. Mas pensar no futuro tornou-se doloroso. Sobretudo quando o presente não facilita a vida a dois. Pedro tem a matemática em dia e os cálculos feitos: sem subsídios de férias e de Natal, este ano vai perder cerca de quatro mil euros, úteis para pagar o mestrado em que se tinha inscrito e de que entretanto já desistiu. A relação tem quase dois anos, mas tem ultrapassado obstáculos e provações. Resistirá também à crise? «Sem dúvida», diz ele. «Agora damos mais valor ao tempo que passamos juntos.»
No entanto, o sexo é mesmo menos frequente. «A Sandra levanta-se às oito da manhã e trabalha o dia inteiro. À meia-noite quer dormir», diz ele. Não se veem todos os dias, mas não desistiram das saídas mesmo que os programas sejam cada vez mais low cost: desde jantar no hipermercado com happy houra partir das 22h30 - «é a única hipótese de continuarmos a jantar fora» até aproveitar as promoções para comprar presentes um ao outro, tudo tem de ser orçamentado e esquematizado. Sandra deixou de viajar e Pedro, natural de Mirandela, pela primeira vez não passou o Natal com os pais e decidiu ficar na ilha. Uma avaria no carro levou-lhe o dinheiro dos bilhetes. As contrariedades da vida diária deixam-nos sem vontade para se entregarem ao prazer, um peso comum a tantos casais nacionais que, sem conseguirem fugir à crise, se deixam afetar e acabam por cortar numa das poucas atividades sem custos, que pode até diminuir níveis de stress e ajudar ao controlo da ansiedade: o sexo.
«Quando a vida funcional deixa de ser estável, obviamente vai atrapalhar a vida emocional», confirma a psicóloga e terapeuta de casais Celina Coelho de Almeida. «Quando os casais percebem que não têm dinheiro para pagar as despesas têm de cortar numa série de coisas importantes para a sua dinâmica. As pessoas podem ficar mais fechadas, mais pessimistas e, portanto, menos disponíveis para a relação. E isto provoca um choque e uma readaptação.» Ou seja: um casal com uma boa estrutura, feita de cumplicidade e intimidade, será capaz de resistir a esta turbulência, ainda que momentaneamente possa tirar menos prazer da relação. Se não houver suporte emocional de parte a parte, será difícil para a relação «aguentar estes impactes». «A crise não é motivadora da separação», diz Celina Coelho de Almeida, «mas pode ter um efeito catastrófico».
Mas nem todos os casais enfrentam a crise da mesma forma. E se, para uns, o momento económico parece ter erguido barreiras que ainda não se sabe quão intransponíveis se tornarão, para outros a ausência do stress do trabalho parece ter revitalizado a vida a dois. É esse o caso de Maria e de Francisco. Vivem em Lisboa, ela é Relações Públicas, ele piloto de aviação. Quando começaram a namorar, há dois anos e meio, Maria, 33 anos, tinha ficado desempregada há poucos dias. «O tempo foi aproveitado para o romance. Não faltaram dias de praia, jantares à luz de velas na varanda, conversas até às seis da manhã. Sentia-me de férias, não estava desesperada porque sempre juntei dinheiro e tinha noção que durante o verão era improvável arranjar trabalho. E não me enganei: aproveitei o verão todo e só encontrei emprego no outono.»
No seu caso, a atividade sexual até melhorou. «Sobretudo a frequência. Preciso de muitas horas de sono, detesto acordar cedo, e às oito da noite já me sinto estoirada, só quero jantar e ir para a cama. Ou seja, durante a semana, quando estava a trabalhar, o sexo não era inexistente, mas era raro. Às vezes parece que tínhamos de combinar quando íamos ter sexo: "No sábado, porque não há energia para mais". Eu pelo menos não aguento o cansaço.» Seis meses depois, Maria voltava ao desemprego. «Nesta época, a frequência sexual era capaz de ser maior. Mais do que o número de vezes que tínhamos sexo, a disponibilidade era outra por não me sentir cansada. Nestas épocas, era quase sempre à luz do dia, altura em que ainda não tínhamos as baterias gastas. Foi uma época ótima, porque passámos muito tempo juntos.»
Cada pessoa - e cada casal - encontra uma forma de lidar com a crise. Mas há outros fatores a interferir no estado de espírito. A sensação de projetos adiados, nomeadamente a maternidade, também pode influenciar o desmoronar da vida íntima: as mulheres têm mais dificuldade em lidar com a frustração do desejo de serem mães, ainda que neste campo o cérebro, mais do que a emoção, pareça ditar as escolhas das portuguesas. Já em tempo de crise - e muito associado ao adiamento do casamento e ao prolongamento dos estudos, que favorece uma entrada mais tardia na vida ativa - o declínio da fecundidade é a nota dominante nos estudos mais recentes sobre a situação demográfica em Portugal. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2009, a média de idades das portuguesas que tiveram o primeiro filho foi de 28,6 anos. E o nível da taxa de fecundidade entre os 35 e os 39 anos tem vindo a aproximar-se da do grupo dos 20 aos 24. Por outras palavras, os portugueses têm filhos cada vez mais tarde. E cada vez menos filhos.
Graças à contraceção, a redução do número de nascimentos pode não estar diretamente relacionada com a frequência sexual dos portugueses, mas não deixa de ser um barómetro a considerar. E se, em tempos antigos, a crise motivou um baby boom pela falta de distrações e ausência de tecnologias que hoje absorvem grande parte da nossa atenção, atualmente a situação é bem diferente: o risco calculado e o planeamento familiar impedem gravidezes que, em épocas de contenção forçada, podem ser fonte de despesas a evitar. Os únicos dados disponíveis até à data sobre 2011 referem-se aos testes de diagnóstico precoce de doenças metabólicas, o vulgar «teste do pezinho». Os números divulgados pelo INE confirmam as expetativas: apenas 97 112. Desde 1960, quando se iniciou a contabilização rigorosa de nados-vivos em Portugal, apenas dois anos tiveram menos de cem mil nascimentos: 2009 e 2011.
Ainda assim, o ideal é não desesperar e acreditar que a pirâmide etária nacional ainda tem salvação. Porque 2012 ainda tem uns quantos bebés para registar. Que o digam João e Teresa, empresários na casa dos 40, a viver em Cascais, que foram surpreendidos com mais uma gravidez. Teresa está à espera do terceiro filho do casal, numa altura em que o trabalho aumenta e a atividade sexual diminui. «Como empresários, e com um negócio e colaboradores para pagar, a dedicação é cada vez maior», diz João. «A crise tem-nos obrigado a trabalhar mais para manter os negócios em crescimento, o que não é fácil. A falta de tempo é o maior fator, mas também o cansaço. Logo, o clima de romance por vezes não é o mais propício e a atividade sexual diminui», lamenta, embora garanta que, apesar do cansaço, parte também do casal fazer um esforço adicional. «É obrigatório que o casal se reinvente, largue as crianças num fim de semana e passeie. As tarefas diárias dão cabo do estofo de qualquer um e o apetite sexual é obviamente afetado. Às vezes estamos os dois em casa, com os portáteis no colo, a trabalhar às 23h30 com os miúdos a dormir, em vez de nos deitarmos cedo, namorarmos e podermos dormir umas boas horas. O que nos safa é que temos consciência disso e combatemo-lo de uma forma positiva. Com umas aventuras esforçadas, umas saídas de fim de semana, um jantar romântico.» como o último que tiveram, que deu origem ao terceiro filho, que deverá nascer em abril.
Mas nem todos se podem dar ao luxo de ter três filhos. Ou dois, sequer. O dinheiro a menos obriga a muitas contenções de despesas. E quando os fundos faltam, dificilmente sobram recursos para consultar um especialista e iniciar a terapia de casal que pode dar uma ajuda. «Pontualmente, tenho um caso ou outro que acaba por não ter capacidade para levar até ao fim o processo terapêutico», diz Celina Coelho de Almeida. A sexóloga Marta Crawford sente o mesmo problema: «Muitos casais começam a espaçar as sessões, dizem que não têm capacidade para vir com tanta regularidade.» A preocupação sobre os problemas financeiros veio influenciar a disponibilidade para o sexo, e apesar de procurarem soluções para a quebra na intimidade, «há quem chegue e diga logo à partida que está desempregado, mas precisa imenso de vir», acrescenta Marta Crawford. «E perguntam se eu faço um desconto.»
Nem sempre a terapia acaba por salvar o casamento, porém. Possivelmente porque já não havia grande volta a dar. E a crise acaba por ser pretexto para pôr fim a uma relação que já não funcionava: as preocupações com o lado mais prosaico da vida servem muitas vezes de desculpa para o afastamento do casal. Mas, se não for esse o caso, «há sempre alternativas», diz Marta Crawford, mesmo que seja preciso inventar programas para substituir as escapadelas de fim de semana ou os jantares a dois no restaurante favorito. «Há pouco tempo um casal dizia-me: "Não temos dinheiro para viajar, para jantar fora, para ir ao cinema, estamos amorfos em casa a olhar para a televisão." É este espírito depressivo que temos de tentar combater.» Até porque o sexo pode ser terapêutico: «Durante a atividade sexual libertamos uma série de neurotransmissores que nos fazem sentir bem, que fazem que as pessoas se sintam mais próximas, logo, mais capazes de vencer os obstáculos», explica a especialista.
Isabel e Duarte, residentes em Almada, viveram alguns destes constrangimentos na pele. «Em sete anos o meu marido esteve cinco anos desempregado», diz Isabel, 45 anos. «O facto de não haver disponibilidade monetária para fazer coisas de que se gosta ou para nos cuidarmos faz que tenhamos menos vontade de socializar, seja a que nível for. Num primeiro momento, há tanta coisa que preocupa que nem nos lembramos que era bom ter vida sexual», admite. Ainda assim, Isabel acredita que é possível remar contra a maré, embora tenha noção da dificuldade de manter a libido a funcionar.
«A individualidade de cada um é muito importante porque, apesar de muito unidos, cada um tem as suas coisas e podemos partilhar o que vivemos em comum.» Ao fim de trinta anos de casamento, Isabel garante que «existem mil maneiras de reacender a paixão e colocar a libido a funcionar. Mas tem de ser a dois. «Temos um espírito aberto, mantemos as nossas amizades, saímos juntos e separados, não temos crianças, nunca dormimos separados. E além disso, gostamos de sexo...», diz a rir. «Amar não custa dinheiro, além de que podemos sempre receber muito em troca.»
O princípio faz sentido e as palavras são sábias, mas será que os dois elementos do casal pensam da mesma forma? E os homens, sentem isso de maneira diferente das mulheres? Marta Crawford acha que não. «O homem é mais pragmático na sexualidade e consegue pôr mais rapidamente os problemas de lado, mas nem sempre. As mulheres talvez sejam mais complicadas.». No entanto, segundo o sexólogo Júlio Machado Vaz, um despedimento ou despromoção normalmente faz que seja o homem o mais afetado na sua sexualidade. A razão? Os estereótipos clássicos. «Os homens, sobretudo os mais velhos, sentem a situação como uma ameaça à sua virilidade e estatuto de chefes de família. Acresce que costumam ter mais dificuldades em abrir-se sobre os seus problemas», explica o psiquiatra. «O número de queixas vem subindo e com elas os efeitos sexuais colaterais. Há pessoas que me referem, surpresas, que já não se lembram de pensar em sexo.»
A situação não se vive apenas em Portugal. Já em fevereiro de 2009 a revista brasileira Época dava conta de uma investigação realizada nos EUA, segundo a qual 62 por cento das mulheres norte-americanas apontava a crise como responsável por a vida sexual ter piorado. No ano anterior, no Canadá, 12 por cento dos inquiridos numa sondagem admitiam ter tido um casamento desfeito devido a «motivos financeiros» nos seis meses anteriores. Em Londres, uma pesquisa realizada com operadores e corretores da Bolsa de Valores mostrou que 79 por cento deles acredita que o risco de o seu casamento acabar aumenta durante períodos de recessão. E em Wall Street, o problema atingiu proporções tais que foi criado um Dating a Banker Anonymous - «Namoradas de Financeiros Anónimas», numa tradução literal. Segundo o The New York Times, o grupo pretende levar as chamadas «viúvas de Wall Street» a partilhar o abandono emocional e sexual que sentem.
Apesar de o stress ser mais frequente em pessoas que trabalham no mundo financeiro, devido ao desgaste psicológico, a verdade é que a sombra do desemprego e das reduções salariais tem sido um fator determinante nos últimos tempos, precisamente devido à ligação que muitos homens continuam a teimar fazer entre salário ganho e virilidade.
«As disfunções da libido têm muito que ver com o humor da pessoa», diz José Palma dos Reis, chefe de serviço de Urologia do Hospital Santa Maria. «Mas o conceito de "disfunção sexual" é muito lato e envolve várias situações: disfunção da libido, disfunção erétil e disfunção orgásmica.» No atual contexto de crise, em que o stress pessoal tende a atingir níveis elevados, «será de esperar uma disfunção da libido: «O stress, e sobretudo a depressão, manifestam-se por via desta disfunção.» Mas não é preciso fazer soar os alarmes. Geralmente esta disfunção e a erétil não têm de estar relacionadas - ao contrário do que muita gente pensa. Além disso, «a disfunção erétil pode ser tratada com medicamentos». Nestes casos, no entanto, Palma dos Reis considera «normal e expetável que haja um agravamento dos casos existentes, porque muitas vezes os pacientes não têm capacidade de pagar os medicamentos». Quatro comprimidos custam cerca de quarenta euros, um valor proibitivo para muita gente nos tempos que correm.
Quintino Aires é sexólogo, leva 22 anos de consultas, e não tem dúvidas: «os homens são os mais afetados por estas preocupações. Numa mudança financeira, social e económica, as mulheres começam rapidamente a utilizar a lógica. Os homens sentem-se mais perdidos». Por isso, em terapia, são sobretudo as mulheres quem relata a procura de sexo - nem sempre com o companheiro - para aliviar e esquecer as preocupações. Curiosamente, apesar da crise, no último ano e meio o sexólogo registou um aumento das consultas com queixa de natureza sexual. «Num olhar rápido, o sexo serve para dar prazer, mas não só. Serve para criar intimidade naqueles dois adultos que são diferentes. Se ela existir, então uma despromoção, uma empresa a falir, os bancos que deixam de dar crédito... tudo isso faz o casal esforçar-se e inventar alternativas. Se não, a probabilidade de a relação quebrar é muito maior», explica.
A situação de Eduardo e Rita, com 48 e 39 anos, não é muito diferente. Vivem em Bragança e ainda não pensaram na terapia, talvez por estarem mais longe dos grandes centros urbanos. Mas vivem o dia a dia com a sensação de «quem anda a contar tostões», sobretudo desde que a empresa de venda de material informático de Eduardo desceu abruptamente na faturação. «Tínhamos uma vida sexual normal», diz Rita, administrativa numa instituição de ensino, «mas agora chega-se ao fim do dia e o sexo não apetece». Eduardo, cansado das deslocações entre clientes que as vendas lhe vão exigindo, preocupado com o futuro dos colaboradores da loja, confessa-se «cada vez mais descontente», mas reconhece que é necessário deixar os problemas à porta de casa «antes que a vida familiar desmorone».
Têm dois filhos, uma rapariga de 3 e um rapaz de 9 anos, que também não ajudam a aliviar as tensões. «Todas as tardes, quando vou buscá-la à escola, a conversa é sempre a mesma: "Mãe, compras-me uma coisa?" Já lhe disse que tem de cortar a palavra "compras" do dicionário.» Juntos há cerca de 15 anos, o casal ainda não perdeu a ligação forte que os une, mas o sexo é quase forçado, «como se decidíssemos que temos de sair um bocadinho deste mundo de problemas e de crise», diz Eduardo. Antes, quando levávamos as coisas de forma mais descontraída, não era assim.»
À noite, depois de deitarem as crianças, reconhecem que lhes sobra pouco tempo para porem a conversa em dia e os poucos minutos em que se sentam no sofá servem para ver o noticiário da noite ou a primeira parte de um filme que esteja a começar. Um erro grave que a sexóloga Marta Crawford aponta todos os dias aos casais que recebe: «É preciso desligar a televisão! Primeiro, porque se poupa na conta da eletricidade, e depois porque a TV ocupa demasiado espaço na vida das pessoas. Quem adormece no sofá a fazer zapping não vai dali para a cama ter um momento de intimidade.»
Pelo menos neste quesito, João e Teresa, o casal de Cascais, parece estarem no bom caminho. «Uma vez por semana, religiosamente, vemos um filme e vamos para a cama cedo», diz João. O resto acontece naturalmente.
*Todos os nomes de casais desta reportagem são fictícios, a pedido dos próprios

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

What is Sensate Focus?


By Stacy Lloyd HERWriter

February 23, 2012 - 12:01pm

The Stanford School of Medicine said sensate focus therapy is an exercise for couples to enhance intimacy and alleviate anxiety related to sexual intercourse.
According to the University of California Santa Barbara (UCSB), sensate focus can treat problems such as female anorgasmia, erectile problems, and low sexual desire.
It can help both sexes who have difficulty becoming sexually excited and reaching orgasm.
The Independent reported that it was pioneered in the1970s by sex researchers Masters and Johnson.
The main tenet of sensate focus is a ban on sexual intercourse or any genital contact until performance anxiety and fear of failure have diminished and trust has been established, said the National Institutes of Health (NIH).
Stanford wrote in each session, couples should create a romantic setting and be completely undressed.
Discovery Health reported in the first stage, the couple takes turns touching each other, but breasts and genitals are off limits. The purpose is to establish an awareness of sensations by noticing textures, temperatures and contours while touching, or to simply be aware of the sensations of being touched by their partner.
Sexual intercourse and orgasms are not permitted during this stage, according to Stanford.
UCSB said this technique is designed to reduce anxieties about reaching orgasm by focusing more on what feels good to the couple. People often mistakenly believe the goal of sex is orgasm. When individuals get anxious about reaching that goal, they can miss out on the joys of simply being with their partner.
Discovery Health wrote in the next stage of sensate focus, couples can begin mutual touching. Intercourse is still off-limits, but breast and genital touching is allowed. Couples should concentrate on the sensations resulting from different pressures in different areas.
The next stages of sensate focus continue with mutual touching, said Discovery Health. Then move to the female-on-top position without attempting penile penetration into the vagina. After a session or two at this level, couples are usually comfortable enough to proceed to full intercourse without difficulty.
Stanford cautioned, if anxiety occurs, couples can return to previous stages until an appropriate comfort level is gained in order to attempt intercourse again.
Discovery Health said professionals generally agree there are various dynamics which account for the success of sensate focus. For one, the exercises are a form of invivo desensitization, where a feared situation is gradually mastered by breaking it into discrete steps that are experienced under safe conditions.
The Independent reported however, sensate focus isn’t a miracle cure. According to research, only about 30 percent of erectile problems and a small number of women with low sexual desire are helped by sensate focus.
Sources:
"Female Sexual Medicine - Women's Health - Stanford University School of Medicine." Women's Health - Stanford University School of Medicine. N.p., n.d. Web. 22 Feb. 2012.
http://womenshealth.stanford.edu/fsm/sensate_focus.html
"UCSB SexInfo Online - Sensate Focus." Welcome | Sociology. N.p., n.d. Web. 22 Feb. 2012.
http://www.soc.ucsb.edu/sexinfo/article/sensate-focus
Writers, DiscoveryHealth.com. "Discovery Health "Sensate Focus"." Discovery Health "Health Guides". N.p., n.d. Web. 22 Feb. 2012.http://health.howstuffworks.com/sexual-health/sexuality/sensate-focus-di...
Neustatter , Angela. "A very delicate matter: More couples are seeking sex therapy. But is satisfaction guaranteed? Angela Neustatter reports - Life & Style - The Independent." The Independent | News | UK and Worldwide News | Newspaper . N.p., n.d. Web. 22 Feb. 2012.
http://www.independent.co.uk/life-style/a-very-delicate-matter-more-coup...
"ABC of sexual health: Management of sexual problems." National Center for Biotechnology Information. N.p., n.d. Web. 22 Feb. 2012.http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1114344
Reviewed February 23, 2012
by Michele Blacksberg RN
Edited by Jody Smith

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

La crisis se nos mete en la cama


EFE.MADRID

  • La situación económica afecta al bolsillo, pero también al estado de ánimo
  • Reina el pesimismo y la sensación de frustración, dos sentimientos que están afectado a las relaciones íntimas de pareja
La crisis económica afecta al bolsillo de los españoles, pero también a suestado de ánimo, por el "pesimismo reinante" y la sensación de frustración se ha trasladado también a la cama; el deseo sexual de muchas parejas, que celebran el martes el Día de los enamorados, se ha resentido. 

Así lo han constatado sexólogos como Francisca Molero, médico y directora del Institut de Sexología de Barcelona y vicepresidenta de la Federación Española de Sociedades de Sexología, quien atiende en su consulta a pacientes que no pueden desligar su vivencia sexual del entorno económico y social, ciudadanos a los que les cuesta desconectar y que se sienten "bloqueados" en este sentido. 

LA CRISIS EN LA CAMA 


La sexualidad pasa por delante de ellos en los momentos de crisis: "Cuando una persona está muy tensa y preocupada también está menos activa y más cansada y eso influye a la hora de pedir o tener relaciones. Disminuye el deseo sexual". 

El psicólogo y sexólogo Andrés López de la Llave también coincide en este diagnóstico, en que el estrés que sufren muchas personas por la crisis esta afectando a la respuesta sexual: "La ansiedad es el origen de más del 90% de los problemas y las dificultades sexuales que tienen los humanos. La actividad sexual requiere que el resto del cuerpo esté funcionando normalmente". 

Y no lo está haciendo, según De la Llave, director del proyecto de divulgación y educación sexual de la UNED, porque "la gente está preocupada por su vida y cuando hay problemas de trabajo y de vivienda es absolutamente normal que se resienta el sexo. No se puede hacer el amor cuando hay problemas". 

CÓMO DESPERTAR EL DESEO 


La pregunta que se hacen los que han perdido el deseo es cómo despertarlo. El director del máster en Sexología de la Universidad Camilo Jose Cela, Carlos de la Cruz, cree que "hay que salir a buscarlo y hay que hacerlo en espacios de ocio, mandando sms a tu pareja o cuidándote para sentirte atractivo, es decir hay que hacer algo para que el deseo aflore, hay que regar y ponerlo al sol para que crezca sin forzar". 

No hay que forzar el deseo, porque cuando se fuerza, según este psicólogo, sexólogo y escritor, "no funciona, es una obligación y eso es justo lo contrario de lo que se busca". 

Pero "otro disparate es no hacer nada, porque así el deseo no va a venir". 

Para sentir las ganas de salir a buscar el deseo, la primera recomendación de los especialistas, tal y como subraya La llave, es "pensar en sexo, hablar de ello, reírse con los chistes de sexo". 

Molero parte también de esa premisa, la de que el deseo sexual aparece sobre todo pensando en sexo y en la sexualidad como algo positivo para la persona porque "es muy difícil desear algo en lo que no piensas". 

"Muchos pacientes me dicen -comenta la médico- 'yo nunca tengo ganas" y yo les preguntó ¿cuándo piensas en sexo? y me dicen que nunca. Pues así es difícil desear algo, y desear es algo gratuito y si además es algo positivo te carga pilas y hace que tu pensamiento no sea tan negativo y tan pesimista". 

Esa es la clave para sentirte bien en este tiempo de crisis, un momento que te puede servir, según Molero, para darte cuenta de "cuáles son las verdades prioridades humanas". Una de ellas es compartir sentimientos, emociones y placer con otras personas porque eso nos da una percepción diferente de la vida y del mundo". 


LAS DISFUNCIONES 

A veces, hay una serie de transtornos que dificultan el sentir placer, comoproblemas de erección o eyaculación precoz, vaginismo, falta de libido por la toma de antidepresivos o anorgasmia, entre otros, pero buena parte de ellos se podrían solventar con información sobre cómo funciona la sexualidad. 

Según La Llave, más del 80% de los problemas sexuales se solucionarían solamente con dar información al paciente porque muchos se generan "por la ansiedad que supone el pensar que tienes algo mal", y ahí no valen fármacos, que "no son la solución". 

"Se está dando la idea de que el problema de erección, por ejemplo, del que los laboratorios tienen intereses que se hable, se soluciona con fármacos cuando es más interesante hacer prevención. Sólo hay un porcentaje bajísimo que requiere medicación", agrega. 

Se resuelven los problemas, según De la Cruz, con información o "hablando y dejándote escuchar por alguien que te importa, como tu pareja o un amigo" porque, en su opinión, la mitad de los problemas que llegan a los sexólogos se podían haber resuelto si se hubiera hablado cuando comenzó. 

La educación sobre la sexualidad en la escuela y en los centros de salud evitaría muchos de estos problemas, según La llave, que está convencido de que no valen estadísticas en sexo. 

"Intentar poner números, por ejemplo, a los minutos que tiene que durar un coito es absurdo porque hay parejas que le duran dos minutos y sonextremadamente felices y hay otras que les parece que es eyaculación precoz. Es un juicio muy de valor de cada uno y que tiene que ver con muchas cosas", apunta el especialista. 

En sexo, a su juicio, "todo es normal mientras no dañas a nadie y a ti te produzca satisfacción". 



ESTÍMULOS PARA AMAR 



Para acercarse de nuevo al sexo vale cualquier oportunidad, hay que dejarse llevar por fechas como la del día 14 para mantener relaciones: "Todo nos recuerda el sexo -indica La llave-; los grandes comercios están hablando del amor y de los enamorados y eso hace que la gente piense en sexo, porque cuando piensa en su pareja, piensa en la persona que ama y piensa en sexo". 

Un pensamiento y unos estímulos que hacen que sea más probable, según los especialistas, que "ese día tenga sexo". 

Ese día, el 14, en el que se festeja también el Día Europeo de la Salud Sexual, o cualquier otro que sirva de gancho para rescatar de nuevo esa parte de la vida, debe de tener en cuenta, como dicen los especialistas, que una de las cosas para las que sirve la sexualidad es para obtener placer y éste tiene una repercusión en las personas, la recompensa de sentirte bien. 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Maioria das disfunções sexuais apresenta origem psicológica



Ejaculação precoce e disfunção erétil para homens, incapacidade de dilatar a vagina durante a penetração para mulheres, falta de desejo ou dor durante a relação sexual para ambos.
A lista de disfunções sexuais inclui queixas variadas que podem ter origem orgânica.
Mas, de acordo com especialistas, o fator psicológico está presente na grande maioria dos casos.
Por isso, o acompanhamento médico pode ser potencializado quando associado à orientação de um psicólogo ou terapeuta sexual.
E, com isso, as chances de superar o problema também ficam maiores.
“A imensa maioria das disfunções sexuais tem origem psicológica. E mesmo quando há uma raiz orgânica, um suporte para a parte emocional é necessário”, afirma João Borzino, médico sexólogo e terapeuta sexual.

Agora.com
URL curta: http://correiodopovo-al.com.br/v3/?p=10932

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Mujeres ante la disfunción sexual


 
René de Lamar / Las Palmas de Gran Canaria                              09/01/2012

El trastorno se diagnostica cuando los síntomas causan preocupación a la mujer y a su pareja». Tratamos hoy un tema muy frecuente en la vida diaria pero por ser muy especial e intimo tiene un efecto iceberg en la sociedad, se ve solo una parte y es mucho mayor  la que está por debajo y, por lo general, no  se solicita ayuda profesional o se hace de forma tardía, por lo que consideramos que su desarrollo pueda aclarar algunas dudas además de resultar de interés a muchas personas.



Por lo general, muchas mujeres consienten e incluso inician una actividad sexual por necesidad de una intimidad, compromiso, cariño, acercamiento emocional, buscando una sensación de bienestar, de calor humano o incluso confirmar que son deseables, agradar a su pareja, ofrecer placer por consigna social sin recibir nada a cambio porque toca lo que toca o cualquier combinación de estas variables.

En parejas o relaciones estables de muchos años es frecuente que las mujeres sientan poca o ninguna sensación inicial de deseo sexual, pero acceden al deseo sexual de su pareja lo que se denomina deseo respuesta y una vez que la estimulación sexual desencadena la excitación o el placer, lo que constituye la llamada excitación subjetiva, se suman la congestión y excitación genital física que favorece una adecuada relación.

El deseo inicial disminuye típicamente con la edad, aunque aumenta con una pareja nueva a cualquier edad. La satisfacción sexual puede o no incluir orgasmos, se construye una actividad sexual y continuación de la intimidad, que puede ser una experiencia gratificante física y emocionalmente que llena, refuerza las motivaciones iniciales de la mujer.

Tanto los estrógenos como los andrógenos parecen afectar la excitación, según los estudios realizados al respecto. La secreción de andrógenos suprarrenales comienza a disminuir en mujeres que llegan a la quinta década lo que pudiera desempeñar un papel en la disminución del deseo, interés o excitación sexual en ciertas etapas de la vida.

¿Cómo se produce la excitación? Ante todo incluye la activación de áreas del cerebro implicadas en la cognición, motivación, emoción y regulación de la congestión genital. También juegan un papel neurotransmisores específicos como noradrenalina, dopamina y serotonina aunque esta última suele tener un efecto de inhibición sexual igual que la prolactina y el ácido gamma amino butírico.

La congestión genital es una respuesta refleja autónoma que se produce a los pocos segundos de generarse un estimulo erótico y causa una congestión y lubricación de los genitales.

Las células musculares lisas que rodean zonas vascularizadas de la vulva, el clítoris y la vagina causan trasudación de líquido a través del epitelio vaginal (lubricación).

Las mujeres no siempre son conscientes de la congestión por lo que se puede producir sin una excitación objetiva. El orgasmo es una experiencia de máxima excitación y liberación caracterizada por contracciones de músculos pélvicos cada 0.8 segundos y la posterior disminución lenta y paulatina de la congestión genital. Durante el orgasmo se liberan prolactina y oxitocina que pueden contribuir a la sensación de bienestar, relajación y cansancio que sigue al mismo.
Existen cinco categorías básicas de disfunción sexual femenina y se pueden clasificar secundariamente como adquiridos o padecidos durante toda la vida sexual activa, específicos de una situación determinada o generalizados y según el grado de preocupación que causen a la mujer ser leves, moderados o graves.

Describimos a continuación los más frecuentes.
1- Trastorno de deseo o interés sexual. Consiste en la disminución o ausencia del deseo o interés sexual, de pensamientos o fantasías sexuales y ausencia del deseo respuesta. Las motivaciones para excitarse sexualmente son escasas o inexistentes, en ocasiones sin relación directa con la edad de la mujer.
2- Trastornos de excitación sexual.
3- Pueden ser subjetivos, combinados o genitales. Tiene una base clínica y se diferencian por la conciencia que tiene la mujer de su propia respuesta genital a la estimulación.
4- Trastorno orgásmico. Consiste en la ausencia de orgasmo, disminución importante de su intensidad o retraso importante a la estimulación a pesar de los elevados grados de excitación subjetiva.
5- Vaginismo. Se trata de un estrechamiento reflejo alrededor de la vagina cuando se intenta la penetración a pesar del deseo expreso de la mujer y en ausencia de anomalías anatómicas o físicas de otro tipo. Se suele asociar a temor o experiencias dolorosas y evitación fóbica.
6- Dispareunia. Es dolor durante un intento o una penetración vaginal completa, puede ser superficial de entrada, con una entrada más profunda, con el movimiento o tras el coito.
René de Lamar es doctor especialista en Geriatría y Gerontología, asesor médico de CANARIAS7  Jefe de Servicio de Geriatría. Unidad de Memoria y Demencias Geriátricas.Hospital Perpetuo Socorro y director médico del Centro de Diagnóstico Médico Integral, C/Diderot Nº 19 - bajo.Teléfono: 928 220 474

http://www.canarias7.es/articulo.cfm?id=244995