sábado, 16 de abril de 2011

Sonhos eróticos relaxam como o sexo; veja o que eles revelam sobre você

15/04/2011 - 07h00
Sonhos eróticos relaxam como o sexo; veja o que eles revelam sobre você
HELOÍSA NORONHA
Da Redação


Atire o primeiro lençol de seda quem não acha uma delícia curtir momentos de luxúria durante o sono. Mesmo os pesadelos mais aterradores –como ser forçado a fazer sexo– podem ser capazes de tornar mais gostoso o despertar. Os sonhos eróticos podem até ajudar a aliviar as tensões, já que o conteúdo muitas vezes é refletido em excitação real.

“Os homens têm ereções e, nas mulheres, ocorre a lubrificação vaginal. A tensão física da excitação se inicia com o sonho, mesmo que antes de dormir a pessoa estivesse relaxada”, explica o psicólogo e terapeuta sexual Oswaldo Rodrigues Jr., diretor do Instituto Paulista de Sexualidade (Inpasex).
“A tensão física sexual é seguida de um relaxamento, seja com um orgasmo [ejaculação, no caso dos homens] ou apenas pelo fim da excitação, trazendo alívio às preocupações cotidianas”, explica o especialista. “Seria o equivalente a ter uma relação sexual, mesmo que não nos lembremos do fato ou do orgasmo vivido”, resume.
Para a terapeuta sexual Maria Luiza Cruvinel, também de São Paulo, infelizmente, há pessoas que se sentem culpadas por terem sonhos eróticos, pois o tema ainda é cercado de tabus. “Assim, o impacto de um sonho desses pode durar um tempo”, diz ela. “O sonho deveria trazer bem-estar. Confundi-lo com a realidade, permitindo emoções negativas, é considerar real algo que não é”, diz Oswaldo.

Os sonhos podem não significar exatamente o que parecem. É preciso interpretá-los

Para o ginecologista e sexólogo Amaury Mendes Jr., do Rio de Janeiro, os sonhos podem representar o que a pessoa gostaria de fazer na vida real e não tem coragem. “Isso é muito comum em quem deseja trair ou fantasia com outras pessoas, por exemplo, mas sente medo. O sonho com desconhecidos ou com sexo à força seria uma maneira de realizar essa vontade de alguma forma. E sem culpa”, comenta.

“Um sonho erótico pode ser apenas uma forma de dar significado a questões mal resolvidas, apesar do conteúdo sexual”, destaca Maria Luiza Cruvinel. “Não há uma interpretação determinada para cada tipo de sonho, tudo depende de como a pessoa interage emocionalmente com o conteúdo expresso no sonho”, completa a terapeuta que, a seguir, faz alguns comentários (generalizados, vale ressaltar) sobre os tipos mais comuns de sonhos eróticos. Veja a lista:
TRANSAR COM CHEFE
Não traduz, necessariamente, atração pela pessoa. É preciso entender qual é o significado simbólico que a ela ocupa na sua vida. Se o sexo, por exemplo, é fonte de insegurança para o sonhador, o sonho pode refletir uma insegurança no emprego ou medo de falhar profissionalmente.
SONHAR COM UM ANTIGO AMOR
Pode indicar vontade de reatar, claro. No entanto, também expressa saudade de coisas vividas, situações mal resolvidas no término, medo de não encontrar um amor ou da solidão. Se já tem outro alguém, o sonho pode refletir insegurança ou dificuldades na relação atual –o inconsciente, então, faria uma espécie de comparação entre ex e atual.

Culpa por causa de sonhos? Jamais!
CASO COM COLEGA DE TRABALHO
No sonho, a parceria tem caráter sexual. Entretanto, isso não significa tesão recolhido, mas, sim, que os dois têm química e uma boa relação. Significa também que você talvez esteja aprendendo com a pessoa, já que sexo está relacionado a troca, conhecimento e experiência.
FAZER SEXO À FORÇA
Pode revelar o desejo de viver essa fantasia e, ao mesmo tempo, é um modo de realizá-la, mas não concretamente. Sexo forçado também pode traduzir um anseio de ter uma vida sexual ativa sem se prender a normas ou convenções sociais.
FICAR SEM ROUPA EM PÚBLICO
Embora a nudez, em geral, seja associada ao sexo, não há uma conotação erótica neste sonho. Ele mostra uma situação na qual a pessoa esteja se sentindo humilhada, sem poder ou exposta. Na vida prática, costuma ser sinal de medo de falar em público ou expor suas ideias.
TRANSAR COM PESSOAS FAMOSAS
Transar com uma celebridade é muito comum entre as mulheres. É o tipo de sonho reforçador da autoestima. No mundo real, a pessoa se encontra em uma situação de intimidade com alguém muito desejado ou disputado. E, obviamente, quer levar a melhor.
PARTICIPAR DE UMA ORGIA
Esse é um sonho mais comum ao sexo masculino, embora muitas mulheres também o tenham. Muita gente tem essa fantasia, mas falta coragem para realizá-la. Porém, esse sonho também dá a entender que a pessoa se sente presa em outros aspectos de sua vida, não só no sentido sexual.
FAZER SEXO EM PÚBLICO
Significa que a pessoa deseja ser admirada, desejada, reconhecida por suas capacidades sexuais ou outros talentos que possua.

Sonhos eróticos ajudam a aliviar as tensões, mesmo que você não se lembre deles

TE PEGAREM NO FLAGRA
Esse sonho dá pistas de que a pessoa deseja revelar sentimentos e vontades reprimidos ligados à sexualidade. Ou, ainda, de que necessita da aprovação alheia para seus parceiros.
TRANSAR EM CENÁRIOS INUSITADOS
Parque de diversões, carro de luxo, banheiro de boate, sala de aula vazia, construção, varanda... Vale tudo! Também é um sonho mais feminino, pois traduz fantasias com ambientes –algo bem comum às mulheres. Pode denunciar um desejo por romantismo, vontade de inovar, de sair da mesmice.

ROLAR NA CAMA COM ALGUÉM DO MESMO SEXO
Se você é heterossexual, apesar do conteúdo, não tem nada a ver com desejo homossexual ou erótico. Acredite: o que há por trás desse sonho, na verdade, é a vontade ou necessidade de se colocar no lugar do sexo oposto para entendê-lo.
TRANSAR COM ALGUÉM DESCONHECIDO
Transar com uma pessoa desconhecida pode traduzir uma necessidade de mudança, um desejo do novo. E ainda revela um desejo de fazer um sexo mais livre de amarras.
http://estilo.uol.com.br/comportamento/ultimas-noticias/2011/04/15/sonhos-eroticos-relaxam-como-o-sexo-veja-o-que-eles-revelam-sobre-voce.htm

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O QUE É HETEROSSEXISMO?

O QUE É HETEROSSEXISMO?
O termo "heterossexismo" não é familiar para muitos porque é relativamente recente. Só há relativamente pouco tempo é que tem sido utilizado, juntamente com "sexismo" e "racismo", para nomear uma opressão paralela, que suprime os direitos das lésbicas, gays e bissexuais. Heterossexismo descreve uma atitude mental que primeiro categoriza para depois injustamente etiquetar como inferior todo um conjunto de cidadãos.
Numa sociedade heterossexista, a heterossexualidade é tida como normal e todas as pessoas são consideradas heterossexuais, salvo prova em contrário. A heterossexualidade é tida como "natural", quer em termos de estar próxima do comportamento animal, quer em termos de ser algo inato, instintivo e que não necessita de ser ensinado ou aprendido.

Quando seres humanos dizem que algo é "natural", em oposição a um comportamento "adquirido" através de um processo de aprendizagem, geralmente querem dizer que não é possível desafiá-lo nem mudá-lo e que seria até mesmo perigoso tentar fazê-lo. No passado, dominava a ideia de que os homens eram "naturalmente" melhores nas ciências e no desporto e líderes natos, mas as mulheres tiveram a oportunidade de desafiar estas ideias e de mostrar o homem e a mulher numa perspectiva completamente diferente. Este desafio foi facilmente perpetuado assim que se começou a evidenciar que os homens são empurrados para posições de vantagem por uma sociedade que está estruturada para os beneficiar, um processo (a opressão das mulheres) mais tarde denominado de sexismo. Do mesmo modo, tem-se tornado evidente que a heterossexualidade, tal como a dita superioridade masculina, é tão natural, como adquirida. O facto de a maioria dos homens e mulheres a escolherem como a sua forma preferida de sexualidade tem por vezes mais a ver com persuasão, coerção e a ameaça de ostracização do que com a sua superioridade como forma de sexualidade.

O heterossexismo está institucionalizado nas nossas leis, orgãos de comunicação social, religiões e línguas. Tentativas de impôr a heterossexualidade como superior ou como única forma de sexualidade são uma violação dos direitos humanos, tal como o racismo e o sexismo, e devem ser desafiadas com igual determinação.

http://tudotem.musicblog.com.br/405459/O-QUE-E-HETEROSSEXISMO/

PARAFILIA

PARAFILIA
Se o seu namorado costuma bater fotos de vocês namorando, trocando carícias, ou fotos ainda mais íntimas, por que lhe dá prazer, ele está praticando algo chamado parafilia.; Se você ainda , alimenta fetiches , do tipo, gostar de ser algemada , levar tapinhas no bumbum, e gostar de ser filmada, durante o sexo, saiba que também está praticando um tipo de parafilia; casais convencionais, que um dia decidem por um sexo mais agressivo, também estão na lista, assim como todo pedófilo. Qualquer pessoa pode cometer um ato de parafilia, mas é considerado um PARAFÍLICO, aquele que só consegue sentir prazer sexual , praticado de acordo com a sua fantasia, sabendo que ter uma fantasia, não é sinal de doença! Pessoas que experimentam um certo tipo de relação sexual, e que optam por este relacionamento, podem desenvolver o estado parafílico de distúrbio, por HÁBITO, e não doença mental! Portanto , um pedófilo, não deve ser considerado um doente , caso não sofra de doença mental classificada, já que a parafilia não é uma doença, como muitos acreditam, mas sim um ato de conduta, onde a pessoa tem perfeita condição de entender o que é certo, e o que é errado, fato este , que encontramos como pedófilos, pessoas estudas, gabaritadas profissionalmente, defensores da lei e etc... É o que se conclui , os dados psquiátricos Forenses: "Como vimos,não é raro que o violentador sexual apresente algum desvio sexual (parafilia), como pode ser o caso do fetichismo, travestismo, exibicionismo, voyeurismo ou outras disfunções sexuais, tais como a impotência de ereção, ejaculação precoce, etc.
http://tudotem.musicblog.com.br/404295/PARAFILIA/

Professor de música é preso suspeito de abuso sexual de ex-alunas em Ibirama, no Vale do Itajaí

Professor de música é preso suspeito de abuso sexual de ex-alunas em Ibirama, no Vale do Itajaí
Segundo as vítimas, elas eram embriagadas e obrigadas a assistir filmes pornográficos
A Polícia Civil prendeu um professor de música da rede municipal de ensino de Ibirama, no Vale do Itajaí, nesta sexta-feira. Ele é suspeito de ter abusado sexualmente de três ex-alunas. Em depoimento, elas contaram que após embriagá-las, o homem as obrigava a assistirem a filmes de conteúdo pornográfico e depois mantinha relação sexual com elas.

Duas das vítimas, com menos de 14 anos na época dos fatos, afirmam terem perdido a virgindade com o professor. Ele foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo durante uma operação conjunta da Polícia Civil de Ibirama e Ministério Público. Ao cumprir o mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, policiais apreenderam uma arma de fogo de calibre 22, com 14 munições.

Foi recolhido também o computador do suspeito, que será encaminhado ao Instituto Geral de Perícias para análise. Segundo as investigações, há fortes indícios de armazenamento de material com conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes no computador do professor.
http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/horadesantacatarina/19,792,3276591,Professor-de-musica-e-preso-acusado-de-abuso-sexual-de-ex-alunas-em-Ibirama-no-Vale-do-Itajai.html

Falando de Sexo: Levanta a cabeça e vai

Falando de Sexo: Levanta a cabeça e vai
Lúcia Pesca e Andréa Alves | falandodesexo@horasc.com.br
“Doutoras do Falando de Sexo, sempre ouvi dizer que quem falha na hora H é homem velho. Agora, eu estou com 21 anos e falhando. Vocês podem me dizer o que leva a esse problema?”

Para começar, caro leitor, esta de “só quem falha são os homens velhos” é um grande mito. A idade é um dos fatores que pode influenciar, mas a dificuldade em ter ou manter uma ereção pode ocorrer em qualquer fase da vida sexual masculina.
Esse problema pode ser tanto reversível quanto irreversível e sofre interferência de fatores tanto físicos quanto emocionais.

Novas descobertas na Medicina têm auxiliado os homens a prevenir esses fatores. Fumar aumenta a incidência de disfunção erétil em 19% dos homens; os cuidados com o tamanho da barriga podem prevenir também problemas sexuais futuros. Outros fatores: idade, colesterol, uso de maconha, antecedentes familiares podem ser determinantes. As causas psicológicas são as mais frequentes.
http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/horadesantacatarina/19,792,3275824,Falando-de-Sexo-Levanta-a-cabeca-e-vai.html

A vantagem de ser lésbica

A vantagem de ser lésbica
Somos infinitamente mais compreendidas, cuidadas, porque temos uma mulher ao nosso lado
Por Hanna Korich*
Publicado em 15/4/2011 às 18:36

Tudo começou quando numa dessas noites mal dormidas, fato que tem sido uma constante na minha existência de mulher madura, pois não durmo mais do que cinco horas e costumo me recolher (essa palavra é tão formal que não combina comigo, só com a minha idade) cedo. Daí que resolvi ler alguns textos pendentes que serão publicados pela Brejeira Malagueta.

A insônia é um dos sintomas das mulheres que passaram dos 45 anos e já entraram no climatério. Você sabia que lésbicas também têm menopausa? Agora, olha só (como dizem as cariocas), que sorte grande nós tiramos: somos infinitamente mais compreendidas, cuidadas, acocadas, do que as mulheres hetero na menopausa, porque temos uma mulher do nosso lado.

Já pensou sobre o assunto? Veja só a vantagem de ser lésbica! Indico alguns sintomas que esclarecem um pouco sobre a pré-menopausa, também chamada de climatério (o meu médico sempre me alerta sobre a confusão, porque a medicina considera menopausa só quando a mulher deixa de menstruar definitivamente): insônia, calores, irritação, suores noturnos, chororô sem qualquer motivo, fúria assassina com ou sem motivo, mau humor, diminuição do desejo sexual, ressecamento da pele, aumento de peso, perda de energia, aumento nas taxas de colesterol, aumento da pressão arterial, desânimo e a famosa síndrome “condor”. Não me refiro à ave, mas sim a acordar todo dia com uma dor diferente. E, se não sentir nada, a certeza de que está morta...

Alternativas para diminuir o quadro tragicômico acima, seguindo a minha experiência no tema, são: homeopatia, muita soja no cardápio (no meu caso o efeito foi de água de bacalhau, ou seja, não serviu pra nada), para quem não curte vai alopatia mesmo, reposição hormonal, yoga (para mim foi a verdadeira salvação da lavoura), massagens, reflexologia, acumpuntura, meditação, pedras quentes, mornas e frias e terapia, muitas sessões extras, sugiro solicitar um financiamento bancário para tanto. Agora, se nada adiantar, nem terreiro, rituais indígenas, xamanismo, chás alucinógenos ou de ervas inofensivas, faça uma promessa para seu santo, anjo, Deus, forças superiores para que na próxima encarnação você nasça menino! É a melhor solução...

Mas, falando sério, para quem não sabe, na adolescência a mulher tem a primeira grande mudança hormonal. Na gravidez a segunda e na menopausa a terceira. Daí se explica esse quadro desvairado de sintomas, é uma verdadeira dança de hormônios que deixam a mulher alopradinha, e põe aloprada nisso! Essa história é tão séria que outro dia descobri, através de uma reportagem, a existência da Sociedade Brasileira do Climatério, será que me aceitam de sócia?

A medicina diz mais ou menos o seguinte sobre o assunto: a mulher enfrenta o estranhamento de um corpo que não reage como antes, a falta de desejo sexual pode ter relação ou não com as alterações orgânicas que o climatério causa, e finalmente o equilíbrio psíquico tem grandes possibilidades de entrar em órbita. Esse quadro todo em algumas culturas indígenas é totalmente desprezado, pois os habitantes nativos das Américas defendem a tese que nesta fase a mulher atinge a sabedoria e o poder de agir com independência.

Da mesma forma, em países como o Japão e a Índia, onde a velhice é respeitada por sabedoria, as mulheres aceitam bem a menopausa e pouco se queixam dos sintomas do climatério, esperando-a alegremente e com liberdade. Bella roba!

Tem gente que afirma que nesta etapa da vida as mulheres, lésbicas ou não, são ainda mais discriminadas, porque no Ocidente a menopausa é vista como o começo da velhice e o definhamento. Somado a isso, nós lésbicas sofremos preconceito devido à nossa orientação sexual.

Com certeza vaidade e autoestima podem existir na maturidade e nós, mulheres, independentemente da nossa orientação sexual, podemos ultrapassar essa fase de forma tranquila. Para que isso aconteça, você pode dentre outras coisas evitar açúcar, sal em excesso, gordura saturada, excesso de proteína, estresse, guardar sentimentos negativos e procurar fazer refeições leves, tomar sol, se exercitar. Agora, o mais importante é ter um ideal e um amor, sem os quais a vida não vale a pena!

* Hanna Korich é uma das sócias fundadoras da Editora Malagueta, agora Brejeira Malagueta – a primeira e única editora dedicada à literatura lésbica da América Latina, desde 2008.
http://dykerama.uol.com.br/src/?mI=1&cID=37&iID=3458&nome=A_vantagem_de_ser_l%C3%A9sbica_

Transexual da Câmara de JP faz revelações sobre dia a dia no filme 'O Diário de Márcia'

Transexual da Câmara de JP faz revelações sobre dia a dia no filme 'O Diário de Márcia'
15/04/2011 | 13h23min
A Cooperativa Filmes a Granel, criada para viabilizar obras audiovisuais de baixíssimo orçamento, lança mais um título de sua safra é o filme 'Diário de Márcia'. O curta-metragem, dirigido por Bertrand Lira, tem sua estréia neste sábado, dia 16, às 21h, e apresenta um relato pessoal e intimista de Márcia, transexual paraibana, sobre o dilema de viver o universo feminino num corpo de homem, enquanto espera para fazer um cirurgia para mudança de sexo.

A primeira exibição pública de “O diário de Márcia” acontece no Cineespaço do Mag Shopping, um complexo de quatro salas recém-inaugurado em João Pessoa que traz a marca cineclubista do seu proprietário Adhemar Oliveira ao apoiar o cinema produzido localmente. O documentário tem duração de 20 minutos.

O documentário “O Diário de Márcia” conta a história de Márcia Gadelha, transexual paraibana, 46 anos, pedagoga e cerimonialista da Câmara Municipal de João Pessoa. A partir do ponto de vista da própria protagonista, documenta sua história utilizando uma narrativa em tom intimista nos moldes de um diário, em primeira pessoa, onde Márcia “faz anotações” de momentos importantes de sua existência: a infância, a adolescência e a fase adulta.

Não são apenas registros dessas fases da sua vida. Ela tece comentários, elocubrações sobre sua existência, tentando entender a rejeição familiar (avós, pais e irmãos) à sua conduta “inadequada” para um “macho” e a violência (física e psicológica) a ela infligida, principalmente pela família. Ela será a primeira transexual a ser submetida na Paraíba a esse procedimento pelo Sistema único de Saúde (SUS).

O filme tem uma abordagem reflexiva, isto é, sua narrativa discute o próprio processo de realização de um filme do gênero documentário. Aparentemente, o diretor permite que a personagem opine sobre a condução da narrativa, o que se realiza em parte. A protagonista relata sobre o medo que vivenciou na infância e adolescência com os constantes achincalhes da vizinhança e dos colegas de escola. Medo que levava o então garoto Marquinhos a fugir do convívio social; a enrijecer a postura do corpo e a se fechar no seu mundo.
Quando adolescente, a família o leva a um psiquiatra que, acreditando na transitoriedade de sua condição, lhe recomenda esportes “masculinos” como natação e judô como terapia para a cura do seu “desvio”. A família investe pesado na esperança da mudança prometida pelo psiquiatra. Nesses esportes, o garoto conhece o assédio sexual dos colegas e do professor. O “tratamento” recomendado pelo especialista em nada o faz mudar.

Na fase adulta, busca conforto para seus conflitos existenciais no espiritismo kardecista. No grupo espírita, microcosmo da sociedade lá fora, sua aceitação é dividida entre os que lhe aceitam e os que o discriminam. Decepcionado, busca, e encontra, na umbanda e, depois, no candomblé, o apoio que precisa. E se torna praticante dessa religião, sem deixar de lado totalmente o espiritismo. Agora, ela se considera “espírita candomblecista cristã”.

Profissionalmente, Márcia está integrada ao quadro de funcionários da Câmara Municipal, aparentemente, sem conflitos relevantes. Da mesma forma, foi contratada, como reabilitadora, pelo Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (Funad). Na época, à medida que se tornava mais efeminado nas atitudes e no figurino, menos oportunidades lhe eram apresentadas. Apesar disso, a personagem se mostra orgulhosa das conquistas alcançadas profissionalmente.

Com esta obra audiovisual, Bertrand Lira pretende colocar a discussão sobre a violência social contra os que agem e pensam diferente. Por mais avanços, do ponto de vista legal, que as chamadas minorias tenham alcançado, a intolerância a opções individuais ainda tem uma forte presença na sociedade brasileira e, em particular, no universo local de mentalidade machista e patriarcal. Discutir essa questão se reveste de importância no contexto atual de luta e militância pela aceitação e afirmação social dos grupos LGBT. Além do conteúdo pedagógico que a proposta se reveste, pois o desconhecimento do outro gera o medo, o preconceito e a violência”, conclui o cineasta que também assina o argumento e roteiro do filme.
Blog Construviver
http://www.paraiba.com.br/2011/04/15/64664-transexual-da-camara-de-jp-faz-revelacoes-sobre-dia-a-dia-no-filme-o-diario-de-marcia