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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Defesa de professora sadomasoquista suspeita de abuso de menor vai pedir habeas corpus


Defesa de professora sadomasoquista suspeita de abuso de menor vai pedir habeas corpus

Redação SRZD | Nacional | 03/09/2012 09h45
Foto: Reprodução de TVA defesa da professora Luciana Simões vai entrar com novo pedido de habeas corpus nesta segunda-feira, alegando que a cliente sofre de transtorno bipolar e faz tratamento. Ela é suspeita de abuso de menor com prática de sadomasoquismo.
Luciana e o namorado foram presos em flagrante depois que o pai de uma menor monitorou o computador da filha e descobriu que ela conversava com o casal pela internet.
A adolescente teria sido aliciada para participar de uma relação sexual com o casal.

http://www.sidneyrezende.com/noticia/184314+defesa+de+professora+sadomasoquista+suspeita+de+abuso+de+menor+vai+pedir+habeas+corpus

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

“Se trataría de un trastorno psíquico”


OPINÓ EL SEXÓLOGO DANIEL RODRÍGUEZ, SOBRE EL CASO DE LA PERRA VIOLADA Y LUEGO ASESINADA


Además, manifestó que, “a veces, el objeto sexual de una persona se transforma y se va hacia otro lugar, como en este caso, a un animal”.

miércoles, 15 de agosto de 2012
“Se trataría de un trastorno psíquico”
El Dr. Rodríguez estuvo en los estudios de LV11.
El médico sexólogo, Dr. Daniel Rodríguez, dialogó conLV11 sobre el macabro hecho suscitado en un motel de La Banda, donde un sujeto violó y asesinó a una perra.
Al respecto manifestó sobre la zoofilia que “dentro de las parafilias o cambios en el objeto de deseo de las personas, se dan lo que antes se conocían como perversiones o desviaciones sexuales y hoy en día están clasificadas internacionalmente como parafilias”.
Además, dijo que “están consideradas como una patología”, y que existen distintos tipos de parafilia, “que son socialmente inaceptadas y se castigan desde el punto de vista legal”.

El profesional aseveró que “normalmente en nuestras vidas tenemos el impulso de llevar ese deseo sexual hacia otro objeto” y acotó que “a veces, en muchísimas causas, el objeto sexual de una persona se transforma y se va hacia otro lugar, como por ejemplo en este caso hacia un animal”.

Además sostuvo que tiene que tener ciertas características. “No es solamente que por tener una experiencia con un animal se trataría de una parafilia, es decir, tienen que ver el tiempo y las características clínicas de la persona”.

Violencia 
Ahondando en el caso planteado dijo que “no solamente es parafilia, sino que también está la violencia hacia el animal, por lo que tendría que haber ciertos trastornos psiquiátricos de tinte sexual”.

Explicó que “estas cosas se van manifestando de a poco, un solo hecho aislado desde el punto de vista sexual no se lo clasificaría como una parafilia, sino que tiene que tener una duración más larga”.

El Dr. Rodríguez indicó que no todas las parafilias son consideradas delito. “La pedofilia es uno de los delitos más castigados desde el punto de vista sexual, pero las demás no son todas consideradas como delito”, argumentó.

Zoofilia 
Sobre la zoofilia dijo que “desde la Sociedad Protectora de Animales se castiga el hecho de la violencia y de que lo haya matado, pero no así la relación sexual”. En ese marco sostuvo que “la zoofilia es muy común, sobre todo en la zona rural, donde al no tener una pareja las prácticas con animales son comunes desde la antigüedad. Entonces no significa que esa persona tenga una desviación, simplemente fue la circunstancia social que vivía la persona en ese momento”.

Asimismo indicó sobre este caso que “no es solamente el hecho de que haya tenido relaciones con el animal, sino todo el contexto, es decir que haya ido a un albergue transitorio, dejar muerto a un animal con signos de haber sido abusado, la violencia que ejerció”. Por eso dijo que por indicios, “se trataría de un trastorno psiquiátrico”.

“No sorprende el hecho sexual sino que la matara”Sobre si existe tratamiento para esto, el Dr. Daniel Rodríguez señaló que “lamentablemente, hay muchas terapias que no tienen el resultado esperado, porque en un proceso biológico de fijar el deseo sexual en algo, es casi imposible cambiar esa forma de sentir. Es decir que si hay algo que da placer y está incorporado en tu ser, es muy difícil de modificar”.
Ante esto ejemplificó los casos de pedofilia “donde hay tratamientos de castración química, psicológicos y psiquiátricos, pero no dan buenos resultados porque se producen muchas reincidencias”.

En cuanto al caso de zoofilia registrado, dijo que “esta persona se puede recuperar, pero depende del entorno”.

Por último manifestó que este caso “llamó la atención de la gente, en primer lugar por el hecho de haber tenido relaciones sexuales con el animal, no que lo haya matado. A mí me llama la atención al revés, no el hecho sexual sino que la haya matado, por eso me sorprende el trastorno psiquiátrico que pueda tener esta persona”.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Conheça o corpo e a mente da mulher e dê um up na transa e no seu poder de sedução


Pronto para inaugurar o ano com outra qualificação sexual? Em 6 módulos, nossos especialistas sugerem um caminho para você compreender mais sobre o corpo e a mente da mulher. Dê um up na transa e no seu poder de sedução.

MÓDULO 1 – Biologia evolutiva
Para ser o homem que ela procura

As escolhas da garota dependem da época do mês. Entenda o motivo e caia nas graças dela!

“Os hormônios femininos mudam durante o ciclo menstrual e influenciam as preferências sexuais da garota”, afirma Randy Thornhill, biólogo e professor da Universidade do Novo México (EUA). Ou seja, há dias em que ela sente mais desejo. “É no período fértil, quando ocorre a ovulação – por volta do 14º dia após o início da menstruação. Nesse momento, aumenta o nível de testosterona na mulher e a libido se intensifica”, explica Amaury Mendes Junior, ginecologista e professor do ambulatório de sexualidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mais: a garota também pode mudar o critério de seleção. “Nos dias férteis, inconscientemente ela tende a privilegiar genética: o homem com sinais claros de efeitos da testosterona”, diz Randy. Ou seja, ela se derrete pelo cara em quem vê porte de provedor e protetor. “Fora da ovulação, a mulher se inclina a priorizar personalidade. Observa o comportamento e, em geral, prefere generosos e românticos.” Mas como nem sempre é possível saber em que fase menstrual ela está – e como sempre há exceção em regras –, conheça comportamentos que indicam anseios da garota e aja para se dar bem.

O comportamento: A garota está olhando para você, mas de um jeito que o deixa em dúvida se ela está a fim.
Significa que ela quer: Romance.

Sua ação: Seja generoso. Segundo pesquisa no The British Journal of Psychology, as mulheres se atraem pelo homem altruísta. “Ela quer alguém atencioso, que preze a necessidade dos outros”, explica Carla Cecarello, psicóloga de São Paulo e coordenadora do Projeto Ambsex (Ambulatório da Sexualidade), da Associação Brasileira de Sexualidade. Calma, se a garota estiver num desses dias não precisa se inscrever num trabalho voluntário ou fundar uma ONG. Segurar a porta para pessoas passarem, se oferecer para lavar a louça, ser simpático, ajudar um idoso a atravessar a rua e se propor a fazer um favor são atos que soam generosos. Explicitam que você sabe ser amável e contribuir com o bem-estar alheio.

O comportamento: A garota veste roupas que realçam o corpo.
Significa que ela quer: Masculinidade.

Sua ação: De acordo com estudo da Universidade de Utah (EUA), homens mais altos e largos são vistos, inconscientemente, pelas mulheres como “dominantes evolutivamente”. No período fértil, você leu, elas dão mais credibilidade à “genética da testosterona”. Não tem dois metros de altura? Deixe a barba por fazer: para a garota, é um dos principais símbolos de masculinidade.

O comportamento: A garota fixa os olhos em você com frequência.
Significa que ela quer: Características híbridas.

Sua ação: Mantenha o porte de macho, ande com a coluna reta e o peito aberto, e lance atitudes sutis, simpáticas. Fazer elogios à parceira cai bem aí – veja como no próximo módulo.

MÓDULO 2 – Sociologia
Para elogiar com perfeição

Explicitar que valoriza o corpo e o jeito dela turbina a libido. Aqui, o melhor caminho para dizer


Falar as palavras certas nos momentos certos dá a ela a confiança necessária para você ter o sexo que quer. “Quanto mais a mulher se percebe desejada mais deseja o parceiro”, afirma Amaury. Para tanto, elogiar é infalível. Desde que você mande bem no tom. “Fale de forma verdadeira”, indica Oswaldo Martins Rodrigues Junior, psicoterapeuta e diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, em São Paulo. “A mulher só crê no elogio se reconhecer nela a qualidade que você destacou.” É arriscado ressaltar algo que a garota não gosta em si. E é comum ela ter complexos. “Os ideais de beleza feminina que os homens possuem são a razão principal para a mulher achar frustrações no corpo”, diz Patricia Leavy, socióloga no Stonehill College (EUA). Ainda não conhece tanto sua musa para saber quais os complexos dela? “Ressalte qualidades do jeito de se mexer, de falar, de vestir”, sugere Carla. Ou siga estes truques rápidos para elogiar o corpo sem erro.

Barriga: As mulheres costumam encanar com essa região, mesmo que sejam magras. Se notar que a sua tenta esconder a barriga ou fica pouco à vontade quando a mostra na cama, mude o foco das palavras. “Deixe a aparência de lado e elogie a boa sensação de tocar aquela pele lisa”, sugere Simone Bienne, terapeuta psicossexual britânica.



Seios: “Jamais fale do tamanho”, diz Simone. “Além de ser clichê, pode fazer a garota se sentir um objeto – ainda que tenha um volume que goste.” Diga, por exemplo, que os seios são lindos e você adora beijá-los. Vai excitá-la.

Bunda: Elogiar como a forma dela se encaixa perfeitamente nas suas mãos costuma dar certo. “A combinação é reconfortante e, portanto, mais convincente”, afirma Simone, já que você não cita tamanho nem pele – vai que a parceira também tem paranoias quanto à celulite e etc.

MÓDULO 3 – Psicologia evolutiva
Para sacar como ela mostra que quer sexo

Conexões do cérebro podem fazê-la explodir de prazer. Comande-as

“Cinco pares de nervos enviam sensações do corpo feminino ao lóbulo paracentral, no cérebro – a parte do córtex sensorial que induz ao orgasmo”, afirma Barry Komisaruk, neurocientista e professor da Universidade de Rutgers (EUA). Essas partes são clitóris, interior da vagina, colo do útero, útero e mamilos. Enquanto o colo do útero e o útero são melhores alcançados por seu pênis, você pode atiçar bastante os outros três locais com os dedos e a língua. “Estimule-os individualmente e desencadeie uma reação que ativa o orgasmo. Estimule todos de uma vez e produza um prazer mais forte, complexo e gratificante”, diz Barry. Com uma condição. “Compreenda as emoções da parceira para ter um controle maior na hora de proporcionar o orgasmo”, explica Oswaldo. Saber o que ela curte ouvir de você durante a transa, e como prefere ser tratada, ajuda. Isso posto, eis o passo a passo para levar a garota às alturas – sem sair da cama.

Passo 1 Aproveite o relax que rola na sequência de uma boa transa para perguntar qual parte do corpo dela é especialmente sensível. Se a garota responder mamilos, vagina ou clitóris, pule para o Passo 3. Do contrário, siga para o Passo 2.



Passo 2 Comece nos mamilos, vá para a vagina e depois ao clitóris: acaricie essas áreas com seus dedos e/ou língua. Simultaneamente, passeie com a(s) mão(s) livre(s) pelo corpo dela. Isso vai ajudar a garota a relaxar e a se sintonizar com o que mais a excita.

Passo 3 Se a parceira acelerar a respiração e/ou enrijecer músculos enquanto você estimula os mamilos, a vagina ou o clitóris, indica que você acionou legal o botão ligar. A chave para o superorgasmo é não negligenciar agora as outras áreas. Certifique-se de passar o mesmo tempo – de 90 a 120 segundos – nelas antes de voltar ao ponto-chave.

Passo 4 O crucial aqui é notar as reações da parceira, inclusive para escolher o momento de penetrá-la. A maioria das mulheres precisa se concentrar nas sensações que você fornece para chegar a poderosos orgasmos. Interrupções inesperadas podem fazer o tesão da parceira dar um passo atrás. Para evitar, acompanhe os movimentos dela. Puxa você para ter maior pressão? Afasta-o para ter menos? Saque isso e fique no ritmo. Ela vai explodir de prazer – você também.

MÓDULO 5 – Psicologia
Para não queimar a largada

A garota esfria o clima por causa de duas ações masculinas. Despache-as de seu repertóri
o
Em pesquisa encabeçada por Cynthia Graham, psicóloga clínica da Universidade Brunel (Inglaterra), as mulheres deram dois motivos para explicar a puxada de freio que dão às vezes numa relação. “Elas decidem parar ou porque alguns homens querem chegar muito rápido aos genitais, ou porque são tímidos demais para excitá-las”, diz Cynthia. É fácil agir no meio termo: aplique os ensinamentos desta reportagem e garanta que a festa de vocês role a noite inteira.

MÓDULO 6 – Antropologia
Para fazer a parceira pedir bis, sempre

Há um neurotransmissor que ajuda você a ser imprescindível no calendário dela. Estimule-o

“A paixão está relacionada ao nível de dopamina no cérebro”, diz Helen Fisher, antropóloga biológica da Universidade Rutgers (EUA). Esse neurotransmissor atua nos centros de recompensa e prazer do cérebro e duas coisas aumentam o nível dele por ali. A primeira: fazer cada vez mais sexo – de qualidade, claro. “Um estudo recente mostrou que 35% das pessoas acabaram tendo um relacionamento sério após transar pela primeira vez com seu par”, afirma Helen. “É uma prova de que circuitos cerebrais do amor e do sexo estão ligados.” A segunda coisa para elevar a taxa de dopamina da parceira: propor, e realizar, atividades que sejam excitantes para ela – uma viagem, um jantar especial, tudo que a faça se sentir bem ao seu lado. “Promover o bem-estar da garota leva-a a ficar mais disponível para o sexo”, afirma Oswaldo. Uma mulher satisfeita com um homem sempre quer retribuir isso a ele.


Por Camila Dourado e Stuart Hood | Fotos: Alex Young

domingo, 12 de agosto de 2012

Reportagem - Transexualidade: um drama existencial



ESTA REPORTAGEM ESTA ESCRITA E INTEGRADA NO CENÁRIO BRASILEIRO. 



Transexualidade: um drama existencial
Cirurgia de redesignação sexual e documentação adequada são apenas duas das difíceis etapas e angústias por que passam aqueles que buscam concordância entre a anatomia e o psíquico


shutterstock

Faz 10 anos que o Conselho Federal de Medicina aprovou a cirurgia de redesignação sexual em pessoas que nasceram homens, mas que interiormente eram mulheres como também o oposto, mulheres que em sua essência sentiam-se homens. “A transexualidade pode ser determinada por uma alteração genética no componente cerebral, combinada com alteração hormonal e fator social. Entretanto, a hipótese mais aceita é de que se trata de uma diferenciação sexual prejudicada no nível cerebral”, esclarece a profª Maria Jaqueline Coelho Pinto, psicóloga da Equipe de Adequação Sexual da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP e membro do Grupo Sexualidade Vida, da USP/CNPq.
Alguns especialistas acreditam que após a cirurgia este transtorno de identidade seja sanado, como explica o psiquiatra, sexólogo e prof. doutor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, Dr. Sergio Almeida: “é feita uma adequação entre o corpo fisiológico e o mental, então a pessoa entra em harmonia, pois não irá mais existir esta discrepância entre a identidade de gênero e a fisiológica”, afirma.
Da mesma opinião, a psiquiatra Coordenadora do Comitê de Sexualidade da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e Professora da Faculdade de Medicina da USP, Dra. Carmita Helena Najjar Abdo, diz que o transexual resolve o seu drama de identidade e se sente curado após fazer a cirurgia.
Indo mais além nesta questão, a advogada Tereza Vieira afirma que a cura global só acontecerá depois de adequar a documentação, pois só assim não será mais vítima de preconceito ou discriminação social. “Não precisará se candidatar a subempregos nem terá mais vergonha de mostrar a identidade. O nome corresponderá ao seu biotipo”, diz.
Já a endocrinologista do Hospital das Clínicas, Dra. Elaine Maria Frade Costa, acredita que a cirurgia não corrigirá o transtorno de identidade sexual do indivíduo. “Ela apenas proporcionará uma adequação do fenótipo (características externas) ao sexo psíquico, porém o transtorno continuará existindo apesar de o indivíduo ser adequado socialmente, pois o transexual nunca será um homem ou mulher absoluto em relação ao órgão genital e suas funções, mas a cirurgia deixará apenas a aparência e função da genitália o mais próximo possível da sua identificação”, diz.
O ciurgião-plástico Dr. Jalma Jurado lembra que nenhum ser humano está plenamente satisfeito com sua plástica; ninguém afirma que nasceu perfeito, independente de ser ou não transexual. É importante ter consciência de que a medicina evoluiu e que não é mais preciso esconder-se ou não se aceitar. “O médico vai ajudá-lo, respeitando o que está impresso no cérebro dele e tornando-o adequado à linha masculina ou feminina”, argumenta.

As Cirurgias de Transgenitalização
Redesignado mulher 
Para o cirurgião-plástico Jalma Jurado o grande drama é o aspecto externo da vulva. “A vagina é o canal e a vulva é o aspecto externo. O que precisa ser feito é uma vulva que não choque o parceiro”, diz.

Procedimento cirúrgico: a técnica mais avançada é aquela que usa somente a pele do pênis, que é muito elástica, extremamente lisa e tem pouco pêlo. “Eu deixo os vasos que nutrem a pele e os nervos porque o gatilho do orgasmo precisa de sensibilidade normal”, explica Jurado.

Vantagens: essa pele virada ao contrário vai fazer o forro da vagina, sua fricção vai provocar prazer chegando até o orgasmo.

Pós-operatório: fisioterapia no canal vaginal durante dois meses ou o uso do molde vaginal por pelo menos quatro horas ao dia. “O objetivo é assegurar que a neovagina se recupere corretamente e que mantenha seu tamanho e funcionalidade”, diz Jaqueline.
Após a retirada dos testículos, indica-se tomar hormônio indefinidamente para não ocorrer menopausa instantânea, “ou problemas relacionados à falta de hormônio como osteoporose, perda da musculatura, insônia, calor, irritação etc.”, orienta o urologista e prof. Dr. Carlos Cury da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto.
Existem outras técnicas para se fazer a neovagina, como a realizada pelo cirurgião plástico norte-americano, Dr. Gary Alter, que faz o clitóris a partir da cabeça do pênis (glande) e garante que há bem poucas complicações depois que ocorre a cirurgia de redesignação. “É uma mulher, urina sentada, já que o canal da urina é encurtado”, diz. Já Dr. Jurado usa partes restantes do canal urinário para fazer o clitóris e mantém a glande no interior da vagina imitando o útero.

Redesignado homem 
A cirurgia se baseia no conhecimento da técnica que foi feita num homem que perdeu ou amputou o pênis para fazer num transexual feminino que vai ser redesignado homem.

Procedimentos cirúrgicos: intervenções complexas que envolvem a mastectomia bilateral – redução significativa dos seios, a histerectomia – retirada do útero, a ooforectomia bilateral – extirpação dos ovários e tratamento hormonal, vaginectomia – remoção da cavidade vaginal, colocação de próteses testiculares de silicone e faloplastia – construção plástica do pênis.
Como é feita a faloplastia: a operação é feita com a pele ou o músculo do abdômen ou ainda com a pele da virilha. “Dentro do tubo de pele é construído um canal por onde vai passar a urina e dentro deste tubo colocam- se materiais aloplásticos (prolipropileno) que farão o neopênis ter um pequeno enrijecimento que permitirá a relação sexual”, explica Jurado. Durante a operação é criado o escroto usando os lábios vaginais.
Pós-operatório: não haverá ereção espontânea. O transexual terá que levantar o órgão para introduzi-lo. O orgasmo poderá ser decorrente da sensibilidade do clitóris que estará embaixo do pênis. “No mundo inteiro os resultados desta cirurgia não são bons, porém os transexuais femininos encontram outras formas para agradar suas parceiras”, revela Dr. Cury.
No Brasil esta cirurgia ainda é experimental. Há cirurgiões que usam a pele do braço para reconstruir o pênis por meio de microcirurgia; porém, o procedimento deixa uma marca muito grande e caso a cirurgia não seja bem-sucedida poderá ocorrer trombose no neopênis. Alguns operam a cartilagem do pescoço e outros as cordas vocais. “O que muda a voz são os exercícios praticados com uma fonoaudióloga (60%) ou a cirurgia da corda vocal (40%)”, esclarece Dr. Cury.

HUTTERSTOCK
A transexualidade é um distúrbio de identidade sexual no qual o indivíduo necessita alterar a anatomia

No Brasil, a maioria dos transexuais chega ao consultório com a nova aparência formada. “O transexual masculino já está tomando hormônio feminino e o transexual feminino já vem tomando hormônio masculino, ou seja, o fenótipo está bastante modificado. Resta para esta pessoa uma situação muito mais relacionada com o genital para adequar ao seu fenótipo”, explica Carmita. O nome dado a este fenômeno é transexualidade
.

LONGO PERCURSO 
A maior dificuldade dos transexuais é esperar por muitos anos para fazer a cirurgia. Recentemente, houve uma determinação da Justiça Federal para que o Sistema Único de Saúde (SUS) inclua em sua lista de procedimentos a cirurgia de transgenitalização. A medida é resultado de ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra a União. O MPF considera a garantia da cirurgia um direito constitucional.
Os transexuais reivindicam o direito à saúde e, por ser um problema diagnosticável e com tratamento, não há motivo para que eles não sejam atendidos. Caso o SUS não inclua a cirurgia terá que pagar multa diária no valor de R$ 10 mil. A decisão vale para todo o território nacional. “Encaro essa decisão como um grande avanço em prol de pessoas que sofrem inconformados com o seu sexo. Mas penso que a discussão em relação à falta de atenção com os transexuais deva ir além da cirurgia”, adverte a psicóloga Maria Jaqueline.

Os transexuais reivindicam o direito à saúde e, por ser um transtorno diagnosticável e com tratamento, não há motivo para que eles não sejam atendidos
Pessoas contrárias à cirurgia dizem que, como o órgão masculino funciona e as mamas são perfeitas, a operação seria um crime. Em razão deste pensamento, muitos transexuais mutilaram-se, massacraram suas mamas, entraram em profunda depressão e até se suicidaram. Além disso, é por meio do órgão masculino que se constrói a neovagina, tanto que os tratamentos atuais já orientam aos transexuais a aceitarem o órgão, pois têm que estar sadios para ser usados para reconstrução da vagina (veja no quadro As Cirurgias de Transgenitalização como é feito o procedimento).
Cabe aqui citar a opinião do juiz federal Roger Raupp Rios: “a partir de uma perspectiva biomédica, a transexualidade pode ser descrita como um distúrbio de identidade sexual no qual o indivíduo necessita alterar a designação sexual sob pena de graves conseqüências para sua vida, dentre as quais se destacam o intenso sofrimento, a possibilidade de auto-mutilação e de suicídio”.
O magistrado decidiu obrigar o SUS a pagar os custos da cirurgia de transgenitalização com o seguinte parecer “a prestação de saúde requerida é de vital importância para a garantia da sobrevivência e de padrões mínimos de bem-estar dos indivíduos que dela necessitam e se relaciona diretamente ao respeito da dignidade humana”.
                  Wilton Junior/AE
O que ainda continua moroso é não haver uma lei completa, pois são precisos laudos médicos, às vezes perícia, e um advogado que seja profundo conhecedor das leis de saúde e jurídicas para provar ao juiz e promotor que esta pessoa precisa adequar o seu nome e documentos para gozar o direito de uma vida sem discriminações. “Como prega a Constituição, o direito à saúde é dever do Estado e no Art.13 do Código Civil de 2002 está escrito que, salvo por exigência médica, a pessoa não poderia dispor de uma parte do corpo. Portanto, por exigência médica, para melhorar a saúde pode ser realizada a cirurgia”, defende Dra. Tereza, responsável por regularizar a documentação da transexual Roberta Close e de inúmeros casos de transexuais no Brasil.
Para acabar com preconceitos ou falta de informação sobre este assunto vale relembrar o que disse o juiz Raupp Rios “quanto à possibilidade de criminalização do médico – que poderia decorrer do efeito mutilador da cirurgia, conforme alegou a União, cito a doutrina segundo a qual, em procedimentos cirúrgicos realizados com o consentimento expresso ou tácito do paciente, em caso de interesse médico, não há crime” (AC 2001.71.00.026279-9/TRF)”.
A advogada vai mais além e faz a seguinte comparação: “se não existisse a lei (Art 13, Cód. Civil 2002), ninguém poderia retirar o rim saudável para transplantá-lo em uma pessoa doente, como também não existiriam vários tipos de cirurgia plástica visando reparar alguma parte do corpo afetada por um acidente ou deformidade congênita”.
Esta constatação é comprovada por médicos de diferentes áreas da saúde e por especialistas da área psi. Por esses motivos, a Justiça percebeu que a saúde física e psíquica do ser humano não é da sua alçada. “Tanto que, quando surge este tipo de problema, o juiz nomeia um perito, figura desempenhada por um médico ou psicólogo”, complementa Tereza.
Será que nestes casos comprovados de transexualidade não seria menos desumano aprovar o ajuste da documentação enquanto se espera pela realização da cirurgia? “Eu defendo que o nome é aquele pelo qual a pessoa é conhecida, e não o do registro. Como também a troca de nome para pessoas cujos nomes as colocam em situações sociais de extremo sofrimento e constrangimento. Imagine uma pessoa com todas as feições femininas e silhueta arredondada ser obrigada a apresentar a identidade com o nome de João”, questiona Tereza.
Após a cirurgia tem de haver uma adequação social e profissional, pois a cirurgia apenas elimina a discrepância entre o genital e o mental
Será que nestes casos comprovados de transexualidade não seria menos desumano aprovar o ajuste da documentação enquanto se espera pela realização da cirurgia? “Eu defendo que o nome é aquele pelo qual a pessoa é conhecida, e não o do registro. Como também a troca de nome para pessoas cujos nomes as colocam em situações sociais de extremo sofrimento e constrangimento. Imagine uma pessoa com todas as feições femininas e silhueta arredondada ser obrigada a apresentar a identidade com o nome de João”, questiona Tereza.
Para Dr. Oswaldo M. Rodrigues Júnior, diretor e psicoterapeuta sexual do Instituto Paulista de Sexualidade, a adequação cirúrgica é apenas uma parte do que será necessário para que os transexuais se sintam felizes e confortáveis. “Desenvolver a capacidade de lidar com as novas situações de vida ainda é uma necessidade primordial para alcançar um equilíbrio e felicidade”, enfatiza.
Além disso, após a cirurgia haverá a necessidade da adequação social aliada ao histórico profissional que permita obter uma vaga numa empresa, pois a cirurgia apenas elimina a discrepância entre o genital e o mental. “Muitos acabam até se prostituindo por não conseguirem emprego depois da cirurgia; inclusive aqueles que têm um emprego o fazem pela impossibilidade de continuar no trabalho que exerciam antes”, lamenta a psiquiatra Carmita.
“O primeiro avanço seria a sociedade perceber o transexual como cidadão, reconhecendo os seus direitos à família, educação, saúde, moradia, trabalho etc.”, defende Cassio Rodrigo, Coordenador Geral de Assuntos de Diversidade Sexual da Prefeitura de São Paulo.
Durante a terapia pode-se atestar a subjetividade do indivíduo, para certificar a importância de viver no gênero desejado antes da cirurgia
Com certeza a fase mais conflitante vivida pelo transexual é a adolescência. Neste período ocorre o inverso para cada gênero: para as meninas os pêlos; para os meninos as mamas se acentuam, ocorre a menstruação, tudo isto ocasionado pelas transformações hormonais.
Talvez por este fator muitos transexuais se arrisquem a já ir tomando o hormônio adequado a sua identidade e, não raro, sem prescrição médica. “Essa fase é caracterizada pela exacerbação da diferenciação sexual, que conduz a uma sensação de inadequação, ocasionando vergonha e não aceitação de seu genital”, esclarece Jaqueline.

Estudos sobre transexualidade: medicina baseada em evidências
A identificação ocorre na fase intra-útero quando o transexual sofrerá uma ambigüidade cerebral. “O hipotálamo tem um núcleo de células responsáveis pela sexualidade. No caso dos transexuais eles têm um “inprint” exatamente do outro sexo. A anatomia destas células, dos transexuais masculinos, é idêntica à da mulher. Nasce com células cerebrais femininas que obrigam o corpo e a mente a se comportarem no outro sexo e o inverso também ocorre. O transexual tem certeza de sua identidade e sempre vai querer ser operado”, explica Dr. Jurado.
Experiências e estudos realizados na Holanda, em autópsias com transexuais, verificaram que o tamanho das células do transexual masculino é semelhante ao da mulher e dos transexuais femininos, igual ao do homem.
“Pesquisadores holandeses acham que nascemos com a identidade de gênero (masculina ou feminina) já definida por células de uma parte do cérebro chamada Stria Terminalis, localizada no hipotálamo”, diz o psiquiatra e psicoterapeuta Dr. Ronaldo Pamplona da Costa em seu livro Os Onze Sexos – As múltiplas faces da Sexualidade Humana, Kondo Editora.Para Ronaldo, esta região cerebral se apresenta maior no homem do que na mulher e é ela que regula o comportamento de gênero masculino ou feminino. Esta região cerebral também recebe influências do meio ambiente e educação, porém após os três anos de idade não sofrerá nenhuma mudança; o gênero já estará totalmente definido. “Em 1995, um estudo do Instituto do Cérebro, também na Holanda, verificou em seis transexuais masculinos que todos tinham o mesmo tamanho da Stria Terminalis de uma mulher”, revela Dr. Ronaldo.
Atualmente a medicina considera que o hipotálamo tem fundamental importância no comportamento do ser humano. “O sistema nervoso central tem o cérebro como seu principal órgão; nele estão zonas relacionadas a todas as atividades biológicas e psicológicas do ser humano. Durante a gestação o cérebro receberá banhos de hormônios masculinos no feto macho e hormônios femininos no feto fêmea que influenciarão no desenvolvimento do hipotálamo”, afirma.
A endocrinologista e psicoterapeuta Dra. Dorina Epps, pioneira no tratamento da transexualidade no HC, revelou que ocorre alteração hormonal nos transexuais. “Revendo a literatura sobre o assunto, verificou-se que alguns hormônios hipotalâmicos não são secretados de maneira normal e, sim, com picos sucessivos e com maior freqüência”, relata.
“Os transexuais têm a sensação de terem nascido num corpo trocado, ou seja, sentem-se aprisionados num outro corpo e com o desejo de viverem e serem aceitos como pessoas do sexo oposto”

Os especialistas ensinam que neste período é melhor compreender que a mudança é gradual respeitando o seu processo de aceitação e adaptação. “Muitos casos de dúvida acabam levando a conseqüências altamente desastrosas, depressões profundas, até risco de suicídio quando o que deveria ser feito não o é devidamente”, constata Carmita.
O drama poderá ficar maior quando estão terminando a faculdade. “O compromisso social com o trabalho invoca mais conflitos”, considera Rodrigues Junior. O incômodo pode se acentuar quando já exercem atividade financeiramente produtiva e o trabalho exige atitudes apropriadas ao gênero que não é sentido como próprio.
“A família e a sociedade precisam entender que o transexual é realmente o que sente e acredita ser e, como todo ser humano, ele é responsável por seus atos. Portanto, não pode ser mais vítima de humilhação ou marginalização nem de repressão”, adverte a psicóloga Dra. Lourdes Brunini, diretora-presidente da Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo.
O Prazer após redesignação sexual
A relação sexual da mulher (transexual masculino), na maioria das vezes, é satisfatória com penetração peniana completa. “O clitóris é uma estrutura estética e a paciente tem prazer na relação com a penetração, pois a glande peniana no fundo da vagina funciona como tecido excitável”, conta Dra. Elaine.
Após a cirurgia ela deve investigar o novo genital e ao se masturbar vai experimentar os primeiros orgasmos e assim se encaminhar a desenvolver a sua plena sexualidade. “Possibilitará o ‘encontro’; o corpo fragmentado e parcial reconhece- se agora como integrado e próprio. O clitóris é apenas colocado esteticamente, o prazer e sensações mesmo vão ser explorados na vagina”, revela Jaqueline.
De acordo com o psiquiatra Sergio Almeida a relação com a neovagina será ótima. Em média a mulher passa a ter orgasmos depois de 6 meses quando a cabeça, o psicológico, já se adapta ao novo corpo feminino. “O prazer se dá pela fricção. No transexual o clitóris só tem função estética”, revela o psiquiatra e sexólogo.
O orgasmo se dará quando o pênis do parceiro bater na glande que está lá no fundo da neovagina. “Chamamos a glande de “útero”, pois após a cirurgia ela ficará semelhante a um útero”, explica Sergio.
No caso do homem, seu novo pênis deverá passar pelos mesmos processos experimentais e poderá atingir orgasmo, porém com ausência de ejaculação. “O prazer orgásmico se dá pelo processo de percepção e não pela fricção física. O orgasmo é sentido mentalmente”, revela Dr. Oswaldo.
É mais comum os homens (transexuais femininos) ficarem satisfeitos com a ablação das mamas, terem o corpo masculinizado, com barba, e não menstruar, já que foram retirados o útero e os ovários. “Vivem a sexualidade sem a necessidade de transformação, completando o prazer com o uso de objetos”, explica Dra. Carmita.


AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Compreender os principais problemas vivenciados pelos transexuais requer entrevistas. "Também utilizamos recursos psicoterápicos para o atendimento individual e/ou grupal, orientação e conscientização do processo pré, trans e pósoperatório, orientação dos pacientes e familiares no período de internação e nos retornos ambulatoriais e facilitação para a ressocialização no período pós-operatório”, explica Jaqueline.
Segundo a psicóloga, durante o tratamento poderá ser atestada a subjetividade daquele indivíduo, que deverá se apresentar diferente em gênero da sua natureza física e, assim, será certificada a importância da experiência de viver no gênero desejado antes da definição cirúrgica, que é irreversível.
A psicoterapia serve para que o terapeuta ajude o paciente a fortalecer sua real identidade. “Compreender o contexto de suas relações e valores, adquirir uma visão mais realista do tratamento cirúrgico e de sua vida após a cirurgia, pois a maioria deposita na cirurgia o poder mágico de solução para todos os problemas”, esclarece Jaqueline.
reprodução
O filme A Má Educação (La Mala Educación), de Pedro Almadôvar, fez grande sucesso com o ator Gael Garcia Bernal dando vida à personagem transexual vivendo seus dramas

No decorrer do trabalho psicoterápico, Rodrigues Junior cita a importância da terapia individual para desenvolver o mecanismo de confiança social. “O processo psicoterápico pode durar anos, porém as mudanças psicossociais básicas precisam de cerca de dois anos para se instalar e a pessoa passar a viver pelas regras do gênero psicológico, aprontando- se para os processos cirúrgicos”, diz.
De acordo com o psiquiatra Sergio Almeida, para ser feita a cirurgia de adequação para o gênero feminino, os resultados das avaliações psicológicas precisam ficar em torno de 90 a 95% para o perfil feminino. “Assim como heterossexuais teriam este valor. Pois ninguém é 100% homem ou mulher”, afirma.
Todas as especialidades citadas até aqui na reportagem só existem em atividade concomitante nos Hospitais das Escolas de Medicina, porém o tratamento terapêutico também é encontrado em consultórios particulares.
INSERÇÃO SOCIAL 
Com o laudo médico, o advogado entra com um processo para ajustar a certidão de nascimento e carteira de identidade com o nome real, um passaporte condizente com o gênero (feminino ou masculino), sem nenhum tipo de discriminação, para atestar que se trata de transexual. “Nós, profissionais do Direito, devemos contribuir para o não-prolongamento do sofrimento destas pessoas auxiliando- as na necessária adequação de seus documentos, pois sua manutenção impede a inserção social e profissional do indivíduo. Ao Direito e à sociedade interessam a identificação correta do indivíduo, portanto sexo social, psicológico e jurídico devem coincidir sob pena de o indivíduo acometido por este problema ser condenado ao ostracismo, a subempregos, ser um verdadeiro pária social, sem poder gozar dos seus direitos mais básicos como saúde e educação”, esclarece Tereza.

Segundo a advogada, na carteira de identidade ocorrerá apenas a mudança de nome, pois dela não consta o sexo. Na certidão de nascimento haverá a alteração do prenome e do sexo. “No espaço destinado às observações poder-se-á inscrever ‘registro feito na forma da lei’, ‘contém averbações’, mas nada que exponha o indivíduo a situações vexatórias. Há sentenças em que o juiz solicita que nada se inscreva no espaço destinado às observações na certidão de parcial teor”, explica.
João MIguel Júnior
Rogéria: travesti conhecido é um dos poucos que mantêm sua identidade feminina sem recorrer à cirurgia ou à nova documentação
Quando o assunto é casamento, trata-se de uma questão ética e moral, muitas vezes não há como dizer se é certo ou errado contar o passado para quem vai se casar. O futuro cônjuge pode não ter a compreensão e conhecimento esclarecido sobre a disforia de gênero e assim pode exigir a anulação até três anos depois da data da celebração. “Em havendo o temor da realização de um possível casamento, incorrendo em erro o pretendente, basta se averbar no livro de registro (não na certidão) de nascimento que tal alteração é determinada por sentença judicial. Assim, o eventual pretendente (bem como as autoridades) conhecerá sua história, caso ainda não tenha sido contada, pois para se casar será exigida a certidão de nascimento de inteiro teor (com todas as informações)”, explica Dra. Tereza.
Quanto aos diplomas escolares e universitários, basta levar a certidão para que a secretaria escolar regularize toda a documentação condizente com o correto gênero.
Dentre outros, o direito do transexual está baseado no direito à saúde (art. 196), no direito à vida privada (art.5, X) tutelados pela Constituição Federal. Os arts. 13 e 21 do novo Código Civil resguardam a disposição do próprio corpo quando recomendadas por médicos e tutelam a vida privada, respectivamente.
Além disso, a advogada alerta a sociedade dizendo: “o Direito deve facilitar e colaborar para inclusão social do transexual, pois, conforme declarou certa vez o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso Mello, ‘de nada adianta superar este impasse – a dicotomia entre realidade morfológica e psíquica – se a pessoa continua vivendo o constrangimento de apresentar documentos do sexo oposto’”, relembra a doutora.

Saiba mais
Livros 
Vivência Transexual: o corpo desvela seu drama, Profª Maria Jaqueline Coelho Pinto, Editora Átomo (2003); Bioética – Temas Atuais e seus Aspectos Jurídicos, autora Dra. Tereza Rodrigues Vieira, Editora Consulex (2006); Os Onze Sexos – As Múltiplas Faces da Sexualidade Humana, autor Dr. Ronaldo Pamplona da Costa, Kondo Editora (2005); O extrasexo, autora Catherine Millot, Editora Escuta (1992).
Filmes
*Transamérica
*A Má Educação
*Os Homens também Choram
*Minha Vida em Cor-de-Rosa
Sites
www.transexual.com.br
www.osonzesexos.com.br
www.paradasp.gov.br
www.saude.gov.br
www.anvisa.gov.br
www.abiaids.org.br



De acordo com a Classificação Internacional de Doenças, o Transtorno da Identidade Sexual – Transexualismo é um desejo de viver e ser aceito como pessoa do sexo oposto. Este desejo se acompanha em geral de um sentimento de malestar ou de inadaptação por referência a seu próprio sexo anatômico e do desejo de submeter-se a uma intervenção cirúrgica ou a um tratamento hormonal a fim de tornar seu corpo tão conforme quanto possível ao sexo desejado.
Fonte: CID-10, F64 e F64.0
Anna Melo é jornalista e escreve sobre saúde

http://transexualidadeportuguesa.blogspot.com.br/2012/07/transexualidade-um-drama-existencial.html

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Experta en delitos sexuales sobre pederastas: “no sienten culpa ni empatía”


24 de Junio del 2012
Psicólogas explican cómo abordar la temática del abuso sexual infantil, cuando se sospecha de que un menor ha sido agredido. Además, hablan sobre la personalidad de los victimarios.
Marcela Catalán

Desde hace dos semanas, la coyuntura noticiosa nacional ha estado marcada por denuncias de abusos sexuales a menores. En consideración de ello y en vista de que este 24 de junio quienes tienen esta parafilia “celebran” el Día del Orgullo Pedófilo, diario El Rancagüino consultó con especialistas en la materia, acerca de cómo encarar esta problemática no sólo cuando se sospecha que niños han sido vulnerados. También para prevenir este tipo de situaciones.

En el caso de ya estar pensando que un menor ha sido transgredido en el ámbito sexual, Margarita Rojo, psicóloga forense de la PDI experta en delitos sexuales, aclara que es relevante distinguir entre indicadores indirectos e indirectos de estas vulneraciones.

Los primeros “también pueden estar asociados a otros cuadros clínicos, como que el niño tenga pesadillas, pierda el control del esfínter o cambie de ánimo. Puedes encontrar esto cuando sufre de bullying, está ansioso o depresivo. Pero los indicadores directos son, por ejemplo, que los menores presenten conductas sexualizadas reiterativas y no acordes a su edad”, explica la experta.

Al mismo tiempo agrega que estas actitudes se refieren a abusos sexuales, especialmente cuando se trata de niños pequeños o pre escolares, por cuanto “tienen a repetir e imitar lo que un adulto le ha hecho” en un contexto de transgresión de tipo erótica.

Respecto a los niños mayores, Rojo indica que “empiezan con cambios de ánimo. Lo más tímidos pueden tener conductas más agresivas o descontextualizadas”. Sin embargo, vuelve a afirmar que este tipo de actitudes son signos indirectos. De igual modo, es significativa la manera de tratarlos a la hora de hacerles consultas. “Es muy importante realizar preguntas abiertas, no cerradas ni sugestivas. Decir, “cuéntame, ¿y esto? ¿lo viste? ¿Donde lo aprendiste?”.

La psicóloga explica que estas consultas dan pie para conversar con los hijos, restando presión a los pequeños. “Es muy importante que los padres estén tranquilos, no transmitiendo ansiedad a los niños”, añade. Posteriormente, el paso a seguir es ir a la PDI. “Ésta generalmente cuenta con psicólogos o policías expertos para tomar relato”. Así, la madre puede explicar y los policías desestimar o confirmar el abuso e iniciar una investigación.

Junto con ello, la especialista recomienda que los niños sean tratados por psicólogos expertos en el área de los delitos sexuales con el fin de poder superar estas situaciones. Este periodo duraría entre uno o dos años. “Va a depender también la estructura de personalidad previa del menor, porque si ésta es fuerte o tiene un buen nivel de desarrollo probablemente salga más rápido que un niño tímido”.

No obstante, la experta de la PDI aclara que generalmente estos agresores sexuales buscan niños vulnerables, ya sea en el ámbito emocional, económico o social. De ahí que Amalia Pavez, psicóloga que trabaja con menores, enfatice que la prevención de este tipo de delitos pasa por la comunicación que los infantes tengan con sus padres. “En la educación y formación acerca de cómo se dan las relaciones con las personas”.

En esta línea, cabe poner atención y dar confianza para que cuenten sus inquietudes tanto en cosas grandes como pequeñas. En esto no deben ser sancionados o criticados; “sino reforzados a contar”, agrega.

Además, indica que para superar el abuso “el entorno no debe estar constantemente hablando del tema. En ocasiones uno observa que es asunto de conversación en actividades familiares, no dando importancia a si el niño está presente o no. Esto impide continuar con una vida normal”.

Igualmente aclara que es relevante que los padres no utilicen delante de los menores frases como “le embarró toda su vida”. A juicio de Pavez “esto puede generar un trauma que no está” e indica: “los niños están comenzando su vida y pueden superar dificultades con muchos más recursos de los que los adultos suponen”.

CARACTERÍSTICAS DE LOS ABUSADORES
Se habla de pedófilos, pederastas, violadores, de distintos tipos de agresores sexuales. Es por ello que para Margarita Rojo es significativo establecer las diferencias: “La pedofilia es una parafilia en la cual el sujeto tiene una orientación fundamental por los niños, buscando abusar a la mayor cantidad de estos. Por eso ingresan a lugares donde hay muchos”.

Respecto a los pederastas, aclara que estos son quienes llevan a cabo sus fantasías, pasando a la acción. “Buscan nichos y por esto muchas veces son encontrados en colegios de lenguaje, lugares donde hay niños con vulneraciones emocionales, están solos, con padres ausentes o que ellos detectan como tímidos, que no van a hablar. Los pedófilos no se casan e “invierten toda su vida y recursos en estar cerca y abusar de menores”, agrega.

“También hay abusadores sexuales que no tienen pedofilia, pero que sí agreden a niños porque pasan por situaciones de impotencia sexual”. En ese sentido, Rojo aclara que estos sujetos eligen personas que no les van a exigir el mismo rendimiento sexual. “Por eso vulneran niños y aprovechan las circunstancias, pero muchas veces pueden tener relaciones con adultos e incluso casarse”.

Por otro lado, la psicóloga forense comenta que en diversas ocasiones estas personas padecen desviaciones en el ámbito sexual. Esto puede llevarlos a “participar en situaciones donde hay pedófilos o en las cuales observan los actos. Ahí se habla de perversiones en la gama de la sexualidad”. No obstante, afirma que éste es otro diagnóstico que no necesariamente corresponde a la pedofilia. “Muchas veces se entregan a participar y se vuelven más osados en situaciones más perversas sexualmente”.

En esta línea es que Rojo cita un estudio de la Asociación de Psiquiatría Americana (APA). Según éste “las personas que no necesariamente son pedófilos, pero sí se exponen a la pornografía infantil, el 30 por ciento de estos podría agredir a un niño. Entonces es súper importante que los adultos tomen situaciones de auto cuidado. Un adulto que se expone a estas situaciones, alguna desviación tiene”.

Respecto al Registro Nacional de Pedófilos, la profesional de la PDI explica que éste sólo incluirá casos comprobados y explica que esta parafilia no tiene cura. Por lo tanto, quienes la tienen vuelven a cometer estos hechos. De ahí que Rojo comente que se debe pensar en el tema, considerando que estos agresores no pueden ser rehabilitados. “Hay que pensarlo desde ese punto de vista también. Que no sólo haya un registro, sino que también formas de controlarlos”.

DÍA DEL ORGULLO PEDÓFILO
Desde 1998 sujetos que sienten atracción sexual por los niños han convocado al “Día internacional del amor por los niños”, denominado igualmente como Día del Orgullo Pedófilo. A raíz de lo anterior, Margarita Rojo comenta que lo celebran cada solsticio de invierno y de verano. Quienes “festejan” esta fecha, piden legalizar el mantener relaciones sexuales con niños. De hecho, hasta 2010 funcionó un partido con dichas ideas en Holanda.

En vista de aquello, la psicóloga forense aclara que “no es posible (apoyarlos), y lo digo como profesional, porque hay una relación asimétrica. Un niño no ha terminado de desarrollarse psicológica y emocionalmente como para poder elegir esa vida. Lo que debemos hacer es resguardar los derechos del niño, pues éste no está preparado para elegir”.

En cuanto a teorías explicativas sobre estos agresores, comenta que hay diversos estudios relativos al tema. “Lo que sí sabemos es que hay un trastorno fuerte del apego. Se invierte el objeto sexual, porque éste debería ser un adulto”. Al mismo tiempo, indica que estos sujetos tienen características antisociales que los llevan a perpetuar estos delitos. “Algunos pedófilos viven su parafilia, pero sin dañar niños. Pero el que agrede sí posee características antisociales”.

“Hay una página de los boylovers, donde ellos dicen que dan amor a los menores. Estamos frente a un discurso donde se distorsiona cognitivamente lo que es bueno y malo. Afirman que aman a los niños, que los cuidan, pero les están destruyendo la vida. Hay sujetos que se dan cuenta que los dañan; sin embargo son pocos casos. Por eso digo que hay un componente antisocial en ellos, en la personalidad y un componente psicopático. El psicópata no siente culpa, no siente empatía”, advierte.

http://www.elrancaguino.cl/rancaguino/noticias.php?cod=1028

sábado, 16 de junho de 2012

Cuando el deseo de ser padres apaga el deseo sexual


POR PAOLA AGUILAR

A veces, la búsqueda de un embarazo que no llega complica la sexualidad de la pareja. Alrededor del 12 % de los casos de infertilidad tiene como origen las disfunciones sexuales. Los especialistas explican por qué sucede y cómo resolverlo.
15/06/12 - 20:01
Cuando el embarazo deseado tarda en llegar, la sexualidad puede entrar en crisis. Y a partir de ese alejamiento, la pareja se resiente. Lo afirma la doctora Beatriz Literat, médica sexóloga clínica y ginecóloga de Halitus, centro de medicina reproductiva.
"Hay distintos motivos por los que una pareja que atraviesa la búsqueda de un embarazo, ya sea naturalmente o vía tratamientos de reproducción asistida, puede sentirse desanimada, triste e incluso culpabilizar a su compañero o compañera por el fracaso, provocando un enfriamiento de la relación", explica. "También puede suceder que, equivocadamente, comiencen a mecanizarse, teniendo relaciones solamente en las fechas de probable concepción. Sin dudas, esto altera las relaciones sexuales", continúa.
"Con anterioridad a los trastornos reproductivos, la sexualidad se enmarcaba en la intimidad de la pareja, espontánea y de manera placentera. Los métodos diagnósticos y sus resultados, como también los tratamientos médicos, suelen tener un impacto negativo en la actividad y en la vivencia de la sexualidad. La experiencia  gozosa se va transformando en una en exigencia al servicio de la reproducción. A esto sumamos el dolor emocional por la imposibilidad de lograr el embarazo como se esperaba, fácilmente, en el momento elegido", explica por su parte la psicóloga Silvia Jadur, especializada en infertilidad.
Hablar de lo que sucede en la intimidad de la pareja frente a un tercero no siempre es fácil ni cómodo.  "Este aspecto generalmente no aparece, a veces ni en la consulta médica, ya que está presente el pudor de hablar sobre la disminución del interés sexual. Es difícil sentirse expuestos a la mirada de los médicos", añade Jadur.
En la misma línea, el doctor Sergio Papier, director médico de Cegyr y actual presidente de Sociedad Argentina de Medicina Reproductiva (SAMer), señala que la aparición de disfunciones sexuales en parejas con problemas de fertilidad es frecuente."A veces, son previos y causa de infertilidad y a veces de ponen de manifiesto o se acentuan durante los tratamientos. Si bien la  mayoría son de causa psicólogica o emocional, se deben descartar las causas orgánicas", afirma el especialista.
Aprender a sobrellevar las dificultades
Cuando una pareja consulta por la dificultad para lograr el embarazo, uno de los aspectos importantes del interrogatorio para arribar a un diagnóstico correcto es la información que puedan brindar acerca de su vida sexual.
"Existe aproximadamente un 12% de parejas que padecen infertilidad ocasionada por disfunciones sexuales, ya sea de la mujer o del varón, lo cual de algún modo obstaculiza una vida íntima regular y normal, afecta la posibilidad de embarazarse o crea situaciones que influyen en los aspectos relacionales", suma la doctora Beatriz Literat.
Entre las disfunciones más frecuentes que conspiran contra la posibilidad de lograr el embarazo, están la dificultad por parte del varón de adaptarse a los días fértiles de su mujer, situación que los hace sentirse presionados porque ese día "deben" tener actividad sexual. "En muchos casos, las disfunciones eréctiles se dan sólo durante los días de ovulación de la mujer y no durante el resto del mes", ejemplifica Literat.
Entre otras dificultades están la aneyaculación o la eyaculación demorada, que impide al varón liberar sus espermatozoides para lograr la concepción. En las mujeres, la dispaurenia (dolor en la penetración) o vaginismo (contracción involuntaria de los músculos vaginales que impide por completo la posibilidad del coito), son las más frecuentes.
"Muchas veces, existe el deseo consciente de tener hijos, pero inconscientemente hay temores no confesados, como por ejemplo la idea de tener un chico con alguna discapacidad, temor al embarazo o al parto. Otras temen perder la exclusividad que mantienen en la pareja sin hijos. Estas creencias muchas veces se manifiestan con disfunciones sexuales. Escuchando a algunas parejas en la consulta, descubrimos que se pelean justo en la fecha de la ovulación y así evitan las relaciones íntimas", detalla la doctora Literat.
Los problemas de infertilidad, y también los tratamientos, afectan la relación de pareja, especialmente en el campo de la sexualidad. "El cuerpo que se investiga para descubrir por qué no funciona adecuadamente, el que recibe medicaciones, no puede en ocasiones ser el vehículo del deseo sexual, amoroso, tierno. Pierde su capacidad  erótica y sensual -dice Jadur-. Una de las cuestiones, entonces, es cómo aceptar y reconciliarse con este cuerpo y recuperar la comunicación, la sensualidad, el contacto cariñoso de piel con piel para calmar también la angustia de estos problemas", aconseja.
Como para casi todos los problemas, siempre es posible encontrar la vuelta para resolverlo. "La mejor solución es la consulta sexológica, que permitirá a la pareja tomar conciencia de los autoboicots que se producen, a veces sin darse cuenta. Aunque concurra la mujer sola o el varón en primer lugar, se está dando un paso importante. Luego, junto con el profesional que forma parte del equipo de fertilidad, se irán creando las estrategias que permitan, en primer lugar, tomar conocimiento de sus dificultades para poder llegar a ser padres y, en segundo término, orientarlos para que puedan rapidamente poner fin a ese circulo vicioso," concluye Literat.
Como última recomendación, Jadur enfatiza: "Para concretar un embarazo, es necesario mantener una sexualidad activa. Si se la disfruta plenamente después de un tiempo entre 6 a 12 meses y no hay embarazo, vale la consulta especializada pues estaremos ante una posible dificultad".
Consultas gratuitas
Durante junio, el Mes Internacional del Cuidado de la Fertilidad, la Asociación Civil Concebir y la Sociedad Argentina de Medicina Reproductiva (SAMeR), han organizado un programa de asesoramiento individual sin cargo a las parejas con problemas de fertilidad, en los centros de todo el país adheridos a SAMeR. Para acceder a este servicio, las parejas deben comunicarse con Concebir al mail: info.concebir@gmail.com
Concebir es un grupo de pacientes con trastornos en la reproducción, que quieren ser padres. Se dedica a defender los derechos reproductivos luchando por la sanción de una ley no restrictiva que regule la aplicación de técnicas de reproducción asistida, contemplando los permanentes avances científicos. Además, contribuye a la difusión de la problemática, con el fin de clarificar e informar adecuadamente a la opinión pública. Realiza campañas de divulgación y concientización para el cuidado de la salud reproductiva y sexual, para prevenir la infertilidad.
La Sociedad Argentina de Medicina Reproductiva es una asociación civil sin fines de lucro integrada por profesionales médicos, embriólogos, biólogos y psicólogos dedicados a la medicina reproductiva.
Más datos
Procrearte. Red de Medicina reproductiva y molecular.
IFER, Instituto de Ginecología y Fertilidad.
Centro de Estudios en GInecología y Reproducción (Cegyr)

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Nadadora olímpica desmaia por estresse causado por depoimento de Xuxa



24/05/2012 às 02h25min 

O estresse causado pela revelação da apresentadora Xuxa, de que sofreu abuso sexual até os 13 anos, e pela avalanche de pedidos de entrevista e mensagens sobre o tema abalaram a nadadora Joanna Maranhão. O assunto ainda é delicado para a atleta, que contou ter sofrido abuso de um ex-treinador na infância. A revelação foi feita em 2008.
"É lógico que me chocou, é lógico que me entristeceu ver que mais uma vez a banalidade dos crimes sexuais tem proporções gigantescas. Todo processo doloroso de verbalizar e fazer terapia eu já fiz e, no momento, a minha vida está 100% focada no meu esporte, na minha carreira e na minha performance. Para buscar os meus sonhos eu preciso de paz: física e mental", escreveu a atleta de 25 anos em seu site.

Joanna afirmou que sofreu um desmaio causado por estresse após a repercussão do caso de Xuxa.

"Não estou me negando de maneira alguma a continuar na luta pela causa, apenas peço encarecidamente que respeitem o meu momento. O meu trabalho é minha terapia hoje, é o que me faz bem, me dá prazer e me motiva. Cada vitória minha na carreira é vitória de todos que lutam pela causa", disse.

A nadadora explicou que não quer mais dar entrevistas sobre o assunto. Ela está treinando para disputarsua terceira Olimpíada (tem índice para os 400 m medley).

Em Atenas-2004, Joanna ficou em quinto lugar nos 400 m medley, a melhor colocação de uma mulherbrasileira na natação ao lado de Piedade Coutinho, em Londres-1948. Desde então, não repetiu resultados tão expressivos internacionalmente.

"Não se faz mais necessário ficar falando novamente sobre o que passei, não ganho nada com isso a não ser lembranças ruins e sentimentos dolorosos, portanto, daqui pra frente falo apenas do meu presente e do meu futuro. Quero deixar meus sentimentos para a apresentadora Xuxa que demonstrou muita coragem e verdade nas suas palavras, peço que Deus a ilumine e que o amor de sua família e sua filha sejam esteio para que ela siga em frente."

SEM INVESTIGAÇÃO

O caso de abuso sofrido pela nadadora brasileira também ficou sem investigação, a exemplo do que acontecerá com Xuxa.

A atleta contou ter sido vítima de abuso de um ex-técnico quando tinha 9 anos. Ela ficou calada por 12 anos até, em 2008, quebrar o silêncio. De acordo com a nadadora, o trauma de infância a fez desenvolver até medo de entrar na água.

Joanna não pôde processar o ex-treinador pois já tinha 21 anos quando revelou a história. O crime prescreveu. Ele processou a atleta e a mãe dela por difamação.

Neste ano foi aprovada uma lei que ganhou o nome de Joanna Maranhão e estabelece que o prazo de prescrição dos crimes sexuais contra crianças e adolescentes deve passar a contar a partir do momento em que a pessoa abusada completa 18 anos. O texto foi para sanção presidencial.

Atualmente o prazo de prescrição começa quando o crime é praticado. Muitas vezes, prescreve antes mesmo de a pessoa completar a maioridade ou prescreve logo depois.