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terça-feira, 19 de abril de 2011

Estabilidade sexual

Estabilidade sexual
la existe e está mais próxima dos 50 anos do que você imaginava

Por Viviane d'Avilla
26/07/2010
Fim de linha, prega o senso comum quando o assunto é a sexualidade de quem já passou dos 60 anos. O corpo não funciona, o cérebro não ativa a libido... As limitações existem. Mas, segundo o ginecologista, Amaury Mendes, essa pode ser também a hora de ganhar mais confiança. E estabilizar, por que não, a vida sexual. Assim como o psicólogo da sexualidade, Oswaldo Rodrigues, defende e cita quatro das reclamações mais corriqueiras em seus consultórios. Mas diz como lidar com elas.
Para o ginecologista especializado em terapia sexual pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade (SBRASH), Amaury Mendes, a vida sexual tem grandes chances de atingir sua estabilidade e autonomia com o avanço da idade. O reconhecimento do corpo e sobre si mesmo é maior o que contribui para o autoconhecimento, a possibilidade em gerar maior prazer ao parceiro e um maior entendimento sobre o seu próprio prazer.
“É claro que existem as limitações recorrentes à idade, porém, não devemos olhar com preconceito para este grupo de pessoas como impossibilitadas de ter uma vida sexual saudável e prazerosa e acima de tudo de buscar por isso. A medicina está muito avançada e para a maioria das limitações de uma pessoa mais velha em relação ao sexo, já existem os medicamentos apropriados para isso. A idade deve ser vista como um bom vinho que quanto mais envelhecido mais saboroso e sofisticado se torna”, opina Amaury.
Amaury confirma que o sexo para a mulher, a partir dos 35 anos, por exemplo, adquire autonomia sobre seu corpo e suas preferências, e já não carrega tantos pudores. “Com maior desembaraço sobre seu corpo e si mesma a mulher passa a ser dona de si. É o início da plenitude sexual da mulher, ou seja, a partir daí, a tendência é melhorar,” afirma.
Situações de vida que surgem em uma determinada idade como, por exemplo, aposentadoria, envelhecimento, cuidado com os netos, perda de familiares e pessoas próximas, podem interferir no cotidiano sexual. Tudo isso contribui com transformações, principalmente psicológicas que afetam o comportamento, inclusive o sexo. Quem defende este argumento é Oswaldo Rodrigues, psicólogo do Instituto Paulista de Sexualidade e autor dos livros “Problemas Sexuais” e “Ejaculação Precoce”.

Em seu consultório, Oswaldo Rodrigues convive com muitos casais acima dos 50 anos. Abaixo, ele faz um resumo das principais queixas.
“Meu esperma não é o mesmo, está uma ‘aguinha’ e é muito pouco comparado ao que era antes, devo estar doente”
Tanto a quantidade de esperma quanto a cor e consistência tendem a mudar com a idade e mesmo de acordo com dieta alimentar. Um dos fatores mais diretamente ligados é a diminuição da ingestão de água por adultos após os 50 anos - menos água, menos líquido para se perder. Esta mudança, quando percebida, assusta muitos homens que não atentaram para a mudança que foi ocorrendo ao longo de uma década pelo menos. Se fizer um espermograma (exame para verificar quantidade e qualidade dos espermatozóides) poderá ver que os espermatozóides continuam existindo e em quantidade adequada.
“Minha vagina não lubrifica como antes, fica seca, mesmo quando eu tenho vontade de sexo”
Esse “vaginismo senil” (como muitas vezes é chamado) ocorre pela falta de hormônios que atuam diretamente sobre as paredes internas da vagina e faz com que este tecido não permita a passagem de soro fisiológico que lubrifica a vagina quando da excitação sexual. Pode-se utilizar um lubrificante à base de água na forma de gel, com cuidados e não com o objetivo imediato de lubrificar, pode-se usar um creme que contém hormônios femininos que restauram a parede interna da vagina (quando se usa como lubrificante, e infelizmente muitos casais acham que podem fazê-lo, o hormônio é absorvido pelo homem através da mucosa do pênis e pode afetar as funções fisiológicas masculinas com este excesso de hormônios). Ainda a melhor alternativa neste caso será a reposição hormonal cuidada pelo médico ginecologista ou endocrinologista.
“Minha ereção não é a mesma de antigamente, mesmo quando estou bem excitado, meu pênis parece mais macio, embora sempre penetre e façamos sexo direitinho”
Torna-se difícil para a maior parte dos homens compreender estas mudanças físicas reais como algo que não os impede de fazer sexo, mas que precisa desta compreensão e que este homem precisa administrar estes sentimentos que surgem e atrapalham a possibilidade sexual que ocorre. Se a ereção é adequada para a relação de penetração, o problema está na cabeça de cima, a incompreensão que este homem tem das modificações do corpo. Nem sempre é fácil lidar com estes mecanismos sem ajuda profissional, o que inclui que sozinho pode-se levar até mesmo alguns anos para administrar esta situação e com perdas de situações sexuais que seriam plenamente satisfatórias para ambos no casal.
“Estou velho/a, não sou mais atraente”
Ao tratar-se de um casal com compromisso de longa data, a atração física será o que menos causará efeito no processo de preferência sexual. Existem exceções, mas outros aspectos,que não físicos são mais importantes para os casais além dos 50 anos. Ser inteligente, ser compreensivo, atencioso, fisicamente carinhoso e atento.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=7939

Prazer sem recato

Prazer sem recato
Saiba o que as mulheres de meia idade procuram - e acham - em lojas eróticas

Por Filipe de Paiva
05/10/2010

Uma fantasia na cabeça, uma loja de múltiplos acessórios, prazer garantido. Sem qualquer vergonha, as mulheres, principalmente, não apenas se divertem como levam para casa os objetos que podem satisfazer os desejos delas e dos parceiros. A variedade de artigos é grande. Para quem acha que isso é coisa de jovem, um recado de especialista: a libido não se perde com o tempo. Pelo contrário. E o mercado de apetrechos eróticos já entendeu a mensagem.

O desejo sexual não depende da idade e acompanha o ser humano durante toda a vida. Ir além do sexo “comum”, portanto, não é motivo para vergonha. O uso de acessórios e fantasias pode ajudar a expressar a sexualidade. “Homens, mulheres, independentemente de idade, têm fantasias sexuais. É um mito dizer que na terceira idade o desejo sexual diminui. Ele acompanha a pessoa até a morte”, ressalta a sexóloga Marilandes Braga.

A turma de frequentadores de sex shop sente na pele a realidade do desejo. “Sempre vêm mulheres de 60 e 70 anos aqui. Outro dia, apareceu uma senhora de 90 e poucos”, diz Vânia Maria, vendedora da carioca A2 Ella, loja erótica exclusiva para mulheres.

Algumas vão sozinhas, mas a maioria vai com amigas. Em grupo, a expereriência é carregada de bom humor. “Elas chegam tímidas, mas depois vêem que é um lugar discreto e se soltam”, afirma a vendedora, que atende com discrição. “Fingem que não querem olhar, mas daqui a pouco estão pegando tudo”, se diverte Isabel Porto, da Pselda.

Há também aquelas que freqüentam sex shops com a maior naturalidade, como se estivessem indo ao mercado. “Perguntam tudo que elas querem perguntar e quando têm dúvidas pedem explicação,” diz Andrea Andrade, vendedora da loja Santo Prazer Ipanema.
Na cestinha de compras, tem de tudo. “Vibradores, cremes, lingeries... O vibrador mais vendido é o Rabitt, o mais procurado”, diz a vendedora da A2 Ella. Já os homens, quando entram, procuram extensores de pênis, anel peniano, pomadas para manter a ereção. Apesar da presença masculina, são as mulheres que mais buscam essas lojas. “Geralmente querem fazer surpresas, seja aniversário de casamento, aniversário do parceiro, um dia especial, um sábado da vida, qualquer coisa pode ser um bom motivo”, afirma Porto.

O Rabitt é o vibrador mais vendido do mundo. Tem esse nome porque seu formato se assemelha ao de um coelho (rabbit, em inglês). Sua principal característica é uma intensa vibração que ajuda na masturbação. Já os anéis penianos têm por função proporcionar maior prazer durante o sexo e prolongar a ereção, uma vez que, colocados na base do pênis ou do saco escrotal, eles prendem a circulação.

As clientes de sex shops se divertem escolhendo os produtos e até as cores dos artigos são importantes. “Já atendi duas senhoras idosas, bem idosas, querendo comprar vibradores e discutindo tamanho e cor. Uma delas queria um que fosse de uma cor humana, pois disse que nunca viu pênis roxo ou rosa na vida e a outra disse que ficava rosa, sim, mas a outra só queria cor de chocolate ou cor humana,” ri Andrade. Comprar brinquedos eróticos para usar em viagens, longe da família, também é comum. “Teve três clientes de 70 e poucos anos que iam fazer um cruzeiro e vieram à loja e compraram um Rabitt, pois não teriam maridos e filhos por perto", diz Porto.

E você, já foi a uma sex shop? O que acha do uso de acessórios?
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=8016

Eles desejam mais sexo que as mulheres?

Eles desejam mais sexo que as mulheres?
Mitos e verdades sobre a sexualidade na meia idade

da redação
30/10/2009

Desejo varia com o gênero e, quando o assunto é disposição para o sexo, os homens seguem em disparada. Verdade? Tanto quanto afirmar que a libido acaba com a idade, afirmam especialistas. Contra esses e os muitos outros mitos que envolvem a sexualidade de homens e mulheres, principalmente após a meia idade, a informação ainda é um ótimo antídoto.

O urologista e terapeuta sexual Celzo Marzano, diretor dos Instituto de Urologia e Sexualidade Cedes e Isexp, explica que não há como afirmar que o homem tem mais ou menos desejo sexual do que a mulher. Segundo ele, além de variar muito de uma pessoa para outra, o homem tem uma resposta sexual diferente do sexo oposto em vários aspectos, devido ao hormônio testosterona, responsável pelo tão conhecido tesão. "Embora abundante e contínuo no homem, e em menor quantidade e só presente em poucos dias do ciclo sexual na mulher, é ele que estimula o desejo sexual tanto no sexo masculino quanto no feminino", afirma.

Marzano acrescenta que ainda estão envolvidos na questão do desejo aspectos como fantasias sexuais, sonhos, masturbação, a receptividade do companheiro, entre outros. "Algumas pessoas têm mais de uma relação sexual por dia, e outras só de vez em quando. Mais importante que tentar seguir um modelo de normal é encontrar um(a) parceiro(a) com o mesmo perfil sexual, ou o casal entrar em uma sintonia de freqüência boa para ambos", aconselha.

A motivação sexual, conforme explica Marzano, representa a vontade de comportar-se eroticamente para o parceiro, e esta varia de acordo com a cultura, a escala de valores pessoais, e depende da iniciativa e da receptividade das pessoas envolvidas naquele momento. Existem situações, no entanto, que inibem motivação sexual, e a depressão é uma delas. "Quando há sentimentos de mágoa, decepção e incompreensão, normalmente perde-se a motivação e a excitação sexual. As decepções da vida conjugal são as fortes responsáveis pela perda da motivação sexual, muito embora a pessoa frustrada possa continuar sentindo as manifestações de seu impulso sexual", destaca o urologista.

O sexólogo Arnaldo Risman, professor da Unati- Uerj, lembra que a cultura é responsável pelo mito de que o homem sente mais desejo do que a mulher. "A menina foi educada para ficar de pernas cruzadas, e os homens, de perna aberta. E, quando mulheres, continuam com as pernas fechadas", comenta.

Outro mito bastante comum é o de que o desejo sexual diminui com o passar dos anos. De acordo com Risman, a questão do desejo sexual está muito ligada, sobretudo acima dos 50 anos, a experiências anteriores. "Se o indivíduo aproveitou momentos bons na sua vida sexual, o desejo continua. Mas se viveu momentos desagradáveis, há uma diminuição", compara.

A comprovação de que o desejo sexual não morre com o tempo, Risman teve dentro de casa. Devido a um câncer, sua mãe, de 65 anos, foi submetida a uma cirurgia para retirar o intestino e tanto o ânus quanto a vagina foram fechados. Mesmo assim, ela perguntou ao filho se ela estava com algum problema por sentir desejo sexual. "Respondi a ela que não. Pelo contrário. Energia sexual é vida. O tesão é de cima para baixo, ou seja, começa na cabeça. Minha mãe sempre teve uma vida sexual saudável, então é normal ela sentir essa falta", ressalta.

Segundo Risman, é possível explorar esse desejo através da sexualidade, que se expande com o tempo. Após os 50, o coito já não é o principal. Prevalece a vontade de estar junto, o toque e o carinho. "Costumo dizer que a penetração é o fim da festa. E em uma comemoração, o melhor são os preparativos", compara.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7551