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sábado, 16 de março de 2013

Estudo revela que dormir pouco engorda

15/03/2013 - 11:49  


Um estudo recente revela que dormir pouco engorda. Mas não só. Também pode provocar impotência sexual ou hiperactividade, avança a revista Sábado.

Os autores deste estudo, realizado na Universidade do Colorado, EUA, juntaram 16 pessoas saudáveis, com uma média de idades de 24 anos, peso normal e sem distúrbios de sono.

Passaram duas semanas no hospital da Universidade do Colorado, nos ‘quartos de sono’, onde é possível controlar de forma monitorizada o sono dos doentes. Nos primeiros três dias, as horas de sono e as calorias ingeridas foram controladas. Depois dessa fase, foram divididos em dois grupos: um desses grupos passou os cinco dias seguintes a dormir apenas cinco horas, enquanto o outro se manteve com o sono normal. Depois desse período, trocaram de posições. Além disso, nessa fase, quem dormia menos, não tinha qualquer tipo de restrição alimentar.

Foi possível concluir que o grupo que dormiu apenas cinco horas por noite gastou em média mais 5% de energia. No entanto, ingeriu mais 6% de calorias do que o grupo que continuou a dormir as nove horas de sono.

De acordo com o coordenador do estudo, Kenneth Wright, estas conclusões explicam-se com o facto de que “quem tem o sono diminuído, acaba por se alimentar mais no período nocturno, quando o organismo não está preparado para receber comida”. Se este estilo de vida for continuado, há o risco de se poder engordar um quilo por semana.

Dormir pouco aumenta risco de cancro da mama e AVC

Além de haver uma tendência para se engordar, há outros riscos associados a poucas horas de sono.

Um estudo publicado na revista científica Breast Cancer Research and Treatment, em que participaram 412 mulheres, revela que as mulheres que dormem menos de seis horas por dia depois da menopausa têm mais riscos de contrair cancro da mama.

Em Boston, EUA, no encontro anual das Sociedades do Sono (APSS), foi apresentado um estudo em que se revela que dormir menos de seis horas por dia aumenta o risco de acidentes vasculares cerebrais, mesmo em pessoas com peso normal e sem antecedentes de doenças cardiovasculares.

No encontro das sociedades médicas para o sono, que se realizou em 2011 nos EUA, foi discutido que poucas horas de sono ajudam a promover problemas de hiperactividade e desatenção durante a infância. Enquanto os adultos com poucas horas de sono tendem a ficar cansados e apáticos, nas crianças sucede o contrário. A hiperactividade, nestes casos, é uma tentativa por parte do corpo de substituir a sonolência.

Impotência sexual e enfraquecimento imunitário são outros dos riscos associados à falta de sono

A impotência sexual é outro dos riscos associados à falta de sono, de acordo com um estudo apresentado na 25ª reunião anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental, que se realizou em Agosto de 2010 na cidade de São Paulo, Brasil. Além disso, esse mesmo estudo revela que os riscos dos homens contraírem doenças cardiovasculares é maior.

Dormir menos horas que o normal aumenta a predisposição ao contágio de constipações e alergias, o que se explica pelo facto de um fraco descanso mental proporcionar um enfraquecimento imunitário.

Um estudo publicado no site Proceedings of the National Academy of Sciences, realizado pela Universidade inglesa de Surrey, mostra que poucas horas de sono estão na origem de várias doenças, inclusive o enfraquecimento das funções cerebrais.

Os investigadores recolheram amostras de sangue de 26 pessoas. Na primeira semana dormiam dez horas, enquanto na segunda, apenas poderiam dormir seis.

De seguida, analisou-se as amostras recolhidas. Depois da semana com poucas horas de sono, assistiu-se a uma desactivação de genes responsáveis pela reprodução de células e o sistema imunitário encontrava-se enfraquecido.

Estas modificações genéticas podem estar na origem de doenças degenerativas como o Alzheimer e o Parkinson.
http://www.rcmpharma.com/actualidade/saude/15-03-13/estudo-revela-que-dormir-pouco-engorda