quarta-feira, 19 de junho de 2013

Mulher relata estupro por pensamento e Polícia de SP registra a ocorrência

A Polícia Civil de São Paulo registrou um boletim de ocorrência de uma mulher que afirmou ter sido estuprada “por pensamento” por dois homens
Policiais da 3ª Delegacia de Defesa da Mulher, na Zona Oeste da capital paulista, pediram um exame psicológico da suposta vítima ao Instituto Médico-Legal (IML).

O caso ocorreu em 18 de maio deste ano, mas só foi revelado publicamente nesta semana depois de o documento vazar na internet e gerar polêmica nas redes sociais.

Foram feitos comentários favoráveis e contrários à elaboração da queixa pela polícia.

A assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública foi procurada para comentar o assunto. A secretaria foi questionada sobre qual foi a conclusão do boletim de ocorrência, se a mulher realizou o exame e qual o seu resultado e onde ela se encontra atualmente.

Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, “a delegada Luciana Martin de Oliveira Souza, titular da DDM, disse que em setembro de 2010 havia sido instaurado inquérito atendendo ofício do MP pedindo apuração dos fatos, que o inquérito foi relatado ao fórum central em abril deste ano e que a mulher não voltou com exame e não tem informações sobre o seu paradeiro”.

Cópia do boletim mostra que a suposta vítima voltou a procurar a delegacia, que fica no Jaguaré, por volta das 17h do dia 18 de maio. Lá, relatou a uma escrivã e a uma delegada ter sido violentada por dois homens que usaram a força da mente para abusar sexualmente dela sem tocá-la.

O relato da dona de casa está em três páginas do documento, registrado como “Boletim de Ocorrência de Autoria Conhecida”. Nele, estão os nomes da “declarante” e das “partes” (dois homens).

Os nomes dos envolvidos foram suprimidos nos colchetes pela equipe de reportagem.

“Comparece a declarante noticiando que desde o dia seis do mês de junho do ano de 2010 vem sendo estuprada por pensamento por [...] e [...], ora partes”, escreveram no histórico do boletim as policiais que ouviram o depoimento da mulher, uma dona de casa de 39 anos, separada, que mora no bairro do Rio Pequeno.

“A declarante alega que desde que conheceu [...], este lhe concentra (a declarante chama a relação sexual por pensamento de concentração). Declara que [...] mentaliza e possui o poder de lhe forçar ao ato sexual por pensamento sem lhe tocar”, informa a ocorrência.


Sem carinho

Em outros trechos do boletim, a mulher contou que os supostos agressores mentais “não usam preservativo” e que o ato sexual lhe causa dores nos órgãos sexuais, pois “é cometido mediante violência e nenhuma das partes envolvidas é carinhosa durante as concentrações”.

Também há relatos que, segundo ela, as relações sexuais eram por pensamento, informando que os homens se revezavam e um deles “arrancava a sua roupa” e que “sempre tomava remédios, para não engravidar por pensamento”.

A mulher também afirmou que já fez outros boletins de ocorrência para relatar o mesmo fato e que chegou a procurar a Polícia Federal, que lhe orientou a ir para uma delegacia especializada.

Em seu depoimento, a suposta vítima ainda pede a prisão dos “concentradores” porque “pretende se dedicar a um convento, visto que se cansou do ato sexual e deseja se tornar freira”.

Ela também solicitou que um investigador morasse com ela para ela se sentir mais segura.

Após essa afirmação da mulher, os policiais escreveram na terceira página do boletim que foi “requisitado I.M.L / Psicológico para a declarante. Declaro que mediante Requisição do Ministério Público, já foi instaurado por esta especializada Inquérito Policial sob o nº 388/2010 para cabal apuração dos fatos”.

A assessoria de imprensa do Ministério Público de São Paulo não foi localizada para comentar o assunto.


‘Velha louca’

Ainda na última página do boletim, escrivão e delegado relatam que procuraram o filho e o irmão da mulher. O adolescente de 15 anos chama a mãe de “velha louca” e pergunta: “Será que vocês não percebem?”. O irmão contou que a dona de casa é sua irmã adotiva e que sempre teve problemas.

“Ela é minha irmã adotiva, vivia com meu pai e ele faleceu no ano retrasado. Eu não tenho contato com ela e não quero ter contato. Ela é meio estranha. Há mais de 20 anos eu não convivo com ela. Ela deve ter problema psicológico”, disse o comerciante Iginio Gonzales Gestoso, de 59 anos, por telefone. Questionado se sabe onde a irmã está, ele informou: “Não sei e não quero saber”.

As associações dos delegados e dos escrivães da Polícia Civil de São Paulo foram procuradas para opinar sobre o caso.

“Só quem faz um plantão sabe as agruras de um plantão. É um pronto-socorro social. Seria leviana de fazer análise. Boletim não criminal não gera nenhum efeito. O destino é o arquivo. Talvez tenha sido feito para preservar as pessoas acusadas. Tem que dar uma resposta imediata. É muito relativo, precisa de cautela antes de se fazer juízo de valor”, disse a delegada Marilda Pasonato, presidente da Associação de Delegados da Polícia Civil de São Paulo.

“Em 41 anos nunca vi isso. Eu não registraria, mas o escrivão só faz aquilo que o delegado pede”, disse o escrivão Oscar de Miranda, presidente da Associação dos Escrivães da Polícia Civil de São Paulo.


Medicamento pode aumentar libido em mulheres com disfunção sexual

Segundo pesquisadores, a FDA pode proibir a droga por medo de "excessos femininos" Foto: Getty Images
Segundo pesquisadores, a FDA pode proibir a droga por medo de "excessos femininos"
Foto: Getty Images
As mulheres que sofrem de disfunção do desejo sexual são incapazes de descobrir o que as fez parar de querer relações sexuais com o marido ou namorado.  O problema costuma atingir entre 10% e 15% do público feminino com idade entre 20 e 60 anos. Mas, o medicamento Lybrido pode ajudar a resolver o problema, segundo a revista Cosmopolitan.
Não é exatamente o “Viagra feminino”, pois, diferente da pílula masculina, o Lybrido trabalha com outras áreas de estímulo sexual, como partes do cérebro que cuidam dos impulsos sexuais e da falta deles. Um dos obstáculos ao criar um medicamento eficaz, no entanto, é a necessidade de mensurar quanto de libido falta na mulher.
Pesquisadores do Lybrido afirmaram que a droga funciona muito bem como um estimulante sexual para as mulheres, mas alertou que a FDA (Food and Drug Administration) pode proibi-la por medo de criar “excessos femininos”.

Investigação Homens com disfunção eréctil têm mais crenças sexuais

Os homens que sofrem de disfunção erétil têm mais crenças sexuais, designadamente a ideia do "macho latino", disse um investigador da Universidade do Porto que coordena o laboratório de investigação em sexualidade humana em Portugal.
Homens com disfunção eréctil têm mais crenças sexuais
Lusa
PAÍS
Nos homens com disfunção erétil, a crença sexual mais associada é de "macho latino" que nunca pode falhar uma penetração, que "aguenta" toda a noite a fazer sexo e que tem de satisfazer qualquer mulher independentemente das circunstâncias, conta Pedro Nobre, coordenador do SexLab, o primeiro laboratório de investigação em sexualidade humana em Portugal.
O investigador adiantou à agência Lusa conclusões do estudo "Saúde Sexual no Homem e na Mulher".
A crença sexual mais enraizada em toda a população masculina portuguesa avaliada no laboratório é a do "macho latino" que "nunca pode dizer que não ao sexo" e aquela crença sexual existe em toda a população masculina, independentemente da idade e das habilitações literárias, mesmo junto das populações mais jovens, como os universitários, refere o investigador.
Também as mulheres com crenças sexuais apresentam mais problemas ao nível do prazer sexual.
As crenças sexuais assinaladas nas mulheres com menos habilitações literárias e mais velhas estão relacionadas com a ideia de "passividade feminina", que o sexo deve ser "apenas e só após o casamento" e "apenas e só após o primeiro passo ser dado pelo parceiro".
A ideia de que as mulheres perdem desejo sexual com a idade ou que diminuem a capacidade do seu estímulo sexual por causa da imagem corporal, e a obrigatoriedade de ter boas performances sexuais, designadamente terem orgasmos, orgasmos múltiplos, orgasmos simultâneos ou orgasmos vaginais, são outras das crenças sexuais que surgem no seio do género feminino, adiantou o especialista.
Acrescentou que a liberalização para este tipo de crenças acarreta um "conjunto de consequências negativas", porque a maior parte delas são "irrealistas".
"A probabilidade das crenças sexuais diminuírem o estímulo sexual é "grande", enquanto que as pessoas com "menos destas crenças têm mais fatores de proteção" e interpretam de forma menos catastrófica as disfunções sexuais de que venham a padecer, explicou o investigador.
Outra das conclusões do estudo "Saúde Sexual no Homem e na Mulher", realizado pelo SexLab, indicam o quão importante é ter "pensamentos sexuais e emoções positivas" na resposta e funcionamento sexual.
A investigação encoraja a adoção de "atitudes positivas face à sexualidade, com vista à promoção da saúde e satisfação sexual".
Este estudo, financiado em 160 mil euros pela Fundação da Ciência e Tecnologia, valoriza a importância das psicoterapias cognitivas no tratamento das disfunções sexuais, sobretudo ao nível das modificações das emoções e pensamentos negativos associados à atividade sexual que são típicos dos homens e mulheres com estas dificuldades.
"Quem tem estas crenças sexuais tem, por norma, pensamentos mais derrotistas durante a atividade sexual e menos pensamentos sexuais durante a atividade sexual", explicou Pedro Nobre, reiterando que o "melhor preditor da resposta sexual são os "pensamentos sexuais" e as "emoções sexuais" positivas.

Entenda o projeto de “cura gay”

Brasília – Marcha contra o deputado e pastor Marco Feliciano, organizada pelo Movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros), na Esplanada dos Ministérios (Valter Campanato/ABr)
A homossexualidade é uma doença? Em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se posicionou contra essa questão. Entendendo que a homossexualidade é uma variação natural da sexualidade humana, o órgão definiu que ela não poderia ser considerada como condição patológica. A partir deste entendimento, uma resolução do  Conselho Federal de Psicologia (CFP), de 1999, proibiu os profissionais de participarem de terapia para alterar a orientação sexual.
Leia também:
Em 2011, o deputado federal João Campos (PSDB-GO) protocolou na Câmara dos Deputados umProjeto de Decreto Legislativo que propõe suprimir a resolução do CFP referente ao assunto. No projeto do parlamentar (PDC 234/11), ele susta a aplicação do parágrafo único do art. 3º e o art. 4º,  que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual.   
Após algumas tentativas de votação frustadas e muito barulho a respeito do tema, o projeto foi aprovado, ontem, pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Relatada pelo deputado Anderson Ferreira (PR-PE), a proposta recebeu apenas um voto contrário, do deputado Simplício Araújo (PPS-MA). O texto segue, ainda, para as comissões de Seguridade Social e Família, e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ir para o Plenário.


Médico ilibado no caso de homem com ereção de oito meses

Homem fez um implante no pénis e acabou por sofrer de uma ereção constante. Justiça diz que não houve negligência médica

Por: Redacção / JFP/CLC    |   2013-06-
Daniel Metzgar foi operado, em Dezembro de 2009, a um problema no pénis e acabou por ficar com uma ereção permanente que durou oito meses. O caso chegou a tribunal que, apesar da invulgar situação, decidiu que não existia qualquer negligência médica. 

Daniel Metzgar, de 44 anos revelou, em tribunal, que a sua constante ereção acarretou diversos problemas não só com a família, mas também com amigos e até estranhos. O camionista confessou que foi alvo de comentários impróprios e de ameaças. Com o intuito de evitar dissabores, acabou por se «proteger» usando roupas largas e evitar que o seu estado fosse visível para os outros, informa a imprensa norte-americana. 

Os jurados demoram menos de duas horas a decidir que não tinha existido qualquer negligência médica no implante peniano. «Estamos estupefactos», disse o advogado Michael C. Heyden ao sair do tribunal com o seu cliente. 

Metzgar optou por uma prótese depois de várias outras medidas terem falhado no tratamento da disfunção eréctil de que sofria, causada pela diabetes. Em agosto de 2010, o camionista foi obrigado a retirar o implante depois de ter ocorrido uma perfuração, durante uma viagem familiar.

A acusação imputava ao médico Thomas J. Desperito factos negligentes por não ter constatacto que o pénis tinha inchado imediatamente no pós-operatório. A defesa do clínico alegou sempre que tal não ocorreu e que tanto o médico como os assistentes não foram informados. 

A defesa sustentou ainda que quando Metzgar, em abril, verificou que existia um inchaço «do tamanho de uma bola de voleibol» deveria ter procurado assistência. Metzgar não o fez e só em agosto quando o implante «rompeu a carne» é que foi ao hospital. Em sua defesa, Metzgar alega que lhe foi pedido um pagamento de 10 mil dólares para solucionar o problema. 

Os jurados, seis homens e seis mulheres, acabaram por dar razão ao médico, uma vez que consideraram que Metzgar sofreu incidentes no pénis e não os revelou ao médico, ficando, por isso, sem efeito a queixa.

domingo, 9 de junho de 2013

Homens que tomam remédios têm 50% mais chance de ter disfunção erétil, revela estudo

16/5/2013 às 17h25 (Atualizado em 16/5/2013 às 17h32)

De acordo com estudo, substâncias usadas para tratar dores nas costas podem fazer mal

Homens que tomam analgésicos para dor nas costas têm 50% mais chances de terem disfunção erétil. É o que sugere uma nova pesquisa norte-americana publicada nesta terça-feira (15) na revista Spine.
De acordo com o autor da pesquisa, Richard A. Deyo, do Centro de Kaiser Permanente de Pesquisa em Saúde, os pacientes que tomam analgésico do tipo opioides (conhecidos como hidrocodona, oxicodona e morfina) por um longo período de tempo têm o maior risco de disfunção. Para chegar a esta conclusão, os estudiosos fizeram análise de registros de saúde de 11 mil pacientes.
Ainda segundo a pesquisa, homens com mais de 60 anos de idade têm mais chances de ter disfunção que os mais  jovens. Mais de 12% dos homens estudados que assumiram terem tomado opioides em baixas doses (com menos de 120 mg) durante pelo menos quatro meses sofriam de disfunção.
De acordo com Deyo, isso "não significa que esses medicamentos causam disfunção erétil, mas os pacientes e os médicos devem estar cientes de quando decidir se estas medicações devem ser usados ​​para tratar a dor nas costas".
— Não há dúvida de que para alguns pacientes o uso de opioides é apropriado, mas também há cada vez mais evidências de que o uso a longo prazo pode levar à dependência, overdoses fatais, apneia do sono, quedas em idosos, diminuição da produção de hormônios, e agora disfunção erétil.
Depressão e uso de sedativos hipnóticos, como os benzodiazepínicos também aumentaram a probabilidade do homem desenvolver a disfunção.