sábado, 2 de julho de 2011

Estudo associa uso de Viagra a perda de audição

Estudo associa uso de Viagra a perda de audição
19/5/2010 10:17, Redação, com BBC




Perda de audição é evidente em
homens que usam drogas à base de sildenafil
Um estudo da universidade do Alabama, nos Estados Unidos, descobriu que homens que usam Viagra e possivelmente outros remédios contra disfunção erétil, como Cialis e Levitra, têm duas vezes mais riscos de perda de audição em longo prazo.
Os resultados da análise de mais de 11,5 mil casos de homens com mais de 40 anos foram publicados na última edição da revista especializada Archives of Otolaryngology-Head and Neck Surgery, embora os autores destaquem que são inconclusivos.
- A partir dessas descobertas, parece que a advertência atual do governo (norte-americano) sobre perda de audição e uso de medicamentos PDE-5i (inibidores da fosfodiesterase do tipo 5) é pertinente -, afirmou o autor do estudo, Gerald McGwin.
- Embora o estudo tenha limitações, é prudente que pacientes usando esses medicamentos sejam advertidos sobre sinais e sintomas de deficiência auditiva e incentivados a procurar atenção médica imediata para se prevenir contra danos potencialmente permanentes.
Advertência nos EUA
A advertência atual da Food and Drug Administration (FDA) foi feita em 2007, que regulamenta o uso de medicamentos nos Estados Unidos, após a divulgação de vários estudos que reforçavam a relação entre perda de audição e uso de drogas PDE-5i como o Viagra.
O estudo atual, segundo McGwin, é o primeiro epidemiológico a avaliar a relação entre o uso destas drogas e a perda de audição em longo prazo.
Os dados de 11.525 acima de 40 anos que afirmaram usar medicamentos PDE-5i foram recolhidos pelo governo entre 2003 e 2006.
De acordo com McGwin, a relação entre o uso de medicamentos e a perda de audição é mais evidente em homens que usam drogas à base de sildenafil (Viagra), do que tadalafil (Cialis) ou vardenafil (Levitra).
Em parte, isso pode se dever ao fato de que a amostra de homens usando as duas últimas drogas é menor.
Hipertensão pulmonar
McGwin afirma que os resultados mostram que há uma elevação na perda de audição entre os usuários de tadalafil e vardenafil, mas ela não é “estatisticamente relevante”.
As drogas PDE-5i foram desenvolvidas inicialmente para tratar de hipertensão pulmonar, mas hoje são amplamente usadas em tratamentos de disfunção erétil.
- As medicações PDE-5i atuam em pacientes com disfunção erétil ao aumentar a circulação de sangue em certos tecidos do corpo. Existem hipóteses de que possam provocar um efeito semelhante em tecidos do ouvido, onde um aumento de circulação poderia potencialmente levar a danos na audição.
Entre as limitações do estudo, citadas pelo próprio autor, estão a amostragem limitada de usuários de tadalafil e vardenafil, a possível falta de precisão nas informações sobre a frequencia no uso do medicamento e pré-condições que poderiam contribuir para a perda de audição.
McGwin recomendou a realização de mais estudos sobre os riscos das PDE-5i.

Cientistas implantam tecido de pênis criado em laboratório

Cientistas implantam tecido de pênis criado em laboratório
10/11/2009 9:36, Redação, com BBC



Cientistas americanos criaram tecido erétil de pênis em laboratório, que foi implantado em coelhos com sucesso, segundo artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
Os cientistas da universidade Wake Forest, na Carolina do Norte, acreditam que o estudo poderia trazer esperanças para homens com disfunções eréteis.
Os coelhos que receberam o implante de tecido mantiveram relações sexuais normais e geraram filhos.
– Claro, são necessários mais estudos –, disse o professor Anthony Atala, que liderou a pesquisa, – mas nossos resultados são encorajadores e sugerem que a tecnologia tem considerável potencial para os pacientes que precisam de reconstrução do pênis –, afirmou.
– Nossa esperança é de que pacientes com anomalias congênitas, câncer de pênis, lesões traumáticas e alguns casos de disfunção erétil se beneficiem desta tecnologia no futuro.
Desafio
A reconstrução do tecido erétil danificado é um desafio para os médicos, por causa de sua complexa estrutura e função.
Várias técnicas – inclusive o uso da prótese de silicone – já foram tentadas, mas todas com sucesso limitado.
A equipe de cientistas da Universidade Wake Forest já obteve considerável sucesso no campo da engenharia de tecidos, tendo desenvolvido bexigas humanas completas em laboratório, que foram implantadas em pacientes.
Em um estudo anterior, os pesquisadores conseguiram criar pequenos segmentos do tecido erétil dos coelhos, com 50% de funcionalidade.
Neste estudo, eles colheram células de músculo liso e células endoteliais do tecido erétil do animal. As células foram multiplicadas em laboratório e usadas para criar uma estrutura tridimensional, que depois foi implantada no pênis dos coelhos, que tiveram seu tecido erétil retirado cirurgicamente.
Um mês depois, os animais já haviam começado a formar tecido erétil organizado com estruturas de veias.
Para os pesquisadores, um fator chave foi o fato de as células terem sido injetadas na estrutura tridimensional em dois dias separados, permitindo que fossem injetadas quase seis vezes mais células de músculo liso do que em estudos anteriores.
A ereção ocorre quando o tecido de músculo liso relaxa, permitindo um aumento do fluxo sanguíneo, enrijecendo o pênis.
O relaxamento do tecido é provocado pela liberação de óxido nítrico das células endoteliais.
Testes mostraram que a pressão sanguínea no tecido criado em laboratório era normal, e que o fluxo sanguíneo aumentou durante a ereção e diminuiu normalmente depois.
Quando os animais com o tecido implantando cruzaram com as fêmeas, coletas vaginais demonstraram que havia esperma em oito delas, de um total de 12. Quatro das fêmeas ficaram grávidas.
Tim Terry, secretário honorário da Associação Britânica de Cirurgiões Urológicos, descreveu o estudo como “fascinante”.
Segundo ele, até agora a única opção para o tratamento de pacientes com lesões no tecido erétil é uma cirurgia altamente invasiva, e o estudo oferece uma esperança de melhor alternativa a longo prazo.

http://correiodobrasil.com.br/cientistas-implantam-tecido-de-penis-criado-em-laboratorio/157112/

Lily disputa o patente do Viagra contra Pfizer

Lily disputa o patente do Viagra contra Pfizer
29/5/2011 18:55, Por Pravda
A disputa por um mercado milionário, o do tratamento da disfunção erétil, acaba de ganhar mais um capítulo no Brasil.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Francisco Peçanha Martins, manifestou-se favoravelmente ao pedido feito pelo laboratório Lily, para que o Brasil reconheça uma sentença da Grã-Bretanha que anula uma das patentes do medicamento Viagra, fabricado pela Pfizer.
O voto de Martins, que é relator do processo, foi seguido por outros dois ministros do STJ.
No entanto, a análise foi interrompida pelo pedido de vista de outro ministro. A expectativa é de que em duas semanas todos os ministros se manifestem sobre o tema.
A possibilidade de o Brasil reconhecer a sentença concedida pela justiça britânica não implica a anulação automática da patente do Viagra no País. Mas abre caminho para que o laboratório Lily ingresse no Brasil com um pedido na Justiça para que decisão semelhante seja adotada. Não se trata da patente do medicamento Viagra.
Mas sim do mecanismo de ação do remédio, conta o advogado da Lily, Otto Licks. O objetivo é tornar nula, no Brasil, a patente da Pfizer sobre a forma de ação do medicamento.
O esforço da Lily se explica. Fabricante de um concorrente do Viagra, a Lily e outras empresas enfrentam na Justiça ações sobre a venda de remédios também para o tratamento da impotência.
?A Pfizer sustenta que não poderia haver no mercado outros medicamentos para a disfunção, pois ela detém a patente do mecanismo de ação de drogas que combatem o problema?, completa. A tendência é de que ministros do STJ acompanhem a decisão do relator.
Por seu lado o laboratório Pfizer informa que não existe nenhuma disputa jurídica em torno do princípio ativo do Viagra. Segundo a acessória de imprensa, o que há é uma discussão sobre um “mecanismo” que inibiria uma enzima específica envolvida na disfunção erétil.
Segue a nota do laboratório:
Em relação à sentença britânica envolvendo a patente do mecanismo de inibição da enzima PDE5, a Pfizer esclarece:
Não existe nenhuma discussão judicial sobre a patente do citrato de sildenafila, que é o princípio ativo do medicamento Viagra.
A discussão se dá sobre outra patente, a do mecanismo de inibição da enzima PDE5, processo envolvido na disfunção erétil.
O que ocorre é um pedido de que a sentença britânica que anula a patente do mecanismo de inibição da enzima PDE5 seja reconhecida no Brasil.
Mesmo que a sentença britânica seja reconhecida no Brasil, o que não ocorreu, a produção e comercialização de Viagra não sofrerão nenhuma alteração.
Trata-se de disputa antiga e recorrente em torno do mecanismo de inibição da enzima PDE5.
As discussões judiciais sobre a patente do mecanismo de inibição da enzima PDE5 não alteram a patente do Viagra, ou seja, nenhum outro medicamento a base do citrato de sildenafila poderá ser fabricado sem autorização da Pfizer.
A Pfizer continuará a acompanhar as discussões jurídicas em torno do assunto para tomar as medidas legais na defesa de seus interesses.
Fontes Último Segundo, agências de notícias
http://correiodobrasil.com.br/lily-disputa-o-patente-do-viagra-contra-pfizer/246574/

Estudo sugere que suco de romã ajuda a tratar impotência

Estudo sugere que suco de romã ajuda a tratar impotência
30/11/2007 14:12, Redação, com BBC

Um estudo realizado por pesquisadores americanos sugere que tomar um copo de suco de romã diariamente pode ajudar no combate à impotência sexual masculina.

De acordo com os cientistas da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, a fruta é rica em antioxidantes que estimulam o aumento da circulação sangüínea nos órgãos genitais do homem, facilitando a ereção.

O estudo, publicado na revista científica Journal of Impotence Research, sugere que o romã funciona de forma semelhante ao conhecido remédio para disfunção erétil Viagra e, no futuro, pode se tornar uma alternativa natural ao medicamento.

Os pesquisadores fizeram testes com 53 homens com disfunção erétil, que tomaram uma dose de 220 ml suco de romã diariamente durante quatro semanas.

Ao fim das quatro semanas, os voluntários fizeram uma pausa de quinze dias e reiniciaram a experiência, mas com suco de outra fruta.

Dos 53 homens testados, 47 disseram ter sentido melhoras em suas funções eréteis após terem tomado o suco de romã, enquanto 31 notaram que suas dificuldades de ereção haviam diminuído com suco de outra fruta.

Os pesquisadores esclarecem que mais estudos serão necessários para provar a eficácia do romã.
http://correiodobrasil.com.br/estudo-sugere-que-suco-de-roma-ajuda-a-tratar-impotencia/128170/

Privação de sono pode afetar o desempenho sexual

Privação de sono pode afetar o desempenho sexual
9/9/2010 13:25, Redação, com Agência Fapesp - de São Paulo
Disfunção erétil, obesidade, diabetes, estresse e maior suscetibilidade para contrair doenças são alguns dos problemas que podem ser causados por distúrbios de sono. Estima-se que um terço da população da cidade de São Paulo tenha algum problema para dormir adequadamente.
Estudar os efeitos da privação de sono tem sido, desde 1995, o foco da pesquisa de Monica Andersen, professora do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ela coordena um trabalho de investigação dos efeitos da privação e da restrição de sono na função reprodutiva de ratos machos.
Integrante do Centro de Estudos do Sono/Instituto do Sono, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid), Monica apresentou resultados de seu trabalho com animais durante a 25ª Reunião da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), realizada de 25 a 28 de agosto na cidade paulista de Águas de Lindoia.
De quantas horas de sono precisamos?
Monica Andersen – Não há uma resposta única. A média são oito horas diárias, mas uma pessoa pode ficar bem com quatro horas, enquanto outra precisará de dez. Chamamos os extremos de “pequenos dormidores” e “grandes dormidores”. Agora, se me perguntar de quantas horas você precisa, temos que ver primeiro como você acorda.
Pela manhã, quais são os sinais de uma noite bem dormida?
Monica Andersen – Quem acorda abrindo a janela, de bom humor, dormiu a quantidade de que precisava. Quem acorda já cansado, com a sensação de que um caminhão passou por cima, ainda que tenha ficado na cama mais de nove horas, não teve um sono suficiente ou reparador.
A quantidade de sono por noite pode ser modificada ao longo do tempo?
Monica Andersen – Sim, essa mudança ocorre ao longo da vida. Ao nascer, costumamos dormir 16 horas por dia. No fim da vida, precisamos de poucas horas. O problema é que a sociedade está forçando essa redução, tentando se adaptar à falta de sono.
Estamos dormindo menos do que as gerações anteriores?
Monica Andersen – Nossa sociedade é cronicamente privada de sono. Há uma denominação nos Estados Unidos que é sintomática, da “sociedade 24 por 7”, isto é, que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. Que não para jamais. E isso traduz muito bem o que vivemos atualmente. Nós queremos a sociedade 24 por 7, principalmente nas grandes cidades. Nós participamos dessa autoprivação de sono. Queremos fazer mais um curso, terminar mais um trabalho e tudo o mais que conseguirmos encaixar em nosso dia e quem paga por tudo isso é o sono. Por que simplesmente não vamos dormir e deixamos as tarefas para o dia seguinte? Isso é cada vez mais impensável.
Que problemas essa privação pode causar?
Monica Andersen – Um deles é o acúmulo de gordura em nosso corpo. A privação de sono aumenta o apetite por comidas calóricas, estimula o hormônio da fome (grelina) e reduz o hormônio da saciedade (leptina). Pouco sono também afeta o desempenho no trabalho ou estudo e provoca pequenos deslizes que afetam nosso rendimento. Há algumas profissões em que deslizes são particularmente perigosos, como aquelas ligadas à segurança ou à saúde pública.
Não é paradoxal que justamente as profissões que envolvem grande responsabilidade e não podem ter tais deslizes sejam justamente aquelas que têm jornadas extenuantes, como médicos, policiais, pilotos de avião ou caminhoneiros?
Monica Andersen – De fato. Uma das consequências mais sérias da falta de sono atualmente é o aumento no número de acidentes. Em fevereiro de 2009, por exemplo, na cidade de Buffalo, nos Estados Unidos, a queda de um avião em uma área residencial matou 50 pessoas. A investigação concluiu que a causa mais provável do acidente foi a fadiga dos pilotos e os registros da jornada de trabalho realmente mostraram que eles haviam trabalhado horas excessivas. Também nos Estados Unidos, houve outro caso em que um avião simplesmente passou do aeroporto de destino e isso só foi notado uma hora depois. A causa do erro foi que os dois pilotos haviam dormido. Na medicina é a mesma coisa, há estudos mostrando que, no fim de um plantão, o número de erros médicos é bem maior.
Essa situação tem piorado?
Monica Andersen – Isso está piorando porque a nossa sociedade está piorando. Muitos jovens, por exemplo, costumam inverter o ciclo circadiano [período sobre o qual se baseia o ciclo biológico do corpo, influenciado pela luz solar]. Eles vão para uma balada da 1 às 6 horas da manhã de sexta para sábado. Na noite seguinte, há uma balada ainda maior, até às 7 ou 8 horas do domingo. Ao voltar para casa, tomam café e vão dormir, para acordar no meio da tarde. De noite, eles não conseguem dormir e, na segunda-feira, começam uma nova semana às seis da manhã, para ir à escola ou ao trabalho. Eles iniciam a semana já privados de sono.
Que consequências essa rotina pode trazer?
Monica Andersen – Tenho muita preocupação com os jovens de hoje. É uma faixa etária que terá dificuldade de aprendizagem, porque o sono é fundamental ao aprendizado e à memória. Muitos acabam dormindo na escola ou nas universidades, em plena sala de aula. Esse é um problema muito importante.
É um problema que atinge outras faixas etárias?
Monica Andersen – Infelizmente, sim. Acima dos 30 anos está a faixa que chega em casa pensando em relaxar mas que resolve ligar o computador “só para checar os e-mails”. Só que acaba se envolvendo em outras atividades on-line e ficando bastante tempo conectado. Muitos trabalham o dia inteiro em frente a um computador e passam as madrugadas em frente a outro, em casa, jogando ou batendo papo. Tem também a televisão, que antigamente tinha poucos canais e uma programação que terminava na madrugada. Hoje, são dezenas de canais, que funcionam sem parar.
Quais são os principais distúrbios de sono que essas rotinas causam?
Monica Andersen – Temos visto muita insônia em mulheres. Em São Paulo, cerca de um terço delas tem problemas para dormir adequadamente. Mas os homens também sofrem de insônia. E 32,9% da cidade de São Paulo tem a síndrome da apneia do sono, que pode levar à sonolência excessiva diurna.
O que caracteriza a apneia do sono?
Monica Andersen – São paradas respiratórias durante o sono. Essas paradas podem ocorrer até 80 vezes por hora, ou mais de uma vez por minuto. Com isso, o coração tem que bater muito mais forte para levar o oxigênio para o cérebro. Imagine a pressão arterial dessa pessoa, uma vez que isso ocorre todas as noites. A apneia do sono é mais prevalente em homens e, entre seus principais fatores de risco, está a obesidade.
A quantidade de sono também afeta a reprodução e o desempenho sexual?
Monica Andersen – Essa é a minha principal linha de pesquisa. O que observamos até agora em ratos é que uma privação de sono pontual provoca uma excitação sexual nos machos. Isso ocorre na privação de sono REM [sigla em inglês para “movimentos oculares rápidos”], quando ocorrem os sonhos. No entanto, apesar de apresentarem desejo, pois os ratos chegam a montar a fêmea, eles não conseguem fazer a penetração. Em outras palavras, eles têm desejo, mas não têm a função erétil adequada.
Isso pode ser extrapolado para seres humanos?
Monica Andersen – Em 2007, fizemos o Episono, um grande levantamento epidemiológico no qual foram analisados 1.042 voluntários refletindo uma amostra representativa da população da cidade de São Paulo. Foi nesse estudo que levantamos que cerca de um terço dos moradores da capital paulista sofre de apneia do sono. Não estamos falando de gente que acha que tem a doença, são pessoas que foram diagnosticadas em laboratório de sono por médicos especialistas em sono com a síndrome. É um número enorme. Isso explica por que existem mais de 400 laboratórios de sono espalhados pelo Brasil e por que todos ficam lotados.
O estudo encontrou problemas sexuais nas pessoas com a síndrome da apneia do sono?
Monica Andersen – O questionário respondido durante o Episono revelou que 17% dos homens da cidade de São Paulo se queixaram de disfunção erétil. Na faixa etária entre 20 e 29 anos, 7% dos homens disseram ter o problema. Acima de 60 anos, a reclamação de disfunção erétil subiu para 60%. O levantamento mostrou que quem tinha menos sono REM tinha maior probabilidade de ter queixas de disfunção erétil. E os homens que acordavam muito durante a noite eram os que mais reclamavam do problema.
E quanto aos que dormiam bem?
Monica Andersen – Normalmente, os homens com bom padrão de sono não apresentaram queixa. Uma das conclusões é que quem dorme mal tem risco três vezes maior de apresentar disfunção erétil. Uma das causas é que a privação de sono reduz a testosterona, o hormônio sexual masculino. Praticar atividades físicas regularmente também se mostrou um fator protetor contra a disfunção erétil. Ou seja, para ter uma vida sexual normal é fundamental ter boas noites de sono e praticar atividade física.
Em mulheres essa relação também é encontrada?
Monica Andersen – Fizemos testes de privação de sono com ratas e observamos que, quando elas são privadas de sono REM em fases nas quais estão receptivas para o sexo, o desejo sexual aumenta muito. Por outro lado, quando a privação de sono REM foi imposta em fases nas quais a fêmea não estava disposta ao acasalamento, equivalentes à tensão pré-menstrual da mulher, a rejeição ao macho aumentou bastante. Registramos ratas agredindo os machos para evitar a relação. Mas não dá para extrapolar para as mulheres comportamentos como esse, porque, além do ciclo menstrual, a mulher também recebe influências de uma série de alterações psicológicas. Nessa linha, estou fazendo uma pesquisa com a ginecologista Helena Hachul, também da Unifesp, para averiguar se a privação de sono pode afetar a reprodução nas mulheres. Para isso, estamos investigando a relação entre qualidade de sono e gestação.
A falta de sono pode acelerar o envelhecimento?
Monica Andersen – Esse foi o resultado de uma pesquisa feita por Eve Van Cauter, da Universidade de Chicago, uma das maiores especialistas em sono no mundo. Ela mostrou que a privação de sono em uma idade jovem simula um quadro de envelhecimento precoce. Seria como se essas pessoas de repente tivessem 60 anos. Há indícios de que a falta de sono pode provocar estresse oxidativo, alterações cardiovasculares, maior risco ao diabetes e outros problemas que veríamos em uma pessoa mais velha. Conheço uma mulher jovem, de 23 anos, que dorme muito pouco e tem um colesterol altíssimo, por volta de 300. Essa foi inclusive parte de um trabalho meu, de 2004, que mostrou, em ratos, que a privação de sono provoca o aumento do colesterol ruim, o LDL.
Qual é o papel do sono no sistema imunológico?
Monica Andersen – Há exemplos muito interessantes em relação a isso. Muitos idosos que tomam a vacina contra a gripe voltam ao médico doentes dizendo que a vacina “não pegou”. Isso pode estar relacionado ao fato de o sono deles não estar bem consolidado. Um trabalho de 2003 na Alemanha acompanhou jovens que tomaram a vacina contra a hepatite e não dormiram na noite seguinte. Eles simplesmente não apresentaram anticorpos para a doença. Em uma segunda fase do mesmo estudo, outros jovens foram privados de sono antes de receber a vacina e eles também não formaram anticorpos.
http://correiodobrasil.com.br/privacao-de-sono-pode-afetar-o-desempenho-sexual/180155/

Perda de peso favorece saúde sexual de diabéticos

Perda de peso favorece saúde sexual de diabéticos
10/9/2009 12:22, Redação, com agências internacionais
O diabetes é uma das condições crônicas que mais causa impotência sexual. E, por ambas as condições estarem intimamente associadas à obesidade, uma intervenção para perda de peso é importante para os diabéticos com sobrepeso manterem uma vida sexual ativa, segundo estudo publicado no Journal of Sexual Medicine.
O diabetes causa problemas de circulação que afetam todo o corpo, mas, especialmente, o pênis, cujas artérias são minúsculas, causando problemas de ereção.
Embora a disfunção erétil seja comum em pacientes diabéticos com sobrepeso, poucos estudos examinam o efeito da perda de peso sobre o problema.
Os pesquisadores examinaram, durante um ano, 372 homens com sobrepeso ou obesidade que tinham diabetes tipo 2. Um grupo foi submetido a um programa de educação e apoio em relação ao diabetes, e outro, a intervenções intensivas no estilo de vida que incluíam perda de peso e atividades físicas.
Aqueles que participaram da intervenção tiveram melhoras mais consideráveis no peso, no condicionamento físico e na função erétil.
De acordo com os autores, 8% dos homens desse grupo apresentaram piora da função erétil em um ano, contra 20% dos participantes que receberam apenas informações sobre o diabetes. E, entre os voluntários que perderam peso, 70% se mantiveram na mesma categoria da função erétil, comparados com apenas 57% do grupo que não participou da intervenção.
Nessa amostra de homens idosos diabéticos com sobrepeso/obesidade, a perda de peso foi levemente útil na manutenção da função erétil.
http://correiodobrasil.com.br/perda-de-peso-favorece-saude-sexual-de-diabeticos/154743/

Impotência pode ser tratada com choques elétricos no pênis

Impotência pode ser tratada com choques elétricos no pênis
25/11/2009 14:27, Redação, com BBC

Remédios não curam impotência
Um estudo realizado em Israel e apresentado em um congresso de medicina sexual em Lyon, na França, indica que a impotência pode ser tratada com aplicação de choques elétricos no pênis.
Cientistas do Centro Medical Rambam, da cidade de Haifa, realizaram experiências com 20 voluntários que sofriam do problema há pelos menos três anos e conseguiram melhora em pelo menos 15 deles.
Segundo Yoram Vardi, chefe do Departamento de Neurourologia da instituição, o resultado do tratamento seria melhor do que o obtido com o uso de medicamentos como o Viagra e o Cialis.
– Remédios não são uma cura – os pacientes deixam de ter atividade normal quando param de tomar. Mas, com os choques, podemos fazer algo biológico contra o problema, e os pacientes conseguem ter atividade normal mesmo depois de terminarem o tratamento –, explicou o cientista.
Novos vasos sanguíneos
Em estudo com animais, já havia sido provado que choques de baixa intensidade estimulam o crescimento de novos vasos sanguíneos a partir de outros já existentes. Foi a partir daí que Vardi e seus colegas tiveram a ideia de tentar ajudar homens cuja impotência decorre da redução de fluxo sanguíneo em seus pênis.
– Problemas cardiovasculares são responsáveis pela disfunção erétil em aproximadamente 80% dos pacientes –, afirmou Vardi.
Segundo o cientista, na pesquisa, foram aplicados choques de “baixíssima intensidade”, sentidos como uma pequena pressão no pênis.
Em cada sessão dos testes, os voluntários receberam cerca de 300 choques em cinco pontos do órgão sexual, ao longo de três minutos.
– Não tivemos registro de efeitos colaterais, nem mesmo dor –, disse Vardi ao site LiveScience.
Os cientistas agora esperam realizar novos testes usando também um grupo de controle, que receberia um tratamento falso.
Apesar de otimista, Vardi alerta que o tratamento pode ser ineficaz nos casos de impotência causada por problemas musculares, de nervos ou outros.

http://correiodobrasil.com.br/impotencia-pode-ser-tratada-com-choques-eletricos-no-penis/157766/