quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Bissexuais reclamam que são discriminados por héteros e gays


19/09/2011 - 07h58
IURI DE CASTRO TÔRRES
DE SÃO PAULO
Em tempos de discussão sobre orgulho gay e orgulho hétero, 3% da população brasileira diz sofrer preconceito de ambos os lados.
São os bissexuais --mais de 5 milhões no país, segundo pesquisa Datafolha de 2009. Na próxima sexta, dia 23, eles vão comemorar o Dia do Orgulho Bissexual.
Um deles é Fábio*, 17. "Sinto atração pela beleza dos dois", diz. "As mulheres são mais meigas e suaves, já os homens têm pegada forte, são mais rústicos."
Como ele, a estudante de ciências sociais Maraiza Adami, 23, também é bi. Ela reclama: "Os héteros acham que ser bi é transitório ou promíscuo. Já os gays, principalmente dentro do movimento LGBT, acham quase uma agressão você ficar com alguém do sexo oposto."
Especialistas em sexualidade tentam entender as razões do duplo preconceito. O psiquiatra Alexandre Saadeh, especialista em identidade sexual do Hospital das Clínicas, lembra que é muito comum que a bissexualidade seja vista como uma fase anterior à confirmação da homossexualidade.
Marisa Cauduro/Folhapress
SAO PAULO, SP, BRASIL10-09-2011; Daniela Furtado, 24 criadora do site : be sides sobre bisexualidade.e seu namorado Danilo Milhioranca,26,webdesigner.( Foto: Marisa Cauduro/ Folhapress, FOLHATEEN)*** EXCLUSIVO FOLHA***
A bissexual Daniela Furtado, 24, com seu namorado Danilo Milhiorança, 25, heterossexual
Esse mito incomoda tanto Ilana Falci, 21, de Belo Horizonte, que ela quer editar um vídeo com vários bissexuais dando o seu depoimento. "O bi não é uma pessoa em dúvida", diz ela. "Não precisa decidir se gosta mais de homens ou de mulheres."
O projeto de Ilana se chama "Sou Visível". É possível encontrar mais informação sobre ele em bisides.com.
Esse site foi criado por outra bissexual, a estudante de secretariado executivo Daniela Furtado, 24. Um dos seus objetivos é utilizar a página para discutir como lutar contra o que ela chama de "bifobia".
Os participantes do site reclamam que, apesar da sigla LGBT incluir os bissexuais, gays e lésbicas "negam lugar" a eles no movimento. "Eles se sentem no direito de nos olhar com desconfiança", diz um dos textos. "Então eu pergunto: o que gays e lésbicas propõem que nós façamos quando o sexo de quem amamos é diferente do nosso?"
Daniela já namorou tanto meninas quanto meninos. Atualmente, está há três anos com Danilo Milhiorança, 25, que é heterossexual.
"Ela foi muito honesta comigo e sempre me fez sentir seguro, então está tudo certo", diz o rapaz.
Entre os bissexuais famosos, estão os cantores David Bowie e Lady Gaga, o vocalista do Green Day, Billie Joe Armstrong, e as atrizes Megan Fox e Angelina Jolie.
ALGO CURIOSO
Nem todo mundo, porém, é tão convicto da sua bissexualidade quanto esses famosos. E não há nada de errado nisso, diz Maria Helena Vilela, educadora sexual e diretora do instituto Kaplan, que faz estudos sobre sexualidade.
Na adolescência, afirma, é comum a confusão entre admiração e tesão. Muitos jovens, então, acabam tendo experiências com o mesmo sexo, com amigos, por exemplo.
Mas isso não necessariamente os faz homo ou bissexuais, já que a identidade só é completamente estabelecida na fase adulta.
"Os adolescentes têm hormônios saindo pelos ouvidos e maior disponibilidade para o sexo, então é mais complicado separar a curiosidade", explica Saadeh.
Lúcia*, 18, por exemplo, só transou com garotos, mas, desde o começo do ano, tem experimentado ficar com algumas amigas. "Nunca tinha cruzado minha mente a ideia de ficar com meninas, mas rolou um dia e eu gostei, então estou vendo o que realmente quero", diz.
*Nomes fictícios

Falta de sono pode causar impotência

Homens que descansam pouco têm mais chances de ter disfunção erétil


Um estudo da Universidade Federal de São Paulo revela que distúrbios no sono podem comprometer a vida sexual do homem. Segundo a pesquisa, aqueles que dormem mal e descansam pouco podem sofrer de impotência sexual. Eles têm três vezes mais risco de ter disfunção erétil.

O estudo foi feito com ratos que privados do sono, tiveram excitação sexual, mas não conseguiram fazer a penetração. Eles tiveram o desejo, sem manifestar a função erétil adequada.

A explicação para esse problema é que a privação do sono reduz a produção de testosterona, hormônio sexual masculino. A falta de uma noite boa se sono também pode ocasionar outros problemas, alertam especialistas. Ela causa estresse, envelhecimento precoce, obesidade, alterações cardiovasculares, maior risco de diabetes e aumento de colesterol.

Por Carolina Abranches

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Polícia de SP registra ocorrência após relato de estupro por pensamento


20/09/2011 18h41 - Atualizado em 20/09/2011 19h43
Mulher afirma que homens não a tocaram, mas abusaram sexualmente dela.

Após queixa em delegacia, policiais pediram exame psicológico.

Kleber TomazDo G1 SP
A Polícia Civil de São Paulo registrou um boletim de ocorrência de uma mulher que afirmou ter sido estuprada "por pensamento" por dois homens. Policiais da 3ª Delegacia de Defesa da Mulher, na Zona Oeste da capital paulista, pediram um exame psicológico da suposta vítima ao Instituto Médico-Legal (IML). O caso ocorreu em 18 de maio deste ano, mas só foi revelado publicamente nesta semana depois de o documento vazar na internet e gerar polêmica nas redes sociais.
Foram feitos comentários favoráveis e contrários à elaboração da queixa pela polícia. O G1procurou a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública para comentar o assunto. A secretaria foi questionada sobre qual foi a conclusão do boletim de ocorrência, se a mulher realizou o exame e qual o seu resultado e onde ela se encontra atualmente.

Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, "a delegada Luciana Martin de Oliveira Souza, titular da DDM, disse que em setembro de 2010 havia sido instaurado inquérito atendendo ofício do MP pedindo apuração dos fatos, que o inquérito foi relatado ao fórum central em abril deste ano e que a mulher não voltou com exame e não tem informações sobre o seu paradeiro".
Cópia do boletim obtida pelo G1 mostra que a suposta vítima voltou a procurar a delegacia, que fica no Jaguaré, por volta das 17h do dia 18 de maio. Lá, relatou a uma escrivã e a uma delegada ter sido violentada por dois homens que usaram a força da mente para abusar sexualmente dela sem tocá-la.
O relato da dona de casa está em três páginas do documento, registrado como “Boletim de Ocorrência de Autoria Conhecida”. Nele, estão os nomes da “declarante” e das “partes” (dois homens).
Trechos do BO de mulher que relata ter sido estuprada por pensamento - Nova (Foto: Reprodução / Polícia Civil)Trechos do boletim de ocorrência de mulher que relata ter sido estuprada por pensamento (Reprodução / Polícia Civil)
Os nomes dos envolvidos foram suprimidos nos colchetes pela equipe de reportagem.

Comparece a declarante noticiando que desde o dia seis do mês de junho do ano de 2010 vem sendo estuprada por pensamento por [...] e [...], ora partes”, escreveram no histórico do boletim as policiais que ouviram o depoimento da mulher, uma dona de casa de 39 anos, separada, que mora no bairro do Rio Pequeno.

A declarante alega que desde que conheceu [...], este lhe concentra (a declarante chama a relação sexual por pensamento de concentração). Declara que [...] mentaliza e possui o poder de lhe forçar ao ato sexual por pensamento sem lhe tocar”, informa a ocorrência.

Em outros trechos do boletim, a mulher contou que os supostos agressores mentais “não usam preservativo” e que o ato sexual lhe causa dores nos órgãos sexuais, pois “é cometido mediante violência e nenhuma das partes envolvidas é carinhosa durante as concentrações”.

Também há relatos de eram, segundo ela, as relações sexuais por pensamento, informando que os homens se revezavam e um deles “arrancava a sua roupa” e que “sempre tomava remédios, para não engravidar por pensamento”.

A mulher também afirmou que já fez outros boletins de ocorrência para relatar o mesmo fato e que chegou a procurar a Polícia Federal, que lhe orientou a ir para uma delegacia especializada.
Em seu depoimento, a suposta vítima ainda pede a prisão dos “concentradores” porque “pretende se dedicar a um convento, visto que se cansou do ato sexual e deseja se tornar freira”.

Ela também solicitou que um investigador morasse com ela para ela se sentir mais segura.
Após essa afirmação da mulher, os policiais escreveram na terceira página do boletim que foi “requisitado I.M.L / Psicológico para a declarante. Declaro que mediante Requisição do Ministério Público, já foi instaurado por esta especializada Inquérito Policial sob o nº 388/2010 para cabal apuração dos fatos”.

G1 não conseguiu localizar a assessoria de imprensa do Ministério Público de São Paulo para comentar o assunto.

Ainda na última página do boletim, escrivão e delegado relatam que procuraram o filho e o irmão da mulher. O adolescente de 15 anos chama a mãe de “velha louca” e pergunta: “Será que vocês não percebem?”. O irmão contou que a dona de casa é sua irmã adotiva e que sempre teve problemas.

G1 também localizou o irmão da mulher. “Ela é minha irmã adotiva, vivia com meu pai e ele faleceu no ano retrasado. Eu não tenho contato com ela e não quero ter contato. Ela é meio estranha. Há mais de 20 anos eu não convivo com ela. Ela deve ter problema psicológico”, disse o comerciante Iginio Gonzales Gestoso, de 59 anos, por telefone. Questionado se sabe onde a irmã está, ele informou: “Não sei e não quero saber”.

G1 procurou as associações dos delegados e dos escrivães da Polícia Civil de São Paulo para opinar sobre o caso.

“Só quem faz um plantão sabe as agruras de um plantão. É um pronto-socorro social. Seria leviana de fazer análise. Boletim não criminal não gera nenhum efeito. O destino é o arquivo. Talvez tenha sido feito para preservar as pessoas acusadas. Tem que dar uma resposta imediata. É muito relativo, precisa de cautela antes de se fazer juízo de valor”, disse a delegada Marilda Pasonato, presidente da Associação de Delegados da Polícia Civil de São Paulo.

“Em 41 anos nunca vi isso. Eu não registraria, mas o escrivão só faz aquilo que o delegado pede”, disse o escrivão Oscar de Miranda, presidente da Associação dos Escrivães da Polícia Civil de São Paulo.

Alimentos afrodisíacos para estimular tu vida sexual

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É preciso ‘diluir’ o preconceito

No homem, o trabalho é desinibir a fim de que problema seja exposto sem rodeios, visando uma melhor qualidade de vida na cama e fora dela. As disfunções sexuais masculinas podem afetar o desejo sexual e, sobretudo, alterar de forma considerável o psicológico. "Constipação, dores pélvicas em geral, incontinência urinária e fecal são focos da minha especialização", comenta a fisioterapeuta Helena Facio.

A parte fisiológica do corpo frente a estímulos sexuais causam frustração não só ao homem como ao seu par. Buscar terapia, fisioterapia e um médico parecem resolver. Na terceira idade, as mudanças físicas, patológicas, sociais e emocionais acentuam o sofrimento. As dificuldade pós-cirúrgicas são avaliadas na fisioterapia coloproctológica.
"Trabalhar o reforço do controle muscular da região pélvica ajuda no trabalho contra a incontinência, até na dificuldade de ereção junto à medicação prescrita pelo médico", afirma Helena.
Hoje, o idoso garante melhor condição de manter qualidade na vida sexual, graças a medicações novas como também à atenção que lhe é dada. As dificuldades normalmente se iniciam a partir dos 40-50 anos. Nesta fase, há diminuição lenta e gradual da testosterona
Há também uma série de fatores de risco como maior incidência de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes, obesidade e dislipidemias. Tais problemas são agravados, muitas vezes, pelo fumo, álcool, estresse e sedentarismo.

Somado aos avanços tecnológicos, os programas sociais do governo, os cuidados de prevenção e educação médica contribuem para aumentar a expectativa de vida da população idosa no Brasil.
A Organização Mundial da Saúde classifica como idoso o indivíduo com idade igual ou superior a 65 anos. No Brasil, o estatuto do idoso reconhece os direitos dos indivíduos após os 60 anos. A previsão é de 30 milhões de idosos em 2025.
http://www.odiario.com/saude/noticia/492636/e-preciso-diluir-o-preconceito/

Vencendo tabus: falta de desejo sexual pode estar relacionada a fatores sociais

A falta de desejo sexual nas mulheres é um problema mais comum do que se imagina. Amaury Jr, ginecologista, sexólogo, secretário-geral da Sociedade Brasileira de Sexologia, professor e médico da UFRJ, explicou ao SRZD como funciona o desejo sexual da mulher.
De acordo com ele, possuímos duas especificidades diferentes de desejo. A primeira é o "desejo reflexo", que é a resposta ao estímulo de toque e pensamento. "A mulher vê uma cena ou sente um toque, por exemplo, e o sistema nervoso autônomo dela faz com que fique lubrificada. Isso não quer dizer, necessariamente, que ela está com vontade de transar", explica. A segunda especificidade é o "estímulo subjetivo", correspondente às ponderações que fazemos antes de decidir ou não por uma transa. "Será que vale a pena? Estou sendo usada?". As mulheres costumam pesar os prós e contras de se relacionar sexualmente com alguém.
A herança de uma tradição baseada na beatificação e dessexualização da mulher fez com que, muitas vezes, o sentimento de culpa bloqueasse a sua libido. A educação que teve em casa e as experiências que viveu ao longo da vida podem influenciar em sua sexualidade. De acordo com Amaury, "essas ponderações são incutidas na cabeça da menina desde cedo. É uma questão social". O homem, por sua vez, decide transar a partir do desejo reflexo. Ou seja, para ele o que interessa é, principalmente, chegar ao gozo. "A mulher transa, porque quer, e não pelo gozo", explica.
Assim, a partir do momento em que a mulher se incomoda com a falta de desejo sexual, "é preciso estudar o histórico sexual dela desde pequena. Quando era menina, ela se tocava? Ia ao ginecologista? Tinha interesse pelo próprio corpo? Explorava-se na frente do espelho? Coibia-se? Tinha medo?". Encontrar estas respostas pode ser decisivo para entender a origem da falta de desejo.
Além do mais, conversar com o parceiro é essencial. Para Amaury, "sexo é o reflexo final de um relacionamento. É resultado de todo o seu comportamento e sua saúde. Existe um preconceito muito grande, uma ideia de que existem coisas proibidas. Sexo na cama é uma brincadeira de adultos. É preciso haver liberdade dentro de uma permissividade. Muitos casais não criam liberdade, não ousam, existe falta de conversa. A gente precisa estar sempre inovando, tentando uma coisa aqui, outra ali, para se descobrir, e descobrir o que o casal gosta de fazer junto". Ele explica que a masturbação na frente do companheiro, por exemplo, é tabu para muita gente. A mulher pegar na mão do homem e mostrar para ele onde ela sente mais prazer, nem se fala!
Fingir sentir prazer com o namorado ou esquivar-se de manter relações sexuais com ele é como privá-lo da realidade e até mesmo rejeitar o seu apoio. Portanto, uma conversa sincera e aberta pode, com toda a certeza, abrir portas para a resolução de qualquer problema.
A diminuição da libido pode estar associada a muitos outros fatores, como a idade avançada, desequilíbrios hormonais, infecção e depressão. É importante estar atenta a todos estes aspectos. Sexo bom é sinal de bom-humor, saúde e satisfação.
http://www.sidneyrezende.com/noticia/145957+vencendo+tabus+falta+de+desejo+sexual+pode+estar+relacionada+a+fatores+sociais

Afrodisíacos funcionam?

 
Revistas femininas e masculinas estão repletas de receitas infalíveis para enlouquecer o parceiro. "Saiba quais são os afrodisíacos que realmente funcionam", dizem, listando alimentos que serviriam como estimulantes sexuais. Amendoim, catuaba, pimenta, ginseng, açafrão, espora do passarinho quero-quero... a lista é interminável. E inútil. Caso você ainda tenha alguma dúvida a respeito, pode esquecer: afrodisíacos não funcionam. As reações a esses alimentos, quando existem, são puramente psicológicas.

A palavra afrodisíaco remete a Afrodite, a deusa grega do amor, que serviu de inspiração para alguns dos mitos que cercam alimentos e sexo. Como Afrodite teria nascido no oceano, os frutos do mar ganharam uma aura de prazer: quem nunca ouviu falar no poder mágico das ostras? O historiador romano Plínio (23-79) chegou a enumerar as receitas mais populares para restaurar o apetite sexual: folhas de mandrágora, alho triturado com coentro fresco... Diz a lenda que Cleópatra esfregava mel e amêndoas nas partes íntimas para excitar o imperador Marco Antônio.

Passaram-se milênios, mas as lendas persistem. "O poder dos afrodisíacos se baseia mais em folclore que em ciência", diz Meryl S. Rosofsky, professora de nutrição da Universidade de Nova York, em artigo publicado na Encyclopedia of Foods and Culture. "A pimenta, por exemplo, acelera a pulsação e induz o suor, imitando o estado de excitação sexual - o que é bem diferente de provocá-lo", diz.

"Afrodisíacos não existem", diz o sexólogo Gerson Lopes, coordenador do setor de Sexologia do Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte. Isso não quer dizer que as pessoas não possam, eventualmente, sentir mais prazer ao consumir algum desses alimentos. "Os afrodisíacos podem funcionar como um placebo, atingindo o objetivo por um efeito psicogênico." Ou seja: a ostra não vai turbinar o seu desejo, mas sua autoconfiança pode aumentar se você acreditar nisso. Afinal, no reino da comida e do sexo, nada mais estimulante que a imaginação.
http://super.abril.com.br/alimentacao/afrodisiacos-funcionam-621674.shtml