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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Preso pastor acusado de ejacular ‘esperma de Deus’ em obreiras


SEXTA-FEIRA, 31 DE AGOSTO DE 2012

A polícia de Manaus (AM) prendeu o pastor Cleison Alves de Souza, 37, sob a acusação de estuprar duas obreiras, uma de 15 e outra de 17 anos. Segundo as vítimas, ele dizia que ejaculava “esperma de Deus”.
A Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) pediu à Justiça na semana passada prisão preventiva do pastor, após ter recebido a denúncia das adolescentes.
O pastor foi preso na noite ontem (30) quando pregava na Igreja Pentecostal Deus Altíssimo, na região centro-oeste da cidade. A polícia soube que ele estava ali por intermédio de uma denúncia anônima.
Uma das vítimas contou que Souza dizia que, por ser pastor, podia ter o corpo da fiel que quisesse. Ela contou que foi obrigada a assistir a um vídeo onde um menino de 11 anos aparece sendo estuprado pelo pastor com o uso de um cabo de vassoura.
As jovens estão recebendo apoio psicológico. Uma delas foi colocada no Provita (Programa de Proteção  Vítima e Testemunhas Ameaçadas).
Segundo a delegada Raquel Sabat, Souza dizia às vítimas que também era da polícia e usava um revolver e um distintivo.  A polícia pediu um mandado de busca e apreensão para examinar a casa do suspeito.
Até este momento, nenhum advogado falou à imprensa para dar a versão do pastor.
Sabat informou que o evangélico vai responder por crimes de estupro de vulnerável e, caso confirmado o uso do distintivo policial, por falsidade ideológica.
Com informação de A Crítica, entre outras fontes.

http://www.paulopes.com.br/2012/08/policia-prende-pastor-acusado-de-ejacular-esperma-de-deus-em-obreiras.html

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Documentário abre debate sobre assédio sexual nas ruas europeias


Mário Camera
Atualizado em  14 de agosto, 2012 - 10:28 (Brasília) 13:28 GMT
Uma jovem belga de apenas 25 anos decidiu gravar o que ouvia dos homens enquanto caminhava pelas ruas de Bruxelas – e principalmente de sua vizinhança, em um bairro pobre da cidade. O resultado foi o documentárioFemme de la Rue (Mulher da Rua, em tradução livre).
Cena do documentário de Sofie Peeters (Foto Divulgação)
Cena do documentário: relato de outras mulheres mostra que problema de assédio é comum
Com uma câmera escondida, Sofie Peeters registrou o assédio sexual e os insultos que sofria enquanto caminhava pela capital belga.
nicialmente pensado como trabalho de conclusão de seu curso de cinema, o documentário acabou suscitando um debate sobre a violência sofrida por milhares de mulheres todos os dias e ultrapassou as fronteiras da Bélgica.
A maioria das imagens do assédio sofrido por Sofie foi gravada em Anneessens, um bairro pobre de Bruxelas, onde a jovem mora há dois anos. O bairro tem uma grande população do norte da África, de países árabes e muçulmanos – e a maior parte dos homens gravados realmente era de origem norte-africana. Por isso, Peeters foi acusada de racismo por alguns críticos.
As cenas mostram uma sucessão de homens abordando a jovem à medida que ela avança em seu caminho pelas calçadas e parques da capital belga. Um deles chega pelas suas costas, dizendo que ela é “linda”. Outro, simplesmente a cruza na calçada, vira o rosto em sua direção e a chama de "vadia".
Cena do documentário de Sofie Peeters (Foto Divulgação)
Homens fotografam Sofie em parque, em cena incluída em seu documentário
Em outra sequência, Sofie passa em frente a um bar, com mesas na calçada. Um homem diz que "se ninguém fizer um elogio, ela vai se sentir mal". Em outra cena, um rapaz a convida para beber algo em seu apartamento. Diante da recusa, ele insiste e diz que Sofie o deixa "com vontade", o que faz com que seja "normal" abordá-la daquela maneira.
"Acho que a primeira coisa que uma mulher se pergunta é: 'Sou eu? Foi algo que fiz? São as minhas roupas?'", contou a jovem, em uma entrevista à emissora de TV belga RTBF que já foi vista por mais de um milhão de pessoas no YouTube. O filme mostra, ainda, testemunhos de outras vítimas de assédio nas ruas da cidade.

Testemunho das francesas

As frases recheadas de vulgaridades e a violência com a qual alguns homens abordam a jovem no documentário, feito em plena capital da União Europeia, causaram indignação no resto do continente.
O assunto, que é raramente tratado pela imprensa, ganhou espaço em jornais, revistas e emissoras de TV na França, um dos berços do movimento feminista. O assédio sexual de rua, travestido de simples "cantada", também gerou debate nas redes sociais francesas.
Cena do Documentário de Sofie Peeters (Foto TV Brussel)
Mulher dá depoimento pessoal no vídeo de Sofie Peeters
Depois que um jornalista escreveu em seu Twitter que ainda não tinha visto "nenhuma menina reclamar de ter recebido o mesmo tratamento" na França, centenas de mulheres postaram na rede social alguns exemplos de comentários agressivos, repletos de conotações sexuais, que são obrigadas a escutar diariamente nas principais cidades do país.
Por coincidência, o Parlamento francês aprovou na última semana uma lei mais dura contra o assédio sexual, após um vazio jurídico ter sido criado pela anulação de uma lei anterior, considerada ambígua pelos magistrados.
A Bélgica também adotará medidas para diminuir a violência verbal sofrida pelas mulheres. Uma lei que deverá entrar em vigor em setembro prevê multas por assédio sexual na rua.
Sofie Peeters decidiu deixar Bruxelas e voltar a viver em uma cidade menor, no interior do país.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Alunos repudiam manual de calouros que dita 'obrigações sexuais'


29 de março de 2012  10h00  atualizado às 11h33



Um "manual de sobrevivência" que afirma que garotas têm a obrigação de "manter uma relação sexual" com os homens causou indignação e polêmica ao ser distribuído por um grupo de alunos de direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O material de oito páginas, além de oferecer dicas dos melhores lugares para beber na região, mostra um tópico que ensina ao calouro "como se dar bem na vida amorosa utilizando a legislação brasileira".
O livreto foi produzido pelo Partido Democrático Universitário (PDU), grupo que comandava o centro acadêmico da instituição até 2011, e foi distribuído neste mês aos estudantes. Os responsáveis estão sendo acusados por grupos feministas e de esquerda da universidade de machismo e de incitar a prática ao estupro . Os alunos que se sentiram ofendidos iriam se reunir nesta quarta-feira para decidir se fariam ou não uma reclamação à direção da faculdade.
A Assembleia Nacional de Estudantes - Livre (Anel) publicou em seu blog uma nota escrita pelo Grupo de Gênero, também do curso de Direito da universidade, repudiando o ato. No documento de nome "Como cagar em cima dos humanos em 12 lições", os veteranos procuraram abordar de forma bem humorada o cotidiano dos alunos da faculdade, citando códigos penais para cada situação que possa vir a acontecer, como conhecer uma garota, por exemplo.
Segundo o manual, a mulher tem o papel de cumprir as obrigações impostas pelo homem. "Ela prometeu e não cumpriu. Disse 'vamos com calma': art. 252,§ 1º Código Civil: 'Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra'. Ela vai ter que dar tudo de uma vez!", cita um dos parágrafos do livreto.
Ainda na nota publicada, estudantes afirmam que "o manual em questão, que reitera a perspectiva de domínio masculino sobre a mulher, é claramente uma prática agressiva e atentatória à dignidade feminina", dizendo ainda que as pessoas não devem, então, levar a sério casos de estupro, visto que a mulher teria colaborado com o ato por estar usando uma roupa mais provocante ou dar atenção a um homem em uma festa.
As mulheres que assinam o repúdio ao manual dizem em resposta: "temos autonomia sobre nossos corpos para dispor de nossa sexualidade como quisermos, e devemos ser respeitadas. Não somos os objetos de satisfação de prazer egoísta que a mídia impõe. Não viemos para servir a homens, veteranos, pdu's ou não".
Com informações do jornal Folha de S. Paulo e do blog da Anel.

http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5691952-EI8266,00-Alunos+repudiam+manual+de+calouros+que+dita+obrigacoes+sexuais.html

quinta-feira, 29 de março de 2012

Manual de calouros dita 'obrigação sexual' de alunas da UFPR


29/03/2012 - 10h59
DE SÃO PAULO

Um "manual de sobrevivência" distribuído a calouros do curso de direito da UFPR (Universidade Federal do Paraná) causou indignação de alunos. O livreto de oito páginas afirma que mulher "tem a obrigação de dar" e que não pode ser parcelado.
A informação é da reportagem de Jean-Philip Struck publicada na edição desta quinta-feira da Folha. A reportagem completa está disponível a assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
O material afirma ainda que se uma garota disser "vamos com calma", o aluno deve dizer "não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra", segundo um trecho do artigo 252. E conclui: "Ela vai ter que dar tudo de uma vez".
O livro foi produzido pelo PDU (Partido Democrático Universitário), grupo que até 2011 comandava o centro acadêmico local, e começou a ser distribuído neste mês.
O estudante de direito André Arnt Ramos, presidente do PDU, disse à Folha, por e-mail, que o manual era uma "piada" e que não tinham a intenção de ofender ninguém". "Peço desculpas se isso aconteceu", disse Ramos.
Editoria de Arte/Folhapress
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1068893-manual-de-calouros-dita-obrigacao-sexual-de-alunas-da-ufpr.shtml

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Grooming, de Paco Bezerra, las enfermedades del ciberespacio


En el madrileño Teatro de La Abadía, José Luis Gómez vuelve a promocionar a los jóvenes dramaturgos, con nuevos estilos y temas renovados, programando y dirigiendo Grooming, de Paco Bezerra, obra centrada en el acoso por internet a menores.

Rafael Fuentes
19-02-2012




Grooming, de Paco Bezerra
Director de escena: José Luis Gómez
Espacio escénico: José Luis Gómez
Iluminación: Juan Gómez.Cornejo (AAI)
Intérpretes: Nausicaa Bonnín y Antonio de la Torre
Lugar de representación: Teatro La Abadía. Madrid
Por RAFAEL FUENTES
Grooming, de to groom: “cepillar” o “preparar”, se ha convertido recientemente en un eufemismo para designar un delito nuevo relacionado con la difusión de internet y las redes sociales: el acoso cibernético a una persona a través del ordenador, por regla general a un menor de edad. Tras este ciberacoso a menores se esconde una parafilia con muchos siglos de antigüedad como pueda ser la pederastia. Paco Bezerra aborda, así, en Grooming, las parafilias —o desviaciones sexuales- en la era de internet, que encuentran más posibilidades tras la cortina de anonimato que proporcionan las nuevas tecnologías cuando estimulan a los usuarios a inventar variadas apariencias, múltiples cuentas de correo, identidades diversas bajo nicks o nombres falsos en chats y redes sociales, que en innumerables ocasiones ocultan a la persona real, a la vez que favorecen dar rienda suelta a impulsos furtivos, escondidos tras personalidades anodinas o de apariencia respetable. Sin duda, José Luis Gómez, director de la obra al mismo tiempo que director del Teatro La Abadía, donde ésta se representa, ha querido ofrecer al público otra muestra de los jóvenes dramaturgos cuyos textos dan testimonio de problemas novedosos y de la inexorable renovación de los estilos de vida que se abre paso conforme el siglo avanza.
Sien embargo, el interés de José Luis Gómez por Paco Bezerra y por Grooming está, con toda probabilidad, sustentado en otras cualidades del joven autor y su texto. El acoso cibernético y las renovadas oportunidades de las parafilias en internet, por sí mismos, serían un excelente asunto para un reportaje periodístico o un ensayo de actualidad. Existen en Grooming de Bezerra aspectos más genuinamente dramáticos como son las relaciones de poder que en cualquier momento pueden cambiar de signo. El poder del pederastra comienza a ejercerse en el ciberespacio, pero la pieza afronta esos cambiantes vínculos de dominio cuando la víctima y el verdugo se encuentran cara a cara en un solitario parque de la ciudad, y a partir de ese momento el pulso psicológico por imponer la fuerza y el mando se desarrolla mediante una esgrima psíquica y verbal en estado puro, sin mediación de tecnología alguna. Ese duelo entre el pederastra y la menor se desenvuelve con una gran tensión emotiva que va girando sobre sí misma hasta dar vuelcos inesperados. El estilo de Paco Bezerra, pese a su juventud, posee una inesperada madurez. Se trata de un estilo sucinto, escueto, breve, con frases como latigazos que golpean en el centro de la cuestión. Bezerra elude, no obstante, el aforismo o la sentencia conceptual. Sus concisas réplicas y contrarréplicas provienen exclusivamente del habla coloquial, pero tienen la enorme habilidad de sugerir mucho más de lo que dicen, evocando en los espectadores conflictos y conceptos que trascienden extraordinariamente el ámbito del lenguaje conversacional.
Esa autolimitación a un sobrio diálogo coloquial engarza perfectamente con la escasa preparación cultural de los protagonistas, que les impide autoanalizarse y comprenderse a sí mismos. Es un gran acierto que la fuente de conocimiento de ambos personajes no provenga de la lectura, sino del cine. Cuatro películas: un filme sobre Julio Iglesias, dos de Alfred Hitchcock —Con la muerte en los talones y La ventana indiscreta-, así como la versión cinematográfica de Alicia en el país de las maravillas, son las únicas fuentes de autoexplicación a las que recurren los dos protagonistas, obteniendo una información de sí mismos exclusivamente visual que les obstaculiza autoanalizarse, conocerse y afrontar el sufrimiento del que son víctimas. Inolvidable, en este sentido, la interpretación de Antonio de la Torre encarnando a un pederastra esquizoide, más allá de un personaje de una sola pieza, lleno de aristas y contradicciones, arrogante y banal, hábil en manejar los hilos del poder desde una profunda debilidad interna, tan rudo como enfrentado a sí mismo cuando la parafilia que le domina es una fuente más de dolor que de placer.
A partir de estos componentes, José Luis Gómez vuelve a realizar una puesta en escena deslumbrante. El parque urbano, con su banco y su farola torcida, se van transformando en un territorio mágico cuyo bellísimo cromatismo le confiere la tonalidad de una pesadilla. Una belleza siniestra donde la vida real de los personajes solo queda sugerida y donde cada palabra y acto de los protagonistas evoca permanentemente la posibilidad de un brutal mazazo de violencia. Texto y puesta en escena se asocian para que las acciones explícitas invoquen una brutalidad que gravita sobre los hechos más banales con la aparente amenaza de desencadenarse furiosamente de un instante a otro.
El tramo final de la obra está marcado por la vuelta de tuerca que supone la irrupción de una parafilia tan extrema y extraña como es la “tafefilia”. La trama fuerza sus límites, tensando aún más la expectación del público. Como contrapartida, la acción, en su sección postrera, pierde veracidad, pues el desenlace ha buscado un último golpe de efecto, desde un punto de vista formal impecable, pero, quizá, excesivamente cerebral como si se tratase del resultado de una partida de ajedrez. Un final que sorprende a costa de limitar la emoción. Continúa el estilo, pero no la autenticidad. No habría sido necesario forzar ese giro último que asombre porque la temática, los personajes y el estilo dramático son ya gratamente asombrosos por sí mismos.

http://www.elimparcial.es/cultura/grooming-de-paco-bezerra-las-enfermedades-del-ciberespacio-99740.html

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Assédio sexual nas escolas é assustadoramente comum

Ilustrativa
É difícil encontrar alguém que não tenha sofrido nenhum tipo de assédio sexual na escola – desde comentários sobre o sutiã de meninas que estão começando a se desenvolver fisicamente até meninos que tiveram suas calças abaixadas ou sofreram preconceito e afirmações depreciativas sobre sua sexualidade.
O assédio sexual nas escolas é mais comum do que parece. Um novo estudo descobriu que mais da metade das meninas – e muitos meninos – sofreram pelo menos uma situação de assédio no ensino médio ou fundamental. E embora algumas pessoas possam afirmar que são apenas “crianças sendo crianças”, as vítimas podem sofrer com muitos maus efeitos no futuro.

De acordo com a revista Times, um estudo com quase 2 mil crianças descobriu que 56% das meninas e 40% dos meninos sofreram assédio sexual em algum momento no ano letivo anterior. 46% das garotas e 22% dos meninos relataram “indesejáveis comentários sexuais, gestos ou piadas”, enquanto 13% das meninas e 3% dos meninos mencionaram terem sido tocados contra sua vontade.

A estatística mais assustadora é que 3,5% das meninas e 0,2% dos meninos foram forçados a realizar um ato sexual, e uma parcela igual de meninos e meninas – 18% – foram chamados de gays de forma depreciativa.

Muitos adultos se lembram da escola como um local de comentários sobre sutiãs, agarramentos indesejados, comentários depreciativos sobre a sexualidade e coisas do gênero. E ainda que isso tenha sido extremamente doloroso, muitos adultos não se esquecem, mas carregam por muito tempo os comentários maldosos sobre eles, que começaram com a escola.

37% das meninas e 25% dos meninos disseram que o assédio fez que eles desejassem evitar a escola. 22% das vítimas do sexo feminino e 14% do masculino relataram até problemas para dormir. Esses números são ainda maiores entre crianças que foram perseguidas tanto online como pessoalmente – 46% dessas vítimas não queriam mais ir à escola, enquanto 44% delas tiveram problemas no estômago e 43% tiveram problemas de estudo.

Claramente, o assédio não é apenas uma brincadeira de crianças e adolescentes – além de afetar o desempenho escolar, prejudica a saúde. Assim, não deve ser tratado como um rito normal de passagem.

De acordo com a pesquisa, as escolas deveriam criar uma política contra o assédio sexual e certificar-se que ela seja divulgada e aplicada. As escolas devem assegurar que os estudantes sejam informados sobre os seus direitos, incentivando os jovens a falar sobre o assédio com a escola. Pais e colégios devem estar cientes que alunos merecem um ambiente de aprendizado em que o assédio seja uma ofensa punível, e não algo com o que eles devam lidar com naturalidade.


Fonte: Hypescience.com

domingo, 23 de outubro de 2011

The Wisdom of the Womb, Part Two: Healing Sexual Trauma


by Veronica Monet

Published: October 18, 2011
Sexual trauma often occurs in response to incest, molestation and rape; but other events can incur sexual trauma as well. Both necessary and unnecessary medical procedures can lead to sexual dysfunction if they result in damage to the sex organs or pelvic trauma.
According to Dr. Jennifer Berman’s website, common causes of pelvic trauma include hysterectomy and medical interventions during childbirth. If your sexual response has been diminished by these procedures, Dr. Berman advises “It is important to seek evaluation and treatment from a doctor who is trained in diagnosing sexual dysfunction secondary to pelvic injury. You should be evaluated for blood flow, genital sensation, as well as receive a neurological work-up to determine the degree (if any) of nerve damage. Depending on the kind and extent of damage done, there are some treatments available including blood flow enhancing agents and devices, as well as creams that can help restore some degree of sensation and arousal.” Many doctors still insist that procedures such as hysterectomy and episiotomy result in little to no reduction in sexual satisfaction for women. However, research such as that of Naomi Miller Stokes who “interviewed 500 women from all walks of life and from all over the United States regarding their experiences in the aftermath of hysterectomy” paints a different picture. Of the women surveyed, over 95 percent experienced less sexual desire after their hysterectomy and nearly 80 percent lost their sexual appetite completely. [Reclaiming our Health by John Robbins, chapter 7, page 135]

Addressing the physiological aspects of any sexual or pelvic trauma is very important. It is also important to heal the psychological and emotional aspects of trauma. While the culture grants a great deal of permission to grieve sexual trauma resulting from rape and molestation, individuals grieving a medical procedure may be hard pressed to find support for their emotional healing.

Whether you have undergone a medical procedure out of necessity or due to unimaginative or fallacious medical practice; if that procedure has resulted in sexual dysfunction, you will likely experience emotions of loss or even rage. Recognizing your feelings, giving yourself permission to have them and seeking treatment for grief and anger are crucial for good mental health.

Those who admonish us to “get over it” may mean well but such an approach rarely achieves the level of transformation most of us crave. Instead we are compelled to do the heavy lifting of discovering our deepest grief that we might be free of its lingering effects on our daily lives. That work can involve a variety of modalities including talk therapy, recovery groups, journaling and somatic therapies.

As both a survivor of incest and rape, I have been engaged in a long, fruitful journey of sexual recovery for over twenty-five years. Leaving anorgasmia behind and becoming multiply orgasmic required that I dig deep into sexual trauma.

In the beginning, I met with a therapist and attended several recovery groups. I kept a journal as well. While time consuming, giving my recovery my total focus netted me the dramatic, positive results I desired.

Body centered therapy soon followed. I beat my despair and rage into pillows. I visited body workers for massage, acupuncture and Rosen Work. Gradually, the numbness which often accompanies sexual trauma was replaced with sensations of both pleasure and pain which I was unfamiliar with. At times it was totally overwhelming but I stuck with it and when I got to the other side, I discovered pleasures I had never experienced before.

That pleasure was not just sexual. I also experienced laughter in a completely new way: from the top of my head to the tips of my toes. I was elated and I became even more committed to a path of recovery.

While many different professionals and resources comprised my recovery from sexual trauma, there exist today even more treatments and resources for anyone seeking sexual wholeness and joy. For instance, Staci Haines’ DVD, Healing Sex: A Mind-Body Approach to Healing Sexual Trauma uses dramatic enactments of specific techniques in concert with expert instruction to create a very effective learning tool for anyone wishing to move past sexual trauma and toward sexual satisfaction and empowerment.

One section of the DVD addresses “triggers,” experiences which elicit a traumatic memory. For some this might be a specific word or phrase while others may find themselves flooded with feelings in response to a particular odor or visual cue. Most sexual abuse survivors battle a variety of triggers in response to certain forms of touch, whether sexual or otherwise.

Staci Hanes outlines what she refers to as a “Trigger Plan” with specific steps to it:

Trigger Plan:

1. Stop
2. Breathe
3. Choose:
a.) Change Activities (stop being sexual)
b.) Sexual Healing (go into the trigger)
c.) Center and Continue Sex

According to Staci Haines, as opposed to avoiding triggers, this approach ensures that sex, pleasure and connection win out.

After so many years of recovery from sexual trauma, it surprises some to discover that I am still recovering, still expanding my capacity for connection and pleasure. I suspect it will be a lifelong journey as I am not willing to settle for anything less.

Today, I am delving deeper into my womb. But don’t assume that entails a focus on anatomy. I do employ stimulation of internal erotic zones such as the G-spot, the A-spot and the cervix. But my main focus when approaching my womb is on my heart and my emotions.

I am discovering that much of my sexual history, both unpleasant and pleasant, resides inside of my body where the memories seem to be stored in the tissues but also in the energy centers. And this is an important point because whether you are a female with a womb or without a womb, and even if you are a person born with male anatomy who has never had a womb, the energy center associated with the womb resides inside of you nonetheless.

Some refer to this energy center as the “hara.” Considered to be important to tantric sex practices, this energy center can be envisioned as an emotional womb regardless of your gender. By connecting with this energetic aspect of your sexual self you can embark on a journey of “sexploration” which can take you to the heart of sex, where sex and spirit meet! 

Jovem assediada no metrô ataca quadro do 'Zorra Total'


23/10/2011 - 03h00
A jovem que acusa um advogado de 46 anos de tê-la atacado sexualmente em um trem no metrô de São Paulo, no último dia 14, diz que acha um desrespeito o quadro do humorístico "Zorra Total", da TV Globo, que faz piada com o empurra-empurra no metrô.

A informação é da reportagem de Laura Capriglione e Olívia Florência publicada na edição deste domingo da Folha. A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
"Só quem já sentiu na pele a humilhação de ter um sujeito se esfregando contra o seu corpo sabe a tristeza que é. Tem gente que acha engraçado, mas eu, se eu pudesse, tirava [o quadro] do ar", disse, em depoimento à Folha.
No texto, a jovem conta que o assédio do advogado começou assim que ela entrou no vagão lotado e ele se encostou em seu corpo. Ao olhar para trás e ver o pênis do advogado para fora da calça, a jovem desmaiou.
Ela diz que continua usando o metrô, mas com medo --olha para trás o tempo todo e se algum homem fica atrás, sai de onde está.
Juca Varella/Folhapress
A vítima de assédio sexual praticado pelo advogado Walter Dias Cordeiro Junior, durante entrevista à Folha
A vítima de assédio sexual praticado pelo advogado Walter Dias Cordeiro Junior, durante entrevista à Folha
OUTRO LADO
Procurada pela reportagem da Folha, a Central Globo de Comunicação não quis responder às críticas feitas ao quadro "Metrô", do programa "Zorra Total", e informou que "não vai alterar em nada" o seu conteúdo.
O advogado acusado de ataque sexual, Walter Dias Cordeiro Junior, 46, não quis falar com a reportagem, que o procurou no apartamento em que vive, no bairro da Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo.
Pelo interfone da portaria do condomínio, ele disse à Folha que tinha sido "aconselhado por seus advogados a não se pronunciar à imprensa". Pediu, entretanto: "Escreva apenas que eu afirmo minha inocência".
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/994136-jovem-assediada-no-metro-ataca-quadro-do-zorra-total.shtml

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sandro e mulher são presos e advogado nega autoria dos crimes sexuais


1/10/11 23:15 - Polícia

Tisa Moraes/Neto Del Hoyo/Ricardo Santana
O advogado Sandro Luiz Fernandes, 45 anos, foi preso na noite de ontem depois de se apresentar na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Bauru. Acusado de molestar sexualmente quatro pessoas de sua família, ele afirmou ser inocente, conforme antecipado com exclusividade pelo Jornal da Cidade na edição de ontem. A mulher dele, Fernanda Fernandes, também foi presa.
O advogado foi indiciado por estupro contra três jovens que à época dos supostos crimes tinham entre 8 e 16 anos e contra um menino de atualmente 9 anos. Fernandes foi encaminhado à Cadeia Pública de Barra Bonita depois de cinco horas de depoimento. A defesa já adiantou que irá ingressar com pedido de habeas corpus.
A esposa do advogado, Fernanda Fernandes, também foi ouvida e deveria ter sido levada à Cadeia Pública de Avaí por haver indícios de que tenha sido conivente com os abusos. Mas ela passou mal depois de ingerir alta dose de tranquilizantes e precisou ser levada às pressas para o Hospital Beneficência Portuguesa, onde permanecia, até o fechamento desta edição, em observação na condição de presa. Fernanda foi indiciada como coautora dos crimes, já que as vítimas teriam pedido sua ajuda, sem que ela adotasse nenhuma providência sobre as denúncias.
Segundo um dos advogados de defesa de Sandro Fernandes, Ricardo Ponzetto, seu cliente não cometeu os crimes de que foi acusado. “As coisas que foram narradas não aconteceram e não somos nós que temos de provar que somos inocentes. Quem está acusando terá de demonstrar o que está dizendo”, afirma.
A defesa também questionou o fato de uma das vítimas, de 18 anos, ter ajuizado uma ação de indenização por danos morais no valor de R$ 500 mil antes mesmo que a ação penal para julgar o suposto abuso sexual fosse iniciada. Para Ponzetto, este pode ser um indício de que as denúncias tenham motivação financeira. “É sintomático o interesse econômico neste caso. (A familiar) é uma pessoa que fez um curso de atriz em uma das escolas de teatro mais renomadas do Brasil”, frisa.
Sobre as denúncias realizadas pelo garoto de 9 anos, o advogado afirmou que a criança está sendo induzida por pessoas que têm interesse em manchar a imagem de Fernandes e vê-lo atrás das grades. “Todos sabem o quanto a personalidade de uma criança pode ser influenciada e esta manipulação será objeto de uma perícia psicológica”, adianta, acrescentando que irá também acionar o Ministério Público para que medidas sejam tomadas quanto à forma como o garoto foi exposto pela imprensa.
Depois de um dia extenso de trabalho e bastante emocionada, a delegada Priscila Bianchini de Assunção Alferes destacou que não poderia dar detalhes dos depoimentos prestados por Fernandes e a esposa, já que a defesa solicitou a submissão do inquérito a segredo de Justiça. Os advogados confirmaram a informação e argumentaram que o pedido tem o objetivo de preservar a criança de 9 anos.
A delegada antecipou somente que o inquérito policial será encaminhado à Justiça já na próxima semana. “Não posso dizer mais nada a respeito dos autos, mas a sensação é de dever cumprido”, resumiu ela. Argumentando exaustão, ela encerrou a entrevista e chorou, diante de mais de uma dezena de órgãos de imprensa que se aglomeraram durante todo o dia em frente à DDM.
Segundo informações da Polícia Civil, Fernandes foi indiciado por estupro em relação às quatro vítimas, já que o crime de atentado violento ao pudor deixou de existir em agosto de 2009, quando a lei 12.015/09 entrou em vigor. Mas, se condenado, o juiz terá de determinar a pena a ser aplicada de acordo com a legislação vigente à época dos supostos crimes.
O advogado é acusado de ter apalpado as partes íntimas de três das quatro vítimas quando estas tinham entre 8 e 16 anos, além de obrigá-las a fazer sexo oral e tocar o pênis dele. Como os abusos teriam ocorrido quando a figura jurídica de atentado sexual ainda existia, a punição a ser aplicada é de 6 a 10 anos de prisão por cada um dos crimes. Já o estupro de vulnerável, supostamente cometido pela última vez no mês de agosto contra o garoto de 9 anos, prevê pena de 8 a 15 anos de prisão.

Sandro demonstrou calma ao chegar

Jornalistas de vários veículos de comunicação de Bauru e até mesmo da Capital paulista estiveram presentes na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) ontem, na quadra 15 da rua Araújo Leite, desde as 7h da manhã aguardando a chegada de Sandro Fernandes. Conforme informou o JC na edição de ontem, o investigado havia confirmado que, junto com sua esposa, Fernanda Fernandes, iria depor às 9h.

A movimentação da imprensa na porta da delegacia atraiu curiosos. Alguns expressavam sua revolta com as denúncias feitas por familiares do advogado e chegaram a proferir palavras de repúdio e xingamentos a Sandro Fernandes. Pouco antes do horário marcado, a delegada Priscila Bianchinni de Assunção Alferes chegou à DDM,  mas não atendeu a imprensa. Quase duas horas depois, às 10h50, três advogados de defesa do investigado chegaram à DDM.
Além de Hélio Marcos Pereira Junior, que atendeu a imprensa durante a semana, acompanham o caso Luiz Gustavo Siqueira e Ricardo Ponzetto. Sem conceder entrevistas, todos seguiram para a sala da delegada.
Às 11h40,  Ricardo Ponzetto, único dos três advogados a permanecer na DDM, saiu para atender os jornalistas. Ele justificou a mudança na data para o depoimento (de quinta-feira para ontem) confirmando que esteve em viagem a São Paulo, e afirmou que Sandro e a esposa chegariam em seguida.
“Peço para que não falem com eles. A família está muito abalada e atravessa um momento delicado. Garanto que após prestarem depoimentos, falaremos com a imprensa. Dou minha palavra”.
Menos de 10 minutos depois, um veículo particular trouxe Sandro e sua esposa, investigada pela suspeita de ter sido conivente com os abusos dos quais ele é acusado. Cercados pela imprensa, ambos mantiveram-se quietos e seguiram para a sala onde a delegada os aguardava.
Enquanto Fernanda entrou cabisbaixa e aparentando irritação com a presença dos repórteres, Sandro se manteve sério e sequer desviou o olhar para os lados.

Depoimentos duraram mais de 9 horas

Os depoimentos de Sandro e Fernanda Fernandes tiveram longas nove horas e meia de duração. Os acusados chegaram à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) por volta das 11h45 e Fernanda foi a primeira a ser ouvida. O depoimento foi encerrado por volta das 16h30, quando foi iniciada a oitiva de Fernandes.
Depois de um dia exaustivo, este último depoimento terminou às 21h30, para concluir o inquérito policial sobre um dos casos que mais chocou os moradores de Bauru e que mobilizou a imprensa nacional em torno da cidade. Meia hora depois, já preso, o advogado deixou a delegacia deitado na parte traseira de um camburão da polícia, cobrindo o rosto com os braços.
Ao longo de todo o dia, do lado de fora, dezenas de curiosos se aglomeravam para acompanhar a movimentação de viaturas policiais e profissionais de imprensa. No meio da tarde, a divisão de homicídios da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) foi acionada para coibir qualquer tentativa de linchamento, já que algumas pessoas que passaram pela quadra 15 da rua Araújo Leite, onde se localiza a DDM, proferiram ameaças ao advogado.
Por volta das 16h30, houve a confirmação de que a prisão preventiva do casal havia sido decretada pelo juiz Jaime Ferreira Menino, da 2ª Vara Criminal de Bauru. Menos de uma hora depois, o médico legista já estava na delegacia para realizar o exame de corpo de delito nos dois acusados. Depois de prestar depoimento, Fernanda permaneceu no local à espera do marido, mas passou mal e ficou desacordada até a chegada de uma ambulância.

Relato de ex-empregada: fundamental

A reportagem do JC apurou que o depoimento prestado por uma ex-empregada que trabalhou na casa da família de Sandro e Fernanda Fernandes foi fundamental para basear o pedido de prisão preventiva feito pela delegada Priscila Alferes para o casal, ontem. Segundo informações obtidas junto à Polícia Civil, a mulher foi ouvida na condição de testemunha após as 22h desta quinta-feira, único horário em que poderia depor.
Seu relato à delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) durou cerca de quatro horas e teria sido muito convincente. “O depoimento (desta ex-funcionária da casa) foi convergente com as provas”, disse uma fonte à reportagem do JC. No final da noite de ontem, a defesa de Fernandes afirmou em entrevista à imprensa que não foi informada sobre a existência deste novo depoimento.
Além das provas testemunhais obtidas pela delegada, há informação de que também foram colhidas provas periciais - cuja natureza não foi revelada. A prisão preventiva, que foi deferida tanto para Sandro Fernandes quanto para sua esposa Fernanda, é solicitada, principalmente, para impedir que se repitam os atos pelos quais o indiciado está sendo acusado.

Polícia quer reconstituir cenário da casa

A Polícia Científica foi incumbida de preparar um croqui de cada cômodo da casa do advogados Sandro Fernandes, investigado pela acusação de abuso sexual de quatro pessoas de sua família. A solicitação foi encaminhada ontem pela delegada da DDM Priscila Bianchinni de Assunção Alferes ao diretor do Núcleo de Perícias Criminalísticas de Bauru, José Carlos Fioretti.
A perícia técnica fará um croqui ilustrado com fotos do ambientes. Muito provavelmente, a intenção será a de mostrar no inquérito os cenários onde os envolvidos conviviam no imóvel, na quadra 4 da rua Antonio Garcia.
Os computadores apreendidos para perícia no imóvel serão periciados pelo Instituto de Criminalística (IC). Fioretti explica que um programa fará a varredura com capacidade, inclusive, de recuperar dados descartados. “Mesmo que apague algum arquivo, a gente consegue levantar esse arquivo”, define. O Instituto Médico Legal deverá expedir em 15 dias um laudo com o exame de corpo de delito na criança de 9 anos, feito na última terça-feira.
Enquanto os depoimentos do casal Fernanda Fernandes e Sandro Fernandes eram prestados na DDM, houve grande movimentação na residência da família, na rua Antonio Garcia. De acordo com apuração do JC, uma das vítimas, uma moça de 18 anos, esteve no imóvel na tarde de ontem. Posteriormente, uma familiar de Fernanda Fernandes passou pela residência.

Fernanda desmaia e vai a hospital

Segundo informações da polícia, Fernanda Fernandes teria se apresentado à DDM sob efeito de calmantes. Após prestar depoimento, acabou perdendo a consciência e ficou desacordada por mais de uma hora. Uma ambulância foi acionada e, por volta das 19h20, ela foi levada à Beneficência Portuguesa. Para surpresa de todos, quando Fernanda foi acomodada na viatura, a irmã dela, bastante indignada, disse que a Justiça em prol das jovens e do garoto de 9 anos estava sendo feita.
 http://www.jcnet.com.br/noticias.php?codigo=221637

Assédio sexual no transporte: um crime banalizado pela superlotação e invisibilizado pelo constrangimento das vítimas


15/10/2011 - 

(Estadão.com/R7) O Metrô de São Paulo registrou mais um caso de violência sexual. Desta vez, a vítima foi uma estudante de 21 anos que foi molestada por um advogado dentro de um vagão da Linha 3-Vermelha, por volta das 18h40 da sexta-feira. O Metrô e a CPTM registraram, até julho deste ano, 43 casos de assédio contra passageiras em São Paulo. O Sindicato dos Metroviários está em campanha contra o assédio sexual e para que as mulheres não se sintam constrangidas em denunciar as violências sofridas.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a estudante relatou que o advogado Walter Dias Cordeiro Júnior colocou o pênis para fora da calça e passou a se esfregar nela. Em pé, dentro do trem lotado, ele teria impedido a jovem de deixar o vagão. Ela começou a passar mal e, quando os usuários foram socorrê-la, descobriram que estava sendo molestada.
Seguranças do Metrô levaram o advogado para a Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom). Ele foi preso em flagrante por violência sexual mediante fraude (quando o acusado tira a capacidade de resistência da vítima). Até a noite de sexta-feira o homem não tinha um advogado que o representasse e, segundo informações de um funcionário do distrito policial, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) recusou representá-lo pelo crime não ser funcional, isto é, por não estar ligado às atividades profissionais dele.
Advogado é preso no metrô por molestar estudante (O Estado de S. Paulo - 16/10/2011) 
Em SP, estudante é molestada por advogado dentro de um vagão do Metrô (Estadão.com - 15/10/2011)
Outros crimes sexuais no metrô
O Metrô e a CPTM registraram, até julho deste ano, 43 casos de assédio contra passageiras. As reclamações formais nunca foram significativas, devido ao constrangimento das vítimas.

Um dos casos registrados ocorreu na Estação Sacomã, da Linha 2-Verde, na zona sul, foi filmado por câmeras de segurança. Uma professora de 34 anos foi atacada depois de pedir informações para um homem.
Em abril deste ano, o Metrô registrou também o primeiro caso de estupro dentro de um trem. Uma supervisora de vendas que seguia na Linha 2-Verde, no sentido da Vila Madalena, foi violentada por um homem com as mãos.
Na época, o Metrô havia prometido intensificar a instalação de câmeras nos vagões. - Câmera do metrô de SP flagra tentativa de abuso sexual

Superlotação serve como desculpa

O delegado Valdir de Oliveira Rosa diz que "a maioria das mulheres não quer publicidade". Já os acusados alegam inocência. "Sempre dizem que encostaram porque estava lotado. Esse problema é facilitado pela superlotação porque, "quando está como uma sardinha em lata, a pessoa se sente anônima, ninguém vê nada e não tem nem como reagir", avalia Cláudio de Senna Frederico, ex-secretário dos Transportes Metropolitanos.-
 Assédio sexual no metrô incomoda usuário (Folha.com - 05/09/2005)

Metroviários em campanha contra assédio sexual

“Estamos em campanha contra o assédio sexual nos transportes públicos. É um problema que tem crescido”, diz Marisa dos Santos Mendes, diretora da Secretaria de Assuntos da Mulher do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. - Leia também: Sindicato dos Metroviários de São Paulo formalizou o pedido de retirada do quadro "Metrô Zorra Total". 

sábado, 24 de setembro de 2011

"Zorra Total" é acusado de incentivar assédio sexual




http://natelinha.uol.com.br/img/pag/315x265/img20110923192608.jpg
Valéria (Rodrigo Sant´anna) e Janete (Thalita Carauta)

De acordo com informações do jornal "O Estado de S.Paulo", o humorístico "Zorra Total", da Globo, está na mira do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e do PSTU.

Eles alegam que o quadro "Metrô Zorra Brasil" passa a imagem de que mulheres assediadas sexualmente nos vagões deveriam "aproveitar" a situação.

Por conta disso, panfletos contra o programa estão sendo distribuídos na entrada da estação da Sé, em SP.

Procurada pelo NaTelinha, a Central Globo de Comunicação disse que "o Zorra Total é um programa humorístico cujos quadros trazem situações fictícias dissociadas da realidade. O quadro em questão não incita qualquer comportamento, muito menos a violência contra a mulher. Seu objetivo é entreter o telespectador, no que, acreditamos, é bem-sucedido. A TV Globo se orgulha de ser um veículo de comunicação que sempre defendeu os direitos da mulher em campanhas de conscientização, no seu conteúdo jornalístico e nas ações de responsabilidade social veiculadas em suas obras de dramaturgia".
http://natelinha.uol.com.br/noticias/2011/09/23/zorra-total-e-acusado-de-incentivar-assedio-sexual-192511.php

sábado, 3 de setembro de 2011

Sexo, vingança e vergonha na rede - expostas por seus ex, elas dão o troco na justiça



O roteiro é clássico: homens apaixonados e encantados com a beleza das parceiras pedem para fotografá-las durante a transa. A relação acaba e, em um ataque de fúria ou de ciúme, eles disparam e-mails com as imagens eróticas para familiares, amigos e colegas delas. Até pouco tempo, esses homens seguiam impunes no Brasil. Agora, a primeira geração de mulheres que denunciou esses crimes começa a ganhar processos contra seus algozes na Justiça
Por Letícia González
Ilustração: Roy Lichtenstein
A jornalista Rose Leonel, 41 anos, tomava café da manhã em um resort em Foz do Iguaçu quando o celular tocou. Era janeiro e ela estava pronta para curtir o terceiro dia de férias na piscina do hotel. “Rose, o que está acontecendo?”, disse um amigo do outro lado da linha. A pergunta era um alerta e, ao mesmo tempo, uma cobrança. Naquela manhã, dezenas de pessoas em Maringá, no Paraná, onde ela morava e trabalhava, receberam um e-mail com fotos da jornalista nua. O rosto dela era familiar a todos. Rose comandava um programa de televisão e uma coluna social em um jornal da cidade. Mas o resto do corpo era uma novidade apresentada pelo ex-namorado, o empresário Eduardo Gonçalves da Silva, com quem ela rompera dois meses antes. Rose aparecia sem roupas em fotos compiladas com capricho em uma apresentação de slides anexada na mensagem. Os destinatários eram colegas de trabalho e amigos do casal. O título do e-mail, uma brincadeira sórdida: “Apresentando a colunista social Rose Leonel — Capítulo 1”.
Ela levantou da mesa e começou a andar pelos corredores do hotel enquanto o amigo descrevia os detalhes da mensagem: closes dela seminua, os seios à mostra. As legendas das fotos davam a entender que aquilo era o “portfólio” de uma garota de programa. O e-mail virou assunto em todas as rodas de conversa da cidade. Rose diz ter perdido o chão. Explicou ao amigo que semanas antes, descobriu nos e-mails do ex-namorado um plano para desmoralizá-la (ela tinha a senha dele). Logo após o término da relação, ele contratou um técnico para manipular fotos dela nua, criar uma apresentação de slides e mandá-la de um e-mail com remetente anônimo. “Como registrei uma queixa, não imaginava que essas fotos fossem vazar. Só pensava em me isolar”, diz Rose. Assim que desligou o telefone, ela foi para o quarto.
Trancou a porta, ajoelhou no chão e chorou. “Eu me perguntei por que aquilo estava acontecendo. Me sentia fraca, ingênua e impotente. Comecei a pensar no tamanho do estrago que aquela mensagem faria na minha vida, na minha família, nas minhas amizades, no meu emprego.” O telefone celular tocava insistentemente. As amigas se solidarizavam com ela. Com o passar das horas, no entanto, homens desconhecidos começaram a ligar. Faziam gracejos, diziam vulgaridades e queriam saber, entre outros detalhes, quanto Rose cobrava por um programa. Quando ela criou coragem para acessar seus e-mails, encontrou um recado do chefe: “Não importa o que você faça entre quatro paredes, não traga isso para o trabalho”.

O QUE FAZER EM CASO DE ATAQUE VIRTUAL

Vejas as dicas dos especialistas para minimizar os danos e enquadrar o seu algoz:
  1. Verifique em que sites as fotos ou vídeos estão publicados. Imprima e guarde esses dados.
  2. Registre o ocorrido na delegacia de polícia mais próxima à sua casa. Com a ajuda de um advogado, registre o fato de ter sido exposta sem consentimento em um cartório.
  3. Entre em contato com os sites que usaram as imagens. Diga quem é você e explique que foi vítima de um crime. Peça para que os administradores retirem as fotos do ar.
  4. Faça o mesmo com mecanismos de buscas, como oGoogle, para que retirem (o verbo usado é ‘desindexar’) seu nome das buscas. Se os sites não forem rápidos nessa limpeza, o advogado pode obter medida cautelar para garantir que ela seja feita.
  5. Na justiça, o advogado pode abrir dois tipos de processos: o criminal e o cível. No primeiro, trata-se de provar a autoria do crime e algumas penas podem chegar a tempo de cadeia. No segundo, pode-se pedir indenização em dinheiro pelos danos causados.
*Fontes consultadas: delegado Emerson Wendt, diretor do Gabinete de Inteligência da PCRS, advogada Lisiane Pratti, especialista em propriedade intelectual e advogado Alexandre Atheniense, especialista em direito virtual pela universidade de Harvard
Eduardo e Rose namoraram por quatro anos até ela decidir deixá-lo, em outubro de 2005, após ele a ter pedido em casamento. “Ele começou a maltratar meus filhos nas minhas costas: gritava, humilhava. Desconfiei do caráter e do suposto autocontrole emocional dele. Não podia casar com uma pessoa assim.”Rejeitado e inconformado, Eduardo partiu para o ataque virtual contra a ex-namorada, que durou três anos e meio. Disparava e-mails com fotos dela nua em sequência, nomeando os arquivos como “Capítulos 2, 3, 4...”. Além das fotos íntimas, colocava montagens feitas com imagens pornográficas, em que apenas o rosto era o de Rose. Para completar o assédio, fornecia os telefones dela: pessoal, do trabalho e dos dois filhos da jornalista, na época, pré-adolescentes. Depois de um primeiro processo que ela moveu contra ele na Justiça, Eduardo pagou uma multa de R$ 3 mil para ela e foi liberado. Saiu do litígio revigorado e retomou os ataques com mais força, chegando a segui-la pela cidade de carro.
Ao todo, ela moveu quatro processos na Justiça contra ele. Em junho de 2010, Eduardo foi condenado a cumprir pena de um ano, 11 meses e 20 dias de detenção e, durante esse tempo, teria de entregar R$ 1,2 mil mensais à ex-namorada. Ele recorreu da sentença e perdeu. Está proibido de ficar a menos de 500 metros de Rose e dos filhos dela. Em outro processo que ela ganhou, teve de entregar os computadores para as investigações. A última ação movida por Rose ainda corre na Justiça. O valor das indenizações conseguidas por ela pode parecer baixo perante a devastação que Eduardo causou. Mas a vitória da jornalista é simbólica em um país onde os autores desse tipo de ataque ficavam impunes. Rose é uma das primeiras brasileiras a ganhar na Justiça processos contra um ex-amante que a humilhou na internet.
No Brasil, ainda não existem números oficiais da quantidade de casos desse tipo. Um único advogado mineiro, especializado em Direito virtual, diz que já trabalhou em cerca de 20 ações. “Os processos são novos e aumentaram com o crescimento das redes sociais”, diz Alexandre Atheniense. “Há uma falsa impressão de impunidade e anonimato no meio virtual que motiva esses homens a partir para ação.” Histórias como a de Rose se repetiram tantas vezes na última década no mundo todo que os casos ganharam um nome específico: revenge porn. O termo, de origem popular, quer dizer: “pornografia de vingança”, em inglês. Foi registrado pela primeira vez em 2007, no Urbandictionary.com; um dicionário colaborativo.
Casos de revenge porn costumam ter uma origem comum. Homens se dizem encantados com a beleza das parceiras e pedem para realizar fantasias com elas. Encaram as fotos ou filmes como celebração. Criam cumplicidade, propõem um segredo para ficar só entre os dois. A fantasia parece um desejo inofensivo. Quando são rejeitados ou traídos, a adoração vira ódio e, num ataque de ciúme ou raiva, colocam as imagens na rede. Repetem as agressões como forma de se manterem ligados à ex, já que têm dificuldade em seguir em frente sem ela.
“Soube por um amigo que meu ex enviou fotos minhas nua, com os seios à mostra,
aos meus colegas de trabalho”
– Rose Leonel, jornalista, 41 anos
Segundo o psicólogo americano John Grohol, especialista em comportamento online e fundador do sitePsychCentral.com, homens que fazem revenge porn não sabem como abrir mão do relacionamento e, por isso, partem para a vingança. “Essas pessoas têm propensão à mentira, dificuldade em lidar com a raiva, falta de remorso, impulsividade e instabilidade emocional, com episódios de ansiedade e até de pensamentos paranoicos”, afirma o psicólogo.
Quando Rose conheceu Eduardo, ele parecia um cavalheiro. “Abria portas, puxava a cadeira para eu sentar.” Além de educado, parecia equilibrado. O perfil combinava com o seu sucesso nos negócios: Eduardo era dono de uma loja e presidente de um shopping center de Maringá. Durante os quatro anos de relação, não perdeu o controle nenhuma vez. Isso só aconteceu após o término do namoro, quando ordenou, entre xingamentos e ameaças, que ela voltasse para ele.
Foi esse homem atencioso, portanto, que pediu para fotografar a namorada em uma noite de paixão, quando o casal já levava dois anos juntos. A ideia soou estranha aos ouvidos de Rose, ela nunca tinha ouvido falar desse tipo de fantasia. Ele insistiu. Para tranquilizá-la, Eduardo prometeu guardar o cartão de memória da câmera no cofre do escritório. “Topei porque aquilo parecia importante para ele”, diz. “Eduardo era o homem da minha vida.” O pedido ficou frequente e a prática virou rotina.
Em outro quarto fechado, longe de Maringá, uma história parecida marcou a vida da pedagoga Bruna*, 31 anos, de Belo Horizonte. Ela tinha 22 anos, se preparava para terminar o mestrado em Educação e namorava o técnico em informática Rodrigo* havia um ano, quando ele pediu para bater fotografias dela na cama. Bruna não aceitou de primeira. Mas ele insistiu e ela cedeu. Fizeram as primeiras imagens enquanto transavam e deixavam-nas na câmera. Depois, sob o pretexto de visualizar melhor as imagens, Rodrigo pediu permissão para passá-las para o computador. Fingia apagá-las assim que terminavam de vê-las.