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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Mulher corta pênis de vizinho e o entrega à polícia em Bangladesh

30/05/2011 - 13h24
Mulher corta pênis de vizinho e o entrega à polícia em Bangladesh

Uma mulher em Bangladesh entregou à polícia o pênis que cortou de um vizinho a quem acusou de ter tentado estuprá-la.

Monju Begum, 40, cortou o pênis do vizinho devido a assédio sexual
Monju Begum, de 40 anos, casada e mãe de três filhos, disse que Mozammel Haq Mazi invadiu sua casa e a atacou no vilarejo de Mirzapur, cerca de 200 km ao sul da capital do país, Daca.

Ela alegou que Mazi, também casado e pai de cinco filhos, a assediava havia seis meses. Um médico do hospital onde Mazi está internado disse que o pênis não pôde ser reimplantado.

"A polícia trouxe o pênis muitas horas após ele ter sido cortado. Estamos tratando-o para que possa urinar normalmente sem o pênis", disse o médico A. Sharfuzzaman, que cuida do caso.
Vingança
Mazi nega as acusações e afirma que o ataque foi motivado por vingança.
"Tínhamos um caso e recentemente ela sugeriu que nós podíamos morar juntos em Daca (capital do Bangladesh)", disse ele no hospital. "Eu recusei e disse que não podia deixar meus filhos, e ela então se vingou."
O porta-voz da polícia Abul Khaer disse que "ela registrou a queixa de estupro, afirmando que lutou com ele, cortou seu pênis e o levou para a delegacia em um saco plástico como prova".

"Vamos prendê-lo assim que sua condição física melhorar", completou.
http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/05/30/mulher-corta-penis-de-vizinho-e-o-entrega-a-policia-no-bangladesh.jhtm

A revolução egípcia sexualmente assediada

29-05-2011 | Mundo

A revolução egípcia sexualmente assediada
por Ahmed Awadalla

-- Lara Logan e Sherihan --

Por que o negacionismo do assédio sexual é tão forte no Egito? Não é hora de discuti-lo porque estamos no meio de uma revolução pacífica sem precedentes? Ou o patriarcalismo está tão enraizado a ponto de ignorarmos horríveis incidentes de assédio sexual em massa?
Durante os dias de revolução, todos falavam de como a praça Tahrir estava livre de qualquer assédio sexual. Me pergunto como seria possível alguém checar tal afirmação! Temos assédio de forma desenfreada, sim, mas ainda temos uma cultura do silêncio e da vergonha envolvendo o assunto. Quantas garotas e mulheres seriam capazes de levar cabo uma denúncia?
Em umas das famosas 18 noites de sit-in na praça Tahrir antes da queda de Mubarak, eu estava com uma amiga que me contou que havia sido apalpada por um vendedor de balões. Fomos atrás dele e o conduzimos ao pessoal dos comitês públicos responsável pelo acesso à praça, e eles o expulsaram.
Não quero dizer com isso que Tahrir estava cheia de assédio sexual, e na verdade testemunhamos um grande estado de harmonia e interação positiva durante aqueles 18 dias. Penso que a negação dos casos de assédio naqueles dias se deveu ao fato de, no final das contas, sermos uma cultura conservadora, e estávamos tentando provar que a mistura de homens e mulheres nos dias e noites em Tahrir era algo inocente e “patriótico”.
Sexta-feira passada foi um dia importante para a revolução. Manifestantes voltaram a tomar a praça Tahrir para reafirmar as exigências da revolução. Grupos islamistas decidiram não participar, então foi um teste de organização para os grupos liberais e seculares. Foi considerado um sucesso, haja visto os milhares que compareceram, mas foi desvirtuado pelo horrível incidente de assédio sexual da famosa diva Sherihan.
Sherihan foi uma atriz e música adorada pelos egípcios, particularmente durantes os anos 80 e 90. Ela sofreu um sério acidente de carro em meados dos anos 90, e na época correu o rumor de que tudo foi parte do capítulo de uma saga de amor e poder que envolveria Alaa, o filho mais velho de Mubarak. Magicamente, ela recuperou-se e voltou aos palcos, mas apenas a tempo de sofrer poucos anos depois com um câncer e se retirar da cena artística. Sherihan foi uma das poucas artistas que participaram da revolução, ao contrário de muitos outros que não apareceram para assumir uma postura política.
Minha mãe me contou que esse vídeo lamentável foi exibido na tevê, mostrando o incidente. O ambiente à sua volta não parece com Tahrir, alguns informaram que tudo aconteceu quando ela estava deixando a praça na sexta.
O que realmente me enfurece é a falta de atenção dedicada a tal incidente e alguns dos comentários culpe-a-vítima, como os que sempre escuto quando toca-se no assunto assédio sexual. Alguns perguntam o que ela queria saindo de casa! O que me faz pensar o quão enraizado o negacionismo acerca da desigualdade de gênero é em nosso país. Mesmo ativistas abstêm-se de mencionar o incidente. É porque não tomaram conhecimento? Ou é uma tentativa de manter em evidência o lado bom da revolução? Será que não é mesmo importante falar disso agora? Ou trata-se apenas de patriarcalismo enrustido?
A resposta para o problema não será simples e muitos fatores se apresentam. E se isso tivesse ocorrido com uma das famosas ativistas da revolução? Terá a revolução um sistema autoritário que controla quem é importante e quem não é? Se a vítima do assédio tivesse sido uma pessoa desconhecida, será que ao menos teríamos tomado conhecimento?
Quando a repórter Lara Logan foi abusada sexualmente em Tahrir logo após Mubarak ser derrubado, a mídia ocidental em massa correu para cobrir sua história. A cobertura foi muito irregular, com alguma coisa de culpe-a-vítima e também ataques ao Islã. Mas a mídia egípcia falhou ao não reportar o ocorrido. É porque nos recusamos a reconhecer a existência de assédio sexual? É por ela ser uma estrangeira? Ou simplesmente estávamos entusiasmados com a saída de Mubarak?
Em disputas de gênero, há a interferência de outros fatores, como raça, idade, classe e poder. Acho que realmente precisamos pensar nessas questões e reconhecer nossos preconceitos. É assim que devemos fazer avançar a revolução.

Ahmed Awadalla - Vive no Cairo, onde trabalha para uma ONG responsável pela conscientização de questões relacionadas à sexualidade. Escreve no blog "Rebel With a Cause", de onde, com sua autorização, reproduzimos alguns textos no Amálgama.

http://www.amalgama.blog.br/05/2011/revolucao-egipcia-sexualmente-assediada/

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A mulher é mais tolerante ao assédio sexual?

A mulher é mais tolerante ao assédio sexual?
Por Natasha Romanzoti em 5.04.2011 as 4:00 e atualizado em 26.04.2011 as 16:51 RSS Feeds

Segundo um novo estudo, as mulheres não são um sexo tão frágil assim. Além de vivermos mais, podemos suportar mais ameaças com menos estresse.
A pesquisa examinou como os homens e mulheres vêem o assédio – como um incômodo? assustador? – e como essas percepções se relacionam com seu bem-estar psicológico.
Mais de 6.000 homens e mulheres que servem em todos os cinco ramos das Forças Armadas dos EUA participaram do estudo, opinando sobre 16 tipos de assédios verbais e físicos, incluindo histórias ou piadas ofensivas e toques que os deixaram desconfortáveis.
O assédio sexual foi um problema para ambos os sexos. Mais de 50% das mulheres e quase 20% dos homens relataram pelo menos um incidente de assédio sexual durante o período de um ano.
Para as mulheres, o assédio sexual é preocupante quando elas o viam como assustador, mas não quando elas o viam como um incômodo. O resultado foi surpreendente aos pesquisadores, que achavam que as mulheres seriam afetadas negativamente pelas duas formas de assédio.
Que foi o que ocorreu com os homens: para eles, o assédio sexual é angustiante quando eles o viam tanto como assustador quanto como incômodo.
Será que as mulheres estão “acostumadas” com esse assédio, e por isso são menos afetadas? Não exatamente. As descobertas não sugerem que o assédio sexual é menos desgastante para a mulher do que para o homem, mas sim que os sexos podem responder de forma diferente ao assédio.
Segundo os pesquisadores, as pessoas tendem a subestimar o impacto do assédio sexual nos homens. Normalmente, eles não têm uma vida inteira de experiências para lidar com o assédio sexual, e podem não saber como lidar com isso quando acontece a eles.
O assédio sexual é um exemplo sólido de preconceito de gênero. Os homens geralmente são menos expostos ao assédio sexual, por isso é como se não existisse entre eles e, consequentemente, eles não devem ficar chateados se acontecer isso com eles.
Os pesquisadores acreditam que talvez as mulheres aprendam a ignorar o assédio sexual por uma miríade de razões, mas isso não diminui o problema, claro.
A conclusão do estudo é de que temas como assédio sexual e estupro devem perder seu paradigma de “problema feminino” e serem reconhecidos como uma questão humana que afeta a todos; dessa forma, as situações poderão ser resolvidas mais cedo e com mais eficiência. [Jezebel]
http://hypescience.com/a-mulher-e-mais-tolerante-ao-assedio-sexual/