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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Casar e se divorciar após os 50 anos é cada vez mais comum


26/01/12, 10:12

A média de divórcios entre pessoas acima de 50 anos cresceu 28%.

"Eu tenho 44 anos de casado. Estou com a minha velhinha até hoje e não estou pensando em trocar, não."

Frases como essa, do aposentado Silas Moret, 79, são hoje menos comuns do que no princípio da década. De acordo com dados do IBGE, entre os anos de 2000 e 2010 a média de divórcios entre pessoas acima de 50 anos cresceu 28%. Esse aumento é seis pontos percentuais maior do que o registrado entre os casais mais jovens (de 20 a 50 anos). 

Marlene Bergamo-15.mai.03/Folhapress 

Casal se beija em baile da terceira idade, em São Paulo.

Mudanças físicas podem ajudar a explicar esse fenômeno. Segundo Maria Elvira de Gotter, psicanalista especialista em gerontologia e em sexualidade, a quinta década de vida costuma ser "um momento de grande transformação na vida da mulher". Alterações hormonais podem causar não apenas os famosos calores noturnos, mas também provocar irritação, aumento de peso e até mesmo dores durante a relação sexual. Já os homens dessa idade, segundo Gotter, procuram o divã de uma especialista em sexualidade quase sempre com a mesma queixa: disfunção erétil. "É difícil para o homem. Há uma baixa de autoestima."

Fatores sociais também contam. Por volta dos 50 anos, é comum que o casal esteja vendo seus filhos saírem de casa e, ao mesmo tempo, seus pais adoecendo. A esses acontecimentos traumáticos, podemos acrescentar ainda eventuais aposentadorias de um ou de ambos os membros do casal. "De repente, marido e mulher se encontram novamente sozinhos em casa e se percebem como um casal desconhecido", diz Gotter.

Renascimento
O primeiro marido de Ivone Avelar, 66, não gostava de vê-la tocando acordeom, instrumento que aprendeu a tocar aos 10 anos de idade. "Ele tinha preconceito, dizia que sanfona 'era coisa de nortista'."

Hoje, vivendo há 16 anos com seu segundo companheiro, Ivone não só voltou a tocar como entrou para a Orquestra Sanfônica, grupo de São Paulo fundado e comandado pela musicista Renata Sbrighi. "Entrar para essa orquestra foi a melhor coisa que eu fiz na minha vida", comemora. 

Para Mirian Goldenberg, antropóloga da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), na velhice as mulheres costumam dar mais valor à própria liberdade do que ao casamento ou à família. "Mulheres de 75 anos dizem para mim: 'Eu não quero mais casar, só quero dar beijo na boca'." Já os homens "têm uma viagem quase oposta", afirma a antropóloga. "Segundo minha pesquisa, eles passam a valorizar muito mais a família."

Isso não significa que as mulheres que têm filhos e netos não curtam ficar com eles. Mas elas querem isso e muito mais. "Não a coloque como a "vovozinha" de antigamente, que só vai cuidar do netinho", diz. "Ela quer viajar, ir ao teatro, ao cinema, tomar um choppinho."

Gotter afirma ainda que, quando a mulher é capaz de superar as mudanças e desafios dos 50 anos, ela pode chegar a uma das mais interessantes fases de sua vida. "Se ela atravessa bem esse período, depois é como se ela renascesse." E não necessariamente isso significa buscar novos relacionamentos. "Ela também busca novos horizontes, fazendo novos cursos, novas amizades, conquistando novo status social."

"O desejo nunca acaba"
Os dados do IBGE, que registram apenas os divórcios oficializados em cartório, podem esconder um número ainda maior de separações informais.

Bancário aposentado há 20 anos, V.B. (que não quis se identificar), 73, continua casado, no papel, com sua primeira esposa. Mas não se vê aliança em seu dedo. Apesar de ainda morar junto, o casal dorme em quartos separados e, em casa, a conversa "não passa do 'Bom dia, boa tarde, boa noite'". Ele diz viver há oito anos um bem sucedido relacionamento com outra mulher.

"Em uma de nossas discussões, falei para minha esposa que iria arranjar outra mulher. Ela disse: 'Pode arranjar. Não trazendo aqui em casa, está bom'", diz. E, rindo, conta sua conclusão: "Eu pensei: sinal verde!".

Sua vida, diz o ex-bancário, é agora muito mais prazerosa. "Preencheu o vazio. Eu tenho com quem desabafar alguma coisa", explica. Mas pondera: "Não chego a ser apaixonado".

Apaixonados ou não, os novos velhos estão casando mais do que antigamente: entre 2000 e 2010, a média de casamentos entre as pessoas com mais de 50 anos aumentou 55%, contra um aumento de apenas 18% entre os mais jovens (entre 20 e 50 anos).

Quando o assunto é a vida sexual na velhice, os depoimentos são variados. "O casamento é assim: chega uma época em que vocês são amigos. Aquele fogo já era", diz Silas Moret, que mesmo assim não pensa em "trocar sua velhinha". Mais empolgado, V.B. diz que seu namoro é "normal". "Você vai para o cinema, para o teatro, para a cama."

O mais importante, para a psicanalista Maria Elvira de Gotter, é lembrar que não se pode reduzir a sexualidade ao ato sexual. "A relação sexual é só um componente da sexualidade, que é algo muito mais amplo: é o impulso de vida, é essa energia que te leva para frente", explica. "O desejo nunca acaba." 

Fonte: Folha Online

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Férias podem ser prova de fogo para o casal; veja como evitar brigas

09/12/2011 - 07h00

KATIA DEUTNER 

Colaboração para o UOL
  • Situação nova para muitos casais, passar dias inteiros juntos é difícil, mas não precisa ser um pesadelo
    Situação nova para muitos casais, passar dias inteiros juntos é difícil, mas não precisa ser um pesadelo
O que era para ser um momento de prazer e diversão a dois se transformou em uma batalha –que pode terminar em separação. Tirar férias do trabalho na mesma época em que o parceiro chega a gerar atritos que não acontecem quando ambos trabalham e só se veem à noite e nos finais de semana. Ficar dias e dias seguidos, 24 horas juntos, é tempo demais. Como não transformar esse período em um pesadelo?
"É importante lembrar que há diferenças de gostos, de perfis e de estilos pessoais. Por exemplo: um gosta de atividades agitadas, esportivas, e o outro das mais calmas, ficar à beira da piscina lendo um livro”, exemplifica a psicóloga e terapeuta de casais Heloísa Schauff. Querer obrigar quem gosta de dormir até mais tarde a acordar cedo para aproveitar as férias ou não aceitar as opiniões um do outro geram conflitos.
“Há ainda aquelas pessoas que precisam de um tempo sós, gostam de fazer coisas sozinhas, enquanto a outra entende que tudo deve ser feito junto; Que se não estiver ao lado é uma prova de desamor. Conclusão: acabam brigando. Deve haver respeito às diferenças, lidar com isso adequadamente”, diz a terapeuta.
Papéis inversos
Na rotina, cada um tem sua vida profissional, cuida de si e de seus afazeres. O encontro, à noite, é rápido e alegre. Neste cotidiano, as diferenças se dissolvem, sendo cada um responsável por suas tarefas. “As brigas acontecem, principalmente, por aquilo que diz respeito aos dois: as tarefas conjuntas. A dinâmica do casal passa do individual para o conjunto, afinal, passamos mais tempo no trabalho do que com os companheiros. Quando o casal viaja, a dinâmica se inverte, partindo do conjunto para o individual”, explica a psicanalista e terapeuta sexual Ana Canosa.
Isso significa que estar junto envolve uma negociação dos desejos de cada um, desde a hora que se quer acordar até o que comer e os programas envolvidos. E pode ser desgastante quando ambos têm personalidades diferentes ou que ainda não aprenderam a conviver com o jeito um do outro. “Se estiver em crise conjugal, é pior ainda, pois as características que um enxerga como negativas no outro estão sob lente de aumento e se intensificam na viagem”, diz a psicanalista.
O melhor mesmo é planejar antecipadamente as ações para evitar desconfortos e dificuldades. “Não usar positivamente o tempo gera pensamentos negativos que conduzirão cada um dos cônjuges a expressar as emoções negativas que estavam controladas pelo cotidiano previsto”, afirma o psicólogo e psicoterapeuta sexual Oswaldo Rodrigues Júnior, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, em São Paulo.
A mesma dica vale para o casal que sai de férias juntos, mas que não irá viajar. Ficar em casa sem se preocupar com a vida profissional gera uma nova rotina com presença em tempo integral. “Sem a estrutura determinando um cotidiano regular e previsível, ideias de como satisfazer necessidades começam a surgir. Pensamentos errados que ficaram escondidos pelas necessidades de trabalho e falta de convívio surgem e produzem mau humor e insatisfação”, completa o psicoterapeuta sexual.

Seis lições para ter férias maravilhosas

Converse bastante para planejar a viagem ou as férias. “A negociação deve contemplar acordos e concessões, com a devida concordância e cumprimento de ambos os lados”, diz Heloisa Schauff, terapeuta. Saber o que o outro espera e traçar um roteiro que agrade aos dois é o primeiro passo para o sucesso. “É bom ser realista. Saber quanto se pode gastar ou destinar para cada um comprar o que deseja. Se tiver filhos, lembre que eles solicitarão tempo e dinheiro. É preciso estar preparado”, diz Ana Canosa.

sábado, 29 de outubro de 2011

6 dicas científicas para seu casamento dar certo


Enquanto os pesquisadores não criam a fórmula do amor, ou mesmo uma poção do amor, siga as dicas seguintes para fazer seu casamento durar. Não custa tentar, não é?
1 – CASE COM ALGUÉM QUE GASTE COMO VOCÊ
Se você é controlado com os seus gastos, mas se casa com alguém que sempre estoura o limite do crédito, é bem capaz que a sua paciência também estoure, e o casório vai por água abaixo. O professor de administração Scott Rick, da Universidade de Michigan, entrevistou mais de mil pessoas, casadas e solteiras, e verificou que as pessoas tendem a se casar com pessoas com tendências opostas de gastos. O estudo mostrou que eles também brigam mais por causa de dinheiro e, geralmente, estão insatisfeitos com sua união.
2 – FAÇA BASTANTE SEXO
Os pesquisadores Michelle Russell e James McNulty, da Universidade do Tennessee, verificaram que sexo frequente pode ajudar no casamento de pessoas neuróticas. Aqueles que mantêm uma rotina regular de relações sexuais estão tão satisfeitos quanto os casais com menos “neuroses”, segundo um estudo publicado por eles em outubro de 2010. Mesmo se o sexo não for muito bom no começo, mantenha a prática. Outro estudo mostrou que as relações melhoram com a idade. Homens com 50 anos se mostraram mais satisfeitos com sua vida sexual do que aqueles com 30 e poucos anos de idade, de acordo com uma pesquisa publicada em 2006.
3 – FALE MAIS “OBRIGADO” E “NÓS”
Em 2007, pesquisadores da Universidade Estadual do Arizona perguntaram a casais se eles se mostravam gratos pelas tarefas realizadas por seus parceiros. A maioria disse que se sentia grato, mas não demonstrava para o outro, pensando que “eles deveriam saber”. Os resultados mostraram que aqueles que compartilhavam e ouviam estes sentimentos de apreço guardavam menos rancor em relação à tarefas mal compartilhadas (pense no quanto de louça você não ajuda o(a) seu(sua) parceiro(a) lavar). Eles também estão mais felizes em seus relacionamentos.
Além de dizer mais “obrigado”, está na hora de usar mais vezes a palavra “nós”. Um estudo publicado em um periódico internacional de psicologia, em 2009, mostrou que as esposas e maridos que usavam palavras como “nós” ou “nosso”, quando falavam sobre um assunto conflituoso, também demonstravam mais carinho. Isso diminuía comportamentos raivosos e os níveis de estresse psicológico durante uma briga.
4 – RESOLVA-SE LOGO
Se o seu parceiro te irrita agora, o futuro de vocês é desanimador. A insatisfação com os “defeitos” aumenta com o tempo em que estão juntos. Pesquisadores entrevistaram 800 pessoas sobre seu nível de “negatividade” em relação ao parceiro, aos filhos e aos amigos. Os companheiros ficaram no topo da lista como os mais irritantes. E a tendência era piorar com o tempo. Contudo, isso pode ser algo normal em todos os relacionamentos. “Como este era um padrão entre a grande maioria dos participantes, percebemos que é algo normativo. Não é fora do comum”, disse o líder do estudo, Kira Birditt, do Instituto de Pesquisas Sociais da Universidade de Michigan.
5 – SEJA DURÃO
O professor de psicologia James McNulty, da Universidade do Tennessee, verificou que o combustível de alguns casamentos são as atitudes negativas. Acredite se quiser. Para alguns casais com muitos problemas, o melhor jeito de “melhorar” o casamento é botar a culpa um no outro, mandar o outro mudar e perdoar menos.
Segundo ele, essencialmente, casais felizes se comportam de maneiras que, ao invés de fazê-los mais contentes, apenas refletem seu contentamento. Já os casais insatisfeitos, se tentam fazer o mesmo, acabam piorando o relacionamento com o tempo. McNulty diz que, nestes casos, botar a culpa no outro pode estimular o casal a mudar.
6 – SE ESFORCE
O amor pode durar se você se esforçar para fazê-lo perpetuar. Um estudo de 2009 analisou respostas de seis mil pessoas, incluindo casais recém-formados e outros que estavam há décadas juntos. Um número surpreendente de pessoas respondeu que ainda estava apaixonado pelo companheiro mesmo depois de um longo tempo.
E qual o segredo? Esforço. Estes casais felizes disseram que dedicavam tempo um ao outro e conseguiam resolver conflitos com calma e compreensão. O estudo mostrou que novas experiências estimulavam a produção de neurotransmissores como dopamina e noradrenalina, que estão em altas concentrações no cérebro no começo dos relacionamentos. Conclusão: se esforce para cuidar de seu parceiro, para amá-lo e para nunca deixar o relacionamento cair na rotina. [LiveScience]

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Do virtual para o amor real

O que parecia apenas mais uma conversa no Twitter, uma das redes sociais mais conhecidas entre os jovens, se tornou a ponte que uniu a secretária Sabrina Gesta Rocha e o analista Rafael Akio Xavier Schiraiwa
    A união entre Sabrina e Rafael mostra que ainda é possível encontrar o grande amor utilizando mecanismos "vistuais"
    A união entre Sabrina e Rafael mostra que ainda é possível encontrar o grande amor utilizando mecanismos "vistuais" (A Crítica)
    A velocidade comum às comunicações online parece ter contaminado o relacionamento amoroso da secretária Sabrina Gesta Rocha e o analista Rafael Akio Xavier Schiraiwa. Eles se conheceram pela rede social Twitter, mas a velocidade no relacionamento foi empreendida seis meses depois, quando eles se encontraram ‘ ao vivo e em cores’ durante a festa de aniversário de uma amiga em comum, também "twiteira". Dois meses depois estavam vivendo juntos e há menos de um mês nasceu a primeira filha do casal.
    Sabrina conta que em 2009 comentou com um amigo que pretendia vender um celular e ele a pôs em contato com Rafael no Twitter, porque ele queria comprar. O negócio não prosperou, mas ela continuou mantendo Rafael na sua página e diz que ficava intrigada com as informações postadas por ele com regularidade, que eram sempre relacionadas à bebida. Estava saindo para beber uma, estava tomando vinho etc. Mas quando os dois se encontraram na festa de aniversário, no dia 8 de maio de 2009, a atração foi instantânea. Não se largaram mais. Dois meses depois, quando a mãe de Rafael viajou, ele mudou-se para casa de Sabrina, que estava separada há pouco tempo e já tinha uma filha.
    A idéia era ficar somente enquanto a mãe viajava, mas o provisório acabou se tornando permanente e agora a família aumentou com a chegada da pequena Gabriela no último dia 29 de setembro. Os dois têm vários amigos em comum e muitos conhecidos através do twitter, mas ambos garantem que deram "uma acalmada" e que hoje acessam com menor freqüência a rede social. Sabrina afirma que deixou de frequentar com maior assiduidade o twitter porque algumas pessoas passaram a usá-lo para fazer política e atacar terceiros.
    Ela critica este comportamento e diz que hoje para contatos mais pessoais mantém um perfil no Facebook. Rafael admite que a má impressão que causou em Sabrina durante o período em que se conheciam apenas pelo mundo virtual em parte foi fruto dos seus exageros com relação à sua conduta. "Nem tudo era exatamente como eu falava", brinca, dizendo que sempre saia para beber com os amigos, mas o número de cervejas consumidas era superestimado quando relatado no Twitter. Sabrina, apesar de ter reduzido os acessos, admite que sua vida está intimamente ligada à internet.
    O primeiro marido ela também conheceu online e sua irmã também conheceu o marido por meio do mundo virtual. Ambos, no entanto, afirmam que gostam do contato pessoal e que estão sempre se reunindo com os amigos e participam dos eventos marcados através do espaço cibernético. As residências de amigos e a deles mesmos são sempre cenários para encontros. Só que a primeira experiência de Rafael com encontros providos pela internet não foi muito boa. Ele convidou os twiteiros para uma festa na área de lazer do prédio em que vivia com a família e apareceram mais de 50 pessoas. A síndica não gostou e ele acabou passando por uma série de constrangimentos.
    A experiência serviu de lição ao mesmo tempo em que mostrou o alcance das redes sociais. Quando se trata da filha de 11 anos, Sabrina mostra-se preocupada com o risco de exposição e afirma que não permite que ela tenha perfis nas redes sociais porque teme que ela encontre pessoas que possam ser danosas, como, por exemplo, os pedófilos que utilizam a internet para atrair suas vítimas.

    segunda-feira, 17 de outubro de 2011

    Sexo seguro no casamento

    Especialistas são unânimes: camisinha deve ser usada também por pessoas casadas
    POR CLARISSA MELLO
    Rio - A maioria dos brasileiros acha que camisinha é a melhor forma de evitar Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Entre casados, porém, só 13% usam preservativo. Consequências podem ser complicadas. Estudo da Escola de Enfermagem da UFRJ, por exemplo, revela que a contaminação por HPV, vírus que pode levar ao câncer de colo de útero, é maior entre casadas do que solteiras: de 120 pacientes com princípio de lesão causada por HPV, 65% tinham marido.

    Vergonha e medo de prejudicar a relação são os principais motivos que levam o casal a negligenciar o preservativo. Conversar sobre o assunto é delicado, mas especialistas são unânimes: é melhor ser transparente do que se arriscar.
    Arte: O Dia
    Arte: O Dia
    Sem medo e com prazer

    “É melhor usar o preservativo e não ter medo depois de abrir um exame. Quando o sexo éseguro, a pessoa lembra da relação com prazer”, diz a assessora técnica do Departamento de DST e Aids do Ministério de Saúde, Juny Kraiczyk.

    Segundo Carmita Abdo, coordenadora do Projeto de Sexualidade da USP, o mais complicado é pedir a camisinha sem “parecer” que há suspeitas de infidelidade. “Se o casal não está acostumado a usar e, de repente, vem o pedido, é claro que a pessoa está admitindo ter ou desconfiar de relação extraconjugal. Homens e mulheres traem. Mas estamos falando de risco de vida”.

    Mas para a sexóloga e psicóloga Sueli Abud, do Projeto Ambsex, pode-se usar preservativo no casamento sem suspeitas. “Se houver maturidade e o casal for capaz de conversar, ambos conseguem entender que é uma questão de respeito”. 

    A enfermeira Maria Cristina Carvalho e a professora Ana Beatriz Queiroz, autoras do estudo da UFRJ, também ponderam: a DST pode ser fruto de um relacionamento antigo. “O vírus pode permanecer anos adormecido antes de se manifestar”, ensina Ana Beatriz.

    terça-feira, 13 de setembro de 2011

    Dez perguntas respondidas sobre o sexo no casamento

    Quantas vezes por mês é normal fazer sexo? Diminuição da frequência é sinal de traição? Ela não quer mais saber de sexo, é normal?
    Cáren Nakashima e Livia Valim, especial para o iG São Paulo 14/07/2011 11:49




    A rotina, os problemas, a intimidade, os filhos. Tudo isso pode atrapalhar a vida sexual dos casais. A convite do Delas, a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello, coordenadora do projeto AmbSex (Ambulatório de Sexualidade), a psicoterapeuta Marilandes Ribeiro Braga, membro do CEPCoS - (Centro de Estudos e Pesquisa em Comportamento e Sexualidade) e a terapeuta sexual Luciane Secco respondem perguntas de leitores sobre sexo no casamento.

    1. É normal fazer sexo só uma vez por mês? Quantas vezes por mês um casal normal faz sexo?
    Essa história de “normal” é muito relativa. O que é normal para uma pessoa pode não ser para outra. Algumas pessoas praticam sexo uma vez por mês com muita qualidade e se sentem completamente satisfeitas. Outras fazem todos os dias, mas é como se fosse uma academia de ginástica, aquela obrigação que precisa ser cumprida, sem qualidade alguma. A frequência é determinada por cada casal e ela pode variar de acordo com o momento de vida. Estresse no trabalho e dificuldade financeira, por exemplo, costumam diminuir a quantidade de relações. O que os casais devem se perguntar é se estão satisfeitos, e não se estão fazendo sexo quantas vezes deveriam. (Carla Cecarello)

    2. Enquanto namorada, minha mulher adorava sexo. Agora, casada, não quer mais saber de nada. Meus amigos também reclamam. Isso é comum entre as mulheres?
    Antes de acusar a esposa de não ter mais libido, os homens deveriam comparar o que eles faziam enquanto estavam solteiros e o que fazem agora. Algumas mudanças de comportamento do parceiro podem alterar o desejo de qualquer mulher. Necessariamente a culpa não é só da mulher, mas sim do casal. É preciso avaliar a vida sentimental e sexual da dupla, pensar nas mudanças que ocorreram após o casamento e retomar o romantismo, as surpresas e o namoro. (Luciane Secco)

    3. Nós temos uma vida sexual ativa, mas meu marido ainda se masturba na minha ausência. Por quê?
    Cada pessoa tem um ritmo sexual próprio. É normal que, em alguns casos, o homem deseje fazer mais sexo que a mulher – e resolva essa necessidade se masturbando. Ou pode ser simplesmente um prazer solitário que ele quer manter. A melhor estratégia é aceitar a masturbação como parte integrante da vida sexual dele e participar disso. Quem sabe você não passa a se interessar também pela masturbação? (Marilandes Ribeiro Braga)

    4. Meu marido costuma acessar sites de sacanagem, mas não admite nunca quando eu pergunto sobre isso. Por qual motivo os homens têm esse costume?

    Obviamente eles acessam sites de pornografia em busca de novidades excitantes. As mulheres não fazem o mesmo porque não foram educadas para isso. A sexualidade feminina é reprimida desde criança, já a masculina é estimula, os homens são “programados” para vivenciar o sexo desde cedo. Mas se isso realmente te incomoda, tente embelecer um diálogo com ele para que vocês possam melhorar a intimidade e encontrar, juntos, uma saída. (Carla Cecarello)

    5. Depois que meu filho nasceu, o tesão entre meu marido e eu diminuiu. Não sei mais como resgatar o sexo no casamento e tenho um pouco de preguiça de falar sobre isso, confesso. Por onde eu começo?
    Você precisa falar sobre sexo com ele, só assim poderá resgatar um papel tão importante na sua vida, que é o de amante. Para muitas mulheres que viram mãe o sexo passa a ter menor importância no dia a dia, mas sem isso seu casamento não estará completo e, mais cedo ou mais tarde, você também vai perceber que não está completa. Tem que se esforçar lançando mão de fantasias, novas propostas, acrescentando energia na sua vida como mulher – e não só como mãe. (Luciane Secco)

    6. Diminuição na frequência sexual pode ser indício de traição?
    Não necessariamente. O mais provável é que a diminuição de relações reflita estresse, descontentamento conjugal, patologia física ou depressão. Quem trai geralmente não deixa de ter relações com o parceiro, até porque quanto mais sexo se faz, mais vontade de fazer sexo se tem. As pessoas costumam deixar de fazer sexo com o cônjuge por traição quando se apaixonam por outra pessoa, mas mesmo assim não é certo e matemático. (Carla Cecarello)

    7. Meu marido não quer mais transar comigo e diz que é “a idade”. Mas nós temos cinquenta e poucos anos. Será que isso é só uma desculpa ou o desejo do homem sofre queda com o tempo?

    Os homens podem apresentar queda do desejo sexual nessa faixa de idade porque sofrem alteração hormonal. É necessário buscar ajuda médica para investigar se existe algum problema nesse sentido – se for necessário é possível fazer reposição hormonal. Descartada essa possibilidade, deve-se descobrir o que está acontecendo com o psicológico dele e a vida conjugal do casal para que o desejo tenha diminuído. Salvo os problemas físicos, a vontade de fazer sexo é muito pessoal. Tem homens de 50 anos que relatam ter mais desejo sexual hoje do que quando tinham 20 anos. E homens de 20 anos com pouco desejo. (Carla Cecarello)

    8. Meu filho está com três anos e fico muito preocupada de ele ouvir ou ver eu e meu marido fazendo sexo. O que faço se isso acontecer? Devemos ser cuidadosos?
    É preciso ter bastante cuidado. Em primeiro lugar, a criança não pode dormir no quarto dos pais, desde bebê ela deve ter seu próprio quarto. Deixe a porta do quarto de vocês trancada ao praticar sexo. Caso a criança precise de ajuda ou tenha algum problema, ela vai chamar. Por último, se por algum contratempo o pequeno vir ou ouvir algo, explique de forma bem simplista que papai e mamãe estavam namorando, mas não dê muita importância para isso, pois nessa idade não é possível entender muita coisa. E o mais importante: não fiquem neuróticos. (Marilandes Ribeiro Braga)

    9. Confesso que depois de um tempo de casada ando preferindo dormir cedo a fazer sexo. O que faço pra deixar a preguiça de lado?

    Mais do que preguiça, isso é falta de motivação. Muito provavelmente a parceria não está sendo tão interessante. É preciso conversar de forma franca e objetiva e detectar os pontos que não estão dando certo na relação. Só então vocês poderão propor saídas e transformar o que não está bom. Livros, filmes e contos eróticos podem dar uma injeção de motivação no relacionamento. Proponha também atividades prazerosas e que não necessariamente tenham relação com sexo, como sair pra jantar, ir ao cinema ou teatro. (Carla Cecarello)

    10. No começo do casamento meu marido me respeitava mais, nunca olhava para o lado. Mas hoje ele nem disfarça o olhar quando passa uma mulher bonita. Será que isso é sinal de que ele perdeu totalmente o respeito e pode estar me traindo?
    Não sei se é indício de traição, mas que ele perdeu o respeito há muito tempo, perdeu. E a única pessoa que pode recuperar esse respeito é você mesma. O fato é que existe alguma coisa bastante errada com o relacionamento e você não pode e nem deve ficar quieta, guardando a mágoa. Provavelmente ele não aceitaria que você ficasse olhando para outros homens, então que tal fazê-lo provar de seu próprio veneno para ver se ele entende? (Luciane Secco)

    Você tem dúvidas sobre orgasmo? Mande para faleconosco@delas.com.br